sábado, 5 de maio de 2018

EM SONHOS

EM SONHOS


Ainda na verdade o quanto eu pude
Atravessar em sonhos o infinito
O passo que pudera sideral
A luta sem sentido e sem descanso
Enquanto na verdade o que ora alcanço
Deixara no passado a juventude,

O mundo que traduza em juventude
O tanto que quisera e mais não pude
E sei quando em verdade nada alcanço
Buscara inutilmente este infinito
Que possa me trazer algum descanso,
Vagando em sonho imenso, sideral,

O espaço que penetro, sideral,
No tempo que se trame em juventude
Tocasse sem saber qualquer descanso
O todo que tentasse enquanto pude
Grassar por sendas raras no infinito,
Toando esta expressão que em paz alcanço,

O tempo que deveras hoje alcanço,
O mundo noutro sonho, sideral,
Ousasse penetrar neste infinito
E tanto quanto valha a juventude
O peso do que trago e mesmo pude
Ainda se moldara e não descanso,

Tentando acreditar no que descanso,
Ousando na palavra quando alcanço
Meu mundo na incerteza quando o pude
Viver esta beleza sideral,
E nisto se moldasse a juventude
Que possa penetrar neste infinito,

O tempo que presumo, ora infinito,
O verso que anuncia sem descanso,
Enquanto na verdade nada alcanço,
Ausente dos meus olhos, juventude,
A trama que eu buscara, sideral,
Expressa a solidão que tanto pude,

E quando agora pude no infinito
Traçar o sideral rumo, descanso,
E sei, jamais alcanço a juventude...


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: