Sarjetas de minha alma ora freqüento
E quando ainda sinto ao longe um vento
A noite na verdade já se esfria,
O canto se transforma em agonia
E assim deveras morto me apresento
O corpo que pensara mais sedento
Adentra esta seara e a vê vazia
Entregue aos dissabores nada mais
Os dias repetidos e venais,
Caricatura apenas do que há tanto
Sonhara com delírios e desejos
Agora nem sequer meros lampejos
Restando ao caminheiro o desencanto.
MARCOS LOURES
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