sábado, 5 de maio de 2018

TANTAS VEZES


A sorte tantas vezes nos traindo
E o verso que pudera ser de paz
Marcando com terror o quanto reste
Gerando a hipocrisia e nada mais
Meu tempo se anuncia após a queda
E o todo não se deixa mais levar,

Ainda quando tente enfim levar
A vida de tal forma me traindo
Expressa tão somente a mesma queda
E nada do que possa ou creia em paz
O verso que puder ser a mais
Agora simplesmente nada reste.

O mundo que deveras tente e reste
Errático cenário a me levar
Ao nada que se tente e sempre mais
Enquanto noutro passo se traindo
Expresse o quanto reste desta paz
Na farsa que se entranha em cada queda,

No tempo se desenha a rude queda
E o medo não permite que inda reste
O verso com certeza nega a paz
E o tanto que permita me levar
Expressa o que se fez e me traindo
Não deixa o quanto busco, nunca mais,

E o tanto que pudesse sempre mais
No fundo desenhando a mera queda
No tanto que se veja ora traindo
Expressa tão somente o que inda reste
E deixo este caminho me levar
Aonde se imagina a rara paz,

Meu tempo se adentrando pela paz
Na luta que buscasse sempre mais
E tanto quanto possa me levar
Ainda se vislumbra a velha queda
E nisto tão somente o que me reste
Embora muitas vezes já traindo,

O tanto se traindo quando a paz
Ao longe só me reste o nunca mais
E sinto a velha queda a me levar.


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: