Apaziguando enquanto se porfia
No fio da navalha, a mansidão,
O amor em seu sutil diapasão
Gerando ou destroçando uma harmonia,
E nele se pressente a sinfonia
Tramada pelas cordas, coração,
Por vezes ao cevar em duro chão
Florada sem igual já colheria.
Resumos de promessas e mentiras
Verdades contrafeitas, relativas
Imagens adoradas e cativas
Um prisma iridescente, na verdade
É feito em divindade demoníaca
A fonte desejosa e afrodisíaca
Que em tal torrente inusitada nos invade.
MARCOS LOURES
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