quarta-feira, 31 de março de 2010

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28156


“Saudando a humanidade redimida”
Após os temporais eu vejo a face
Por mais que a solidão inda trace
Caminho para a sorte em vã ermida,
Seguindo cada passo do Senhor,
Permito-me sentir intensa glória
Aonde ainda alcance esta memória
Entôo em todo canto outro louvor,
Vencendo antigas trevas vejo a luz
Amanhecendo após tanta tristeza,
E quando em Vós encontro esta grandeza
Ao passo mais feliz já se conduz
A senda venturosa de quem sonha,
Por mais que a vida seja tão medonha.


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“Flori boninas! Aves gorjeai”
Chegado, pois o tempo em que se vê
A sorte desejada desde que
Por nós esteve o Santo Pai,
Vencendo os dissabores vejo a sorte
Mudando a direção a cada dia,
E nele esperança que me guia
No amor que tantas vezes me conforte,
Confrontos que travara dentro em mim,
Mergulhos no vazio de minha alma
A sensação de Deus enquanto acalma,
Florindo com certeza o meu jardim,
Canteiro feito em luzes, santidade,
No amor que tanto quero e que me invade.


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“Abriu-se o eco, oh! justos, exultai!”
O mundo não será conforme fora,
Imagem do Cordeiro, redentora,
Enquanto a dor ao longe já se esvai,
Mudando a direção dos temporais,
Aquele que se deu em Seu calvário,
Num sacrifício imenso e necessário,
O Vosso sangue Pai que derramais
Transforme em glória toda imensa senda,
Cenário de batalhas do passado,
O dia feito em paz anunciado,
A cada amanhecer que se desvenda
Perdão tomando conta de quem traça
A vida muito além, plena de Graça.

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“Consumou-se a tragédia deicida”,
Mas nesta morte vejo uma esperança
Aonde em holocausto já se lança
Mudança preparada em nossa vida,
Assisto à derrocada dos venais
Caminhos entre as trevas porfiados,
E quando se percebem vãos pecado,
Perdão que a cada dia transformais
Seara mais sublime e soberana,
Na qual se percebendo a Graça e a Glória,
Traduz a realidade da vitória
Enquanto a sanguinária nos engana,
Vencendo as tentações, prossigo em Vós,
E elevo com vigor a minha voz.



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“Eis terminada a lúgubre Paixão”,
Mas dela se percebe um novo tempo,
Vencendo qualquer dor e contratempo
Momentos mais feliz se verão,
Enquanto houver a força da verdade
Deixando qualquer medo no passado,
O amor que neste Amor tem triunfado,
Mais alto no meu peito agora brade,
Vindouras esperanças de outras horas
Auroras com certeza mais bonitas,
Gerando da emoção raras pepitas
As Graças, do futuro são senhoras.
E sinto em Vossa luz tanta fartura,
A vida em Vosso encanto, nunca escura.

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“Silêncio, trevas, mágoa, confusão!”
Assim se percebera a noite em dor,
Aonde se matando o Salvador,
Guardado em nosso peito, na Paixão,
Percebo quantas vezes nossa luta
É feita num momento mais audaz,
E assim ao se mostrar a plena paz,
A humanidade enquanto em vão reluta,
A Mão abençoada de quem tanto
Amando se fez mártir, numa cruz,
E quando morto explode em tanta luz,
Gerando neste instante farto encanto,
Amar e perdoar, eis o legado,
De quem se fez em dor, crucificado.

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“A dor cruel que a pena não traduz”
Esgota qualquer chance para quem
Amor sem ter limites não contém,
E nega vendo mesmo a imensa luz,
O cego que se perde em claridade,
O surdo que não sabe traduzir
O som maravilhoso do provir,
Tampouco a sinfonia que ora invade,
Tocando os corações, mesmo os mais feros,
E gera tão somente o ser eterno,
Matando o que deveras fora inverno,
Em atos, pensamentos tão sinceros,
E sei que se em verdade hoje existo,
Eu tenho em meu Pai, que é Jesus Cristo.

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