Quisera acreditar e não pudesse
Restando quase nada do que um dia
Ousasse acreditar quando viria,
Traçando no futuro alguma prece,
Restauro o quanto em vaga luta tece
E mato os meus temores, agonia,
Vestindo esmeraldina fantasia
Numa utopia espúria que entorpece.
Quisera acreditar noutro cenário
E neste caminhar, no itinerário
Disperso entre terríveis tempestades,
A face desdenhosa de quem ri,
O quanto imaginasse além daqui
Que tanto quanto negas me degrades...
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário