SUBTERRÂNEO
Plutão reinando sobre o subterrâneo mundo
Aonde a morte vive e a vida se perdendo,
O tempo em tanto ardil, atroz, audaz e horrendo
E desta imensa treva, aos poucos eu me inundo,
Em Hades se percebe o fim de todo ser,
E quando se revela, aos poucos se concebe
Além do que se queira eterna e turva sebe,
E nela não se vendo o tempo amanhecer,
Reinando sobre o fim, o deus em medo e tramas
Vencendo sempre em morte, o quanto poderia
Humana criatura esboça em agonia
E neste desencanto ao apagar das chamas,
No reino de Plutão, este último remanso
Que enfim e pouco a pouco, a cada dia avanço.
MARCOS LOURES
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