sábado, 1 de outubro de 2011

Quero teu cheiro

Quero teu cheiro

Quero teu cheiro, desejo e chama, no beijo que chama e clama e aclama, teima e me traduz. Na luz serena da morena, que acena com a vida, ávida e vadia, audaz e perene.

Quero teu sentido, ameno e amoral, amargo delírio, nos lírios do campo, nas sendas e searas. Quero o amares nos mares e marés, na trilha do sol, no arrebol e na terra, treino e acento, aceito e assento, assertiva que mente e remete à mente que traz o audaz que seduz, em tua luz e amplidão.

No chão que pisas concisa e complexa; nos plexos e praças, nos arredores dos lugares por onde flutuas, delicias e deliras os olhos perdidos, os medos perdoados, denodados dos nós dados de nós atados em nós, urdidos e ungidos num ágil e frágil pendão.

Quero o acero de teus lábios, sábios e cruéis, de viés, ao revés ao invés. Desviados das vias onde voas, onde havia a harpia que devora. Voraz e virtuosa, com as mãos mais audazes, velozes, audaciosas, cônscias e cientes, do que, de repente, no repente, repetidos atos atam em nós.

Minha amada nada mais quero e espero senão o teu perdão, pendão e acórdão, cordão que ate e que arremate, maltrate e acaricie. Vicie e delicie quem quer que se veja, na mesma peleja, na mesma cantiga, antiga e perene.

Amo teu amor, amo e escravo, me lavam e me levo me deixo ao teu rumo, no aprumo que decidires, nos dizeres que conjugares, nos ares que voares nos mares que nadares, onde quiseres por onde vieres e para onde fores.

Nas flores e odores, nas dores que escolheres, nos mesmos motivos que sirvam de tema. Que sejam teu lema e tua gema. No mesmo leme, no mesmo cerne, que concerne a quem ama.

Na vida que queima na curva do rio, na trilha da estrela, ao vê-la me perco.

Na vela que consome que some e bruxuleia, no brilho dos olhos, na filho que teremos, no amor que produz e reproduz, na noite das estrelas, desse hotel onde estamos nos amores que tragamos e estragamos pela vida afora.

Mas, agora , nada importa, tranque a porta e abra o peito.

Teu confete, teu confeito somos ambos nesse tempo. Nosso tempo nesse templo em que contemplo e perpetuo nosso duo, nosso dia, na poesia que derramas, nessa cama, nossa chama, nos chama e declina. No declínio da noite, o arremate, o combate, nada abate nosso trato, no contato, no contrato, contralto e contrabaixo, nosso facho, acho que a lua, a rua e a cachaça, nosso pia batismal.

Nosso doce carnaval, canavial dos desejos, nos beijos e afetos, nos perpétuos ósculos e ócios, vícios e delícias.

Nos teus seios que sei-os tão meus, nesse momento são regaço, meu cansaço, onde lasso, teus laços e meus traços são um só.

Amo-te, desse amor tão mais urgente que necessito ardor, que transmite a dor, e consola minha perda, minha perca e minha musa, minha medusa.

Abra a blusa e, confusa, com fusão, entre lábios e delírios, somos todos um só corpo, absorto e absurdo, surdos e semimortos, filhos dos mesmos tratos, entre Hermes e Afrodite, acredite minha amada, aceite essa madrugada, como estrada e madrigal. Nesse doce precipício, o fim de tudo é o início, o meu renascimento, o momento mais sublime, o suplício, a súplica, o início, a última esperança!

Depois da curva da estrada

Depois da curva da estrada

Nunca mais quero saber dessa cidade, nunca mais, nem que tudo mais se acabe, que o mundo se desespere, nada mais me trará de novo essa cidade.
Ficando atrás da curva da estrada, perdida entre montanhas que nem mais serão minhas, nunca seriam minhas, minas de água límpida, turvadas pelas minhas tristezas, perdidas pelo tempo, entre tantos entretantos e poréns...
Nasci na esquina da rua do Sol, com a rua da Lua, filho de um anoitecer ou de um sonho frustrado de uma menina apaixonada pelo príncipe que nunca houve, somente o ronco forte do motor indo embora, voltando para o reino de onde veio, velho e acabado reino, em busca de outras princesas.
Pai que não sei, mal sei o nome, talvez nem saiba mais, nem interessaria tanto para ele quanto mais para mim, solitariamente esquecido na pequena cidade entre as montanhas de Minas.
Minas, de Gerais a tão restritas, minas de minério de ferro, água ferruginosa engasgada na garganta, minha garganta na garganta da serra, da serra mineira, escondida depois da curva da estrada...
Fui crescendo, crescida a mágoa, mãe desaguando no rio, suicídio me contam, mas não sei bem, talvez o gosto da água ferruginosa tenha conseguido calar a voz desafinada que me embalou...
Embalado para presente, qual cavalo troiano, fui rolando de casa em casa, por acaso uma aceitou.
A última que procuraram, acho que em meio a um sem número de diachos, no outro lado do riacho, casa de pau a pique, vida a pique, serra a pique.
Pique esconde, escondido do tempo, brincando rápido que senão a vara queima, marmelo, doce de marmelo, vara de marmelo, queimando nas pernas do moleque safado, pilantra, sem vergonha...
Vergonha traz lágrimas, doem os braços, os abraços negados, os ossos quebrados, pernas amarradas, embira e breu. Talas e varas estaladas nas pernas, em conjunto, reativa a circulação.
Na circular dos meus sonhos de moleque, pés de moleque na boca dissolvendo, o solvente trazendo delírios na adolescência, dando a coragem para a enxada, para o peso do arado, árduo e pesado para o moleque franzino. Hinos evangélicos no final de semana, entre tantos cultos, inculto cresci.
Cresci não, espichei.
Pichado por todos, mãos de piche, negras e ossudas, calejadas, calendário, época de plantar, depois do arado, planta dos pés ferida, feitas de cravos sob as canelas finas, finais, finalizando o esqueleto andante.
Ardente sol, tonteiras e aguardentes, as mágoas ardentes desaguando nos poros, nos olhos, nos dentes esquecidos a cada dia nos cantos da roça.
Dentes de alho para afastar mau-olhado, mas olhar para quê, o quê, quem?
Motos e carros, carros de boi são raros, somente as motos e os motivos: mortes, mortes de tio e tia, as primas e primos, primeiros a terem a primazia, depois dos tios, do açoite.
Açoite e costas magras, costelas expostas na estrada que me chamava.
As marcas das pancadas nunca mais saíram, nem as cicatrizes na pele, pele e osso, colosso de tosse...
Tosse diária, febre de tarde, ardendo tanto, molhando cama e lençol, preguiçoso, vagabundo, vadio, tuberculoso...
Seis meses de tratamento, nove meses para nascer, filho de Maria de Fátima, única louca, meu filho...
Aborto, para sorte de todos, inclusive da criança, principalmente dela...
Fátima era tonta, tão tonta quanto feia, mas a aveia de pobre é capim.
Na veia, depois de tanto, transfusão, confusão, profusão de pragas e palavrões, a sina abre a esperança.
Partir para longe, onde o bonde da sina não me encontre, longe dali, por onde? Qualquer lugar, desde que longe...
Onde vou, sei lá, só sei que a curva da estrada me liberta, melhor o incerto que essa certeza, melhor a morte sem mortalha, que o amargo da serralha, que ficou nessa serra..

Meu amor foi sepultado

Meu amor foi sepultado
De tanta dor, maltratado.
Quando perdi teu amor
Quando secou essa fonte,
Quando a tristeza chegou,
Tanta tristeza, de monte...

dissabores da saudade.

Partindo do pressuposto,
Que mais belo que teu rosto,
Nunca nada fez meu Deus,
sabendo dessa verdade,
eu bem sei que são só meus,
dissabores da saudade...

Minha cabocla querida

Minha cabocla querida,
Razão dessa minha vida,
Meu canto mais perfeito,
Meu mundo em ti faz sentido,
Pois sem te ter, nada feito,
Melhor eu nem ter vivido...

Por que tanto chorar

Restando meu pensamento,
Por um triste, vão momento,
Nunca podendo escapar,
Quero saber desta mágoa,
Por que tanto chorar,
Se meu canto, em ti, deságua...

Tanto amar, perdoe Deus...

Querendo não esquecer
Nem podendo mais te ter,
A boca que já beijei
Os seios que foram meus
O tanto que já te amei,
Tanto amar, perdoe Deus...

Sangra a vida

Nessa gota de orvalho,
Sangra a vida, feito talho,
Cada novo amanhecer,
Traz a saudade doída
De tentar te esquecer,
Renovando a velha vida...

Montando no meu corcel

Montando no meu corcel,
Cavalgando pelo céu,
Vou em busca de Maria,
Procurando meu amor,
Passa noite, passa dia,
Passa o tempo, passa a dor...

Você deixou só saudade

Você partiu, foi embora,
Só restando então, agora
Os meus olhos tão tristonhos,
Você deixou só saudade,
Morando em todos os sonhos,
Matando a felicidade...

Fiz a casa na montanha

Fiz a casa na montanha,
Onde mais o vento assanha,
Balançando teu cabelo,
Fazendo felicidade
De lã, perfeito novelo,
Da lua, só claridade...

Traquinas

Amor, bicho serelepe.
E não há quem não se estrepe,
Ao tentar amor conter,
Traquinas, vive fugindo,
Matando, sem perceber,
No final, sempre se rindo...
01/10/11


Rolando estas estrelas no meu céu
Augúrios tão diversos do que eu quis
Sanando cada instante nada fiz
E mesmo se desenha a vida ao léu,

Sabendo deste engodo o ser cruel
Grassando sobre o turvo mundo gris
Não possa de tal forma este infeliz
Vagando sem sentido sob o véu

Escrevo o quanto pude e não vivesse
Ainda que deveras merecesse
Alguma chance após a queda e o medo,

A sorte que deveras me concedo
Enquanto noutro passo eu condeno
Aonde quis o sonho mais sereno.

2


Depois de tanto tempo; em penitência,
A vida não traria melhor sorte
Sem ter o quanto possa e me conforte
Restando dentro da alma a incoerência.

Apenas poderia em turbulência
Vestir o que deveras não comporte
O rumo se desenha e tendo o corte
Ousando no vazio em violência

A sordidez se faz tão necessária?
A farsa se montando temerária
E o peso de uma vida me envergasse,

Assim a consciência nada traga
Senão a ponta fina desta adaga
Mostrando o claro amor em dupla face.

3


Sem nuvens, sobre mim, esta amplidão
Expressa o quanto quis e nada veio,
Apenas prosseguindo sempre alheio
Ousando acreditar em tal versão,

O mundo sonegando a dimensão
Entoa este vazio e não rodeio
Senão meu caminhar em devaneio
Sabendo quanto dói tal solidão,

Não pude desvendar noutro momento
E sei do quanto busque o que ora eu tento
Cerzindo no vazio alguma luz,

Capacidade dita o dia a dia
Que enquanto noutro tom se moldaria
Ao nada simplesmente me conduz.

RECORDE MUNDIAL EM SONETOS PARTE 4 e 5

Do soneto 30001 até o de número 50000

http://www.overmundo.com.br/banco/sonetos-de-30001-a-50000

RECORDE MUNDIAL EM SONETOS PARTE 3

SONETOS de 20001 até 30000

http://www.overmundo.com.br/banco/sonetos-de-20001-a-30000

Moça da pele morena

Moça da pele morena,
Quero essa boca pequena,
Na minha boca pousada,
Quero teu amor, menina,
Quero essa mão repousada,
No pouso da minha sina...

SAUDADES

Tudo passa devagar
Fingindo que vai passar
Tudo calmo na cidade
Pequena, do meu sertão.
Só não passa essa saudade,
Dentro do meu coração...

Nasci nas Minas Gerais

Nasci nas Minas Gerais,
Em plena Zona da Mata,
Vivendo, buscando a paz,
Mas a saudade maltrata...

Dignidade e amor...

Seca maltrata o sujeito,
Vai matando a criação,
Mas ninguém tem o direito
De explorar o meu sertão!
Nosso povo sertanejo
Tem muito brio e valor,
No fundo, nosso desejo,
Dignidade e amor...

Rimas trago no meu peito

Rimas trago no meu peito,
Versifico com paixão,
Vão nascendo, desse jeito,
Brotando do coração...

