sábado, 20 de agosto de 2011

TRISTEZA

Ha hecho en camino el paso ajeno
Envuelto en la sombría noche ruda
Ahora que se busca alguna ayuda
El mundo no se hace jamás bueno,

La luna se denuda e de su seno
El néctar, dulce leche me transmuda
E vivo solamente- una alma muda-
Más traigo el corazón de vida lleno.

Yo sé que ha sido entonces desdichado
El lumbre de sus ojos deseado
Sin tener hoy siquiera claridad

Pregunto a quien pudiera en la respuesta
Traer toda mi suerte así expuesta,
Pero solo tristeza hoy es verdad.

SUEÑOS

En ti veo mis sueños, armonía
Y tan suavemente esa figura
Que amor en nuevo encanto configura,
E toda esa emoción en paz tenía.

El canto se propaga en alegría
En cuanto en ti ha visto una escultura
Esplendida belleza en tal blandura,
Rayando con fulgores nuevo día.

Mujer que es más que todo, hecha diosa,
En su camino sigue grandiosa,
De la naturaleza una obra prima,

Y siento cuanto estoy enamorado,
Buscando estar contigo y así he dado
Lo todo que mi alma ahora estima.

NUEVO PASO


Engendro nuevo paso y busco tanto
Lo que en tal momento mereciste
Yo sé y en la verdad me quedo triste,
Solamente viviendo rudo planto.

Podría tener hoy un raro encanto
En cuando con ternura tanto oíste
Un viejo corazón que así persiste
Osando en la alegría, un bello manto.

Después de tanto erros en pasado,
El tiempo se mostrando cambiado
La dicha se trazando en manos fuertes,

Ahora mis caminos más tranquillos
Envueltos en tus ojos raros brillos,
Moldando con blandura nuevas suertes.

DOLORES

Lo tanto que esa suerte ahora importa
Y traiga alguna luce y allá prosigo
Viviendo lo que quiero aun contigo
El amor que me traces me conforta,

Yo sé: la nostalgia viene y corta,
Esa alma necesita y quiere abrigo,
Tal vez cuando esperanza está conmigo
Triste vieja dolor el tiempo aborta.

Mis versos son quizás una semilla
E cuando el sueño puede e mismo trilla
Las tantas alamedas del camino,

Después de tanto tiempo solitario
Ahora el corazón tan solidario
Ya no puede vivir otro destino.

HARMONÍA

Atado a su camino en tal corriente
En el amor que embruja e se cayó
Mi corazón y ahora se moldó
En toda plenitud lo cuanto siente,

La vida ahora sigue en claridad
Tramando ese momento en maravilla
Mi alma en eso instante también brilla
Viviendo la esperanza en tal verdad.

Jamás tuviera en vida tanto afán
Y sé lo cuanto sigo enamorado,
Pero soy ya lo sé, desventurado,
La vida se transmuda, un gavilán.

Me gusta solamente la harmonía,
Que nunca más tuviera ni vivía…

SOLITÁRIO



Não vejo o que pudesse me trazer
Depois da tempestade esta bonança
E quando a mansidão, meu passo alcança,
O mundo se desenha em tal prazer,

E sei do quanto possa e busco ser
E tento a cada passo sem pujança
Tampouco percebendo aonde lança
A vida sem sentido o que há de ter.

Meu canto se resume no que um dia
Gerasse e quando muito poderia
Tramar outro cenário mais tranquilo,

Porém num mundo tão tempestuoso
O dia em que buscasse um majestoso
Caminho, solitário enfim desfilo...

MAIS QUE PUDE


Jamais imaginasse alguma sorte
Que tanto seja assim atroz e leda
E quando uma expressão em paz conceda
O tempo noutro rumo nos conforte,

A vida necessita deste aporte
E quando se presume em rara seda,
O tanto que pudera e não conceda
Proceda sem sentido em turvo norte,

O medo se aninhando aonde um dia
O tanto que se busque já queria
Vestindo a mesma face, mesmo rude,

O canto sem proveito, o verso em vão,
A luta se transforma em solução?
Só sei que desejei bem mais que pude...



ARIDEZ

Meu passo sem saber do quanto deva
Viver ou prosseguir noutro caminho,
E sei do quanto possa mais daninho
Na dor que seja sempre tão longeva,

E quando novo sol se percebesse
O tanto sem afeto desnudasse
A vida num momento em rude enlace,
E o todo com terror, vida tecesse.

O prazo se extinguindo mansamente,
E o verso sem proveito morre aquém
Do quanto mais queria e nada vem
Somente o que deveras tanto mente.

Sementes espalhadas pelo chão,
Num árido momento feito em vão...

O QUE SOU


Ainda quando vejo a mesma senda
Aonde o meu amor se fez presente,
Minha alma na verdade sempre sente
O quanto se presume e não desvenda,

O tanto que eu pudesse e não se estenda
Ao todo quando possa mais frequente
Pousando no passado, imprevidente,
O canto se transforma e não se entenda,

Meu mundo noutro tom em mero caos
Os dias sendo sempre rudes; maus,
As naus procuram cais e nada vêm.

Na arribação dos sonhos sigo só,
E volto num instante ao velho pó
E sei que na verdade sou ninguém...

A PLENITUDE DE UM SONHO

Sentisse a plenitude deste sonho
Vagando pelas noites mais queridas
E tanto sem saber do que duvidas
Meu tempo no teu canto agora exponho,

E vivo cada passo onde proponho
Além das madrugadas já perdidas
As sortes que traduzam nossas vidas,
E o canto mais audaz, claro e risonho,

Não vejo nem sentido no que um dia
Gerasse finalmente e sorveria
O tanto deste mundo onde se creia

Na luz que nos permita prosseguir,
Ousando na verdade o que há de vir
Tornando a nossa sempre cheia...

A PLENITUDE DE UM SONHO

Sentisse a plenitude deste sonho
Vagando pelas noites mais queridas
E tanto sem saber do que duvidas
Meu tempo no teu canto agora exponho,

E vivo cada passo onde proponho
Além das madrugadas já perdidas
As sortes que traduzam nossas vidas,
E o canto mais audaz, claro e risonho,

Não vejo nem sentido no que um dia
Gerasse finalmente e sorveria
O tanto deste mundo onde se creia

Na luz que nos permita prosseguir,
Ousando na verdade o que há de vir
Tornando a nossa sempre cheia...

TERNURA

A porta que se abria noutro instante
Marcando com ternura o quanto eu possa
Viver esta emoção que fosse nossa
E ter um raro dia fascinante,

Ainda quando a vida se adiante
E trame o quanto vejo e sei que endossa
Palavra mais gentil enquanto acossa
Expressa o tom que tente doravante,

Olhando e percebendo o espelho d’água
O sonho onde meu verso se deságua
E o tempo mais feliz, minha colheita,

O quanto fora além de mero passo
Ditando o quanto possa e mesmo traço
Ousando neste amor quando deleita...

AMAR...

Meu tempo se anuncia após o quanto
Vivenciara em dor e desafeto,
O tempo que pudera e onde repleto
O sonho neste raro e belo encanto,

O todo se anuncia e sei do tanto
Enquanto se presume em tom dileto
O verso se resume e me completo
Buscando o que desejo em cada canto,

O verso que em verdade traduzisse
Além do quanto resta em tal mesmice
A vida quando a busco tão somente,

O mundo se anuncia de tal forma
Que toda esta emoção já nos transforma
No instante quando amor ora apresente.

O AMOR QUE EU QUIS

Não vejo qualquer forma de tentar
Apenas o que um dia não se faça
E vejo minha vida que ora passa
Sem ter sequer aonde repousar,

O sonho noutro instante a divagar
O tempo que se perca, em sorte escassa,
A luta se anuncia em plena praça
E o sonho se derrama num luar.

E quando escuto ao longe, no coreto,
O encanto aonde eu tanto me arremeto
Explicitando a sorte mais feliz.

Encontra na verdade o que eu buscara
Na fonte mais sutil em noite clara
Traçando no final o amor que eu quis.

ALÉM DA LUTA

Já nada mais pudesse além da luta
Que tanto se anuncia e não me traz
Sequer algum momento feito em paz
E nisto o dia a dia em vão reluta.

A farsa se anuncia em força bruta
E o passo que pudera ser tenaz
Aos poucos no vazio se desfaz
E nada se traduza em vã permuta,

O passo rumo ao tanto não se dera
Apenas vislumbrando esta quimera
Atocaiada além, prepara o bote,

E sendo de tal forma a minha vida,
O quanto se presume em despedida
Tramasse o que deveras mal se note

RENASCER DA PRIMAVERA

Aonde caberia este universo
O mundo se transforma e me traduza
A sorte mesmo quando mais confusa
Ousando neste tempo onde o disperso,

Vagasse na noção de cada verso
E nisto o que se tenta e até se abusa
Gerasse na verdade o quanto se usa
Na luta pelo sonho em nós imerso,

A voz se molda além do quanto pude
Viver e me entregar à plenitude
Do encanto feito amor que nos devora,

A senda mais sublime e mais perfeita
Aonde uma alma invade e se deleita
Ressurge em primavera, como outrora...

EXPLODE O CORAÇÃO

Meu tempo de viver e de sonhar
Ao menos poderia me trazer
O quanto se moldasse em tal prazer
No mundo quando pude mergulhar,

Vagando sem sentido a divagar
Nas tramas mais diversas do meu ser
O todo noutro instante a se perder
O risco de viver já sem lutar,

Apenas vislumbrando o Paraíso
Edênico caminho mais preciso
Que possa me trazer felicidade;

No passo onde se expressa esta emoção
Rasgando já se explode o coração
Enquanto esta ternura agora invade.

O OLHAR...

Não quero tão somente esta expressão
Que negue meu futuro enquanto cala
A luta desenhada me avassala
E gera no final a negação,

O quanto se tentasse e sei que não
Pudesse transcender enquanto exala
Adentra sem licença em minha sala
E mostra o quanto é rude a dimensão.

Amar e ter somente em pleno encanto
O que desejo agora e tanto e tanto
Marcando com tal verso este arrebol,

Ousando ver nos olhos de quem ama,
Além do que pudesse ser a chama
A própria imensidão deste deus sol.


APÓS A QUEDA

A sorte se desenha após a queda
De todos os meus medos o que trago
Expressa na verdade o tom mais vago
Aonde o meu caminho ora se enreda,

E sei do quanto possa e se depreda
A vida num instante sem afago
Gerando dentro da alma tal estrago
Enquanto no vazio ora envereda,

A sórdida presença de quem trace
A vida tão somente neste impasse
Gestando a solidão, um tosco aborto,

E quando esta emoção toma o cenário,
O palco se moldara temerário
E vejo o sonho ao léu, já semimorto...

O BRILHO DE TEUS OLHOS

Ao menos se pudesse ter no olhar
O brilho de teus olhos refletido,
Meu mundo então teria algum sentido
E nisto eu poderia mergulhar,

O quanto se pretende enfim ousar
O mundo noutro passo resumido
Enquanto o que desejo ora lapido
E busco como fosse luz solar,

A vida se permite em avidez
E tanto que pudera quando vês
Expresse a magnitude de um desejo,

Envolto em tez sublime e mais perfeita,
Uma alma com tal força se deleita
Vivendo muito além de algum lampejo...

MAIS QUE SOLUÇÃO...

Um passo onde tentara muito mais
Que mera solução e sem sossego
A vida não teria mais apego
Ao quanto se anuncia em erros tais

Os ermos de meus dias, desiguais,
O sonho da morena e seu chamego,
O tanto que se mostre e sem arrego
Eclode nos momentos magistrais,

Meu tempo se anuncia de tal forma
Que toda a sensação do amor transforma
E gera o pensamento aonde um dia

Tentasse muito além de meramente
O quanto se presume e já se sente
Traçando a imensidão que em paz queria...

UM CANTO SEM SENTIDO

O canto sem sentido espalha ao vento
O quanto desejei e nada veio,
Traduzo cada passo em devaneio
E mesmo outro momento; apenas tento.

Ainda quando possa estar atento
Olhando este cenário em que entremeio
O sonho sem limites e rodeio
O prazo noutro engodo, sem alento.

Meu sonho noutro sonho mergulhado,
O tanto que se mostre elaborado
Ainda em nós tecesse esta tendência

Da vida sem limites, tempo afora,
E o quanto noutro instante se demora,
Supera qualquer dor ou penitência.

UM CANTO SEM SENTIDO

O canto sem sentido espalha ao vento
O quanto desejei e nada veio,
Traduzo cada passo em devaneio
E mesmo outro momento; apenas tento.

Ainda quando possa estar atento
Olhando este cenário em que entremeio
O sonho sem limites e rodeio
O prazo noutro engodo, sem alento.

Meu sonho noutro sonho mergulhado,
O tanto que se mostre elaborado
Ainda em nós tecesse esta tendência

Da vida sem limites, tempo afora,
E o quanto noutro instante se demora,
Supera qualquer dor ou penitência.

O QUANTO TENTO

Ao menos o que tento e mesmo busco
Pudesse amenizar a mais complexa
Verdade que se mostre tão perplexa
Num tempo mais audaz, por isto, brusco.

E quando se entregando em lusco fusco
Jamais uma esperança ora reflexa
Expressa o que pudera e desconexa
Encontra o quanto apenas tanto ofusco.

E risco desta agenda o telefone
De quem pudera vir e já destone
Do todo quanto quis e não teria,

O amor se faz apenas de neon
E o brilho antes viçoso muda o tom,
Gerando no final a tez sombria...

TEMPO DE VIVER

Meu tempo se demonstra num instante
E sei do que pudera quando vejo
O sonho se moldando em azulejo
E o passo quando muito fascinante

A luta se traduz e me agigante,
Enquanto na verdade ora pelejo,
Marcando com ternura o que desejo
E nisto o que vislumbro é deslumbrante,

Olhar e perceber no amor mais puro
O quanto em plenitude configuro
E gera esta expressão em plena paz,

Do quanto fui capaz e sei que é nosso
O tanto que pudesse e agora endosso
Tramando o mundo enquanto a luz se faz.



O QUANTO AMAR...

Apenas aprendesse o quanto amar
Expressa na verdade o que buscamos
E nisto tantas vezes encontramos
O sonho que pudera desvendar,

Um arvoredo traça em seus ramos
O quanto tentaria ora alcançar,
E nisto a noite teima em se mostrar
Enquanto novo rumo nós buscamos,

No amor que ora recende à fantasia
O tempo noutro instante se anuncia
E rege o quanto somos ou queremos,

Momentos entre ritos tão diversos
Trazendo mais vigor aos tantos versos
Que possam caminhar entre os extremos...

20/08/2011

Mergulhando na esperança
Ou talvez mesmo sincero
Delirar enquanto lança
A palavra que inda espero
No momento em tal pujança
Onde este erro eu já não quero
E se possa em confiança
Novo tempo degenero.
Restaria dentro em nós
Tão somente o quanto vejo
Nas estâncias deste algoz
Caminhar e noutro ensejo
Soerguendo o quanto atroz
Poderia o teu desejo.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SENTIMIENTOS

Después de tanto tiempo solitario
Mis versos buscan tuyos sentimientos
Y cuando se presumen fuertes vientos
El canto se ha moldado necesario.

A pesar de vivir como un corsario
Me entrego totalmente en pensamientos
E vivo con blandura esos momentos
Aunque sea el sueño temerario.

Después do que se ha visto en noche escura
Mi alma te buscando se asegura
E vive solamente por vivir

Jamás imaginase otro camino
Haciendo de tu cuerpo diamantino
Una razón que trame el existir.

EL TIEMPO DE VIVIR

El tiempo de vivir se haciendo ahora,
En el momento veo esa alegría
Y cada nuevo sueño fantasía
Mi caro sentimiento viene e aflora,

Cuando veo en sus ojos bella aurora
En esa sensación de poesía
Aun que traiga ensueño y nostalgia
Mi canto como ayer en ti se ancora.

Arriba el corazón me trae noblezas
Viviendo solamente esas bellezas
Sin tener ni siquiera uno enemigo,

Inmensa esa bondad maravillosa
Collendo a cada día nueva rosa
Que traigo desde entonces ya conmigo.

OLHANDO PARA FRENTE


Ainda quando possa ser feliz
Ousando acreditar neste infinito
Cenário que se mostre e necessito
Vivendo o quanto tento e sempre quis,

A dor já se cortando na raiz,
Pousando nos teus braços, doce rito,
Deixando no passado o ser aflito
Dos sonhos não somente um aprendiz.

E sinto esta explosão em sentimento,
E tanto quanto possa quero e tento
Sem medo e sem deixar sequer litígios,

Os olhos no horizonte, no futuro,
Do tempo que passou não me amarguro,
Não vejo sequer marcas nem vestígios...

NINFA

A bela ninfa banha-se no lago
Desnuda maravilha em plena tarde
E o quanto se deseja e não resguarde
O sonho que decerto agora trago,

Expressa na verdade o senso mago
E todo este delírio não aguarde
E nem sequer o sonho se retarde
Na louca sensação que agora afago;

Sobeja fantasia em tal nudez
Além do imaginas, mesmo crês,
A sílfide desnuda me conquista.

E ali, neste momento a divindade,
Expressa o quanto em luz o olhar invade
À tão suprema cena; quem resista?

GENTILEZA


Delicadeza dita o dia a dia
E gera na verdade a imensa paz.
E sendo de tal forma o que se faz
Moldasse tão somente esta alegria

E quando noutro passo fantasia
O rumo que se faça mais audaz
O tempo quando expressa e se é capaz
Encontra no final esta utopia,

O verso se anuncia após a chuva
E cabe na certeza feito luva
Trazendo algum alento iridescente,

Podendo ser gentil e mais tranquilo
O tanto que pretendo e ora desfilo
Traduza o quanto quero e se apresente...

FARSA

A farsa se anuncia quando vejo
O tempo desenhando o quanto outrora
Na senda mais atroz o que devora
Deixando para trás qualquer desejo

E sei do meu caminho e neste ensejo
A fúria sem sentido me apavora,
O gesto mais audaz tanto se aflora
Moldando o quanto busque num lampejo,

Apenas o meu tempo se mostrasse
Resquícios do que fora em desenlace
Numa aversão dispersa e sem cuidado,

O tempo se anuncia em tantos fatos
E sei dos mais diversos desacatos
Gerando no final qualquer enfado.

SAUDADE

Falando da saudade de quem tenta
Sentir o vento manso no seu rosto,
O mundo se desenha em tal desgosto
Gerando tão somente o que atormenta

A luta tantas vezes mais sangrenta
O corte deixa o coração exposto
E o medo se anuncia sobreposto
Ao quanto se tentara a não me alenta,

Na exposição dos sonhos, rudemente,
Pousando no passado ainda tente
Vencer os desafetos que inda sinto

Vulcão que quando eclode em tanta lava,
Enquanto a placidez tudo tomava
E mesmo ora o julgara quase extinto...

