sábado, 11 de junho de 2011

Já não pude e nem tentasse
Desvendar cada momento
Onde a vida sem impasse
Traz o tanto quanto invento
Demonstrando o desenlace
Que gerasse este tormento
Nada mais se transmudasse
Nem sequer o que acrescento.
Bebo a sorte que não veio
Vejo o tempo mais fugaz
E se possa enquanto traz
A palavra em devaneio
Nada mais pude ou receio
Tão somente o verso audaz.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Há pessoas, no mundo que; sem alma,
apenas desenhando o seu desdém
Vagando aonde o nada sempre vem
Expressam no final angústia e trauma
O tanto quanto a vida nos acalma
Ou mesmo algum momento em dor contém
Não deixa que se pense em mais ninguém,
Sequer quando tentasse ao menos calma,
A senda mais diversa que se creia
A luta noutro trâmite presume
A ausência contumaz de algum perfume
E a tosca sensação, ausente e alheia.
Espero pelo menos o que possa
Deixar no desalento medo e troça.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Andarilha esperança que se acerca
Do quanto desejei felicidade
E o passo que de fato se degrade
Ousando acreditar além da cerca
E quando na verdade ora se perca
Traçando o que pudera ser verdade
Navego contra a fúria e a liberdade
Na morte com certeza já se esterca.
E sei do meu momento mais tenaz
Enquanto a própria vida se desfaz
Gerando nova vida em tom diverso,
Tentando acreditar no ser eterno,
Enfrento da esperança o rude inverno
Teimando novamente em tolo verso.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Nesta amizade imensa que dedicas
A quem se fez além da plenitude
O passo na verdade não transmude
Sequer o que pudesses e complicas
O rumo se perdendo e não explicas
Ou mesmo quando a estrada se faz rude
Vencer o que tentasse em plenitude
Ousando nas palavras, rimas ricas.
O tempo se anuncia de tal forma
Que nada neste intuito nos transforma
Ou gera novo tempo ou mesmo até
Presume cada passo rumo ao quanto
Tentasse e deveras se me espanto
Ousasse perpetrar além da fé.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Durante tanto tempo sem um norte
Somente desenhando a negação
Os tempos novamente moldarão
O quanto sem sentido não suporte,

A vida não traduz um laço forte
E trama sempre a vaga dimensão
Dos dias que talvez tragam verão
Ou mesmo esta esperança já se aborte.

O vento não transcende ao que pudera
Gerando dentro em nós cada quimera
Vestígios de um passado mais sombrio,

O quanto imaginasse em tom diverso
Vagando sem sentido no universo
Trazendo tão completo desvario.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

06/06/2011

Quando a vida se prepara
E se mostra num instante
O caminho segue para
O que possa e não garante
A verdade desdenhara
Que ousasse num rompante
Desejar o quanto ampara
O tormento, doravante.
Delirante companheiro
Do que pude imaginar
Noutro tempo sou inteiro
E tentasse divagar
Contra a fúria em derradeiro
E temível desdenhar.

domingo, 5 de junho de 2011

05/06/2011


Que sei, irão na certa já surgir
Momentos discrepantes do que trago
A vida se mostrando sem afago
O tempo não tramando algum porvir
E venho tão somente te pedir
O mesmo coração que tanto alago
Com sonhos quando possa e não divago
Sabendo pelo menos resistir.
A fúria do abandono nos domina
Ousando perpetrar em rude sina
Vestígios de uma vida sem ternura,
A luta se anuncia a cada passo,
E sei do que tentara e não mais traço
Seque o quanto veja e me amargura.