terça-feira, 24 de abril de 2018

SE O RUMO

Se o rumo não encontro novamente
Depois de ter perdido a lucidez
O quanto deste sonho se desfez
Deveras traduzindo esta semente

Que antanho se fez glória e agora ausente
Não deixa que se entenda este talvez
E nele tu não queres ou não vês
O fim do nosso amor, a dor pressente.

E quando não houver mais claridade
Apenas tão somente a tempestade
Estrondos mais funestos, noite fria

Recordarás de tudo o que eu te disse,
Ainda parecendo vã tolice,
Mas que aos meus tristes se desfia.


MARCOS LOURES

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