IMAGENS

Não vejo simplesmente como a rude
Imagem de um passado sem proveito
E quando esta verdade enfim aceito,
O todo no final sempre transmude,

E quantas vezes tento em juventude
Viver o que pudesse e me deleito
Ousando imaginar que neste leito
A deusa se desnuda ora amiúde,

O fim se programando e nada veio,
Somente a mesma face em tom alheio
E a deusa deu adeus e não voltara,

Somente uma lembrança, esta saudade,
Que a todo instante ronda, toca e invade,
Ao mesmo tempo sana e gera a escara...

CARÍCIAS

Não permita que eu seja amargo e triste
E trace a cada olhar o despreparo
Tornando este caminho bem mais claro
Na sólida expressão que em paz consiste,

O todo que deveras sei e existe.
No quanto tanto sonho ora declaro
Vivendo cada instante como um raro
Cenário que deveras já persiste.

Meu mundo se entorpece no teu mundo
E quando nos teus ermos me aprofundo
Nas furnas delicadas, a delícia,

A pele se arrepia e num instante
O tanto que se tente nos garante
O imenso turbilhão numa carícia...

FALANDO DO AMOR

Se “o samba não se aprende no colégio”,
Também o ser feliz jamais se ensina
E tanto quanto possa e nos domina
É como a redenção de um privilégio,

E o tanto que se mostre em passo régio
Ou noutra sensação nos alucina,
O amor quando demais tanto fascina,
E gera tanto riso ou sortilégio.

Apresentando às vezes dor ou riso,
Gerando pandemônio em Paraíso,
Não deixa que se viva mais em paz,

No quanto se desenha em tom sutil,
O tanto que se queira e além se viu
Expressa o que maltrata ou satisfaz.

PRIMAVERA

Das flores que colhemos – primavera-
Cevamos esperanças tão somente
E o vento noutro instante num repente
Negara o quanto uma alma em vão espera,

Pousando aonde a vida destempera
E o corte novamente se apresente
Marcando com ternura ou na evidente
Vontade mais atroz de uma quimera,

Apenas resumindo em cada verso
O todo que se busque e mais disperso
Navego entre estas ondas tão hostis,

Mas sei do quanto possa do teu lado
Viver o sonho tanto imaginado,
E ter em minhas mãos tudo o que quis.

MARTÍRIO?

A sorte que se traz em cada passo
Ousando ser fiel a quem lutara
No tempo aonde a vida se fez clara
O verso se resume noutro traço,

E mesmo quando em sonho me embaraço
Vagando sem sentido em tal seara
A vida noutro ponto se escancara
E gera muito além deste cansaço,

Pousando sem temor dentro do peito
O amor que mais anseio quero e aceito,
Resume o dia a dia num delírio

E quando se imagina um tom mais manso,
Presumo o que de fato agora alcanço
Deixando no passado algum martírio...

O VENTO

Meu tempo se permite ser suave
Querendo simplesmente estar em paz
E o quanto se mostrara tão audaz
Deveras noutro espaço nada agrave,

E sei da minha vida feito uma ave
Que libertária busca ou mesmo traz
Deixando o sofrimento para trás
A vida não seria um mero entrave,

O vento me levando para além
O sonho que deveras sempre vem
Acolhe cada instante em plenitude,

E mesmo quando a vida se resume
No tanto que pudera em tal perfume
O sonho tanto adoça quanto ilude...

VENDAVAIS

As tramas onde tramas teus enredos
Enredam nossos passos e prossigo
Ousando ora pousar no teu abrigo
Desvendo com ternura tais segredos

E quando se mostrara em dias ledos
O tempo mais atroz, eu nem mais ligo,
Apenas do teu lado em paz consigo
Vencer os mais diversos desenredos.

Meus olhos procurando por teu porto
Um barco entre sargaços, mesmo torto,
Encontra a solidez de um raro cais,

E sendo de tal forma o que me trazes,
Os dias entre sonhos mais audazes
E à noite estes sublimes vendavais...


EU AMO VOCÊ

Meu tempo se anuncia noutro encanto
E o verso se faz tanto quanto busca
A vida noutro tempo mesmo ofusca
O mundo que se molde em dor e pranto

Deixando esta tristeza nalgum canto,
Ainda quando a sorte se faz brusca
O sonho que de fato se rebusca
Esbarra no vazio desencanto,

Eu sei quanto pudera em simples fato
Dizer do grande amor que ora constato,
Que embora seja edênico ora hedônico

Não mostra esta cadência enfim mecânica
Parece uma erupção plena e vulcânica
Num ato tão voraz e sempre harmônico...

A CADA PASSO

A morte se anuncia a cada passo
E sinto o quanto tente se cobiça
A vida sendo rude e movediça.
O olhar se mostra atroz e mesmo escasso,

O quanto fora outrora este devasso
Enquanto esta expressão deveras viça,
Apenas se presume esta carniça
Que a vida ora cultiva em rude espaço.

O corpo se desnuda em vãos inermes
E dele se aproximam tantos vermes,
Na pútrida expressão que ora se assenta

E a fétida loucura se espalhando
Num ar deveras tétrico e nefando
Na face mais atroz e virulenta...

FERA

O tempo se perdera num vazio
E o corte mais profundo não permite
Que o tanto que se veja ora acredite
No quanto possa e mesmo propicio,

A fera se apresenta em pleno cio,
E nada se resume ou delimite
Apenas no infinito o seu limite,
E nisto o mais completo desvario,

Açoda-me o desejo feito em fúria
E quando se desenha tal incúria
As garras penetrando minha pele,

Qual fosse louva-deus já me devora,
E tanto se presume sem ter hora,
Depois de satisfeita, me repele...

VEM E PASSA

É tanto necessário acreditar
Que a vida possa mesmo ser diversa
Do quanto tantas vezes desconversa
Ou gera sem sentir novo lugar,

O tempo no vazio a se moldar,
A sorte tantas vezes mais perversa
E quando no final a vejo imersa
Nas tramas deste imenso e forte mar,

Ao menos quis sentir o teu perfume,
E sei que na verdade ainda rume
Vagando sobre as ondas, qual barcaça,

E o tempo se esvaindo mansamente,
Embora a tempestade se apresente
Como tudo na vida, vem e passa...



É tanto necessário acreditar
Que a vida possa mesmo ser diversa
Do quanto tantas vezes desconversa
Ou gera sem sentir novo lugar,

O tempo no vazio a se moldar,
A sorte tantas vezes mais perversa
E quando no final a vejo imersa
Nas tramas deste imenso e forte mar,

Ao menos quis sentir o teu perfume,
E sei que na verdade ainda rume
Vagando sobre as ondas, qual barcaça,

E o tempo se esvaindo mansamente,
Embora a tempestade se apresente
Como tudo na vida, vem e passa...



QUANDO A NOITE VENHA

Por tantos dias quando a noite venha
E saiba constranger quem tanto queira
Ousar na mesma face derradeira
E nisto se moldasse a voz ferrenha,

Meu canto com certeza não contenha
A luta que se mostre e já se inteira
Nas tramas desta sorte que, ligeira,
Apenas no final não me convenha,

Acreditasse mesmo em ilusões
E sei que na incerteza que me expões
Somente se traçasse o mesmo engano,

Cadenciando a vida de tal forma
Que nada se apresente e se transforma
Enquanto no final, sempre me dano...

UMA ILUSÃO

Aonde se fizera mais audaz
O canto tão suave da esperança
Ainda quando o sonho em vão avança
A sorte no final deveras traz,

Deixando uma alegria sempre atrás
Do tanto que deveras busca e lança
E tendo em suas mãos rara pujança
O tempo se desenha ora tenaz.

Reparo os tantos erros que cometo
E busco traduzir neste soneto
A frágil expressão que me domina,

O verso se aproxima do que sou
E trama tão somente o quanto estou
Imerso na ilusão torpe e ladina...

LUME


Não quero que se faça de algum sonho
Apenas um detalhe e nada mais
O tempo se anuncia em vendavais
E o quanto poderia em vão proponho,

O todo sem sentido quando ponho
Nos ermos de meu mundo e tu me trais
Encontro no final, rudes sinais,
Dos ermos que decerto ora componho.

Vislumbro após a curva outro cenário
Embora tantas vezes solitário
Anseio pela paz e nada além.

O quanto poderia e se resume
Traçando em noite escura o raro lume
Aonde se traduz o que alma tem.

NU E CRU

Quisera compreender esta versão
Que molda o dia a dia de quem sonha,
Ainda quando a vida mais risonha
Supera mansamente esta aversão.

E possa mesmo quando o sonho é vão
Traçar o que se tenta quando enfronha
Uma alma quando enfim já se envergonha
Do quanto desejasse em solidão.

O manto que recobre cada rosto,
Não deixa na verdade o todo exposto
Senão quando a verdade se desvenda

O quanto parecesse mais sublime,
No fundo no final se assim se exprime
Demonstra a minha face mais horrenda...

LUTA FERRENHA

Usando da palavra quando posso
Tentando acreditar num novo mundo
Expresso o sentimento onde me inundo
Embora seja só mero destroço,

O quanto poderia e se me aposso
Invade o sentimento mais profundo,
E mesmo sendo um pária, um vagabundo,
O sonho com palavras ora endosso,

E bebo da esperança em fartos goles
E quando na verdade as águas moles
Destroçam qualquer pedra, talvez venha,

O todo que pudesse redimir
Quem busca algum espaço no porvir,
Na luta que se mostre ora ferrenha...

CANTO...

