quarta-feira, 5 de outubro de 2011

05/10/2011


Da lama ao apogeu, tanto degrau
Reduz a sensação enquanto rege
O luta se aproxima e deste herege
O mundo se anuncia e vendo a nau,

O tempo se anuncia e deste mal
A sorte mostra a rota e nos protege
Avanço contra o tanto e busco a sege
Que possa penetrar noutro canal

Já nada mais se faz enquanto mudo
O verso aonde o mundo pontiagudo
Vestígios do que um dia fosse atroz.

Vestindo o que se mostra noutra cena
E sendo a solidão o que envenena
Reparo com firmeza a rude voz.

2


Amor vencendo a tudo, triunfal
Reparo cada infausto que adentrasse
E nisto noutro tanto emoldurasse
O verso se anuncia noutro mal

E vago sem sentido dita astral
Que possa na incerteza que traçasse
Nadando contra a fúria noutra face
Detendo o quanto gera em ledo grau.

Presumo na verdade que se estende
O verso se dourando não depende
Do vaso já quebrado e sem certeza

A luta se enfrentando com rudeza
E nisto cada engano se apresente
Marcando o quanto possa em tal frieza.

3

Amor vencendo a tudo, triunfal
Não visto o mesmo tom em rude espaço
Na vendo o que pudera ser escasso
Gerando o meu anseio sem final

Navegando neste tom e sem igual
O quanto sem sentido agora traço
O verso se desenha noutro laço
Gestando a solidão num outro engano,

Realço tão somente sem sentido
E neste desenhar me dilapido
Restando muito pouco do que outrora

O mundo noutro tanto me apavora,
Gerando o quanto quero e tanto olvido
Naufrágio que transcende sem demora

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