quarta-feira, 25 de abril de 2018

MESQUINHARIAS

Qual fora forte cedro, algum carvalho
Cipreste que deveras se mostrasse
Deixando no passado um vão impasse,
Nas horas em que amor, quero e batalho,

Enfrento o pedregulho e neste atalho
Por mais que outro caminho a vida trace,
Adentro sem temor, mostrando a face
Jamais cedendo ao corte, à faca e ao talho.

Mesquinharias lego ao triste olvido,
E sigo com vigor e decidido
Vencendo os desafetos e vinganças,

Enquanto neste olhar tranqüilo e firme,
A sorte a cada dia se confirme,
Comigo em meio às trevas vais, avanças.


MARCOS LOURES

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