Nos ermos deste velho coração,
A sorte em discordância dita o rumo
E quando pouco a pouco em vão me esfumo
O barco em infeliz navegação
Sabendo das procelas que virão
Já não conhece mais nem leme ou prumo,
Deveras da existência ausente sumo
Jogado sobre o solo, podre grão.
O amor que tantas vezes é sublime
E gera a fantasia que redime,
No entanto ao se esconder marcando em fogo
Tatua a minha pele em cicatrizes
E quando cada sonho tu desdizes
Percebo quão inútil prece e rogo.
MARCOS LOURES
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