sábado, 4 de junho de 2011

04/06/2011


Imprevistos no caminho
São constantes, disso eu sei,
A esperança dita a grei,
Mas prossigo tão sozinho
Vago em mundo que daninho
Nega o quanto eu esperei
Do passado onde sonhei
E deveras lá me alinho,
Vagamente tive o fato
E se tanto ora constato
O momento que não veio,
Vastos sonhos, ledo sol,
Nada tendo no arrebol
Prosseguindo sempre alheio.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Procurando algum afeto
Onde nada mais se visse
Senão tendo em tal tolice
O momento em que repleto
Outro verso predileto
Ou quem sabe contradisse
O que possa em tal crendice,
Mesmo quando me completo,
Vejo apenas o passado
Refletindo o que viria,
Noutro tempo desenhado
A já morta poesia,
E o que tente e agora evado
Traz o quanto não se via.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Já não cabe no meu sonho
A diversa fantasia
Que talvez quando a componho
Noutro tempo se esvaía
A palavra em tom risonho
Outra senda mostraria
O que agora te proponho,
Mesmo em lúdica utopia
A verdade se reflete
No que possa sempre igual
Na ponta do canivete
Noutro espaço em ritual,
O que tento se repete
Em constante vendaval.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nada posso sequer noutro momento
Sendo a vida cruel enquanto veja
O que possa mostrar cada peleja
Ou deveras num farto desalento,
A versão que deveras mesmo tento
Desenhando o que tanto se deseja
Transformando o cenário onde se esteja
Ou bebendo o caminho, desatento.
Rudemente vivesse tal verdade
E se molda o tormento que degrade
O meu verso pudera em novo tempo,
Mas no fim nada resta nem o sonho
E se tanto a palavra eu decomponho,
Noutro verso diverso contratempo.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Nada posso contra o vento
Que espalhasse cada sonho
E trazendo em movimento
Muito além do que proponho,

Na incerteza o desalento
Traduzindo onde me oponho
Trama o velho esquecimento
Num anseio onde me enfronho,

Vagamente merecesse
O que tanto desejei,
Gentileza se esquecesse

Sendo injusta a rude lei,
Que talvez mesmo tecesse
O caminho onde vaguei.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

1

Gira a roda da esperança
E procuro novo encanto
Onde a vida faz seu tanto
E o passado em vão se lança
O que possa em confiança
Desenhando o roto manto
Do caminho em que garanto
Solidão decerto avança.
Não pudera com pureza
Ter no olhar esta certeza
De quem tanto se procura,
Enveredo nos meus erros
Seduzindo em meus desterros
Pelo horror, farta loucura.

2

Haveria qualquer sonho
E talvez mesmo pudesse
Desenhar nova benesse
Ou o tanto que proponho,
Na verdade este enfadonho
Caminhar onde se esquece
Desta estrada que se tece
Noutro passo, mais medonho.
Resumindo o verso em mim
O que pude e sei enfim
Nada mais me serviria
O tormento se adianta
Na palavra rude e quanta
Emoção a cada dia.

3

Jorram d’olhos as certezas
Que pudessem me trazer
Tão somente este querer
Ou quem sabe mais surpresas.
Os meus dias, meras presas,
A vontade de saber
O que possa mesmo ser
Outro fardo em velhas mesas.
Ansiosamente vejo
O que tente num lampejo
Desenhando em claridade,
A versão que se aprofunda
Mesmo na alma vagabunda
O terror agora invade.

4

Levo além do que podia
Todo o sonho de um passado
Ao viver esta agonia
Noutro tanto desenhado,
Pouco a pouco não veria
O momento desejado
E se fosse esta utopia
Onde o tanto é sonegado.
Verso sobre o nada ter
E procuro calmamente
O que possa me trazer
O caminho que apresente
A vontade de viver
Revogando a dor, demente.

5

Longamente vejo a vida
De tal forma que se possa
Traduzir a despedida
Que se molda em rude troça
Na esperança a ser cumprida
Na verdade que se endossa
Outra cena repetida,
Traduzindo a sorte; nossa.
Já não pude mergulhar
Nos anseios da esperança
E seguindo sem lugar
O meu passo nada alcança
Sei apenas divagar
Entre as fúrias da lembrança.

6

Cravo os olhos no passado
E procuro algum momento
Onde o tempo anunciado
Traduzisse o quanto alento
Deste mundo decorado
Pela essência de um tormento
Que deveras quando evado
Trago ou pelo menos tento.
Vendo a fonte iridescente
O cenário se apresente
Num instante ou pouco além
Do que trama em rude passo,
Quando possa e nada faço,
Com certeza, nada vem.

7


Vagamente acreditara
Nas verdades mais cruéis
Se esta noite se fez clara
Meus anseios são corcéis
Que procuram na seara
Doces sonhos, tantos méis
E se possa e se escancara
O que vejo em carrosséis.
Nada mais pudera quando
A saudade me domasse,
Outro tempo mais nefando
Resumindo o velho impasse
A minha alma se moldando
Onde o todo em paz se trace.

8

Bravamente vejo o rumo
Discernindo o que viria
E se possa e já resumo
Meu cantar em poesia,
A palavra que consumo
Traz engodo a cada dia,
Levemente em teu aprumo,
Resta apenas fantasia.
Não tivera melhor sorte
Nem tampouco mesmo a luz
Que deveras nos conforte
Noutro instante me conduz
Ao que possa ser um norte
Onde o sonho, eu sempre pus.

9

Navegando em mar distante
Do que outrora fora meu,
O caminho deslumbrante
A verdade me escondeu,
O tormento se garante
Estendendo ao ledo breu
O que pude num instante
Ou talvez neste apogeu,
Resumindo o que interessa
Na vontade mais sutil,
Vou seguindo sem ter pressa
O que o sonho não reviu,
Deste amor, leda promessa,
Mas a sorte se faz vil.

10


Apresento cada verso
Como fosse uma emoção
Noutro tempo mais disperso
Ouso até na negação,
Do que possa e desconverso
Sem saber da solução
Que pudera em tom diverso
Desenhar além do não.
Resumisse minha vida
No que tente acreditar
Ou se trama esta saída
Ou desenha algum lugar
Na certeza que lapida
O que tento adivinhar.

11

Brincadeiras desta sorte
Que em revés se faz presente
No caminho onde se tente
Nada mais tanto conforte,
O momento rude e forte
O cenário imprevidente
Outro tanto impertinente
Pousa além e não suporte.
Tento apenas o que vejo
E se possa num lampejo
Desenhara em noite escura,
A vontade se dilui
E o meu sonho não mais flui
Quando a sorte se amargura.

12


Cravejando de esperanças
O que tanto poderia
Onde tu deveras lanças
A verdade em sintonia,
Nada vejo quando avanças
Percorrendo em poesia
Enfrentando tais mudanças
Ou gerando esta agonia.
Nada tendo de meu nisto,
A certeza quando insisto
Molda em versos o caminho,
Noutro tempo se mostrara
A beleza da seara
Ou o sonho mais daninho.

13


Dividindo cada encanto
Com meus erros contumazes
Sei que além tanto me trazes
A verdade que garanto
Noutro tom sempre adianto,
Derrotado por tenazes
Delirantes, loucas fases
Do momento em raro espanto.
Novidade? Nada disso,
O meu mundo sempre fora
A palavra que cobiço
Numa sorte tentadora,
Mas ao fundo em falso viço
Alma segue sofredora.

14

Esperando qualquer fonte
Do que fora num segundo
O que tanto ora aprofundo
Na certeza que desponte,
O meu tempo não aponte
O que vejo em ledo mundo,
A certeza em que me inundo,
O viver noutro horizonte,
Sem saber o que viria
O momento se reflete
E se possa a cada dia
Noutro tom já me compete
Discernir da fantasia
O que a dor sempre repete.

15

Vejo a sorte diversa do momento
Onde o todo pudera desenhar
A verdade se trama a divagar
No caminho onde busco novo alento,
O meu canto derrama o sentimento
E se pude num rumo trafegar,
O cenário moldando devagar
Traz apenas o velho sofrimento,
Nos enganos que pude conceber
O tormento se mostra soberano,
Quero mais e tentasse perceber
O momento diverso onde me dano,
A palavra traduz o quanto veio,
Permitindo quem sabe, o devaneio...

domingo, 29 de maio de 2011

1
Desses sonhos mais audazes
O que tanto se buscasse
Ao vencer qualquer impasse
Noutro tanto tu me trazes.
Os anseios mais tenazes
Outro tempo que se trace
A verdade onde embarace
Louco amor em raras fases.
A vereda se adentrando
Numa espécie de desejo
Traduzindo manso e brando
O caminho onde prevejo
O meu mundo me apontando
Pouco mais que este lampejo.


2

O momento me permita
Consolar os erros tantos
E se possa em desencantos
Ter a luta mesmo aflita,
No cenário que reflita
Os diversos vãos quebrantos
Recobrando velhos mantos
Onde a sorte se acredita.
Nada mais pudesse ver
Senão isto e mesmo assim,
O que possa dar prazer
Traduzindo o mero fim
Tanto pude conhecer
Quanto vive dentro em mim.

3

Não me cabe mais falar
Do vazio que deixaste
E se possa caminhar
Entremeio tal desgaste
Onde tanto quis sonhar
E deveras mal notaste
O que teime em delirar
E deveras já se afaste.
Novo tempo, velho rumo,
Este verso que presumo
Tenta apenas novo tom,
De um cenário sem encanto
Do momento onde garanto
A esperança em ledo dom.

4

Quero apenas descobrir
Os anseios mais vulgares
E se tanto ora notares
Pouca coisa inda há de vir,
No momento a resumir
Nossos templos nos altares
Respirando antigos ares
Do que tente redimir.
Nas versões mais inconstantes
O que tanto me adiantes
Não permite qualquer passo,
Da esperança em tal proveito
O caminho a ser aceito
Já não trama o quanto faço.

5


Esperasse alguma sorte
Bem diversa da que vejo
O meu sonho se comporte
Ou talvez trace o desejo
De quem possa contra o corte
Ou no amor, um raro ensejo,
O cenário que conforte
E traduz além lampejo,
Vagamente sei do tanto
Que se fez indispensável
O caminho onde me espanto
Com o tempo interminável
E se possa ter tal pranto,
O meu verso, inconsolável.

6

Recebendo com carinho
Cada termo que se trama
Onde a vida acende a chama
Da esperança que adivinho,
Bebo um gole e se mesquinho
O meu verso nada exclama
Desenhando o mesmo drama
Procurando além do ninho,
Na incerteza que se tente
Mal prossegue o penitente
Entre os ermos de minha alma
A palavra se traduz
No que possa em própria luz
E deveras não me acalma.

7

Trago apenas a certeza
De um momento aonde a sorte
Mais diversa se comporte
Colocando-a sobre a mesa,
A palavra sem dureza
Outro canto aonde aporte
A vontade sem o corte
Esperança sem surpresa.
Nada mais quero sentir
E pudera ter em mente
O que tanto já se sente
Num anseio que há de vir
Traduzindo plenamente
Deste amor doce porvir.

8

Única verdade eu sinto
Na expressão que nos condena
A incerteza a cada cena
O tormento em raro instinto,
E se bebo deste absinto
A vontade se faz plena
E o que possa e não se acena
Traz o olhar enquanto minto.
Traduzindo cada frase
No que tanto ora defase
Meu momento se perdendo,
O meu verso sem proveito
No final eu sempre aceito,
Mesmo sendo vago e horrendo.

9

Imolasse cada sonho
Envolvido nesta bruma
A vacante luz apruma
O que possa e não componho
Outro tanto mais bisonho,
A saudade já se esfuma
E pudesse ser tal pluma
O momento onde proponho,
Versos feitos neste ocaso
E se tanto ora me atraso
Nada vejo após a curva,
A visão se mostra turva
E o meu canto em ressonância
Traz em si a velha estância.

10


Ouço o vento nos chamando,
Mansamente tento além
Do que possa e já convém
A quem sabe ser mais brando;
Ou deveras revoando
Quando o nada sempre vem
Traduzindo estar aquém
Do que possa em novo bando.
O meu verso sem paragem
O meu tempo em leda aragem
O meu mundo se perdendo.
O caminho que pudera
Ter a sorte mais sincera
Traz a dor em dividendo.

11

Pouco a pouco se desfaz
O que possa o coração
Entre a velha redenção
E o que fora outrora em paz,
Não se molda o que se traz
Nem sublime dimensão
Outros dias moldarão
O momento mais capaz,
Nada vejo e não teria
Mesmo em vida mais sombria
Sem saber do que se busca
Tentativas sem sucesso
E deveras, se eu regresso
A passada se faz brusca.

12

Aprendendo vagamente
Ao que possa nos trazer
Muito além de algum prazer
O que tanto se acrescente
Ao anseio impertinente
Ou quem saber mesmo ver
O caminho a percorrer
Noutro clima ora envolvente.
Resumindo o que me basta
A palavra mais nefasta
O cenário sem efeitos,
O meu dia se nublando
Outro tempo desenhando
Muito além dos meus direitos.

13


Sigo as tramas como um rastro
Do que eu possa inda viver
Na palavra a se tolher
No caminho onde me alastro
Neste espaço vejo um astro
Teu anseio, eu posso ver
Noutro tempo onde o não crer
Moldaria um firme lastro.
Quem me dera ser feliz.
O mergulho no passado
Diz do tempo iluminado,
Mas meu todo ora desfiz,
E bebendo gole a gole
Nada mais ora console.

14

Devo apenas te falar
Do que possa noutro engano
Provocando o que sonhar
Sem saber do velho plano
Onde tento caminhar
E decerto se eu me dano
Nada vejo a desenhar
Tão somente o ser insano,
Vagamente pude até
Noutro tempo em rumo à fé
Traduzir esta versão
Do meu canto sem paragem
Do vazio da bagagem
Desta turva solidão.

15

Faz um tempo que eu quero te dizer
Dos momentos felizes que esperava
A minha alma da tua sendo escrava
O meu canto se molda em teu prazer,
Na verdade pudesse recolher
A explosão que deveras me tocava
Noutro instante vislumbro a velha clava
Numa angústia diversa a se trazer.
Vejo apenas o quanto poderia
A palavra sensata em primavera,
O meu mundo decerto destempera
Quando a noite se molda mais sombria
E se vejo o que tanto não queria
Alimento a verdade mais sincera.