sexta-feira, 21 de junho de 2013

DE COMO SALVAR O TIME DA GOLEADA E, DE QUEBRA REGENERAR UM GOLEIRO

João Polino, muito conhecido lá pros lados de Ibitirama, ou mais precisamente, no distrito de Santa Martha, aos pés do Pico da Bandeira, traz no seu currículo uma rápida, mas marcante passagem como treinador de futebol.
O fato se deu no início dos anos 50 e, como sabemos o Brasil recém derrotado na Copa do Mundo, em pleno Maracanã, vivia uma “ressaca” futebolística.
Lá em Santa Martha não era diferente e, João Polino, como bom brasileiro era um bom palpiteiro, o que o credenciara para ser o treinador do time local.
Haveria, em Alegre, um campeonato distrital e o time de Santa Martha não era tido como um dos mais favoritos, porém tinha no banco o “melhor treinador do Sul Capixaba”.
O time estava até que em forma, exceto o goleiro, conhecido como Pedro Gambá, por motivos meio que óbvios.
Pedro bebia muito, mas, quando não estava embriagado, ainda era o melhor goleiro da região de Santa Martha, sendo conhecido como “Mão de Gato”; isso quando sóbrio.
Nos treinamentos, ele fechava o gol, abstêmio que se encontrava, pelo fato de estar namorando firme uma das meninas mais desejadas de Santa Martha, Laurinda; mais conhecida como Lindinha.
Na estréia do campeonato, o jogo era contra Pedra Roxa e, por causa de uns entreveros pessoais com um pessoal pedraroxiano, João Polino tinha aquele jogo em conta de “honra pessoal”.
Bem na hora da partida, eis que surge o Mão de Gato; na verdade mais para Pedro Gambá do que nunca.
Os jogadores, com medo das reações do treinador do time, ocultaram o fato a João Polino que, sem perceber que o goleiro estava mais bêbado do que nunca, deu as últimas coordenadas ao time.
Para espanto de todos, na “arquibancada” improvisada, Lindinha estava no maior bate-papo com Zezinho do seu Paulo; rapaz meio janota e, portanto, tido como “aviadado” pelos invejosos concorrentes.
O jogo começa e, com menos de 10 minutos, Pedro já tinha iniciado a série de frangos que faria inveja a uma granja, o placar já contabilizando 3 a zero para Pedra Roxa.
Ao se completar a primeira meia hora e, com o jogo já em 8 a zero para a equipe visitante, João Polino, de súbito se levanta e...
Para o susto de todos, saca o revólver e dá um tiro em direção à bola, atingindo-a em cheio, evitando assim o nono gol do time adversário.
Só que, ao atingiu a bola, a bala passou de raspão na mão do pobre Mão de Gato.
Nesse interem, meio que arrependida, meio que assustada, Lindinha invade o campo e se dirige para o amado, ferido de raspão, mas, feliz da vida.
A flecha de cupido salvou o pobre bêbado, na pequena ferida real e no grande ungüento salvador.
O mesmo não podemos dizer do CUPIDO, que teve ali sua “brilhante e promissora” carreira encerrada.
Como não poderia deixar de acontecer, foi o padrinho do casamento de Pedro e Lindinha e, se não me engano, o filho mais velho do casal se chama João, só não sei se é Polino...

NÃO SOMOS MAIS FALAR

NÃO POSSO MAIS FALAR

Não posso mais falar, e nem pretendo
Saber desses desejos incontidos
Viver nesses espaços compreendidos
Entre o que houvera sido, vou vivendo


Nas marcas desses dias já perdidos
Do tempo, se esvaindo, mesmo tendo
Quem nada mais podia, nem alento
Singrando velhos mundos conhecidos.


O medo me transforma noutro canto
Num último senão já descoberto
No distanciar tonto, nada perto


Trafegando por mares entretanto
Pelo meu peito aberto a teu encanto
Pelo meu sonho morto a descoberto!


MARCOS LOURES

CÁLIDAS PALABRAS



 CÁLIDAS PALABRAS

Las cálidas palabras que pudiesen
Tramar otro momento ahora en paz,
El canto que se muestre tan tenaz.
Descaminos diversos no se expresen.
Errores cuando entraño me entorpecen
Inocuas ilusiones, siendo audaz,
Vociferando dejo para tras
Palabras que de facto me enloquecen,
Elijo los caminos más suaves,
Alzando el infinito fuesen aves,
Aladas expresiones, sin descanso,
Y cuando en otra rota se presienta
Lo mundo que se trama en la tormenta
Por cuanto en tempestad el fin alcanzo…

MARCOS LOURES

VESTIDO VERMELHO E CURTO

VESTIDO VERMELHO E CURTO. 

 

 

A noite traria de novo aquilo, aquela sensação de total insegurança, um misto de angústia e solidão.
A vida fora muito difícil, mas nada justificava aquele medo e aqueles pesadelos, terrores noturnos que faziam cada segundo se tornar uma incômoda eternidade.
Na idade do lobo, se transformara novamente em criança, cada noite era uma ânsia gigantesca, uma tenebrosa experiência com transpirações estranhas e tudo exalando um cheiro de fim, de ocaso, de vazio,
Nada mais poderia impedi-lo de viver, já tinha tido tantas e tanta decepções e vazios que nada parecia vencê-lo, mas aquilo parecia demais.
Os olhos ficavam fixos no teto, e cada vez que um carro passava na rua, os faróis iluminando o teto, pareciam lampejos de um tempo jamais esquecido.
As sensações de perda, do oco, do nada se aglomeravam e geravam um desesperador sentimento atroz.
Suas andanças pelo mundo, suas noites solitárias nos hotéis e pensões da vida de um “representante comercial” novo nome para caixeiro viajante.
Nome bonito como os paletós inexoráveis, devidamente lavados e passados nos mesmos hotéis onde dormia.
A solidão por companheira.
Claro que havia as prostitutas, mas isso não o tentava, sexo é bom, mas tem que ter o amor por base, pelo menos a atração física.
E os orgasmos fingidos e pagos regiamente o diminuiriam, o tornariam não o agente, mas sim a vítima, o prostituído.
Mas acostumara-se com essa solidão. Fiel e eterna companheira.
Podia ter-se casado, mas não, a solidão fora sua esposa e a mãe de cada uma das suas rugas e de cada fio branco de cabelo.
O amor, na verdade, não servia para ele e, talvez mais que o próprio amor, a palavra família era muito confusa.
Não se adaptaria a vozes e correria de crianças pela casa, nem podia imaginar-se em tal situação.
Era por demais egoísta para poder dividir seu espaço com mais alguém e, depois de certo tempo, sua independência seria totalmente aniquilada.
Sabia disso e isso lhe era de tal forma insuportável que, melhor nem pensar.
Fora sua a opção pela solidão, mas, de algum tempo para cá, essa o apavorava.
Como é que, beirando os 50 anos, idade em que deveria ser mais forte que sempre, esses pavores poderiam estar tão firmemente arraigados?
A timidez piorara, agora dera para gaguejar, essa tartamudez o surpreendia.
Velho, gago e medroso.
Que final de vida se desenhava!
Faltava voltar a ter as enureses, ai sim, a sua decadência seria completa.
Procura um psicólogo, talvez, quem sabe.
Um psiquiatra talvez fosse melhor.
Ouvira falar na andropausa, parecia esse o caso.
Mas, que nada!
A solução era parar de palhaçada e retornar à vida.
O dia nascia, e a vida renascida melhorava tudo, menos a gagueira, recomeçava a trabalhar.
Mas quando se aproximava a noite, ressurgiam os medos e se repetia tudo.
Começara a beber, isso talvez ajudasse.
No começo sim, o álcool fora um bom companheiro.
A embriaguez dava alento e, ainda por cima, desinibia-o.
Começara a freqüentar boates e prostíbulos.
Tornara-se um pândego, e foi perdendo os medos e as angústias.
Mas cada vez mais necessitava do álcool como suporte, cada vez mais e cada vez maior quantidade.
Um homem de 50 anos não tem tantos atrativos, mas o paletó, a gravata e uma pasta dessas de executivo associadas a esse homem, produz um encanto impar.
E foi assim, naquela noite.
Belas pernas, morena, deliciosamente escondida parcamente num vestido vermelho, curto, pernas torneadas, coxas deliciosas, rebolado divino, vestido vermelho, curto, curtíssimo.
O tempo também era curto e curto o punhal, o vestido vermelho, agora mais do que nunca, vermelho.
A vida restara mais curta que o vestido e que o punhal.
O paletó e a gravata manchados de sangue.
Na pasta algumas amostras de pano, pano vermelho, do mesmo tecido do vestido, não dava nem para fazer um vestido, mesmo curto como o da moça que, chateada, saiu do hotel praguejando.

MARCOS LOURES

DE AMORES BUCÓLICOS DA DÉCADA DE 80, NO INTERIOR MINEIRO

DE AMORES BUCÓLICOS DA DÉCADA DE 80, NO INTERIOR MINEIRO 

 

 

Uma vez, nos idos dos anos 80, na minha Muriaé, um amigo meu, desses amigos que a infância traz e a maturidade esparsa passou por uma situação um tanto quanto vexatória.
A adolescência traz seus desejos, nem sempre saciados e, quando isso ocorre, muitas vezes a noite traz opções para suprir essa ausência de prazer.
Pois bem, esse meu amigo estava namorando uma menina evangélica e daquelas bem radicais para quem o sexo era uma coisa sagrada após o casamento e demoníaca antes desse.
Os dois, com seus dezoito anos de idade tinham visões diferentes da vida; ela ambicionava o casamento mais precoce possível, de preferência com um rapaz “honesto e trabalhador”; já esse meu amigo estava no primeiro período de Engenharia e a sua opção era por primeiro formar-se, depois se solidificar no mercado de trabalho para, depois, poder constituir família.
Essas disparidades levavam o romance a uma situação extremamente comum e antagônica. Beijos e carinhos até as dez horas da noite, depois namorada em casa e fim de noite com as meninas mais liberais ou, na ausência destas, o prostíbulo mais próximo ou mais acessível.
Meu amigo, como todo estudante, estava com pouco dinheiro e fizera tudo para não gastar nenhum centavo naquela noite de quinta feira.
Conseguira poupar todo o dinheiro à custa de uma “dor de garganta” improvisada que o impedira de tomar, ao menos um refrigerante.
Dez da noite, namorada entregue em casa, tudo certinho , como mandava o figurino...
Morava na direção destra da rua e o prostíbulo era na canhota. Parodiando Drummond, foi ser “gauche” na vida.
Péssima escolha, veremos mais tarde.
Mas, hormônios são hormônios e o sexo estava a toda tomando conta da cara espinhenta e dos delírios noturnos.
Ao adentrar o prostíbulo, encontrara a mais bela morena que poderia imaginar em tal local.
Conversa vai, conversa nem vem e cama!
Noite deliciosa, com uma bela morena do lado, foi o mais demorado possível para um jovem em tal situação.
Quinze minutos de delícias inesquecíveis.
“Ah amor, gostou?
Amei querida...
Quanto foi?
Vinte reais...”
Até que não fora caro não, a menina merecia bem mais e, pensando em quanto daria de “gorjeta” para a bela garota, teve uma surpresa...
Procura daqui, procura dali, e cadê o dinheiro?
Não é que, ao pegar a calça jeans azul, se confundira e vestira a blues jeans?
E agora? Inteiramente nu, sem dinheiro nenhum e essa situação crítica.
Ao argumentar com a “donzela”, essa lhe mostrou a outra face, ao invés da doçura inicial, o rosto se modificou. De repente, surge uma peixeira de mais ou menos dois palmos de comprimento e fio exemplar.
“Você vai, mas a roupa fica!”
E essa agora; “posso pegar a cueca?”
“Sem cueca. A roupa só depois de eu receber a grana!”
O que fazer? À distância para sua casa não era muita, mas teria que passar no centro da cidade e ainda eram onze horas da noite.
Pelado e sem bolso pra colocar as mãos, não teve outra escolha.
Para o cúmulo do azar, Pepeu, um cãozinho pequinês que pertencia a sua namorada estava acordado.
E bem acordado. Nunca maltrate os animais, isso, além de ser de uma maldade absurda, pode causar contratempos terríveis.
Durante uns dias, com raiva da namorada, por causa de uns dá não deu que o deixavam agoniado, resolveu descobrar sua frustração no pobre animal. Não é isso que você está pensando não, ouviu? Ele deu foi umas pauladas de “leve” no focinho do pobre cão que, ao perceber sua presença, resolveu latir a toda a fim de demonstrar sua indignação.
Indignada ficou a namorada que, ao abrir a janela, se deparou com um homem nu correndo , mas a tatuagem enorme nas costas denunciara o fujão.
Maldita tatuagem!
Ao chegar em casa, sua mãe o esperava sentada, fingindo assistir a um programa de televisão.
Ao ver o seu “pimpolho” com a cabeça do “pimpolho” exposta, deu um grito, acordando a casa toda, inclusive a irmã caçula, para seu azar. Foi motivos de intermináveis gozações de sua amada irmãzinha.
Explicações eram necessárias, mas o resgate se impunha mais urgente.
Pegou a calça com os vinte reais, e foi de retorno ao prostíbulo.
Mas, para sua surpresa, ao entrar na ante-sala, dá de cara com o sogro, à espera da mesma morena mas, creio que com condições para pagar o serviço executado.
Conversa vai, conversa vem; eis que, como do nada, aparece a namorada e a sogra, devidamente armadas com todos os argumentos para esculachar o pobre estudante.
Circo armado, a morena, ao ver tamanha balbúrdia, abre a porta e, com a peixeira já conhecida, ameaça a todos.
Meu amigo, aproveitando-se da confusão, entra no quarto da morena, pega a roupa e sai correndo em meio ao tumulto.
Resultado da confusão – um casamento e um namoro desfeito mas, mineiramente falando, pelo menos os vinte reais não foram gastos.
É, pensando bem, o prejuízo não foi tanto...


MARCOS LOURES

GOSTO AMARGO

 GOSTO AMARGO

Gosto amargo de tantos preconceitos
Espera inútil, trazes o não ser.
Rastros de sangue vão tragando o peito.
As esperanças matas, sem saber.

Levas o vago gesto, apodrecer.
De complexos caminhos, imperfeitos;
Onde pisas, destróis sem perceber,
As cargas que carregas, tão sem jeito.

Liberdade, palavra sem sentido.
Cabes nesse deserto que professas
Kilovats a esmo nos ouvidos.

Martelas repetidos sons, tropeças.
Invertes as verdades consumidas
Nesta vazia noite, que confessas...


MARCOS LOURES

OTRA ALBORADA



 OTRA ALBORADA

Mis ojos procurando un horizonte
Que muestre otra alborada más brillante,
Lapido con amor un diamante
Venciendo con firmeza lo que venga,
Un día más sublime sin temores,
Resultante de tantas luchas, busco.
Los cambios que se muestren bien más bruscos,
En cielos fuscos tracen plenilunio;
Rosales que he plantado en esperanza
Marcando una olorosa primavera
Restando casi nada de un pasado
Jugado entre temores y quimeras.
Encuentro las señales de otras eras
Entorpecidas formas del vivir.
Sin embargo, la vieja tatuaje
Es todo lo que pueda persistir
Depositando luces y futuro
Mezclando rotas, mismo divergentes,
Hasta un perfecto instante en fuerza y luz…

MARCOS LOURES

EL NUEVO BRASIL



EL NUEVO BRASIL


El nuevo siempre asusta, de eso sé,
La vida es tan mutable y el alma inmoble
Un noble caminar se haciendo urgente
La gente se perdiendo, pero vuela
Entre las más brumosas tempestades,
Temeridad sinónimo esperanza.
Latinidad quizás remueva sombras
De tiempos dolorosos y terribles.
Viviendo eso momento brasileño
Percibo otro futuro bien más justo,
Políticos canallas en los cárceles
La hambrienta niñez tiendo alguna chance
Y así, puesto que duele, pero liberta,
El canto reflejando realidades
Difíciles de solitos, cambiarnos.
Los frutos que veré serán benditos,
Las marcas en mi piel justificadas
En los últimos segundos de mi vida
Tendré orgullo de mi patria…

MARCOS LOURES

OLHOS DISTANTES

 OLHOS DISTANTES

PODEREI TRAZER OLHOS MAIS DISTANTES,
VÃO PERDIDOS, SEM RUMO, NAVEGANDO,
EM TRISTES ROTAS, MARES INCONSTANTES.
PROCURA POR TEUS OLHOS, FLUTUANDO

NAS VAGAS SOMBRAS, LUZES VÃO BAILANDO,
NOS ÚLTIMOS COMPASSOS, DELIRANTES;
PERDER-ME, ALUCINADO, SABER QUANDO,
PODER SER O QUE SONHO SER, BEM ANTES

DA DERRADEIRA DANÇA NOS TEUS BRAÇOS,
QUE ME CONDUZ, VADIO POR ESPAÇOS,
NOS COMPASSOS SERENOS DO TEU CANTO,

NO QUE ME DERA,EM VIDA TANTO ENCANTO
NO QUE PUDERA SER ME DESENCANTO,
MAS QUE, GLORIOSA, VIVE EM MEUS ABRAÇOS...

MARCOS LOURES

MINHA ESPERA. ATRÁS DA PORTA

MINHA ESPERA, ATRÁS DA PORTA

Minha espera, atrás da porta
na espreita, observando
cada momento, o bote
o norte perdido, meus medos e segredos
minha gula e sensibilidade.
Procuro, cidades e vales
quanto vale a espera?
Na caça da luminosidade
dos olhos da madrugada.
Nada mais quero, nem desejo
talvez teu beijo, talvez num átimo,
um último desejo, sem nexo
sem sexo, apenas abraço
cansaço e manhas, artes e manhas,
artimanhas da saudade.
Saudade do já pensado, sonhado;
nunca vivido. Sempre na espera;
da vésper estrela, cometa errático
que cometa todos os erros e acertos.
Mas que prometa todos as esperanças
para essa criança coração.
Minha nunca, sempre não...

TUA AUSÊNCIA

TUA AUSÊNCIA

FALAR DE TUA AUSÊNCIA, MINHA AMADA
NO TORPOR DESSAS TANTAS MADRUGADAS,
VOU CAMINHANDO, ÀS CEGAS, PELA ESTRADA
PROCURANDO ENCONTRAR TUAS PEGADAS...

SOLTO, EM VÃO, MINHA VOZ DESESPERADA,
PROCURO EM OUTRAS MÃOS, TUAS AMADAS
MAS NADA ENCONTRO, NÃO ENCONTRO NADA,
A NÃO SER TUAS SOMBRAS NAS CALÇADAS;

NESSA MINHA SAUDADE ; QUE TORTURA!
TE PROCURO POR TODOS OS CAMINHOS,
ME RESTA TÃO SOMENTE ESSA AMARGURA,

DAS TRILHAS DOS MEUS PASSOS; TÃO SOZINHOS,
MINHAS NOITES EM BUSCA DA CANDURA,
VOU PROCURANDO, EM VÃO POR TEUS CARINHOS...

MARCOS LOURES

FLOTANDO

FLOTANDO



Flotando entre diversos astros voy
Hasta infinitos mundos sin pecado,
Yo quiero desear lo cuanto errado
Diseño se desnuda lo que soy,
Por cuanto sin destino siento
Las mismas y sublimes fantasías
Por cuanto en otro instante tu tenias,
Un verso sin temblores, en el viento,
Acasos entre ocasos disfrazando
El canto sin destino en desencanto
Trasciendo en tempestad temblor y llanto,
Quedando algún camino otrora blando,
Ahora mis deseos siendo inútiles
Tramasen tiempos vagos, hasta fútiles…


MARCOS LOURES