RECORDE MUNDIAL EM SONETOS PARTE 1 E 2

http://www.overmundo.com.br/banco/meus-sonetos-de-0001-ate-20000

recorde mundial de sonetos partes 1 e 2

Falando por valentia

Falando por valentia,
Qualquer um fica mais forte,
Quero ver, na poesia,
A cobra dar o seu bote...

Rastro de cobra no chão

Rastro de cobra no chão
Assusta qualquer valente
Amor rasga o coração,
Deixando o cabra doente...

Passatempo, passarinho

Passatempo, passarinho
Passa tudo devagar,
Passando o tempo, sozinho,
Tempo custando a passar...

Sentimento de verdade,

Sentimento de verdade,
Pode um cabra conhecer
Quando bate essa saudade.
Dá vontade de morrer

Na ponta do gravinote

Na ponta do gravinote
Vi muito cabra morrer,
Vi valente dar pinote,
Já vi jagunço correr...

Restando tão pouca vida

Restando tão pouca vida
Para quem quer esquecer.
Essa verdade mentida:
Nada temo, nem morrer...

Coração batendo, exposto...

Vi teu nome no meu peito,
Consegui ver o teu rosto,
Doendo, mas satisfeito,
Coração batendo, exposto...

Serei de ti o sonhar

És mais bela que sereia,
Serei de ti o sonhar,
A luz de minha candeia,
Não consegue te ofuscar...

Mariana foi pro mar

Vinda de terra distante,
Mariana foi pro mar
De Netuno foi amante,
Amiga de Iemanjá...

Bebendo da vida

Bebendo da vida, tanto,
Eu quero me embriagar,
Do teu doce, claro encanto,
Novo canto, vou cantar...

Nos meus sonhos

Meu tempo, sem contratempo,
Vai passando, devagar,
Navegando vou, ao vento,
Nos meus sonhos, vou voar...

vou vagando pelo mundo

vou vagando pelo mundo
procurando te encontrar,
lá do céu ao mar profundo,
nas estrelas, no luar...

Vou rasgando a fantasia

Vou rasgando a fantasia
Que vesti no carnaval,
Menina faz poesia
Brilhando nesse lual...

Sei de tanta falsidade

Sei de tanta falsidade
Conheço, desde menino,
Em teu corpo, a claridade,
Onde banho e me ilumino...

Moça bonita

Moça bonita, cuidado,
Não caia no velho papo,
O tal príncipe encantado,
Há muito já virou sapo...

Te vejo nas espirais

Na fumaça do cigarro,
Te vejo nas espirais,
Se tropeço, me agarro
Em ti, cairei jamais...

Não sei nem quero saber

Não sei nem quero saber
Quem inventou sofrimento,
Só sei que quero viver,
Ao teu lado, esse momento...

Rosa vermelha, sedução.

Rosa vermelha, sedução.
Rosa branca, quero paz.
Plantar, no teu coração,
Um rosal, se for capaz...

Foste tanto, fui tão pouco

Foste tanto, fui tão pouco,
Me perdoe, meu amor,
Hoje, tonto, vivo louco,
Com meu peito sofredor...

Vida, vela leva o vento

Vida, vela leva o vento,
Pra distante, nesse mar,
Vou vivendo no relento,
Procurando te encontrar...

AME

El amor no se creen o de pago, dado es
Se trata simplemente de dar.
Donación absoluta involuntariamente recompensa
Amar a alguien que nos ama es la obligación de
Obligando a la acción que no nos ama
Es una estupidez, absolutamente estúpido;
Si te gusta la recolección de peaje
O de la reflexión
No es amor, es egoísmo.
Ojo por ojo y el amor porque el amor es la cosa
Sin hipocresía marcharon y sándalo
Caballo patadas? Estoy fuera!
Ahora no esperamos una recompensa
no corte
sólo la suerte
Bueno o malo. ¡Maldita sea!
Amar es saber
O mejor conocido al amor
Y nunca para no querido,
Si no se lo merecen, no me acuerdo
Pero siempre vale la pena
Incluso si sólo una pena de
Vale la pena.
Sin pena cuánto pesa
Vale la pena lo que se precie
Siempre agradece
querido y amado
El enemigo punta
El tiempo sigue
Y nada puede ser
Si no fuera por el amor.
A pesar de que vente
El vente viento
¿Valió la pena
Vaciado mi alma.
Ella está tan lleno de amor
¿Qué pasa si no bajan
Me aplasta
El peso del amor es grande
Así que no se acumulan, distribuir!

AME

L'amour ne croient pas ou payé, est donné
Il est tout simplement donner.
Don absolue involontairement récompense
Aimer quelqu'un qui nous aime est l'obligation
Forcer l'action qui ne nous aime pas
C'est stupide, absolument stupides;
Si vous aimez la collecte sans frais
Ou de réflexion
Il n'est pas l'amour, l'égoïsme.
Un oeil pour un oeil et de l'amour car l'amour est la chose même
Sans hypocrisie, défilé et bois de santal
Cheval débute? Je suis dehors!
Maintenant, ne vous attendez pas une récompense
Non découpés
juste chance
Bon ou mauvais. Damn it!
Pour l'amour est de savoir
Ou mieux connu à l'amour
Et jamais pour les mal-aimés,
Si vous n'êtes pas la peine, je l'oublie
Mais toujours la peine
Même si une seule pénalité
Vaut la peine.
Sans vaut combien il pèse
Vaut ce qui se respecte
Il apprécie toujours
Chers bien-aimés
L'ennemi de pointe
Le temps continue
Et rien ne peut être
Si ce n'est pas pour l'amour.
Même s'il ya vente
La vente de vent
Était-il utile
Vidé mon âme.
Elle est si plein d'amour
Que faire si je ne tombe pas
Il m'écrase
Le poids de l'amour est grand
Donc, ne pas accumuler, distribuer!

AME

Love does not believe or paid, is given
It is simply giving.
Donation absolute unintentionally reward
Loving someone who loves us is the obligation
Forcing the action who does not love us
It's stupid, absolutely stupid;
If you love collecting toll
Or reflection
It is not love, is selfishness.
An eye for an eye and love for love is the very thing
Without hypocrisy marched and sandalwood
Horse kicks? I'm out!
Now do not expect a reward
Not cut
just lucky
Good or bad. Damn it!
To love is to know
Or better known to love
And never for unloved,
If you are not worth it, I forget
But always worth it
Even if only one penalty
Worth it.
Without worth how much it weighs
Worth what self-respecting
He always appreciates
Dear beloved
The rush enemy
The weather continues
And nothing can be
If not for love.
Even though there vente
The wind vente
Was it worth it
Emptied my soul.
She is so full of love
What if I do not drop
It crushes me
The weight of love is great
So do not accumulate, distribute!

Da noite quero o luar

Da noite quero o luar,
O sol desejo do dia,
Conjugando o verbo amar,
Transbordando poesia.

Não há coisa mais bonita

Não há coisa mais bonita
Nesse mundo de meu Deus,
Que os olhos da minha Rita,
Quando olha nos olhos meus...

Vencido pelo cansaço

Vencido pelo cansaço,

Adormeci nos teus braços,

Vem. Me dê um abraço,

Estreitando nossos laços...

Cansado de te esperar

Cansado de te esperar,
Parti para outra cidade,
Procurando te encontrar,
Amada felicidade...

Na curva torta do rio

Na curva torta do rio,
No meio do meu sertão,
Quero um dia que, vadio,
Enterrem meu coração...

Esperança diz teu nome

Esperança diz teu nome
Cada dia mais distante,
Tua imagem me consome,
Perdida, tão inconstante...
Mas, a cada dia vejo,
Que amar mais do que pude,
Faz viver esse desejo,
Amar-te tanto, amiúde...

Na estrada da minha vid

Na estrada da minha vida;
Muitas curvas, capotei.
Minha sina é despedida,
Sofrendo por quem amei.
Tanto quero esse querer
Quanto espero pela lua
De tantas, tenho você,
A minha alma é toda sua...

RECORDE MUNDIAL EM SONETOS PARTE 1

MEUS PRIMEIROS DEZ MIL SONETOS -

RECORDE MUNDIAL DE SONETOS

Recorde de Glauco Mattoso

GLAUCO MATTOSO BATE RECORDE DO ITALIANO GIUSEPPE BELLI

O poeta brasileiro Glauco Mattoso (paulistano de 1951), que, em fevereiro de 2008, completou dois mil e trezentos sonetos de uma série iniciada em 1999, supera a histórica marca do italiano Giuseppe Belli (1791-1863), que, em 1849, teria composto, segundo consta, seu soneto de número 2.279 numa obra produzida mormente entre 1830 e 1839.


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Marcado pela paixão.

Vi teu nome rabiscado
Marcado pela paixão.
Foi nesse tempo passado,
Onde tinha o coração
Um bater desesperado
Descompassado afinal
Tanto tempo já marcado,
Na árvore desse quintal...

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

30/09/2011

Nos braços deste sonho aonde um dia
Vivesse tão diversa liberdade
E sei do quanto a vida desagrade
Quem tanto noutro tom nada teria,

Cenário onde disperso a poesia
E marco sem sentido a lealdade
Deixando cada luz desta cidade
Na mais ferina rota. Tão sombria.

Não pude e nem quisera após o todo
Vencer o quanto traga neste engodo
A farsa mais sutil e desvairada,

Depois do que inda trago sem proveito
Ainda quando inútil tempo aceito,
A luta no final não dita nada.

2


Distante deste mar que em turbulência
Expressa a verdade em alma pura
No tanto sem destino que perdura,
A vida não traria esta ingerência

E o verso que anuncia esta inclemência
Ditando no final esta amargura,
A luta se mostrara e me tortura
Gerando o quanto possa em insolvência

Meu rumo se desnuda noutra face
E sei da sordidez quando moldasse
A rústica presença do meu ser.

E nada do que traga nova luz
Transforma o meu momento e reproduz
A fúria sem sentido do viver.

03




Nas mãos do imenso amor vejo o passado
Jorrando feito em fonte turbulenta
E sei do quanto possa e me apascenta
A luta que se mostra a cada lado,

Apenas num momento quando evado
Procuro o todo na alma e se fomenta
Palavra transtornando, virulenta
E o canto traduzindo o vão recado.

A sorte se imiscui nesta senzala
Uma alma solitária nada fala
E gera outro cenário em tal rudez,

A luta se anuncia a cada passo
E sei da melodia que inda traço
Embora no final; mais nada, vês.

Na fome de ter você.

De fome e sede nos matos
Sertanejo vai morrendo,
Na seca desses regatos
Nos dias que vai sofrendo.
Tal qual esse sertanejo,
Assim também meu viver,
Vai secando esse desejo,
Na fome de ter você.

Preu poder te confessar

Seu doutor, me dá um tempo
Preu poder te confessar
Depois desse contratempo
Não posso nem vou negar
A vida me deu saudade
Por herança e por meu bem
No tempo da mocidade,
Ficou o gosto d’alguém...

Não quero saber de ti

Não quero saber de ti
Nem quero mais solidão
De tudo que já vivi
Nem me resta mais perdão
Só me traz o pensamento
Longe de tantas promessas
Vou morrendo esse momento
Amando-te às avessas...

Nas noites enluaradas.

No tabuleiro da serra
Seguindo pelas estradas
Vou trilhando pelas terras
Nas noites enluaradas.
Estrelas por companhia
Em busca do meu descanso
As três marias por guia
Em Maria o meu remanso...

Gosto doce da maçã

Gosto doce da maçã
Na boca de quem amei,
Trazendo meu amanhã
Dos tempos que já passei.
Vem morena me dizer,
Conhecer a mansidão
Nos teus braços vou morrer
Maltratando o coração...

La Segunda Guerra Mundial - John Polino, el héroe de Santa Marta

De vuelta en los años cuarenta, tenía un punto de ebullición en el mundo, la segunda guerra mundial fue la noticia en todos los periódicos y emisoras de radio en el país.
Ingreso de Brasil en la guerra agita el orgullo de nuestro querido pueblo y en Santa Marta no fue diferente.
En la radio sólo en el distrito que se encontraba en la plaza principal, John Polino, a diferencia de la mayoría de la población que se presionó para escuchar el programa de música en Radio Nacional Francisco Alves, realmente interesado por lo que estaba sucediendo en todo el mundo.
Como buen comunista, sin saberlo, en gran medida alentado por la victoria de los aliados contra el régimen fascista de Mussolini y, sobre todo contra los nazis alemanes.
En los debates que estaban alrededor de las mesas en el bar principal del distrito, "Santamartense," no midió las consecuencias de las palabras y no para defender el líder ruso.
Por otro lado, algunos descendientes de italianos y alemanes fueron las principales víctimas de las críticas y comentarios de nuestro héroe.
Hasta que un día, a pesar de todos los que pensaban que la chica era sólo un "colector de la fuerza", para aprender de la entrada de Brasil en la guerra y llamado a voluntarios para entrar en combate, no se inmutó.
Entrar en contacto con algunos conocidos, en Río de Janeiro, se ofreció a entrar en combate.
Era un dios nos ayude, a su hermana, Oracina, estaba asustado por la más radical de su hermano, tempestuosa.
Hubo quienes frustrar la idea, ni siquiera el párroco de Santa Marta, el padre de Josías asesor de edad para el pueblo.
Diciendo que había recibido la confirmación de que había sido aceptado, John causó verdadero clímax entre los habitantes. Había muchas jóvenes que suspiraban ante la posibilidad de simplemente hablar con un héroe.
En un día frío, a los que nadie olvide, nuestro amigo fue a Río de Janeiro en busca de aventuras que Europa se estaba preparando ...
Después de seis meses de viaje, he aquí, una noticia cayó como una bomba en Santa Martha. El domingo, el tren de las siete, vendría el regreso del Viejo Continente, el heroico John Polino.
Banda de música en la plaza, las vacaciones escolares, todos contentos de darle la bienvenida.
Las siete y media, porque el tren siempre llega tarde, llegó con toda la pompa y circunstancia, para el deleite de toda la población, nuestra plaza.
Fuegos artificiales se inclinó y tocó el quiosco de música Plaza de Santa Bárbara. Los estudiantes de la escuela de la ciudad, en uniforme, con doña Louza adelante, el héroe más venerado de la historia Santamartense.
Después de que el soporte rasta-noche que duró toda la Polino Juan, viviendo como en un sueño, le había costado conciliar el sueño.
Al día siguiente, temprano, fue a la tienda de su Reis José, disfrutar de un poco de fama.
Le preguntó cómo fue la experiencia, Juan no se inmutó: Que la guerra estaba siendo muy difícil, que había matado a más de cuarenta alemanes, etc. Hablado, así como Alemania era muy bonita, y no duda de que una vez que las personas fueron liberadas de los nazis alemanes, el país se recuperaría.
José Reis, tranquilo, escuchó y habló de nada ...
Sin embargo, con la idea de que Juan se refería a Alemania e Italia no, se sorprendió.
-Hey John, quiero decir que Alemania es muy bonito? ¿Dónde estaba la peor batalla?
-Berlín. John Polino, dijo, sin dar más detalles ...
José cortésmente no dijo nada, y tampoco comentó sobre el hecho de que Juan regresó a Santa Marta por completo la piel bronceada

La seconda guerra mondiale - John Polino, l'eroe di Santa Marta

Negli anni Quaranta, aveva un punto di ebollizione nel mondo, seconda guerra mondiale è stata la notizia in tutti i giornali e le stazioni radio del paese.
Ingresso del Brasile in guerra suscitato l'orgoglio del nostro amato popolo ea Santa Marta non era diverso.
Nella radio solo nel quartiere che era nella piazza principale, Giovanni Polino, a differenza della maggior parte della popolazione che è stato premuto per ascoltare il programma musicale su Radio Nacional Francisco Alves, realmente interessati da ciò che stava accadendo in tutto il mondo.
Come un buon comunista, senza saperlo, molto applaudito dalla vittoria degli alleati contro il regime fascista di Mussolini e soprattutto contro i nazisti tedeschi.
Nelle discussioni che erano intorno ai tavoli del distretto bar principale, "Santamartense," non misurare le conseguenze delle parole e non per difendere il leader russo.
D'altra parte, alcuni discendenti di italiani e tedeschi sono stati le principali vittime delle critiche e dei commenti del nostro eroe.
Finché, un giorno, a dispetto di tutti coloro che pensavano che la ragazza era solo un "collezionista di forza", per imparare dalla data di entrata in Brasile in guerra e appello ai volontari per andare a combattere, non ha battuto ciglio.
Entrare in contatto con alcuni conoscenti, a Rio de Janeiro, si offrì di entrare in combattimento.
E 'stato un Dio ci aiuti, sua sorella, Oracina, era spaventato da questo più radicale del fratello tempestoso.
C'era chi contrastare l'idea, nemmeno il parroco di S. Marta, Padre consigliere Giosia vecchio al villaggio.
Dicendo che aveva ricevuto la conferma che era stato accettato, John causato culmine reale tra gli abitanti. C'erano molte ragazze che sospirava contro la possibilità di limitarsi a parlare con un eroe.
In una giornata fredda, quelli nemmeno dimenticare, il nostro amico è andato a Rio de Janeiro in cerca di avventure che l'Europa si stava preparando ...
Dopo sei mesi di viaggio, ecco una notizia cadde come una bomba a Santa Marta. Domenica scorsa, i sette ore in treno, sarebbe arrivato il ritorno del Vecchio Continente, l'eroico John Polino.
Musica bandistica in piazza, vacanze scolastiche, tutti entusiasti di darvi il benvenuto.
Alle sette e mezzo, perché il treno sempre in ritardo, è arrivato con tutta la pompa e circostanza, per la gioia di tutta la popolazione, la nostra piazza.
Fuochi d'artificio piegate e toccato il palco in Piazza Santa Barbara. Gli studenti della Scuola di Città, in uniforme, con Dona Louza avanti, l'eroe più venerato del Santamartense storia.
Dopo il rasta-night stand che durò l'intera Giovanni Polino, che vivono come in un sogno, era costato a dormire.
Il giorno seguente, di buon'ora, si recò al negozio del suo José Reis, godere di un po 'di fama.
Alla domanda su come l'esperienza è stata, Giovanni non ha battuto ciglio: che la guerra era molto difficile, che aveva ucciso più di quaranta tedeschi, ecc. Parlato, anche la Germania è stata molto bella, e non aveva alcun dubbio che una volta che il popolo era liberato dai nazisti tedeschi, il paese si sarebbe ripresa.
José Reis, silenzioso, ha ascoltato e ha parlato per nulla ...
Ma con la consapevolezza che Giovanni si riferiva alla Germania e non l'Italia, è stato sorpreso.
-Ehi John, voglio dire che la Germania è molto bella? Dove era la peggiore battaglia?
-Berlino. Giovanni Polino ha detto, senza elaborare ...
Giuseppe educatamente non disse nulla, e nemmeno commentato il fatto che Giovanni tornò a Santa Martha completamente pelle abbronzata

La Seconde Guerre mondiale - John Polino, le héros de Sainte-Marthe

Retour dans les années quarante, avait un point d'ébullition dans le monde, seconde guerre mondiale a été les nouvelles dans tous les journaux et stations de radio dans le pays.
Entrée du Brésil dans la guerre agitation de la fierté de notre peuple bien-aimé et à Santa Martha n'était pas différent.
Dans la seule radio dans le quartier qui était sur la place principale, John Polino, contrairement à la plupart de la population qui a été pressé d'entendre le programme de la musique sur la radio Francisco Alves Nacional, vraiment intéressé par ce qui se passait à travers le monde.
Comme un bon communiste, sans le savoir, grandement acclamé par la victoire des Alliés contre le régime fasciste de Mussolini et surtout contre les nazis allemands.
Dans les discussions qui ont été autour des tables dans le district de bar principal, "Santamartense,« n'a pas mesuré les conséquences de mots et non pas pour défendre le dirigeant russe.
D'autre part, certains descendants d'Italiens et les Allemands ont été les principales victimes des critiques et des commentaires de notre héros.
Jusqu'au jour où, en dépit de tous ceux qui pensaient que la fille était seulement un «collecteur de la force», d'apprendre de l'entrée du Brésil dans la guerre et appel à des volontaires pour aller au combat, n'a pas bronché.
Entrer en contact avec quelques connaissances, à Rio de Janeiro, a offert d'entrer en combat.
C'était un Dieu nous aide, sa sœur, Oracina, fut effrayé par cette plus radicales du frère orageuse.
Il y avait ceux qui déjouer l'idée, pas même le pasteur de Sainte-Marthe, le père Josias ancien conseiller du village.
Dire qu'il avait reçu la confirmation qu'il avait été acceptée, John causé paroxysme réelle entre les habitants. Il y avait beaucoup de dames jeunes qui soupira contre la possibilité de tout simplement parler à un tel héros.
Par une journée froide, celles-on oublier, notre ami est allé à Rio de Janeiro à la recherche d'aventures que l'Europe se prépare ...
Après six mois de voyage, voici, une nouvelles tombé comme une bombe à Santa Martha. Le dimanche, le train de sept heures, viendra le retour du Vieux Continent, l'héroïque John Polino.
Musique d'harmonie dans le carré, vacances scolaires, tous ravis de vous accueillir.
A sept heures et demie, parce que le train toujours en retard, est arrivé avec toute la pompe et circonstance, à la grande joie de toute la population, notre carré.
Feux d'artifice plié et toucha le kiosque Plaza de Santa Barbara. Les étudiants à l'école Ville, en uniforme, avec Dona Louza à venir, le héros le plus vénéré de l'Santamartense histoire.
Après le stand rasta-nuit qui a duré toute la John Polino, vivant comme dans un rêve, avait coûté à dormir.
Le lendemain, tôt, est allé au magasin de son Reis José, profiter un peu de gloire.
Interrogé pour savoir comment l'expérience a été, John n'a pas bronché: Que la guerre était très difficile, qui avait tué plus de quarante Allemands, etc. Parlées, alors même que l'Allemagne était très jolie, et n'avait aucun doute qu'une fois que les gens ont été libérés des nazis allemands, le pays serait de récupérer.
José Reis, calme, écouté et parlé de rien ...
Mais avec la réalisation que John faisait allusion à l'Allemagne et non en Italie, a été surpris.
-Hé, Jean, je veux dire que l'Allemagne est très belle? Où était la pire bataille?
-Berlin. John Polino dit, sans plus de précisions ...
Joseph poliment dit rien, et ni commenté le fait que John retourne à Santa Martha peau complètement tannée

The Second World War - John Polino, the hero of Saint Martha

Back in the forties, had a boiling point in the world, second world war was the news in all newspapers and radio stations in the country.
Brazil's entry into the war stirred the pride of our beloved people and in Santa Martha was no different.
In the only radio in the district which was in the main square, John Polino, unlike most of the population that was pressed to hear the music program on Radio Nacional Francisco Alves, truly interested by what was happening across the world.
As a good Communist, without knowing it, greatly cheered by the victory of the Allies against the fascist regime of Mussolini and especially against the German Nazis.
In the discussions that were around the tables in the main bar district, "Santamartense," did not measure the consequences of words and not to defend the Russian leader.
On the other hand, some descendants of Italians and Germans were the main victims of the criticisms and comments of our hero.
Until, one day, in spite of all those who thought the girl was only a "collector of force", to learn from Brazil's entry into the war and call for volunteers to go into combat, did not blink.
Getting in touch with some acquaintances, in Rio de Janeiro, offered to enter into combat.
It was a God help us, his sister, Oracina, was frightened by this most radical of the tempestuous brother.
There were those who thwart the idea, not even the pastor of St. Martha, Father Josiah old adviser to the village.
Saying he had received confirmation that he had been accepted, John caused real climax among the inhabitants. There were many young ladies who sighed against the possibility of simply talking to such a hero.
On a cold day, those anyone forget, our friend went to Rio de Janeiro in search of adventures that Europe was preparing ...
After six months of travel, behold, a news fell like a bomb in Santa Martha. On Sunday, the seven o'clock train, would come the return of the Old Continent, the heroic John Polino.
Band music in the square, school holiday, everyone excited to welcome you.
At half past seven, because the train always late, arrived with all the pomp and circumstance, to the delight of the whole population, our square.
Fireworks bent and touched the Plaza bandstand in Santa Barbara. Students at City School, in uniform, with Dona Louza ahead, the most revered hero of the story Santamartense.
After the rasta-night stand that lasted the entire John Polino, living as if in a dream, had cost to sleep.
The next day, early, went to the store of his José Reis, enjoy a little fame.
Asked how the experience was, John did not blink: That the war was being very difficult, which had killed more than forty Germans, etc.. Spoken, even as Germany was very pretty, and had no doubt that once the people were liberated from German Nazis, the country would recover.
José Reis, quiet, listened and talked about nothing ...
But with the realization that John was referring to Germany and not Italy, was surprised.
-Hey John, I mean that Germany is very beautiful? Where was the worst battle?
-Berlin. John Polino said, without elaborating ...
Joseph politely said nothing, and neither commented on the fact that John returned to Santa Martha skin completely tanned

em busca de teu beijo

Vou em busca de teu beijo
Percorrendo essa cidade,
Espreitando meu desejo,
Conhecer felicidade.
Mas bem sei que sou sozinho
Desencanto de verdade,
Procurando pelo ninho
Encontrando falsidade...

Desse peito sofredor

Eu bem fiz minha morada
Desse peito sofredor
No final, não deu em nada
Pouca coisa que restou
Foi somente essa saudade
Que me faz seguir em frente,
Amar, amei de verdade,
Me curei, fiquei doente...

Na noite enluarada

Vai o trem do caipira
Desfilando pela estrada
Espingarda quando atira
Com a mira enviesada
No meio do matagal,
Na noite enluarada
No canto desse urutau,
De tristezas, recheada...

QUERO MAIS, QUERO MAIS

De Denise quero o canto
De Renata, a alegria
De Luiza, seu encanto,
O paladar de Maria
Quero de Rita a delícia
Que conheci em Joana,
De Paulinha, essa carícia
Que só me deu Mariana...

VOU SOZINHO

Conheci tantas mulheres,
Tantas que perdi a conta,
No meio desses talheres,
Minha boca ficou tonta,
Procurando por carinho,
Devorando essa saudade,
Mas agora, vou sozinho,
Veja bem que maldade...

Espera Feliz

Benfazeja essa cidade
Nas montanhas das Gerais
Onde toda claridade,
Brilha tanto, brilha mais...
Paraíso te pertence,
O teu próprio nome diz
Tudo em ti já me convence,
Pois és Espera Feliz...

Só por ti, quero viver

Eu nem sei como tu chamas,
Teu nome não quero ler
Só sei que quando me chamas,
Vou, bem rápido atender.
Pois, se me chamas querida,
Tem sabor de bem querer
Teu nome, já sei, é Vida,
Só por ti, quero viver...

Esse coração tão só?

Cada vez que me prometes,
Retornar ao meu viver
Que pecado tu cometes,
Cometes sem o saber.
Vai matando, devagar,
Lentamente sem ter dó,
Que prazer tens em matar,
Esse coração tão só?

Saudade escreve teu nome

Saudade escreve teu nome
No meio da solidão,
Nessa poeira que some
Na curva desse estradão.
Vivo sonhando contigo
Nada mais quero viver
Nunca mais, nunca prossigo,
Não consigo te esquecer...

Saudade batendo em mim

Resta uma mesa na sala
E uma rosa no jardim
Tudo canta, tudo fala
Saudade batendo em mim
Foste embora, minha amada
Nunca mais poderei ter
Minha vida anda cansada,
Mil vezes melhor morrer...

No nada, sobreviver...

Nas cinzas do meu cigarro,
O que restou de você
No barulho do meu carro
Tanta coisa por dizer
Tantas curvas nessa estrada
Meu rumo vai se perder,
No final vai dar em nada
No nada, sobreviver...

O gosto da poesia

O gosto da poesia
Tem sabor dessa saudade
Que me invade todo dia
Que todo dia me invade.
Faz a vida ter valia,
Traz a luz e claridade
Vestindo de fantasia
Vai por toda essa cidade...

Gosto amargo da saudade

Gosto amargo da saudade
Fica na boca da gente
Quando vem a claridade
Com o sol lá no nascente.
Bem sei que já vai embora
A mulher que tanto amo,
Correndo por mundo afora,
Teu nome, somente, chamo...

Eu bem te vi

Perguntei ao passarinho
Onde encontrava você
Ele me mostrou seu ninho
Onde podia esconder
O amor que tive na vida,
E, bem triste, já perdi,
Me disse, na despedida,
Eu bem te vi, bem te vi...

lembrar de você

Tesoura cortando pano,
Me faz lembrar de você
Quando ainda tinha esse engano
De nossa vida viver.
Mas tudo foi simplesmente,
Mentira sem serventia,
Hoje sei, completamente,
Que foi tudo, fantasia.

Rosa

Rosa tenho tanto medo
De perder o teu perfume
Conhecendo teu segredo,
Sentindo esse teu lume;
Das rosas que conheci,
Nenhuma é assim tão bela,
É pena que te perdi
Rosa branca e amarela...

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

AMOR TENAZ DUETO EDIR PINA DE BARROS E MARCOS LOURES

Esperança mais audaz
Eu trago dentro do peito
Que o tempo nunca desfaz
E que ninguém põe defeito.

O meu amor é tenaz,
Não é pequeno ou estreito,
Nem muito menos fugaz,
Nem carrega preconceito.

É doce feito um ingá,
No tempo certo colhido,
Tão suculento e macio.

Não conhece, não, estio,
É forte, é destemido,
Melhor que ele não há

Edir Pina de Barros

Amor que move montanhas
E transforma o dia a dia
Modifica velhas sanhas
Traz o quanto amor queria,

As partidas sendo ganhas
Nos pendores da alegria
Tem deveras tantas manhas
Não é simples utopia,

Cabe o mundo no meu peito
No meu peito outro universo
Quando em sonhos claros deito,

Para além do mundo verso,
Tendo amor como meu pleito
Nos teus braços sigo imerso.

FEITO UM TREM DESCARRILADO EDIR PINA DE BARROS E MARCOS LOURES

Se feito trem descarrila
Esse coração mineiro,
No trilho o ponho ligeiro
Moldando-o feito uma argila.

Sob a lua que cintila,
Alumiando o terreiro,
Sentindo da rosa o cheiro,
Que a doce brisa destila

Dar-te-ei rumo e sentido,
Aconchego, pão e vinho,
Aqui, ali, onde for.

Dar-te-ei o meu amor,
Meu bem querer, meu carinho
Ó, meu poeta querido.

Edir Pina de Barros


Quando a vida se apresenta
E demonstra o quanto aponte
A visão de uma tormenta
Nublando belo horizonte,

Mas no amor que me apascenta
A certeza que desponte
Do que tanto mais sedenta
Minha sorte em ti a fonte,

Esperança mais audaz
Ouço a voz do coração
Que decerto o quanto traz

Expressasse esta emoção
Do que possa e satisfaz
Num lampejo em eclosão.

Das entranhas do passado DUETO EDIR PINA DE BARROS E MARCOS LOURES

Das entranhas do passado
Desenterro os versos meus
A lembrar dos olhos teus
Teu jeitinho enamorado.

E tudo que hei sonhado
Desfez-se com teu adeus,
E agora não sei, ó, Deus,
Como vencer este enfado.

Sem ti a vida é deserta,
E viver já nem me importa
Sem o teu amor superno.

Oh! Meu amado!Desperta!
O outono já bate à porta
E logo virá o inverno.


Edir Pina de Barros

O meu canto poderia
Talvez novas esperanças
Onde reina a fantasia
E deveras tu me lanças,

O meu sonho em poesia
As palavras bem mais mansas,
O meu mundo se faria
Em sublimes alianças

Coração mineiro tem
O tamanho deste sonho,
Descarrila inteiro o trem

E o meu passo recomponho
Nas entranhas deste bem,
Céu azul, claro e risonho.

FONTE CRISTALINA - DUETO EDIR PINA DE BARROS E MARCOS LOURES

O meu amor, qual fonte cristalina
Que corre sobre a branca e fina areia,
Em meio à verde relva da campina,
Guarda os encantos d’uma lua cheia.

E tem a luz que encanta e que fascina
Suave como a chama da candeia,
que lambe a tua tez e que a tateia,
como se fora etérea bailarina.

Ah! Esse amor que dentro em mim palpita,
Pulsante feito as luzes estelares
É divinal, repleno de ternura.

Ah! Esse amor que dentro em mim habita,
Qu’asperge paz e luz por esses ares,
É teu, ó meu amor! E em mim perdura!

Edir Pina de Barros

Ao escutar a voz deste riacho
Por meio destas pedras, corredeiras,
Recordo quantas vezes tu me queiras
E nisto o farto amor em lumes acho

Bem mais que simplesmente um mero raio
Luzeiros trazem fontes deslumbrantes
De luas entre sóis e me agigantes,
E neste imaginar não mais me traio,

Quasares e pulsares, siderais,
Angélicos formatos da esperança
E quanto além do tempo o sonho avança
Encontro o que ora espere e muito mais,

Entra argênteos e auríferos cenários,
Os sonhos formidáveis, temerários...

EPIDEMIA

Sabia que restavam poucas horas, poucos minutos, era uma questão de tempo. Favas contadas, sabia que não tinha mais escolha.
Recebera a notícia havia muito pouco e essa era a sua última manhã.
Fora a vida inteira um pragmático. Sabia que a morte era inevitável.
Até a desejava, no íntimo.
Daria tempo para arrumar o quarto? Mas, para que arrumar se nunca mais seria seu, se nunca fora e não mais dormiria naquela cama.
Tudo seria incinerado, tudo.
Tinha consciência disso, inclusive fora um dos principais lutadores para que fosse assim.
Seu sacrifício seria a salvação de muitos, mas não de todos. A mulher já tinha ido embora, graças a Deus!
Levara pela mão o filho, única esperança que restava, nada mais.
A cidade estava infestada e sua batalha fora necessária, um sacrifício que, para muitos seria estúpido, mas inevitável.
Contabilizavam-se mais de milhão de vítimas fatais, isso sem contar às milhões e milhões contaminadas.
O homem ainda venceria, como sempre fez, desde tempo imemoriais.
Mas agora, nada mais a dizer nem a fazer.
Tinha que ligar para o centro de controle e sabia o telefone de cor.
Daí para a incineração de tudo e, principalmente, a dele.
Parecia cruel que, em pleno século 21, isso acontecesse. Mas era inevitável.
A morte seria inevitável, morte dolorosa e sem ar, com uma falência múltipla de todos os órgãos e funções.
Morte extremamente dolorosa, melhor seria uma aplicação venosa de cloreto de potássio. Ardia, mas era melhor que a agonia.
Depois, a incineração, o corpanzil reduzido a cinzas. Seus livros, memórias e suas músicas, tudo agrupado numa sacola e enterrada.
Junto com tantas biografias, seria estranho se pudesse entendê-las, ou as conhecer.
Ali, ao contrário dos cemitérios convencionais, não haveria nenhum resquício das diferenças de classe.
Todos sepultados em profundas covas, sem nome, sem identificação.
O telefone tocara e isso o despertou, faria sua última ligação, suicida. Necessária.
A noite trouxe a hemoptise e a epistaxe, a cama ficara rubra, totalmente inundada.
O suor denunciava a febre e o medo apoderara-se.
O laboratório já o havia prevenido, sabia bem o que tinha que fazer.
O antes portador era agora doente e, portanto ativamente contaminante.
Ao atender a chamada, não pode deixar de engasgar.
A mulher e o filho, como sempre, perguntando como estava.
Preferiu mentir, de nada adiantaria a verdade, de nada.
Tudo bem, estou ótimo, cada vez mais forte...
Assim que desligaram, não teve escolha.
“Sim, doutor, sabemos como agir.”
“Espere um pouco, sim, estaremos aí em meia hora.”
Meia hora, tempo para nada, nada...
Tomou um banho e sorriu.
Olhou para cada metro do quarto, numa inútil e insensata despedida.
A porta abriu-se, reconheceu o enfermeiro.
“Vamos lá, sem piedade.”
O fogo ardeu tudo.
Nada restou, nada.
Vazio...
29/09/2011


Da vida que se fez chuva e granizo,
Apenas a verdade nos liberta
A porta da esperança estando aberta
E nisto cada passo é mais preciso,

O verso se transforma e quando o riso
Moldando no vazio o que deserta
Minha alma sem sentido descoberta
Marcando com terror meu prejuízo,

A morte sendo assim tão costumeira
A luta noutra face agora esgueira
E gera o que talvez não mais pudesse,

Cantando sem saber do quanto pude
Vivendo tão somente esta atitude
Que traga ao coração calor e prece.

2
No tempo em que sozinho eu hibernei,
Deixando para trás qualquer enredo
Que tanto se desenha sem segredo
Marcante solução esgota a lei.

O verso sem sentido que tramei
O manto convertido em que concedo
Transcende ao que buscara desde cedo,
E nisto todo engodo procurei,

Vestígios do que fora novamente
O mundo que se tanto agora mente
Não traz qualquer sinal de mansidão,

A paz já se sonega e nada veio,
Somente o meu caminho em devaneio,
Marcando os dias tolos que virão.

3


Ao ter de uma esperança, enfim, a sorte
Diversa da que possa transmitir
O tanto quanto pude redimir.
E toda esta saudade me comporte,

A vida noutro rumo já transporte
O todo que não canso de pedir
E sem saber decerto do porvir
O medo se anuncia e trama a morte,

Não possa com certeza imaginar
O quanto deste enredo tem lugar
Ainda que se veja o quanto resta

Da luta sem proveito e no cansaço
O gesto que deveras sempre traço
Adentra esta expressão dura e funesta.

NADA SERVE SEM AMOR

A porca de tão pesada
Já não anda, meu senhor
A vida desconsolada,
Nada serve sem amor.
Quero o pó dessa estrada
Alimenta o sonhador
Na noite, na madrugada
E por onde quer que eu for...

CORAÇÃO SEM JUIZO

Vi meu rosto nesse espelho,
Reflexo revelador,
No outro lado, bem mais velho
Valha-me Nosso Senhor.
Mas o coração safado
Mesmo assim não toma jeito
Achando-se com direito
De pender para o teu lado...

VAGAMUNDO

Vagamundo, vagabundo
Coração sem serventia,
Rasgando rasgo profundo
Morrendo um pouco por dia
Cada dia sem Maria
Sem magia e sem valor
Trazendo tanta folia
Transbordando esse calor
Coração, bem que podia,
Traduzir taquicardia
Noutra palavra, amor...

PERDI MINHA PAZ - DUETO DE EDIR PINA DE BARROS E MARCOS LOURES

Também perdi minha paz
Naquele instante tão triste
Do dia em que tu partiste
Não retornando jamais.

Eu sofri, chorei demais,
E a dor dentro em mim insiste,
Meu coração não resiste
Padece entre prantos, ais.

Oh! Meu amado! Receio
Morrer longe de teus braços,
Nesta imensa solitude.

Saudade tanta me veio,
De teus beijos, teus abraços...
Quis esquecer-te e não pude.

Edir Pina de Barros

Procurando a cada passo
O que trouxe ao meu futuro
Na verdade o quanto traço
Em tristezas configuro,

Bebo a fonte do cansaço
Meu amor, quando amarguro,
Trago os sonhos neste laço
Onde o medo vai seguro,

Noite afora, peito aberto,
Coração já sem cuidado,
No caminho onde deserto

No cenário aonde invado,
Meu presente ora desperto
Nas entranhas do passado.

TEU NOME

Minha mão anda cansada
De tanto escrever teu nome
Pela noite, madrugada,
Em cada canto ou calçada
Vasculho toda cidade,
Não encontro nem metade
Do que fomos e mais nada,
Nada mais quero da vida,
Minha esperança perdida,
Não consigo disfarçar,
Procurando no luar
O que restou de meu mundo,
Nesse universo que inundo
Com meu canto sem sentido,
Por mais que tenha vivido
Tudo se perdeu, sentido
Nenhum tem mais essa vida,
Que antes tivesse perdida
Do que perder quem amei.
Preciso saber onde estás,
Se existes ou se partiste
Onde encontrar essa paz...

Tantas são as esperanças

Tantas são as esperanças
Que encontro nos olhos teus,
Me trazendo essas lembranças
Desses tempos mais ateus
Quando alegre, qual criança,
Neles encontrei meu Deus...

Na fumaça do cigarro

Na fumaça do cigarro
Subindo nas espirais
Em cada trago me agarro
Neles todos tu te vais

Quando dirijo meu carro
Pelas ruas caço um cais.
Onde quer que me amarro,
Procuro, mas não estás.

Tanto tempo nesta busca
Sigo, sem ter resultado.
A noite tanto me ofusca;

Procurando todo lado
Nessa vida tão patusca,
Coração desesperado...

Tateio na noite vaga

Tateio na noite vaga
Procurando por você
Eu me lembro vida amarga,
Quanto doeu lhe perder.

Minha voz, então se embarga,
Fico a perguntar por quê
Cravando no peito a adaga
A vontade de morrer...

Amanhã, pouco me importa.
Se virá e o que me traz,
Destino fechando a porta

Tudo ficando pra trás
Minha vida segue torta
Anda morta a minha paz...

À Juventude...

À Juventude...


Na eternidade desse momento, onde invento novo tempo que não sei se habitarei. Nos versos vermelhos verdadeiros, verdes, verifico as vertentes que tentam minha alma, a calma que não acalma nem conclama.
A chama que esfumaça, me embaça e embaraça no abraço onde tento e me contento, conter todo o universo.
Vou de banda, vou inverso, contra tempo, contra peso sem contra ataque.
Sou perdido estou perdão.
Tento o ido, encontro o vão.
Vou vago, cego sigo, gago engulo a gula e me engano.
Tenho traquejo pra sofrimento, queijo podre, invejo o coldre e o revólver.
Revolver cada momento, onde minto e me omito; portanto consinto.
E sinto o amargo gosto torpe. Fui facínora quando ignorava o aval de cada vala aberta e infecta.
Fui cruel, tendo o céu e o senão, tendo o sim e o talvez. Minha vez de ter voz foi passado. Ultra passado, ultrapassando todos os meus passos, passeios em seios e belas pernas. Apenas as penas de tantas santas e putas.
Prostrado no estrado dessa cama, que chama e inflama, queima e mata.
Calado nesse mesmo tormento, meu manto e meu mento, mormaço e aço, sofreguidão.
No guidão dessa engrenagem que caio e caiado fico, calado sigo, submisso.
Amei-te, liberdade, foste minha cidade e meu mundo. Hoje imundo, inundado e abismado, sinto o absinto que pressinto e necessito.
No abuso do uso confuso de cafuso beijo. No desejo desta pele, que me compele e me repele.
No sentido levrógeno, no medo do amor, na gênese do átomo, no hiato no iate, na parte que nunca me coube, onde soube que estarias.
Nas estrias da alma malsã, nas colinas distantes as mesmas salinas de antes, as mesmas lágrimas salgadas, as algas, as águas, o nada...
Tua boca, rouca voz. Tua louca, franca mente. Aérea, etérea, venerada e venérea.
Mercúrio sem alas, Atena sem nexo, Vênus sem sexo, complexos amores...
Querida, a ferida fertiliza os sonhos. Meus medos são medonhos, teus olhos, meus guias. Maravilhas e partos. Compotas e portas abertas, as mesmas a esmo, o sentido sem tino, sem tato, sem tanto, entretanto sobrevivo.
Meus filhos perdidos nos trilhos da vida. A mão delicada da mãe que, distante. O instante somente onde tudo cometo, onde nada prometo, me meto no espaço.
Professo esperança, dança e circulo vago.
Círculos vagos ao âmago amargo e amigo, onde prossigo, sem nada mais pra lutar.
Trago a morte e a sorte amarradas, atadas e nada me faz descansar.
Quero o inverno da vida, quem sabe verá primavera. Primeira e única verdade. A vera cruz, a luz de Vera, verão os meus olhos...
Deveras deverá o verão solar, o sol o ar, o solar onde moravas, amada primária, primeira e eterna. É terna a mão, armas mansas, nos remansos onde dançavas nua.
Amada juventude, onde, qual a amplitude de tudo o que trazias e, hoje não trazes. As fases da lua, tantas vezes vistas, as luzes e frases, as visitas ao amanhã, prometidas e esquecidas, ocultadas pelos fios prateados e raros, de meus ralos cabelos. Novelos onde se perderam os veios de onde veio e vieram os meus dias de luz. Lucidez chegou e com ela a morte.
A sorte está lançada na lança armada do tempo. Veneno e alimento.
Amada juventude, onde estás, que há de... Tende piedade, de mim...

MIÓ PRÁ NÓIS

Meus companhero perdoa
As minha lamentação
Se falo não é à toa
Vem vindo do coração

Na boca o gosto da broa
Da vida nesse sertão
Meu pensamento mais voa
Dexando a lamentação

Pros que perfere a sodade
Eu perfiro nem dizê
Na vida, sinceridade

É perciso pra vivê
Mas cum amô e bondade
Mió pra mim e procê !

Esperanças conjugar

Esperanças conjugar
Os verbos desta canção
Que permitem cravejar
Com amores e perdão

O brilho deste luar
Maltratando o coração
De quem quisesse sonhar
Anunciando o verão

Nas matas tantas promessas
Das flores em profusão
Tentando ser às avessas

Do que fora escravidão
Nestas luzes que professas
Profetizas compaixão!

Escena de la sangre en un bar .

Escena de la sangre en un bar ...

Esa tarde fue decisiva. Neuza esperaba la llamada de teléfono durante toda la semana, y nada ...

Nada Neuza, nada de amor tantas veces soñado y prometido. Neuza quieren venir a más de la vida misma.

La vida, cómo es la vida? Ama las cosas son transitorias, que pasar el tiempo y el tiempo hace que la gente se olvida.

Olvidar cómo? Las noches, muchas noches, la embriaguez de Neuza, vació su vaso de cerveza en cada momento, la vida pasada en los brazos y los sueños desesperados.

"El amor, cuando es demasiado, al final conduce a la paz", pero no es sólo condujo a la vida.

El tiempo congelado, la vida congelada, el empleo es danara, la esperanza también.

Sólo queda un sabor, la vida Jilo tenía el tono amargo de una existencia sin sentido, no hay paz, no hay futuro.

Sólo quedaba una cosa, la venganza.

La venganza, de todos modos, no importa qué.

La magia de la esperanza se ha convertido en la decepción de perder, la piedra en el pecho con incrustaciones, el alma, en lo que quedaba ...

Para descubrir, más tarde, Neuza que estaba saliendo con un viejo amigo, que se derrumbó por completo.

Él, que había dado tanto apoyo en los momentos difíciles, amigo íntimo, compañero ... El pecho, el cuchillo, la vida corriendo, dando vueltas como una noria en el parque sin la gracia de la infancia recordada, la destrucción de los previamente construida con dedicación y lucha.

La rosa roja, la boca roja, bares, Campari, indefenso, en la dulce noche Amaro.

La piscina tenía que ser el sostén de la familia, las apuestas, los daños y perjuicios de la operación se convirtió en atracones Homero en exceso enorme, donde Neuza corrió, dio la vuelta y la sangre ...

El sabor de la venganza está en la boca, reflexionó, una al norte, de una manera ...

Sabía que iba a Neuza el parque, el bar, el mundo, y esperó.

En un momento, los dos corriendo, girando, sentado en el bar. En la esquina en el bar, la rosa roja sobre la mesa en tela roja, sillas de color rojo, la mesa ...

En el momento final, el cuchillo en alto, toda la vida vino de la pobre niña, el director de recursos humanos, abandonado, tirado ...

Y en un instante, su rostro enrojecido por la embriaguez, la desesperación, el embarazo denota la vida Neuza por venir, la esperanza de que ya no le pertenecía a él y el cuchillo ...

Uno de ellos era suficiente, el objetivo era bueno, la sangre de la boca, el corazón abierto ...

Abra el pecho, en los gritos aterrados de Neuza, y el miedo en el rostro de su novio.

Scena di sangue in un bar ...

Scena di sangue in un bar ...

Quel pomeriggio è stato decisivo. Neuza aspettato la telefonata per tutta la settimana, e niente ...

Niente Neuza, nulla dell'amore così spesso sognate e giurato. Neuza vogliono venire a più della vita stessa.

Vita, ciò che la vita? Ama le cose sono transitorie, passano il tempo e il tempo fa dimenticare.

Dimenticare come? Le notti, molte notti, l'ebbrezza del Neuza, vuotò il bicchiere di birra in ogni momento, la vita passata tra le braccia e sogni disperati.

"L'amore, quando è troppo, alla fine porta alla pace", ma non è solo ha portato alla vita.

Il tempo congelato, congelato la vita, l'occupazione è danara, speranza.

Resta solo un sapore, la vita jiló aveva il tono amaro per una vita senza senso, né pace, né futuro.

Solo una cosa è rimasta, la vendetta.

La vendetta, comunque, non importa quale.

La magia della speranza è diventata la delusione di perdere, pietra petto intarsiato, l'anima, in quello che era rimasto ...

Per scoprire, poi, Neuza che usciva con un vecchio amico, è crollato tutto.

Egli, che aveva dato tanto sostegno nei momenti difficili, seno compagno, amico ... Il petto, il coltello, la vita in esecuzione, che gira come una ruota panoramica del parco senza la grazia dell'infanzia ricordato, la distruzione di precedentemente costruito con dedizione e di lotta.

La rosa rossa, bocca rossa, bar, Campari, indifeso, nelle notti dolce amaro.

La piscina doveva essere l', le scommesse capifamiglia, perdite e danni della transazione trasformata in abbuffate Omero sul grande abbuffata, dove Neuza correva, si voltò e sangue ...

Il sapore della vendetta era in bocca, ruminato, uno a nord, in un modo ...

Sapevo che avrei Neuza il parco, il bar, il mondo, e attese.

Ad un certo punto, i due in esecuzione, tornitura, seduto al bar. In un angolo del bar, la rosa rossa posta sul tavolo in panno rosso, sedie rosse, il tavolo ...

Al momento finale, il coltello alta, provenienti da tutta la vita del bambino povero, il capo delle risorse umane, abbandonati, gettati via ...

E in un istante, il viso arrossato da ubriachezza, la disperazione, la vita denotato gravidanza Neuza a venire, la speranza che non gli apparteneva e il coltello ...

Uno è stato sufficiente, l'obiettivo era buono, il sangue dalla bocca, un cuore aperto ...

Aprire il petto, le urla terrorizzata Neuza, e la paura sul suo volto dal suo fidanzato.

Scène de sang dans un bar ...

Scène de sang dans un bar ...

Cet après-midi a été décisive. Neuza attendu le coup de téléphone toute la semaine, et rien ...

Rien Neuza, rien de l'amour si souvent rêvé et promis. Neuza veulent venir à plus que la vie elle-même.

La vie, quelle vie? Aime les choses sont éphémères, ils passent le temps et le temps fait oublier.

Oubliez comment? Les nuits, de nombreuses nuits, l'ivresse de Neuza, vida son verre de bière à chaque instant, la vie passée dans les bras et les rêves désespérés.

«L'amour, quand c'est trop, à la fin conduit à la paix", mais ce n'est pas seulement conduit à la vie.

Le temps gelé, la vie gelés, l'emploi est Danara, l'espoir aussi.

Il ne reste qu'une seule saveur, la vie Jilo avait le ton amer d'une existence vide de sens, ni paix, ni futur.

Une seule chose est restée, la vengeance.

Vengeance, de toute façon, peu importe quoi.

La magie de l'espoir est devenu la déception de la défaite, la pierre incrustée poitrine, l'âme, dans ce qui restait ...

Pour découvrir, plus tard, Neuza qui sortait avec un vieil ami, elle s'est effondrée complètement.

Lui, qui avait donné tant de soutien dans les moments difficiles, la poitrine copain, copain ... La poitrine, le couteau, la vie courir, tourner comme une roue dans le parc sans rappeler la grâce de l'enfance, la destruction de l'précédemment construit avec dévouement et de lutte.

La rose rouge, bouche rouge, des bars, Campari, impuissant, dans les nuits douces Amaro.

La piscine a dû être les soutiens de famille, paris, pertes et dommages de la transaction transformée en bringues Homer sur binge énormes, où Neuza couru, tourné et le sang ...

Le goût de la vengeance était dans la bouche, ruminé, l'un au nord, d'une façon ...

Je savais que je Neuza le parc, le bar, le monde, et attendit.

A un moment, les deux la course, tournant, assis au bar. Sur le coin du bar, la rose rouge placé sur la table en tissu rouge, des chaises rouges, la table ...

Au dernier moment, le couteau tenu haut, toute la vie venait de la pauvre enfant, le chef des RH, abandonnés, jetés ...

Et en un instant, son visage rougi par l'ivresse, le désespoir, notée grossesse Neuza vie à venir, l'espoir que personne ne lui appartenait plus et le couteau ...

L'un était suffisant, le but était bon, le sang par la bouche, un cœur ouvert ...

Ouvrez le coffre, sur les cris terrifiés de Neuza, et la peur sur son visage de son ami.

Scene of blood in a bar ...

Scene of blood in a bar ...

That afternoon was decisive. Neuza waited for the phone call all week, and nothing ...

Neuza Nothing, nothing of love so often dreamed and vowed. Neuza want to come to more than life itself.

Life, what life? Loves things are transient, they pass the time, and time makes people forget.

Forget how? The nights, many nights, the intoxication of Neuza, emptied his glass of beer at every moment, the past life in the arms and desperate dreams.

"Love, when is too much, at the end leads to peace," but it is not only led to life.

The frozen time, life frozen, employment is danara, hope too.

It remains only one flavor, life jiló had the bitter tone for a meaningless existence, no peace, no future.

Only one thing remained, revenge.

Revenge, anyway, no matter what.

The magic of hope has become the disappointment of losing, stone inlaid chest, the soul, in what was left ...

To discover, later, Neuza who was dating an old friend, it collapsed altogether.

He, who had given so much support in difficult times, bosom buddy, pal ... The chest, the knife, life running, spinning like a Ferris wheel in the park without grace of childhood remembered, the destruction of previously built with dedication and struggle.

The red rose, red mouth, bars, Campari, helpless, in the sweet amaro nights.

The pool had to be the breadwinners, bets, losses and damages of the deal turned into Homer binges on huge binge, where Neuza ran, turned and blood ...

The taste of vengeance was in the mouth, ruminated, one north, one way ...

I knew I would Neuza the park, the bar, the world, and waited.

At one point, the two running, turning, sitting at the bar. On the corner at the bar, the red rose placed on the table in red cloth, red chairs, the table ...

At the final moment, the knife held high, all life came from the poor child, the head of HR, abandoned, thrown away ...

And in an instant, his face reddened by drunkenness, despair, denoted pregnancy Neuza life to come, the hope that no longer belonged to him and the knife ...

One was enough, the aim was good, the blood from the mouth, an open heart ...

Open the chest, on the terrified screams of Neuza, and fear on his face from her boyfriend.

Na curva torta do rio

Na curva torta do rio,
No meio do meu sertão,
Quero um dia que, vadio,
Enterrem meu coração...

Quando me lembro de ti

Quando me lembro de ti
Nas noites mais solitárias
Me recordo que vivi
Nessa vida, vidas várias.

Tantas coisas que perdi
Minhas dores vivem párias
Nos teus braços tanto li
Teus olhos por luminárias

Quero saber da saudade
Que maltrata, sem perdão.
Por tanto quanto que invade

Tragando-me em teu pendão
Ofuscando a claridade
Que vem do meu coração.

Meus olhos na despedida

Meus olhos na despedida
Do que tão pouco queria
O amor rasgando essa vida
Num tempo que não viria...

Tempo de tanta partida
Que nunca mais saberia
Poder encontrar saída
Vida que não viveria

Amores sempre são nada
Para quem, na madrugada,
Espera pela manhã.

De tanta vida malsã
Já traz velha alma cansada
Sem conhecer amanhã!

Lírica Dimitri

Brincando quieto na sala
Se não grita ou se não fala
Se fica muito calado
Já me deixa preocupado.
Arteiro, muito levado.
Quieto, lá vem novidade.
Dimitri muito parado
Sempre causa ansiedade.
Tá com o nariz melequento
Mamãe já fica ansiosa
Se em lá um pé de vento...
Mais também fica bem prosa
Com cada palavra nova
Olhando, contente aprova.
As “novidades” do moço
Se come bem no almoço,
Mamãe agradece tanto
Fica feliz com o fato
Mas quietinho no seu canto
Tá rasgando seu retrato...
Correndo lá pro quintal
Mexendo na terra suja
“Vai ficar “passando” mal”
E doente de lambuja
Pensa mamãe preocupada
Mas no final dá em nada.
Dimitri é muito sapeca
Levado para chuchu
Quando coloca a cueca
Depressa já fica nu
Arranca logo a calçola
“Menino, cê vai pra escola!”
Vô Jão Polino bem sabe
Das artimanhas do neto
Na casa ele já não cabe
De tanto amor e afeto
Diz com muita precisão
“Manda no meu coração!”
Vovó Rita fica rindo
Feliz com esse arteirinho
“Como é lindo esse meu neto!”
Por ele tenho carinho
Mas quando fica doente
Preocupa, toda a gente...
Tia Virginia também
Sabe que ele é novideiro
Não tem mais para ninguém
Só presse menino arteiro
Que reina aqui nessa casa
Que vive mandando brasa.
Tio Betinho coitado
Sofre com as armações
Desse garoto levado
Que vale por dez leões
Mas é feliz de verdade
Nessa bela flor da idade...

Quando falo de saudade

Quando falo de saudade

Logo me vem tua imagem

Percorrendo esta cidade

A cada rosto miragem

Vejo essa boca pequena

Em cada curva da estrada

Minha vida, de serena.

Transformou-se revoltada

Numa grande tempestade

Que não tem mais paradeiro

Dolorosa de verdade

Te procuro o tempo inteiro

Quando acordo tão sozinho

Vou procurando te ver

Já não tenho meu caminho

Já não consigo viver

Quero te ter bem comigo

Pra me dar alento e amor

Pois sem ti eu não consigo

Encontrar mais o calor

Do que foi feita essa vida

Vida minha em tua feita

Minha vida vai perdida

Sem a tua nessa espreita

Nem espero mais ter vida

Se não tiveres por mim

Vida minha triste lida

Sem tua boca, carmim.

Quero o sol da madrugada

Quero a lua desta tarde

Vou morrendo sem ter nada
Vou vivendo de saudade.

Quero teu corpo querida

Quero teu corpo querida
Desfrutando toda a vida
Que ele poderia dar
No céu, luz e luar
Na vida sem ter parada
No sentido dessa estrada
Que no final dá em nada
Sentir tua madrugada
Nos braços de minha amada
Na canção desesperada
No tão ser e nem ser nada
Nem tentar te conhecer.
Quero muito de tão pouco
Querida, teu grito rouco
Muita grana e pouco troco
Sangrando após cada soco
Morrendo sem poder ter
Nem podendo mais conter
O que já fora veia ver
Nessa centelha viver
E em cada instante morrer
Morrer sem ter você.

Amor

Amor, bicho serelepe.
E não há quem não se estrepe,
Ao tentar amor conter,
Traquinas, vive fugindo,
Matando, sem perceber,
No final, sempre se rindo...

MORENA

Moça da pele morena,
Quero essa boca pequena,
Na minha boca pousada,
Quero teu amor, menina,
Quero essa mão repousada,
No pouso da minha sina...

Tudo passa devagar

Tudo passa devagar
Fingindo que vai passar
Tudo calmo na cidade
Pequena, do meu sertão.
Só não passa essa saudade,
Dentro do meu coração...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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28/09/2011


Vencendo os desafios, refazendo
O tempo não traduz o quanto eu quis
E sei do meu caminho em tom mais gris
Praguejo e na verdade sou remendo.

O prazo noutro rumo sem adendo
A luta que pudesse; esta infeliz
Deixar o quanto mesmo contradiz
Nesta incerteza toda se prevendo.

Audaciosamente eu quero o todo
E sei que no final o charco e o lodo
Serão meros presentes de outra sorte.

No quanto poderia ser diverso
Apenas tão somente desconverso
E sei do quanto tento e desconforte.


2

As sendas que vislumbram tal clarão
Ousando até viver na libertária
Manhã que se mostrara necessária
Embora cada passo seja em vão.

Os dias sonegando desde então
A luta que presume esta alimária
E nela cada passo em luminária
Programa no final a decepção.

Ousando acreditar no que não venha
Ainda se produz a velha ordenha
Nos ermos de minha alma sem proveito,

E tanto quanto possa desta forma
A vida no final já não conforma
E mata todo o sonho que inda aceito.

3

Espaços benfazejos dizem tanto
Que eu pude perceber qualquer sinal
Do vento noutro rumo desigual
E sei que na verdade já me espanto,

Mergulho no passado em desencanto
E quando se desdenha bem ou mal
A luta se aproxima do final
Nem mesmo a minha paz hoje a garanto.

Espero e não consigo melhor sina,
A mão que com certeza me fascina
A mesma que apedreja quando eu sonho,

A farsa se deslinda a cada instante
E nada do cenário se adiante
Num único desnível tão medonho.

Sodade

Nus óio dessa sodade,
Preguntei móde sabê
Adonde a felicidade,
Pudia mió se escondê,

Num incontrei a resposta,
Prá pregunta qui eu fiz,
Pois, di mim, sodade gosta,
Sem ela, num sô filiz...

Travei briga com Maria,
Joaninha me dexô,
Chorei de noite e de dia,
Sodade do meus amô...

Minha casa lá pur riba,
Naquele canto de morro,
Quando a sodade s’arriba,
De vórta, prá lá eu corro...

Minha mãe dexô tristeza,
Quando Deus, triste levô,
Tanta dor, que marvadeza,
Sodade foi que restô...

Faz treis meis que nunca chove,
Nessa terra, sô dotô,
A sodade me comove,
Meu canto só sabe dô...

Nu mei dos espin da vida,
A sodade machucô,
No amô, na dispidida,
A sodade é uma frô...

Os espin que ela carrega,
São por Deus, abençoado,
A sodade faiz entrega,
Nesses peito apaxonado...

Fiz cabana de sapé,
Pra morá com meu amô,
Mas, leite sem tê café,
Sodade foi que restô...

Vida sem sodade, cansa.
É cavalo sem arreio,
Sodade, no peito avança,
Trazeno a lua, no seio...

Quano pito meu cigarro;
Da páia do mío, feito.
Na sodade, eu me agarro,
Martrata cumo malfeito...

Minha Rita é tão bunita,
Prefeita cumo uma frô,
Sodade meu peito agita,
Ao ti vê, bem disparô...

Rélojo contano as hora,
Trais sodade sem ter pressa,
Meu amô, já foi-se embora,
Coração bateu depressa...

Vi meu bem saindo fora,
Me dexô na solidão,
Quê que vô fazê agora,
Sodade no coração...

Vórta pra mim, querida,
Num me fais ingratidão,
Sem ocê, a minha vida,
De sodade, vale não...

Meus óio anda tristonho
Pércurando pur vancê,
Tenho sodade do sonho,
Onde pudia eu te vê...

Sodade é coisa facêra,
E besterenta tômbém,
Vivi minha vida entera,
Com sodade desse arguém...

Vento balança o teiádo,
Onde fiz minha chopana,
Sodade quema um bucado,
Arde qui nem taturana...

Se tenho medo da vida,
Da morte num tenho medo,
A sodade dói doída,
Mas dela, sei o segredo...

Sodade faiz tempestade,
Dirruba casa e barraco,
Como dói a tar sodade,
Parece chute no saco...

Eu rezei prá Santo Antoim,
Prá móde pudê casá,
Finar de tudo, foi soim,
Só sodade vai restá...

Tenho sodade num nego,
Essa é a maió certeza,
Sodade cravando o prego,
me furano de tristeza...

Pedi perdão pru meu Deus,
Pulos pecado que tive,
Sodade, nos óios meus,
Em cada lágrima, vive...

Mardiçoei minha sorte,
Foi o que eu pude fazê,
Bejo de sodade é morte,
Dessa morte vô morrê...

Malinculía

Malinculía


Essa dor que me fais cósca,
Me dá um prazê danado,
Quando a sodade se enrosca,
Coração apaxonado,
É dô trazeno alegria,
Essa tár malinculia...

Quano o vento venta forte,
Me lembro dessa muié,
Só queria ter a sorte,
Na casinha de sapé,
De cantá, na poesia,
Essa tár malinculia...

Me dexô tanta tristeza,
Mas cumo é bom recordá,
Me lembrá das safadeza,
Só pru móde namorá,
Como é bom, na noite fria,
Essa tár malinculia...

A viola chora mansa,
O grilo canta, tristonho,
Meu coração só amansa,
Se eu pego firme no sonho,
Vida seguindo vadia,
Nessa tár malinculia...

Vou viveno sem tê medo,
Lev’essa vida na fé,
Vou guardando esse segredo,
Pescando no Jereré,
Meu Deus me levô Maria,
Só restô malinculia!

A Natália

A Natália

Meus parabéns, Natália, te desejo.
Com certeza serás muito feliz.
A vida, tão suave, num bafejo,
Em sua melhor cena, bela atriz,

Trará o som tão belo desse arpejo,
Horizontes abertos, são servis
De tua sorte, velho realejo,
Afastará, nefastos sonhos vis...

Não precisas de luz, és luminária.
Por onde andas, brilhas, por si só.
Nunca conhecerás sorte contrária...

A vida te tratando a pão de ló,
Pois amor te fará destinatária,
De tudo que há belo e do melhor!

Eu sou mineiro de Minas

Eu sou mineiro de Minas


Eu sou mineiro de Minas,
Lá das tais Minas Gerais,
Canto versos, faço primas,
Até não conseguir mais.
O meu pai foi sertanejo,
Minha mãe foi só desejo...

Nas montanhas fiz a rede
Pro meu corpo descansar.
Fui matar a minha sede,
Bem distante do teu mar.
Nasci lá na Mantiqueira,
Na minha terra mineira!

Quem me ensinou a pescar,
Foi o meu velho Francisco,
Como é belo esse luar,
Mesmo crispando o corisco.
Na beleza das campinas,
Vou te conhecendo, Minas.

São diversas minhas dores,
Como é belo entardecer,
Tuas matas, meus amores,
Nos teus braços, vou morrer!
Nas tuas guerras fiz paz,
Em teus abraços, Gerais!

Sopro o vento lá na serra,
O vento vem de mansinho,
Canta o canário da terra,
Também canta o coleirinho...
Tanto canto que é capaz,
Encanta Minas Gerais...

Meu lamento vem distante,
A saudade dess’ alguém!
Meu amor, por um instante,
Tanto amor tamanho trem...
Sou mineiro e tenho fé,
Nascido em Muriaé!

Menina, faça o favor,
De me prestar atenção,
Tô falando d’ocê sô!
Vem vindo do coração.
A dor não mais arremata,
Pois sou mineiro da Mata!

Viola de doze cordas,
São cordas do coração,
Vê menina, vai acordas,
Chora meu violão!
Eu sou mineiro da Mata,
Ouça a minha serenata!

Eu comi feijão tropeiro,
Misturado com tutu,
Eu bem sei do mundo inteiro,
No buraco do Tatu...
Minha mãe é carioca
Mas conheceu engenhoca!

Tomei muita da guarapa,
Adocei o meu café,
Onça matei foi no tapa,
Com pescoção e chulé...
O meu pai de Miraí,
Bem perto d’onde nasci!

Fiz meu canto no repente,
Nem pensei no que ia dar,
Em careca, passo o pente,
Tiro poeira do mar.
Tanajura? Comi prato.
Bebi Iara no regato...

Vou terminando meu verso,
Tô cansado de rimar,
Vou buscar meu universo,
Juro, mais tarde, voltar...
Agora vou terminando,
Devagar, já vou andando...

Minha alma já vai perdida...

Minha alma já vai perdida...
Quando quis viver contigo,
Bem sei que não me querias,
Meu amor, de tão antigo,
Traz em suas cercanias,
A certeza do perigo,
Desse medo que vivias.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Quis viver com muito luxo,
Quis meu tempo de reinar,
Carregando meu cartucho,
Bala de todo lugar,
Sou deveras, meio bruxo,
Nessa arte de magiar.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Da morte sei a sentença
E também sei o perfume,
Não há quem me convença,
Nem que meu revólver fume,
Não vai morrer de doença,
Carne irá virando estrume...
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Sei de tanta malvadeza ,
E também sei da saudade,
Tanta vida essa incerteza
Sua melhor qualidade,
Vivendo minha tristeza,
Amores; sei de verdade.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Bebi medo de serpente,
Comi carne de ururbu,
Minha sina, sei caliente,
Na pena preta d’anu.
Todo ser sobrevivente,
Fugindo qual inhambu.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Matei muitos, de emboscada,
Não sei mais quantos matei,
Dessa vida levo nada,
Nada da vida levei,
A não ser essa esporada,
Desse reinado sem rei.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Pois perdão; peço de fato,
Sei o quanto errei também,
Fiz de sangue, um regato,
Nunca respeitei ninguém,
Tanta morte por contrato,
Por real ou por vintém,
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Eu sei, confesso o pecado,
Pequei, já não tenho cisma,
Bem sei quanto estou errado,
Não precisa cataclisma,
Nem me chamar de safado.
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

No segredo dessa vida,
Nem precisa repetir,
Minha alma já vai perdida,
Foi tudo o que eu consegui,
Sei que a vida vai sofrida,
Perdão, não custa pedir...
No segredo dessa vida
Minha alma já vai perdida...

Galopando a Beira Mar

Galopando a Beira Mar

Quando eu conheci Serena,
Num galope a beira mar,
Aquela bela morena,
Tinha tudo pra encantar,
Coração bate, dá pena,
Dá vontade de chorar,
Nunca mais poder cantar
Num galope a beira mar...

Serena foi minha vida,
A razão do meu viver,
Tanta dor já tão sentida,
Sem vontade de sofrer,
Eta vida mais sofrida,
Não cansa mais de doer,
Viola canta, luar...
Num galope a beira mar...

Minha voz anda cansada,
Cansada de tanto pedir,
Minha moda vai cantada,
Cantada móde sentir,
A viola enluarada,
Que canta quase a carpir,
Tanta coisa, sem parar,
Num galope a beira mar...

Levei Serena pra casa,
Como manda o coração,
Tanto casa, quanto embrasa,
O luar do meu sertão,
Meu amor quando se atrasa,
É problema e solução.
Como era belo sonhar
Num galope a beira mar...

Com Serena tive filho,
Dois ou três se não me engano,
Do amor seguindo o trilho,
Passa dia, mês e ano,
Mas o tempo tem gatilho,
Detonando tanto plano.
Nunca mais vou esperar
Num galope a beira mar...

O amor, de maravilha,
Transformado na tristeza,
Na promessa dessa ilha,
No meio dessa beleza,
Toda dor vem de matilha,
Acabando a realeza.
Tanta coisa pra contar
Num galope a beira mar...

Serena foi assassina,
Do que belo, tinha em mim,
Maltratando minha sina,
Fazendo tão trist’assim
Tanta dor que desatina,
Do amor, foi meu Caim.
Me matando, devagar,
Num galope a beira mar...

São tristezas, duras penas,
Têm o gosto da mortalha,
Só pedia a Deus, apenas,
Outro tipo de cangalha,
Noites mansas, mais amenas,
Na minha casa de palha.
Poder sonhar com meu lar,
Num galope a beira mar...

Já cantei minha verdade,
Fiz meus versos sem vergonha,
Procurei felicidade,
Que é coisa que se sonha,
Pelo campo ou na cidade,
Não é coisa medonha.
É meu direito tentar,
Num galope a beira mar...

O veneno em minha veia,
Corre solto, vai matando,
Essa aranha fez a teia,
Minha vida foi sugando,
Minha carne foi a ceia,
Ela foi me envenenando.
Até conseguir sangrar,
Num galope a beira mar...

Quando vi nos seus olhinhos,
Verdes olhos cor de mata;
Percebi que seus carinhos,
Me diziam, ser ingrata,
Aquela por quem meus ninhos
Sonhavam amor em cascata,
Nunca mais eu vou cantar,
Num galope a beira mar...

O Copo

O Copo

No teu seio, transportas tanto alento,
Ajudas mitigar tanto calor,
Afagas com carinho, o cão sarnento,
Permites seduzir, brindar amor.

Nos ritos transportando o que é bento,
Servindo sem temer servo ou senhor,
Em todos os momentos tens assento,
Te fazem mensageiro até da dor...

São muitos que preferem ver vazio,
Eu sei que estás, deveras, meio cheio.
Se na tristeza, manso, acaricio,

Na alegria, te invado, sem receio,
Sorvendo-te qual fora fera em cio,
Sem temer sequer críticas d’alheio...

El alma femenina

El alma femenina
Por Marcos Loures 27/07/2006 a las 20:29

Las complejidades del alma femenina.

Acaba de llegar a la ciudad perdida en los bosques de Minas Gerais.
Un joven médico, que posee la envidiable veinticinco años de edad, tiempo de vida en que uno es el rey y no está claro.
Había sido contratado para trabajar en el Programa de Salud Familiar, el trabajo en un distrito rural en un poco distante de la ciudad.
En los primeros días, la noticia de que un joven médico se había extendido por toda la ciudad, agitando el corazón de las muchachas casaderas del lugar y sofás de dos plazas.
En trance con el acoso tanto, comenzó a tener el placer de ser adulado y cortejado por todos en el pueblo.
Feo no fue hasta la contraria, pero era tímido. Muy tímido en realidad.
Y que le impedía haber tenido experiencias con el sexo opuesto a su edad y común? La posición social? que había llegado de repente.
Familia pobre, estudiando con todas las dificultades que son comunes en este país de la injusticia, logró graduarse con mucho sacrificio de todos, incluyéndolo a él.
En Río de Janeiro, mientras que sus compañeras salieron en la noche de baladas de Río, que estaba en casa estudiando o tomando turnos y más turnos para ayudar a pagar la universidad.
Las mujeres? No los tienen, a excepción de una o otra novia, a darse cuenta de que las citas se reduce a un cine en la tarde o un refresco en la puerta de la universidad, fue rápidamente? Cantando en otra parroquia?.
Una de las cosas que el médico del Programa Salud de la Familia tiene que hacer es visitas a domicilio.
Normalmente, en el campo, la realidad es muy diferente de los médicos de las ciudades están acostumbrados.
La simplicidad y la pobreza son comunes, pero la recepción con un café o la fruta de la temporada son frecuentes. Café con Guarapirá se conoce como el jugo en estas trincheras.
Una torta de harina de maíz aparece, no sé cómo lo probó con el placer y la verdadera y brillante.
Esa zona no fue diferente, lo que ha dado a nuestro médico, una nueva dimensión de la felicidad.
En una casa vivía una viuda con cuatro hijos, dos varones y dos niñas.
María Inés y María de la Gloria, dos niñas son típicas del campo.
El mayor, María Inés, con sus dieciocho años era más tímido, escondido en una mano que ocultaba precocementes dientes podridos y la sonrisa de la dulce inocencia.
Sin embargo, llamó la atención fue Glorinha niña todavía está en sus catorce años apenas completado.
La primera vez que la vio, se dio cuenta que ella no lo veía, siempre mirando hacia abajo.
La ropa desgarrada guepardo, apenas ocultando sus pechos y los recién nacidos duro, los pechos que te llamó la atención ...
Descalzo, lleno de? Nigua?, Tungiasis diagnosticado por el médico, el pelo sucio y desaliñado en contraste con sus pechos, pechos hermosos emergentes a través de los agujeros en el vestido.
Después de la visita, el médico volvió a su trabajo y su hogar.
Ni más ni recordar los pechos de la niña cuando, un mes después se informó de que iba a regresar a esa casa.
Todo como antes, todas las mismas deficiencias de vitaminas, la misma miseria, la misma falta de todo, incluso el piso de tierra, con el mismo colchón y perros comparten el mismo espacio con los habitantes de la casa.
La única diferencia era que las reparaciones en la bolsa de la escuela hecha jirones, la muchacha, ruborizándose, que llevaba sobre el hombro derecho ...
Poco sabía que éste era el único adorno que había ...

L'anima femminile

L'anima femminile
Di Marcos Loures 27/07/2006 alle 20:29

La complessità dell'anima femminile.

Appena arrivati ​​nella città perduta nelle foreste di Minas Gerais.
Un giovane medico, che possiede l'invidiabile 25 anni di età, periodo della vita quando si è re e non è chiaro.
Era stato assunto per lavorare al programma Family Health, lavorare in un distretto rurale in poco distante dalla città.
Nei primi giorni, la notizia che un giovane medico si era diffuso in tutta la città, mescolando il cuore delle ragazze da marito del luogo e loveseats.
Estasiato con molestie tanto, ha cominciato ad avere il piacere di essere adulata e corteggiata da tutti in città.
Brutto non è stato fino al contrario, ma era timido. Molto timido davvero.
E che gli ha impedito di aver avuto esperienze con il sesso opposto alla loro età e comune? Posizione sociale? che aveva raggiunto improvvisamente.
Famiglia povera, studiando con tutte le difficoltà che sono all'ordine del giorno in questo paese di ingiustizia, è riuscito a diplomandosi con tanto sacrificio da parte di tutti, lui compreso.
A Rio de Janeiro, mentre i suoi compagni di stanza usciva di notte in ballate Rio, era a casa a studiare o fare turni e più turni per contribuire a pagare per il college.
Le donne? Non li hanno, tranne una o l'altra ragazza, per rendersi conto che risale scende al cinema nel tardo pomeriggio o una bibita alla porta del collegio, si recò in fretta? Singing in un'altra parrocchia?.
Una delle cose che il medico Programma Family Health che dovete fare è visite a domicilio.
Normalmente, nelle campagne, la realtà è molto diversa da quella urbana medici sono abituati.
La semplicità e la povertà sono all'ordine del giorno, ma la reception con un caffè o la frutta di stagione sono frequenti. Caffè con Guarapira è conosciuto come il succo in queste trincee.
Una torta di farina di mais appare, non so come sia gustato con piacere e vero e luminose.
Quella zona non era diverso, che ha dato al nostro medico, una nuova dimensione di felicità.
In una casa viveva una vedova con quattro figli, due maschi e due femmine.
Maria Ines e Maria da Gloria, due ragazze sono tipici del campo.
Il maggiore, Mary Agnes, con i suoi diciotto anni era più timido, nascosto da un lato che nascondeva precocementes denti marci e il sorriso dolce di innocenza.
Ma egli ha richiamato l'attenzione era Glorinha ragazza ancora in quattordici anni appena completato.
La prima volta che la vide, notò lei non lo vede, sempre guardando verso il basso.
L'abbigliamento ghepardo strappati celando a malapena i seni e neonati duro, i seni che ha catturato la tua attenzione ...
A piedi nudi, piena di? Chigger?, Tungiasis diagnosticato dal medico di capelli, sporco e disordine in contrasto con i suoi seni, bei seni emergenti attraverso i fori del vestito.
Dopo la visita, il medico tornò al suo lavoro e la sua casa.
Né più né ricordato il seno della ragazza, quando, un mese dopo che è stato riferito che sarebbe tornato in quella casa.
Tutto come prima, tutte le carenze di vitamine stesso, la stessa miseria, la stessa mancanza di tutto, anche il pavimento sporco, con il materasso stesso cani e condividono lo stesso spazio con gli abitanti della casa.
L'unica differenza era che le riparazioni in sacchetto di scuola a brandelli, la ragazza, arrossendo, che portava sulla sua spalla destra ...
Non sapeva che questo era l'unico ornamento che aveva ...

L'âme féminine

L'âme féminine
Par Marcos Loures 27/07/2006 à 20:29

Les complexités de l'âme féminine.

A peine arrivé à la ville perdue dans les forêts du Minas Gerais.
Un médecin de juniors, qui possède le enviables 25 années d'âge, le temps de la vie quand on est roi et il n'est pas clair.
Il avait été embauché pour travailler au Programme de santé familiale, le travail dans un district rural en un peu éloigné de la ville.
Dans les premiers jours, les nouvelles qui un jeune médecin s'était propagé à travers la ville, agitant le cœur des jeunes filles nubiles de la place et causeuses.
Séduit par le harcèlement tellement, il a commencé à avoir le plaisir d'être flatté et courtisé par tout le monde dans la ville.
Vilain n'a pas été jusqu'à preuve du contraire, mais il a été timide. Très timide en effet.
Et qui l'a empêché d'avoir eu des expériences avec le sexe opposé à leur âge et commune? La position sociale? qui avait atteint subitement.
Famille pauvre, à étudier avec toutes les difficultés qui sont monnaie courante dans ce pays de l'injustice, a réussi à diplôme avec beaucoup de sacrifices de tout le monde, y compris lui.
A Rio de Janeiro, tandis que ses colocataires sortaient la nuit dans les ballades de Rio, il a été étudiant à la maison ou en prenant des changements et des changements plus pour aider à payer pour le collège.
Les femmes? N'a pas les avoir, sauf une ou l'autre copine, pour réaliser que la datation se résume à un cinéma dans l'après-midi ou un soda à la porte du collège, est allé rapidement? Chanter dans une autre paroisse?.
Une des choses que le Programme du médecin de famille de santé ont à faire est de visites à domicile.
Normalement, dans les campagnes, la réalité est très différente des médecins en milieu urbain sont habitués.
La simplicité et la pauvreté sont monnaie courante, mais la réception avec un café ou les fruits de la saison sont fréquents. Café avec Guarapira est connu comme le jus dans ces tranchées.
Un gâteau de semoule de maïs apparaît, ne sais pas comment il goûté avec plaisir et vrai et lumineux.
Cette zone n'a pas été différente, ce qui a donné à notre médecin, une nouvelle dimension du bonheur.
Dans une maison, vivait une veuve avec quatre enfants, deux garçons et deux filles.
Maria Ines et Maria da Gloria, deux filles sont typiques de ce domaine.
L'aînée, Marie-Agnès, avec ses dix-huit ans a été plus timide, caché sur une main qui cachait precocementes dents pourries et le sourire de douce innocence.
Mais il a appelé l'attention a été Glorinha fille encore dans ses quatorze années à peine terminé.
La première fois qu'il la voyait, elle n'avait pas remarqué le voir, toujours à la recherche vers le bas.
Les vêtements déchirés guépards, cachant à peine ses seins et son nouveau-nés seins durs et qui a attiré votre attention ...
Pieds nus, plein d'? Chigger?, Tungose ​​diagnostiqué par le médecin, les cheveux sales et en désordre contrastent avec ses seins, de beaux seins émergents à travers les trous dans la robe.
Après la visite, le médecin retourné à son travail et son domicile.
Ni plus ni rappeler les seins de la jeune fille quand, un mois après il a été signalé qu'il allait revenir à cette maison.
Tout comme avant, tous les mêmes lacunes de vitamines, de la même misère, le même manque de tout, même le sol en terre battue, avec le même matelas et les chiens partagent le même espace avec les habitants de la maison.
La seule différence était que les réparations dans le sac d'école en lambeaux, la fille, en rougissant, il portait sur son épaule droite ...
Il ne savait pas que c'était le seul ornement qu'elle avait ...

The feminine soul

The feminine soul
By Marcos Loures 27/07/2006 at 20:29

The intricacies of the feminine soul.

Just arrived at the town lost in the forests of Minas Gerais.
A junior doctor, who owns the enviable twenty-five years of age, time of life when one is king and it is not clear.
He had been hired to work at the Family Health Program, work in a rural district in a little distant from the town.
In the early days, the news that a young doctor had spread across the city, stirring the heart of the marriageable girls of the place and loveseats.
Entranced with so much harassment, he began to have the pleasure of being flattered and courted by everyone in town.
Ugly was not until the contrary, but was shy. Very shy indeed.
And that prevented him from having had experiences with the opposite sex to their age and common? Social position? which had reached suddenly.
Poor family, studying with all the difficulties that are commonplace in this country of injustice, succeeded in graduating with much sacrifice from everyone, including him.
In Rio de Janeiro, while her roommates went out at night in Rio ballads, he was at home studying or taking shifts and more shifts to help pay for college.
Women? Did not have them, except one or another girlfriend, to realize that dating comes down to a cinema in the late afternoon or a soda at the door of college, went quickly? Singing in another parish?.
One of the things that the doctor's Family Health Program have to do is home visits.
Normally, in the countryside, the reality is very different from the urban doctors are accustomed to.
The simplicity and poverty are commonplace, but the reception with a coffee or the fruit of the season are frequent. Coffee with Guarapira is known as the juice in these trenches.
A cornmeal cake appears, do not know how it tasted with pleasure and true and bright.
That area was not different, which has given to our doctor, a new dimension of happiness.
In one house lived a widow with four children, two boys and two girls.
Maria Ines and Maria da Gloria, two girls are typical of the field.
The eldest, Mary Agnes, with its eighteen years was more timid, hidden on one hand that hid precocementes rotten teeth and the smile of sweet innocence.
But he called attention was Glorinha girl still in its fourteen years barely completed.
The first time he saw her, noticed she did not see it, always looking down.
The cheetah clothing torn, barely concealing her breasts and hard newborns, breasts that caught your attention ...
Barefoot, full of? Chigger?, Tungiasis diagnosed by the doctor, dirty and disheveled hair contrasted with her breasts, beautiful breasts emerging through the holes in the dress.
After the visit, the doctor returned to his work and his home.
Neither more nor remembered the girl's breasts when, a month after it was reported that he would return to that house.
Everything as before, all the same deficiencies of vitamins, the same misery, the same lack of everything, even the dirt floor, with the same mattress and dogs sharing the same space with the inhabitants of the house.
The only difference was that repairs in tattered school bag, the girl, blushing, he wore over his right shoulder ...
Little did he know that this was the only ornament she had ...