O canto se espraiando aonde um dia
O verso poderia ter além
Do quanto na verdade ora contém
O manto que deveras mais queria,

O prazo se mostrasse em alegria
Ou mesmo quando o todo sem desdém
Prevendo esta presença trama alguém
Que possa desvendar esta utopia,

Meu passo noutro rumo, num instante,
Ainda que decerto não garanta
Sequer esta expressão profana ou santa,

E mesmo quando venha não me espante
E tento perceber algum detalhe,
Ainda que este verso me retalhe...

TERNURA E PAZ

Deixando para trás qualquer temor
Vagando em noite imensa, claridade,
Enquanto este delírio agora invade
Encontro na esperança este clamor.

E tento desvendar o quanto amor
Pousasse na minha alma em liberdade,
E nisto se calando a tempestade
Presumo a vida imensa e sem rancor,

O canto se anuncia a cada passo
E tanto quanto eu possa busco e traço
O que tanto ora faço e desejasse.

Assisto aos meus momentos onde vejo
A sólida expressão que num lampejo
Marcasse com ternura e paz, a face...

NOITE E DIA

A lua sobre o corpo se espalhando
A sílfide desnuda num momento
Eclode sobre o sonho e quando tento
Meu mundo no teu corpo ora entregando,

O quanto fora outrora bem mais brando
Agora noutro espaço e sentimento
Explode e nada nega audaz tormento,
Aos poucos sem limites nos tomando.

E farto, depois disso eu adormeço.
Pensando já no novo recomeço
Do tanto que se faz e não sacia,

Nesta diversa senda em luz e brilho
Percorro sem limites cada trilho,
Após a imensa noite, o intenso dia...

REFLEXOS

Percebo esta beleza sem igual
Que enfim desfila nua ou transparente
E quando de tal forma se apresente
A deusa mais perfeita, sensual,

O corpo delicado, um ritual,
Que tanto me provoque enquanto alente,
Nas costas suas garras, qual demente,
Loucura sem limites. Animal.

A fera se transforma neste instante,
E o quanto de loucura se garante
Enquanto me agigante noutra face,

Ainda que se tente qualquer nexo
Dos sonhos e delírios, o reflexo,
A cada fantasia se mostrasse...

MINHA LIBERDADE

Ainda que pudesse ter no olhar
A sorte mais audaz ou mesmo atroz
O quanto se negasse ao duro algoz
Pudesse com certeza nos salvar.

O verso noutro instante a demonstrar
Do sonho e da verdade a imensa voz
Desnuda ou tanto ilude, é quando em nós,
Deidade se pudesse imaginar.

Sou quem eu quero e vivo o que imagino
Traçando cada linha do destino
Menino, no outonal caminho invento,

E sigo o que me der ora na telha
Fazendo deste incêndio uma centelha
Sorrindo até do próprio sofrimento...

SIM, EU TE AMO...

Dos prados às metrópoles, amor,
Expressa o todo e mais do que se anseia
A luta se traduz imensa e cheia
Qual fosse alguma forma de louvor,

E tramo no teu corpo este calor
Que possa transforma o que rodeia,
E mesmo quando a sorte segue alheia
Minha alma libertária, este condor...

E tendo em minhas mãos a camponesa
Do sonho e da esperança também presa,
Jamais imaginasse outro cenário,

Cevando o chão com toda a plenitude,
O tanto que se quer e não se ilude
Expressa muito além do imaginário...

ESPERANÇA...


Anunciado encanto em noite clara
Deitando sobre a areia em lua plena
O sonho que deveras me serena
No amor que sem limites se escancara.

Mergulho em tuas redes, louca tara,
E o quanto deste instante ora me acena,
Na mais profana e santa, superna cena,
E o tempo neste instante, também para.

Marulhos acompanham teus gemidos,
Prazeres com certeza divididos
Suores e salivas, lua e sal,

A imensa claridade prateando
O mundo desde sempre agora e quando
Moldasse este cenário sensual...

LUA E MAR


Anunciado encanto em noite clara
Deitando sobre a areia em lua plena
O sonho que deveras me serena
No amor que sem limites se escancara.

Mergulho em tuas redes, louca tara,
E o quanto deste instante ora me acena,
Na mais profana e santa, superna cena,
E o tempo neste instante, também para.

Marulhos acompanham teus gemidos,
Prazeres com certeza divididos
Suores e salivas, lua e sal,

A imensa claridade prateando
O mundo desde sempre agora e quando
Moldasse este cenário sensual...

SEM CENSURAS

Inebriada noite em tantas luzes
Marcada pelo instante mais sublime
Aonde o quanto quero e assim se exprime
Em gozos e ternuras tu traduzes,

Alçando paraísos me conduzes
E quanto mais anseio e mais estime.
O sonho se liberta e não reprime
Espaços mais diversos; entrecruzes.

Vagando sem fronteiras em brônzea tez
O quanto se deseja ora se fez
Sem ter limite algum, sem mais censura,

A vida se permite por inteira
E quanto mais desejo mais a queira
Envolto ternamente em tal loucura...

TEU PRAZER

Teu corpo já desnudo em minha cama,
Deitada mansamente em meus lençóis
Trazendo nos teus olhos tantos sóis
Na sorte que domina enquanto inflama,

O quando do desejo vem e clama,
E nisto tantas vezes tu constróis
Cenários mais diversos e os faróis
Iluminando o quarto em fúria e chama,

Percorro teus caminhos costa a costa,
E o tanto que se quer e tanto gosta
Expressa na explosão em teu rocio,

E quanto mais prazeres tu me dás,
Ousando imaginar o mais tenaz
Retornas o que a ti eu propicio...

FANTASIA

Olhando para trás é que se sente
O tempo quando fora e não deixara
Sequer a menor marca na seara
E nisto o quanto reste é prepotente,

Sentindo-me deveras impotente
Apenas o que tento e se escancara
Marcasse com ternura a sorte rara
Do amor que na verdade, se pressente.

Partindo do começo vejo o fim,
E nada do que possa sei em mim
Senão a mesma face do que um dia,

Vestisse esta emoção que na verdade,
Transcende ao quanto possa a realidade,
E trama o que decerto eu mais queria...

TRAMAS DO AMOR

A luta não cessasse um só segundo
E o verso traduzindo esta batalha
Que tanto quanto corta agora espalha
E gera este cenário onde me inundo.

O ponto aonde possa e me aprofundo
No fio mais cortante da navalha
A luta noutro instante me retalha
E vejo o quanto tramo em vago mundo.

Apenas tanto quanto a vida eu quis
E nisto carregando a cicatriz
Do amor que se fizera em guerra e paz.

Minha alma ora cativa em tal senzala,
Deveras com certeza nada fala,
E o tanto que eu quisera se desfaz...

FALAR DO AMOR

Percorro meus anseios e anuncio
O tempo mais atroz e reticente,
Minha alma neste instante tanto sente
A sórdida expressão do ser sombrio,

E quando se percebe em desafio
O todo que deveras mais frequente
Meu sonho quanto mais imprevidente
Invade sem sentido, em desvario.

Mas sei do quanto alenta em raro brilho,
O amor que na verdade ora palmilho
Sabendo das estreitas ilusões,

E quando me sentira mais tranquilo,
Nas tramas do tormento ora desfilo
E vivo as mais diversas emoções...

O AMOR...

Jamais imaginasse o quanto o amor
Tomasse ora de assalto o quanto resta
E penetrasse além na mera fresta
Gerando o desalento redentor,

A senda se moldando em cardo e flor,
O preço a se pagar em dor e festa
Ao mesmo tempo aborta enquanto gesta,
E nisto se faz tétrico louvor,

Amar é ter nas mãos este infinito
E quantas vezes paz eu necessito
E sinto a turbulência no horizonte,

Mas sei que depois disso, o quanto trago,
Envolto nas tempestas, neste afago,
Do Inferno ao Paraíso, bela ponte...

SENTIMENTO...

O verso traduzisse o sentimento
Do amor que tanto busco e não se vê
A vida se anuncia e sem por que
Somente o descaminho em desalento,

Exposto o coração entregue ao vento,
A frágil cobertura de sapê
Das rosas e verbenas o buquê
Ditando o quanto quero e mesmo tento,

Meu mundo se perdera desde quando
O tempo noutra face se moldando,
E a rude sensação quando abandona

De quem já poderia ser feliz
E tanto quanto a vida contradiz
Permite estar ilusão chegar à tona...
19/08/2011

Levo a vida como posso
Sem temor e sem futuro
O momento do destroço
Noutro engano não depuro,
Resumindo o quanto é nosso
Num tormento aonde o muro
Poderia ser e endosso
O tormento mais seguro.
Restaurando cada fato
Onde o nada se resume
O cenário que constato
Na verdade em rude ardume
Diz do passo que retrato
Ilusões formam cardume.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

EU TE AMO

O meu caminho é feito em alegria
E possa sempre estar em tal momento
Vivendo com ternura o sentimento
Que a vida neste instante moldaria

O tanto quanto eu amo e não teria
Noutro caminho um rude pensamento
Sabendo tão somente o quanto tento
Atento caminhar em poesia,

Viceja dentro da alma o mais profundo
Desejo que pudesse e se me inundo
Do raro sentimento que me trazes,

O mundo nos teus braços é perfeito
E quando o grande amor em ti aceito,
Os olhos bebem sonhos mais audazes.
Resulta deste amor que trago e vivo
O sonho mais audaz quando o tivera
A sensação da vida além da espera
Traduza o coração de ti cativo,

E quanto mais audaz meu sonho altivo
Expressaria a sorte sem quimera
E mesmo quando a vida destempera
Em emoção suprema de ti não privo,

O vasto caminhar em noite imensa,
O quanto no desejo uma alma pensa
Compensa qualquer dor ou mesmo até,

Angústias de um passado solitário
Meu canto no teu canto itinerário
E sabe muito bem e por quem é...
A cada novo dia que se veja
A senda mais sutil permite o sonho
E nisto com certeza amor componho
Traçando o quanto quero e mais deseja

Uma alma tantas vezes benfazeja
Enquanto noutro passo o que proponho
Expressa a realidade e mais risonho
Não deixo que se creia em vã peleja,

A luta sem sentido não seria
Deveras o que possa em fantasia
E nem sequer um rumo mais amargo

O tanto que se busca noutro fato
Agora simplesmente em paz constato
E a dor que fora rude enfim eu largo...

Não perco a direção do que ora tento
Vencendo os meus temores mais atrozes
E sinto na esperança mansas vozes
Buscando o quanto quero sempre atento,

O verso dita o raro pensamento
E sigo com ternura até as fozes
Dos dias mais suaves, quando algozes,
Calados não traduzem sofrimento,

O prazo determina novo instante
E o canto que pudera se garante
Além dos meus temores mais frequentes

E sei das peripécias da emoção
Marcando com ternura o coração
E nele tantas luzes apresentes.
Meu passo no teu passo se reflete
E geras com teus sonhos o meu sonho
E nisto cada dia em paz componho
O tanto que pudesse e amor repete,

Se um dia navegante, fui grumete,
O tempo se mostrara mais risonho
E agora comandante ora me enfronho
Nas tramas deste encanto que promete.

O tempo mais suave em plenitude
Deixando no passado o quanto mude
O verso sem sentido em dor e tédio,

Amor que poderia e já se faz
No tanto que se molde mais audaz
Para os diversos males, o remédio...
Refaço meu caminho em cada instante
No todo mais audaz que se permite
A vida superando algum limite
Deveras outro tempo me garante

Ainda que se tente deslumbrante
Pousando noutro cais ora acredite
No que deveras quer e necessite
Ou mesmo o que pudera doravante,

Marcantes emoções em dias tais
E neles radiantes os cristais
Que embrenham a alma pura de quem sonha,

Vagando pela noite em sentimento
O tanto que se possa enquanto alento
Traduz a sorte rara e mais risonha...
O mundo se demonstra mais sincero
E molda o quanto eu quis em plenitude
O passo que deveras desilude
E nele nada mais decerto eu quero,

O todo que se mostre em tom austero
Gerando o quanto possa e sei que é rude,
O verso se mostrando enquanto mude
O rumo do meu sonho e o destempero.

Procuro qualquer sombra aonde há tanto
Gerasse tão somente o desencanto
Ou mesmo se anuncie novo sonho

Enquanto o que me resta mesmo pouco
Traduza o sentimento e me treslouco
No tanto que pudera e mais proponho.
Ouvindo esta expressão em harmonia
Durante o descaminho mais frequente,
A sólida vontade aonde tente
Viver o quanto possa em sintonia,

O mundo desenhando em sincronia
Um passo tantas vezes eloquente
Meu sonho na verdade represente
O todo que se trace onde o queria,

Arcando com enganos do passado.
Em amplitudes tais enquanto invado
O tanto feito em raros tons suaves,

As horas que se façam tanto graves
Marcando os dias quando em tanto agrado
Supero com brandura tais entraves...


AS TANTES EMOÇÕES

As tantas emoções que a vida rege
E gera após os ermos caminhares
E tanto que deveras ao notares
Ainda quando mostre um tom herege,

A vida na verdade nos elege
E bebe da expressão em tantos bares
Grassando sobre velhos lupanares
Altares onde o sonho se protege,

A nua lua deita sua prata
E quando sensual nos arrebata
Levando para este ápice voraz,

Meu mundo numa orgástica folia
Encontra a sorte além do que teria,
E todo sofrimento deixa atrás...
Olhando para trás eu vejo a face
De quem se fez feliz e não sabia
E tanto que se molde em fantasia
No fado aonde o mundo tente e trace

Nas lágrimas que trago em desenlace
O sonho se expressando dia a dia
Marcando o quanto é rude esta agonia
Que aos poucos no vazio se mostrasse.

E vejo da esperança uma saudade
Que trame novo passo e assim me invade
Reinando sobre o quanto pude ver,

Nos ermos de minha alma, o que vejo,
Expressa a solidão de um vão desejo,
E a vida como um barco ao bel prazer...
Ainda quando penso no passado
Ousando acreditar no que viesse
Tramando com certeza a velha prece
E nela outro caminho desenhado,

Aos poucos do meu mundo agora evado
E sei do quanto a vida em vão se tece
E toda esta expressão se reconhece
Nos ermos de meu mundo em rude enfado,

Pudera ser diverso do que agora
A luta se desenha e o fim aflora
Marcando a ferro e fogo esta esperança

Meu passo sem sentido se perdendo
E vejo o meu retrato atroz e horrendo
Enquanto a voz ao nada ora se lança...
Mergulho nos teus braços e procuro
Ao menos ser feliz por um momento
E sei que na verdade o quanto tento
Expressa esta emoção e ali perduro,

Vagando sem temer um tempo escuro
Exposto ao temporal, duro tormento,
Alio o meu caminho ao tanto alento
E nisto encontro o sonho sem apuro,

E tanto que pudesse a vida inteira
Traçar o quanto quero e mais se queira
Nas tramas deste sonho sem igual,

A vida resumindo esta emoção,
Que possa dominar toda amplidão
Num passo mais suave e sensual...

PENSANDO EM TI

Ainda que se veja no horizonte
As tantas ilusões em tom brumoso,
O quanto poderia audacioso
Viver aonde o sonho agora aponte

E sei do quanto eu viva, e ali desponte,
Um mundo que se mostre fabuloso,
Vencendo o descaminho pedregoso,
Traçando para o belo, imensa ponte.

E sinto esta sublime maravilha
Minha alma com certeza também trilha
As rotas que me levem com carinho,

E quando me percebo junto a ti,
Encontro o que desejo e mereci,
Engalanada rosa sem espinho...
Jamais suportaria qualquer farsa
E sei que na verdade a vida expressa
O tanto que deveras se confessa
Enquanto a realidade tudo esgarça.

O medo noutro passo não disfarça
E gera muito além desta promessa
E o vento noutro instante recomeça
E sei do quanto a sorte nos esparsa.

Resumos de momentos entre vários
E neles passos torpes e sectários
Levando para além o quanto eu quis,

Meu tempo se esgotara e sem mais nada
A luta noutra face desenhada,
Expressa tão somente a cicatriz...

O manto que recobre esta esperança
Há tanto se puíra e tão somente
O que restara agora tanto mente
Enquanto no vazio a sorte lança

Aonde se pudesse com pujança
Traçar o quanto quero plenamente
O verso se resulta em vã semente
Na sórdida expressão jamais se alcança.

O mundo que pudera percorrendo,
Agora se traduz neste remendo,
Retalhos entre cortes insensatos,

E quando se desenha alguma luz
Somente se propaga o que produz
Os dias mais temíveis, tanto ingratos...






O quanto se buscara em poesia
Tentando novo sonho e nada vejo,
Somente o que pudera num desejo
E a sorte na verdade não traria,

Presumo o quanto reste em agonia
E sei do meu anseio e quando almejo
O tempo se mostrando num lampejo
Deveras outro rumo mudaria,

Cerzisse da esperança este infinito
E o quanto se moldara e necessito
Expressaria a sorte mais atroz,

Meu mundo se calando sem sentido,
E o verso noutro tempo destruído
Negando ao coração até a voz...



Meu coração se mostra qual cigano
E vaga em tantos sonhos, sem descanso,
E quando algum alento enfim alcanço,
Apenas na verdade novo engano,

O tempo que tentasse soberano,
O verso quando trame algum remanso,
Na luta a cada dia não avanço
E vejo então no fim o mesmo dano.

Amar e noutro instante ser feliz,
Resume com certeza o quanto eu quis
E levo dentro da alma esta semente,

Mas sei do quanto o solo em aridez
O tanto já buscado se desfez
E a vida se perdera novamente...
A vida dita em normas tão diversas
Momentos onde eu possa ter além
Do quanto se percebe quando vem
E nisto noutro passo também versas

E quando na verdade desconversas
Matando em nascedouro o nosso bem,
O todo que deveras não contém
Expressa as horas rudes e perversas;

Quisera pelo menos ter em ti
O tanto que na vida ora perdi,
Embora já perceba nada venha,

A luta se mostrasse tão ferrenha
E o quanto se desenha em frenesi,
Num sonho tão inútil resumi...

PAZ

O quanto se traduza em plena paz
Gerando outro momento, eternidade,
Trazendo nos olhares, claridade,
O todo que pudesse satisfaz,

E quando se mostrara mais audaz,
E tendo o coração tenacidade,
O tanto de alegria que me invade
Produz o que se mostre e assim se faz.

Resumos de outras épocas distantes,
Os olhos vivem dias deslumbrantes
E tentam construir um novo dia,

Sem guerras e terrores, sem conflitos,
Momentos possam ser bem mais bonitos
Traçando em cada instante uma alegria...

INFÂNCIA

Trazendo a minha infância ainda viva
Correndo pelos campos da ilusão,
A sorte se transforma em dimensão
E molda na verdade o que cativa,

Vencendo cada farsa, mais altiva,
Esta alma se desenha em amplidão
Vicejam novos dias que virão
Ainda quando o sonho se cultiva.

Ao longe no horizonte esta criança
Que fui e agora segue, e sempre avança.
E mesmo com a face envelhecida,

Mantém este sorriso em raro viço,
Por mais que o mundo seja movediço,
E tanto dolorosa seja a vida...

TODO AMOR QUE EU NECESSITO

Galopa este corcel em noite clara
E traz da imensa lua a bela prata
E neste desenhar o que arrebata
E nisto esta emoção no amor se aclara,

E quando o coração já se escancara
Ousando ter a dita mansa e grata,
Ultrapassando o sonho se constata
Uma beleza imensa, enorme e rara,

E sinto que mais distante um infortúnio
Tocado pelo imenso plenilúnio
E sigo galopando ao infinito,

Meus sonhos em teus sonhos entranhados,
Os olhos que se vêm enluarados
Traduzem todo amor que eu necessito...
A vida não traria melhor sorte
A quem se desejasse após enredo
E quando na verdade o que concedo
Precede desde cedo o imenso corte,

E nada que pudesse neste aporte
Tramar o quanto seja meu segredo,
E visto que deveras já procedo
Não tento nem sequer o que conforte,

Meu passo se encaminha para o vão
E sei da mesma angústia em dimensão
Suprema numa extrema dor temível,

Numa avidez deveras mais sofrível
O quanto poderia ser incrível
Agora se transforma em negação.


Ainda feito em febre em frenesi
O tanto que se faça mais efeito
Presume o quanto quero e mesmo aceito
Vivendo de tal forma o que vivi,

Não sei se me apresento ou desde aqui
O rumo se anuncia em vão direito,
O prazo determina o ser aceito,
E o todo noutro instante presumi,

Engodos entre todos os cenários
Em rudes sortimentos temerários
Sacrílego sonhar de um ser sutil,

O vento toma em fúria cada espaço
E nisto tão somente o fim eu traço,
Enquanto nada além já se previu.



MANCHETES

Olhando para as luzes da cidade
Envolto nestas tramas de neon
O sonho que pudera ser tão bom
Aos poucos gera a rude tempestade

E quanto mais além o grito invade
Ecoa dentro da alma aflito som
E sei desta eclosão em megaton,
Matando qualquer passo em liberdade.

Deitando sobre letras e retratos
Um pária se atualiza e destes fatos
Concebe uma manchete em raro afeto.

A chuva que se faz torrencial.
Expondo nova face do jornal,
Que invés de cama agora forja o teto.
Um tanto sem sentido sigo aquém
Do quanto é presumido por quem ama.
E sinto na verdade o quanto clama
A vida que deveras nada tem,

Meu passo se perdesse em tal desdém
Negando qualquer luz e mesmo a chama
Que possa nos trazer além do drama
A paz que tantas vezes nos convém,

Vencer os meus anseios e seguir
O tanto que se tente no porvir
E veja após a queda, noutro passo,

Ainda que se pense no futuro,
O prazo sem sentido eu me torturo.
E nada além da queda enfim eu traço.
Enquanto a vida trame o fim de tudo
Sem tempo e nem sequer alguma sorte
O quanto poderia e não suporte,
Traduz a sensação e assim me iludo

O verso se mostrara mais agudo
E nisto este sabor de vida e morte
Apenas o que tanto ora nos corte
O velho sentimento; agora, mudo.

Ainda que se busque a temperança
A noite sem sentido algum avança
E mata uma esperança em nascedouro,

O barco que deveras já se priva.
Prossegue sem um norte, ora à deriva,
A morte seja enfim o ancoradouro...


Aonde se pudesse crer no fato
Que tanto me atormenta e já domina
A sorte se desenha em rude sina,
E a solidão deveras eu constato,

Meu mundo na verdade mal retrato
Sabendo do que possa a cada esquina,
A luta na verdade me fascina,
E bebo a solidão deste distrato,

Resumo entre palavras, velhos erros,
E quando se imaginem meus desterros
Apenas o cenário refletisse,

O sonho sem sentido e sem razões
Que agora simplesmente quando expões
Traduza na verdade esta mesmice...

TEUS BEIJOS

A fonte inesgotável da emoção
Apresentando além de mero sonho
Traduz o quanto quero e se proponho
Transforma meu anseio em expressão,

Os dias com certeza me trarão
Bem mais do que se mostre ora enfadonho
Ousando acreditar no que componho
Tomando em minhas mãos este timão,

O quanto se aproxima deste cais
Vencendo os mais ousados vendavais
Levando esta emoção sublime a bordo,

E o tempo de nublado resta claro,
No amor que tantas vezes eu declaro
Enquanto dos teus beijos me recordo...

UM GRANDE AMOR

O quanto necessito ser feliz
E sei que no final nada viria,
Sequer o quanto possa a fantasia
E o todo noutro instante contradiz,

Dos sonhos sou somente um aprendiz
E sei que amor traduz este utopia,
Minha alma se tomando em alegria,
No encanto desenhasse o quanto quis,

E verso sobre o passo que se tenta
E nisto mesmo em sorte turbulenta
A luta se anuncia sem sentido,

O tempo noutro tanto se resume,
E o quanto poderia em farto lume
Esboça o grande amor já presumido...
Não mais que meramente pude ter
A força de quem busca alguma luz
E sei do quanto possa enquanto pus
Meu passo noutro rumo a se perder.

Ainda que tentasse algum prazer
O fato corriqueiro reproduz
Um sonho que deveras me conduz
Levando o meu caminho ao já não ser,

Vislumbro após a curva, a capotagem,
E sei do quanto inútil tal viagem
Vagando entre os temores costumeiros,

Ainda quando busco a primavera.
A vida noutro passo destempera
E toma em aridez tantos canteiros.
Não mais que meramente pude ter
A força de quem busca alguma luz
E sei do quanto possa enquanto pus
Meu passo noutro rumo a se perder.

Ainda que tentasse algum prazer
O fato corriqueiro reproduz
Um sonho que deveras me conduz
Levando o meu caminho ao já não ser,

Vislumbro após a curva, a capotagem,
E sei do quanto inútil tal viagem
Vagando entre os temores costumeiros,

Ainda quando busco a primavera.
A vida noutro passo destempera
E toma em aridez tantos canteiros.
Meu tempo se aproxima do final
A luta se mostrara sem sucesso,
E quando neste todo ora regresso
Grassando aonde possa bem ou mal,

Encontro dos naufrágios um sinal
E tanto quanto posso me confesso
Nos ermos que traduzem o que peço
E vago num instante em ledo astral,

Meu mundo se anuncia no vazio
E sei do quanto possa e desafio
As tramas mais atrozes, desatento,

O verso se produz em tempestade
E o canto noutro enredo já de grade
O que pudesse enfim ser meu alento.

A luta se desenha quando apenas
Percebo o que tentara e não consigo
Apenas vislumbrando este perigo
Que tanto noutro engano me condenas,

E sei das noites claras e serenas
Buscando tão somente algum abrigo
E tanto que eu pudera e não prossigo
Cansado destas lutas rudes, plenas.

Meu mundo sem saber de outro horizonte
Ainda que decerto em paz desponte
A lua em claridade mais audaz,

Meu tempo se anuncia no vazio
E quando o próprio tempo eu desafio,
Percebo o quanto a sorte atroz me traz.
O amor que se desenha após a queda
Dos sonhos entre enganos e torturas,
Enquanto na verdade o que procuras
Aos poucos noutros passos já se enreda,

A luta se anuncia e me envereda
Nas tramas onde sinto as amarguras
E delas outras tantas configuras
Gerando o que pudesse e tanto seda,

Meu rumo se perdera em descaminho,
E quanto me percebo e vou sozinho,
Presumo no final este abandono,

E tento acreditar no que viera
Sabendo da expressão ainda austera
Na qual o meu anseio eu desabono.

QUEIXAS

Não tente acreditar em mero acaso
Nas tramas mais diversas sem razão
A vida se transforma em dimensão
Diversa da que tento além do ocaso,

O passo se transforma e não me atraso
Vagando aonde possa em direção
Ao todo que mostrara outra razão
Na qual este cenário não aprazo,

Meu mundo se derrama em tantas luzes
E nisto quando além tu me conduzes,
Seguindo cada rastro que tu deixas,

As tantas ilusões não mais propago
E vejo com certeza o duro estrago
Envolto nas angústias, rudes queixas...

UM SONETO E NADA MAIS

Ainda se buscasse num soneto
A beleza ritmada em cada verso
Palavras que rimadas não disperso
Ainda que algum erro enfim, cometo,

O tempo se anuncia e no quarteto
O tanto que tentasse do universo
Grassando o caminhar tanto diverso
Não dita hipotenusa e nem cateto,

Poesia não se faz em matemática,
É necessário ter numa temática
Suavidade em sons e nas palavras,

Assim se faz sublime e mais completa
Nas mãos ora escultoras de um poeta
Cuidando com ternura destas lavras...
18/08/2011

Dias tantos permaneço
Na vontade de te ter
E se possa em adereço
Nada tenho a me perder,
O caminho ou endereço
Que pudera converter
Noutro passo sem tropeço
Nas angústias do querer.
Versejando quando possa
Mesmo após calamidades,
A verdade sendo nossa
Traz as plenas liberdades
A paisagem se destroça
Quando além, tu me degrades.

ELOQUÊNCIA

Meu tempo diz do tempo aonde há tanto
O todo não sabia do momento
E quando novo tempo, mesmo tento,
Encontro tão somente o desencanto,

Semente se espalhando onde garanto
Pudesse com ternura e com fomento
Gerar o quanto seja este alimento
Que esta alma traz e nega algum quebranto,

Os versos representam estes grãos
E mesmo que pareçam meros, vãos,
Expressam com candura e com cadência

O muito que se sente e se presume,
São; da alma o mais sublime e bom perfume,
Ditado com brandura ou eloquência...

ALÉM DO CAIS

O tanto que se veja além do cais
Expressa este oceano sem limites
E quando noutro sonho ora acredites,
Os dias; entre as luzes, derramais,

E o quanto se pudesse mais e mais,
E mesmo num momento necessites
O tanto quanto queres ou permites
Tramasse em nossas vidas os cristais,

E vejo a camponesa em tantas cevas
E quando se aproximam, noites, trevas,
As brumas não me impedem de buscar,

A intensa claridade que desejo,
E sei quando se mostre em novo ensejo
A imensidão que trace algum luar...

SENHOR

Escute-me Senhor, ora eu Te peço,
Apenas mansidão e nada mais,
O mundo se desenha em dias tais
Que a cada novo passo, ora tropeço,

E sei desta expressão que enfim confesso,
Nos erros que acumulo, são demais,
E as tramas onde a sorte diz jamais,
Traçando a rude face onde me expresso,

Seguindo meus engodos, nada resta,
E o quanto poderia ter em festa
Somente dilacero e nada trago,

O passo se perdendo no vazio,
O mundo se anuncia mais sombrio
E a cada novo instante o velho estrago...

UMA ESPERANÇA A CADA OLHAR

Trazendo uma esperança a cada olhar
Nas tramas mais diversas da emoção
O quanto se apresenta desde então
Pudesse simplesmente desejar,

E o vento mansamente a nos tocar
Tramando com ternura e gratidão
O todo que pudesse em ilusão
Vagar sem ter destino nem lugar,

A vida se entregando sem perguntas
As almas que decerto andando juntas
Percorrem paraísos sem temores,

E quanto mais além da realidade
Meu passo junto ao teu, a vida brade,
Seguindo com certeza aonde fores.

NOITE

Sentados neste bar em noite intensa,
A sensação do ser nos dominando,
O tempo se mostrara desde quando
A vida noutro passo já compensa,

A sorte se traduz em recompensa
E vejo este caminho vislumbrando
O todo num momento bem mais brando,
Num brinde que se faz e nem se pensa,

Salvando do naufrágio o mundo inteiro,
O gole que seria o derradeiro,
Traz outra saideira e a lua ri,

Em raios prateados, dominante,
O tanto que se quer já se garante
No sonho quando em verso enalteci...

MARULHOS

Ouvindo o velho som, claro marulho,
Recordo-me da sorte, esta sirena,
Que um dia se mostrara e me condena
Gerando no final o pedregulho,

E quando no vazio ora mergulho
A luta que pudera ser serena
Deveras com terror já me envenena
E traça invés de luz, o velho entulho,

O mundo se perdera num instante
O quanto se quisera e não garante
Sequer algum momento em tom suave,

Ainda que pudesse ter a cúpida
Vontade, esta verdade agora estúpida,
Traduz o que esperança tanto agrave...


MARASMO

A vida repetindo um velho drama
Que tanto nos maltrata dia a dia,
E nisto o grande amor, mera utopia,
O mundo não seria mera trama,

E quando se apagasse a imensa chama
Sobrasse tão somente esta agonia,
Uma alma enamorada fantasia,
Porém em ironia, em vão declama,

E das coxias vejo o fim de tudo,
E quando no final me desiludo,
Aplaudo sem qualquer entusiasmo,

Depois de certo tempo de sucesso,
O mundo dita o fim que ora confesso
E tudo volta a ter mesmo marasmo...

PALAVRAS

Palavras que se perdem no vazio
Da vida quando dobro a velha esquina
E sei do quanto a sorte me alucina
Enquanto o meu passado ora recrio,

Vestígios desta sombra sobre um rio
Imagem que se mostre cristalina,
E quando este delírio me fascina,
Apenas mero caos em desvario.

Tentara ser feliz, inutilmente,
O mundo num instante volta e mente
Resume esta esperança no jamais,

E o quanto se presume noutro passo,
Aos poucos me deixando bem mais lasso
Aguarda pelos vários temporais.

AMAR E SER FELIZ

De tanto procurar um vero amor
Em meio às mais diversas fantasias
E nelas entre noites mais sombrias
Um brilho que pudesse – redentor-

O quanto se moldara enquanto eu for
Vagando e procurando aonde irias
No fundo são deveras utopias
De um coração cansado e sofredor,

Mas quando me aproximo atocaiado,
Revejo cada cena do passado
E a vida se reduz em solidão,

Amar e ser feliz, tudo o que quero,
Porém é necessário ser sincero,
Não passa de uma estúpida ilusão...

UMA AMIZADE

Amigo que decerto eu procurasse
Nas tramas desta vida sem sucesso,
E quando no final quieto regresso,
Presumo o mais terrível desenlace

Ao ver da solidão a mesma face
Que dita o dia a dia enfim confesso,
O quanto desejasse e mesmo peço,
Porém somente o nada se mostrasse,

Qual fosse; em raridade, um diamante,
O tanto quanto busco a todo instante
E nada no horizonte senão brumas,

Assim nesta expressão amarga e rude,
Uma amizade tanto desilude
Enquanto no vazio sei que rumas...



MINHA ALMA

Minha alma busca ao menos ter em paz
O tanto que teimara em ilusões
E nisto quando a vida agora expões
Meu passo se desenha mais audaz,

E quanto deste tanto satisfaz
Quem busca na esperança as soluções
E vence as mais diversas dimensões
De um mundo tanto rude qual tenaz.

Uma alma que ora almeja o mais além
E trama na verdade o que inda vem
Na simples emoção que enfim se aflora,

Não deixa nem sinais de um sofrimento
E quando nos teus braços eu me alento,
A vida noutro instante em paz ancora...
O quanto se mostrasse mais sutil
Nas tramas de um amor tão desejado
Marcando cada fonte de um passado,
Que há tanto se perdeu e ninguém viu,

O verso que pudera ser gentil,
O temporal deveras quando evado
E sinto este caminho demarcado
No tempo que tentasse ou se previu,

Um canto não permite a liberdade,
Mas quando uma esperança enfim se evade
Aprisionado vejo o meu futuro,

E tento nos teus braços, companheira.
A vida que de fato o amor mais queira
Trazendo este caminho que procuro.



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ASSIM TE QUERO

Assim te quero

Vou persuadir seus sonhos
desvendar seus mistérios
esparramar meus versos
dar-te o fogo o intenso
tirar lhe a sua paz
roubar lhe o seu sono
arrancar lhe os supiros
assim há de ser. [eu voce]
Leso cego louco
tonto teso
amigo amante
cupido despido.
Num só deleite
num só ensejo
ufano profano
esparramados
no cetim carmim [a se sentirem]
dentro da alcova
assim dois um,
embolados entralaçados alados.
...só pra mim
só pra mim!!!

Geane Masago

Nesta ânsia que transforma em unidade
Os corpos sem fronteira, imensidão,
Grassando sobre a mesma direção,
Gerando este prazer que nos invade,

Assim posso sentir felicidade
Num êxtase que trague esta explosão,
E nisto numa intensa convulsão,
O mundo se desenha em umidade,

E quando sem temores nem pudores,
A vida se desenha aonde fores,
Marcando com sobeja maravilha,

A fonte inesgotável que se trama
Mantendo sempre acesa a rara chama
Que mesmo em pleno sol, intensa, brilha...
Na musicalidade deste verso
Um mundo mais sublime escuto enfim
O todo desejado traz em mim
Bem mais que caberia no universo,

E sei e não discuto ou desconverso,
Apenas prosseguindo até o fim.
Prevendo o quanto tento ousar e vim
Trazendo um novo adendo onde me imerso,

Nas Musas tanto música ou poema
A vida não suporta quem a algema,
Mas gosta da cadência com que cantas,

E sinto nas palavras lavras fartas
Em silabas poéticas repartas
O quanto tanto tramas e me encantas.
Ousasse da palavra ter nas mãos
Os seus sentidos tantos e diversos,
Usando com ternura sonhos, versos,
Cevando com candura os rudes chãos,

E sei que nos momentos árduos vãos,
Os passos que pareçam mais perversos
E tanto noutro rumo mais dispersos,
Traduzem da esperança os raros grãos,

E o tanto que aflorasse e não se espera
Gerando dentro da alma a primavera
Eternizando o sonho em belas frases,

E saiba quanto vale sempre a vida
Embora tantas vezes tão sofrida,
De tudo o que vier sonhos são bases...
Não tema a solidão, pois nos ensina,
A vida não se aprende com sorrisos,
Os dias mais difíceis são precisos,
Assim como a alegria desatina,

O tempo noutro instante, dita a sina,
Embora nos pareçam prejuízos
A vida necessita dos granizos
Assim outro momento descortina,

Enquanto se percebem os deslizes
A gente tanto aprende com as crises
São mestras e nos ditam o futuro,

Por vezes nos parece enorme o muro,
E mesmo até quem sabe intransponível,
A vida nos eleva em novo nível.

AMIGOS

Amigos são tão poucos, diamantes,
Que a vida ora lapida sem descanso
E sei quando decerto algum alcanço
Meus olhos brilham sonhos fascinantes,

E quando noutro encanto me garantes
O ser que busca apenas um remanso,
Mergulho neste instante e sempre avanço
Em passos bem mais firmes, de gigantes.

Falar de uma amizade. Não precisa,
É como descrever a mansa brisa
Que tanto nos acolhe sem tormentos,

Olhando para frente, sem temores,
Seguindo com firmeza aonde fores,
Jamais temendo o tempo em vários ventos.

