domingo, 13 de maio de 2018

AQUERONTE

AQUERONTE


Aqueronte este rio infortunado
Caronte atravessando para além
Levando esta mortalha quando alguém
Perdendo o seu caminho, e malfadado,

Desenha nos infernos, o traçado
E rege o que pudera em seu desdém,
Marcando o que deveras nunca vem
Tortura se anuncia em rude Fado,

Cenário de dantesca poesia,
Em epopéia imensa se veria
O quanto deste quadro nos traduz

Sem esperança alguma; o que viria
Na senda mais amarga e mais sombria
Distante do que fora mera luz.


MARCOS LOURES

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