sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Adeus aos meus propósitos

Adeus aos meus propósitos

Adeus aos meus propósitos já dei
E não voltando atrás, seguindo em paz,
Do quanto ainda um dia ser capaz
Permite quem me dera, bela grei.

Aonde surrupiam norma e lei
O monstro do vazio é mais mordaz,
E beija como fosse Satanás
Não deixa nem sentir o que escutei

Outrora de uma mestra em português
Falando sobre métrica e cadência
Ainda tenho em mim esta inocência

Enquanto encontro ausente lucidez,
Por isso retirando cada verso
Silente desde já meu universo...

Marcos Loures

AMOR AUDAZ E CONVULSIVO

 AMOR AUDAZ E CONVULSIVO

Amor se torna audaz e convulsivo,
E sei que na verdade isto me ilude
O tempo mata a antiga juventude
E sei que apenas tento e sobrevivo,

O mundo que pudera compreensivo
Agora noutro passo se transmude
E gera sem saber tal magnitude
E nisto dos meus sonhos já me privo.

Arrendando o cenário em turbulência
A luta se transforma em penitência
E bebo cada gole de um passado,

Há tanto noutro sonho desvendado
E nisto arremetendo-me ao que um dia
O canto noutro tom ecoaria.

MARCOS LOURES

CLEMÊNCIA?

CLEMÊNCIA?

Clementes dias noites tempestades
Se assim já a vida, mas do jeito
Que as coisas vão mostrando já seu pleito
Inusitado rumo em que degrades

Deixando para trás velhas saudades
E nada se mostrando no teu leito
A Musa se mandando, e insatisfeito
Matando a poesia, não agrades

Sequer aos mais sobejos modernistas,
São coisas bem diversas, mas não vês
Aonde se bebesse a insensatez

Disperso amanhecer daí avistas
E crendo que isto é belo, meu amigo
A Diva te condena ao desabrigo...

Marcos Loures

LOVE WITHOUT DISGUISING



LOVE WITHOUT DISGUISING

Shambling walker disguising
The steps without stumbling feel.
Love living immersed, delirious,
Living for the extreme to fall...
Traffic my desires in these steps
Although often no gain.
In many pleasures and failures,
Love sometimes blind, other strange...
In anger and in lire of poets,
Love is always like the sun.
Love is rolling over in straight lines,
Losing the light, blinding my lighthouse...
Love does not know how to use disguise
It's give and take another face...

MARCOS LOURES

HIERA



Hiera

El tiempo se pierde en el vacío
Y la herida más profunda no permite
El tanto que se vea o crea
Aun cuando una esperanza propicia.
La hiera en su cio no se aquieta,
Nadie puede detener sus pasos.
En el infinito el desvarío prosigue,
El deseo se cambia en furia
Y se retoma ahora la incuria
Las garras adentran mi piel,
En un segundo me devora,
Después, en uno riso de ironía
Retorna a su camino, sé que ahora
Lo que soñé; yo no más tenía.
Solamente las marcas de sus garras…

MARCOS LOURES

ANINHADA

ANINHADA

Aninho-me em teu corpo após tempestas
E deste doce alento assim me inundo
Do amor que se mostrando mais profundo
Promete com certeza danças, festas,

E quando no meu lado sonhos gestas
Um dia mais audaz; belo e fecundo
Transporta em nossas mãos, bem mais que um mundo
E a luz adentra então por várias frestas

E nossa cama em chama iluminada,
Permite que depois da cavalgada
Já satisfeitos em suores tantos

Imensa maravilha decifrada,
Seguindo pareados nesta estrada
Que leva aos mais profanos dos encantos.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

AMARGA SENSAÇÃO

Amarga sensação

Levara dos meus dias a esperança
De um novo amor depois de tantos anos
Na ausência dos anseios soberanos
A sorte no vazio já se lança

E quando uma alma busca esta aliança
Por mais que se procurem outros planos
Os dias se derramam quase insanos,
Vivendo tão somente da lembrança

Amarga sensação do nada ter,
Diversa fantasia em desprazer,
Assento o meu olhar neste horizonte

Sem ter sequer a imagem distorcida
Do que pensara outrora fosse vida,
No sol que sem sentido, não desponte.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

QUANDO A TEMPESTADE SE ANUNCIA

quando a tempestade se anuncia

Queria ver a luz de um belo sol,
Mas quando a tempestade se anuncia
A vida se refaz a cada dia
E toma ensandecida, este arrebol;.

Minha alma como fosse um caracol
Prepara uma defesa e segue esguia
Enfrento a noite amarga, só e fria
Buscando o teu olhar como um farol,

Lutando contra os medos e pudores
Seguindo cada passo aonde fores
Na imensa madrugada em trevas feita

E quando o amanhecer se faz nublado,
Seguindo solitária, olho a meu lado
E vejo a minha vida em vão, desfeita.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

CENÁRIO SURREAL

Cenário surreal

Redima-me dos medos do passado,
Aonde imaginara imensa dor
E agora ao pressentir em ti calor,
O amor se mostra a nu, iluminado.

Vencer os temporais, saber do prado
Aonde poderia em cada flor
Render uma homenagem ao amor
Cenário surreal, imaginado.

Entregue aos seus caprichos, não consigo
Sequer me defender de algum perigo
E quando estou contigo nada vejo

Senão o realizar de cada sonho,
Que insana em luz tão mágica componho
Perpetuando em ti todo o desejo.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

MEDO E GOZO

MEDO E GOZO

Estranhas sensações de medo e gozo
Prazeres misturados com terror,
E quando me defendo com pudor,
O tempo se mostrando caprichoso

Abrindo este caminho prazeroso
Aonde sem saber irei compor
Um mundo feito em luz,.carinho e amor
Num imenso carrossel voluptuoso.

Estrelas espiando cada cena
E a claridade intensa me serena
Deixando-me deveras satisfeita

E quando entre seus braços adormeço,
O amor ao descobrir cada endereço
Também chegando intenso, aqui se deita.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

NÃO SEI SEQUER SEU NOME

Não sei sequer seu nome

Não sei sequer seu nome e não me importa
Só sei que nos seus braços sou feliz,
A santa que deseja, a meretriz
Que em tensa insanidade já se aporta,

Abrindo num momento a minha porta,
Não fala quase nada e tudo diz,
Refaz a mesma senda e pede bis,
Ciúmes, noutro gozo, o amor aborta

E deixa-me depois de saciada,
Vagando por sei lá que rumo e estrada,
Voltando tão somente quando quer,

Não me chama de amor nem de rainha,
Decifra esta vontade que eu continha
Apenas me chamando de mulher.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

ÂNSIAS VORAZES

ÂNSIAS VORAZES

Afundo-me nas ânsias mais vorazes
E nelas entranhadas esperanças
Tocando bem mais fundos estas lembranças
Aonde se viveram várias fases

Do amor aonde intenso satisfazes
Vontades pelas quais sei que te avanças
E trazes em teus olhos frias lanças
Deliciosamente mais audazes.

Escrava desta insânia, sou só tua
E quando em outras luas continua
A saga deste louco e doce amante,

Ciúmes consumindo cada instante,
E espero aqui deitada em luz sombria,
Porém quando ele chega, me sacia.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

UMA ALMA EMBRIAGADA

Uma alma embriagada

Uma alma embriagada em tanto amor,
Deixando para trás as velhas crenças
Vontades que domina, são imensas
Ignoro neste instante algum pudor

E seja da maneira como for
Após as mais terríveis desavenças
Encontro em tuas mãos as recompensas
E nelas com suor, prazer e dor.

Entregue aos teus fascínios, meu amado,
O quanto de desejo saciado
Traduz a imensidade e me completa,

Assim depois de toda esta loucura,
O amor insaciável se perdura
Uma alma em tantas luzes; vai repleta.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

MORDAZES EMOÇÕES

Mordazes emoções

Meu coração há tanto já desfeito,
Mordazes emoções o vento leva
E quando se percebe em fria treva
Em meio às tempestades eu me deito,

Quisera pelo menos ter um jeito,
A sorte poderia ser longeva,
Mas sei que dentro da alma sempre neva,
E a morte se aproxima do meu leito.

Vencer os meus temores e poder
Sentir todos os gozos de um prazer
Deitando minha pele sobre a tua,

E assim a noite inteira em luz imensa,
Vivendo em cada orgasmo a recompensa,
Entregue ao teu delírio insano, nua.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

PÂNTANOS

PÂNTANOS

Dos pântanos que a vida me apresenta
Durante a noite imensa em solidão,
Vestindo em falsa seda esta ilusão
A vida se transborda em vã tormenta,

E quando um novo dia a gente tenta
As horas mais doridas mostrarão
O quanto que sonhar se faz em vão
Nem mesmo o amanhecer ainda alenta.

E quando perceber o fim de tudo,
Nas ânsias de um prazer eu não me iludo,
Apaixonadamente vejo assim

O todo se perdendo em mil pedaços
E aonde se pensara em fortes laços
Percebo do final, um estopim.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

NOVA TEIA

NOVA TEIA

Querida por quem sabe e reconhece
O quanto me dedico, mesmo quando
O amor em outra face transmudando
Aos meus desejos foge e até me esquece,

E quando nova teia em paz se tece
Anseio este momento audaz ou brando
E visto esta ilusão já me entregando
Delírio feito em glória, gozo e prece.

Assim passando os dias olho à frente
E mesmo quando só e descontente
Uma esperança é minha companheira

Não deixo que este medo me domine
Ao grande amor minha alma se define
A serva mais leal e verdadeira.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

NOVA TEIA

NOVA TEIA

 

Querida por quem sabe e reconhece
O quanto me dedico, mesmo quando
O amor em outra face transmudando
Aos meus desejos foge e até me esquece, 

E quando nova teia em paz se tece
Anseio este momento audaz ou brando
E visto esta ilusão já me entregando
Delírio feito em glória, gozo e prece.

Assim passando os dias olho à frente
E mesmo quando só e descontente
Uma esperança é minha companheira

Não deixo que este medo me domine
Ao grande amor minha alma se define
A serva mais leal e verdadeira.
 
RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

LOVE AND FANTASY



LOVE AND FANTASY


Wounded by the arrows of this love,
Never let you have a hope
Living without remorse, so ardently,
Luck hiding in memory.
Always resist the pain, poor partner,
While my destination more nefarious,
Knowing that I will bring a lifetime,
The eyes and your arms, always loving...
Sorry these my verses daring,
Not fit more words to say.
Loves it were unsuccessful,
Returns and all being mistreated.
But I have a sure guide
Too much love, however, is fantasy...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

ALBATROS



ALBATROS

Un albatros volando en mar inmenso,
En incesante busca sin descanso,
Y cuando en otro instante el sueño alcanzo,
Diverso del que tanto quiero o pienso,

En torpes ilusiones, nada venzo,
Siquiera la expresión de algún remanso,
Y mismo contra el fuego sigo y avanzo,
Dejando para tras un mundo extenso,

Las alas siempre abiertas, esperanzas,
En cuanto tú festejas, ríes, danzas,
Viajo al infinito, viejo atroz;

Pudiera solamente y con blandura,
Cesar la soledad que me tortura,
No siendo sin mis puertos, albatros…

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ALGUNA SUERTE




ALGUNA SUERTE

Por veces procurando alguna suerte
Diversa da que tanto traigo ahora,
La vida en otro instante me devora,
Dejando solamente entonces muerte,

Sin nada que pudiera presumir,
Navego entre temibles tempestades
Adonde imaginé felicidades,
Solamente temblor a consumir,

Naufrago en tus deseos mis barcazas
Lejano corazón se haciendo rudo,
Y cuando en otro ton ya me transmudo.
Ilusiones cambian, son carcazas,

Cazando lo que sea nuevo encanto,
Solamente viví dolor y llanto…

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS