sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Falando do perdão e da amizade
Não tendo outro momento em minha vida
Aonde cada sorte é percebida
Qual fora a mais suave liberdade,

E quando a solidão algema, em grade
O tempo noutra fase nos acida,
E gera a mesma história em despedida
E traça o que pudesse e desagrade,

Amar e ter em Cristo esta certeza
Do quanto poderia em tal leveza
Ainda que se fosse muito além

O canto de quem tenta e se conduz
Trazendo com ternura a sua cruz
E nisto a paz em glória dita o bem.



Não quero ter decerto este poder
Que é tão fantasioso e mesmo rude,
No quanto esta impressão já nos ilude
Negando o quanto pude em Ti viver,

O mundo transcendendo me faz ver
A eterna sensação de juventude,
E quando tanto amor diz atitude
No manto consagrado eu posso crer,

Abençoando a vida de quem ama,
Mantendo da esperança a rara chama
O templo feito em fé traduz o amor,

E tendo por altar esta esperança
Enquanto o meu caminho em paz avança
Ensinamentos Teus ditam louvor.


Amar a Jesus Cristo, nosso irmão,
E ter esta certeza dentro em nós
Na mais suave e calma, doce voz,
A vida trama a rara direção,

E os dias mais gentis que inda virão
O tempo renegando o mundo algoz,
A sorte se anuncia e nestes nós
Eu vejo a mais perfeita dimensão.

Do amor que não pudera ser diverso
E quando em alegrias me disperso
Vagando no infinito em alegria,

O Reino do Meu Pai se anunciando
Num dia mais tranquilo, desde quando
O sonho mais feliz entranharia.

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Amor em Cristo Pai nos dita o rumo
Em cristalina sorte se desenha
E o quanto se aproxima e traz a lenha
Aonde o meu momento em paz consumo,

Vitória a cada instante ora resumo
Sabendo da emoção que me convenha,
Na luta pela paz, nada detenha
Quem sabe neste amor imenso o prumo.

E mesmo se pesada a minha cruz,
Eu tenho uma esperança em ti, Jesus,
Meu grande companheiro, meu amigo.

Ousando nos meus passos ter além
Do quanto poderia e sei que vem
Gerando uma alegria onde me abrigo.


Por mais que a vida seja dolorida
E o tempo se anuncie em bruma e neve,
O coração em paz enfim se atreve
E trama esta palavra em paz ungida,

Enquanto a solução não se duvida
Expressa o quanto possa e torna leve
Uma alma que decerto em luz escreve
Certeza da esperança construída,

Ainda que esta dor surja; a vitória
Permite o quanto existe em rara glória
Nos passos do meu Pai, o Criador,

E sinto ser possível cada passo,
Assim o meu caminho; insisto e traço
Marcado pelas teias deste Amor.


Não temo a tempestade, pois sei bem
Do quanto em amizade reproduz
A vida noutro instante em forte luz
Gestando esta alegria que convém,

E o mundo se mostrando muito além
No amor sem ter igual e assim Jesus
Fazendo com ternura sempre jus
Na imensa sensação que a paz contém.

Louvores a quem ama e dita sorte,
Que Teu amor deveras me conforte
Num tempo feito em dor e sofrimento,

A luz de Teu olhar dita o horizonte
E quando este caminho em paz aponte,
O sonho mais sagrado eu alimento.


Amar em plenitude e crer na sorte
De quem se fez e na verdade luta
Ousando contra a fúria imensa e bruta
E tendo além e o caminhar conforte,

Meu mundo eu sigo e desenhando o norte
Embora a vida se apresente astuta
E quem se molda em paz jamais reluta
Ao ter no amor o quanto nos suporte,

Vencendo a tempestade tão amarga
A vida na verdade não embarga
Quem tanto se presume em liberdade

Aprendo a cada dia a rara trama
Mantendo esta alegria que me chama
E nela toda a luz quando me invade.



Jamais acreditei neste vazio
E sei do quanto possa ser feliz
Ousando na esperança que mais quis
Um tempo feito em paz ora desfio,

E bebo a claridade enquanto crio
Um mundo sem temor ou cicatriz
E sei desta magia em tal matiz
E neste caminhar vencendo o estio,

Na clara sensação de uma amizade
O tanto quanto possa e sempre agrade
Ao coração gentil de quem procura

Vencer a mais diversa tempestade
Ainda que deveras liberdade
Expressa o que pudesse ser a cura.


Num átimo se entranha além de tudo
O quanto desejável traça a vida
E quando no meu mundo esta guarida
Exprime o que deveras quero e mudo,

Ainda quando além não desiludo
E bebo da esperança mais sortida
Vencendo o que pudera em rara vida
E nisto outro desejo onde amiúdo

A lida se apresenta mais tranquila
E assim esta certeza ora desfila
Marcando o dia a dia com ternura,

A luta sem razão já não cabia
E sei do grande amor que a fantasia
A cada novo instante se assegura.


Ainda quando pude ter em mente
O tanto sem sentido e sem razão
As horas noutro tanto mostrarão
O que nada decerto enfim desmente

A sorte se transporta e finalmente
Ousando noutro rumo e direção
Cerzindo com ternura esta emoção
O mundo semeando outra semente,

Ainda quero a paz e bebo a glória
Enquanto o renovar ditando a história
Pudesse ser assim, ou mesmo até

Vencendo o descaminho mais temido
O quanto na verdade inda lapido
Traduz o grande amor em rara fé.


Meu mundo num instante poderia
Tentar algum caminho alternativo
E quando na verdade sei que vivo
Traçando o meu cenário em harmonia,

A luta se desenha em fantasia
Não quero amor que seja enfim cativo
Do quanto noutro passo já não privo
Meu sonho de saber em alegria,

Vestindo esta ilusão inda pudera
Vencer o quanto quero e a primavera
Ainda viva além não me pertence,

E sei desta verdade e do non sense
Cerzindo dentro da alma esta esperança
Que a cada novo dia em luz se lança.


Meu verso em plenitude o quanto poderia
Pousar qual fosse mera e mansa borboleta
Ou mesmo navegar e ter como um cometa
A sorte mais gentil e nela esta harmonia

Crisálida, meu sonho em paz e fantasia
Ainda quanto muito o todo se prometa
Vagando pelo espaço e nisto se arremeta
Ao grande amor que tanto em luz eu concebia

Bebendo do infinito a cada novo verso
Encanto dita a sorte e rege este universo
Aonde o todo traz além do quanto queira

O manto consagrado ao máximo do sonho
E nele outro cenário ainda além componho
E tenho esta esperança amiga e companheira.


O amor que inda viria após a tarde
Marcando com ternura a imensidão
Dos raios que esperanças me trarão
E todo o coração em paz aguarde,

Vencer esta tristeza e assim resguarde
A luta noutro passo e dimensão,
Cansada desta vida em tanto não,
Um sonho aonde o tanto não retarde.

Teus olhos, meu amado companheiro,
O canto enquanto além em paz me inteiro
Espalha esta ventura pelos ares,

Ainda quando pude imaginar
Sentido tão superno e quando amar
Espero pelo menos me notares.


A antiga solidão invade a noite em fúria
E toma o pensamento e não se cala mais,
A vida se pudera vencer os vendavais,
Porém sei que ao final só resta esta penúria,

A luta não termina e gera desta incúria
Os dias tão venais e neles temporais
Ousando o que pudesse e sei terei jamais,
A morte se aproxima; audaz, mordaz e espúria.

Amores que vivi; retratos na gaveta
O fim se aproximando e sei quanto prometa
Apenas funerais e nada além do chão,

Trafego no passado e sinto o quanto resta,
Somente qualquer facho adentra a leda fresta
Enquanto apenas vejo ao fim, a solidão...


O ser poeta traz a cada instante
Caleidoscópio em prismas tão diversos
Unindo com ternura nossos versos
A eternidade da alma se garante,

E sinto o quanto é belo a cada instante
Após outros sentidos quando imersos
Os sonhos que apresentem universos
Moldando cada passo doravante,

Mosaicos entre tantos, arabescos
Momentos mais felizes ou dantescos,
Ousando ou mesmo até se transformando,

O canto se irradia e dita em luz
O quanto a fantasia reproduz
Ou gera um novo mundo, atroz ou brando.


Aonde poderia haver o rumo
No qual me desenhasse em luz e glória,
Aos poucos nesta senda merencória
Meu verso no passado em vão resumo,
E bebo da emoção em torpe sumo,
Ainda que buscasse na memória
O todo noutra face, noutra história
E deste sonho imenso, não mais esfumo,
Ecléticas verdades, mundo audaz,
Palavra que teimasse e já me traz
Além da imensidade desenhada,
A senda mais brilhante em lua cheia
Tomando cada instante onde se anseia
Seara pelo encanto; desbravada.


Tormentos entre tantos que tivera
Após a tempestade dentro em mim,
Vagando sem saber início e fim
A noite se desenha em vulga espera,
O corte desdenhoso, outra quimera
Ausência de esperança, um estopim
Minha alma se anuncia e num motim
Apenas o que resta desespera.
Sonegas com virtudes meus enganos
E sei dos dias vagos e profanos
Marcando o quanto pude e não pedisse
A trama em desamor não se revela
A vida não imita esta novela
Tampouco se admitira outra tolice.


Da lira sertaneja em tons diversos
Ponteio esta emoção: raro luar
Pudesse noutro passo imaginar
Além da pura imagem nos meus versos,

Os rumos são decerto mais dispersos
E quanta vez eu pude caminhar
Tecendo cada passo com o olhar
Em meio aos tolos erros, tão perversos.

Não tendo solução e nem sabendo
Da vida quanto possa num adendo
Mergulho, abrindo as asas, deste abismo

E quando toco o fundo deste poço
A vida em tal momento, em alvoroço
Vestindo o mais terrível cataclismo.


Do cântico suave a sorte iridescente
O mundo se anuncia e mostra o quanto pude
Embora seja audaz, o tempo se faz rude
E todo o desencanto aos poucos se pressente,

Vestir esta ilusão e ter decerto em mente
O marco mais feroz, da nossa juventude
E nisto o que resta, após já desilude
E a nave sem destino, ao léu segue impotente.

Encontro os teus sinais, e nada do que eu veja
Ainda satisfaça em rito mais atroz
O quanto poderia e sei enfim sem voz,

E bebo deste azar em noite malfazeja
Matando esta ilusão e nada mais teria
Somente o quanto houvera ainda em poesia.




Um verso sem sentido e o tempo se eximindo
Do engano costumeiro e sempre sem razão
Os dias que decerto ainda não verão
O tanto quanto fora o passo mais infindo,

Bebo irracionalmente o quanto percebera
A luta se desenha e nada mais pudera
Tramando além do todo; a sorte noutra esfera
E o sonho fora feito em frágil, leda cera

Marcantes ilusões; aonde andam vocês?
Os tempos noutro passo em louca discordância
A vida não traria ainda a velha estância
E nela este cenário agora não mais vês,

Na insensatez do sonho, o cântico sem rumo,
O prazo determina o quanto em dor, assumo.



3


O caos gerado em nós não poderia
Traçar algum futuro, simplesmente
E o quanto da verdade também mente
À sombra do que fora uma utopia,

Depois do quanto visse em agonia
O corte se desenha mais premente
E o passo quando o quis proeminente
Apenas a verdade moldaria,

Negar o próprio ocaso? Uma tolice.
A sorte por si mesma já desdisse
O quanto acreditei e nada resta,

Somente a mesma face onde agressiva
A luta sem sentido ora nos priva
Do amor que poderia em cada fresta.


Yo soy lo que viva mí sueño más atroz
ninguna claridad, en brumas hecho
tomando cada punto en cada pecho
negase solamente la mansa voz

de todas ilusiones, nadie pensa
el sol ya se anuncía y no se vé
la vida simplesmente sin porqué
sendero más sombrio, noche tensa.

así ha hecho el canto de un poeta
que ahora se atormenta sin destino,
y cuando en paso díme determino
la vida en su faceta y no completa

sin luces, sin camino, en tempestad
dejando sin sentido libertad!


Ainda que eu tivesse alguma escolha
A vida não teria outro momento
Restando a quem sonhara o desalento
E quando a cada passo enfim recolha,

A sorte se esvaindo, leve folha
O prazo determina o sofrimento
E sei do quanto pude e mesmo tento
Embora este caminho, o passo tolha.

Restauro dos meus erros outros dias
E sei que na verdade não trarias
As luzes quando as peço e até suplico,

Meu barco sem timão, já sem o norte
Apenas outro engano me comporte
E quando olhasse além mais nada explico.


2

O verso traduzisse alguma luz
E nada se permite além do ocaso,
E quando na verdade tanto atraso
Meu passo sem sentido não conduz

Ao ato mais sensato, mesmo em cruz
Diversa do que possa e se me aprazo
Vencido o caminheiro eu me defaso
Do quanto poderia e não fiz jus.

Acordo quem trouxera o mesmo engano
E o rústico tormento onde me dano
Vestígios de uma vida sem proveito,

Depois de certo tempo tantas dores
A via mais dorida e sem pudores
Enquanto o sortilégio, enfim o aceito.


3


Ocasos entre névoas, medo e sorte
Diversa da que houvera conhecido,
E sei do quanto possa em dividido
Momento sem saber aonde aporte,

Negar a melodia, e ter no corte
Apenas outro tanto embevecido
E a rude sensação; já dilapido
Tramando o que deveras não conforte,

A luta em tal insânia dominando
O todo que pudera bem mais brando
Cercando com tormentas, cada sonho,

E bebo incandescente madrugada
Na sorte tantas vezes malfadada
Aonde o meu tormento enfim proponho.

4

Houvesse qualquer tom, diversidade
E nisto o meu alento não viria
Singrando muito além desta utopia
Marcando o que traça em liberdade,

No prazo aonde o tempo se degrade
O gládio me permite o quanto havia
Na lida mais audaz, a poesia
Porfia sem saber da claridade,

Vacantes emoções. Rude ilusão,
Os dias entre tantos moldarão
Somente este vagar em noite frágil,

O quanto poderia ser mais ágil
Já nada encontra ao fim de certo tempo
Senão a mesma face: contratempo.


5

Lacônica palavra, medo apenas
E o verso não pudera me trazer
A menor quantidade de prazer
E nisto com temor sempre envenenas,

Somando o quanto resta vejo cenas
Diversas das que tento conceber
Vestígios do caminho de algum ser
Enquanto em turbulência te condenas.

Cadáveres carrego dentro da alma
E nada mais pudera ou mesmo acalma
Vencido pelo caos, resta este esgoto

Na sórdida presença do que tento
Ainda neste pútrido tormento
O mundo quis inteiro, agora é roto.

6


Negar o quanto pude e mesmo assim
Vestir esta ilusão de qualquer forma
A vida no final já se deforma
E mata o que restara dentro em mim,

Recolho as flores todas do jardim.
Rompendo do passado a velha norma
E o canto noutro tom tudo transforma
Matando o que restara em ledo fim.

Olhando para além das cordilheiras
As sortes tão banais e corriqueiras
Esgueiras sem sentido ou precisão,

Aprendo com meu erro, mas prossigo
Vagando sem saber do abraço amigo
Tampouco de outros tempos que virão.

7

Quando acidentalmente eu encontrara
Na luz mais desejada outro momento,
Tecendo o quanto possa e não lamento
Na noite anunciada bem mais clara,

A sorte se desdenha e não separa
Sequer o que pudera e mesmo tento
Vencido pelo ocaso, o pensamento
Tornando a própria vida mais amara,

Restauro outros momentos mais audazes
E sei do quanto queres ou me trazes
Antrazes dentro da alma e nada além

No constelar desenho, cada estrela
A sorte tão diversa; concebê-la
Traduz o que afinal já não convém.

8

Ancoradouros tantos; procuraste
A vida em tais promíscuas fantasia
Ainda quanto mais clara a querias
Maior este tormento em vão desgaste.

A luta se negando em tal combate
O prazo determina o fim do jogo
E quando se pudera em qualquer rogo
Apenas outro engodo enfim me abate

Estéreis dias dizem do futuro
E nada mais sentira quem se fez
Além do quanto resta em lucidez,
Um mundo mais atroz; hoje asseguro

E configuro a vida de tal sorte
Que resta tão somente a mim, a morte.

9

Nas ondas deste mar traduzo o sonho
E sei que a noite em lua não viria,
Deixando para trás a fantasia
No quanto me defendo e já me oponho,

Meu mundo sem sentido, mais bisonho
A marca da esperança não veria
Quem tenta acreditar na poesia
Ou mesmo no vazio onde me ponho.

Ocasionando a queda de quem parte,
A vida se anuncia e já sem arte
Restaura com temor o tempo em dor,

Apresentando após o fim de tudo
Ainda aonde pude e desiludo
Tentando sem sucesso algum louvor.

10

Apenas o meu canto sem sentido
O quanto da esperança enfim me privo
E sendo do não ser sempre cativo
O marco a cada passo; longe regrido

E vejo o que pudera ser ungido
Marcando cada instante com altivo
Sangrante sensação e sigo esquivo
Mereço um novo tempo dividido.

E trago na pureza de outro verso
O mundo sem sentido ou mais disperso
Do caos que reina agora início e fim,

Ainda que vertesse a claridade,
A noite a cada infausto mais invade
E o mundo se apodrece dentro em mim.


------------x-------------


Apresentando apenas outro brando
Momento enquanto alento o que pudesse
A vida em avidez dita a benesse
E o peso sobre nós já me envergando,
O corte se anuncia desde quando
O tanto que pudera se obedece
E o rumo sem temor tudo escurece
Minha alma neste instante está nevando,
Negando o que se fez em rumo ao quanto
Pensara com ternura e se me encanto
No canto de algum mundo sem sentido,
Apenas procurando outro incentivo
Ainda que do sonho quando privo
O marco se desenha em ledo olvido.


2


Não poderia mais sentir o quanto
A vida se apresenta sem talvez
Viver o que pudera em altivez
E nisto apenas morte hoje eu garanto,
Cenário sem sentido algum e espanto
O prazo no vazio se desfez
Aonde se quisera sensatez
Apenas o delírio e por enquanto.
Jazigo da esperança, o verso rude
A luta se aproxima e quando pude
Vencer os desafetos, medo e pedra
O velho coração de um anarquista
Ao ter bem mais distante nada avista
E como se mostrara há tempos; medra.

3

O tanto que se visse sem fastio
O rito desenhando novo dia
Aonde não pousasse esta utopia
Nem mesmo o quanto possa ou desafio,
A luta reduzindo por um fio
E nada que tentasse se viria
Ou quando esta verdade serviria
Deixando além da margem, torpe rio;
A melodia em nódoas, rédeas busca
E o quanto se apresenta e sei que é brusca
A imensa sensação de nada ter,
Apelos sem limites, desengano
Ao fim de cada passo se me dano,
Já nada poderia enfim colher.

4


Um átimo e mergulho neste nada
Ousando ser além do quanto quis,
E o passo se traduz em ser feliz
Esplendorosa senda em alvorada,
A história se repete, alvoroçada
E marca o quanto pude em tom mais gris
Negar o que tentara e por um triz,
Ultrapassar além a velha estrada,
Espero pelo menos quem acolha
A vida se transforma e desta folha
Apenas versos tristes, nada mais,
Depois do que tivera em dor e medo
Ao nada sem defesas me concedo
E bebo os dias turvos e banais.

5

Travando contra o sonho a mesma guerra
Aonde no final sou perdedor,
O tempo se desenha e sem rancor
Apenas o vazio ora descerra,
Ainda que vagasse sobre a Terra
Tentando adivinhar ou mais propor
Caminho abençoado em rara flor,
A luta sem sossego não se encerra.
O marco desenhado sobre o solo,
E neste passo incauto não consolo
Sequer o que pudesse ser diverso,
Pedindo alguma luz onde não vejo
Tramando muito aquém do benfazejo
Instante aonde o passo em vão disperso.

6


Jogado sobre o chão, velho andarilho,
Marcado pelo tempo em dor e medo,
Do quanto já pudesse este arremedo
Agora se desenha em ledo trilho,
Depois da solidão nada palmilho
Apenas o que resta em tal degredo
E quando alguma luz além concedo,
O canto se aproxima em estribilho,
Espreito atocaiada sorte em vão,
E sinto que outros tempos não trarão
Diversa realidade e sendo assim,
Depois de cada engano, tosco engodo
Ao penetrar na lama, mangue e lodo
Prevejo tão somente o mesmo fim.


7

Bebendo desta fonte rara e pura
Trazendo em harmonia cada verso
Aonde eu mais tentara estar imerso
Minha alma nesta luz já se assegura
E o canto em harmonia diz ternura
E nada mais cerzisse este universo
Nos âmagos da vida sigo imerso
Tentando muito além desta candura,
Crescente fantasia dita sonho
Tramando todo o bem que ora proponho
No passo refletindo cada instante
Depois de certo tempo em discordância
A vida se mostrando sem ganância
Um dia mais suave me garante.

8

Teclando sobre os sonhos entre fases
Blindando cada passo com o quanto
Vencera e se mostrando onde garanto
A luz que se repete enquanto a trazes,

Ainda que deveras, agora atrases
Os passos que puderas num encanto,
O todo se traduz em mero e tanto
Meu mundo não traria tons audazes,

Represo esta ilusão de ser poeta,
E o mundo noutra face se deleta
Marcando em dissonância o quanto pude

Viver após o tempo mais audaz
E nada do que possa dita paz
Somente o mesmo atalho velho e rude.


9

Tripudiar assim sobre quem a ama,
Trazendo a todo instante outro momento,
Amor não resistiu, soterramento,
E a vaga sensação de mero drama,
Ao quanto já não pude sigo atento
E bebo da ternura onde se clama,
Arcando com detalhes cada rama
Após o temporal, ainda tento.
Negar a minha paz e ver além
O todo que deveras não detém
O passo de quem segue sem destino,
Ao ter esta incerteza que suprime
Meu mundo quando o quis bem mais sublime
Agora noutro instante, o desatino.

10

Na carta aonde tanto pressenti
O mundo desabando sobre mim,
O amor que imaginara chega ao fim
Distando cada passo, volto a ti,
E o tanto que pudera em frenesi
Acende do vazio este estopim,
Tua alma, uma espécie de chupim
Destrói todo o cenário onde vivi,
E o manto discordante vira luto
E quantas vezes tento e não reluto
Buscando no infinito constelar
Ainda após o todo sem sentido,
O passo noutro rumo presumido
E neste raro encanto, o desenhar.
A bela e mais suave das venturas
Permite cada verso que inda tente
E nisto novo passo mais contente
Deveras com beleza me asseguras,
As noites entre tantas mais escuras
O quanto da alegria se freqüente
E molde cada passo num repente
Disperso do que invades em loucuras
Ascendo ao quanto pude e creio enfim,
No amor que irradiando início e fim
Gerasse qualquer sonho e muito além,
Dos ermos de minha alma sigo alheio
E quando outro caminho em paz anseio,
Um dia mais feliz decerto vem.


Aspectos tão diversos da emoção
Tentando um novo passo além do qual
Meu mundo se mostrasse desigual
Vibrando com ternura, solução,
Meus dias noutro rumo moldarão
Momento num encanto em ritual
Disperso do que eu possa menos mal,
E sei do quanto tramo em direção
Diversa ao que pudesse e sendo assim,
A lua deita os raios sobre mim
E transformando o sonho em realidade,
Tramando cada passo rumo ao farto,
Apenas o caminho em paz, reparto
E bebo esta suprema liberdade.


O quanto do amanhã ontem pudera
Ousar num novo canto tempo e espaço
E quando este cenário em paz eu traço
Renovo o meu caminho em bela esfera
E beijo mesmo a dor que se faz fera
E tramo com ternura cada laço
Sabendo da verdade e do cansaço,
Meu mundo se desenha sem espera,
À sombra dos meus sonhos, tão somente
O amor que tanto quero e que se tente
Traduz esta emoção e nada cala,
Minha alma enamorada pede mais
Enquanto enfrento os tantos vendavais
A lua penetrando em minha sala.


Uma canção que seja mais profana
O tempo se desenha em tom suave
E quantas vezes teimo e já se agrave
O quanto poderia e a sorte dana,
No fundo esta vontade é soberana
O amor em liberdade feito uma ave
Supera qualquer queda que o entrave
E bebe desta sorte sobre-humana
Não pude e não quisera pressentir
Além do quanto trago e do porvir
Meu canto se mostrando mais sincero
Traduz a fantasia feita em verso
E vejo a cada passo este universo
E nele todo amor que tento e quero.


Amar e ter em Ti o quanto possa
Vencendo os descaminhos de uma vida
Há tanto noutra face corroída
E exposta ao que pudera além da fossa,

A vida na verdade nos endossa
E gera outra razão bem construída
E o todo se aproxima e traz na lida
Esta ventura imensa, bela e nossa.

Meu canto em harmonia com Teu canto
Traduz o que buscara e hoje garanto
Adentra uma esperança feita em Luz,

Ao tanto quanto pude num momento,
Meu sonho na verdade, sempre tento
E o passo feito em glória me conduz.


Aprendendo Contigo a liberdade
E dela me esmerando em raro amor,
Palavra mais sincera num louvor
Enquanto diz do sonho em claridade,

E o quanto possa haver felicidade
Na vida sem sabe de algum rancor
Protege com Teus braços e calor
Na luz que tanto toca e nos invade,

Gerando dentro da alma esta harmonia
O grande amor deveras poderia
Ousar neste momento mais feliz,

Senhor, eu tenho em mim esta certeza
De ter toda a fartura sobre a mesa
E nisto todo o encanto que mais quis.

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Amar e ter nas mãos o meu futuro
Sentir cada momento em luz e brilho,
E quando neste instante em paz palmilho
Encontro no final porto seguro,

E o todo se moldando onde procuro
E sei do coração, velho andarilho,
Um sonho sem sentido e maltrapilho,
A vida encontra sempre um alto muro,

E o mundo se aproxima deste intento
E quando a plenitude em Ti eu tento
Bebendo à Tua glória esta esperança

Meu mundo se desenha muito além
Do quanto poderia e sempre vem
E nisto sem temor algum avança.

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Deus é capaz de trocar reinos por ti,
abrir mares pra que possas atravessar
e se preciso fosse daria novamente a vida por ti!
Deus só não é capaz,de deixar de te amar...
Padre Fabio de Mello

O amor trazendo em si a divindade
Permite que se creia num momento
Aonde com ternura se me alento
O todo com firmeza a vida brade,

E o todo desenhando em liberdade
Tomando plenamente o pensamento,
E quando ser feliz, decerto eu tento
Percebo no Senhor a claridade,

E sei desta potência em holocausto
E mesmo quando a vida dita infausto
Certeza de uma luz neste horizonte,

E o Pai com Seu carinho inesgotável
Tornando o meu caminho mais arável
Destino em paz deveras já me aponte.

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"Só dê ouvidos a quem te ama. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito"
Padre Fábio de Mello


Ouvir quem tanto te ama e te alimenta
Com sonhos, fantasias e esperança
Enquanto a própria vida assim se lança
E vence com clareza uma tormenta,

A sorte desejada onde se tenta
E nisto outro caminho em aliança
Marcando o que pudera e quando avança
E a proteção deveras já fomenta.

Ouvir o coração e ter nas mãos
Certeza de cevas sublimes chãos
Colheita garantida no futuro,

O Amor que tantas vezes tu constróis
Espalha como fosse dez mil sóis
E assim rara beleza eu configuro.

-------x------
Erros nos preparam para a vida...
Padre Fábio de Mello

A vida se aprendendo dia a dia,
E nisto posso ver o meu caminho,
E quando nos Teus passos eu me aninho
Encontro a mais suave fantasia,

O tanto quanto possa e se veria
Gerando dentro da alma este carinho,
Vencendo este temor, ledo e daninho,
A vida propagando em alegria.

Repare cada luz e veja bem
O quanto deste sonho amor contém
Tornando após a queda, imenso e forte

Quem tantas vezes teve num engodo
Velha impressão de medo, lama e lodo
E agora outro cenário em si comporte.

------x------
O que as pessoas pensam a meu respeito, só diz respeito à elas!
Padre Fábio de Mello


Quem sou e na verdade quem seria
Já não mais representa o que tu pensas
E sei quando buscara em recompensas
Somente traduzisse uma utopia,

O quanto na verdade inda seria
E nisto com certeza não convenças
Quem sabe mesmo em duras desavenças
Ousar além do sonho, alegoria.

Seguir sem mais temer o que virá
E ter dentro do peito e desde já
O amor que nos ensina e me orienta,

Vencendo os desacordos costumeiros
Cevando com carinho meus canteiros
Embora a vida seja tão sangrenta.

-----x-----
Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que a habita...
Padre Fábio de Mello


Defesas sendo usadas na verdade
Demonstram quanto é frágil quem as usa,
E a sorte mais atroz, mesmo confusa,
Impede o que se fez felicidade,

E assim cada momento já degrade
Tornando a nossa estrada mais obtusa
Desta armadura imensa a vida abusa
E trava o que pudesse em liberdade,

As garras afiadas da pantera
A louca sensação que destempera
Na tosca imagem traça o nada ser,

Assim quando me agrides meu amigo,
Aquém do que em verdade ora persigo
Traduz a falsa luz a nos prover.


------ x -----

A gente sabe da importância da luz, no momento em que a gente está no escuro!
Padre Fábio de Mello


A escuridão valora a imensa luz
E nisto se percebe o dom mais raro
Do amor que na verdade hoje declaro
E nele cada passo reproduz

O todo desejado nos conduz
Ao mundo mais suave e assim preparo
Meu canto noutro rumo e sei mais claro
Cenário aonde a sorte se produz.

Meu tempo se mostrando mais exato,
E nisto cada sonho hoje constato
Vibrando em sintonia com meu sonho,

Amar e ser feliz, Contigo Pai,
O todo com firmeza; não se esvai
Promete um tempo em paz e mais risonho.




Amar é dar o seu melhor, é dar-se da melhor maneira possível
Padre Leo

O amor que nos permita a doação
Dos sonhos entre tantos já nos traz
O quanto poderia haver em paz,
É como da esperança a gestação,

Os dias mais tranquilos se verão
E neles sentimento mais audaz,
Vivendo o quanto pude ser capaz
Entrego com ternura o coração,

E o todo se aproxima do infinito
E neste amanhecer hoje acredito
Restando dentro em mim a claridade,

Amar e ter nos olhos novo dia,
Viceja dentro da alma o que viria
E toda a maravilha em luz me invade.


---------- x--------



"Não existe sucesso econômico e social que justifique uma família fracassada" Padre Leo

O bem maior que existe em nossas vidas
Já não se traduzira por poder
Tampouco noutra face posso ver
As ânsias tresloucadas e perdidas,
Assim ao se sentir as mãos ungidas
No encanto deste amor e perceber
Traçando o mais suave amanhecer
Gerando o mais gentil, vozes unidas,
E o tanto quanto pude imaginar
Marcando o meu caminho a me mostrar
A salvação que existe em redenção,
No todo desenhado em claros tons
Momentos mais felizes, raros, bons
E neles a sublime sensação.


O orgulho é a fonte de todas as fraquezas, por que é a fonte de todos os vícios.
Santo Agostinho

O orgulho nos transforma e fragiliza
Trazendo em si dos vícios maior fonte,
E a cada novo engodo que desponte
A tempestade surge invés da brisa,

E o sonho que em tal fato se matiza
Destrói de uma esperança qualquer ponte
Tornando mais nublado este horizonte
Enquanto o mundo queda e o fim divisa.

Dos erros costumeiros, pedregulho
Que impede a caminhada, o vago orgulho
Expressa esta fraqueza e nos maltrata,

Assim mal poderia crer no fato
E toda a fantasia que eu retrato
Desenha-se decerto mais ingrata.

------------------- x---------------------
O supérfluo dos ricos é propriedade dos pobres.
Santo Agostinho


A vida em tais diversas atitudes
Transforma a cada instante e decompõe
O quanto deste mundo hoje se expõe
Moldando todo passo e assim te iludes,

Em passos tão terríveis, ermos, rudes
O tanto noutra face não repõe
Sequer o que em verdade em vão compõe
Os dias de outras ermas juventudes.

As sobras destas mesas alimentam
Aqueles que injustiças quando enfrentam
Fragilizados seres pela vida,

O excesso contrapõe a leda falta
E quando a fome imensa nos assalta
Do resto a minha sorte está provida.


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Ninguém faz bem o que faz contra a vontade, mesmo que seja bom o que faz.
Santo Agostinho


O bem quando em verdade se fizer
Não pode ser apenas burocrático,
O mundo se mostrando mais apático
Não molda da bondade algum prazer,

Destarte no que possa parecer
Um senso mais comum e quase prático
Não dita este momento ledo e estático
Fazendo uma alegria esmorecer.

O amor deve ser dado em alegria
E assim a festa feita é repartida,
Gerando com certeza o bem da vida

E nisto muito além de uma utopia
Ou mesmo algum instante sem valia
Resume a maravilha concebida.

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Dois homens olharam através das grades da prisão;
um viu a lama, o outro as estrelas.
Santo Agostinho

Olhando para frente o que se vê
Presume o meu caminho e no futuro
O quanto parecesse mais escuro
Talvez tenha decerto o seu por que

O mundo se transforma e quando crê
No passo com firmeza e mais seguro,
Ultrapassando assim mais alto muro
A vida se presume ou mesmo lê.

O quanto desta sorte é variável
Num tempo muitas vezes mais afável
E tantas vezes duro, ou mesmo rude.

Assim ao mergulhar numa esperança
Um novo amanhecer a vida alcança
E traduzindo mais que eu mesmo pude.


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A angústia de ter perdido, não supera a alegria de ter um dia possuído
Santo Agostinho

A vida ao ser mutável; traz e leva
Deixando esta saudade salutar
De quem um dia pôde desfrutar
Da maravilha feita em rara ceva,

Assim esta emoção rara e longeva
Presume o renascer e neste mar
De sonhos o que pude desfrutar
Transforma o meu caminho e nega a treva.

O que perdi deveras traz saudade,
Mas lembro-me do gozo sem igual,
Enquanto outro vazio me faz mal

E o medo renegando a liberdade,
Expressa a solidão em absoluto
Caminho; aonde tento e em vão eu luto.


--------------------------------- x-------------------------

conhece-se melhor a Deus na ignorância.
Santo Agostinho

O Deus que nos criou e assim nos ama,
Não tem qualquer caminho senão esse
E quanto mais deveras percebesse
Tocando sobre nós a Sua chama,

Pousando sobre uma alma que já clama
E nisto cada passo se tecesse,
Sem ter porquês apenas concebesse
Enraizando a vida em própria trama.

Amar e perdoar, ser libertário,
É simples e somente necessário
Sentir com alegria a vida em nós,

Não adiantam dúvidas, perguntas
As almas que deveras andam juntas
Conhecem o Deus vivo em firmes nós.


---------------------------- x-------------------------

Com o coração se pede. Com o coração se procura. Com o coração se bate e é com o coração que a porta se abre.
Santo Agostinho

Amar e tão somente ser assim,
O máximo da vida em expressão
Diversa da que possa em direção
Ao quanto se pudesse em tal Jardim,

O mundo se resume dentro em mim,
Do todo universal, rara expressão,
Os dias mais sublimes mostrarão
O quanto amor nos mostra um sonho clean.

Viver e ter no olhar esta certeza
Vencendo o quanto possa a correnteza
Gerando a cada passo este infinito,

Usando o coração em liberdade
Singrando a mais real felicidade
É tudo o que mais quero e necessito.


---------------------- x------------------


Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.
Santo Agostinho

Abrindo o coração ao Pai supremo
Vivendo com amor e sem temores
Seguindo este caminho espinhos, flores
Deveras com certeza nada temo.

Tampouco no passado em dor me algemo
E sei destes aromas sedutores,
Porém acompanhando onde Tu fores
Usando esta emoção, sobejo remo.

Confio o meu futuro a Ti, Senhor
E sei do quanto possa em raro amor
Vencer vicissitudes costumeiras,

Minha alma sendo Tua, ó Pai eterno
Ainda que se veja o duro inverno
Do sol virão as cores verdadeiras.



-----------------------x---------------------


O dom da fala foi concedido aos homens não para que eles enganassem uns aos outros, mas sim para que expressassem seus pensamentos uns aos outros.
Santo Agostinho


O quanto se traduz em cada fala
Podendo ter dois gumes, mal e bem,
E quando na verdade o amor contém
A sorte nos domina e me avassala,

E quando esta certeza toma a sala,
E nisto outro cenário a vida tem
Marcando com ternura e paz alguém
Uma alma em pleno amor jamais se cala.

Ousar acreditar numa promessa
E nisto cada passo recomeça
Pousando dentro da alma em luz sobeja

Assim o caminhar se traça em paz
E o todo na verdade sempre traz
O quanto mais se quer e se deseja.


-------------------------- x----------------------


Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.
Santo Agostinho

Não quero os elogios nem deveras
Os dias entre falsas ilusões
E quando a realidade tu me expões
Proteges meus caminhos destas feras,

Porém quando em mentiras tu temperas
As horas entre vagas direções,
Decerto expondo à fúria dos leões
Renegas aos meus olhos primaveras.

Amigo na verdade nos alerta
E quando a porta mostra semi-aberta
E não propaga além o fato rude

Traduz amor sincero e mesmo audaz,
E neste caminhar a vida traz
O passo mais fiel que nunca ilude.


------------------------- x ----------------------



Se não podes entender, crê para que entendas. A fé precede, o intelecto segue.
Santo Agostinho

O coração permite que se entenda
O quanto parecia mais distante
A vida noutro fato se adiante
E nisto um palacete explica a tenda,

E quando esta verdade nos atenda
E o sonho se desenha mais brilhante,
O amor ao lapidar o diamante
Deveras cada passo em paz desvenda.

Não tema o que virá, nem mesmo a dor,
São partes dos desígnios; redentor
Caminho se anuncia em tal estrada

Que mesmo pedregosa e em espinheiros
Nos mostra estes sentidos verdadeiros
E traz ao fim de tudo uma alvorada.


------------------ x----------------------


O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.
Santo Agostinho


“A vida só se dá pra quem se deu”,
E o mundo que te espera tanto ensina
Gerando imagem rara e cristalina
Num sonho magistral que enfrenta o breu

Este universo inteiro sendo teu
Trazendo com ternura o que ilumina,
Permite o quanto possa e nos fascina
E quem já se omitindo isto perdeu.

A luta se desenha a cada dia,
E nisto muito além do que podia
O tempo traduzindo um novo encanto,

Assídua sonhadora, nada cala
Uma alma que jamais se fez vassala
Cerzindo esta emoção amor garanto.


----------------------- x-------------------



"A medida do amor é amar sem medida."
Santo Agostinho


Amar não tem limites, sendo inteiro
Jamais se perderá quem tanto quis
Num tempo mais audaz o ser feliz
Cuidando com ternura do canteiro,

O Pai sendo o mais nobre jardineiro
No amor onde se mostre em tal matiz
Supera qualquer medo ou cicatriz
E traça o Paraíso verdadeiro.

Não meço o sentimento, apenas sinto,
E sei do grande amor bem mais que instinto
A forma mais sutil de salvação,

E nisto se presume a liberdade
E nela o que em verdade nos invade
Traduz a eternidade do perdão.


---------------------- x -------------------




Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti.
Santo Agostinho


Senhor, em ti repouso o sentimento
E vivo cada instante mais tranquila
Minha alma em tua senda hoje desfila
E nisto com ternura eu me alimento,

O amor que a cada instante mais fomento,
A luta sem cansaço não vacila
E bebe a solução que amor destila
E sei do quanto possa em tal provento,

Sou tua e nada mais quero saber
Apenas ao Teu passo me verter
Vagando sem temor de algum futuro

Meu canto a cada instante em louvação
Traduz dentro desta alma uma oração
E nela o quanto quero e Te asseguro.


---------------------- x----------------------


A infância que já não existe presentemente, existe no passado que já não é.
Santo Agostinho


A infância não nos deixa e segue até
A vida no final traçar seu rumo,
E quando em solidão, enfim me esfumo
Encontro meu caminho em rara fé,

Rompendo este grilhão, torpe galé
Percebo da emoção seu raro sumo,
E o tanto quanto possa enquanto aprumo
Traduz o meu amor e por quem é,

A sorte é mensageira da esperança?
Pois mesmo quando a vida já se cansa
Olhando para trás lanço um sorriso

E vejo que na infância fui feliz
E sei do quanto possa e mesmo quis
Já tendo conhecido o Paraíso.


Tenho mais compaixão do homem que se alegra no vício, do que pena de quem sofre a privação de um prazer funesto e a perda de uma felicidade ilusória"
Santo Agostinho

Quem vive na ilusão e crê que assim
Pudesse ser feliz, já não consegue
Vencer o descaminho e enfim prossegue
Distante do que fosse algum Jardim,

Olhando mansamente de onde eu vim
Minha alma que alegria sempre regue
E traga este cenário aonde segue
O sol até chegar num calmo fim.

A perda destas falsas luminárias
Em horas a princípio temerárias
Liberta-me deveras das algemas,

Portanto ao me livrar destas correntes
Invés da compaixão que agora sentes
Perceba sobre mim os diademas.

------------------------------- x----------------------


Tão cegos são os homens, que chegam a gloriar-se da própria cegueira!"
Santo Agostinho


Os homens tantas vezes em cegueira
Não vendo a maravilha libertária
Que tantas vezes mostra a necessária
Certeza desfraldando esta bandeira,

E quanto meu caminho já se queira
Vencendo qualquer sorte, procelária
A luta não termina e mesmo vária
Expressa na emoção rara bandeira.

O tanto quanto possa e me permito
Viver além do sonho mais finito
Tramando a solução que tanto quis.

O passo rumo ao farto se traduz
Nesta expressão divina em forte luz
Trazendo o quanto pude ser feliz.


---------------------------- x-----------------------------



Na procura de DEUS é ELE quem se adianta e vem ao nosso encontro.
Santo Agostinho


Deus ao se mostrar traz os sinais
Que tanto procuramos vida afora,
E neste desenhar já se decora
Gestando dias claros, rituais,

Meu passo se moldando em rumos tais
Enquanto a fantasia assim se aflora
Meu canto junto ao Seu já se demora
E traz momentos raros, magistrais.

Sabendo discernir cada momento
E nele outro cenário que fomento
Bebendo em raro gozo esta esperança.

O amor quando nos toca com firmeza
Presume a divindade em tal certeza
E a paz celestial ora me alcança.


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O pecado é, amor de si mesmo, até o desprezo de Deus.
Santo Agostinho


O amar a si enquanto em raro excesso
Ultrapassando até qualquer limite
No fundo a frágil alma se permite
Voltar ao quanto fora em tal regresso,

E sei que tantas vezes eu professo
Embora não perceba ou acredite
E creia que deveras necessite
Do tanto quanto pude e não confesso.

Meu mundo se mostrando em egoísmo
Causando a cada engodo um cataclismo
Matando o que pudera em liberdade,

Assim sem perceber, duro pecado,
O quanto desejara segue errado
Marcando com tal fúria a divindade.


---------------------x-----------------------


Aquele que tem caridade no coração tem sempre qualquer coisa para dar.
Santo Agostinho


O amor quando se entrega sem cobranças
E nisto se aproxima de um Deus vivo
Liberta com certeza um ser cativo
E neste caminhar tanto te lanças

Ousando com ternura e temperanças
Gerando muito além de um lenitivo
E quando deste encanto eu não me privo
Preparo o meu caminho em alianças

Pudesse imaginar novo momento
E quantas vezes bebo e me alimento
Do amor que tu me trazes com ternura,

A vida se permite muito além
E sei do quanto possa e mais convém
Traçando o amor que tanto me assegura.

--------------------- x--------------------


....Òh Beleza tão antiga e tão nova, quão tarde Te amei...
Santo Agostinho


A vida conhecera desde quando
Pudesse ter em Ti o sentimento
Que agora a cada instante mais fomento
E nisto com ternura me entregando,

Um vento mais suave, audaz e brando,
Tramando sem temor este alimento
E nele o quanto possa o pensamento
Aos poucos mais gentil me desnudando.

Embora me pareça um tanto tarde
O amor tem o poder que nos resguarde
E renovando o passo num instante

Deveras nos remete à juventude
E sei do quanto a paz já não ilude
Enquanto eternidade nos garante.


-------------------------x----------------------


Deus ë mais íntimo a nós que nós mesmos .
Santo Agostinho

Conjecturas diversas desta vida
Traduzem o que possa em liberdade
E quando esta certeza agora invade
A sorte se demonstra mais ungida,

A luta sem descanso resumida
Buscando sem cessar a claridade,
E nisto se presume a divindade
Gerando muito além do que duvida.

O quanto sou e mesmo poderia
Nas mãos de meu Senhor, em harmonia
Eu vivo este cenário variável,

E amor nos permitindo novo passo,
Aonde com certeza o canto eu traço
Meu coração; terreno em paz arável.

----------------------- x------------------------


Deus não será maior se o respeitas, mas tu serás maior se o servires. "
Santo Agostinho

Servir a Deus permite o engrandecer
E nisto se presume um novo dia
E nele com ternura e em alegria
A sorte traz o sol a nos verter

Em sonho tão diverso a se saber
Ousando muito além da poesia
E nisto todo o rumo em sintonia
Pudesse com firmeza me trazer

Um mundo mais suave e mais tranquilo
Enquanto em paz deveras eu desfilo
Minha alma se liberta alçando o eterno,

E quando nos momentos doloridos
Os erros tantas vezes cometidos
Traduzem este amor que agora externo.

------------------------- x -------------------
Felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!
Lucas 11:28 - Textos bíblicos

Não basta tão somente ouvir ou ler
A vida não resume em meras frases
E quanto da verdade agora trazes
Expressa a realidade a se tecer,

O dia se renova e amanhecer
Supera o que pudesse em tantas fases
E quando outra certeza tu me trazes
O todo se desenha em tal prazer.

Amar e ter no amor sedimentado
O quanto se aproxima traz ao lado
Esta certeza rara feita em luz,

A divindade em vida já nos toca
E quando esta certeza o bem provoca
É mesmo o raro amor que se traduz.





Uma vida sem religião é como um barco sem leme."
(Mahatma Gandhi)

A vida sem um rumo ou mesmo um norte
Que possa nos guiar em meio às trevas
E nisto o quanto tentas mesmo nevas
Traduz o que decerto nos conforte,

Amor em igualdade; dita a sorte
E enfrenta as tempestades, duras, sevas,
Garante no final as raras cevas
Colheitas sem igual já nos comporte.

Um barco que à deriva se perdeu,
Um mundo sem proveito, um canto ateu
Não traz e nem permite um porto manso,

E quando em voz suave e sem adeus
Entrego o coração ao grande Deus
O cais feito esperança enfim alcanço.


---------------------------------- x -------------------------


Religião: amiga neste mundo, companheira no outro."
(Rabindranath Tagore)


O quanto se permite acreditar
Na eternidade feita em luz e glória
Por mais que na verdade merencória
A luta não consegue nos vergar

E nisso se imagina outro lugar
A senda mais suave, amável, flórea
E toda a fantasia dita a história
E nela o quanto possa caminhar.

Restando esta certeza no meu peito,
Na mansa liberdade onde me deito
Presumo o raro amor que inda verei,

Ousando ser feliz, me confortando
O mundo se apresenta claro e brando
Perfuma em esperança a imensa grei.


--------------------- x ----------------------


A religião é o reconhecimento de todos os nossos deveres como preceitos divinos."
(Immanuel Kant)


Unidos ao que possa nos trazer
A eterna sensação de um novo sol,
Reinando em absoluto no arrebol
Gerando a cada passo este prazer,

O mundo se permite amanhecer
E traça dentro em nós tal girassol,
Vagando sem destino, este farol
Presume o que virá, nos envolver.

Amante do que venha e sei da paz
Que apenas vero amor em vida traz
Traçando com perdão a liberdade,

E sei do quanto possa a cada dia
Viver esta emoção que me traria
No olhar a mais superna divindade.

---------------------- x -----------------


A religião está no coração, não nos joelhos."
(Jerold Douglas William)


O Pai não quer o amor frágil, servil
Tampouco que se humilhe quem Ele ama
O verdadeiro amor mantém a chama
Aonde o quanto possa em paz serviu,

Ao ser com seu irmão, claro e gentil
A vida se transforma em rara trama
E nisto se desenha o quanto clama
Além do que deveras se previu.

No olhar igualitário se presume
O máximo do sonho e em tal perfume
Esta beleza a vida compartilha,

Quem sabe respeitar cada limite
Curvar-se frente a Deus não necessite
Seguindo com firmeza a imensa trilha.


--------------------- x --------------------------


A verdadeira religião é a base do estado."
(Platão)


Enquanto igualitário este caminho
No qual a vida traça o mesmo fim,
Direitos são iguais num só jardim
Aonde com ternura e paz me alinho,

O todo se transforma neste ninho
E o mundo se desenha sendo assim
Na vera sensação que existe em mim
Vencendo com certeza algum espinho,

Podendo ter no olhar a maravilha
Supero qualquer medo ou armadilha
E tenho dentro da alma a liberdade,

E nela se presume o que virá
E tento neste instante e desde já
Alçar a mais suprema divindade.


A verdadeira religião nos prescreve que não nos deixemos levar pela ira, mas que resistamos a ela."
(Santo Agostinho)


Que esta ira não domine o pensamento
E a vida se permita muito além
Do quanto na verdade se contém
Marcando com ternura o sentimento,

Vencendo o mais terrível, forte vento
Após a tempestade a lua vem,
Por isso quem num ódio se detém
Traduz no olhar o raro sofrimento.

Amar e perdoar, seguindo em frente
E nisto traduzir o que se sente
Gerando a paz somente e nada mais,

O canto mais audaz e mais suave
Enquanto a liberdade não se entrave
Permite que derrote os vendavais.


---------------------------- x------------------------

Minha religião é o amor a todos os seres vivos."
(Leon Tolstoi)


A vida se fazendo tão igual
E o Pai onipresente e sendo assim
Traçando com firmeza este jardim
E nele um mundo claro e magistral,

Permite que se trace em ritual
O todo aonde quero e sei que vim
Buscando o que melhor existe em mim,
Alçando da esperança outro degrau,

Ao respeitar a vida com certeza
Realça-se decerto a Natureza
E nela se percebe o Criador,

Gerando com ternura este amanhã
A sorte não seria tão malsã
Num mundo feito em paz, e em claro amor.


----------------------- x -----------------------------


Se tratamos as pessoas como elas devem ser, nós as ajudamos a se tornarem o que elas são capazes de ser."
(Johan Wolfgang Von Goethe)


O fato de se ter no olhar o brilho
Que a vida nos permite e nos ensina
Traduz esta verdade cristalina
E nela outro cenário onde palmilho,

Meu mundo se aproxima enquanto trilho
Vagando pelo além e já domina
A luta que deveras me alucina
Somente sou mais um velho andarilho,

Mas sei do quanto podes, minha amiga
E quanto mais além tudo consiga
Quem sabe com firmeza cada passo,

O todo desejado a cada instante
Somente o grande amor toma e garante
E nisto o teu futuro em paz eu traço.

---------------------- x --------------------

Não se pode ensinar tudo a alguém, pode-se apenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo."
(Galileu Galilei)


Quem ama não domina outro caminho
E sabe o quanto vale o descobrir,
Ajuda desta forma a conseguir
Vencendo qualquer passo mais daninho,

Saber reconhecer perfume e espinho
Garante um bom cenário no porvir
E amor é muito mais que dividir
É crer na evolução do teu vizinho.

E quando se permite o desvendar
Do mais superno e raro caminhar
Deixando para alguém esta lição

O rumo se traduz e se diverso
Presume a imensidão deste universo
E nele a mais perfeita dimensão.


------------------ x ------------------


Ajuda teu semelhante a levantar a sua carga, porém, não a carregá-la."
(Pitágoras)

O quanto se permite em rara ajuda
Transcende ao carregar a carga alheia,
E tendo o quanto possa ou devaneia
A luta não se faz e sempre muda,

A sorte muitas vezes se amiúda
E quando outro caminho se receia
Olhar expressa além da parca ceia,
Porém que num momento nos acuda,

E siga seu destino sem temores
Diverso do que cenário; aonde fores
Traçando com seus pés o dia a dia,

Destarte o caminhar se moldaria
Imerso em seu jardim, espinho e flores
Na sorte que traduz dicotomia.


---------------------------------------------------------


O manto mais sagrado da esperança
Traçando o quanto quero e mesmo vejo
Ainda quando tento em vão desejo
Meu passo na verdade ora se cansa,

Mas tento com firmeza esta aliança
E sinto o quanto possa e até prevejo
Meu canto noutro rumo e sei que almejo
Traçar com mais vigor e confiança

O rústico cenário aonde eu pude
Vencer em tal firmeza de atitude
Os medos tão comuns em quem porfia,

A liberdade dita onde se aninha
E sei desta alegria imensa e minha
Marcando com ternura a fantasia.


Amor que nos liberta e nos permite
Vencer as tempestades costumeiras
As horas expressando estas roseiras
O tempo não teria algum limite

E o quanto se deseja e se acredite
Presume as ondas claras, derradeiras
E quando se imaginam tais bandeiras
O sonho tantas vezes necessite,

E sigo com meu Deus e venço o medo
E sei do quanto possa e me concedo
Ousando muito mais do que pudera

Felicidade dita o meu futuro
E bebo cada sonho onde procuro
Apascentar o medo, imensa fera.


-------------------------------x-----------------------------------


Angústia de quem ama e sabe o quanto a vida
Aos poucos muda tudo e traça outro caminho,
E quando na verdade em solidão me aninho,
Percebo a minha história em vão sendo perdida.

Amei demais e pude ao menos sem saída
Tentar acreditar além de algum espinho,
A vida com certeza em ar duro e daninho
Trazendo a mesma face atroz e corroída.

Já não comportaria enfim felicidade,
E o pouco que me resta, enquanto o sonho evade
Transforma cada ruga em um sinal de luta,

Perdida em meio à bruma, o anoitecer do sonho,
Enquanto o que me resta, eu sinto, o decomponho,
O tempo se esvaindo em força audaz e bruta.


meus parabéns, querido companheiro
a poesia aplaude-te de pé
e sei da maravilha e sigo até
dizer do verso raro e verdadeiro,
pousando dentro da alma, e se me inteiro
do sonho feito em glória: imensa fé
o canto por somente ser quem é
expressa o quanto possa em tal canteiro
colher cada momento em bela rosa,
e nesta senda rara e majestosa
preparo muito além do que pudera,
em ti meu caro amigo o verso brota
e traz este perfume que denota
além do roseiral, a primavera!


Apenas por saber o quanto tente
A luta não termina; saiba disto
E quantas vezes teimo e em vão persisto
Um sonho sem sequer seguir contente,

Vencendo o quanto pude plenamente
E nada mais pudera e, se inda insisto
O passo redimindo, nisto existo
Tocando o que tentasse, urgentemente,

Assaz diversa luz nos toma em furia
E o corte se anuncia sem lamúria
Nesta insensata noite onde não vens,

As nuvens, onde nívea quis a lua,
Minha alma sem sentido algum cultua
Ousando acreditar em novos bens.



2
Sonegas o que possa ser diverso
Do mundo em mais completa sintonia,
E o pouco ou quase nada que inda havia
Ditando o descaminho aonde eu verso
Tentando redimir o que disperso
Marcando cada engodo, dia a dia,
A parte que me cabe trairia
Gerando novo passo vão perverso,
E quando persevero noutro rumo,
Deveras o que tento ora consumo
No terno desejar em luz e glória,
Mas quando se aproxima a realidade
Ainda contumaz desejo brade
Sabendo ser no fim, só mera escória.



3
Lavrando com sanguínea dor e medo
O templo destruído e nada mais
Do quanto poderia e sei jamais
A todo novo sonho não concedo,

A vida se moldando em desenredo,
Apresentando dias tão venais
E os cortes anunciam vendavais
Marcando com temor cada segredo

Somatizando os erros do passado,
Enquanto deste nada agora evado
Bebendo esta aguardente amarga: vida.

A lúdica emoção não se percebe
Apenas a tortura doma a sebe
Há muito noutro engodo construída.


4

Ecléticos momentos: riso e dor,
O paraíso ronda algum inferno
Satânica ilusão e nela interno
O sonho que pudesse redentor,

Apresentando enfim o sonhador
Mortalhas de outros tempos, cada inverno,
E sei do que tivesse sendo terno,
Ou mesmo da esperança um refletor.

Ousasse num alento que não vejo,
A sorte desdenhada a cada ensejo,
Apenas madrugadas sempre frias,

E bebo deste vago caminhar,
Tentando pelo menos um lugar
Aonde com certeza tu virias.

5


Procuro interagir com quem se traça
Apresentando imensa lucidez,
Meu mundo noutro engodo já se fez.
A sorte se perdendo qual fumaça,
Mas sei do que em verdade toma a praça
E marca o que pudera e não mais vês
Ainda da esperança, insensatez
E nesta sensação noite devassa.
Aprendo a cada dia novo enredo,
E quando de tal forma ora procedo
Mostrando a mais sublime sensação
Do tanto que pudera e sei bem mais,
Distante do caminho onde te trais
E sigo o quanto manda o coração.



6


Afeto; o que bastara a cada sonho
Espero novamente ainda ter
Nos olhos o divino amanhecer
E nisto esta esperança inteira, a ponho,
E bebo do que possa e me proponho
Ainda que tentasse enfim vencer
A lua se desnuda e posso ver
Um mundo ilusionário; até risonho.
Ocasionando em mim novo momento
E quantas vezes; sei do quanto tento
Restando dentro da alma a sensação
Do passo mais audaz em sorte e luz,
Assim cada momento reproduz
Os brilhos sem igual deste verão.



7
Negar a própria sorte e crer no enfado
Marcantes ilusões, vales, montanhas
A vida se desenha em vagas sanhas
E o tanto que quisera agora evado,
Riscando com ternura o meu passado
As lutas que pensavas todas ganhas,
Enquanto na verdade mal assanhas
O roto caminhar já desolado,
Abraço o que pudera em tom gentil,
E o canto na verdade não se ouviu
Nem mesmo teimaria em nova rota,
Depois do que se vira em pleno ocaso
A cada novo instante o passo atraso
E o mundo se transforma e se desbota.



8
A deusa dos meus sonhos, maestrina
Expressa em verso e luz o quanto traz
Moldando este momento mais audaz
Tramando cada passo onde domina
Mudando o que pudesse nesta sina
E o canto tantas vezes já se faz
Mergulha neste encanto contumaz
Beleza sem igual, tão feminina.
Desnuda junto a mim, tal divindade
Vestida desta imensa claridade
Liberta o coração aventureiro,
E traça com ternura o que inda possa
Vagando sobre a estrada agora nossa,
Fazendo dos seus olhos, meu luzeiro.

9

Num único momento a vida expressa
A lua enamorada, poetisa,
E quando a noite em paz agora avisa
Do quanto se tramasse além-promessa,
Na sorte desejada se confessa
O quanto poderia em mansa brisa,
No todo que deveras já matiza
Meu passo sem cansaço não se apressa,
Vencer as magnitudes mais diversas
E nelas entre brilhos que dispersas
Adentro constelares fantasias
E delas outras tantas, quero e mais
Vencendo os mais diversos temporais
Enquanto em luzes claras me irradias.


10


Acordo e te procuro; inutilmente,
A vida segue em frente, mas não vejo
Depois do que pudera neste ensejo
Além do que deveras tanto mente,
E o passo que entre feras sempre tente
O manto mais suave em azulejo,
O prazo determina o que desejo
Acolhe cada acerto urgentemente,
No canto tão somente o que sentira
Ouvindo dentro da alma a calma, a lira
A imensa claridade; minha Musa
Já tanto se presume sem temores
Seguindo meu amor por onde fores
Meu rumo com teu passo ora se cruza.



O amor que se fizera em brincadeira
Agora dominando o pensamento
E quando deste sonho eu me alimento
A vida preparando uma rasteira,
Ainda que esperança tente e queira
Restando tão somente o desalento
E aos poucos o vazio experimento
A sorte se desenha traiçoeira.
Um sonho e nada mais, eis a verdade,
Aonde se pensou felicidade
O caos se aproximando dita o fim;
Depois de certo tempo nada tenho
E quando me restara o ledo empenho
Meu canto se distando então de mim.

Sozinho sem saber de algum descanso,
Alado coração procura a paz,
E nada se desenha aonde jaz
O que pudera ser e não alcanço,
Depois de tanto tempo quando avanço
Olhando para a cena mais mordaz
O tempo se anuncia e nada traz
Sequer o que pudesse num remanso.
Apenas aprendendo com a queda
Aonde o desengano que envereda
Expressa tão somente a solidão.
Do tanto que pudera nada vejo,
A vida se perdendo noutro ensejo
Inverna o que pudesse ser verão.

No quanto poderia ser além
Do medo e da vontade de se ter
A sorte desenhada em tal prazer
Enquanto sei que o nada sempre vem,

Ousasse acreditar, mas tal desdém
Ainda que pudesse me conter
Gerando o quanto pude perceber
Após cada momento sem ninguém;

Numa expressão diversa o sonho dita
A luta que pudera e já finita
Expressa a solidão de quem sonhara,

Ainda sendo escassa a sorte em nós
O tempo se transforma e desta foz,
Apenas o vazio se escancara.


Um gole de esperança me inebria
E vence cada engano aonde a sorte
Sem ter sequer um canto que suporte
Gerando esta amargura em agonia,

Vencer o que pudera e não viria,
Ainda se desenha em rumo norte
O quanto se prepara em ledo corte
Matando o quanto houvera em poesia,

Resplandecente lua após o sonho,
E gera dentro da alma o que proponho
Ousando num instante magistral,.

Ainda que pudesse ser diverso
Ao todo sem sentido ou medo verso,
E bebo deste instante sem igual.

Um gole de aguardente, um sonho a mais
As noites se perdendo em frio e medo,
E quando no final nada concedo,
As horas se desenham tão venais,
Pudesse desenhar ocasionais
Caminhos onde tento algum segredo,
Ao fim de tudo apenas me degredo
E bebo destes rumos desiguais,
Assisto à derrocada e nada sobra
Somente este caminho em leda dobra
E esta incerteza dita o meu futuro,
Apresentando apenas o não ser,
Marcando o que pudera amanhecer,
O tempo permanece mais escuro.




6


Um único momento após a queda
A luta se desenha sem proveito
E quando no final a vida em pleito
No passo mais temido se envereda,
A sorte se previne enquanto seda
Marcando cada sonho de algum jeito
Diverso do que pude e quando aceito,
A morte com desejo a sorte veda.
Expresso noutro rumo o quanto pude
E sei que no final sendo mais rude,
Apenas o vazio se apresenta,
No caos onde se torna o dia a dia,
O pouco que decerto inda teria,
Gerando esta vontade mais sangrenta.


7


Reúno no final em grande abada
As flores que colheste no jardim,
Vivendo o quanto resta para mim,
Depois de certo tempo sobra nada,

A vida em avidez, numa alvorada
Traduz cada momento de onde eu vim,
Vagando sem sentido chega ao fim,
E molda com certeza a que degrada,

Cerzindo dos meus erros outros tais,
Momentos entre errôneos, desiguais
Ascendo ao que pudesse sem sentido,

E quando me aproximo de algum ermo,
O todo se desenha e traz o termo
Dos sonhos onde o canto eu dilapido.

8


Além do que pudera este abelhal
Trazendo raro mel,em cera e sonho,
Depois de cada passo mais risonho,
A vida se desenha bem ou mal,
O tanto que pudera magistral
Agora só traduz o sol bisonho,
E nisto novo rumo enfim proponho
Vagando sem sentido irracional.
Meu tempo noutro engodo se desdenha
E o quanto a própria vida desempenha
Sentido mais diverso em medo e fúria,
Depois de cada passo sem porvir,
O tempo se aproxima e ao resumir
A luta se desenha em vã lamúria.

9


Tumulto neste imenso abigarrado
O peso de uma sorte se apresenta
E sabe da verdade mais sangrenta
Enquanto sem sentido teimo e brado,

O verso noutro tom anunciado,
A lida com certeza violenta
Quem sabe do que tanto nos contenta
Ou mesmo dita após somente enfado.

Fraternos dias ficam para trás
E o tempo se desenha enquanto traz
Vacante sensação pudesse além,

Depois de certo tempo a queda vem
E deixa algum momento aonde audaz
Pudesse na verdade em novo bem.


10


Açangalhadas torpes tais imagens
E nelas o que possa traduzir
O engodo a cada instante no porvir
Gerando sem sentido tais miragens,

E quando na verdade as paisagens
Expressam o que possa e sei que ao vir
Trouxesse tão somente a confundir
Momentos noutros ermos, engrenagens,

Apresentando ao fim qualquer momento
Enquanto com certeza eu já lamento
Os erros de quem busca outro caminho,

Em tantas garatujas desenhado,
O sonho noutro enfado desabado,
Trazendo o quanto pude ser daninho.


11



A lua se desenha imensa e plena
Tornando este cenário inesquecível
O tempo noutro tempo perecível
A vida tantas vezes me serena,
A sorte em discordância me condena
E o manto se moldara mais incrível
Momento mais feliz onde é plausível
O quanto com certeza o sonho acena,
Depois de cada instante em novo rumo,
Aos poucos com certeza eu me acostumo
E gesto uma esperança mais sutil,
Depois no amanhecer imenso sol,
Trazendo em meu olhar este farol
Que o tempo noutra etapa já previu.


12

Ainda que pudesse te esquecer
Já não seria tudo como fora,
A sorte tantas vezes redentora
Agora noutra cena passo a ver
Meu mundo neste imenso bem querer
Imagem tantas vezes sonhadora,
Pudesse na verdade em promissora
Vontade de sonhar e de te ter,
A vida não traduz felicidade
E o quanto deste passo nos degrade
Marcando com ternura e mesmo assim,
Gerando outro momento após o cais,
Enfrento dias tortos desiguais
E vivo esta esperança até o fim.

13

Ao te encontrar de novo, minha amiga
Depois de tanto tempo sem saber
Do quanto poderia te querer
E nisto o meu caminho em paz se abriga,
A sorte desenhada aonde irriga
A luta se aproxima e sei perder,
Mas quanto deste sonho eu pude ver
Marcando a mesma história mais antiga,
Insumos expressando esta verdade
E o manto se desenha em realidade
Vestindo uma ilusão apenas isso,
E quando no final já não se vira
Sequer o quanto resta em tal mentira
Deixando para trás o que cobiço.


14


Negando qualquer passo rumo ao farto,
Sabendo quantas vezes na distância
A vida se mostrara em arrogância
E assim cada momento em vão reparto,
O mundo se desenha além do quarto
E bebo do que possa em militância
Vencendo o que tentara noutra instância,
Gerando outro momento onde o comparto,
Apresentando apenas o tormento
E vaga com terror o quanto eu tento
Seguindo cada passo em volta ao sonho,
Depois de novo engodo, nada trago,
E quando me procuro; sem afago
Não trago nem sequer o que proponho



15

Arcando com enganos, sigo além
E o preço a se pagar em tanto juro
A vida na verdade assim depuro
E trago o que deveras nunca vem,
Do tempo desenhado em tal desdém
O corte se anuncia e me asseguro
Vagando sobre o solo amargo e escuro
E sei deste vazio aonde o tem.
Negar o que pudesse ser diverso
E quando na verdade busco e verso
Encontro com firmeza outro cenário,
A luta se apresenta simplesmente
Gerando o que deveras tanto mente
Cursando outro caminho imaginário.

16


Expectativas tantas dita a vida
E gera a cada engano um novo igual
E o prazo se desenha no final,
A sorte deste rumo desprovida,
Legando o que pudera e não duvida,
A senda noutro encanto desigual
Marcando cada passo em rumo tal
A luta tanta vez embevecida,
A senda mais amarga dita o quando
O todo no final vai desabando
E o medo não se traz sequer um dia
Memórias tão diversas do abandono
E quando no final o sonho eu clono
Marcando o que decerto não veria.

17


Ao enfrentar o todo noutra cena,
A luta não se mostra após o cais
E os dias entre tantos desiguais
À morte a fantasia nos condena,
E quando no final o tempo acena
Gerando outros momentos divinais,
Ausente do que possa ou muito mais,
Trazendo com certeza a luta plena.
Mecânicas diversas na engrenagem
A vida não respeita esta barragem
Abrindo estas comportas, tudo inunda,
Uma alma sem razão e sem remédio
Trapaças transformando em ledo tédio
Minha alma segue alheia; nauseabunda.


18

Meu mundo se aproxima do final
E o canto se desenha aonde um dia
O tempo noutro engano sentiria
Vencendo outro momento desigual,
Ao menos poderia bem ou mal
Traçar o quanto pude em fantasia
Marcando sem temor esta agonia
Vestindo o mesmo caos irracional,
Alheio aos meus anseios mais sutis
Pudera acreditar e mesmo quis
Trazendo a tempestade para nós,
O tempo se aproxima do vazio
E quando no final eu desafio
Meu mundo se apresenta mais atroz.

19

A dona dos meus sonhos, mensageira
Do canto mais feliz que inda escutasse
A vida se desenha em ledo impasse
E traça muito mais do que se queira,
Vencendo esta incerteza, a derradeira
Enquanto o descaminho, a sorte trace
O medo anunciando o que vogasse
Gerando no vazio esta bandeira,
Aprendo com enganos, sei tão bem
Do quanto na verdade nada tem
Marcando com firmeza algum rebote
Assim o meu caminho se perfila
Trazendo no final a mesma argila
Da qual a criação já se denote.

20


Saudades deste tempo que não volta
A luta entre o querer e o prosseguir,
A senda mais gostosa a redimir
O quanto o coração dita em revolta,
E sei desta emoção que a sorte solta
E vago sem caminho a resumir
O pranto noutro canto a se cerzir,
A dor superaria alguma escolta,
E o preço a se pagar pela esperança
Somente quando o mundo agora cansa
Trazendo outro momento consoante
Destarte nada tenho do passado
E enquanto no final, em fúria eu brado
A vida noutro ocaso não garante.

21

A velha jardineira já cansada
Da sorte em tal desdita em aridez
Aonde cada estio ora desfez
Enquanto o descaminho sempre brada,
A rosa noutro canto cultivada,
O passo que em total insensatez
Gerasse no caminho o que não vês
Marcando desde início cada estrada,
A morte se aproxima do quintal
Canteiros da esperança não resistem,
E quando noutro rumo ainda insistem,
Os olhos entre tantos; ar venal,
Alheia ao que pudesse em primavera
Apenas sua morte, enfim espera,

22

O quanto que faria para ter
Comigo o teu amor e nada vinha,
Somente a mesma sombra tão mesquinha
Ditame do que vejo em desprazer,
Apenas na vontade de colher
A sorte que pudera ser tão minha
Agora rapineira se avizinha
Do medo que concebo a me perder,
No cais se desenhando após a queda
O passo sem saber já se envereda
E marca cada engano de outra forma,
E assim ao me sentir sem mais proveito
O quanto desenhar ainda aceito
E o tempo contra todos me deforma.

23


Soneto que se faz sempre formal
Também desenha versos mais sutis,
E quando se falasse de um nariz
Gregório se mostrara magistral,
Assim noutro momento sem igual
A sorte se deixando por um triz
Vespeiro cutucasse esta infeliz
Traçando outro momento tal e qual,
Assim um marimbondo no vestido
Fazendo uma arruaça sem sentido
E quando se pressente este acidente
Momento em discordância se gerando
Aos poucos o bichinho penetrando
Coitado, no final imprevidente...

24

Vestindo esta vontade que se dera
Trazendo no final novo cenário
O tanto quanto fora imaginário
Traçando no futuro esta quimera
E assim a própria vida destempera
Marcando com temor o itinerário
Mudando com certeza este fadário
Aonde o meu caminho degenera,
A moça na verdade me assegura
Serpente é tentadora e traz no bote
O quanto com certeza enfim derrote
E trama no final em picadura
Veneno mais sutil tão enganoso
Gerando em desespero o pleno gozo.


25

Maria que em rabada faz a festa
A bela cozinheira de além mar
Pudesse noutro rumo navegar
Ousando penetrar em qualquer fresta
Assim neste cozido já se empresta
E traz o que pudera imaginar
Traçando quanto pude navegar
Atravessando então toda a floresta
Deixando para trás o frio e o gelo
Agora cozinhando um raro grelo
Marcante como fosse sem igual
Audaciosamente se promete
E neste caminhar já se arremete
Moldando este cenário magistral.

26


Aprendo com meus erros e percebo
A vida nesta anfíbia sensação
Ousando muito além e desde então
Aonde com ternura já recebo
O mundo se desenha e do placebo
Encontro com certeza a solução
Dos dias que decerto mostrarão
Somente o quanto quero e até recebo,
Marcando cada passo de tal forma
A vida na verdade nos informa
Do quanto poderia e mesmo assim
Depois de certo tempo nada vindo
O canto noutra cena fora infindo
E agora vejo apenas neste fim.

27

Legados tão diversos desta sorte
Marcando com profunda sensação
Engano após o prazo diz do não
Que sei jamais pudera e não conforte,
Alheio ao que viera em novo corte
Sem ter sequer os dias que verão
Após a mesma amarga solidão,
O quanto na verdade dita o norte,
A luta se desenha sem sentido
E quando do meu canto agora olvido
Presumo o que viria e não tive
Assoberbado passo rumo ao nada
Desenho no final a velha estrada
Enquanto nada mais tenho ou contive.

28


Usando da expressão que enfim sanasse
O errático momento em caos e medo,
E quando no final assim procedo
Fortuna desenhando um novo impasse
Enquanto esta verdade o tempo trace
Marcando sem denodo este segredo,
Presumo o que puder e se procedo
O corte a cada engano se tramasse,
Pressinto o fim do jogo, mas procuro
Um porto que seria mais seguro
Usando da palavra em sanidade,
Ainda quando pude conceber
Beleza sem igual domina o ser
Enquanto a fantasia agora invade.

29


Bebesse cada gole da esperança
Primando pelo sonho mais sutil,
Depois do que em verdade se reviu
Meu mundo se gerasse insegurança
Ainda que pudesse em tal fiança
Falar em tom suave e mais gentil,
Resulto do que outrora não se viu
E a vida sem proveito ao nada lança
Escudos; proteção, só resta o frio
O meu olhar medonho e mais esguio
O caos se transformando em corriqueiro,
Ascendo ao meu demônio e não domino
Tornando sem valia o meu destino,
Aonde a cada engodo ao fim me esgueiro.

30

Diversas emoções a vida traz
E nesse desenhar a queda eclode
E o mundo se aproxima e mais que pode
Meu passo se desdenha vão, mordaz,

No quanto poderia em plena paz
O tempo a cada instante gire e rode
Marcando com a fúria o quanto explode
Ousando o que pudera ser capaz,

Negar o suprimento da esperança
Aonde nem o brilho mais alcança
Grassando sobre o nada que inda vejo,

Ainda sem destino, sigo em vão
A vida se repete em novo não,
E o prazo se presume em ledo ensejo.


31


“Se eu não te amasse tanto” quanto a quero
A vida poderia ser diversa,
Mas quando para o nada o passo versa
O tempo se desenha amargo e fero

Apenas sendo assim franco e sincero
A própria previsão já desconversa
E quando para o nada a mais perversa
Visão de outro momento o torna fero,

Encontro após a queda os meus escombros
O sol se desenhando sobre os ombros
As sombras ledas sobras do que fomos
Assíduo sonhador qualquer poeta
No fundo a sua vida não completa
Deixando no caminho velhos tomos.

32

Perdido sem saber do que viria
Arcando com enganos, sigo alheio
Ao quanto poderia e sem receio
Jamais desenharia uma utopia,

A luta se desenha em heresia
E quando se aproxima devaneio,
O canto se presume e de permeio
A sorte na verdade não veria.

Realço com meu verso cada engodo,
Sabendo da magia enquanto o lodo
Tomando toda a cena não permite

Sequer o quanto possa ou mesmo queira
Cercando esta ilusão, a derradeira,
Ficando ora restrita em tal limite.

33

Realces entre luzes e neons
Os dias se apresentam de tal forma
Que nem esta insistência agora informa
Dos sonhos entre tantos, rudes, bons,

Ausentam-se deveras velhos dons
E os medos são talvez única norma
Além da que deveras já deforma
Deixando no passado claros tons,

Assisto ao quanto pude e não teria,
Meu verso se perdendo a cada dia
No ocaso em fim de tarde, no crepúsculo,

O mundo se moldando em tez brumosa,
A luta tantas vezes pavorosa,
Caminho sem sentido; ora minúsculo.

34


Blindagem que se faz em verso e canto
Atando cada passo ao que virá
Sabendo da vontade desde já
Aonde no final nada garanto,
Restando dentro da alma o velho pranto
O mundo com certeza tocará
A luta que jamais se esquecerá
Cobrindo com temor em desencanto,
Vencendo os meus anseios e temores,
Seguindo sem caminho aonde fores
Vagando sem temor o quanto é rude,
Não tento contra o passo mesmo nobre
E apenas o vazio nos recobre
E deixo para trás o mais que pude.

35

Beleza sem igual, plena verdade
Não deixa que se veja outro momento
E quando sem razão eu me atormento
O tempo noutro instante já degrade,

Apenas desenhando a realidade
Tocado pela fúria deste vento
Somente o quanto busco e não fomento
Negando uma possível claridade,

Meu verso se perdera em tom atroz,
Jamais se escutaria a minha voz
E o medo se aproxima e dita sorte,

Depois de cada engano entranho o medo,
E quando no final calo e concedo
Gerando o que deveras nos conforte.

36



Notando a cada engano novo rumo,
Escondo dos meus sonhos emoção
E sei dos dias tantos que virão
Enquanto outro caminho em vão resumo,
Apenas desenhando e sem o prumo
A queda se anuncia e vejo o chão
E semeando enfim inútil grão
Da vida se perdendo sem insumo,
Pudesse acreditar noutro caminho,
Seguindo sem paragem vou sozinho
E morto em plena vida, nada resta
Sequer alguma luz ou claridade
Perdendo a cada dia a liberdade,
Não tenho uma alegria, morta a festa.


37


Garçon que tantas vezes tem ouvido
Lamentos de quem segue solitário,
O tempo noutro rumo temerário
E o corte se mostrando em dor e olvido,
O preço a se pagar já resumido
No quanto poderia ser corsário
O verso que se fez mais necessário
Depois de certo tempo enfim regrido,
E volto aos meus momentos de criança
Enquanto o pensamento além me lança
A vida se inebria e gera apenas
As horas mais doridas, temerosas
Aonde poderiam tantas rosas
Ao nada que virá tu me condenas.


38


Perguntas sem resposta, tão somente
O medo se anuncia a cada passo,
E quando no final apenas traço
O que esta vida tange e mesmo mente,
No caos que se vislumbra plenamente
O mundo se aproxima e sendo escasso,
Ainda que pudesse noutro laço
O templo se desenha friamente,
Marcando com tais versos o que tramo,
A vida propagando em cada ramo
Gerando no final esta alameda,
E assim cada momento se diverge
E a solidão decerto agora imerge
Negando o que esperança em vão conceda.

39


Pudesse inda voltar ao mesmo rancho
Aonde no passado fui um rei,
A luta se desenha e se a travei
Tentei noutro caminho ser mais ancho,

E quando em ilusões meu mundo eu mancho
O corte se apresenta e tanto errei
Vestindo o que decerto imaginei
Na vida sem sentido enfim me engancho,
Resulto deste enfado costumeiro
E o tempo noutra face onde me esgueiro
Explode em discordantes ilusões
A vida de tal forma decompões
Gestando o que abortara: esta esperança
Que ao longe sem sentido algum me lança.

40

Em tanta e quente areia caminhara
Ousando na procura sem valia,
E quanto mais o sonho enfim queria
Diversa da verdade tal seara,
A luta sem proveito se escancara
O mundo gera apenas a agonia
E quanto mais a gente fantasia
Maior a queda enfim que se prepara.
Negar qualquer alento e mesmo assim
Trazer em todo olhar outro jardim
Perenizando enfim a primavera,
A noite se anuncia enluarada,
Mas sei desta mutável, leda estrada
E tudo com certeza a vida espera.

41

Tentasse noutro rumo acreditar
E ter além do todo este caminho
Vagando aonde possa mais sozinho
E tenha o quanto ousasse acreditar.

Depois de tanto tempo a desenhar
O mundo se apresenta e me avizinho
Do engodo enquanto eu possa além do ninho
Trazendo outro momento a nos guiar.
Negar qualquer suporte e ter um sonho,
E nele todo bem que ora proponho
Seguindo sem temor o que viria,
Ainda que pudesse em novo tom,
Meu canto se aproxima e sei do bom
Cenário feito em glória e fantasia.


-----x-------

Numa ávida expressão de liberdade
Que mova quem anseia noutro passo
E quanto mais audácia, mais escasso
O tempo se anuncia em tempestade,
O manto decorado, a claridade
O ledo desenhar onde desfaço,
Meu pranto se anuncia e sei que lasso,
O dia sem sentido me degrade,
Aguardo pelo menos; pós-revés
O quanto se pudera num viés
Diverso deste em queda e tão somente,
Assim que se aproxima o desencanto,
Viver o quanto resta e não garanto
Enquanto a própria vida sempre mente.

----x------


Jogado sobre as pedras deste cais
Meu barco não teria solução
E os dias mais audazes mostrarão
O tempo entre diversos vendavais

A vida sonegando seus avais
E molda da incerteza outro senão,
Enfrenta o mesmo velho turbilhão
No vórtice de engodos terminais.

Pudesse em germinais ousar além
E ter o quanto possa e não mais vem
E peremptoriamente ter nas mãos

Bem mais do que pudera então colher,
E neste desenhar, farto querer
Apodrecendo enfim os tantos grãos.


-----x---------


Invisto cada sonho neste rumo
Diverso do que tange o dia a dia,
Meu mundo aonde quis em harmonia
Aos poucos noutro engano ora resumo,

E vejo do passado e não presumo
Sequer o que pudesse em alegria,
A luta com firmeza não se adia
E o corte traça o tempo e deixa o sumo.

Mergulho neste vago desejar
E tento quanto possa caminhar
Negando a minha sorte, e sendo assim,

Depois de tantos anos, solidão,
A morte talvez seja a solução
Trazendo o quanto anseio; o próprio fim.


------x--------


Na vida sem mais nada por fazer
Apenas caminhando sem destino,
O vento enquanto enfrento e determino
Presume novo tempo a se tecer,
Mas quando se aproxima em desprazer
Festejos do passado não domino
E tento e volto a ser feito um menino
Tentando noutro encanto o merecer,

Já não comportaria novo encanto,
Sequer o que pudesse e já não canto
Desanimadamente a vida segue,

Mas quando após a curva ouvindo a banda
A lua se aproxima da varanda
E o sonho noutro encanto enfim prossegue.

------x--------


Destrói a natureza e traz o fim
No olhar sem piedade, em vã fortuna
E quando no final a sorte puna
O tempo se desdenha mesmo assim,

Açoda-se o querer e vejo em mim
Além do quanto possa em cada duna
Navego em mar sereno, minha escuna,
Regando em esperanças o jardim,

Crepúsculo da vida me permite
Tentar imaginar além limite
E ver outro cenário benfazejo,

Porém realidade me calando
E o mundo permanece mais infando,
Agrisalhando o que era em azulejo.

A noite sem luar, em negros tons,
Os dias entre enganos, descaminhos
Momentos mais atrozes e mesquinhos,
Procuro alguns instantes claros, bons,

As bocas entre lábios e batons,
O amor traçando além seus vários ninhos,
E quanto mais antigos, raros vinhos
Desenham com firmeza belos tons.

E perco na verdade o que inda trago,
Ousando acreditar no falso afago
Ditame de uma vida sem proveito,
Incauto passageiro do passado
Ainda quando tento, calo e evado,
Marcando o que pudera e não aceito.


---------x-----------

Das cenas mais diversas que inda vivas
Carrego dentro da alma em tom atroz
Já nada mais calasse a nossa voz,
E dela outras palavras são cativas,
E quando na verdade tu cultivas
O mundo ora sem rumo em leda foz,
O passo se aproxima e traz algoz
Entre palavras rudes e agressivas.
Mas vejo alguma luz ao fim da estrada
E quando se presume a madrugada
Regida pelo encanto do amanhã
Meu mundo se transforma plenamente
O todo quanto o pude volta e mente
Na luta já dispersa e tão malsã.

-------------x-------------

49

Não nego o que pudera ser diverso
E sei da mesma luta dia a dia
Além do que trouxesse a fantasia
O mundo se permite enquanto verso,
E sei do quanto mesmo desconverso
Marcando com engano o que veria
Bebendo muito além de tal sangria
O canto se anuncia e sigo imerso,
Apenas acredito no que há tanto
Gerasse novo sonho e se garanto
O rústico momento em dor e tédio,
A luta se anuncia mesmo bruta
E quando se presume não reluta,
Matando com angústia o velho assédio.


50


Há quem diga do encanto já perdido
E beba em tantos goles, o passado
E quando no final eu me degrado
Condeno ao temor do triste olvido,
E sinto cada instante consumido
No tanto quanto pude e sonegado
Caminho se transforma e; lado a lado
Alado coração segue perdido.
Aproximando o passo do abandono
A cada novo instante o desabono
E tramo outro cenário e sei do fim,
Marcante com temor esta heresia
E nela com certeza não teria
Sequer o que resiste dentro em mim.


51


Há quanto não te vejo, mas procuro
Ousando em cada estrada após o fim,
O mundo se aproxima e traz em mim
Apenas o caminho atroz e escuro,
Olhando para a vida além do muro
A senda mais audaz trazendo assim
O sonho em caos e medo, algum motim,
E perco o meu juízo a cada engano
Sem ter a minha sorte sigo insano
Bebendo deste amargo fel em vida,
Pudesse te tocar, e assim tivera
Apascentada na alma a dura fera
Já tanto noutra face resumida.

52

Eu quero te falar do quanto é rude
Meu canto feito a ferro fogo e bala
E quando esta incerteza me avassala
Nem mesmo outra emoção inda me ilude
Matara há tanto tempo a juventude,
Minha alma sem sentido não se abala
E quando outro momento em dor embala
A luta se desenha mais que pude
Carrego a velha culpa dos meus pais
E marco com angústias quando trais
E trago tão somente o que inda possa,
Apenas preconizo o fim do sonho,
E mesmo quando aquém me decomponho,
Só mostro a realidade em queda e fossa.


53


Levando as minhas mágoas para o cais
Depois de tanto tempo navegar
Tentando na verdade além do mar
Momentos mais diversos e reais,
Os tempos se alternando, nada mais
Do quanto poderia imaginar
Marcando com temor cada lutar
A morte sangra em atos vis banais,
O cântico se traça após o fim
Vereda que inda trago dentro em mim
Vivenda feita em luz e falsos tons,
De brilhos mais diversos, verso e sigo
Apenas neste incerto e vão perigo
Deixando para trás vagos neons.

54

Das coisas que aprendi no dia a dia
Carrego muito pouco e perco a senda
Aonde cada engodo se desvenda
Matando o quanto houvera em poesia,
O nada se resume em agonia
E tento outro caminho aonde estenda
A mão a quem pudera, e sei da venda
E dela o que deveras não veria.
Sacrílego sonhar em tempo tosco,
O mundo mais dantesco, gris e fosco
O canto em discordância, outra cadência
A lida se apresenta destoante,
E quantas vezes; nada se garante
Matando em nascedouro a consciência.

55

Não pude desenhar qualquer alento
Em meio ao quanto trago e nada vem,
Apenas o caminho diz desdém
Embora outro cenário inútil, tento,
Incauto caminhante bebo o vento
E sigo contra todos, sem ninguém
Nem mesmo uma ilusão, inda convém
A quem se fez somente em vão tormento.
Respiro mal e mal, já não me trazes
Sequer o quanto pude noutras fazes
Ousar acreditar, sabendo enfim,
Apenas o momento mais dorido
Aonde o meu viver não foi cumprido,
Matando o quanto resta ainda em mim.


----------x--------------

56


Quando hoje eu quis o tempo renovado
Em luzes mais diversas e brilhantes
Traçando o que talvez já não garantes
Meu mundo se apresenta desolado,
O verso noutro tom anunciado
As sortes mais doridas, degradantes
Ainda que pudesse ter instantes
Aonde do vazio em vão me evado,
Ascendo ao quanto tenho; e sendo pouco,
O passo em desacordo deste louco
Prepara simplesmente o nada e tento
Em plena tempestade amargamente
Viver o que pudera e não se sente,
Abrindo o coração exposto ao vento.

57


Buscando entre os azuis, raros florais
Alçando nos canteiros da esperança
O passo com firmeza vai e alcança
O quanto desejara ou muito mais,
A vida se apresenta e traz no cais,
O dia aonde o verso em paz avança
Deixando para trás e busca a mansa
Manhã entre divinos madrigais.
A luta contra a fúria do futuro
E nisto o céu se torna mais escuro,
A primavera cede cada espaço,
E vejo este invernal cenário gris
Aonde imaginara o que mais quis,
Sorriso se tornando mais escasso.

58


Eu bebo da ilusão e não me engano
O caos trazendo o fim desta alegria
E o manto no vazio se cobria
Puído e sem sentido o velho pano,

Porém cada momento é soberano
E trago dentro da alma esta utopia
E quando o meu olhar longe traria
A vida se negando em novo plano,
Apenas apostando na perdida
Manhã que mostra a face desta vida
Jogada sobre as pedras, tão somente
O marco que nos une, pune e trama
Partindo do começo rege o drama
E a própria desventura tanto mente.


59


Manhã que carecendo de esperança
Não deixa qualquer rastro para trás,
O vento se pudera mais audaz,
Mas vejo tão somente aonde avança
E o passo sem sentido ora se lança
Vencendo a cada instante Satanás
Pudesse na verdade o que se faz
Tramando a vida em toda confiança
Das desventuras tantas; o oceano
Traduz o quanto perco e se me engano
Já nada mais traria noutro olhar
Somente este vazio que me deste
E o quanto imaginara ser celeste
Em brumas não se vê sequer luar.


60


Não quero mais saber do que pudesse
Traçar noutro momento o descaminho,
A vida na verdade onde avizinho
Tramando o que deveras dita a prece,
O rústico cenário que se tece
O vago desenhar sempre sozinho,
Matando com temor cada mesquinho
Momento aonde a vida desmerece.
O prazo determina o fim de tudo
E quando no final me desiludo,
Somente o que restara não me basta,
A luta se anuncia bem mais bruta
E quando noutro instante a alma reluta
A imagem se desenha bem mais gasta.

61

Meu tempo de viver já se esgotando
O velho coração tanto cansado
Do quanto fora sempre imaginado
Sequer outro momento ainda brando,
A vida se desenha em contrabando
O corte noutro porte anunciado
E o medo se presume e se me evado
Apenas o que trago se negando,
O medo se traduz a cada engodo,
O tanto se aproxima em mero lodo
E deste lamaçal nada mais vejo,
Somente o que pudera noutro ensejo
E o caos tornando a vida sem proveito
Ditame que decerto agora aceito.


62

Descerra esta janela doce amada,
A lua nos convida em serenata
E deita belos raios sobre a mata
Na noite tão sublime, iluminada,
A sorte noutra face desenhada
Apenas a saudade me maltrata
E quando o sonho vem e enfim nos ata
A força deste amor, mais alto brada;
Ausentas dos meus olhos, sendo assim,
O mundo se transforma dentro em mim
E o brilho se ocultando em névoa densa;
Mas quando ora te trago em verso e canto
O tanto quanto a quero, enfim garanto
Apenas num sorriso, a recompensa.

63

Espalha-se deveras o luar
Tocando com seus raios cada ponto
Do tanto quanto quero e além desponto
Vivendo esta beleza em claro amar,
A noite nos ensina a meditar,
Amor já não seria mero conto,
E quantas vezes teimo, mesmo tonto
Ousando nos teus braços mergulhar,
Apenas quando acordo e que me vendo
Na solidão, cenário amaro e horrendo
Retorno à dura e fria realidade,
Do tanto que te quero e te imagino,
Searas mais atrozes do destino,
O sonho sem sentido e em vão se evade.

64


Poética emoção em verso e luz
A vida se aproxima do que eu quero,
O tanto que pudesse ser sincero
Somente aos braços teus, amor conduz.
O manto se desenha e já faz jus
Ao todo que vencendo um mundo fero
Traçasse noutro passo o quanto espero
Além da imensidade que propus.
Viver cada momento e crer no todo
Do amor que venceria algum engodo
E nisto se aproxima a libertária
Vontade de seguir sempre ao teu lado
E quando dos meus ermos logo evado
A vida se desenha solidária.


65

A noite num sossego inesperado
Traduz o que tentara e não viera,
Moldando no final a primavera
Embora o coração siga hibernado,
O canto se anuncia e quando o brado
A luta no final se destempera,
Marcando com firmeza cada espera
Desenho sem sentido, mal traçado.
O prazo terminando e nada veio
Somente outro momento em devaneio
E agora que o final já se aproxima,
Meu mundo traiçoeiro e sem guarida
Agora no final da amarga vida
Mudando de cenário em manso clima.

66

Amante dos meus sonhos ideais
O quanto se anuncia a cada passo,
O todo se pudera além do escasso
Vencendo outros momentos desiguais,
Anseio pelas sendas em cristais
Sabendo que em verdade quando a traço
O manto se aproxima e sei do espaço
Aonde vejo luzes divinais,
Alçando com as alas de quem sonha
A vida mais suave e até risonha
Traçando dentro da alma esta harmonia,
Meu mundo na verdade se deleita
E quando a lua surge após a espreita
Também meu coração libertaria.

67


O leito perfumado; em rosas, trazes
E mostras num sorriso a plenitude
Do amor que na verdade nos transmude
E deixe para trás temidas fases,
As horas se desenham mais audazes
Um dia após o nada não ilude
E o canto se transforma em atitude
E nele tais carinhos sempre fazes.
Pousando dentro da alma do poeta
A lua se transborda e me repleta
Na audácia deste sonho em claridade,
Aberto o coração não temo nada,
A vida entre estas mãos entrelaçadas
Presume o quanto em luz já nos invade.


68


Deitando sobre as flores, bela diva
Neste cenário raro em primavera,
O quanto deste encanto nos espera
E a sensação de luz ainda viva
Minha alma de tua alma mais cativa
Moldando dentro em mim a mais sincera
Noção do que seria e já tempera
Palavra com a sorte mais altiva,
Negando o que não temo e não teria
Escassas emoções, no meu passado
E agora quando firme sonho e brado
Vivendo o que pudera em fantasia,
Expresso com meu verso mais feliz
O quanto deste amor audaz, eu quis.


69

No amor que se acredite ou mesmo até
Na vida se propondo outro cenário,
Ainda quando o vejo imaginário
A sorte se anuncia em rara fé,
O tanto que pudera ser quem é
O rústico momento, este corsário,
Aonde o meu caminho é temerário
O todo se aproxima sem galé,
Seguindo o libertário dia a dia
Enquanto com firmeza se ousaria
Vencer os desafetos costumeiros,
Viceja dentro da alma este momento
E quando na verdade a sorte eu tento
Espalhas no jardim os jasmineiros.

70

A pálida manhã se anunciando
Depois de tanto sonho; inutilmente,
A vida por si só sempre desmente
O quanto imaginasse bem mais brando,
O manto se puindo desde quando
Rogando pelo menos a semente
Traçasse outro caminho onde envolvente
O canto se mostrasse desnudando.
Minha alma se apresenta após no sol
O sonho dominando este arrebol
Presume outro momento mais diverso
E para o novo encanto que viria,
O marco a cada passo em alegria
Ousasse transbordar num novo verso.

71


Cantigas de ninar, sonhos e brilho
Aonde na verdade o amor; carrego,
Meu mundo se desenha e num nó cego
Vencera este temor de um andarilho,
E assim cada momento em paz; palmilho
E bebo esta esperança onde navego
E a cada novo passo mais me entrego
Cerzindo na alegria o raro trilho.
Poética expressão de canto e luz
Enquanto cada verso reproduz
Somente o quanto eu quis e nada visse,
A luta se desenha de tal forma
Que nada neste mundo mais deforma
Nem deixa refletir mera tolice.


72

Amar-te como às flores, colibri,
Vivendo o quanto possa a cada instante
E o medo noutro rumo mal garante
O quanto na verdade sei, perdi.
O canto se escutasse e já daqui
Momento mais feliz e deslumbrante
Ousando num cenário mais brilhante
Diverso do que outrora em vão vivi
Cerzindo novo tempo em nova rota,
A luta se transforma e se denota
Atravessando mares e procelas,
Aonde cada passo se traduz
Moldando com ternura a imensa luz
Enquanto tanto amor tu me revelas.

73

O orvalho sobre as folhas da esperança
Matando na geada o que inda resta
Inverno dentro da alma em cada fresta
A vida ao fim de tudo ora se lança
E o marco mais atroz sem confiança
Somente a solidão agora empesta
Marcando com terror a ausente festa
Sem ter qualquer apoio não descansa.
A luta desenhando em caos e medo,
O quanto na verdade mal concedo,
Vencendo os desenredos da emoção
Um cândido momento não veria
Deixando para trás a poesia,
Meus olhos quaisquer luzes não verão.

74


A deslumbrante aurora dita o quanto
A senda se aproxima de outro rumo,
E o tanto quanto possa além resumo
E vejo o que tentara e assim garanto,
Vestindo esta ilusão, um novo canto,
Aonde o meu caminho traz em prumo
O verso mais sutil, onde consumo
O termo mais audaz em acalanto.
O marco desenhado nos cenários
Diversos entre meus itinerários
Tramasse no fadário novo dia,
Cerzindo com ternura o quanto pude
O tanto quanto fora atroz e rude,
Agora noutro tom encontraria.

75

O quanto sempre amei e te amarei
Explode em clara areia, a fúria em mar
E possa sobre as ondas navegar
Grassando na esperança, nossa lei,
E o tanto quanto possa e até terei
Sentindo outro momento a nos tocar,
Pudesse na verdade imaginar
O tanto que te quero e enfim sonhei.
Vagando sob estrelas, radiantes
Ternuras se apresentam e acalantes
Os dias mais felizes que inda houver,
A porta já se abrindo, o tempo urgindo
Um dia mais audaz, portanto lindo,
Tecido pelos seios da mulher.

76


A imensa onda deitando em bela praia
Expressa a claridade e dita rumo
Aonde o meu momento enfim presumo
Sem nada que deveras já me traia,
A luta se desenha e quando esvaia
Meu verso noutro passo, mal perfumo
E sei do raro amor enquanto esfumo
O vento toca após; a moça e a saia.
O quanto desejei e agora a vendo
Produz de cada sonho um dividendo
E neste novo passo sou feliz,
Apresentando além o verso em paz,
Meu canto tantas vezes satisfaz
E nada neste mundo o contradiz.



77

Na perolada cena se desenha
O quanto deste encanto toca e volve
Amor quando de mais tanto me envolve
E gera o que decerto além já venha.
A sorte desejando em tal resenha
Com toda a sensação sutil revolve
A dor sem mais guarida se dissolve
E o manto com ternura em luz empenha
Apresentando ao máximo o caminho
Aonde como concha ora te aninho,
E toco esta bendita maravilha,
O canto se apresenta noutro instante
E desse desejar amor garante
A cena onde esperança mansa trilha.

78

Nas entranhas do sonho vejo o brilho
Daquela que se fez além do cais,
Traçando tais momentos magistrais
Aonde com ternura em paz palmilho,
Amor ao apertar o seu gatilho
Acende dentro da alma os seus cristais
Ascendo em tais verdades muito mais
Vencendo qualquer tédio ou empecilho.
Absoluta verdade dita a sorte
Que tanto nos tocando já conforte
Marcando com ardência cada passo,
No tanto que te quis e até teria
Trazendo a cada instante outra alegria
Deixando para trás o canto escasso.

79

Cantavas docemente o raro amor
E nesta noite feita em tal beleza
Também imaginando a natureza
Num raro desenhar em farta cor,
Aonde poderia redentor
Meu passo se aproxima e traz já presa
Minha alma que seguisse quase ilesa
Vencendo com ternura e destemor,
Ouvindo a tua voz, serena amada,
Adentra o pensamento a madrugada
E vaga pelas sendas do passado,
O tanto que pudera em glória e luz,
Meu mundo no teu mundo reproduz
Deixando o coração alvoroçado.

80

Nas noites de tristeza nada tenho
Senão a mesma face em dor e medo,
O quanto deste passo em desenredo
Traduz esta agonia em ledo cenho,
E quando no final tanto desdenho
O prazo onde tanto em vão concedo
O marco mais audaz dita segredo
O amor não é sequer mero desenho,
Alucinadamente busco em ti
O sonho que em verdade já perdi
Deixado para trás, solenemente
A vida sem sentido e sem razão
Enquanto novos tempos moldarão
O todo que deveras não desmente.


81

Cantando para estrelas, noite afora
Na constelar diversa sensação
O amor como se fosse desde então
O tanto que deveras cedo aflora,
A luta no vazio desancora
Tramando em nova rota e dimensão
Meu verso se anuncia e a solidão
Aos poucos noutro rumo, desancora.
Marcantes dias dizem deste tanto
E quando na verdade teimo e canto,
Tragando a liberdade a cada verso,
Não pude imaginar outro cenário,
Amor além de tudo solidário
Trazendo dentro da alma este universo;


82


A lua traz saudade e dita o quanto
Pudesse noutro encanto dominar
Tramando em cada raio este luar
Transcende ao que deveras mal garanto
E quando se anuncia em belo canto
O todo noutro instante a desenhar
O mundo se aproxima e toma o mar
Cobrindo todo o mundo, argênteo manto
Estrelas espalhando em carrossel
Tomando imensidão infindo céu
O verso se anuncia em harmonia,
E como fosse um sol em noite imensa
Reinando sobre nós quase convença
Que em plena noite surge um claro dia.

83

Trazendo da esperança o seu jazigo
Já nada mais comporta quem outrora
Marcando com ternura o que demora
E trama muito além do que eu consigo,
A cada novo engodo outro castigo,
A senda sem certeza já se aflora
E nesta sensação a vida ancora
O quanto noutro passo tento e abrigo,
Apenas ilusão? Nada mais vejo
Somente o que pudera noutro ensejo
Gerando depois disso o medo e o triste
Cenário aonde a vida dispersara
A sorte desejada, audaz e rara
Aonde o meu caminho não resiste.


84


Eu sei quanto deveras magoaste
Marcando esta palavra tão maldita
E quando noutro rumo se acredita
A cada novo instante outro desgaste,
A vida se apresenta e o velho traste
Expressa esta razão e não palpita
Sequer o que pudera mais bonita
A luta noutro engano reforçaste,
Mergulho nos engodos costumeiros
E tento meus anseios, nos ribeiros
Enquanto presumisse novo tempo,
Perece a cada instante um pouco mais
Enquanto imaginara siderais,
Os sonhos desenhando contratempo.

85

Adeus, a vida segue e não vieste
Deixando para trás todo este sonho,
E quando na verdade decomponho
O mundo se tornara mais agreste,
O canto noutro engodo mais agreste
O corte se aprofunda e tão medonho
O passo no vazio hoje proponho
Matando o que inda resta e já não preste.
A luta se desenha noutro rumo
E quando sem sentido me consumo
Bebendo cada trama mais diversa
Agruras de meu tempo? Nada disso,
E o tempo se tornando movediço,
A própria persistência desconversa.



86

A vida em fado atroz ditando o fim
Do grande amor que tanto imaginara
Abrindo o velho peito esta seara
Transcende ao que pudera ter em mim,
Acende da esperança este estopim
E marca o que pudesse e não viera
Gerando o quanto a sorte degenera
E mata esta ilusão velho motim.
O canto de outro pássaro, saudade
Aos poucos noutro rumo se degrade
Tomando num instante o quanto quero,
E bebo esta incerteza a cada instante
E o quanto poderia mais sincero
Apenas o não ser já se garante.

87

Um sonho regendo cada canto
E trazes nos teus olhos tal ternura
Enquanto a solução trama e perdura
O mundo noutro caso eu não garanto,
Vestindo o mundo alheio aonde em pranto
A sorte se traduz e nada apura
Apenas o vazio que tortura
Moldando o quanto quero e não me espanto,
Ainda que seria mais diverso
O tempo para o qual ainda verso
E encontro o meu caminho em consonância,
A luta noutro passo se mostrara
Gerando na verdade outra seara
Vencendo a cada tempo esta distância.

88


Um bando de andorinhas, sonhos meus
Penetram tantos céus em tom mais claro
E quando cada luz onde a declaro
Tramando muito além de tal adeus,
Os sonhos adentrando antigos breus
O tempo em alegria hoje preparo
E sei do quanto possa e quanto é raro
Podermos atingir tais apogeus.
Lutando contra o medo de quem tenta
Em paz vencer deveras a tormenta
E neste caminhar já nada vê
A luta se desenha a cada instante
E quanto mais o amor ora acalante
Encontro deste sonho algum por que.

89

Ao ver a bela lua clarear
Tomando este cenário inteiramente
Porquanto o meu caminho se apresente
Deitando rara prata sobre o mar,
Ainda que pudesse divagar
E nisto o quanto quero e mais freqüente
Minha alma se desenha claramente
E nisto pude mesmo mergulhar,
Gerando novo mundo dentro da alma
A vida com firmeza sempre acalma
E traça outro momento após o nada,
A noite se apresenta noutro engano
E sei deste delírio onde é profano
Moldando do vazio; nova alvorada.

90

As pedras prateadas pela lua
Os sonhos se dourando em raro brilho,
Enquanto a liberdade em paz palmilho
O tempo noutro encanto continua,
Vagando sem sentido já flutua
Marcando com candura o quanto trilho
Cerzindo dentro da alma este andarilho
Cenário aonde o todo se cultua.
Mergulho nos teus braços, sigo a ti
E tanto quanto quero consegui
Bebendo cada gota da ventura
Que possa me trazer a liberdade
E desta rara e imensa claridade
Meu rumo para o teu já se aventura.

91

Meus sonhos acordando a cada instante
Resultam neste tanto que te quero,
O passo mais audaz, sendo sincero
Apenas novo canto em paz garante.
O mundo desenhando um diamante
E nele todo o manto onde o venero,
Transcende ao que pudesse ser mais fero
E traça este cenário deslumbrante,
Amante da ilusão; somente vejo
O olhar enamorado e mais sobejo
De quem se fez além de mero lume
E quantas vezes bebo em tom suave
O amor que na verdade nada agrave,
E dita muito além do que o costume.

92

Escuto então gemidos pela noite
Durante pesadelos e torturas
Enquanto na verdade me amarguras
Apenas esperança ainda acoite,
A vida se presume quando açoite
Gerando no final as amarguras
De tanto que desejas e procuras
Meu sonho do teu lado, outro pernoite,
Negando qualquer sonho em claridade
O tempo pouco a pouco se degrade
E mostra este momento mais além
Do quanto poderia e já não vem,
E nisto desenhando o que pudera
E molda sem sentir a dor mais fera.


93


O quanto me traíste no passado
Deixando demarcada esta ilusão
E nela bebo os dias que virão
Trazendo este vazio hoje ao meu lado,
E o canto que pudesse e não mais brado
Vencido pela turva solidão
Ousando noutra forma de expressão,
Traduz o tempo aonde me degrado,
A vida diz assim cada momento
Descumprindo o nono mandamento
Perdendo qualquer sorte,rumo e paz,
Apenas lamentando tal descaso
Ainda quando tento o quanto aprazo
Expresso um mundo tosco e mais mordaz.

94

Minha alma tanto amando este caminho
Desmancha qualquer erro e dita além
A vida se traduz enquanto vem,
O tempo onde decerto em paz me alinho,
Vencido caminheiro, noutro ninho,
A luta se traçando em tal desdém,
Pudesse acreditar e quando tem
Meu mundo não seria mais mesquinho.
Na fonte ressequida da esperança
Somente este vazio agora alcança
E o turbilhão de sonhos se perdendo,
Do quanto poderia ser eterno
Ao menos um desenho bem mais terno,
Expressa a solidão, temido adendo.

95

Não posso desprezar o sentimento
Que vivo dominasse o meu anseio,
E sei do quanto possa e enfim rodeio
Abrindo o coração em tal provento,
Nas tramas que deveras alimento
A vida se desenha em novo veio,
O velho coração em devaneio
A paz chegando após,noutro momento.
Esbarro nos engodos e tramóias
As lutas sonegando belas jóias
As perlas não seriam tais comparsas,
As falsas emoções, ditame rude
E sei do quanto possa e desilude
E aos poucos sem sentido tu me esgarças.


96


Pudera dentro da alma algum penedo
Ao enfrentar as ondas deste amor,
E quanto se imaginar redentor
Apenas ao mais árduo me concedo,
O tempo noutro prazo, onde procedo
Tentando da alegria o redentor
Caminho delicado em paz e cor
Diversa da que dite algum segredo.
Louvando cada verso que inda trago
O mundo se apresenta em novo afago
Sentindo toda a glória de ilusões
Aonde os dias tanto se desnudam
E as horas se traçando tudo mundo
E nelas outras luzes tu compões.

97

Os olhos negros belos, da morena
Tramando cada passo rumo ao tanto,
E quando no final sonho eu garanto
A vida noutra face me serena,
O quanto da verdade me envenena
E o tempo sem proveito dita espanto,
O mundo se anuncia em claro manto,
E a luta não termina, a vejo plena.
E encontro tempestades, temporais
Vagando entre momentos desiguais
Podendo acreditar noutro segundo,
Aonde muito além do que quisera
Traçasse sem sentido a primavera
Em luzes onde tanto agora inundo.

98


Negrume desta noite solitária
Em brumas dominada, nada vendo
O mundo se apresenta em novo adendo
A luta se desenha temerária,
Porquanto fosse sempre imaginária
A sorte que deveras mal desvendo,
Traduz outro momento e sei que ascendo
Ao quanto poderia em noite vária.
O manto mais audaz gerando o medo
E nele de tal forma sigo ledo
Ouvindo outros vazios dentro da alma
Os brilhos que invadissem turvos campos
Seriam tão somente pirilampos,
Nem mesmo uma saudade hoje acalma.

99

Rosais entre jardins e meus canteiros
Os dias se anunciam num cenário
Aonde cada verso imaginário
Trouxesse rumos claros, verdadeiros,
Ainda que pudessem tais luzeiros
Vencerem cada engodo, sigo vário
E bebo do temor no itinerário
Que leva teus altares, derradeiros,
No amor que dissemina em luz e brilho
Aonde Tu caminhas hoje eu trilho
Vestindo esta emoção suave e branda,
A noite se desenha em tal ciranda
E quando vejo além me maravilho
Deitando a bela lua na varanda.

100

Saudades da beleza sertaneja
No olhar deste riacho enamorado,
Vivendo cada dia em novo fado,
Aonde esta esperança já dardeja
Apenas dentro da alma enfim poreja
O sonho sem temor, anunciado,
Reveste cada passo desenhado
Nas ânsias onde o mundo em paz já seja.
Viceja esta alegria num poeta
Que tanto se desenha e completa
Na voz doce e suave da ilusão,
A lua enamorada deste artista
Enquanto em rara senda ora se avista
E espalha sobre todos; seu clarão.

101

A vida branquejando cada passo
De quem se fez além do engano e tenta
Vencer a sorte atroz e tão sangrenta
E neste caminhar o sonho escasso,
Depois de mergulhar apenas traço
O mundo se desnuda em vã tormenta
E o prazo determina o que fomenta
Marcando cada sonho em ledo laço,
Aprendo e como meus erros continuo,
Tentando ser além deste uno, e em duo
Trazer este futuro em minhas mãos,
Assim ao semear felicidade
Enquanto o novo tempo em paz invade
Espalho pelos cantos, novos grãos.


102

As folhas outonais tocando o chão
Meu tempo se esgotando a cada instante
E vejo o que deveras não garante
Sequer o quanto pude em direção,
Vencendo este caminho amargo e vão
O tempo se anuncia degradante
Nesta aguardente bebo e se agigante
Momentos onde enfrento a solidão,
Escassas luzes dizem do que vendo
Presume no final o mesmo horrendo
Tormento entre os anseios mais vulgares,
Gerassem nos meus olhos, fantasias
E nelas outras tantas moldarias
Criando destes sonhos meu altares.

103

O brilho na cidade em tais neons
Expressa a falsidade das pessoas,
E quando imaginavas serem boas
Lembranças desviando velhos tons,
As bocas entremeiam-se em batons
E nisto se desfazem tais canoas,
E logo sem sentido também voas
Repetem pensamentos, ecos, sons.
E o vasto se aproxima do minúsculo,
Apenas me restando este crepúsculo
E dele nada mais que bruma e morte,
Após o descaminho mais freqüente
Ainda que meu passo se apresente
Nem mesmo uma ilusão inda conforte.

104

Saudade escurecendo o sentimento
Marcando com angústia o que pudesse
Trazer no meu olhar a rara prece
E nada do que possa ainda tento,
O mundo se desenha em tal momento
E o quanto desejara assim se esquece
E o manto que ilusão decerto tece
Expressa do vazio este fomento.
Negar as tais origens costumeiras,
E crer nas sendas raras, derradeiras,
Ouvindo neste encanto o mar imenso,
E quando no final já não teria
Sequer o quanto pude em fantasia
Num dia abençoado, sempre penso.

105

Luar que campesino trama o todo
E neste desenhar já nada resta
Somente o quanto possa em mais funesta
Verdade desenhada em pleno lodo,
Queria que isto fosse um mero engodo,
A vida se presume e quando empesta
Marcando com temor o que se empresta
Ainda se pudera sem denodo,
Arcando com meus erros, desenganos
A sorte renegando velhos planos
Expressa a solidão deste poeta,
Que em plena madrugada bebe a lua
E nesta solidão teima e flutua
Aonde a luta traça e não completa.

106

Luar que se presume num sertão
Diverso do que tanto pude outrora
Vencendo o quanto quero e não demora
Marcando com terror a dimensão,
Dos dias que decerto não verão
Ainda quando a vida em paz se aflora
Matando o quanto pude e revigora
Moldando no final tal dimensão,
Esqueço cada passo e vejo alhures
E quando no final tanto tortures
Encontro em discordância outro caminho,
Vestindo esta ilusão já não me basta
Apenas o que tanto assim me afasta
Deixando este delírio, em vão daninho.

107


A lua surge em noite imensa, claridade
Prateia toda a mata e segue em brilho
Tramando cada raio onde palmilho
E bebo desta imensa liberdade,
Ousando noutro tom, felicidade,
Não vejo mais sequer um empecilho
Indômito e sem tréguas o andarilho
A cada novo instante mais se agrade,
Dos tantos e diversos bens que a vida
Produz e desenhando já decida
Presume noutro tanto o quanto eu quis,
Açoda-me a verdade feita em luz
E o quanto do meu passo reproduz
Deixando para trás um céu mais gris.

108


Pastor entre os pastores, Rei e Irmão
Ensina-nos que Amor tanto liberta
Usando esta palavra amiga e certa
Pregando entre todos a união,
E nesta maravilha o que é perdão
Deixando esta porteira sempre aberta
E trama com brandura o quanto alerta
Traçando da esperança a direção,
No encanto onde deveras eu persisto
Vivificando na alma o Eterno Cristo,
Há tanto sem amarras, e sem cruz,
Palavras que redimem, aliviam,
Caminhos que deveras propiciam
Felicidade em nome de Jesus.


109


Um sol que prateasse a noite imensa
Gerando o quanto pude imaginar
Vagando sem sentido a se mostrar
Enquanto o que desejo se compensa,
Jogado pelos ermos, recompensa
Vislumbra a cada engano outro lugar
E sei da imensidade de um luar
Na noite mais sublime e tanto densa


109


A solidão prateia a imensidade
E trama noutro rumo o mais que pude
E ousando de tal forma em atitude
Diversa da sublime realidade,
Enquanto o dia a dia nos degrade
O mundo se apresenta bem mais rude
Ainda eu o caminho aos poucos mude
Ao fim de cada sonho a liberdade.
Pastoreando amores onde outrora
A fome sem sentido que apavora
Gestasse e não parisse qualquer luz,
Ainda se apresenta em consonância
A vida desenhando a cada instância
A ressonante glória que seduz.

110

Viola ponteada em noite clara
Varandas e sobrados, Minas, sonho.
Diamantino encanto onde proponho
A vida dominando esta seara,
O quanto se aproxima e se declara,
Marcando o que se fez além bisonho,
O dia se moldara em enfadonho
Caminho sem sentido, em noite rara,
Apenas aproxima novo dia
Demonstra com tal brilho o que eu queria
Ousando num anseio sem igual,
Alhures ouço o canto em luz imensa,
E neste desenhar o mundo pensa
Cerzindo outro momento triunfal.


111


Nascendo do meu peito esta emoção
Aonde se aproxima noutro ninho,
O canto mais suave, um passarinho
Tramando em luz serena este verão,
Os olhos no futuro e desde então,
Não tendo outro cenário onde mesquinho
Explode a sensação de um doce vinho
Moldando com ternura esta ilusão,
Vencer os dissabores e seguir,
Apenas onde possa resumir
O canto sem temor e mesmo em paz
A luta se apresenta tão constante
E o manto na verdade me garante
O quanto possa ser bem mais capaz.


112


Distante desta terra aonde um dia
O sol me viu nascer em tons grisalhos
Os dias entre tantos ledos falhos
A vida sem nenhuma poesia,
Desvendo cada passo que daria
E nestes caminhares, sem atalhos,
O corpo se anuncia e ora em frangalhos
O todo noutro passo levaria,
A senda mais diversa e mais sublime
E nisto cada passo nos redime
Do engodo costumeiro e sem sentido,
E os erros dos meus dias principais
Desabam entre vagos, vis astrais
E o corte noutro engano resumido.

113


Já não conheço além do quanto vira
No olhar desta morena acaboclada,
A sorte noutro tempo desenhada
Vencendo o que pudera ser mentira,
E quando esta verdade ronda e fira
Marcando com temor a velha estrada
E bebo o que pudesse em alvorada
E neste desenhar além desfira
O canto mais audaz que inda pudera
Cerzindo o quanto pude nesta esfera
Trazendo em concordância cada luz,
E sei do quanto possa imaginar
E neste mais sublime desenhar
O mundo noutro tanto o reproduz.

114


Serestas entre luas e neblinas
As noites solidárias emoção
E o tempo em total transformação
Ainda que decerto femininas
Vontades expressando as tantas minas
E nelas a suave solução
Marcando com os dias que virão
As nossas delicadas, vagas sinas.
Espero tão somente qualquer luz
E sei que na verdade o que produz
Encontra no caminho alguma sorte,
Seria muito bom seguir além
E o todo que deveras sempre vem
Aos poucos com certeza nos conforte.

115

Encantos em luares, noite afora,
O sonho sertanejo se tramando
Num tempo mais suave e mesmo brando
Aonde esta certeza nos ancora,
Brilhando a sensação que não demora
E torna este caminho desde quando
Meu verso no teu verso se entranhando
Desenha o quanto pude e em paz escora
O dia noutro dia refletindo
O quanto se pensara ser infindo
E gera em discordância outro matiz,
Mas sei desta beleza imaginária
E nela cada voz embora vária
Transmite o quanto em sonho um dia eu quis.

116


Quando olvidaste o amor que tanto tinha
Quem sabe e já procura apenas paz,
O mundo se apresenta e sempre traz
O quanto fosse além; em glória minha,
Na parte que me cabe e se avizinha
Em cena tantas vezes mais audaz
Deixando cada passo para trás
O tempo se presume e não continha
Sequer o que pudesse ainda ousar
Aprendo a cada dia o bem de amar,
Entrego o coração e vou sem medo,
Ainda quando possa noutro rumo
Viver o que deveras já resumo
O tanto quanto deva em paz concedo.




117


Já tanto desprezaste quem um dia
Ousando procurar felicidade
Rompendo do passado a velha grade
Marcando cada passo em harmonia,
O mundo se aproxima em sintonia
E o tanto quanto eu possa em liberdade
Presumo em cada esquina da cidade,
E neste desenhar tanto o queria,
Negar a vida e ter apenas isto,
Sabendo que ao final mesmo desisto
E morro sem sentir sequer a brisa,
Tocando mansamente no meu rosto,
A vida noutro passo sem desgosto
Desta beleza rara nos avisa.


118


Na casa sobre os montes das Gerais
Os olhos no horizonte se perdendo
Cenário aonde amor eu quero e aprendo
Vencendo os mais diversos temporais,
Sem ter sequer o mar desenho o cais
E neste novo passo em dividendo
O mundo na verdade me contendo
Bebendo destes sonhos ancestrais.
Anseio pela minha liberdade
E sei do quanto possa e já degrade
O cântico suave em tom maior,
Meu pranto sem sentido e sem razão
Apenas um vazio em emoção
Inunda a minha cama em vão suor.


119

Fitando muito além do imenso rumo
Aonde o céu desenha brumas, luzes,
Enquanto noutro passo me seduzes
Um tempo mais audaz inda presumo,
E nesta primavera eu me perfumo
Pousando sobre versos, ermos, cruzes,
Sentindo o quanto possa e me conduzes
Ditando da esperança o raro sumo,
Encontro em dissabores outro engano,
E bebo deste vinho soberano
Marcante sensação a cada gole,
E o tanto quanto quis humanidade
Enquanto com encanto cante e brade
Expressa o que deveras nos console.

120


Palmeiras gigantescas, noites claras
Esbelta fantasia de um poeta
Aonde a minha sorte se completa
E nisto tantas luzes me preparas,
Cicatrizando enfim estas escaras
A vida se pudera predileta
E neste caminhar amor em seta
Vagando pelos ermos das searas
Negar qualquer tormento e prosseguir,
Ousando no possa sem porvir
Apenas por prazer e nada além,
O amor se desvendando a cada passo,
E quando no final apenas traço
O mundo que deveras nos convém


121

Feliz de quem se fez além de tudo
Ousando em juvenil felicidade
Ainda quando dista a mocidade,
ao menos neste passo eu já me iludo.
O corte se anuncia e sei do mudo
Cenário aonde o todo dita a grade
E marco o que pudera e não mais brade
E quanto em cada queda ao fim me acudo,
Negar cada momento onde se visse
A vida sem saber desta tolice
Mesmices traduzindo cada infausto,
O amor não merecera sacrifício
Nem mesmo o que pudera em precipício
Deixando para trás cada holocausto.

122

O quanto ser feliz tanto mudasse
A vida num cenário mais suave
Meu coração liberto feito uma ave
Vencendo qualquer medo e mesmo impasse,
A sorte se transforma e em nova face
Apenas o que possa e não se agrave,
O rústico momento aonde trave
A luta sem sentido e nos desgrace,
Um turbilhão de luzes onde se sente
Cenário sem igual iridescente
Vagando pelos ermos do infinito
E quantas vezes bebo esta certeza
Usando do meu verso com destreza
Vibrando enquanto a paz eu necessito,


123

O amor que tu me deste se puindo
O tanto se aproxima do vazio
E quando na verdade desafio
O tempo se anuncia e o sonho findo,
Restando o que pudesse não deslindo
O quanto inda tentara em ledo e frio
Cenário sem saber do desvario
Nascendo do que pude e não me blindo,
Acolhem-se ilusões e nada mais
Os dias entre tantos divinais,
Ausência se anuncia a cada engano,
Meu tempo sem sentido e sem razão
A sórdida e diversa hibernação
Traduz o quanto alhures já me dano.


124

O amor que tu me deste, falsos brilhos
E nestes desenhares sem futuro
O quanto sem sentido inda procuro
Vagando por diversos toscos trilhos,
Os olhos são deveras andarilhos
E sigo contra o tempo mais escuro
No todo desenhando este inseguro
Caminho desvendando tais gatilhos,
Espero uma explosão em bala e tédio
A vida ao teria outro remédio,
Apenas outro engano e nada mais,
Ascendo ao mais superno caminhar
Desejo tantas vezes te encontrar,
Mas vejo tão somente funerais.


125

Deixando para trás o meu passado,
Já nada construísse na verdade,
O peso se transtorna e já degrade
Marcando o quanto pude desolado,
O canto noutro rumo desejado
A luta sem saber da realidade
O mundo a cada passo liberdade
Mostrando o que pudera destroçado.
Resulto desta inércia e sigo assim
Deixando o que restara além de mim
Mergulho neste abismo e nada trago,
O tempo se moldando sempre vago
E o corte se anuncia em leda história
Deixando sem sentido a vã memória.


126

Jamais contigo um dia inda falasse
Dos tantos e diversos sonhos vãos,
Marcando com ternura o solo e os grãos
Trazendo tantas vezes outro impasse,
No quanto poderia e não traçasse
Deixando sempre em paz tantos irmãos
Tocando com brandura nossas mãos
A vida se renova em cada face,
O pranto desenhando o medo dita
A luta que pudera e se permita
Apenas outro rumo em meio ao nada,
A noite tantas vezes mais bonita,
A luta se presume e da desdita
A velha solidão decerto enfada.

127

Aonde te vislumbro mais formosa
Percebo o quanto quero e muito além
Meu passo na certeza que contém
Deixando minha vida em polvorosa
Cevando em meu jardim diversas rosas,
O amor quando demais sempre provém
O sonho mais audaz e deste alguém
Estradas divinais e majestosas,
Sonhar com teu carinho em tais delícias
Vivendo com certeza estas carícias
Aonde o meu desejo se faz tanto,
Bebendo cada gota da esperança
O todo sem temor já não descansa,
E nisto outro momento em paz garanto.


128

A vida desengana quem pudera
Traçar além do todo outro momento
E quando na verdade em paz alento
O mundo noutro tom de primavera,
A sorte desenhando a vida fera
E o prazo se mostrara em tal lamento
E quanto mais pudera novo vento
Espalha o quanto quero a cada esfera.
Rolando sobre as pedras, chego à praia
E quando a solidão deveras traia
Mesquinhos dias moldam meu futuro
Aonde na verdade nada resta
Sequer a mesma face atroz, funesta
O todo em dor e medo, eu me torturo.


129


Abrindo toda a terra sob os pés
O cântico louvasse o que não vejo,
Ainda quando tento noutro ensejo
Marcando com temor ledo viés
Assim e tão somente por quem és
O mundo se aproxima e malfazejo
Cenário se negando não desejo
Sequer o que pudera em tais galés,
Amar o quanto pude e não tivesse
E mesmo que tentara em tanta messe
Matando esta vontade e nada trago,
Somente enfim divago sobre o nada,
E vejo a mesma estrada desolada
Negando cada sonho onde te afago.

130

Os céus que me punissem pelo engano
Errático caminho onde imprevisto
Ainda noutro passo se persisto
Aos poucos vou puindo cada plano,
O passo sem sentido e quase insano,
Deixando para trás e já desisto,
Marcando cada passo e sei que nisto
O mundo não se fez jamais humano,
Restauro cada traço aonde um dia
Pudera desejar e não veria
Sequer qualquer momento em claro tom,
A vida não trouxera nada além
Do quanto sem perdão já não convém
Sabendo que este amar seria um dom.


131

Olhando para ti num só momento
Vislumbro este futuro em tom sutil,
E o quanto cada passo se reviu
Marcando com ternura o quanto tento,
Depois de se entranhar no desalento
O vento noutro rumo sendo vil
Apenas o vazio se previu,
E nisto sigo mesmo desatento,
Esgarço os dias velhos entre nadas
E as sortes pelas quais deveras bradas
Matando num segundo o quanto tive,
A cada novo engano, novo ocaso,
A vida se mostrando enquanto atraso
E a luta tão somente sobrevive.

132

O mar que me atrapalha e nega o cais
Dourando com certeza outro momento
E tanto quanto possa busco e tento
Vencer outros caminhos desiguais,
Ainda quando fossem divinais
O tempo se anuncia enquanto invento
Marcando com temor o pensamento
Deixando o meu alento em dias tais,
Vestindo com certeza os dias rudes
Ainda que deveras tu transmudes
Os passos entre tantos se perdendo,
Meu mundo se anuncia em vaga noite
O todo se traduz enquanto açoite
Marcando com temor o dividendo.

133

Os pastores que pudessem nesta aldeia
Cuidar do imenso gado em noite fria,
A luta se desenha em fantasia
E a lua se anuncia clara e cheia,
Depois do que pudera e se incendeia
A sorte na verdade nos veria
Bebendo cada gole em alegria
O amor vai penetrando em minha veia,
O mágico momento em plena glória
Deixando para trás a velha escória
Trazendo uma esperança que redima,
E assim ao mergulhar em braços firmes
Ainda que este sonho não confirmes
A vida muda todo o velho clima.

134

O tempo se congela se não vens
E apenas outros dias tão iguais
Desenhos entre enganos mais venais
Os sonhos são diversos destes bens,
E quando noutro instante me deténs
Cenários entre tantos magistrais
Marcando com ternura os divinais
Alentos onde tudo espalhas sem reféns
Os versos entre tantas noites vagas,
E quando sem ninguém também divagas
A nossa velha história se confunde
O tempo sem ter tempo de mudança
Aonde se pudera em aliança
A solidão deveras se aprofunde.


135

Pudesse desenhar um paralelo
E nele cada passo em mesmo rumo,
O amor quando demais cedo perfumo
E neste delirar meu sonho atrelo,
O tanto quanto pude em teu castelo
Aos poucos sem sentido algum me esfumo,
E vago sem saber do que presumo
Num dia tão diverso quanto belo,
Marcando cada verso em tom suave
Aonde se pudera não se agrave
O justo caminhar em claros dias,
E neste mesmo passo, sigo além
Sabendo da esperança que inda vem
E nela tantas luzes irradias.

136


Vivendo bar em bar, sem ter descanso,
Na luta sem ternura, simples pária
A vida se moldara temerária
E nada do que busco enfim alcanço,
Apenas outro mundo em tal remanso
O corte na verdade solitária
A luta se desenha imaginária
Mas quando me percebo logo canso
Encontro a plenitude que buscava
Depois desta verdade quase escrava
Narrando com temores novos dias,
E nestes vivos sonhos, nada vejo
O quanto poderia noutro ensejo
Matando o que tivera em alegrias.

137


Quando além de tudo tu cismares
Vagando em noite imensa sem sentido,
O tanto quanto pude e agora olvido
Vencendo os temporais em ledos mares,
Adentro em solidão diversos bares,
Do quanto poderia já duvido
E o passo noutro rumo decidido
Marcando com terror velhos altares,
Os olhos de um matuto enamorado
Falando tão somente do passado
Deixando assim de lado uma esperança
Depois de tanto engano vida afora
Agora o que deveras me devora
Apenas ao vazio ora me lança.


138

Infinda esta saudade que carrego
Daquela que se fez etérea e vaga,
Ainda quando o sonho além divaga
Caminho sem sentido quase cego,
O tanto que pudera e mal navego
O passo a cada rumo já não traga
Além da solidão diversa adaga
Que a cada novo engano em vão entrego,
Apresentando apenas o vazio,
Meu mundo noutro passo desafio
E vivo tão somente esta ilusão,
Meus dias sem sentido e sem caminho
Ainda que pudesse ser daninho
O mundo sonegando algum clarão.

139



Brilhando entre os palmares vejo o sol
E nele iridescentes raios belos,
A vida se anuncia em meus castelos
Domina cada passo no arrebol,
Ainda que vivera em tal farol,
Os dias são deveras meus rastelos
E sigo outros caminhos paralelos
Vivendo o que pudesse um girassol,
Mergulho neste lago em plenitude
E nada do que tente ainda ilude
Vencendo os dissabores costumeiros
Desenho com ternura cada passo,
Destarte outro cenário agora traço
E nele vou cevando os meus canteiros.

140

Ainda por te amar sofrendo tanto,
Não tendo solução jamais pudesse
Trazer o quanto pude em rara messe
E neste caminhar nada garanto,
O marco se anuncia em ledo manto
E o passo noutro instante se obedece
E o coração exposto em rara prece
Apenas num alento eu me acalanto,
Jorrando dentro da alma esta vontade
O passo se transforma em liberdade
E a claridade invade todo o verso,
Negando outro cenário,sigo em frente
E quando esta verdade se apresente
Nas sendas deste sonho sigo imerso.

141

O canto enamorado de um poeta
Qual fosse um rouxinol em noite bela
A vida noutra face se revela
E nisto outro momento se completa
A luta tantas vezes predileta
Futuro sem igual deveras sela
E superando o medo, o caos a sela
Cupido me tocando em sonho e seta,
Apenas aprender a direção
Do passo que viceja desde então
Marcando com ternura o que virá,
Meu canto se resume no teu sonho
E quando novo encanto eu te proponho
Desvendo desta vida este maná.


Um eco dentro da alma, um novo ponto?
A vida na verdade traz em si
Vontade de deixar e vir a ti
E neste caminhar nenhum desconto,
E quando me apresento – mesmo tonto –
Sorvendo o que em delírios eu bebi
O tanto quanto pude e já perdi,
Apenas no vazio o sonho, aponto.
Alçar felicidade após a queda
E ter além do caos o cais que enreda
E permitindo em paz sempre ancorar
Tecendo nos teares da ilusão
Os dias que vivera desde então,
Cenário que hoje vi desmoronar.

2

Não apresento mais qualquer vontade
De ter além do nada outro momento
E quando no final, a vida assento,
Poeira adentra o sonho em tempestade,
E o passo aonde o tempo se degrade
A vida ronda o turvo pensamento
Errático cenário, solto ao vento,
A luta impede além da velha grade.
O vago caminhar, ocaso e medo,
E quantas vezes busco e me concedo
No enredo das antigas armadilhas,
Arcando com meus erros e temores,
Seguindo sem sequer tu mais te opores
Aonde na verdade hoje não trilhas.


3

Do velho caminhar em noite escura,
Apenas um momento hoje restando,
O antigo sentimento em contrabando
Enquanto a paz suprema se procura,
Vencendo cada medo, na amargura,
O tempo noutro infausto se tomando
O caos dentro do peito mal gerando
O quanto pude crer nesta loucura.
Esgoto cada chance e vejo o fim,
Marcando em consonância o que há em mim
Regendo com terror o dia a dia,
Depois de certo tempo nada vindo
Somente este cenário quase infindo
Regido pelas mãos da fantasia.

4

O prazo determina o fim de tudo
E o vento açoda agora os meus umbrais
Depois do que deveras trame um cais
Aos poucos sem sentido enfim me iludo,
O sonho se apresenta em conteúdo
Diverso do que trouxe em vendavais
E os dias que anunciam funerais
O mundo se apresenta surdo-mudo;
Reger cada momento após o fim
Tramar o quanto resta vivo em mim
Após a leda estrada sem paragem
A cada novo enredo já me espalho,
Vagando aonde em vão num ato falho
O mundo se apresenta em tal voragem.

5

Ao carregar comigo esta certeza
Do quanto pude e nada mais teria
O marco mais audaz, sem sincronia
Ousando dos meus olhos nova presa,
A luta se demonstra quanto ilesa
No fundo escaparia a fantasia,
Mas sei que no final nada irradia
Senão a mesma dor em sutileza,
Vestígios de outras eras, mais antigas
E quando noutro passo tu persigas
A sombra dos teus passos; não se vê.
A vida em avidez diversa e rude,
Tramando muito além do quanto pude
Já não traria em si qualquer por que.


6

Ao imolar o sonho em tom sutil,
O prazo determina a qualidade
E o todo noutra cena já me invade
Deixando no passado o que previu,
Resumos de outros tempos, ser senil
Vencer o quanto reste em tempestade
A vida com feroz voracidade
E o tempo noutro tempo não se viu.
Audazes olhos buscam um segundo
Aonde poderia e me aprofundo
Retorno dos meus ermos, bebo a paz.
Depois de tantos anos, solidão,
A luta se aproxima e sei do vão
Tormento aonde eu fui mero e incapaz.


7

Descrevo esta parábola na queda
E o marco mais feroz rondando a sorte,
Enquanto novo tempo nos conforte
A vida sem sentido algum não seda,
E vejo ao redimir onde se enreda
O passo aonde o nada dite o norte,
Apenas anuncia a própria morte
E assim meu dia a dia o tempo veda.
Legado de uma sorte inconseqüente
Ainda que outro rumo busque, tente
O fim já se anuncia no horizonte,
Depois de tanto ocaso, a vida segue
E sei da solidão que assim consegue
Matar cada momento que desponte.


8

Mecânicas diversas, sol e sonho,
O verso sem sentido e precisão
A luta se desenha desde então
Enquanto outro caminho em vão proponho.
Vestindo este momento que enfadonho
Causasse na minha alma uma explosão
Alento com ternura e sei, virão
Apenas dias tristes; mar tristonho.
O prazo determina o fim de tudo
E sei do quanto possa e já me iludo
Marcando com temor o quanto sinto,
Repare cada estrela e veja bem
O quanto no horizonte sei que vem,
Apenas este olhar, atroz, faminto.

9

Fazendo do meu verso o quanto pude
E nele me aproximo de teus passos
Cenários do passado onde devassos
Momentos desenhando um passo rude,
E quanto mais mordaz esta atitude
Olhares sem sentido, velhos laços
Marcando com temor ermos espaços
Amor reinasse sempre em plenitude,
Ocasionando a queda de quem fora
Uma alma tão venal, torturadora
Esgota por si mesma o mundo e vaga
Usando uma esperança como adaga
A morte se anuncia redentora
E a solidão deveras não se apaga.

10


Lacônica expressão de um sentimento
Aonde se anuncia o fim da história
A vida se perdendo da memória
O tanto quanto quis e hoje lamento,
No coração aberto, um cata-vento
E o dia que pensara em rara glória
Agora se aproxima e sem vitória
Só deixa como rastro o sofrimento,
Das penas a cumprir, restando apenas
O quanto a cada engodo me condenas
Marcando a ferro e fogo o dia a dia,
Num eco deste sentimento atroz
Um tartamudo perde enfim a voz
E nada mais deveras mudaria.


Incertas direções em norte vário,
Apenas restaria alguma chance
E quando no vazio a voz se lance
Marcando o dia em turvo itinerário
Depois de certo tempo, qual falsário
Meu verso na verdade não alcance
Sequer o que pudera num nuance
Diverso deste velho e imaginário.
Já não condiz com sorte nem com sina,
A luta que decerto me fascina
Adentra o quanto pude e não havia
Do caos que ora em fúria se desenha
A vida renegando alguma ordenha
Espalha nos trigais, melancolia.

2

Encontro o quanto pude e noutro instante
O cântico se traça mais urgente
E o vento que já fora prepotente
Agora noutro passo é degradante,

O velho coração, mesmo adiante
O caos que se provera inda se sente
E o vândalo caminho se apresente
Tropel entre vacâncias, galopante.

Legados que carrego desde quando
O tempo noutro engodo mal traçando
As linhas que separam sorte e sonho,

Depois de cada infausto nada resta
Somente a mesma face onde funesta
A noite se desenha em tom medonho.

3


Enquanto na sutil pluralidade
O marco de um mosaico se aproxima,
Gerando no final a baixa estima
Aonde se escondera tal saudade,

Ainda quando o encanto desagrade
A farsa marca o tempo em ledo clima,
E o canto se anuncia e quando prima
A voz já não teria a liberdade,

Em consonância sigo muito além
Do quanto poderia e nada vem
Senão a mesma sombra de um passado,

Brumoso e tantas vezes dolorido,
Marcando com terror e quando o olvido
O mundo se traduz em vão legado.

4


Um gole de espumante, a noite passa
E o verso se anuncia mais atroz,
Ainda que pudesse dentro em nós
Tentar ver algo além desta fumaça

O quanto cada dia mais se embaça
O leite derramado, a vida em foz
E o tanto que tentara mesmo atroz
Enquadrar o cenário noutra praça.

A farsa se anuncia e nada deixa,
Somente a mesma luta e a tola queixa
De quem perdendo tudo não mais vira,

Sequer a menor chance de esperança
E o todo que pudera em tal fiança
Expressa com certeza uma mentira.


5


Inversos os sentidos que tu trazes
E neles outros vários; procurava
Marcando a ferro e fogo, chama e lava
A vida se traçando em vagas fases.

Legados que deveras são mordazes
A luta se aproxima e desta escrava
A próxima emoção nada contava
Senão as velhas cartas, sem os ases.

Aprendo a navegar, ao menos tento
E sei do quanto possa em pensamento
Alçar outro planeta ou mesmo mundo,

E quantas vezes fujo no corcel
Soltando as mãos invado o imenso céu
Ou noutro espaço em paz eu me aprofundo.


6


O passo sem sentido deixa exausto
Quem tanto quis a luz e nada havia
Apenas o temor em fantasia
E neste caminhar procuro um fausto,

Semeias com temor tanto holocausto
E nada do possa se veria,
Na sombra mais atroz desta utopia
Marcada pelo esgoto, dor e infausto,

Os ciclos se repetem, vão e vêm
Depois de certo tempo sem ninguém
Somente esta vergasta como herança

A lúbrica presença da serpente
O quanto do momento se pressente
Enquanto no vazio o sonho lança.


6

Jamais pude sentir o seu bafejo
E a sorte se desenha em vão revés
Queimando sobre os ombros, sem os pés
O templo sonegasse o quanto almejo,

Ferrenhas ilusões e quando vejo
O mundo se desenha em tal viés,
Vagando em sortilégio, nas galés
O tanto que mereça e não desejo;

Pressinto o fim de tudo, o mero caos
O vento se anuncia em vãos degraus
Alçando a velha escada da esperança,

Depois de certo tempo em tal fastio,
O quanto restaria desafio
E o passo sem sentido algum, avança.


7


A noite poderia mais pacífica
E o quanto se desenha em tempestade
Pudesse me trazer o que inda agrade
Além desta tormenta ora específica,

A sorte não se dita científica
E nada do que possa rompe a grade
Somando a cada passo, a liberdade
Tentasse de maneira tão magnífica.

Acasos são comuns a quem presume
Apenas a ilusão deste perfume
Regida pelo sonho mais audaz,

Só sei que nada vindo, sigo alheio
Ao quanto poderia e devaneio
Tramando o que esperança não me traz.


8


Um resto de ilusão, novo tormento
E o prazo determina o fim de tudo,
Querendo ou não deveras me transmudo
E bebo do que possa e mesmo tento,

A vida se reduz no desalento
E quanto mais procure, sendo mudo,
O cântico desenha onde me acudo
E trago o peito aberto, exposto ao vento

Vencer o que inda resta dentro em nós
E ter outro caminho mais atroz,
Gerando após o nada outro cenário,

Na sombra de meus passos, sem juízo
Apenas acumulo prejuízo
E volto ao mesmo antigo itinerário.

9

Sacrílego farsante, nada mais
E o rústico desenho desta estrada
Há tanto pelo sonho abandonada
Sem norte sem sentido mero cais;

E vejo apenas isso, em dias tais
Deixando para trás cada invernada
A sorte noutra empresa desejada
Agora nega os rumos magistrais.

Perpetuando o medo do que vinha
A luta não seria tanto minha
Ao repartir repastos e tormentas,

No fim de certo tempo a lua em brumas
E quando no final também te esfumas.
Apenas este ocaso; enfim, lamentas.


10

Não tento desviar qualquer assunto
Apenas me permito um novo sol,
E sei do quanto possa em arrebol
Viver além do sonho e sempre junto,

Qualquer momento após este conjunto
O corte se anuncia, e o girassol
Perdendo com certeza o seu farol,
E os olhos no vazio; re-ajunto.

Apodrecida noite em ermo sonho
Vagando entre o que possa até bisonho
E o quanto mesmo quis e nada veio,

Meu passo se perdendo sem sentido
Aonde na verdade o dilapido
O tempo se apresenta em vão receio.