quarta-feira, 25 de abril de 2018

ROCHEDOS E PENHASCOS

De todos os rochedos e penhascos
Aonde se arrebenta o velho mar,
Apenas poderia decifrar
Momentos entre turvos, débeis ascos,

E sabes que deveras nestes frascos
O veneno entre o sangue a se banhar
A face desdenhosa a provocar
Sabendo desde já velhos fiascos,

Amargas com teus risos os meus dias,
E sinto em tuas mãos as rebeldias
Que outrora me trouxeram seduções

Nefastas armadilhas que ora expões
E nelas com tenazes homicidas
Demonstras tuas faces distorcidas.

MARCOS LOURES

Um comentário:

Ana Maria Gazzaneo disse...

Uma obra digna de um Mestre! Parabéns, sucesso e grata por permitir-nos o desfrute. Abraços