Esperanças do quanto nada houvera
E sei da velha face que desnuda
A luta tão frequente sem ajuda
E o medo numa frase mais austera,
O tempo relegando a primavera
O tanto que se queira e não se acuda
A farsa quando agora se amiúda
Expressaria o todo que viera,
Não mais que meramente a mente traça
O tanto poderia e sendo escassa
A sorte não teria novo prumo,
Enganos costumeiros e sombrios,
Os olhos procurando desafios,
E o tempo noutro instante em vão esfumo.
Loures
Nenhum comentário:
Postar um comentário