LIBERDADE

Meu verso traz em si a liberdade
De quem em alma pura dita o sonho
E quando outro caminho em paz componho,
Encontro o quanto eu quis: felicidade,

O sol trazendo enfim a claridade
E dela outro momento onde reponho
Meus passos onde avanço e não me oponho,
Vagando aonde houver tranquilidade.

Percorro tais espaços e palavras
Ousando na esperança como as lavras
Que o coração se mostre um campesino.

O tempo não me importa, sigo além,
E quando esta alegria chega e vem,
Olhando para os Céus eu me fascino.

OUTRA DIMENSÃO

Meu tempo de viver já se esgotando,
Porém nada mais temo, sigo em frente,
O quanto que vier e se apresente
Expressa este caminho agora brando,

Meu mundo que julgara desabando
Percebo que caminha mansamente
E sinto a brisa vindo calmamente
Uma ave tão somente ora migrando,

E a vida se renova noutro estágio,
Presumo mais tranquilo este naufrágio,
Sabendo que amanhã, bem mais liberto,

Alçando este infinito onde o espaço
E o tempo não conhecem nenhum traço
Do limitado mundo que deserto...
O que vês em mim
é meu rosto sem sentido
o que importa tudo que foi vivido
se nada é real neste circo que é a vida

MSOCORRO

A vida tem mil faces e permite
Que tanto se anuncie em tom diverso
Nos olhos cabe todo este universo
Numa alma que jamais sabe limite,

E quando na esperança se acredite
Unindo com ternura o mais disperso
Caminho; eu sei que tanto quanto o verso,
Exprime o quanto possa e necessite,

Vibrando sem temores no espetáculo,
Ousando ter nas mãos além do oráculo,
Sem mácula a perfeita imagem dita,

O quanto deste sonho é mais plausível.
Na vida tantas vezes quase incrível
Por mais que tão doída é tão bonita...

O AMOR EM TI

O amor que se eterniza em nosso Pai
Transcende ao quanto possa acreditar
E nisto se desenha este lugar
Que na verdade eu sei jamais se esvai,

E quando a solidão, por vezes trai,
Em Ti encontro apoio e o tanto amar,
No libertário sonho a desejar
Um passo que em verdade descontrai

Gerando uma alegria sem igual,
Vencendo em calmaria o rude mal
Que tanto se aflorasse sem descanso,

E quando aberto o peito, Tu me entranhas,
E sinto as mais sublimes, belas sanhas,
Neste apogeu em glória que ora alcanço.

CLARIDADE

O tempo dita ao tempo o que viria
E traça noutro instante o quanto possa
Tramar nesta esperança que se apossa
Da fúria que se veja dia a dia,

E quanto mais audaz esta agonia,
Maior a sensação de medo e troça
Que a cada novo instante já destroça
E deixa para trás a fantasia,

Meu verso se perdendo sem razão
As sombras dominando, pois virão,
Nas brumas onde vejo o meu futuro,

Mas quando a lua invade o imenso céu,
O mundo ao inverter este papel
Expressa em claridade o que procuro.

MEU VERSO

Meu verso que pudera amenizar
As dores quando a vida nos maltrata,
E sei da solidão cruel e ingrata
A ausência de esperança e de lugar

Cansado de esperar de lutar
A sorte noutra face me arrebata
E deixa simplesmente esta inexata
Vontade de partir, ou de ficar,

Mas quando se apresenta de tal forma
O todo que deveras nos deforma
Gerando o quanto pude e não tivera,

A luta se desenha noutra esfera,
O amor que apascentasse a rude fera
A cada novo instante nos transforma...

PARTILHA


Amar se traduzindo na partilha
Que tantas vezes possa nos trazer
Bem mais do quanto molde algum prazer,
E sim a mais suprema maravilha,

É quando uma alma pura além já brilha
E vaga entre os caminhos do saber,
No tanto que se molde o bem querer
Uma esperança além, decerto trilha,

E quando no horizonte vejo enfim,
Reflexo do que tento vivo em mim
É como se eu chegasse ao Paraíso,

No tom que se eterniza esta emoção
Causando este desejo em comoção
No olhar onde se estampa tal sorriso...

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17/08/2011

Inconstante caminhada
Onde nada poderia
Quem tentando dia a dia
Já não tendo quase nada,
A palavra enveredada
No vazio em luz sombria
A certeza não traria
A mudança desejada,
Reparando muito bem
O cenário não contém
O que tento disfarçar
Nada mais trouxesse abono
Tão somente este abandono
Que não canso de encontrar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

16/08/2011

Todo o sonho que alimento
Na verdade se perdendo
Num cenário aonde tento
Outro instante em raro adendo,
Ou quem sabe em estupendo
Desenhar decerto atento,
No caminho percebendo
Tanta fúria em raro vento,
Nada mais em sincronia
A verdade não traria
O que agora desejei,
O mergulho no passado
O meu tempo enquanto evado
Traduzisse a velha grei.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CANIBAIS

Minh’alma canibal vive a buscar-te,
Sedenta de carícias orvalhadas...
Libertas de pudores! Impensadas!
Que saibam me explorar com muita arte.

Afeita à mil luxúrias ignescentes,
Insaciáveis, lúcidas loucuras
Eu sou aquela que, enfim, procuras,
E quero das volúpias, teus repentes.

Dos beijos teus eu quero os mais rompantes,
Daqueles que jamais eu tive antes,
Co’a força que provém dos teus desejos.

Minh’alma é assim! É canibal!
E busca mundo afora alma igual
Que saiba s’ entregar sem medos, pejos.

Edir Pina de Barros


Anseios de quem tanto se queria
Na fome insaciável do desejo
E o quanto se propaga a cada ensejo
Expressa muito além da fantasia,

E o tempo noutro instante mostraria,
O quanto mais anseio e quando vejo
O tempo num momento, num lampejo,
E o todo num delírio eclodiria,

Assim ao perceber tantas delícias
Que possam nos mostrar estas carícias
Querendo na verdade muito mais,

O mundo se transforma num repente
E o sonho delirante se apresente
Em ânsias e vontades canibais...

DUETO


Venha poeta se achegue

não se demore venha logo

não precisa de senha

nem bater à porta

os anjos disseram, amém!

Quero sim;

unir nossas prosas

fazer delas a dança das palavras

num só elo num só ritmo

para ver, no que vai dar.

Me ensine o caminho.

Então poeta;

agora é sua vez

É chegada a hora

de deixarmos nossos

versos envolta e envoltos.

E quem há de saber?!

Talvez, eles saiam inebriantes...

Venha poeta,

não se demore

tem de ser agora!

Convite aceito.

Geane Masago

Os versos que envolvendo cada sonho
Permitam viajar neste infinito
E nisto se desenha um raro mito,
E nele esta esperança enfim proponho,

Envolto nestas tramas eu componho
Meu canto mais audaz, e mesmo aflito,
Do sonho que me trazes necessito,
Gerando um mundo raro e mais risonho,

O tempo se anuncia em tal bonança
Que o quanto mais além a vida alcança
Expressa a maravilha em universos,

E sinto com delícia cada instante
No tanto que se possa e se garante
Na doce fantasia de teus versos.

15/08/2011

Quando o sonho se desfez
Num tormento desumano
O caminho, insensatez
Nada mais decerto ufano
E se possa estupidez
Explorando onde me dano
O cenário que ora vês
Prometendo o desengano.
Explicando cada fato
E tentando ser feliz
O meu mundo onde constato
O que a vida não mais quis,
Resumindo este retrato
Que esperança contradiz.

domingo, 14 de agosto de 2011

14/08/2011

O meu tempo não sabia
Quanto tempo, o tempo tem
E se possa em agonia
Presumir o teu desdém
A saudade colheria
O que nunca fora um bem
Mero sonho ou fantasia
Que deveras não convém.
Reunindo cada engodo
Onde a sorte em desengano
Traz apenas cada rodo
Transmudado todo o plano
E se possa neste todo
O caminho onde me dano.

2

Já não vejo qualquer luz
Nem matizes mais diversos
Onde o tanto reproduz
A loucura destes versos
O momento que seduz
A esperança em tons perversos
Meu cenário não faz jus
Aos anseios e universos,
Resumindo cada fato
No que possa a velha imagem
Todo o encanto que constato,
Traduzindo tal paragem
Da alegria um vão retrato
Nada trago na bagagem.

3

Esperasse um pouco mais
E pudesse ser feliz
O caminho contradiz
Entre tantos vendavais.
Ou deveras desiguais
Os momentos onde fiz
O meu verso em cicatriz
E decerto hoje é jamais.
O meu passo noutro rumo
Já não vejo o que resumo
Nesta suma impertinência
Nada sinto desde quando
O meu tempo desabando
No passado, incontinência.

4

Quero a sorte mais discreta
Ou talvez já nem mais reste
O momento onde celeste
A minha alma em paz repleta,
A verdade se completa
No que tanto ora me deste
E gerando o solo agreste
Tenho a lua como meta,
Aprendendo novamente
Quando o sonho, imprevidente
Não me trouxe sequer paz,
Avenidas da esperança
Onde o canto ora me alcança
E o vazio sempre traz.


5

Esperara o quanto vejo
Do caminho sem sentido
O meu sonho mais andejo
Onde o todo dilapido
Resumindo este desejo
No momento aonde agrido
O passado e assim dardejo
Contra o todo em vago olvido,
Restituis cada delírio
E moldando este martírio
Na esperança mais feroz,
Já não pude e nem tentara
Noutro rumo, esta seara
Da alegria, morta foz.