1
Amor dita também
A roupa que se veste
O tempo mais agreste
O quanto nada tem
O vento diz desdém
E ronda e me reveste
Da boca onde se ateste
O gozo o farto bem,
O quarto mais escuro
A lua que procuro
Desnuda em minha cama
Deitando este prazer
No tanto bem querer
No amor quando se inflama.
2
Subindo novamente
Vontade de poder
Vencer outro poder
O cheiro se apresente
No peso que não mente
No gozo e no prazer
Sentindo o teu querer
Tocando corpo e mente
O sonho vaidoso
O tempo majestoso
O rito delicado
Deitando em mansidão
Ditando a direção
Do amor sem ter pecado.
3
As águas deste mar
As lendas deste rio
O quanto em desvario
Aprendi te amar
Sorvendo devagar
Manhã dita o rocio
E sei que propicio
O que virei buscar
Nas delicadas fontes
E quanto mais apontes
Mais quero beber
Do gozo incomparável
Do tempo imaginável
A mina do prazer.
4
No quanto redimisse
Dos erros do passado
O dia disfarçado
E nunca permitisse
O quanto fosse e visse
Do todo o seu recado,
Vencendo o desolado
Caminho em que se vice
Manhã em luz suprema
O quanto nos algema
O gosto o sonho e a prece
No amor que a vida traz
Remete a voz audaz
E nela já se tece.
5
O tempo em temporal
O vento não esqueço
O quanto te obedeço
No doce ritual
O corpo sensual,
Já sei teu endereço
E sei até mereço
Um beijo ou outro tal
Conforme se queria
A noite vence o dia
E traz a lua em nós
Vida traz mais vida
No quanto a despedida
Gerasse nova foz.
6
O sonho este cristal
Gestado em poesia
E nele a fantasia
Adentra sem rival
O tempo desigual
E tanto poderia
Na fonte e na alegria
No imenso sideral
Bebendo cada estrela
Pudesse então sabê-la
Desnuda em rara chama
Vibrando em gozo farto
E se nunca mais aparto
A sorte dita e trama.
7
A vida que virá
Bendita esta beleza
E nela com certeza
Desejo e desde já
O quanto brilhará
Vencendo a correnteza
Sabendo com destreza
Ao todo já se irá
Descendo cada escada
E nela a madrugada
Em luas e violas
Serenatas em sonho
O quanto te proponho
Comigo ora decolas.
8
Nas voltas e ponteios
Mineiro coração
Tomando a direção
Seguindo doces veios
E quando vão alheios
Ao medo em sedução
E nele o quanto é vão
Entorna sem receios
Os ditos e os carinhos
Os olhos sem espinhos
A lua sobre nós
O tempo em vendaval
Amor um ritual
Também se trama algoz.
9
Singrando cada espaço
Dos mares que criei
Vivendo sendo rei
Castelo agora traço
Na renda doutro passo
No paço que sonhei
Na venda desta grei
No verso que te faço,
O gesto mais ousado
Sem medo nem pecado
Sem tréguas nem perdão
Mil léguas andaria
Bebendo a poesia
Que vem do coração.
10
Recebo o manso vento
Que tanto se queria
Vencendo a fantasia
E nela o pensamento
Porquanto indo sustento
Trazendo alegoria
E quanto em alegria
Alheio sofrimento
Meu verso se arrebenta
Na força da tormenta
E adentra a praia e areia
Sonhando com os braços
Nos olhos, ditos, traços
Nos seios da sereia.
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 5 de junho de 2010
35601 até 35610
1
O quanto por fazer
Galgar qualquer espaço
Aonde ainda escasso
O mundo sem prazer
Vibrando no querer
Depois descanso lasso
E tanto posso e faço
Além do amanhecer,
Vivendo fartamente
O amor quando se sente
É tudo e não se cansa
Enquanto a gente sonha
A vida se componha
Bem mais do que se alcança.
2
Amada sendo minha
A luz que é também tua
Enquanto beijo a lua
Em ti já se adivinha
A sorte que continha
E tanto continua
Desvenda-se assim nua
A deusa, esta rainha
E nela me revelo
Adentro este castelo
E como um cavaleiro
Percebo muito mais
Do quanto em magistrais
Caminhos eu me inteiro.
3
Minha alma sendo escrava
Do tempo e da vontade
No quanto tanto agrade
A sorte vira lava
Enquanto nada agrava
Temor ou tempestade
Vivendo esta saudade
E nela sem a trava
Que possa me impedir
De tanto prosseguir
Vereda majestosa,
Assim a nossa vida
Aos poucos, distraída
Cevando luz e rosa.
4
Amor quando se fez
Além de qualquer cais
Vencendo temporais
Adentra em altivez
Domina a sensatez
E bebe muito mais
Explode em vendavais
E nada mais desfez
O rumo desejado
E nele sempre dado
O passo mais audaz,
O quanto te desejo
E nada além mais vejo
Permite a vida em paz.
5
Da vida este sinal
Tocando a minha pele
Tatua e me compele
Amor sem ter igual
Um rito sensual
No quanto ao gozo apele
Ao tanto já se atrele
Um dia magistral
Reinando a cada instante
Um tempo fascinante
Promessa realizada
O vento em calmaria
A sorte que me guia
Amor ditando a estrada.
6
Distante desta cruz
Aonde se mostrara
A vida em plena escara
E o quanto reproduz
Imagem contra a luz
Jamais seria clara
A fonte não ampara
O corte não faz jus
A quem deseja tanto
E nisto se me espanto
Eu tento outra alvorada
Persigo cada instante
E nele a fascinante
Vontade desvendada.
7
O pano se rasgou
E o tempo não pudera
Conter mais tanta espera
E agora mergulhou
Nas ânsias do que sou
O quanto se tempera
A vida regenera
O quanto em mim restou
E bebo enamorado
O tempo sem pecado
O verso em voz sublime
Vagando sem destino
No quanto me alucino
Além do que se estime.
8
Adentrando o meu peito
Assim exposto ao gozo
Do dia majestoso
Enquanto me deleito
Se sou por ti aceito
O tempo mavioso
O gesto prazeroso
Enquanto em nosso leito
A festa feita em fúria
Ausente uma lamúria
Explode em rito imenso,
O quanto ainda vivo
Ou mesmo sobrevivo
É quando em ti eu penso.
9
No gume do punhal
Na fonte dessedenta
A dita se apresenta
Em vário ritual,
Amor já sem rival
A morte que apascenta
O corte onde acalenta
O medo o tom venal,
O peso de um passado
O gesto recordado
A mão que acaricia
Intenso e bandoleiro
O sonho é mensageiro
E doma todo o dia.
10
Em ti suicidei
O medo e o mais cruel
Caminho rumo ao céu
Sem norma regra ou lei
E quando mergulhei
Desvendando teu véu,
Bebendo mel e fel
Assim eu me entreguei
Sem medo nem resposta
A vida sendo exposta
A queda, o vão, o abismo
E tanto quanto posso
No risco sempre endosso
O imenso cataclismo.
O quanto por fazer
Galgar qualquer espaço
Aonde ainda escasso
O mundo sem prazer
Vibrando no querer
Depois descanso lasso
E tanto posso e faço
Além do amanhecer,
Vivendo fartamente
O amor quando se sente
É tudo e não se cansa
Enquanto a gente sonha
A vida se componha
Bem mais do que se alcança.
2
Amada sendo minha
A luz que é também tua
Enquanto beijo a lua
Em ti já se adivinha
A sorte que continha
E tanto continua
Desvenda-se assim nua
A deusa, esta rainha
E nela me revelo
Adentro este castelo
E como um cavaleiro
Percebo muito mais
Do quanto em magistrais
Caminhos eu me inteiro.
3
Minha alma sendo escrava
Do tempo e da vontade
No quanto tanto agrade
A sorte vira lava
Enquanto nada agrava
Temor ou tempestade
Vivendo esta saudade
E nela sem a trava
Que possa me impedir
De tanto prosseguir
Vereda majestosa,
Assim a nossa vida
Aos poucos, distraída
Cevando luz e rosa.
4
Amor quando se fez
Além de qualquer cais
Vencendo temporais
Adentra em altivez
Domina a sensatez
E bebe muito mais
Explode em vendavais
E nada mais desfez
O rumo desejado
E nele sempre dado
O passo mais audaz,
O quanto te desejo
E nada além mais vejo
Permite a vida em paz.
5
Da vida este sinal
Tocando a minha pele
Tatua e me compele
Amor sem ter igual
Um rito sensual
No quanto ao gozo apele
Ao tanto já se atrele
Um dia magistral
Reinando a cada instante
Um tempo fascinante
Promessa realizada
O vento em calmaria
A sorte que me guia
Amor ditando a estrada.
6
Distante desta cruz
Aonde se mostrara
A vida em plena escara
E o quanto reproduz
Imagem contra a luz
Jamais seria clara
A fonte não ampara
O corte não faz jus
A quem deseja tanto
E nisto se me espanto
Eu tento outra alvorada
Persigo cada instante
E nele a fascinante
Vontade desvendada.
7
O pano se rasgou
E o tempo não pudera
Conter mais tanta espera
E agora mergulhou
Nas ânsias do que sou
O quanto se tempera
A vida regenera
O quanto em mim restou
E bebo enamorado
O tempo sem pecado
O verso em voz sublime
Vagando sem destino
No quanto me alucino
Além do que se estime.
8
Adentrando o meu peito
Assim exposto ao gozo
Do dia majestoso
Enquanto me deleito
Se sou por ti aceito
O tempo mavioso
O gesto prazeroso
Enquanto em nosso leito
A festa feita em fúria
Ausente uma lamúria
Explode em rito imenso,
O quanto ainda vivo
Ou mesmo sobrevivo
É quando em ti eu penso.
9
No gume do punhal
Na fonte dessedenta
A dita se apresenta
Em vário ritual,
Amor já sem rival
A morte que apascenta
O corte onde acalenta
O medo o tom venal,
O peso de um passado
O gesto recordado
A mão que acaricia
Intenso e bandoleiro
O sonho é mensageiro
E doma todo o dia.
10
Em ti suicidei
O medo e o mais cruel
Caminho rumo ao céu
Sem norma regra ou lei
E quando mergulhei
Desvendando teu véu,
Bebendo mel e fel
Assim eu me entreguei
Sem medo nem resposta
A vida sendo exposta
A queda, o vão, o abismo
E tanto quanto posso
No risco sempre endosso
O imenso cataclismo.
35591 até 35600
1
Dos sonhos sou pirata
Sugando cada verso
Do quanto sigo imerso
Ou tanto se retrata
Na face que desata
E nela me disperso
E quando desconverso
Adentro fogo e mata,
O porte se aumentado
Do quanto se fez brado
Ou mera coincidência
Assim vou concebendo
O dia novo adendo
Em nova penitência.
2
Um dia fora mouro
Se noutro fui cristão
Ou mesmo a direção
Buscando ancoradouro
Se às vezes eu me douro
Em outras negação
O verso desde então
Morrendo em nascedouro
Aborto o que seria
Se nada a fantasia
Pudesse me dizer,
Assim se inda renasço
E tento novo passo
Aí mora o prazer.
3
Amor dito flagelo
Maltrata, mas sacia
A lua tão vadia
Desnuda já revelo
E bebo este castelo
Na noite que se esfria
Na mão quando se guia
Nas sendas do rastelo,
Beijando a sorte invento
O quanto fora em vento
E agora me apascenta,
Resulto do que tanto
Vencera em medo e pranto
Matando esta tormenta.
4
Enquanto te toquei
E senti arrepio
No quanto ainda esguio
Por instantes fui rei
E sei que tanto errei
E quando fantasio
O mundo em rodopio
De novo me esbarrei
No corpo sensual
Na fome sem igual
E tudo se refez,
Mas logo destronado,
E agora sem reinado
Restando insensatez...
5
O quanto diz do fogo
Ateio e não sossego
Invado corpo ou ego
E não aceito rogo,
O tento quando é jogo
O beijo a que me entrego
O passo quase cego
Seja em Paris ou Togo,
O corte se anuncia
E vejo o novo dia
Em gozos e promessas,
E sei que pouco importa
Se existe ou não a porta
Ou como e quando expressas.
6
Seguindo esta fragata
Em mares mais diversos
O quando dizem versos
Ou mesmo já desata
A sorte sendo ingrata
Olhares mais dispersos
Os tantos quanto imersos
Nas grotas desta mata
O peso do passado
O toque este recado
O rosto em rugas feito,
Navego sem sentir
O cais se inda há de vir
Ou noutro mar me deito.
7
Buscando quando e onde
O tanto pode ou não
Traçar a direção
E nela quando esconde
O quanto dita a fronde
Ou mesmo a servidão
Dos pés descalços, chão
O medo não responde
Acode e logo estira
O corpo na mentira
Atira sem ter nexo,
Delírios desiguais
Em gozos sensuais
Num tão bem feito sexo.
8
Amor já se escondia
Em nova face quando
O tempo desabando
Trazendo o novo dia
Aonde se escondia
O peso me tocando
O corte reservando
O templo em heresia,
A serventia alheia
A porta que se esteia
Nas ânsias do querer,
Assim eu me permito
Enquanto beijo o rito
Tentando o amanhecer.
9
A vida dita a fúria
De quem não mais pudesse
Saber desta benesse
E viva na penúria
Enquanto esta lamúria
O mundo ainda tece
Amor jamais esquece
E vive sem incúria
No quanto ainda adoça
A sorte minha e nossa
Apossa-se do canto,
E sinto levemente
O quanto se apresente
A dita sem quebranto.
10
Pudesse te pegar
De mansinho com jeito
Assim quando me deito
Bebendo este luar
Beleza a se entregar
Nas ânsias deste leito
Enquanto fosse aceito
No tanto navegar
Mergulho em cada abismo
E quanto em cataclismo
O gozo logo explode
O tempo não se conta,
A vida segue tonta
Nem quero quem me acode.
Dos sonhos sou pirata
Sugando cada verso
Do quanto sigo imerso
Ou tanto se retrata
Na face que desata
E nela me disperso
E quando desconverso
Adentro fogo e mata,
O porte se aumentado
Do quanto se fez brado
Ou mera coincidência
Assim vou concebendo
O dia novo adendo
Em nova penitência.
2
Um dia fora mouro
Se noutro fui cristão
Ou mesmo a direção
Buscando ancoradouro
Se às vezes eu me douro
Em outras negação
O verso desde então
Morrendo em nascedouro
Aborto o que seria
Se nada a fantasia
Pudesse me dizer,
Assim se inda renasço
E tento novo passo
Aí mora o prazer.
3
Amor dito flagelo
Maltrata, mas sacia
A lua tão vadia
Desnuda já revelo
E bebo este castelo
Na noite que se esfria
Na mão quando se guia
Nas sendas do rastelo,
Beijando a sorte invento
O quanto fora em vento
E agora me apascenta,
Resulto do que tanto
Vencera em medo e pranto
Matando esta tormenta.
4
Enquanto te toquei
E senti arrepio
No quanto ainda esguio
Por instantes fui rei
E sei que tanto errei
E quando fantasio
O mundo em rodopio
De novo me esbarrei
No corpo sensual
Na fome sem igual
E tudo se refez,
Mas logo destronado,
E agora sem reinado
Restando insensatez...
5
O quanto diz do fogo
Ateio e não sossego
Invado corpo ou ego
E não aceito rogo,
O tento quando é jogo
O beijo a que me entrego
O passo quase cego
Seja em Paris ou Togo,
O corte se anuncia
E vejo o novo dia
Em gozos e promessas,
E sei que pouco importa
Se existe ou não a porta
Ou como e quando expressas.
6
Seguindo esta fragata
Em mares mais diversos
O quando dizem versos
Ou mesmo já desata
A sorte sendo ingrata
Olhares mais dispersos
Os tantos quanto imersos
Nas grotas desta mata
O peso do passado
O toque este recado
O rosto em rugas feito,
Navego sem sentir
O cais se inda há de vir
Ou noutro mar me deito.
7
Buscando quando e onde
O tanto pode ou não
Traçar a direção
E nela quando esconde
O quanto dita a fronde
Ou mesmo a servidão
Dos pés descalços, chão
O medo não responde
Acode e logo estira
O corpo na mentira
Atira sem ter nexo,
Delírios desiguais
Em gozos sensuais
Num tão bem feito sexo.
8
Amor já se escondia
Em nova face quando
O tempo desabando
Trazendo o novo dia
Aonde se escondia
O peso me tocando
O corte reservando
O templo em heresia,
A serventia alheia
A porta que se esteia
Nas ânsias do querer,
Assim eu me permito
Enquanto beijo o rito
Tentando o amanhecer.
9
A vida dita a fúria
De quem não mais pudesse
Saber desta benesse
E viva na penúria
Enquanto esta lamúria
O mundo ainda tece
Amor jamais esquece
E vive sem incúria
No quanto ainda adoça
A sorte minha e nossa
Apossa-se do canto,
E sinto levemente
O quanto se apresente
A dita sem quebranto.
10
Pudesse te pegar
De mansinho com jeito
Assim quando me deito
Bebendo este luar
Beleza a se entregar
Nas ânsias deste leito
Enquanto fosse aceito
No tanto navegar
Mergulho em cada abismo
E quanto em cataclismo
O gozo logo explode
O tempo não se conta,
A vida segue tonta
Nem quero quem me acode.
35581 até 35590
1
A sorte já caída
Em meio aos vendavais
E nela busco mais
Do quanto a própria vida
Negasse ou descumprida
Promessa. Mas jamais
Pudesse além do cais
Vencer esta partida,
Encontro o velho espinho
E sei quanto mesquinho
O tempo dita a regra,
O verso não consegue
Seguir e se prossegue
Ausência desintegra.
2
Deitada em fina areia
Beleza sensual
Em sol, em céu e sal,
Divina esta sereia
O quanto me incendeia
Vontade sem igual
Intenso ritual,
A vida segue alheia...
No todo prometido
No gozo e no gemido
Apenas a mentira,
O quanto tu me deste
Em solo mais agreste
O tempo já retira.
3
A vida é picadeiro
Dos circos mais vulgares
E quando procurares
Além do costumeiro
Caminho aventureiro
Em falsos vis altares
Bebendo lupanares
Ou digo do puteiro
O certo, porém turvo
Desejo aonde eu curvo
A estrada mais além
Apenas o vazio
Resume o tanto cio
E nada mais contém.
4
Pudesse ser leão
Aonde mero rato,
E assim se me retrato
Buscando solução
Ausência e diversão
O corte o medo e o mato
No quanto já desato
Bebendo esta aversão,
Resumo no talvez
O quanto não mais vês
Nem tanto mais veria
Da soma que eu quisera
Imensa e rara fera,
Sou mera alegoria.
5
O quanto nunca vinha
Ou mesmo não viria
A sorte a fantasia
Um dia fora minha
Agora se avizinha
Da sorte noutro dia
E tanto mentiria
Enquanto não se aninha
No porte, corte e porto,
Assim vou semimorto,
Mas nada mais me cansa
Nem mesmo esta questão
Da ausência e direção
Da noite turva ou mansa.
6
O quanto vinha vindo
Do tempo que pudesse
Trazer alguma messe
Mas logo já deslindo
O quanto gera o findo
E tenta rumo ou prece
Enquanto nada tece
Ainda assim eu brindo
Na face do farsante
O quanto se adiante
Ou mesmo me renegue,
A parte que me cabe
Nem mesmo já se sabe
Ainda que me cegue.
7
A sorte dando um pulo
No escuro desta vida
No quanto dolorida
Ou mesmo se escapulo
No fundo não engulo
Ausência e despedida,
No quanto fora urdida
E sigo sendo fulo
Pesando em minhas costas
O quanto não me gostas
E o todo renegado,
Assim vou procurando
Perdão e desde quando
Amar fora pecado?
8
Olhar desesperado
Saltando assim de banda
A vida se desanda
Não deixa algum recado
O quanto maltratado
No tempo esta ciranda
A lua na varanda
O verso desolado,
O beijo não permite
Além deste limite
O que desejo tanto,
Mas fico no meu canto
E bebo a sensação
Da viva solidão.
9
O quanto já comeu
Da velha sobremesa
A sorte sem surpresa
Traçando o que foi meu
Enreda noutro breu
E gera com destreza
A imensa correnteza
Aonde se perdeu
O rumo, o nexo o prumo
E quando me consumo
Nas ânsias e vontades
Tu partes para além
E o quanto me contém
Virando tais saudades...
10
O quanto segue após
O tanto se esgotara
A fonte sendo clara
Ainda traz na voz
O jeito meio algoz
Ou tanto se declara
Na porta que escancara
No medo mais feroz,
Resumo o que talvez
Ainda nada vês
Nem mesmo se adivinha,
Se a dor inda persiste,
Se eu ando meio triste
A culpa é toda minha.
A sorte já caída
Em meio aos vendavais
E nela busco mais
Do quanto a própria vida
Negasse ou descumprida
Promessa. Mas jamais
Pudesse além do cais
Vencer esta partida,
Encontro o velho espinho
E sei quanto mesquinho
O tempo dita a regra,
O verso não consegue
Seguir e se prossegue
Ausência desintegra.
2
Deitada em fina areia
Beleza sensual
Em sol, em céu e sal,
Divina esta sereia
O quanto me incendeia
Vontade sem igual
Intenso ritual,
A vida segue alheia...
No todo prometido
No gozo e no gemido
Apenas a mentira,
O quanto tu me deste
Em solo mais agreste
O tempo já retira.
3
A vida é picadeiro
Dos circos mais vulgares
E quando procurares
Além do costumeiro
Caminho aventureiro
Em falsos vis altares
Bebendo lupanares
Ou digo do puteiro
O certo, porém turvo
Desejo aonde eu curvo
A estrada mais além
Apenas o vazio
Resume o tanto cio
E nada mais contém.
4
Pudesse ser leão
Aonde mero rato,
E assim se me retrato
Buscando solução
Ausência e diversão
O corte o medo e o mato
No quanto já desato
Bebendo esta aversão,
Resumo no talvez
O quanto não mais vês
Nem tanto mais veria
Da soma que eu quisera
Imensa e rara fera,
Sou mera alegoria.
5
O quanto nunca vinha
Ou mesmo não viria
A sorte a fantasia
Um dia fora minha
Agora se avizinha
Da sorte noutro dia
E tanto mentiria
Enquanto não se aninha
No porte, corte e porto,
Assim vou semimorto,
Mas nada mais me cansa
Nem mesmo esta questão
Da ausência e direção
Da noite turva ou mansa.
6
O quanto vinha vindo
Do tempo que pudesse
Trazer alguma messe
Mas logo já deslindo
O quanto gera o findo
E tenta rumo ou prece
Enquanto nada tece
Ainda assim eu brindo
Na face do farsante
O quanto se adiante
Ou mesmo me renegue,
A parte que me cabe
Nem mesmo já se sabe
Ainda que me cegue.
7
A sorte dando um pulo
No escuro desta vida
No quanto dolorida
Ou mesmo se escapulo
No fundo não engulo
Ausência e despedida,
No quanto fora urdida
E sigo sendo fulo
Pesando em minhas costas
O quanto não me gostas
E o todo renegado,
Assim vou procurando
Perdão e desde quando
Amar fora pecado?
8
Olhar desesperado
Saltando assim de banda
A vida se desanda
Não deixa algum recado
O quanto maltratado
No tempo esta ciranda
A lua na varanda
O verso desolado,
O beijo não permite
Além deste limite
O que desejo tanto,
Mas fico no meu canto
E bebo a sensação
Da viva solidão.
9
O quanto já comeu
Da velha sobremesa
A sorte sem surpresa
Traçando o que foi meu
Enreda noutro breu
E gera com destreza
A imensa correnteza
Aonde se perdeu
O rumo, o nexo o prumo
E quando me consumo
Nas ânsias e vontades
Tu partes para além
E o quanto me contém
Virando tais saudades...
10
O quanto segue após
O tanto se esgotara
A fonte sendo clara
Ainda traz na voz
O jeito meio algoz
Ou tanto se declara
Na porta que escancara
No medo mais feroz,
Resumo o que talvez
Ainda nada vês
Nem mesmo se adivinha,
Se a dor inda persiste,
Se eu ando meio triste
A culpa é toda minha.
35571 até 35580
1
Amor perseguidor
Enquanto no teu rastro
Deveras eu me alastro
E busco qualquer dor
No fardo sonhador
No peso deste lastro
Arrebentando o mastro
Despetalando a flor,
Mas sou e sei quem és
Assim nossas galés
Refletem cada passo
E nele se inda somos
Diversos, unos gomos,
Em ti faço e desfaço.
2
Olhares de cristãos
Perdão à flor da pele
O quanto me compele
Viver em mansos chãos
Cevando novos grãos
E neles já se apele
A vida noutra sele
Caminhos nunca vãos,
Mas sei da liberdade
E quanto à Deus agrade
O canto libertário,
Por ser assim poeta
Minha alma se repleta
Se em vida sou corsário.
3
Batendo à minha porta
O corvo ou meu passado
No tempo delegado
Do sonho que se aborta,
Do quanto não importa
Eu trago este legado
E bebo este pecado
Ou tanto a vida corta
Passado diz presente
Presente te asseguro
Sondando algum futuro
Diverso se apresente
Vagando sem destino
Aí eu me alucino.
4
Das minhas velhas tumbas
E nelas eu percebo
O quanto ainda bebo
De tantas catacumbas
Em ares e macumbas
O verso que concebo
Do todo que recebo
Em salsas, mambos rumbas
Delírios de poeta
Na face predileta
Da moça magistral
E nela dita a praia
O vento, o gozo e a saia
O sol, o céu e o sal.
5
Aonde te encontrei
Depois de tentativas
Ainda seguem vivas
As lembranças da grei
Porquanto fora rei
E tu entre as cativas
Ainda mais altivas
Das quantas procurei,
Vingança e lança e faca
A fúria não se aplaca
Nem mesmo o temporal,
Assim em beijo e tapa
A vida não escapa
Vivendo o bem e o mal.
6
Pudesse novamente
A mente ser mais nova
Assim à toda prova
A sorte não desmente
O quanto já se ausente
Ou mesmo se renova
No beijo que se prova
No tempo ora presente,
Vencer os meus segredos
Embora sejam ledos
Os passos que daria
Eu sinto esta falseta
E quando sou cometa
Adentro novo dia.
7
O tempo desde quando
Ouvisse esta promessa
Perdendo qualquer pressa
Pesando em contrabando
Vencendo e transformando
O quanto recomeça
Ou mesmo se tropeça
Na face do nefando
Refeito da surpresa
Nas sendas sendo presa
Nos olhos liberdade,
Vestindo esta mortalha
A sorte se batalha
E o vento sempre brade.
8
Ali quanto te vi
Deitada sob o sol
Bebendo girassol
E eu qual colibri
De beijos te cobri
Dourando este arrebol
E tendo sempre em prol
O amor que descobri,
Resumo a minha história
E sei já de memória
O quanto poderia
Fazer de novo tudo
No quanto não me iludo
Ou mesmo é fantasia.
9
Procuro por você
Em cada cena ou fato
No céu, no mar no mato
Buscando algum por que
A vida já se vê
Na face que retrato
Ou mesmo se em regato
Mergulho e nada crê
No tempo mais astuto
O coração matuto
O beijo mais risonho
O templo da vontade
Porquanto ainda brade
Apenas mero sonho.
10
Beleza farta e nua
Deitada sobre o solo,
Olhando assim, sem dolo
A vida continua
No quanto já flutua
E nesta senda assolo
Buscando qualquer colo,
Bebendo cada lua,
Resumo um novo tempo
Além do contratempo
No templo que me dás
O verso se enamora
O tempo comemora
E bebe desta paz.
Amor perseguidor
Enquanto no teu rastro
Deveras eu me alastro
E busco qualquer dor
No fardo sonhador
No peso deste lastro
Arrebentando o mastro
Despetalando a flor,
Mas sou e sei quem és
Assim nossas galés
Refletem cada passo
E nele se inda somos
Diversos, unos gomos,
Em ti faço e desfaço.
2
Olhares de cristãos
Perdão à flor da pele
O quanto me compele
Viver em mansos chãos
Cevando novos grãos
E neles já se apele
A vida noutra sele
Caminhos nunca vãos,
Mas sei da liberdade
E quanto à Deus agrade
O canto libertário,
Por ser assim poeta
Minha alma se repleta
Se em vida sou corsário.
3
Batendo à minha porta
O corvo ou meu passado
No tempo delegado
Do sonho que se aborta,
Do quanto não importa
Eu trago este legado
E bebo este pecado
Ou tanto a vida corta
Passado diz presente
Presente te asseguro
Sondando algum futuro
Diverso se apresente
Vagando sem destino
Aí eu me alucino.
4
Das minhas velhas tumbas
E nelas eu percebo
O quanto ainda bebo
De tantas catacumbas
Em ares e macumbas
O verso que concebo
Do todo que recebo
Em salsas, mambos rumbas
Delírios de poeta
Na face predileta
Da moça magistral
E nela dita a praia
O vento, o gozo e a saia
O sol, o céu e o sal.
5
Aonde te encontrei
Depois de tentativas
Ainda seguem vivas
As lembranças da grei
Porquanto fora rei
E tu entre as cativas
Ainda mais altivas
Das quantas procurei,
Vingança e lança e faca
A fúria não se aplaca
Nem mesmo o temporal,
Assim em beijo e tapa
A vida não escapa
Vivendo o bem e o mal.
6
Pudesse novamente
A mente ser mais nova
Assim à toda prova
A sorte não desmente
O quanto já se ausente
Ou mesmo se renova
No beijo que se prova
No tempo ora presente,
Vencer os meus segredos
Embora sejam ledos
Os passos que daria
Eu sinto esta falseta
E quando sou cometa
Adentro novo dia.
7
O tempo desde quando
Ouvisse esta promessa
Perdendo qualquer pressa
Pesando em contrabando
Vencendo e transformando
O quanto recomeça
Ou mesmo se tropeça
Na face do nefando
Refeito da surpresa
Nas sendas sendo presa
Nos olhos liberdade,
Vestindo esta mortalha
A sorte se batalha
E o vento sempre brade.
8
Ali quanto te vi
Deitada sob o sol
Bebendo girassol
E eu qual colibri
De beijos te cobri
Dourando este arrebol
E tendo sempre em prol
O amor que descobri,
Resumo a minha história
E sei já de memória
O quanto poderia
Fazer de novo tudo
No quanto não me iludo
Ou mesmo é fantasia.
9
Procuro por você
Em cada cena ou fato
No céu, no mar no mato
Buscando algum por que
A vida já se vê
Na face que retrato
Ou mesmo se em regato
Mergulho e nada crê
No tempo mais astuto
O coração matuto
O beijo mais risonho
O templo da vontade
Porquanto ainda brade
Apenas mero sonho.
10
Beleza farta e nua
Deitada sobre o solo,
Olhando assim, sem dolo
A vida continua
No quanto já flutua
E nesta senda assolo
Buscando qualquer colo,
Bebendo cada lua,
Resumo um novo tempo
Além do contratempo
No templo que me dás
O verso se enamora
O tempo comemora
E bebe desta paz.
35561 até 35570
1
A vida de surpresa
Levando ao abandono
E quando adentro o sono
Eu viro fácil presa
E quando se despreza
A sorte onde me adono,
O peso dita o trono
E sei desta incerteza
No olhar a cada ausência
E mesmo em anuência
O resto não consigo,
Vivendo sem sentir
O quanto irá por vir
Procuro um braço amigo.
2
O quanto inda se gosta
De quem gosta da gente
Assim indiferente
O tempo sem proposta
A vida sem resposta
O corpo do indigente
O verso que se tente
A mesa nunca posta,
O medo dita a norma
A lei já se transforma
E o gozo ora se adia,
A morte após o fato
O quanto me maltrato,
Mas tenho a poesia...
3
O tempo sem memória
O fato de sentir
O gosto de existir
Mesmo que merencória
Renova cada história
E bebo do elixir
A ponto de partir
Buscando alguma glória
Escória sei que sou
Do pouco se restou
Somando com metade
A fúria não calava
A voz porquanto brava
Da imensa tempestade.
4
Em gregos e troianos
Resumos e batalhas
O quanto ainda espalhas
E geras novos danos
De tantos desenganos
Amores, fogos, palhas
E assim nestas navalhas
Fazemos novos planos,
A morte, a sorte e a dita
Uma palavra omita
O tempo diz tempesta
E o quanto ainda gera
Em nós o gozo e a fera
No fim, virando festa.
5
Neste cavalo de pau
As armadilhas tantas
Enquanto desencantas
Eu canto bem ou mal,
Procuro nova nau
Ou mesmo me adiantas
E nada se me espantas
Alçando outro degrau,
O fato é que constante
No quanto me adiante
Eu perco ou já me dano,
Amor quando demais
Impede qualquer cais,
Delírio bom, profano.
6
A morte, a faca adaga
O corte, o porre a noite
A sombra deste açoite
O beijo já me draga
A sorte não afaga
Nem mesmo este pernoite
Na traição acoite
A sombra dita a chaga,
Mas bebo deste tanto
E quando ainda canto
Procuro uma versão
Que possa me trazer
Além de algum prazer
Sobeja diversão.
7
O quanto já brigamos
Ou mesmo no carinho
O quanto mais mesquinho
Assim nos procuramos
Um mundo que sem amos
Dos sonhos são vizinhos
Cortes, pedras e espinhos
As árvores e ramos,
Os ditos e palavras
Assim são nossas lavras
As larvas e crisálidas
E nelas a esperança
O passo não se cansa
Nem nestas noites pálidas.
8
Se enfim nós já morremos
Ou mesmo poderíamos
Seguir o que queríamos
Enquanto socorremos
Na vida já sem remos
Os tempos preferíamos
Em versos ou temíamos
Diversos tolos demos,
E quando nos venenos
Dispersos e serenos
Bebemos sem saber
No gozo mal medido
No tempo sem libido
No farto bem querer.
9
Da vida algum soldado
Aonde quis tenente
Ainda que se tente
O passo tão mal dado
O quanto rola o dado
Ou mesmo se apresente
No fardo violente
A sombra do pecado,
Restando a voz ainda
E nela já se brinda
O sentimento algoz
Resulto do que busco
E quando ora me ofusco
O sonho é mais atroz.
10
Outrora fui romano
Agora sou mineiro
O tempo aonde esgueiro
E nele se me engano
Vivendo novo plano
Diverso e verdadeiro
Se ainda corriqueiro
Soldado ou soberano
Restando dentro em mim
A sombra de onde vim
O passo que não dei,
O fardo se carrego
Alimentando um ego
Sonega a própria lei.
A vida de surpresa
Levando ao abandono
E quando adentro o sono
Eu viro fácil presa
E quando se despreza
A sorte onde me adono,
O peso dita o trono
E sei desta incerteza
No olhar a cada ausência
E mesmo em anuência
O resto não consigo,
Vivendo sem sentir
O quanto irá por vir
Procuro um braço amigo.
2
O quanto inda se gosta
De quem gosta da gente
Assim indiferente
O tempo sem proposta
A vida sem resposta
O corpo do indigente
O verso que se tente
A mesa nunca posta,
O medo dita a norma
A lei já se transforma
E o gozo ora se adia,
A morte após o fato
O quanto me maltrato,
Mas tenho a poesia...
3
O tempo sem memória
O fato de sentir
O gosto de existir
Mesmo que merencória
Renova cada história
E bebo do elixir
A ponto de partir
Buscando alguma glória
Escória sei que sou
Do pouco se restou
Somando com metade
A fúria não calava
A voz porquanto brava
Da imensa tempestade.
4
Em gregos e troianos
Resumos e batalhas
O quanto ainda espalhas
E geras novos danos
De tantos desenganos
Amores, fogos, palhas
E assim nestas navalhas
Fazemos novos planos,
A morte, a sorte e a dita
Uma palavra omita
O tempo diz tempesta
E o quanto ainda gera
Em nós o gozo e a fera
No fim, virando festa.
5
Neste cavalo de pau
As armadilhas tantas
Enquanto desencantas
Eu canto bem ou mal,
Procuro nova nau
Ou mesmo me adiantas
E nada se me espantas
Alçando outro degrau,
O fato é que constante
No quanto me adiante
Eu perco ou já me dano,
Amor quando demais
Impede qualquer cais,
Delírio bom, profano.
6
A morte, a faca adaga
O corte, o porre a noite
A sombra deste açoite
O beijo já me draga
A sorte não afaga
Nem mesmo este pernoite
Na traição acoite
A sombra dita a chaga,
Mas bebo deste tanto
E quando ainda canto
Procuro uma versão
Que possa me trazer
Além de algum prazer
Sobeja diversão.
7
O quanto já brigamos
Ou mesmo no carinho
O quanto mais mesquinho
Assim nos procuramos
Um mundo que sem amos
Dos sonhos são vizinhos
Cortes, pedras e espinhos
As árvores e ramos,
Os ditos e palavras
Assim são nossas lavras
As larvas e crisálidas
E nelas a esperança
O passo não se cansa
Nem nestas noites pálidas.
8
Se enfim nós já morremos
Ou mesmo poderíamos
Seguir o que queríamos
Enquanto socorremos
Na vida já sem remos
Os tempos preferíamos
Em versos ou temíamos
Diversos tolos demos,
E quando nos venenos
Dispersos e serenos
Bebemos sem saber
No gozo mal medido
No tempo sem libido
No farto bem querer.
9
Da vida algum soldado
Aonde quis tenente
Ainda que se tente
O passo tão mal dado
O quanto rola o dado
Ou mesmo se apresente
No fardo violente
A sombra do pecado,
Restando a voz ainda
E nela já se brinda
O sentimento algoz
Resulto do que busco
E quando ora me ofusco
O sonho é mais atroz.
10
Outrora fui romano
Agora sou mineiro
O tempo aonde esgueiro
E nele se me engano
Vivendo novo plano
Diverso e verdadeiro
Se ainda corriqueiro
Soldado ou soberano
Restando dentro em mim
A sombra de onde vim
O passo que não dei,
O fardo se carrego
Alimentando um ego
Sonega a própria lei.
35551 até 35560
1
O quanto já vivido
Em festas, dores, preces
E assim ainda teces
O tempo pressentido
No farto ou resumido
Caminho em riscos, messes
E beijas e obedeces
À força da libido,
O tanto se permite
Sem ter sequer limite
Resumo minha história
Na fonte incontestável
Do mundo renovável
Resíduo na memória.
2
Percebo algum momento
Aonde poderia
Vencer esta agonia
Deixar qualquer lamento
E quando me apresento
Em noite torpe e fria
O todo se esvaia
Nas mãos do sofrimento
Frescor da madrugada
Vibrar em primavera,
A sorte. Ah quem me dera,
No fim não resta nada
Somente esta lembrança
Que ao longe o tempo lança...
3
A vida, inconsciência
Do fardo que carrego
E adentrando meu ego
Total incoerência
Ainda em inocência
Às ânsias eu me entrego
Em mar turvo navego
Buscando uma clemência
Aonde não havia
Sequer ao menos dia
Tampouco alguma luz,
E assim sem ter mais nada,
Ausente esta alvorada
À morte me conduz.
4
Um êxtase qualquer
Que possa me trazer
Além deste prazer
O bem que inda vier,
No corpo da mulher
No farto bem querer,
No quanto me esquecer
Da dor quando puder,
Restando ainda um brilho
Por onde às vezes trilho
E teimo em luz diversa,
Assim o meu caminho
Embora vão mesquinho
Numa esperança versa.
5
O quanto quis bendito
O tempo mais feliz,
A sorte contradiz
E lança inútil grito
Enquanto me permito
Viver o que bem quis
Sangrando este aprendiz
No gélido granito,
O medo que ora entranho
A perda invés do ganho
O resto conta pouco,
O mundo não suporta
Nem pouco abrindo a porta
Ao coração mais louco.
6
Assim a Natureza
Envolta em sombra e luz
Ao quanto me conduz
Ou mesmo de surpresa
Gerando a correnteza
Por onde tanto pus
Ou quando enfim me opus
Exposto em farta mesa,
Resisto o quanto possa
Uma alma adentra a fossa
E tenta a cordilheira,
Assim o tempo esgota
E nele não se nota
Sequer o quanto queira.
7
As almas encontrando
Caminho variado
Nas grotas do pecado
Num ar turvo e nefando
No tempo desandando
No risco desolado
Dos sonhos o recado
Por vezes turvo ou brando
O fardo se carrega
Na vida angústia cega
O porte me atormenta,
Viver etéreo sonho
E quando me proponho
Minha alma vai sangrenta.
8
Rondando este infinito
Aonde poderia
Viver a fantasia
Tateio enquanto omito
O passo mais bonito
A sombra de outro dia
E tendo esta magia
E nela um novo rito
Esbarro no non sense
Por mais que ainda pense
Na sorte derradeira
Quem tem olhar ausente
Por mais que sempre tente
Destroça esta bandeira.
9
A força de um mistério
O corte se aproxima
Do quanto pode o clima
Em mim um monastério
E tento o ministério
Aonde o sonho estima
A vida dita a rima
E bebo sem critério
O vândalo caminho
E sendo vão mesquinho
Não resta sequer isto,
Apenas sou medonho
E quanto mais eu sonho,
Decerto em luta insisto.
10
A força que nos toma
E deixa para trás
O quanto fora em paz
E agora não se doma,
O verso velha soma
E nele tanto faz
O quanto fora audaz
Ou mesmo se retoma
O ritmo costumeiro
Da sorte quando cheiro
Perfume mais alheio,
Encontro o desafeto
E nele me completo,
Seguindo o velho veio.
O quanto já vivido
Em festas, dores, preces
E assim ainda teces
O tempo pressentido
No farto ou resumido
Caminho em riscos, messes
E beijas e obedeces
À força da libido,
O tanto se permite
Sem ter sequer limite
Resumo minha história
Na fonte incontestável
Do mundo renovável
Resíduo na memória.
2
Percebo algum momento
Aonde poderia
Vencer esta agonia
Deixar qualquer lamento
E quando me apresento
Em noite torpe e fria
O todo se esvaia
Nas mãos do sofrimento
Frescor da madrugada
Vibrar em primavera,
A sorte. Ah quem me dera,
No fim não resta nada
Somente esta lembrança
Que ao longe o tempo lança...
3
A vida, inconsciência
Do fardo que carrego
E adentrando meu ego
Total incoerência
Ainda em inocência
Às ânsias eu me entrego
Em mar turvo navego
Buscando uma clemência
Aonde não havia
Sequer ao menos dia
Tampouco alguma luz,
E assim sem ter mais nada,
Ausente esta alvorada
À morte me conduz.
4
Um êxtase qualquer
Que possa me trazer
Além deste prazer
O bem que inda vier,
No corpo da mulher
No farto bem querer,
No quanto me esquecer
Da dor quando puder,
Restando ainda um brilho
Por onde às vezes trilho
E teimo em luz diversa,
Assim o meu caminho
Embora vão mesquinho
Numa esperança versa.
5
O quanto quis bendito
O tempo mais feliz,
A sorte contradiz
E lança inútil grito
Enquanto me permito
Viver o que bem quis
Sangrando este aprendiz
No gélido granito,
O medo que ora entranho
A perda invés do ganho
O resto conta pouco,
O mundo não suporta
Nem pouco abrindo a porta
Ao coração mais louco.
6
Assim a Natureza
Envolta em sombra e luz
Ao quanto me conduz
Ou mesmo de surpresa
Gerando a correnteza
Por onde tanto pus
Ou quando enfim me opus
Exposto em farta mesa,
Resisto o quanto possa
Uma alma adentra a fossa
E tenta a cordilheira,
Assim o tempo esgota
E nele não se nota
Sequer o quanto queira.
7
As almas encontrando
Caminho variado
Nas grotas do pecado
Num ar turvo e nefando
No tempo desandando
No risco desolado
Dos sonhos o recado
Por vezes turvo ou brando
O fardo se carrega
Na vida angústia cega
O porte me atormenta,
Viver etéreo sonho
E quando me proponho
Minha alma vai sangrenta.
8
Rondando este infinito
Aonde poderia
Viver a fantasia
Tateio enquanto omito
O passo mais bonito
A sombra de outro dia
E tendo esta magia
E nela um novo rito
Esbarro no non sense
Por mais que ainda pense
Na sorte derradeira
Quem tem olhar ausente
Por mais que sempre tente
Destroça esta bandeira.
9
A força de um mistério
O corte se aproxima
Do quanto pode o clima
Em mim um monastério
E tento o ministério
Aonde o sonho estima
A vida dita a rima
E bebo sem critério
O vândalo caminho
E sendo vão mesquinho
Não resta sequer isto,
Apenas sou medonho
E quanto mais eu sonho,
Decerto em luta insisto.
10
A força que nos toma
E deixa para trás
O quanto fora em paz
E agora não se doma,
O verso velha soma
E nele tanto faz
O quanto fora audaz
Ou mesmo se retoma
O ritmo costumeiro
Da sorte quando cheiro
Perfume mais alheio,
Encontro o desafeto
E nele me completo,
Seguindo o velho veio.
35541 até 35550
1
O quanto ao levantar
A voz além do fato
Aonde me retrato
E posso até vagar
No verso e no luar
O beijo, mesmo ingrato
A fonte, outro regato
Que deixe navegar
O sonho se adentrando
O tempo bem mais brando
O rito desigual,
Assim a vida passa
E quando se esfumaça
Em outro o ritual.
2
Sentindo a mão e o peso
Do tempo em minhas costas
Ausência de propostas
Procuro estar ileso
E quando sem desprezo
As velhas já compostas
Palavras que inda gostas
Num fogaréu aceso
As tramas, brasas, chama
O quanto se reclama
E nada se fará,
A farpa conhecida
A sorte pressentida
O porto desde já.
3
Ao demonstrar coragem
Na lida em que porfia
Vencendo esta agonia
Tocado em nova aragem
Trazendo na bagagem
A força da alegria
Enquanto a fantasia
Ditando tal miragem
Espelha dentro da alma
A força que me acalma
E tanto pode ser
Diversa do que eu quis
Imensa cicatriz
Do quanto foi prazer.
4
Enquanto inda se ponha
O sonho antes do fato
No quanto me maltrato
A face mais medonha
Do corte que enfadonha
A vida sem tal ato
E bebo este destrato
Aonde alma se enfronha.
Resulto do vazio
E quando me recrio
Esboço do que resta
Numa alma transparente
Ainda se apresente
Desta esperança a fresta.
5
Viver o farto amor
E ter esta certeza
Do quanto em correnteza
A vida traz sabor
E mesmo quando a dor
Gerar nova surpresa
A sorte pondo a mesa
O verso é sonhador.
Não esgote tal fonte
Mesmo que desaponte
A ponte está mantida
E nela se precede
Ao quanto se concede
O bem supremo: a vida.
6
A sorte ditando a obra
Que tanto poderia
Trazer a fantasia
Ou mesmo o que inda sobra
Do tempo quando cobra
A noite quando esfria
O resto em alegria
O medo me desdobra,
E traça em vendaval
O fardo bem ou mal,
E vejo promissor
O fato de saber
Distante do prazer,
Mas próximo do amor.
7
O tempo ditando a arte
De sonhar e de viver
O quanto em bem querer
O tanto não reparte,
E quando sou descarte
Não tento me rever
Nem mesmo me perder
Minha alma nunca parte
Seguindo o meu caminho
Por vezes eu me aninho
No colo da esperança
Mudando vez em quando
O sonho me guiando
À fúria e ao gozo lança.
8
O quanto se fez largo
O tempo de viver
E nele posso ver
O doce, o véu, o amargo
O gosto que não largo
O corte, o meu sofrer
O rito em bel prazer
A voz que agora embargo
O templo que contemplo
A fonte novo exemplo
O resto se coleta
Numa alma em tons diversos
Na inconstância dos versos
Porquanto sou poeta.
9
O tempo dita a norma
E tudo segue o passo,
Assim cada compasso
No novo se reforma
Ou mesmo se conforma
Seguindo o velho traço,
Assim refeito espaço
Tomando ou não a forma
Do quanto poderia
Em dor ou alegria
Em verso ou em promessa,
E tudo se transcorre
No fardo, corte e porre
A vida recomeça.
10
O quanto se faz manso
Caminho percorrido
E nele faz sentido
Ao todo se me lanço
E quando enfim já canso
Procuro o repartido
Medonho e tão sofrido
Ou noutro passo avanço.
Renova-se a canção
Em nova sensação
Em face mais diversa
Assim para o finito
Estando ou não aflito
A vida sempre versa.
O quanto ao levantar
A voz além do fato
Aonde me retrato
E posso até vagar
No verso e no luar
O beijo, mesmo ingrato
A fonte, outro regato
Que deixe navegar
O sonho se adentrando
O tempo bem mais brando
O rito desigual,
Assim a vida passa
E quando se esfumaça
Em outro o ritual.
2
Sentindo a mão e o peso
Do tempo em minhas costas
Ausência de propostas
Procuro estar ileso
E quando sem desprezo
As velhas já compostas
Palavras que inda gostas
Num fogaréu aceso
As tramas, brasas, chama
O quanto se reclama
E nada se fará,
A farpa conhecida
A sorte pressentida
O porto desde já.
3
Ao demonstrar coragem
Na lida em que porfia
Vencendo esta agonia
Tocado em nova aragem
Trazendo na bagagem
A força da alegria
Enquanto a fantasia
Ditando tal miragem
Espelha dentro da alma
A força que me acalma
E tanto pode ser
Diversa do que eu quis
Imensa cicatriz
Do quanto foi prazer.
4
Enquanto inda se ponha
O sonho antes do fato
No quanto me maltrato
A face mais medonha
Do corte que enfadonha
A vida sem tal ato
E bebo este destrato
Aonde alma se enfronha.
Resulto do vazio
E quando me recrio
Esboço do que resta
Numa alma transparente
Ainda se apresente
Desta esperança a fresta.
5
Viver o farto amor
E ter esta certeza
Do quanto em correnteza
A vida traz sabor
E mesmo quando a dor
Gerar nova surpresa
A sorte pondo a mesa
O verso é sonhador.
Não esgote tal fonte
Mesmo que desaponte
A ponte está mantida
E nela se precede
Ao quanto se concede
O bem supremo: a vida.
6
A sorte ditando a obra
Que tanto poderia
Trazer a fantasia
Ou mesmo o que inda sobra
Do tempo quando cobra
A noite quando esfria
O resto em alegria
O medo me desdobra,
E traça em vendaval
O fardo bem ou mal,
E vejo promissor
O fato de saber
Distante do prazer,
Mas próximo do amor.
7
O tempo ditando a arte
De sonhar e de viver
O quanto em bem querer
O tanto não reparte,
E quando sou descarte
Não tento me rever
Nem mesmo me perder
Minha alma nunca parte
Seguindo o meu caminho
Por vezes eu me aninho
No colo da esperança
Mudando vez em quando
O sonho me guiando
À fúria e ao gozo lança.
8
O quanto se fez largo
O tempo de viver
E nele posso ver
O doce, o véu, o amargo
O gosto que não largo
O corte, o meu sofrer
O rito em bel prazer
A voz que agora embargo
O templo que contemplo
A fonte novo exemplo
O resto se coleta
Numa alma em tons diversos
Na inconstância dos versos
Porquanto sou poeta.
9
O tempo dita a norma
E tudo segue o passo,
Assim cada compasso
No novo se reforma
Ou mesmo se conforma
Seguindo o velho traço,
Assim refeito espaço
Tomando ou não a forma
Do quanto poderia
Em dor ou alegria
Em verso ou em promessa,
E tudo se transcorre
No fardo, corte e porre
A vida recomeça.
10
O quanto se faz manso
Caminho percorrido
E nele faz sentido
Ao todo se me lanço
E quando enfim já canso
Procuro o repartido
Medonho e tão sofrido
Ou noutro passo avanço.
Renova-se a canção
Em nova sensação
Em face mais diversa
Assim para o finito
Estando ou não aflito
A vida sempre versa.
35531 até 35540
1
O quanto ainda sonho
Embora realmente
O tempo já se sente
Às vezes sou tristonho,
Mas bebo e te proponho
O novo se apresente
E tudo novamente
Será conforme um sonho?
Não mesmo, na verdade
Uma ilusão que agrade
É sempre necessária.
Palavra que amacia
O renascer de um dia,
Uma alma libertária.
2
Enquanto encontrarão
Pedaços do que fomos,
Ou mesmo velhos gomos
Num passo tosco e vão
Seguindo a direção
Se além disto repomos
E assim já nos propomos
À força da estação,
Embora em pleno outono
Da primavera adono
E planto uma semente
Aonde possa haver
Resquícios de um prazer
E ainda, ao longe, vente.
3
Adentro em rara praia
Aonde em concha e areia
O tempo que incendeia
Deveras não me traia
Enquanto ainda atraia
O passo da sereia,
Penetra em minha veia
O tempo onde se espraia
Beleza soberana
Que mesmo quando engana
Por não ser persistente
Transforma e me renova,
Coloca então à prova
O que esta alma ora sente.
4
Um místico caminho
Levando para o farto
Do qual se não me aparto
Jamais irei sozinho,
O quanto se é mesquinho
Entrevado no quarto
Bebendo e não reparto
Também tão doce vinho
Que a poesia traz
E nele sendo audaz
O passo me permite
Viver além do tempo
E mesmo em contratempo
Ultrapassar limite.
5
Do quanto me alimento
De sonhos e de fatos
Diversos os retratos
E neles meu fomento
E quando o novo invento
Adentro tais regatos
E neles velhos atos
Renovam pensamento.
O sofrimento dita
A sorte se maldita
Ou se bendita vem,
Mas a alma se madura,
Estável se perdura
Da tempestade além
6
Perdendo o meu vigor
Há tanto não sabia
Que a noite quando esfria
Também tem seu calor
Envolto neste amor
E nele em fantasia
A sorte se traria
Num ar mais redentor.
O peito em primavera
Enquanto destempera
Não teme o que virá,
Sabendo da verdade
O quanto desagrade
Descarto desde já.
7
O tempo não se vê
Somente se percebe
Quando domina a sebe
E dita o seu por que.
No quanto já se crê
Ou mesmo onde se embebe,
Do quanto ora recebe
Voltando ao vão clichê,
Assim se vendo a face
Que diversa se trace
Embora consonante
É necessário ver
Seja ou não em prazer
Futuro está distante.
8
A vida se devora
E traz em cicatriz
Além do que já quis
Em dor ou riso e agora
Ao perceber de outrora
O quanto ou não mais fiz,
Ainda um aprendiz
Que algum saber devora
No olhar vivo horizonte
E quanto mais se aponte
Mais vejo além do quanto
Existe no infinito
E assim neste bendito
Caminho eu me agiganto.
9
O renovar da vida
Na própria vida eu tento
E quanto o sofrimento
Prepara em voz urdida
Nas trevas, despedida
Eu beijo o novo vento
E busco algum alento
E encontro uma saída,
Resumos do que espero
E sendo mais sincero
Não temo o quanto possa
Viver ou padecer
Tranqüilo eu posso ver
No fim, a mesma fossa.
10
A face do inimigo
Conheço neste espelho
E quando me aconselho
Buscando o que persigo,
Por vezes mal consigo
E quando me ajoelho
Metendo o meu bedelho,
Teimando em velho abrigo,
A casa abandonada
Já não me serve mais,
Exposta aos vendavais
Portanto derrubada,
Permite outra morada
No sol anunciada.
O quanto ainda sonho
Embora realmente
O tempo já se sente
Às vezes sou tristonho,
Mas bebo e te proponho
O novo se apresente
E tudo novamente
Será conforme um sonho?
Não mesmo, na verdade
Uma ilusão que agrade
É sempre necessária.
Palavra que amacia
O renascer de um dia,
Uma alma libertária.
2
Enquanto encontrarão
Pedaços do que fomos,
Ou mesmo velhos gomos
Num passo tosco e vão
Seguindo a direção
Se além disto repomos
E assim já nos propomos
À força da estação,
Embora em pleno outono
Da primavera adono
E planto uma semente
Aonde possa haver
Resquícios de um prazer
E ainda, ao longe, vente.
3
Adentro em rara praia
Aonde em concha e areia
O tempo que incendeia
Deveras não me traia
Enquanto ainda atraia
O passo da sereia,
Penetra em minha veia
O tempo onde se espraia
Beleza soberana
Que mesmo quando engana
Por não ser persistente
Transforma e me renova,
Coloca então à prova
O que esta alma ora sente.
4
Um místico caminho
Levando para o farto
Do qual se não me aparto
Jamais irei sozinho,
O quanto se é mesquinho
Entrevado no quarto
Bebendo e não reparto
Também tão doce vinho
Que a poesia traz
E nele sendo audaz
O passo me permite
Viver além do tempo
E mesmo em contratempo
Ultrapassar limite.
5
Do quanto me alimento
De sonhos e de fatos
Diversos os retratos
E neles meu fomento
E quando o novo invento
Adentro tais regatos
E neles velhos atos
Renovam pensamento.
O sofrimento dita
A sorte se maldita
Ou se bendita vem,
Mas a alma se madura,
Estável se perdura
Da tempestade além
6
Perdendo o meu vigor
Há tanto não sabia
Que a noite quando esfria
Também tem seu calor
Envolto neste amor
E nele em fantasia
A sorte se traria
Num ar mais redentor.
O peito em primavera
Enquanto destempera
Não teme o que virá,
Sabendo da verdade
O quanto desagrade
Descarto desde já.
7
O tempo não se vê
Somente se percebe
Quando domina a sebe
E dita o seu por que.
No quanto já se crê
Ou mesmo onde se embebe,
Do quanto ora recebe
Voltando ao vão clichê,
Assim se vendo a face
Que diversa se trace
Embora consonante
É necessário ver
Seja ou não em prazer
Futuro está distante.
8
A vida se devora
E traz em cicatriz
Além do que já quis
Em dor ou riso e agora
Ao perceber de outrora
O quanto ou não mais fiz,
Ainda um aprendiz
Que algum saber devora
No olhar vivo horizonte
E quanto mais se aponte
Mais vejo além do quanto
Existe no infinito
E assim neste bendito
Caminho eu me agiganto.
9
O renovar da vida
Na própria vida eu tento
E quanto o sofrimento
Prepara em voz urdida
Nas trevas, despedida
Eu beijo o novo vento
E busco algum alento
E encontro uma saída,
Resumos do que espero
E sendo mais sincero
Não temo o quanto possa
Viver ou padecer
Tranqüilo eu posso ver
No fim, a mesma fossa.
10
A face do inimigo
Conheço neste espelho
E quando me aconselho
Buscando o que persigo,
Por vezes mal consigo
E quando me ajoelho
Metendo o meu bedelho,
Teimando em velho abrigo,
A casa abandonada
Já não me serve mais,
Exposta aos vendavais
Portanto derrubada,
Permite outra morada
No sol anunciada.
35521 até 35530
1
O quanto em mim sou água
E disto sei tão bem
Do todo onde contém
Noutro mar já deságua
Inútil, pois a mágoa
E nela se convém
Saber o que também
Traduz em fúria e frágua.
A vida não comporta
Fechar e abrir de porta,
Apenas se escancara
Ao sol que na verdade
Queira ou não queira invade
Numa manhã mais clara.
2
Desta fonte jorrada
Enchente e inundação
O quanto do verão
Traduz esta jornada,
E nela anunciada
As horas que verão
A nova sedução
Ou velha destronada
Assim se renovando
Em ar puro ou nefando
Apenas posso ver,
E quando se percebe,
No fundo a mesma sebe
Igual também prazer.
3
Tão parco quando grande
O quanto mais importa
É ter aberto a porta
É nela que se expande
O tempo e já demande
O quanto mais aporta
E sendo reta ou torta
A vida não desande.
Chegar à magnitude
E ter o quanto ilude,
No fundo ser poeta,
É renovar-se inteiro
Manter vivo o luzeiro
Alma nunca completa.
4
As tumbas e os velórios
Eu sei e até garanto
Ao vê-los não me espanto
Nem os sentindo inglórios
Nem mesmo merencórios
No quanto deste pranto
Pudesse noutro tanto
Trazer novos empórios.
É certa a caminhada,
Começo meio e fim
Por isso mesmo eu vim,
Do nada volto ao nada,
Porém de alma lavada
Renovo este Jardim.
5
Aonde houvesse flores
Existe a primavera,
No quanto ainda espera
Ou mesmo quando fores
Verás que dissabores
Temperam. Tudo gera
Do quanto degenera
Somos renovadores.
Poeta é libertário
Um mal tão necessário
Acalentando sonho
E mesmo se tristonho
Permite que se tente
Estar além, presente.
6
As horas sempre novas
O coração senil,
No quanto não as viu
Adentra noutras provas
E quando me reprovas
Por ser mais juvenil
Não vês o quão gentil
Evitar tolas sovas.
Já bastam minhas rugas
E quanto assim tu sugas
O pouco que inda existe
Com teu olhar mais triste,
Não vês quanto é preciso
Sorrir no Paraíso...
7
O quanto ainda sonho
Embora seja claro
Que o todo não declaro
Senão velho bisonho,
Permite o que proponho
Em tom suave e raro
Mantendo vivo o faro
Invés deste enfadonho
Caminho repetido
Ladainha ou gemido,
Que tanto já escutei,
A morte sendo certa
A porta estando aberta
Prepara nova grei.
8
Do quanto encontrarás
Ainda vivo em mim
Apesar do estopim
Ausente mesmo a paz,
No todo sou capaz
E chegando ao meu fim,
Dizendo se aqui vim
Algo maior me traz,
A mão de quem oferta
Deveras sendo aberta
Permite um belo aceno
Do amor gerando amor,
E se assim sempre for,
O dia surge ameno.
9
Vagando sobre o solo
Em tons grises eu vinha
Até que foste minha
Sem culpa medo ou dolo,
No novo então me assolo
E bebo desta vinha
Aonde se continha
Presença de algum colo,
Renova-se a esperança
Enquanto o tempo avança
E deixa para trás
A velha persistência
Desta invernal ausência
Na face atroz, mordaz.
10
O meu olhar lavado
Nas lágrimas da vida,
Agora na saída
Vislumbra um novo prado
E o vejo alvoroçado
Julgara enfim perdida
A sanha mais pedida
O tempo anunciado.
A morte pode vir
Não a temo nem quero
E sendo mais sincero
Aprendendo a partir
Eu aprendo a viver
Sentir e dar prazer.
O quanto em mim sou água
E disto sei tão bem
Do todo onde contém
Noutro mar já deságua
Inútil, pois a mágoa
E nela se convém
Saber o que também
Traduz em fúria e frágua.
A vida não comporta
Fechar e abrir de porta,
Apenas se escancara
Ao sol que na verdade
Queira ou não queira invade
Numa manhã mais clara.
2
Desta fonte jorrada
Enchente e inundação
O quanto do verão
Traduz esta jornada,
E nela anunciada
As horas que verão
A nova sedução
Ou velha destronada
Assim se renovando
Em ar puro ou nefando
Apenas posso ver,
E quando se percebe,
No fundo a mesma sebe
Igual também prazer.
3
Tão parco quando grande
O quanto mais importa
É ter aberto a porta
É nela que se expande
O tempo e já demande
O quanto mais aporta
E sendo reta ou torta
A vida não desande.
Chegar à magnitude
E ter o quanto ilude,
No fundo ser poeta,
É renovar-se inteiro
Manter vivo o luzeiro
Alma nunca completa.
4
As tumbas e os velórios
Eu sei e até garanto
Ao vê-los não me espanto
Nem os sentindo inglórios
Nem mesmo merencórios
No quanto deste pranto
Pudesse noutro tanto
Trazer novos empórios.
É certa a caminhada,
Começo meio e fim
Por isso mesmo eu vim,
Do nada volto ao nada,
Porém de alma lavada
Renovo este Jardim.
5
Aonde houvesse flores
Existe a primavera,
No quanto ainda espera
Ou mesmo quando fores
Verás que dissabores
Temperam. Tudo gera
Do quanto degenera
Somos renovadores.
Poeta é libertário
Um mal tão necessário
Acalentando sonho
E mesmo se tristonho
Permite que se tente
Estar além, presente.
6
As horas sempre novas
O coração senil,
No quanto não as viu
Adentra noutras provas
E quando me reprovas
Por ser mais juvenil
Não vês o quão gentil
Evitar tolas sovas.
Já bastam minhas rugas
E quanto assim tu sugas
O pouco que inda existe
Com teu olhar mais triste,
Não vês quanto é preciso
Sorrir no Paraíso...
7
O quanto ainda sonho
Embora seja claro
Que o todo não declaro
Senão velho bisonho,
Permite o que proponho
Em tom suave e raro
Mantendo vivo o faro
Invés deste enfadonho
Caminho repetido
Ladainha ou gemido,
Que tanto já escutei,
A morte sendo certa
A porta estando aberta
Prepara nova grei.
8
Do quanto encontrarás
Ainda vivo em mim
Apesar do estopim
Ausente mesmo a paz,
No todo sou capaz
E chegando ao meu fim,
Dizendo se aqui vim
Algo maior me traz,
A mão de quem oferta
Deveras sendo aberta
Permite um belo aceno
Do amor gerando amor,
E se assim sempre for,
O dia surge ameno.
9
Vagando sobre o solo
Em tons grises eu vinha
Até que foste minha
Sem culpa medo ou dolo,
No novo então me assolo
E bebo desta vinha
Aonde se continha
Presença de algum colo,
Renova-se a esperança
Enquanto o tempo avança
E deixa para trás
A velha persistência
Desta invernal ausência
Na face atroz, mordaz.
10
O meu olhar lavado
Nas lágrimas da vida,
Agora na saída
Vislumbra um novo prado
E o vejo alvoroçado
Julgara enfim perdida
A sanha mais pedida
O tempo anunciado.
A morte pode vir
Não a temo nem quero
E sendo mais sincero
Aprendendo a partir
Eu aprendo a viver
Sentir e dar prazer.
35511 até 35520
1
Percebo já chegado
O tempo em que deveras
Além do quanto esperas
O dia disfarçado
Em sombras, dominado
Então pelas quimeras
E quando degeneras
Em eras, renovado,
A morte perpetua
Uma alma quando nua
Liberta-se da capa
E alçando liberdade
No corpo que degrade
Ao longe, enfim, escapa.
2
Adentro o meu outono
Com todas as tormentas
E sei quando apresentas
Na face do abandono
O olhar pleno de sono,
As tardes mais sangrentas
As horas mais sedentas
Das quais já não sou dono
E tento renovar
Folhagem feita em cobre
O tempo que a recobre
Impede-se notar
Magia da estação
Em clara mansidão.
3
Manter vivas idéias
E crer nos ideais
Porquanto os quero mais
Ausente de platéias
Dos sonhos, assembléias
Das almas, os jograis
Os tempos mais iguais
As sombras, alcatéias.
Mas mesmo assim adentro
E tendo como centro
Um passo mais audaz,
Embora o corpo ausente
Uma alma persistente
Ainda quer e faz.
4
O quanto é mais preciso
O passo rumo ao tanto
Embora morto o encanto
No rosto este granizo,
A vida traz o aviso
E nele me agiganto
Do passo rumo ao quanto
Encontre em novo piso.
O fardo dividido
Meu canto nunca ouvido
O tempo já perdoa,
Minha alma se entregando
Em ar suave e brando,
Vagando quase à toa.
5
Empregar novo sonho
E ter nas mãos o fato
Aonde me retrato
E sei ser mais bisonho,
Meu canto se enfadonho
Prepara-se ao maltrato
E tento enquanto eu ato
Além do quanto ponho
Em folhas de papel
O tempo mais cruel
E o vento mais atroz,
Por vezes inda rio,
Disfarço o desvario,
Porém sei minha foz.
6
De todos os rastilhos
Que a vida preparava
Em onda, fúria e lava
Pisando velhos trilhos,
Assim os andarilhos
Enquanto a sorte trava
A dita nunca escrava
Cevando novos brilhos,
No outono vejo a lua
Desnuda que flutua
Reinando em noite mansa,
Aos poucos sigo além
E sei o que contem
A sorte à qual se lança.
7
Acomodando assim
Esta bagagem farta
Enquanto não se parta
O tempo chega ao fim,
E sinto dentro em mim
O quanto não reparta
Da sorte que descarta
E tudo segue enfim
Sem medo nem trapaça
A vida que se traça
Da vida original
Mutante companheira
Aonde já se esgueira
Renasce desigual.
8
Do novo não me assusto
Nem mesmo o recrimino,
Ao ver velho menino,
Teimoso e tão vetusto
Por vezes tem seu custo
E nisto não domino
Se fútil descrimino
Invejo e sou injusto.
O tempo se renova
E quando a lua é nova
Ausente plenitude,
Mas tem nela a fornalha
Engrandecida espalha
Resume a juventude.
9
Vagando pelas terras
Distantes do meu sonho,
Renovo e até componho
Além do que descerras
Vivendo sobre serras
Em ar quase bisonho,
Mas quando me proponho
Os passos; tu desterras.
E sinto quanto possa
Haver renovação
Se um dia fora nossa
A justa sensação
Que agora enfim se apossa
Da nova geração.
10
Por vezes inundado
De sonhos eu me entrego
E sinto no meu ego
O quanto é renovado
O tempo anunciado
Outrora quase cego
Agora que o navego
Percebo um claro prado,
A vida não perdoa
E quando sobrevoa
Observando os sinais
Percebe sutilmente
O quanto se apresente
Não volta nunca mais.
Percebo já chegado
O tempo em que deveras
Além do quanto esperas
O dia disfarçado
Em sombras, dominado
Então pelas quimeras
E quando degeneras
Em eras, renovado,
A morte perpetua
Uma alma quando nua
Liberta-se da capa
E alçando liberdade
No corpo que degrade
Ao longe, enfim, escapa.
2
Adentro o meu outono
Com todas as tormentas
E sei quando apresentas
Na face do abandono
O olhar pleno de sono,
As tardes mais sangrentas
As horas mais sedentas
Das quais já não sou dono
E tento renovar
Folhagem feita em cobre
O tempo que a recobre
Impede-se notar
Magia da estação
Em clara mansidão.
3
Manter vivas idéias
E crer nos ideais
Porquanto os quero mais
Ausente de platéias
Dos sonhos, assembléias
Das almas, os jograis
Os tempos mais iguais
As sombras, alcatéias.
Mas mesmo assim adentro
E tendo como centro
Um passo mais audaz,
Embora o corpo ausente
Uma alma persistente
Ainda quer e faz.
4
O quanto é mais preciso
O passo rumo ao tanto
Embora morto o encanto
No rosto este granizo,
A vida traz o aviso
E nele me agiganto
Do passo rumo ao quanto
Encontre em novo piso.
O fardo dividido
Meu canto nunca ouvido
O tempo já perdoa,
Minha alma se entregando
Em ar suave e brando,
Vagando quase à toa.
5
Empregar novo sonho
E ter nas mãos o fato
Aonde me retrato
E sei ser mais bisonho,
Meu canto se enfadonho
Prepara-se ao maltrato
E tento enquanto eu ato
Além do quanto ponho
Em folhas de papel
O tempo mais cruel
E o vento mais atroz,
Por vezes inda rio,
Disfarço o desvario,
Porém sei minha foz.
6
De todos os rastilhos
Que a vida preparava
Em onda, fúria e lava
Pisando velhos trilhos,
Assim os andarilhos
Enquanto a sorte trava
A dita nunca escrava
Cevando novos brilhos,
No outono vejo a lua
Desnuda que flutua
Reinando em noite mansa,
Aos poucos sigo além
E sei o que contem
A sorte à qual se lança.
7
Acomodando assim
Esta bagagem farta
Enquanto não se parta
O tempo chega ao fim,
E sinto dentro em mim
O quanto não reparta
Da sorte que descarta
E tudo segue enfim
Sem medo nem trapaça
A vida que se traça
Da vida original
Mutante companheira
Aonde já se esgueira
Renasce desigual.
8
Do novo não me assusto
Nem mesmo o recrimino,
Ao ver velho menino,
Teimoso e tão vetusto
Por vezes tem seu custo
E nisto não domino
Se fútil descrimino
Invejo e sou injusto.
O tempo se renova
E quando a lua é nova
Ausente plenitude,
Mas tem nela a fornalha
Engrandecida espalha
Resume a juventude.
9
Vagando pelas terras
Distantes do meu sonho,
Renovo e até componho
Além do que descerras
Vivendo sobre serras
Em ar quase bisonho,
Mas quando me proponho
Os passos; tu desterras.
E sinto quanto possa
Haver renovação
Se um dia fora nossa
A justa sensação
Que agora enfim se apossa
Da nova geração.
10
Por vezes inundado
De sonhos eu me entrego
E sinto no meu ego
O quanto é renovado
O tempo anunciado
Outrora quase cego
Agora que o navego
Percebo um claro prado,
A vida não perdoa
E quando sobrevoa
Observando os sinais
Percebe sutilmente
O quanto se apresente
Não volta nunca mais.
35501 até 35510
1
A minha juventude já perdida
Ocasos se aproximam; nada mais
E o quanto poderia transtornais
Minha alma em labirinto sem saída,
Uma esperança ao menos sendo urdida
Talvez silenciasse os vendavais,
Mas quando me percebo em rituais
Dispersos, só preparo a despedida.
Reparo neste céu primaveril
E o tempo incontrolável, seu buril,
Apenas aumentando sulcos, medos,
E o dia se enfadonha e neste inverno
O quanto inda queria não externo
E os pensamentos morrem; torpes, ledos.
2
A vida tenebrosa não deixara
Sequer se perceber a claridade
Do dia que inda teima e quando invade
Tornando esta manhã imensa e clara,
A morte pouco a pouco se prepara
Numa faceta nova que degrade
Deixando para trás a mocidade
E apenas o vazio desampara.
Um velho solitário, suas cãs,
A ausência dentro em mim destas manhãs
Na agrisalhada vida que me resta
A imagem do passado se distando
Minha alma a também sinto enfim nevando
Do sol não se adivinha a menor fresta.
3
Imerso nas borrascas da existência
Aprendo a navegar quer ou não queira
Assim a vida mostra uma maneira
De poder se entregar à convivência
E embora muitas vezes providência
Jamais se mostrará, tal mensageira
Da dor em ânsia atroz e corriqueira
Não tem de um aprendiz menor clemência.
Olhando para trás mal adivinho
A mansidão ingênua que o caminho
Em temporais desfez e não deixara
Sequer a menor sombra do que fora
A minha juventude sonhadora,
Agora tão distante e mais amara.
4
Minha alma atravessada
Procura algum descanso
E quando não alcanço
Sequer uma alvorada
A vida sem estrada
Do dia outrora manso
Ao mais sutil me lanço
A sorte desejada,
Por vezes tão distante
E quando me adiante
Preparo a própria queda,
Assim o tempo atroz
Eleva sua voz
E uma esperança veda.
5
Em dias tão brilhantes
O sol toma o cenário
O quanto é necessário
Amor que me adiantes
Os passos fascinantes
Num tempo imaginário
O corte duro e vário,
Aspectos deslumbrantes
Da vida ensimesmada
E agora na partilha
Jamais serei uma ilha
Há tanto abandonada
Diante deste pélago,
Quem dera um arquipélago?
6
Diversos tantos sóis
Ditando esta manhã
No quanto de malsã
Ausência de faróis
Impede os girassóis,
Porém na temporã
Paixão, que embora vã
Desfaz velhos atóis,
Encontro uma saída
E mesmo sendo urdida
Nas tramas da ilusão
Talvez inda redima
E mude até o clima,
Quem sabe outra estação?
7
A chuva dentro em mim
Ausência de esperança
Ao quanto já se lança
Inútil meu jardim,
Resolvo e tento enfim
Enquanto o tempo avança
Voltar minha lembrança
E estar longe do fim
Que agora se apresenta
E mostra quão sedenta
A morte pode ser,
Restando alguma luz,
Apenas contrapus
Na falta de prazer.
8
Desastres costumeiros
No dia a dia tenho
E quando fecho o cenho,
Momentos derradeiros
Adentro os espinheiros
E tento enquanto venho
E sei que não convenho
Em tais desfiladeiros
Tentar alçar além
Do quanto me contém
E cala a minha voz,
Sabendo-me distante
A face da farsante
Esta esperança atroz.
9
Restando muito menos
Do quanto imaginara
O sol já se prepara,
Em tons bem mais amenos,
Os dias vêm serenos
A noite bem mais clara
E tudo o quanto ampara
Distando dos venenos
Mas sei ser passageiro
Cenário venturoso
Após o raro gozo
O vento derradeiro
Assola este sobrado
Na base, destroçado.
10
Olhando o meu jardim
Em lírios, dálias, rosas
As sortes caprichosas
Domando o que há em mim,
Preparo para o fim
Em noites pavorosas
E embora tão dolosas
Explicam ao que vim.
Refeito do fastio
E quando inda recrio
Um mundo mais suave
Minha alma libertária
Embora procelária
Eleva-se qual ave.
A minha juventude já perdida
Ocasos se aproximam; nada mais
E o quanto poderia transtornais
Minha alma em labirinto sem saída,
Uma esperança ao menos sendo urdida
Talvez silenciasse os vendavais,
Mas quando me percebo em rituais
Dispersos, só preparo a despedida.
Reparo neste céu primaveril
E o tempo incontrolável, seu buril,
Apenas aumentando sulcos, medos,
E o dia se enfadonha e neste inverno
O quanto inda queria não externo
E os pensamentos morrem; torpes, ledos.
2
A vida tenebrosa não deixara
Sequer se perceber a claridade
Do dia que inda teima e quando invade
Tornando esta manhã imensa e clara,
A morte pouco a pouco se prepara
Numa faceta nova que degrade
Deixando para trás a mocidade
E apenas o vazio desampara.
Um velho solitário, suas cãs,
A ausência dentro em mim destas manhãs
Na agrisalhada vida que me resta
A imagem do passado se distando
Minha alma a também sinto enfim nevando
Do sol não se adivinha a menor fresta.
3
Imerso nas borrascas da existência
Aprendo a navegar quer ou não queira
Assim a vida mostra uma maneira
De poder se entregar à convivência
E embora muitas vezes providência
Jamais se mostrará, tal mensageira
Da dor em ânsia atroz e corriqueira
Não tem de um aprendiz menor clemência.
Olhando para trás mal adivinho
A mansidão ingênua que o caminho
Em temporais desfez e não deixara
Sequer a menor sombra do que fora
A minha juventude sonhadora,
Agora tão distante e mais amara.
4
Minha alma atravessada
Procura algum descanso
E quando não alcanço
Sequer uma alvorada
A vida sem estrada
Do dia outrora manso
Ao mais sutil me lanço
A sorte desejada,
Por vezes tão distante
E quando me adiante
Preparo a própria queda,
Assim o tempo atroz
Eleva sua voz
E uma esperança veda.
5
Em dias tão brilhantes
O sol toma o cenário
O quanto é necessário
Amor que me adiantes
Os passos fascinantes
Num tempo imaginário
O corte duro e vário,
Aspectos deslumbrantes
Da vida ensimesmada
E agora na partilha
Jamais serei uma ilha
Há tanto abandonada
Diante deste pélago,
Quem dera um arquipélago?
6
Diversos tantos sóis
Ditando esta manhã
No quanto de malsã
Ausência de faróis
Impede os girassóis,
Porém na temporã
Paixão, que embora vã
Desfaz velhos atóis,
Encontro uma saída
E mesmo sendo urdida
Nas tramas da ilusão
Talvez inda redima
E mude até o clima,
Quem sabe outra estação?
7
A chuva dentro em mim
Ausência de esperança
Ao quanto já se lança
Inútil meu jardim,
Resolvo e tento enfim
Enquanto o tempo avança
Voltar minha lembrança
E estar longe do fim
Que agora se apresenta
E mostra quão sedenta
A morte pode ser,
Restando alguma luz,
Apenas contrapus
Na falta de prazer.
8
Desastres costumeiros
No dia a dia tenho
E quando fecho o cenho,
Momentos derradeiros
Adentro os espinheiros
E tento enquanto venho
E sei que não convenho
Em tais desfiladeiros
Tentar alçar além
Do quanto me contém
E cala a minha voz,
Sabendo-me distante
A face da farsante
Esta esperança atroz.
9
Restando muito menos
Do quanto imaginara
O sol já se prepara,
Em tons bem mais amenos,
Os dias vêm serenos
A noite bem mais clara
E tudo o quanto ampara
Distando dos venenos
Mas sei ser passageiro
Cenário venturoso
Após o raro gozo
O vento derradeiro
Assola este sobrado
Na base, destroçado.
10
Olhando o meu jardim
Em lírios, dálias, rosas
As sortes caprichosas
Domando o que há em mim,
Preparo para o fim
Em noites pavorosas
E embora tão dolosas
Explicam ao que vim.
Refeito do fastio
E quando inda recrio
Um mundo mais suave
Minha alma libertária
Embora procelária
Eleva-se qual ave.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
35491 até 35500
1
Árvores gigantes
Em noites e trevas
Enquanto já cevas
Momentos distantes
No quanto adiantes
E assim também levas
Os olhos e nevas
Diversos instantes,
Medonha cascata
Aonde arrebata
O sonho que trago,
A morte se trama
E quando sem drama
Entrego-me ao lago.
2
Olhar singular
Aonde se vendo
O tempo desvendo
E busco um lugar
Aonde sonhar
E nele este adendo
Aos poucos morrendo
Disperso a vagar,
Resolvo meu cardo
Levando este fardo
Da vida sem rumo
Vagando distante
No quanto agigante
Também já me esfumo.
3
De todos os frutos
Que possa colher
A vida e o prazer
E neles os brutos
Caminhos astutos
Enquanto a se ver
O sol a tolher
Momentos abruptos
E sei do vazio
E quando desfio
O tempo sem nexo
Resolvo este intento
E sei que me invento
Um tanto perplexo.
4
Vitais saborosos
Os sonhos que traço
E ganhando espaço
Em ritos fogosos
Porquanto dolosos
Rendido desfaço
O gozo em cansaço
Beijos olorosos
No quarto seguro
No porto asseguro
O gesto sutil
De quem se tramando
Por vezes mais brando
Nefando se viu.
5
Dos olhos um homem
Procura o descanso
E quando eu avanço
As sombras já somem
E quanto se somem
As dores, remanso
No tempo que alcanço
Os medos consomem
O passo que possa
Trazer a palhoça
Aonde repouso
O quanto se fez
Em vã lucidez
Negando este pouso.
6
O quanto pudera
Em simples sentido
Falar decidido
Do medo e da fera
A sorte é quimera
E quando me olvido
Do tempo perdido
O quanto se espera
Do forte e da queda
Aonde se veda
O passo futuro
Vagando sem rumo
O quanto consumo
Do nada asseguro.
7
No corpo delgado
Nas ânsias complexas
As horas anexas
O dia negado
O tempo alegado
As horas perplexas
Aonde me indexas
E perdes o fado,
Assim poderia
Se toda alegria
Ditasse o que quero,
Mas quando me vejo
Aquém do desejo
Destino mais fero.
8
Vigoroso caminho
Aonde pudesse
O quanto se esquece
E sigo sozinho
No olhar mais mesquinho
Quem dera esta messe
Do tanto que a prece
Trouxesse em meu ninho
Resumo do fato
De ter teu retrato
Bem junto de mim,
O amor se mostrando
No quanto e no quando
Não houvesse um fim.
9
No canto guiado
Por vozes sobejas
E quando lampejas
Matando este enfado
Ouvindo o recado
Das sortes andejas
E nelas desejas
Além do marcado
Caminho entre sonhos
Por vezes medonhos
Ou tão mais suaves,
Assim ao me ver
Distante querer
No passo que traves.
10
Diviso-te além
Do quanto pudera
Vencer a quimera
Que sempre contém
A sorte em desdém
O gosto tempera
E tudo se gera
No tanto que tem
O fardo complexo
O mundo sem nexo
O canto sem par,
Assim nada vale
E tudo se cale
Sem nem mais sonhar.
Árvores gigantes
Em noites e trevas
Enquanto já cevas
Momentos distantes
No quanto adiantes
E assim também levas
Os olhos e nevas
Diversos instantes,
Medonha cascata
Aonde arrebata
O sonho que trago,
A morte se trama
E quando sem drama
Entrego-me ao lago.
2
Olhar singular
Aonde se vendo
O tempo desvendo
E busco um lugar
Aonde sonhar
E nele este adendo
Aos poucos morrendo
Disperso a vagar,
Resolvo meu cardo
Levando este fardo
Da vida sem rumo
Vagando distante
No quanto agigante
Também já me esfumo.
3
De todos os frutos
Que possa colher
A vida e o prazer
E neles os brutos
Caminhos astutos
Enquanto a se ver
O sol a tolher
Momentos abruptos
E sei do vazio
E quando desfio
O tempo sem nexo
Resolvo este intento
E sei que me invento
Um tanto perplexo.
4
Vitais saborosos
Os sonhos que traço
E ganhando espaço
Em ritos fogosos
Porquanto dolosos
Rendido desfaço
O gozo em cansaço
Beijos olorosos
No quarto seguro
No porto asseguro
O gesto sutil
De quem se tramando
Por vezes mais brando
Nefando se viu.
5
Dos olhos um homem
Procura o descanso
E quando eu avanço
As sombras já somem
E quanto se somem
As dores, remanso
No tempo que alcanço
Os medos consomem
O passo que possa
Trazer a palhoça
Aonde repouso
O quanto se fez
Em vã lucidez
Negando este pouso.
6
O quanto pudera
Em simples sentido
Falar decidido
Do medo e da fera
A sorte é quimera
E quando me olvido
Do tempo perdido
O quanto se espera
Do forte e da queda
Aonde se veda
O passo futuro
Vagando sem rumo
O quanto consumo
Do nada asseguro.
7
No corpo delgado
Nas ânsias complexas
As horas anexas
O dia negado
O tempo alegado
As horas perplexas
Aonde me indexas
E perdes o fado,
Assim poderia
Se toda alegria
Ditasse o que quero,
Mas quando me vejo
Aquém do desejo
Destino mais fero.
8
Vigoroso caminho
Aonde pudesse
O quanto se esquece
E sigo sozinho
No olhar mais mesquinho
Quem dera esta messe
Do tanto que a prece
Trouxesse em meu ninho
Resumo do fato
De ter teu retrato
Bem junto de mim,
O amor se mostrando
No quanto e no quando
Não houvesse um fim.
9
No canto guiado
Por vozes sobejas
E quando lampejas
Matando este enfado
Ouvindo o recado
Das sortes andejas
E nelas desejas
Além do marcado
Caminho entre sonhos
Por vezes medonhos
Ou tão mais suaves,
Assim ao me ver
Distante querer
No passo que traves.
10
Diviso-te além
Do quanto pudera
Vencer a quimera
Que sempre contém
A sorte em desdém
O gosto tempera
E tudo se gera
No tanto que tem
O fardo complexo
O mundo sem nexo
O canto sem par,
Assim nada vale
E tudo se cale
Sem nem mais sonhar.
35481 até 35490
1
A mão que assim desliza
Por sobre um corpo belo
No quanto já revelo
E bebo desta brisa
A sorte mais precisa
O reino, este castelo
Aonde nele selo
Amor tenta e matiza
Resumo minha vida
Na sorte preferida
De quem procura a paz
E tendo do meu lado
O sonho entrelaçado
De tudo sou capaz.
2
Margeio tais ribeiras
E sigo cada margem
Percebo nova aragem
Além do que mais queiras
As mãos seguem ligeiras
Assim nesta viagem
O quanto em hospedagem
Ainda em vão esgueiras
Restando tão somente
O sonho, meu provento
E quando me alimento
E tento novamente
Viver esta alegria,
É mera fantasia...
3
A sorte desditosa
O carma me transtorna
O quando não retorna
Do amor quando se glosa
A sorte caprichosa
No todo ainda adorna
O mundo em noite morna
Ou mesmo desairosa
Seguir o passo aonde
O tanto já se esconde
E o nada se apresenta
É ter nas mãos o vago
E quando sinto o afago
Apenas da tormenta.
4
Olhar que se deslumbra
Em noite tão bonita
É como uma bendita
Lanterna na penumbra,
E quando se acostuma
Ao fato de sonhar
A vida a se entregar
Aos céus sobejos ruma
E traz em cada fato
O dia costumeiro
E tanto é verdadeiro
Que quando nele eu me ato
Adentro o paraíso
Num passo mais preciso.
5
De todos raios belos
De um sol maravilhoso
O ser quase andrajoso
Revive seus rastelos
E tenta novas tramas
Por onde poderia
Vencer a noite fria
Em fráguas raras chamas,
Mas sei que na verdade
Não tendo outro caminho
O mundo tão mesquinho
Aos poucos já degrade
O passo rumo ao nada
Na longa e tosca estrada.
6
Pudesse deste sol
Beber a maravilha
Aonde já se trilha
Domina este arrebol
E tê-lo qual farol
Que ao longe guia e brilha
O quanto em armadilha
Protege em alto escol,
A cargo deste sonho
O tanto recomponho
E busco uma saída
Ao que pudesse ser
Além do desprazer
O se perder da vida.
7
Monótono cantar
Em ladainhas feito
O tempo já desfeito
Apenas a vagar
Resume meu sonhar
E quando enfim me deito
Nas ânsias me deleito
E tento navegar
Risonha tempestade
Por quanto ainda brade
O vento em temporal,
Sentir o teu perfume
E nele tanto rume
O amor claro e ideal.
8
Qual fosse alguma senda
Diversa desta a que
O amor sabe e se vê
No todo que se entenda
E quando se desvenda
A vida assim se crê
No mundo em que se lê
A sorte que se estenda
Gerando novamente
Em mim esta torrente
Incomparável luz
Aonde toda a sorte
Traduz um novo norte
Que aos poucos me conduz.
9
Em dias deleitosos
Momentos mais felizes
E quando ainda dizes
Dos ritos generosos
E neles prazerosos
Ausentes tolas crises
Distando dos deslizes
Por vezes caprichosos
Eu sei e sinto em mim
O amor que não tem fim
E renovando a vida
Permite ao caminheiro
Um sonho derradeiro,
Quem sabe; outra saída...
10
Adentra a natureza
Em fúria em tempestade
O quanto desagrade
Imensa correnteza
Levando sem destreza
O quanto ainda invade
E toma esta cidade
Decerto de surpresa,
Assim amor paixão
Tomando em erupção
Não deixa mais espaço
Ao siso necessário
E sendo temerário,
Ditando cada passo.
A mão que assim desliza
Por sobre um corpo belo
No quanto já revelo
E bebo desta brisa
A sorte mais precisa
O reino, este castelo
Aonde nele selo
Amor tenta e matiza
Resumo minha vida
Na sorte preferida
De quem procura a paz
E tendo do meu lado
O sonho entrelaçado
De tudo sou capaz.
2
Margeio tais ribeiras
E sigo cada margem
Percebo nova aragem
Além do que mais queiras
As mãos seguem ligeiras
Assim nesta viagem
O quanto em hospedagem
Ainda em vão esgueiras
Restando tão somente
O sonho, meu provento
E quando me alimento
E tento novamente
Viver esta alegria,
É mera fantasia...
3
A sorte desditosa
O carma me transtorna
O quando não retorna
Do amor quando se glosa
A sorte caprichosa
No todo ainda adorna
O mundo em noite morna
Ou mesmo desairosa
Seguir o passo aonde
O tanto já se esconde
E o nada se apresenta
É ter nas mãos o vago
E quando sinto o afago
Apenas da tormenta.
4
Olhar que se deslumbra
Em noite tão bonita
É como uma bendita
Lanterna na penumbra,
E quando se acostuma
Ao fato de sonhar
A vida a se entregar
Aos céus sobejos ruma
E traz em cada fato
O dia costumeiro
E tanto é verdadeiro
Que quando nele eu me ato
Adentro o paraíso
Num passo mais preciso.
5
De todos raios belos
De um sol maravilhoso
O ser quase andrajoso
Revive seus rastelos
E tenta novas tramas
Por onde poderia
Vencer a noite fria
Em fráguas raras chamas,
Mas sei que na verdade
Não tendo outro caminho
O mundo tão mesquinho
Aos poucos já degrade
O passo rumo ao nada
Na longa e tosca estrada.
6
Pudesse deste sol
Beber a maravilha
Aonde já se trilha
Domina este arrebol
E tê-lo qual farol
Que ao longe guia e brilha
O quanto em armadilha
Protege em alto escol,
A cargo deste sonho
O tanto recomponho
E busco uma saída
Ao que pudesse ser
Além do desprazer
O se perder da vida.
7
Monótono cantar
Em ladainhas feito
O tempo já desfeito
Apenas a vagar
Resume meu sonhar
E quando enfim me deito
Nas ânsias me deleito
E tento navegar
Risonha tempestade
Por quanto ainda brade
O vento em temporal,
Sentir o teu perfume
E nele tanto rume
O amor claro e ideal.
8
Qual fosse alguma senda
Diversa desta a que
O amor sabe e se vê
No todo que se entenda
E quando se desvenda
A vida assim se crê
No mundo em que se lê
A sorte que se estenda
Gerando novamente
Em mim esta torrente
Incomparável luz
Aonde toda a sorte
Traduz um novo norte
Que aos poucos me conduz.
9
Em dias deleitosos
Momentos mais felizes
E quando ainda dizes
Dos ritos generosos
E neles prazerosos
Ausentes tolas crises
Distando dos deslizes
Por vezes caprichosos
Eu sei e sinto em mim
O amor que não tem fim
E renovando a vida
Permite ao caminheiro
Um sonho derradeiro,
Quem sabe; outra saída...
10
Adentra a natureza
Em fúria em tempestade
O quanto desagrade
Imensa correnteza
Levando sem destreza
O quanto ainda invade
E toma esta cidade
Decerto de surpresa,
Assim amor paixão
Tomando em erupção
Não deixa mais espaço
Ao siso necessário
E sendo temerário,
Ditando cada passo.
35471até 35480
1
A vida desde quando
Mostrara esta versão
Aonde em aversão
Procuro desvendando
Caminho aonde eu ando
Buscando a diversão
E quando em aversão
O passo já desando
Adentro o nada em mim
E sorvo até o fim
Do quanto não havia,
E tendo em minhas mãos
Diversos versos vãos
A vida é mais sombria.
2
Os olhos já cansados
De tantos horizontes
Aonde não despontes
Nem deixas mais traçados
Os rumos desejados
E neles novas fontes
E teimo em velhas pontes
Diversos rumos, fados,
E sei do que me aguarda
O quanto se retarda
O passo rumo ao vão
E tento novamente
Embora ora se ausente
De mim qualquer visão.
3
Os punhos que cerrados
Demonstram ira farta
A sorte já se aparta
E deixa seus legados
E quando noutros dados
O corte se descarta
Jogando em cada carta
Futuros desdobrados,
Resolvo vez em quando
O quanto se negando
O mundo noutra face
Por mais que busque a sorte
Encontro a minha morte
Nas sendas em que eu grasse.
4
Na cálida manhã
O sol emoldurando
O dia ameno e brando,
Porém imagem vã
Não traz senão malsã
A face se moldando
No quanto sonegando
O sonho em claro afã,
Resumo de uma história
Um tanto merencória
Nas sendas mais sutis
De um tempo aonde veste
O solo mais agreste
Em ar tão infeliz.
5
No quanto fosse tarde
O passo rumo ao nada,
A sorte desejada
Porquanto inda se aguarde
Do todo já resguarde
Negando uma alvorada
A vida desolada
O passo se retarde
E vejo sem o cais
Apenas vendavais
E neles o meu barco
O quanto poderia
A imagem da agonia
Apenas ora abarco.
6
Um ar quase invernal
Após o duro outono,
As sendas do abandono
O término, o final
Ausência já fatal
Tomando todo o sono,
O quando não me adono
Do fardo desigual
Permite tão somente
Que ainda em mim se ausente
A força da esperança
E quando mais atroz
Ainda escuto a voz
Da morte que ora avança.
7
Ao quanto ainda aspiro
Não deixa qualquer resto
E quando novo gesto
No quando inda respiro
A sensação do tiro
O gosto mais funesto
Do tanto que não presto
E ainda assim retiro
Dos ermos do meu ser
O sonho de viver,
Embora saiba algoz
O dia se findando
O tempo se esgotando
Ninguém ouve esta voz.
8
Sentindo o teu aroma
Embora tão distante
A senda fascinante
Ainda em mim se assoma,
O quanto disto doma
Ao menos num instante
O coração farsante
Imerso em leve coma,
Resido no que posso
E sendo este destroço
Caminho para o fim,
Apenas inda insisto
E quando assim persisto
Aromas no jardim...
9
Sentindo no teu seio
A imagem lapidar
De um tempo a se mostrar
Diverso do receio
E quanto fora alheio
Ao todo num vagar
Distante do luar
Nas fráguas me incendeio
E bebo a estupidez
Aonde se desfez
O rumo que buscara
A vida se apresenta
Em face tão sedenta
E nada mais aclara.
10
Um mundo mais ardente
Aonde eu possa ver
A sombra do querer
E nela se apresente
O quanto se pressente
Do farto e bom prazer,
Pudesse ainda crer,
Porém nada se sente
Senão este vazio
E quando o desvario
Domina cada passo,
Apenas tão cansado
Do tempo amargurado
A morte em mim eu traço.
A vida desde quando
Mostrara esta versão
Aonde em aversão
Procuro desvendando
Caminho aonde eu ando
Buscando a diversão
E quando em aversão
O passo já desando
Adentro o nada em mim
E sorvo até o fim
Do quanto não havia,
E tendo em minhas mãos
Diversos versos vãos
A vida é mais sombria.
2
Os olhos já cansados
De tantos horizontes
Aonde não despontes
Nem deixas mais traçados
Os rumos desejados
E neles novas fontes
E teimo em velhas pontes
Diversos rumos, fados,
E sei do que me aguarda
O quanto se retarda
O passo rumo ao vão
E tento novamente
Embora ora se ausente
De mim qualquer visão.
3
Os punhos que cerrados
Demonstram ira farta
A sorte já se aparta
E deixa seus legados
E quando noutros dados
O corte se descarta
Jogando em cada carta
Futuros desdobrados,
Resolvo vez em quando
O quanto se negando
O mundo noutra face
Por mais que busque a sorte
Encontro a minha morte
Nas sendas em que eu grasse.
4
Na cálida manhã
O sol emoldurando
O dia ameno e brando,
Porém imagem vã
Não traz senão malsã
A face se moldando
No quanto sonegando
O sonho em claro afã,
Resumo de uma história
Um tanto merencória
Nas sendas mais sutis
De um tempo aonde veste
O solo mais agreste
Em ar tão infeliz.
5
No quanto fosse tarde
O passo rumo ao nada,
A sorte desejada
Porquanto inda se aguarde
Do todo já resguarde
Negando uma alvorada
A vida desolada
O passo se retarde
E vejo sem o cais
Apenas vendavais
E neles o meu barco
O quanto poderia
A imagem da agonia
Apenas ora abarco.
6
Um ar quase invernal
Após o duro outono,
As sendas do abandono
O término, o final
Ausência já fatal
Tomando todo o sono,
O quando não me adono
Do fardo desigual
Permite tão somente
Que ainda em mim se ausente
A força da esperança
E quando mais atroz
Ainda escuto a voz
Da morte que ora avança.
7
Ao quanto ainda aspiro
Não deixa qualquer resto
E quando novo gesto
No quando inda respiro
A sensação do tiro
O gosto mais funesto
Do tanto que não presto
E ainda assim retiro
Dos ermos do meu ser
O sonho de viver,
Embora saiba algoz
O dia se findando
O tempo se esgotando
Ninguém ouve esta voz.
8
Sentindo o teu aroma
Embora tão distante
A senda fascinante
Ainda em mim se assoma,
O quanto disto doma
Ao menos num instante
O coração farsante
Imerso em leve coma,
Resido no que posso
E sendo este destroço
Caminho para o fim,
Apenas inda insisto
E quando assim persisto
Aromas no jardim...
9
Sentindo no teu seio
A imagem lapidar
De um tempo a se mostrar
Diverso do receio
E quanto fora alheio
Ao todo num vagar
Distante do luar
Nas fráguas me incendeio
E bebo a estupidez
Aonde se desfez
O rumo que buscara
A vida se apresenta
Em face tão sedenta
E nada mais aclara.
10
Um mundo mais ardente
Aonde eu possa ver
A sombra do querer
E nela se apresente
O quanto se pressente
Do farto e bom prazer,
Pudesse ainda crer,
Porém nada se sente
Senão este vazio
E quando o desvario
Domina cada passo,
Apenas tão cansado
Do tempo amargurado
A morte em mim eu traço.
35461 até 35470
1
Apenas um velho anjo
Reparte em asas vãs
As sombras das manhãs
Diversas neste arranjo
Ao quanto em heresia
Pudesse a vida ser
Mostrando outro querer
Aonde não havia
A sombra inusitada
Do anjo decaído
E quando sem sentido
Não sobra quase nada,
Somente este holocausto
E nele um farto fausto.
2
Aonde uma sereia
Pudesse desfilar
Desnuda e devagar
Por sobre a clara areia
A sorte que incendeia
Rendida a tal luar
Entranha sem pensar
E mesmo quando alheia
Arcando com futuro
Em passo onde procuro
O fim da longa estrada
Nos ermos do que fora
Minha alma sonhadora
Agora abandonada.
3
No quanto ainda tornas
À lápide afinal
Intenso funeral
Aonde tu retornas
E bebes quando entornas
A face mais venal
E nela o ritual
No qual em dor adornas
Assisto aos meus velórios
E bebo os mais inglórios
Caminhos do porvir,
À terra de onde vim
Retornarei enfim,
E morto irei servir.
4
A mão da bela fada
Há tanto em urzes, calos,
Adentrando os embalos
Da noite abandonada
A sorte desejada
Não resistindo em talos
Tão frágeis nos regalos
Da manhã desolada,
O tempo se transmuda
A sorte agora muda
E o coração se alheia
Bebendo esta seara
E nela se declara
A morte que incendeia.
5
Num ritmo alucinante
O fato consumado
As ânsias do pecado
O olhar claro e brilhante
No todo que agigante
O fardo desvendado
O corte anunciado
Ainda fascinante
A morte após a queda
O tempo nada veda
E traz nesta constância
Os ritos mais banais
Em partos, funerais
Espúria concordância.
6
Sentindo o teu perfume
E tendo em minhas mãos
Os dias vários vãos
E quanto me acostume
No todo que se esfume
Encontro os mesmos nãos
E rendido aos teus chãos
Voltando a ser estrume
Esboço a realidade
E quanto da saudade
O tempo não concebe,
O mundo se renova
E quando à toda prova
Inútil minha sebe.
7
Ainda sem fulgor
A noite em lua morta
Fechando a minha porta
O céu já nem tem cor
O quanto em desamor
Sem nada que conforta
Ainda assim comporta
Ao menos leda flor,
Resumo a minha senda
No pouco que se estenda
Nas mãos entrelaçadas,
E o peso da esperança
Em tal desconfiança
Em tramas reveladas.
8
Desta única rainha
O quanto pude ver
A morte num prazer
Que tanto lhe convinha
História sendo minha
Espalha-se e o saber
Do fato de um querer
Aonde não se aninha
O sonho mais audaz
E nele não se faz
Sequer o brilho enquanto
O mundo se moldara
Na face mais amara
Em turbilhão, quebranto.
9
Vagando este universo
Em meio aos temporais
Bebendo muito mais
Do que meu simples verso
E sigo e me disperso
Dos dias mais iguais
E bebo dos fatais
Caminho onde imerso
Não sou sequer a sombra
Do quanto ainda assombra
Quem busca a solução
Resgato tão somente
Da morte esta semente
Vital renovação.
10
Horríveis temporais
Em noites mais sombrias
No quanto me trarias
Eu bebo muito mais
Ausentes os cristais
Diversas pedrarias
As sortes, heresias
Os vagos funerais
E o passo rumo ao nada
Aonde minha estada
Feroz não mais se veja
E assim após o corte
Apenas resta a morte
E que sempre assim seja.
Apenas um velho anjo
Reparte em asas vãs
As sombras das manhãs
Diversas neste arranjo
Ao quanto em heresia
Pudesse a vida ser
Mostrando outro querer
Aonde não havia
A sombra inusitada
Do anjo decaído
E quando sem sentido
Não sobra quase nada,
Somente este holocausto
E nele um farto fausto.
2
Aonde uma sereia
Pudesse desfilar
Desnuda e devagar
Por sobre a clara areia
A sorte que incendeia
Rendida a tal luar
Entranha sem pensar
E mesmo quando alheia
Arcando com futuro
Em passo onde procuro
O fim da longa estrada
Nos ermos do que fora
Minha alma sonhadora
Agora abandonada.
3
No quanto ainda tornas
À lápide afinal
Intenso funeral
Aonde tu retornas
E bebes quando entornas
A face mais venal
E nela o ritual
No qual em dor adornas
Assisto aos meus velórios
E bebo os mais inglórios
Caminhos do porvir,
À terra de onde vim
Retornarei enfim,
E morto irei servir.
4
A mão da bela fada
Há tanto em urzes, calos,
Adentrando os embalos
Da noite abandonada
A sorte desejada
Não resistindo em talos
Tão frágeis nos regalos
Da manhã desolada,
O tempo se transmuda
A sorte agora muda
E o coração se alheia
Bebendo esta seara
E nela se declara
A morte que incendeia.
5
Num ritmo alucinante
O fato consumado
As ânsias do pecado
O olhar claro e brilhante
No todo que agigante
O fardo desvendado
O corte anunciado
Ainda fascinante
A morte após a queda
O tempo nada veda
E traz nesta constância
Os ritos mais banais
Em partos, funerais
Espúria concordância.
6
Sentindo o teu perfume
E tendo em minhas mãos
Os dias vários vãos
E quanto me acostume
No todo que se esfume
Encontro os mesmos nãos
E rendido aos teus chãos
Voltando a ser estrume
Esboço a realidade
E quanto da saudade
O tempo não concebe,
O mundo se renova
E quando à toda prova
Inútil minha sebe.
7
Ainda sem fulgor
A noite em lua morta
Fechando a minha porta
O céu já nem tem cor
O quanto em desamor
Sem nada que conforta
Ainda assim comporta
Ao menos leda flor,
Resumo a minha senda
No pouco que se estenda
Nas mãos entrelaçadas,
E o peso da esperança
Em tal desconfiança
Em tramas reveladas.
8
Desta única rainha
O quanto pude ver
A morte num prazer
Que tanto lhe convinha
História sendo minha
Espalha-se e o saber
Do fato de um querer
Aonde não se aninha
O sonho mais audaz
E nele não se faz
Sequer o brilho enquanto
O mundo se moldara
Na face mais amara
Em turbilhão, quebranto.
9
Vagando este universo
Em meio aos temporais
Bebendo muito mais
Do que meu simples verso
E sigo e me disperso
Dos dias mais iguais
E bebo dos fatais
Caminho onde imerso
Não sou sequer a sombra
Do quanto ainda assombra
Quem busca a solução
Resgato tão somente
Da morte esta semente
Vital renovação.
10
Horríveis temporais
Em noites mais sombrias
No quanto me trarias
Eu bebo muito mais
Ausentes os cristais
Diversas pedrarias
As sortes, heresias
Os vagos funerais
E o passo rumo ao nada
Aonde minha estada
Feroz não mais se veja
E assim após o corte
Apenas resta a morte
E que sempre assim seja.
35451 até 35460
1
Um monstro tão disforme
A face decomposta
O tempo diz resposta
Enquanto se conforme
Com toda força enorme
E nela outra proposta
Além do que se gosta
Ou mesmo não informe
Resolvo a cada instante
Um fardo degradante
Ou mesmo uma heresia
Viver a tempestade
Atroz enquanto invade
Destroça todo o dia.
2
Um ser tão horroroso
Ditame de um espelho
E quanto me aconselho
Bebendo o pavoroso
Caminho em que andrajoso
Ainda me ajoelho
Olhar torpe e vermelho
Do corpo sulfuroso.
Resolvo meus demônios
E gero em pandemônios
Caminhos mais dispersos
E quando entranha em mim
A força já sem fim
Marcando podres versos.
3
Pudesse ingenuamente
Sorver o quanto ainda
A sorte teima e brinda
Enquanto mais se ausente,
O tempo mais premente
A vida agora finda
E o quanto se deslinda
Decerto sempre mente,
O ser que tanto quis
Gestara a cicatriz
Gerindo o sofrimento
E quando outro caminho
Invado e tão mesquinho
Em fúrias alimento.
4
Mirando em teu olhar
A incúria, a fúria e a troça
A vida se destroça
E toma devagar
O quanto navegar
Além do que inda possa
A vida não remoça
Quem tenta mergulhar
Nos antros da promessa
E quando ali tropeça
Mergulha sem defesas,
Seguindo cada passo
Aonde me desfaço
Nos dramas e incertezas.
5
Abrindo a velha porta
Aonde nada havia
A sede do outro dia
O tempo não comporta,
E sendo alerta e morta
A senda que podia
Ainda em fantasia
Decerto não me importa
E resolutamente
O tempo também mente
E omite cada fato,
Esboço reações
E sei dos meus senões
No quanto eu me retrato.
6
Alçando este infinito
Caminho aonde eu tenha
Além da simples senha
Acesso mais aflito
E quando assim eu grito
Acende em mim a lenha
E quanto me convenha
O resto adentra o mito,
Fitando dentro em mim
O templo que sem fim
Ainda posso crer
Nas ânsias mais vulgares
E nelas ao sonhares
Desfazes meu prazer.
7
Jamais reconhecia
A sorte noutra senda
E quando se desvenda
Aporta-se outro dia
Em face mais sombria
E nela não se entenda
Tampouco ainda estenda
A mão que serviria
Redimo-me do engodo
Adentro lama e lodo
Invado a charqueada
Do todo que pudera
Alimentando a fera
Há tanto degradada.
8
No encanto de Satã
Na voz deste infernal
Caminho virtual
Na busca da manhã
A sorte que sei vã
A morte sem igual
O corte terminal
A fúria noutro afã
O peso da esperança
Ao nada inda se lança
E vejo este retrato
Aonde poderia
Singrar um novo dia,
Porém somente ingrato.
9
Dos olhos do meu Deus
As lágrimas escorrem
Os dias não socorrem
Preparam novo adeus,
Adentro em trevas, breus
E os tempos já não forrem
Enquanto os sonhos morrem
Em farsas, vis ateus.
Resumo cada espaço
No verso que ora faço
Na farsa de uma igreja
Aonde nada tendo
Nem mesmo algum adendo
Que ainda se preveja.
10
O quanto nada importa
Do todo que se esquece
A fonte ora se tece
Na sensação já morta
Do vento que se aborta
Do tempo que obedece
A fúria em reza e prece
Palavra sempre torta,
Resisto e na verdade
O quanto desagrade
Ainda me permite
Viver na plenitude
Sem nada que me ilude
Além deste limite.
Um monstro tão disforme
A face decomposta
O tempo diz resposta
Enquanto se conforme
Com toda força enorme
E nela outra proposta
Além do que se gosta
Ou mesmo não informe
Resolvo a cada instante
Um fardo degradante
Ou mesmo uma heresia
Viver a tempestade
Atroz enquanto invade
Destroça todo o dia.
2
Um ser tão horroroso
Ditame de um espelho
E quanto me aconselho
Bebendo o pavoroso
Caminho em que andrajoso
Ainda me ajoelho
Olhar torpe e vermelho
Do corpo sulfuroso.
Resolvo meus demônios
E gero em pandemônios
Caminhos mais dispersos
E quando entranha em mim
A força já sem fim
Marcando podres versos.
3
Pudesse ingenuamente
Sorver o quanto ainda
A sorte teima e brinda
Enquanto mais se ausente,
O tempo mais premente
A vida agora finda
E o quanto se deslinda
Decerto sempre mente,
O ser que tanto quis
Gestara a cicatriz
Gerindo o sofrimento
E quando outro caminho
Invado e tão mesquinho
Em fúrias alimento.
4
Mirando em teu olhar
A incúria, a fúria e a troça
A vida se destroça
E toma devagar
O quanto navegar
Além do que inda possa
A vida não remoça
Quem tenta mergulhar
Nos antros da promessa
E quando ali tropeça
Mergulha sem defesas,
Seguindo cada passo
Aonde me desfaço
Nos dramas e incertezas.
5
Abrindo a velha porta
Aonde nada havia
A sede do outro dia
O tempo não comporta,
E sendo alerta e morta
A senda que podia
Ainda em fantasia
Decerto não me importa
E resolutamente
O tempo também mente
E omite cada fato,
Esboço reações
E sei dos meus senões
No quanto eu me retrato.
6
Alçando este infinito
Caminho aonde eu tenha
Além da simples senha
Acesso mais aflito
E quando assim eu grito
Acende em mim a lenha
E quanto me convenha
O resto adentra o mito,
Fitando dentro em mim
O templo que sem fim
Ainda posso crer
Nas ânsias mais vulgares
E nelas ao sonhares
Desfazes meu prazer.
7
Jamais reconhecia
A sorte noutra senda
E quando se desvenda
Aporta-se outro dia
Em face mais sombria
E nela não se entenda
Tampouco ainda estenda
A mão que serviria
Redimo-me do engodo
Adentro lama e lodo
Invado a charqueada
Do todo que pudera
Alimentando a fera
Há tanto degradada.
8
No encanto de Satã
Na voz deste infernal
Caminho virtual
Na busca da manhã
A sorte que sei vã
A morte sem igual
O corte terminal
A fúria noutro afã
O peso da esperança
Ao nada inda se lança
E vejo este retrato
Aonde poderia
Singrar um novo dia,
Porém somente ingrato.
9
Dos olhos do meu Deus
As lágrimas escorrem
Os dias não socorrem
Preparam novo adeus,
Adentro em trevas, breus
E os tempos já não forrem
Enquanto os sonhos morrem
Em farsas, vis ateus.
Resumo cada espaço
No verso que ora faço
Na farsa de uma igreja
Aonde nada tendo
Nem mesmo algum adendo
Que ainda se preveja.
10
O quanto nada importa
Do todo que se esquece
A fonte ora se tece
Na sensação já morta
Do vento que se aborta
Do tempo que obedece
A fúria em reza e prece
Palavra sempre torta,
Resisto e na verdade
O quanto desagrade
Ainda me permite
Viver na plenitude
Sem nada que me ilude
Além deste limite.
35441 até 35450
1
No quanto bendizemos
As sortes mais felizes
Envolto em tais deslizes
Meu barco sem os remos
O quanto percebemos
Imensas nossas crises
Enquanto nada dizes
No fundo nos perdemos,
Seremos tão somente
O que se mais ausente
Dos olhos da esperança?
O passo para o tanto
E nele se me encanto
Meu mundo ao bem se lança.
2
Olhar enamorado
Buscando outra presença
Da sorte em recompensa
Do dia anunciado
Vencendo o malfadado
Caminho que convença
Que nada mais compensa
Senão o velho enfado,
Restando dentro em nós
A voz de um vário algoz
Resumo do vazio,
E quando mergulhara
Na noite imensa e clara
Meus sonhos eu desfio.
3
Em ti já me inclinando
Depois de tantos anos
Envolto em vários danos
Um mundo desde quando
O tempo transformando
Mudando velhos planos
Assim dos meus enganos
O nada se formando,
Esqueço cada ausência
E busco uma clemência
Ao menos que me faça
Seguir em novo rumo
E quando o gozo assumo
A vida é vã fumaça.
4
Imagem rara e bela
De quem se fez amada
Alçando a madrugada
Desnuda se revela
E nesta rara tela
A noite alvoroçada
Encanta deslumbrada
Destino em ti se atrela
E retomando a sorte
Diversa do que o corte
Há tanto me trouxera
A vida renascida
Encontra uma saída
E invade a primavera.
5
Aspecto fabuloso
Do gozo em plenitude
No quanto se transmude
Em clima vaporoso
O tempo desejoso
A força em atitude
Volvendo a juventude
Num corpo que andrajoso
Mergulha em terminais
Caminhos rituais
E volta crer na sorte
E nela quem pensara
Apenas nesta morte
Agora se transforma
Em noite imensa e clara
Dos sonhos toma a forma.
6
Olhar de um moribundo
Vagando sem sentido
E quando já perdido
O tempo noutro mundo
Risonho vagabundo
O quanto pressentido
Do verso em vã libido
E nele me aprofundo,
Riscando assim do mapa
O quanto já se encapa
A sorte noutra senda
Vestindo de ilusão
Meu passo em direção
Ao que jamais se entenda.
7
O quanto acaricias
As horas de ilusões
E teimas em senões
Raiando em novos dias
Imensas ventanias
Às quais sempre te expões
Em ritos servidões
E neles heresias
Resumo cada frase
No quanto ainda atrase
O passo rumo ao quanto
Pudera acreditar
Nas tramas do luar
Aonde enfim me encanto.
8
Se como tu procedas
Talvez possa dizer
Do mundo onde o prazer
Adentra tais veredas
E quanto mais concedas
Caminhos posso ver
Nas ânsias do viver
Por mais que sejam ledas
As tardes mais sombrias
E nelas não querias
Sequer a menor luz,
O tempo modifica
E quanto fortifica
Ao auge nos conduz.
9
Galgando qualquer céu
Aonde poderia
Saber da fantasia
E crendo em seu papel
Riscando o tom cruel
Mordaz onde teria
A morte mais sombria
Agora exposta ao léu,
Resolvo em verso e prosa
O quanto majestosa
A vida se fará
Tramando nova senda
E nela ora se estenda
E viva desde já.
10
A vida tal inferno
Aonde nada vejo
Senão este lampejo
Etéreo e nunca terno
Do tempo em que inda hiberno
Num ar duro e sobejo
Alheio ao meu desejo
E dele farto inverno
O quanto posso e creio
Sentir o olhar alheio
Aos rumos mais venais
Restando dentro em mim
Amor que não tem fim
Exposto aos vendavais.
No quanto bendizemos
As sortes mais felizes
Envolto em tais deslizes
Meu barco sem os remos
O quanto percebemos
Imensas nossas crises
Enquanto nada dizes
No fundo nos perdemos,
Seremos tão somente
O que se mais ausente
Dos olhos da esperança?
O passo para o tanto
E nele se me encanto
Meu mundo ao bem se lança.
2
Olhar enamorado
Buscando outra presença
Da sorte em recompensa
Do dia anunciado
Vencendo o malfadado
Caminho que convença
Que nada mais compensa
Senão o velho enfado,
Restando dentro em nós
A voz de um vário algoz
Resumo do vazio,
E quando mergulhara
Na noite imensa e clara
Meus sonhos eu desfio.
3
Em ti já me inclinando
Depois de tantos anos
Envolto em vários danos
Um mundo desde quando
O tempo transformando
Mudando velhos planos
Assim dos meus enganos
O nada se formando,
Esqueço cada ausência
E busco uma clemência
Ao menos que me faça
Seguir em novo rumo
E quando o gozo assumo
A vida é vã fumaça.
4
Imagem rara e bela
De quem se fez amada
Alçando a madrugada
Desnuda se revela
E nesta rara tela
A noite alvoroçada
Encanta deslumbrada
Destino em ti se atrela
E retomando a sorte
Diversa do que o corte
Há tanto me trouxera
A vida renascida
Encontra uma saída
E invade a primavera.
5
Aspecto fabuloso
Do gozo em plenitude
No quanto se transmude
Em clima vaporoso
O tempo desejoso
A força em atitude
Volvendo a juventude
Num corpo que andrajoso
Mergulha em terminais
Caminhos rituais
E volta crer na sorte
E nela quem pensara
Apenas nesta morte
Agora se transforma
Em noite imensa e clara
Dos sonhos toma a forma.
6
Olhar de um moribundo
Vagando sem sentido
E quando já perdido
O tempo noutro mundo
Risonho vagabundo
O quanto pressentido
Do verso em vã libido
E nele me aprofundo,
Riscando assim do mapa
O quanto já se encapa
A sorte noutra senda
Vestindo de ilusão
Meu passo em direção
Ao que jamais se entenda.
7
O quanto acaricias
As horas de ilusões
E teimas em senões
Raiando em novos dias
Imensas ventanias
Às quais sempre te expões
Em ritos servidões
E neles heresias
Resumo cada frase
No quanto ainda atrase
O passo rumo ao quanto
Pudera acreditar
Nas tramas do luar
Aonde enfim me encanto.
8
Se como tu procedas
Talvez possa dizer
Do mundo onde o prazer
Adentra tais veredas
E quanto mais concedas
Caminhos posso ver
Nas ânsias do viver
Por mais que sejam ledas
As tardes mais sombrias
E nelas não querias
Sequer a menor luz,
O tempo modifica
E quanto fortifica
Ao auge nos conduz.
9
Galgando qualquer céu
Aonde poderia
Saber da fantasia
E crendo em seu papel
Riscando o tom cruel
Mordaz onde teria
A morte mais sombria
Agora exposta ao léu,
Resolvo em verso e prosa
O quanto majestosa
A vida se fará
Tramando nova senda
E nela ora se estenda
E viva desde já.
10
A vida tal inferno
Aonde nada vejo
Senão este lampejo
Etéreo e nunca terno
Do tempo em que inda hiberno
Num ar duro e sobejo
Alheio ao meu desejo
E dele farto inverno
O quanto posso e creio
Sentir o olhar alheio
Aos rumos mais venais
Restando dentro em mim
Amor que não tem fim
Exposto aos vendavais.
35431 até 35440
1
O sonho de um ventre
Em sementes dado
No quanto fadado
Ou tanto concentre
A força que adentre
Da vida, um legado
E tendo tramado
O que leva dentre
Resumo da história
Na qual se refaz
Na vida capaz
E tendo esta glória
Renasce em beleza
Vital correnteza.
2
Do quanto orgulhoso
Caminho diverso
Daquele disperso
Sem rumo e sem gozo
Olhar caprichoso
Tecendo universo
E quando eu me verso
Num mar licoroso
Singrando o passado
Vivendo o presente
Sonhando o futuro
O tempo negado
Que agora apresente
E nele perduro.
3
No olhar outra dança
Nos pés o caminho
E quando me aninho
Nas mãos da esperança
Diversa lembrança
De sonho e de espinho,
Do amor e carinho
Fraterna aliança
A fonte secara
A porta escancara
E nada se vê
Somente o vazio
Da noite, no frio
Sem ter mais por que.
4
Amorosamente
O tempo se esvai
E nada se trai
Nem tampouco mente
O quanto pressente
A lua que cai
O medo contrai
O olhar se apresente
Rondando o meu mundo
E quando aprofundo
Tecendo outra trama
A vida incendeia
E bebe da teia
E ao sonho me clama.
5
Efêmero passo
Nas voltas da vida
No quanto surgida
Nas ânsias de um traço
E quando repasso
A sorte perdida
Ou noutra sentida
Também me desfaço,
Resulto do nada
Do tempo sem nexo
No rumo complexo
Voraz alvorada,
Mergulho no vago
E dele me alago.
6
Olhar deslumbrado
Procura sinais
Dos dias reais
Dos sonhos um brado,
No quanto me agrado
E peço bem mais
Que os velhos finais
Vagando outro prado
Resulto da fé
Do quanto se fosse
A vida agridoce
E do quanto se é
Resumos e dramas
No quanto me chamas.
7
Marchando sem rumo
Seguindo esta trilha
Aonde polvilha
A vida em seu sumo,
No tanto resumo
O quanto que brilha
A sorte palmilha
O mundo em que aprumo
O passo, outra senda
Que nada se estenda
Além do que possa,
Tramando outro fato
E nele retrato
A morte que é nossa.
8
À luz da candeia
A noite passando
O tempo rodando
No quanto incendeia
Assim teço a teia
Num ar onde em bando
O vento rondando
A porta se alheia
E o gozo permite
Além do limite
O quanto se sonha,
Mas vejo outra face
E nela desgrace
A vida medonha.
9
O quanto crepita
O fogo em tais lenhas
E quando convenhas
Além desta dita
Perceba a infinita
Estrada que tenhas
Partidas e senhas
E quando se grita
A voz não se escuta
A força, a labuta
O tempo não pára
O corte se entranha
Além da montanha
Em lua tão rara.
10
A vida quando arde
No peito de quem
O nada contém
Ou mesmo retarde
No passo que aguarde
Amor novo bem
E mesmo em desdém
Assim se resguarde
Dos erros constantes
E quando adiantes
Bem perto do fim,
Resumes o nada
E dita a estada
Distante de mim.
O sonho de um ventre
Em sementes dado
No quanto fadado
Ou tanto concentre
A força que adentre
Da vida, um legado
E tendo tramado
O que leva dentre
Resumo da história
Na qual se refaz
Na vida capaz
E tendo esta glória
Renasce em beleza
Vital correnteza.
2
Do quanto orgulhoso
Caminho diverso
Daquele disperso
Sem rumo e sem gozo
Olhar caprichoso
Tecendo universo
E quando eu me verso
Num mar licoroso
Singrando o passado
Vivendo o presente
Sonhando o futuro
O tempo negado
Que agora apresente
E nele perduro.
3
No olhar outra dança
Nos pés o caminho
E quando me aninho
Nas mãos da esperança
Diversa lembrança
De sonho e de espinho,
Do amor e carinho
Fraterna aliança
A fonte secara
A porta escancara
E nada se vê
Somente o vazio
Da noite, no frio
Sem ter mais por que.
4
Amorosamente
O tempo se esvai
E nada se trai
Nem tampouco mente
O quanto pressente
A lua que cai
O medo contrai
O olhar se apresente
Rondando o meu mundo
E quando aprofundo
Tecendo outra trama
A vida incendeia
E bebe da teia
E ao sonho me clama.
5
Efêmero passo
Nas voltas da vida
No quanto surgida
Nas ânsias de um traço
E quando repasso
A sorte perdida
Ou noutra sentida
Também me desfaço,
Resulto do nada
Do tempo sem nexo
No rumo complexo
Voraz alvorada,
Mergulho no vago
E dele me alago.
6
Olhar deslumbrado
Procura sinais
Dos dias reais
Dos sonhos um brado,
No quanto me agrado
E peço bem mais
Que os velhos finais
Vagando outro prado
Resulto da fé
Do quanto se fosse
A vida agridoce
E do quanto se é
Resumos e dramas
No quanto me chamas.
7
Marchando sem rumo
Seguindo esta trilha
Aonde polvilha
A vida em seu sumo,
No tanto resumo
O quanto que brilha
A sorte palmilha
O mundo em que aprumo
O passo, outra senda
Que nada se estenda
Além do que possa,
Tramando outro fato
E nele retrato
A morte que é nossa.
8
À luz da candeia
A noite passando
O tempo rodando
No quanto incendeia
Assim teço a teia
Num ar onde em bando
O vento rondando
A porta se alheia
E o gozo permite
Além do limite
O quanto se sonha,
Mas vejo outra face
E nela desgrace
A vida medonha.
9
O quanto crepita
O fogo em tais lenhas
E quando convenhas
Além desta dita
Perceba a infinita
Estrada que tenhas
Partidas e senhas
E quando se grita
A voz não se escuta
A força, a labuta
O tempo não pára
O corte se entranha
Além da montanha
Em lua tão rara.
10
A vida quando arde
No peito de quem
O nada contém
Ou mesmo retarde
No passo que aguarde
Amor novo bem
E mesmo em desdém
Assim se resguarde
Dos erros constantes
E quando adiantes
Bem perto do fim,
Resumes o nada
E dita a estada
Distante de mim.
35421 até 35430
1
Marchando ao vazio
O quanto pudera
Saber primavera,
Porém ledo e frio
Assim vou vadio
Enfrento a quimera
Enquanto se gera
A vida no estio,
O corte profundo
O tempo outro mundo
O riso fatal,
Assim navegara
Na falta de apara
Sem ter ritual.
2
Carrego meus mortos
No peito sombrio
Total desafio
Alheios os portos,
E tanto se absortos
Os versos desfio
Acendo o pavio
Em ritos mais tortos,
Resulto no quando
Pudesse tomando
Caminho letal,
Mas sei tão disperso
O quanto se verso
Ao ponto final.
3
Aonde há beleza
Liberdade existe?
No quanto se é triste
Tramando incerteza
Sutil fortaleza
Na qual se persiste,
O mundo que em riste
Aponta em clareza
Vencer o meu medo
Saber se concedo
Ou se me condeno,
No porto, no cais
Vitais vendavais
E neles veneno.
4
Das burlas da vida
Que tanto me engana
A voz soberana
Por vezes ouvida
Da sorte cumprida
E nela se dana
Aporta-se insana
A sorte temida.
Resumo do todo
Além deste lodo
No engodo que bebo,
O amor não seria
Sequer fantasia
Se assim não percebo.
5
Das jóias que trago
O sonho bem sei
Domina esta grei
E gera este lago
Aonde me afago
E bebo sem lei
Vivendo sem rei
Liberdade alago
Resoluto passo
Sem régua, compasso
Vagando sem rumo,
Os erros que tenho
No quanto me empenho,
Deveras assumo.
6
A face do horror
Exposta na sala
Enquanto avassala
Também diz amor,
Na entranha o que for
O tanto se escala
A morte se cala
Ou gera esta dor,
Resumo o meu canto
No quanto me encanto
Ou já desafino
O tempo se esgota
A vida sem rota
Ausente destino.
7
Pudesse bem menos
Que tanto queria
Saber da vazia
Entranha em venenos
Meus dias amenos
Outra fantasia
Que tanto podia
Porém são pequenos
Os passos que dou
O quanto restou
Do pouco ou do nada,
Vagando sem nexo
Apenas reflexo
Da fúria na estrada.
8
Passo encantador
Na busca arredia
Aonde meu dia
Encontra o louvor
Do quanto sem cor
O verso podia
Traçar a agonia
Vital sofredor,
Resquício do tempo
Viver contratempo
Restando no vão
Mergulho no espaço
E quando desfaço
Bebo a solução.
9
A vida sem norte
O medo da vida
No peso da morte
Quem sabe a saída?
Estrada perdida
Sem ter mais suporte
No quanto me aporte
A luta sofrida,
O gozo negado
O tempo alegado
O corte, outra sanha
Paredes expostas
E nelas respostas
Da vida já ganha.
10
Os sonhos mais caros
Os olhos alheios
Antigos receios
Diversos aparos
Seguindo teus faros
Porquanto rodeios
Encontram tais veios
E neles mais raros
Momentos em luz
Além do que pus
Enfim na balança
Meu canto asseguro
E nele amarguro
O passo em que trança.
Marchando ao vazio
O quanto pudera
Saber primavera,
Porém ledo e frio
Assim vou vadio
Enfrento a quimera
Enquanto se gera
A vida no estio,
O corte profundo
O tempo outro mundo
O riso fatal,
Assim navegara
Na falta de apara
Sem ter ritual.
2
Carrego meus mortos
No peito sombrio
Total desafio
Alheios os portos,
E tanto se absortos
Os versos desfio
Acendo o pavio
Em ritos mais tortos,
Resulto no quando
Pudesse tomando
Caminho letal,
Mas sei tão disperso
O quanto se verso
Ao ponto final.
3
Aonde há beleza
Liberdade existe?
No quanto se é triste
Tramando incerteza
Sutil fortaleza
Na qual se persiste,
O mundo que em riste
Aponta em clareza
Vencer o meu medo
Saber se concedo
Ou se me condeno,
No porto, no cais
Vitais vendavais
E neles veneno.
4
Das burlas da vida
Que tanto me engana
A voz soberana
Por vezes ouvida
Da sorte cumprida
E nela se dana
Aporta-se insana
A sorte temida.
Resumo do todo
Além deste lodo
No engodo que bebo,
O amor não seria
Sequer fantasia
Se assim não percebo.
5
Das jóias que trago
O sonho bem sei
Domina esta grei
E gera este lago
Aonde me afago
E bebo sem lei
Vivendo sem rei
Liberdade alago
Resoluto passo
Sem régua, compasso
Vagando sem rumo,
Os erros que tenho
No quanto me empenho,
Deveras assumo.
6
A face do horror
Exposta na sala
Enquanto avassala
Também diz amor,
Na entranha o que for
O tanto se escala
A morte se cala
Ou gera esta dor,
Resumo o meu canto
No quanto me encanto
Ou já desafino
O tempo se esgota
A vida sem rota
Ausente destino.
7
Pudesse bem menos
Que tanto queria
Saber da vazia
Entranha em venenos
Meus dias amenos
Outra fantasia
Que tanto podia
Porém são pequenos
Os passos que dou
O quanto restou
Do pouco ou do nada,
Vagando sem nexo
Apenas reflexo
Da fúria na estrada.
8
Passo encantador
Na busca arredia
Aonde meu dia
Encontra o louvor
Do quanto sem cor
O verso podia
Traçar a agonia
Vital sofredor,
Resquício do tempo
Viver contratempo
Restando no vão
Mergulho no espaço
E quando desfaço
Bebo a solução.
9
A vida sem norte
O medo da vida
No peso da morte
Quem sabe a saída?
Estrada perdida
Sem ter mais suporte
No quanto me aporte
A luta sofrida,
O gozo negado
O tempo alegado
O corte, outra sanha
Paredes expostas
E nelas respostas
Da vida já ganha.
10
Os sonhos mais caros
Os olhos alheios
Antigos receios
Diversos aparos
Seguindo teus faros
Porquanto rodeios
Encontram tais veios
E neles mais raros
Momentos em luz
Além do que pus
Enfim na balança
Meu canto asseguro
E nele amarguro
O passo em que trança.
35411até 35420
1
Tivesse meu destino
Nas mãos eu poderia
Vencer esta agonia
Viver onde fascino
Ainda ser menino
E tanta fantasia
Vibrando dia a dia
No imenso desatino
Aonde desfilara
A noite etérea e clara
Sem medo do amanhã,
Um sol raro e clemente
O amor sempre presente
Vida nunca malsã.
2
Num sonho encantado
Aonde vibrando
No dia mais brando
O verso enredado
Nas mãos deste fado
E nele entregando
O quanto sem quando
O tempo traçado
Vivendo harmonia
E quando podia
Ter sempre este bem
Que a vida sonega
Na pureza entrega
Sabendo o que vem.
3
O quanto te segue
A luz do que buscas
E nunca te ofuscas
Enquanto prossegue
Sentido que negue
Tormentas mais bruscas
Paisagens tão fuscas
No quanto renegue
O passo cansado
O tempo negado
O fim da conversa
O peso da vida
Porquanto sentida
Noutro rumo versa.
4
Sementes no chão
Ascendo ao que possa
A vida se é nossa
É rara expressão
Vital solução
E tudo se apossa
Na voz que me endossa
No tempo o serão,
Vagando no nada
Porquanto esta estada
Permite outro rumo,
Assim me permito
Além do infinito
O todo que assumo.
5
Vivendo ao azar
Da vida sem rumo
Do quanto me esfumo
No tempo a vagar,
Rondando o luar
Ainda sem prumo
Bebendo do sumo
Até me fartar.
Encontro a saída
Por vezes perdida
E tanto pudera
Saber do que resta
Vislumbro esta festa
No olhar desta fera.
6
Tenaz alegria
Nos olhos de quem
Procurando alguém
Jamais o teria,
A noite se esfria
E nada retém
A sombra do bem
Que tanto eu queria,
Riscando este fato
No quando retrato
O mundo que possa,
A sorte semeio
E mesmo se alheio
Eu sei será nossa.
7
Desastres da sorte
Aumentos da dor,
A vida sem cor
O tempo sem norte,
Ao quanto suporte
Vital sonhador
No todo o calor
Negando este aporte,
O farto caminho
Aonde em espinho
Semeio tempestas,
E tento, portanto
Enquanto assim canto
O quanto me restas.
8
No quanto governa
A vida sem tramas
E nela me chamas
Em chama se eterna
Na face moderna
Modestos os dramas
E tanto reclamas
E a vida se interna
Nos antros vorazes
E neles me trazes
Talvez solução,
O tempo renega
A vida que é cega
Não tem direção.
9
Ainda responde
A voz deste alguém
Que em nada provém
E quando se esconde
Sem rumo sei onde
No parto não tem
O gozo do bem
E tanto arredonde
O tempo voraz
E quando sem paz
Capaz de loucuras
Assim me entranhando
No vento mais brando
Aonde procuras.
10
O quanto do nada
Pudesse trazer
Algum bel prazer
Ou mesmo outra alçada
Palavra cansada
De tanto querer
E nela o prazer
Em senda tramada
Resulta vazio
E quando me esfrio
Enfrento o fatal
Caminho sem trilho
Por onde palmilho
E perco o degrau.
Tivesse meu destino
Nas mãos eu poderia
Vencer esta agonia
Viver onde fascino
Ainda ser menino
E tanta fantasia
Vibrando dia a dia
No imenso desatino
Aonde desfilara
A noite etérea e clara
Sem medo do amanhã,
Um sol raro e clemente
O amor sempre presente
Vida nunca malsã.
2
Num sonho encantado
Aonde vibrando
No dia mais brando
O verso enredado
Nas mãos deste fado
E nele entregando
O quanto sem quando
O tempo traçado
Vivendo harmonia
E quando podia
Ter sempre este bem
Que a vida sonega
Na pureza entrega
Sabendo o que vem.
3
O quanto te segue
A luz do que buscas
E nunca te ofuscas
Enquanto prossegue
Sentido que negue
Tormentas mais bruscas
Paisagens tão fuscas
No quanto renegue
O passo cansado
O tempo negado
O fim da conversa
O peso da vida
Porquanto sentida
Noutro rumo versa.
4
Sementes no chão
Ascendo ao que possa
A vida se é nossa
É rara expressão
Vital solução
E tudo se apossa
Na voz que me endossa
No tempo o serão,
Vagando no nada
Porquanto esta estada
Permite outro rumo,
Assim me permito
Além do infinito
O todo que assumo.
5
Vivendo ao azar
Da vida sem rumo
Do quanto me esfumo
No tempo a vagar,
Rondando o luar
Ainda sem prumo
Bebendo do sumo
Até me fartar.
Encontro a saída
Por vezes perdida
E tanto pudera
Saber do que resta
Vislumbro esta festa
No olhar desta fera.
6
Tenaz alegria
Nos olhos de quem
Procurando alguém
Jamais o teria,
A noite se esfria
E nada retém
A sombra do bem
Que tanto eu queria,
Riscando este fato
No quando retrato
O mundo que possa,
A sorte semeio
E mesmo se alheio
Eu sei será nossa.
7
Desastres da sorte
Aumentos da dor,
A vida sem cor
O tempo sem norte,
Ao quanto suporte
Vital sonhador
No todo o calor
Negando este aporte,
O farto caminho
Aonde em espinho
Semeio tempestas,
E tento, portanto
Enquanto assim canto
O quanto me restas.
8
No quanto governa
A vida sem tramas
E nela me chamas
Em chama se eterna
Na face moderna
Modestos os dramas
E tanto reclamas
E a vida se interna
Nos antros vorazes
E neles me trazes
Talvez solução,
O tempo renega
A vida que é cega
Não tem direção.
9
Ainda responde
A voz deste alguém
Que em nada provém
E quando se esconde
Sem rumo sei onde
No parto não tem
O gozo do bem
E tanto arredonde
O tempo voraz
E quando sem paz
Capaz de loucuras
Assim me entranhando
No vento mais brando
Aonde procuras.
10
O quanto do nada
Pudesse trazer
Algum bel prazer
Ou mesmo outra alçada
Palavra cansada
De tanto querer
E nela o prazer
Em senda tramada
Resulta vazio
E quando me esfrio
Enfrento o fatal
Caminho sem trilho
Por onde palmilho
E perco o degrau.
35401 até 35410
1
tua boca aberta
Draga tempestades
E quanto mais brades
Mais além deserta
A sorte encoberta
Velhas tolas grades
E quantas verdades
Neste falso alerta
Entre medos, sonho
Quando me proponho
Venço os ermos meus,
Ausentando em festa
Abrindo outra fresta
Preparando adeus.
2
Quanto ser herói
Pode me causar
Além do vagar
O que tanto dói
Ou quando se mói
Outro navegar
Entre céu e mar,
Nada se constrói
Rói uma esperança
Onde o vão se lança
E transcorre audaz
Passo inusitado
Bebe do passado
Procurando a paz.
3
Este olhar covarde
Este medo atroz,
No quanto feroz
Tanto quanto tarde,
Nada mais aguarde
Selando esta voz
No que fora algoz
Hoje se resguarde
Apontando a lança
Vaga por lembrança
Embora sutil,
Tento novo enredo,
Mas não me concedo
Onde o nada viu.
4
Um sonho menino
Libertário canto
E quando me encanto
Logo me fascino
Perco e não domino
Resta a queda e o manto
Onde tanto espanto
Lendas do destino,
Sedento viajo
E se tanto eu ajo
Contra a minha fé
Inda trago em mim
Presa até meu fim
Corrente e galé.
5
Quanto mais valente
Passo rumo ao nada
Noutra mesma estada
Nova se apresente,
Nada me apascente
Lenda desvairada
Rota decifrada
Neste olhar urgente,
Falsas as promessas
E se ali tropeças
Peças não se encontram
Olhos buscam cais
Tanto temporais
Já nos desencontram.
6
Surges do vazio
Quando mais tenaz
O caminho traz
Novamente o frio
Descendo este rio
A foz não se faz
Na distante paz,
Tanto desvario
Ritos mais diversos
Entre tantos versos
Promessas e luas
Cenas passageiras
Velhas mensageiras
Em palavras nuas.
7
Deste abismo imenso
Onde me entreguei
Ausência de lei,
Nada me convenço
E quando inda penso
Noutro tanto eu sei
Do que nesta grei
Já não mais compenso
Passo alheio sigo
E se vou contigo
Tento novos rumos,
Mas deveras morto
Sem saber do porto
Distantes meus prumos.
8
Negra tempestade
Noite insana em trevas
E quando tu nevas
O terror invade,
Tanto desagrade
Quanto em fartas levas
Renegando cevas
Cultivando a grade
Liberdade ausente
E por quanto tente
Nada mais se vê
O caminho expressa
A falsa promessa
Feita sem por que.
9
De onde tu descendes?
Nada mais seria
Velha tez sombria
Quando além ascendes
Fogaréus acendes
Plena noite fria
Álgida agonia
Dela não rescendes
Riscos vagos quedas
Nas mesmas moedas
Preços mais diversos
E assim me entregando
Mesmo se nefando
Sonegando os versos.
10
Quando além nos astros
Vejo algum sinal
Deste fato tal
Renegando lastros,
Procurando rastros
Tudo sempre igual,
Ponto mais frugal
Derrubando mastros,
Quedas e naufrágio
Amor cobrando ágio
Peça sobre peça
Nada do que tenho
No vital empenho,
Caminhar impeça.
tua boca aberta
Draga tempestades
E quanto mais brades
Mais além deserta
A sorte encoberta
Velhas tolas grades
E quantas verdades
Neste falso alerta
Entre medos, sonho
Quando me proponho
Venço os ermos meus,
Ausentando em festa
Abrindo outra fresta
Preparando adeus.
2
Quanto ser herói
Pode me causar
Além do vagar
O que tanto dói
Ou quando se mói
Outro navegar
Entre céu e mar,
Nada se constrói
Rói uma esperança
Onde o vão se lança
E transcorre audaz
Passo inusitado
Bebe do passado
Procurando a paz.
3
Este olhar covarde
Este medo atroz,
No quanto feroz
Tanto quanto tarde,
Nada mais aguarde
Selando esta voz
No que fora algoz
Hoje se resguarde
Apontando a lança
Vaga por lembrança
Embora sutil,
Tento novo enredo,
Mas não me concedo
Onde o nada viu.
4
Um sonho menino
Libertário canto
E quando me encanto
Logo me fascino
Perco e não domino
Resta a queda e o manto
Onde tanto espanto
Lendas do destino,
Sedento viajo
E se tanto eu ajo
Contra a minha fé
Inda trago em mim
Presa até meu fim
Corrente e galé.
5
Quanto mais valente
Passo rumo ao nada
Noutra mesma estada
Nova se apresente,
Nada me apascente
Lenda desvairada
Rota decifrada
Neste olhar urgente,
Falsas as promessas
E se ali tropeças
Peças não se encontram
Olhos buscam cais
Tanto temporais
Já nos desencontram.
6
Surges do vazio
Quando mais tenaz
O caminho traz
Novamente o frio
Descendo este rio
A foz não se faz
Na distante paz,
Tanto desvario
Ritos mais diversos
Entre tantos versos
Promessas e luas
Cenas passageiras
Velhas mensageiras
Em palavras nuas.
7
Deste abismo imenso
Onde me entreguei
Ausência de lei,
Nada me convenço
E quando inda penso
Noutro tanto eu sei
Do que nesta grei
Já não mais compenso
Passo alheio sigo
E se vou contigo
Tento novos rumos,
Mas deveras morto
Sem saber do porto
Distantes meus prumos.
8
Negra tempestade
Noite insana em trevas
E quando tu nevas
O terror invade,
Tanto desagrade
Quanto em fartas levas
Renegando cevas
Cultivando a grade
Liberdade ausente
E por quanto tente
Nada mais se vê
O caminho expressa
A falsa promessa
Feita sem por que.
9
De onde tu descendes?
Nada mais seria
Velha tez sombria
Quando além ascendes
Fogaréus acendes
Plena noite fria
Álgida agonia
Dela não rescendes
Riscos vagos quedas
Nas mesmas moedas
Preços mais diversos
E assim me entregando
Mesmo se nefando
Sonegando os versos.
10
Quando além nos astros
Vejo algum sinal
Deste fato tal
Renegando lastros,
Procurando rastros
Tudo sempre igual,
Ponto mais frugal
Derrubando mastros,
Quedas e naufrágio
Amor cobrando ágio
Peça sobre peça
Nada do que tenho
No vital empenho,
Caminhar impeça.
35391 até 35400
1
O quanto tu conténs
Em luzes e magias
Assim tu poderias
Diversos dos desdéns
Gerar novos reféns
E neles heresias
Tragando velhos dias
Ausentes tantos bens,
Reúnes ao teu lado,
Presente no passado
Gerado pela ausência
Realces entre luzes
E quando me conduzes
Produzes penitência.
2
Pudesse em teu olhar
Saber as intenções
Em dias mortos, pões
Os olhos no além mar
E tenta procurar
Diversas direções
Entranhas turbilhões
E bebes devagar
O todo que pudera
Ainda em vaga espera
Traçar novo momento
E sei o quanto posso
E quando em ti me adoço
Enfrento medo e vento.
3
A vida dita ocaso
E traça no horizonte
Aonde a vista aponte
O amor fora do prazo
E quando enfim me atraso
Vencendo a velha ponte
No quanto desaponte
O tempo diz descaso,
Assim ao mergulhar
Nas ânsias de teu mar
Eu pude perceber
A sorte desejosa
Espinhos ditam rosa
A dor gera o prazer?
4
Procuro pela aurora
Aonde poderia
Saber do novo dia
Que aos poucos já se aflora
No quanto se decora
Em sonho e fantasia
Gestando uma alegria
Dos dias a senhora
E resolutamente
O corpo agora sente
A mansidão que espero,
Assim ao me encontrar
Nos braços deste amar,
Procuro ser sincero.
5
No quanto ainda espalhas
Os ritos mais austeros
Momentos tão sinceros
Em fios e navalhas
E quando me retalhas
Sorrisos duros, feros,
Distante destes cleros
Ausência de batalhas,
O corte, a faca a adaga
O medo que me afaga
Também me contamina
Sedento caminheiro
Adentro este espinho
E deixo além a mina.
6
Dispersos os perfumes
Assim a vida passa,
E quando em vã fumaça
Deveras tu te esfumes
Buscando novos lumes
Aonde o tempo traça
Mergulho aonde grassa
Sem nada que te aprumes,
Vagando sem destino
Completo o desatino
Nas ânsias do querer,
E sei que nada resta
Do quanto ainda empresta
A vida em vão prazer.
7
O quanto se faz tarde
A porta, uma saída,
Ausência em despedida
Sem nada que resguarde
O fato já retarde
E impede ser urdida
A ponte aonde a vida
Sem medo sempre aguarde
O vândalo caminho
Expondo cada espinho
Nos medos e nos dramas,
E quando em esperança
A vida não alcança
Deveras tu me clamas.
8
Vida tempestuosa
Envolta em trevas, brumas
Enquanto tu te esfumas
O tempo tudo glosa,
A sorte majestosa
Ainda não perfumas
Nas mãos por onde rumas
E traças melindrosa
Manhã por entre tantas
E nela quando encantas
Também tu me maltratas
As horas passam, sigo
O corte, outro perigo
E as sendas mais ingratas.
9
Os beijos que me deste
Em cenas virtuais
Diversos sensuais
No quanto se reveste
A sorte mesmo agreste
Em dias desiguais
Pudessem rituais,
Mas nada mais se ateste
Senão a solidão
E sem a solução
O mundo se tempera
Na fúria do não ser
Do imenso desprazer
Da falta de uma espera.
10
Um filtro aonde eu possa
Beber limpidamente
O quanto amor se sente
E nele sem a troça
Que tanto já se apossa
E muda qualquer mente
No todo se apresente
A sorte outrora nossa,
E agora não sabendo
Do quanto em dividendo
A vida me traria,
Adentro a solitária
Manhã desnecessária
Amarga dura e fria.
O quanto tu conténs
Em luzes e magias
Assim tu poderias
Diversos dos desdéns
Gerar novos reféns
E neles heresias
Tragando velhos dias
Ausentes tantos bens,
Reúnes ao teu lado,
Presente no passado
Gerado pela ausência
Realces entre luzes
E quando me conduzes
Produzes penitência.
2
Pudesse em teu olhar
Saber as intenções
Em dias mortos, pões
Os olhos no além mar
E tenta procurar
Diversas direções
Entranhas turbilhões
E bebes devagar
O todo que pudera
Ainda em vaga espera
Traçar novo momento
E sei o quanto posso
E quando em ti me adoço
Enfrento medo e vento.
3
A vida dita ocaso
E traça no horizonte
Aonde a vista aponte
O amor fora do prazo
E quando enfim me atraso
Vencendo a velha ponte
No quanto desaponte
O tempo diz descaso,
Assim ao mergulhar
Nas ânsias de teu mar
Eu pude perceber
A sorte desejosa
Espinhos ditam rosa
A dor gera o prazer?
4
Procuro pela aurora
Aonde poderia
Saber do novo dia
Que aos poucos já se aflora
No quanto se decora
Em sonho e fantasia
Gestando uma alegria
Dos dias a senhora
E resolutamente
O corpo agora sente
A mansidão que espero,
Assim ao me encontrar
Nos braços deste amar,
Procuro ser sincero.
5
No quanto ainda espalhas
Os ritos mais austeros
Momentos tão sinceros
Em fios e navalhas
E quando me retalhas
Sorrisos duros, feros,
Distante destes cleros
Ausência de batalhas,
O corte, a faca a adaga
O medo que me afaga
Também me contamina
Sedento caminheiro
Adentro este espinho
E deixo além a mina.
6
Dispersos os perfumes
Assim a vida passa,
E quando em vã fumaça
Deveras tu te esfumes
Buscando novos lumes
Aonde o tempo traça
Mergulho aonde grassa
Sem nada que te aprumes,
Vagando sem destino
Completo o desatino
Nas ânsias do querer,
E sei que nada resta
Do quanto ainda empresta
A vida em vão prazer.
7
O quanto se faz tarde
A porta, uma saída,
Ausência em despedida
Sem nada que resguarde
O fato já retarde
E impede ser urdida
A ponte aonde a vida
Sem medo sempre aguarde
O vândalo caminho
Expondo cada espinho
Nos medos e nos dramas,
E quando em esperança
A vida não alcança
Deveras tu me clamas.
8
Vida tempestuosa
Envolta em trevas, brumas
Enquanto tu te esfumas
O tempo tudo glosa,
A sorte majestosa
Ainda não perfumas
Nas mãos por onde rumas
E traças melindrosa
Manhã por entre tantas
E nela quando encantas
Também tu me maltratas
As horas passam, sigo
O corte, outro perigo
E as sendas mais ingratas.
9
Os beijos que me deste
Em cenas virtuais
Diversos sensuais
No quanto se reveste
A sorte mesmo agreste
Em dias desiguais
Pudessem rituais,
Mas nada mais se ateste
Senão a solidão
E sem a solução
O mundo se tempera
Na fúria do não ser
Do imenso desprazer
Da falta de uma espera.
10
Um filtro aonde eu possa
Beber limpidamente
O quanto amor se sente
E nele sem a troça
Que tanto já se apossa
E muda qualquer mente
No todo se apresente
A sorte outrora nossa,
E agora não sabendo
Do quanto em dividendo
A vida me traria,
Adentro a solitária
Manhã desnecessária
Amarga dura e fria.
35381 até 35390
1
Deste céu profundo
Em cores diversas
No quanto tu versas
De ti já me inundo
E quando aprofundo
Nas sendas imersas
Dispersas conversas
Do amor tramo um mundo
Aonde pudera
Sem medo e sem fera
Gerar outro tanto
E nele seguir
Sem medo o por vir
Dourando o meu canto.
2
Do abismo do sonho
Verdades e mitos
Em dias bonitos
O quanto componho
Além do risonho
Caminhos e ditos
Momentos benditos
Aos quais não me oponho
Resumo de vida
Porquanto sentida
Somando e vencendo
O fato de ter
Nas mãos o prazer
Raro dividendo.
3
Beleza infernal
Que tanto conquista
Enquanto se avista
Momento fatal
No quanto é venal
E tanto benquista
Ao longe despista
Olhar desigual,
Resumo no verso
O quanto disperso
Caminhos adentro
E tento outra sanha,
Porém já me assanha
No amor me concentro.
4
Realce divino
De um brilho sem par
Traçando o sonhar
E nele alucino
Bebendo fascino
O quanto entregar
O sonho a vagar
Domando o destino
De quem bem pudesse
No amor a benesse
E nela o caminho
Cevando o canteiro
Da flor sei o cheiro,
Mas sei seu espinho
5
Se confusamente
O passo se escassa
A vida não traça
Caminhos da mente
E quanto mais mente
Expondo-se à traça
Apenas fumaça
O quanto apresente,
Mas quando em amor
A sorte diz cor
Diversa do gris,
Eu posso pensar
Num farto luar
Que sempre e mais quis.
6
Amor benefício
Em diversas tramas
E quando reclamas
Por vício do ofício
Talvez precipício
Ditando tais dramas
Mantendo estas chamas
E nelas do início
Auspiciosamente
O corpo pressente
Um gozo final,
Mas quando se vê
Talvez sem por que
O amor é banal.
7
Nas sendas do crime
Aonde pudera
Saber desta fera
No amor se redime,
E tudo se exprime
Vital primavera
Que tanto tempera
E aos poucos suprime
Sublime caminho
Aonde sozinho
Não tenho certezas
E morro negando
O dia mais brando
Exposto às surpresas.
8
O quanto se pode
Sonhar sem temores
Nas ânsias e cores
O tempo sacode
E quanto se pode
Assim novas flores
Totais dissabores
No fardo que açode
E tudo pudera
Se enfim primavera
Não fosse promessa,
O medo de amar,
No quanto cevar
O nada começa.
9
O quanto comparo
O passo com tanto
Momento que canto
E nele me amparo
O gozo tão raro
Cevando este encanto
E vivo, portanto
No passo mais claro
Rumando ao futuro
De um tempo que escuro
Não pude saber
Do gozo e do riso,
Matar Paraíso
Negando o prazer.
10
No corpo este vinho
Aonde sacio
O gozo no cio
E sinto o carinho
Aonde me alinho
Em tal desvario
Bebendo o rocio
E tanto me aninho
Nas ermas promessas
E quando começas
Com sonhos a mais,
Eu sorvo estas gotas
Aonde te esgotas
De vãos vendavais.
Deste céu profundo
Em cores diversas
No quanto tu versas
De ti já me inundo
E quando aprofundo
Nas sendas imersas
Dispersas conversas
Do amor tramo um mundo
Aonde pudera
Sem medo e sem fera
Gerar outro tanto
E nele seguir
Sem medo o por vir
Dourando o meu canto.
2
Do abismo do sonho
Verdades e mitos
Em dias bonitos
O quanto componho
Além do risonho
Caminhos e ditos
Momentos benditos
Aos quais não me oponho
Resumo de vida
Porquanto sentida
Somando e vencendo
O fato de ter
Nas mãos o prazer
Raro dividendo.
3
Beleza infernal
Que tanto conquista
Enquanto se avista
Momento fatal
No quanto é venal
E tanto benquista
Ao longe despista
Olhar desigual,
Resumo no verso
O quanto disperso
Caminhos adentro
E tento outra sanha,
Porém já me assanha
No amor me concentro.
4
Realce divino
De um brilho sem par
Traçando o sonhar
E nele alucino
Bebendo fascino
O quanto entregar
O sonho a vagar
Domando o destino
De quem bem pudesse
No amor a benesse
E nela o caminho
Cevando o canteiro
Da flor sei o cheiro,
Mas sei seu espinho
5
Se confusamente
O passo se escassa
A vida não traça
Caminhos da mente
E quanto mais mente
Expondo-se à traça
Apenas fumaça
O quanto apresente,
Mas quando em amor
A sorte diz cor
Diversa do gris,
Eu posso pensar
Num farto luar
Que sempre e mais quis.
6
Amor benefício
Em diversas tramas
E quando reclamas
Por vício do ofício
Talvez precipício
Ditando tais dramas
Mantendo estas chamas
E nelas do início
Auspiciosamente
O corpo pressente
Um gozo final,
Mas quando se vê
Talvez sem por que
O amor é banal.
7
Nas sendas do crime
Aonde pudera
Saber desta fera
No amor se redime,
E tudo se exprime
Vital primavera
Que tanto tempera
E aos poucos suprime
Sublime caminho
Aonde sozinho
Não tenho certezas
E morro negando
O dia mais brando
Exposto às surpresas.
8
O quanto se pode
Sonhar sem temores
Nas ânsias e cores
O tempo sacode
E quanto se pode
Assim novas flores
Totais dissabores
No fardo que açode
E tudo pudera
Se enfim primavera
Não fosse promessa,
O medo de amar,
No quanto cevar
O nada começa.
9
O quanto comparo
O passo com tanto
Momento que canto
E nele me amparo
O gozo tão raro
Cevando este encanto
E vivo, portanto
No passo mais claro
Rumando ao futuro
De um tempo que escuro
Não pude saber
Do gozo e do riso,
Matar Paraíso
Negando o prazer.
10
No corpo este vinho
Aonde sacio
O gozo no cio
E sinto o carinho
Aonde me alinho
Em tal desvario
Bebendo o rocio
E tanto me aninho
Nas ermas promessas
E quando começas
Com sonhos a mais,
Eu sorvo estas gotas
Aonde te esgotas
De vãos vendavais.
35371 até 35380
1
O ser antes do ter é mais complexo
E tento perceber o quanto eu possa
Vencer o descaminho aonde a troça
Invade e destroçando qualquer nexo
Na angústia eclesiástica do sexo
A fúria do que tanto nega e endossa
Errático caminho aonde a fossa
Escassa e me permite estar perplexo,
O vento noutra face se desmancha
O quanto deste amor inda deslancha
Embora seja frágil o argumento
Perante a insanidade que domina
O gozo na verdade dita a mina
Aonde com ternura eu me apascento.
2
Inúteis tantas brigas por amor
E quando se percebe a insanidade
Tomando o que decerto tanto agrade
Gerando o mais completo dissabor,
Vibrando na esperança em vária cor,
O todo se transborda em falsidade
E gera no final banalidade
Aonde poderia haver louvor,
Matando o que pudesse redimir
Negando qualquer sonho no porvir,
As brigas não trazendo quase nada,
Somente esta impressão de insegurança
Transforma em dor o quanto em temperança
Pudesse refazer uma alvorada.
3
O quanto tanto amor pudesse ainda
Trazer algum alento se mostrara
Diverso do que tanto nos declara
A realidade bela e mesmo infinda
Nesta magia imensa em que se brinda
A sorte se desnuda bem mais rara,
E quando cada etapa se prepara
E a sorte se tramando em face linda
O mundo se tempera em dor e treva,
No quanto ao sofrimento já nos leva
A solidão após a calmaria,
Não deixe que se veja em descaminho
O todo aonde trama este carinho
E a vida aos poucos tanto denegria.
4
O amor não resistindo aos vendavais
Tragado pela fúria de um ciúme,
Delírio muito além onde se esfume
Momento entre caminhos magistrais,
Resultam de tormentos tão iguais
A sorte se perdendo sem perfume
Aonde poderia estar no cume
E traça tão somente temporais.
Mergulho nos abismos que cevaste
Galgando tão somente este desgaste
E dele cada passo se desfaz,
Buscando tão somente a claridade
No quanto cada passo desagrade
Matando o que pudesse ser em paz.
5
Aprendo a cada instante o quanto amar
Pudesse nos trazer tranqüilidade
E quando além de toda a realidade
Eu sinto novamente a derramar
Nos olhos a esperança em céu e mar,
No quanto a minha voz ainda brade
E gere novamente a claridade
Tomando este cenário sem pensar,
Vasculho os meus escombros e refaço
O mundo na verdade em novo espaço
Tramando outro momento em luz sublime,
E assim nova seara se apresenta
Numa alma tão atroz quieta e sedenta
E cada sofrimento o amor redime.
6
Do todo em minha vida é muito além
E tudo o que inda possa acreditar
Tramando nesta angústia de te amar
Enquanto a realidade nada tem
Senão a fantasia que inda vem
Tomando a minha vida devagar
E sinto a cada instante me entregar
Nas ânsias deste imenso e raro bem.
A vida sem amor não vale nada
A sorte já perdida e destroçada
Nublando todo o céu de uma esperança
E o quanto se pudesse ser feliz
O desamor deveras tanto diz,
E o medo tão somente a vida alcança.
7
No amor quando domina o dia a dia
Não vejo qualquer sombra de ameaça
O tempo noutro tempo já se grassa
E o corte na verdade não havia,
Um mar em luz imensa se faria
E quando a sorte avança e dita a graça
O todo nada mesmo inda desfaça
Revigorando apenas fantasia,
No quanto poderia ser feliz
No amor que tanto quero e já me fiz
Além do sentimento, eternamente,
Assim na plenitude deste sonho
O verso que decerto hoje componho
A cada novo instante se apresente…
8
Andando pelas ruas da ilusão
Vagando em tantas ânsias do desejo,
A sorte que deveras mais prevejo
Traçando novos dias de verão,
Tristeza se perdendo em direção
Resumo noutro tanto o que ora almejo
Vencendo os temporais, sigo sobejo
Bebendo os bons momentos que virão.
Adentro a fantasia e busco a sorte
Aonde cada passo me conforte
Tramando no final felicidade,
Amar e ser feliz raro caminho
E quando no teu colo eu já me aninho
Certeza deste tanto agora invade.
9
Não tema a tempestade, beba o vento
Na fúria da emoção nada se cala
E quando uma alma quieta, vã vassala
Adentra tão somente o sofrimento
O quanto deste todo me alimento
A voz sem mais temor mais algo fala
Invade qualquer quarto toma a sala
E assim nesta paixão raro provento
Vivendo sem temer qualquer loucura,
O amor quando demais tanto amargura
E cura enquanto marca em cicatrizes,
Assim ao tatuar a nossa pele
Ao todo esta emoção feroz compele
Deixando nossos dias mais felizes.
10
Não podes sonegar o quanto houvera
Do amor que nos tomara num instante
Cenário turbulento e fascinante
A mansidão imensa de uma fera,
O quando do palácio diz tapera
O verso noutro fato se agigante,
O medo de uma forma deslumbrante
A cada novo passo o sonho gera
Ardis de uma paixão incontrolável
E nela me entranhara sem defesas,
Assim a vida segue em tais surpresas
Num tempo bem maior que o imaginável,
Morrendo e revivendo nas paixões
O mundo em mais incríveis direções.
O ser antes do ter é mais complexo
E tento perceber o quanto eu possa
Vencer o descaminho aonde a troça
Invade e destroçando qualquer nexo
Na angústia eclesiástica do sexo
A fúria do que tanto nega e endossa
Errático caminho aonde a fossa
Escassa e me permite estar perplexo,
O vento noutra face se desmancha
O quanto deste amor inda deslancha
Embora seja frágil o argumento
Perante a insanidade que domina
O gozo na verdade dita a mina
Aonde com ternura eu me apascento.
2
Inúteis tantas brigas por amor
E quando se percebe a insanidade
Tomando o que decerto tanto agrade
Gerando o mais completo dissabor,
Vibrando na esperança em vária cor,
O todo se transborda em falsidade
E gera no final banalidade
Aonde poderia haver louvor,
Matando o que pudesse redimir
Negando qualquer sonho no porvir,
As brigas não trazendo quase nada,
Somente esta impressão de insegurança
Transforma em dor o quanto em temperança
Pudesse refazer uma alvorada.
3
O quanto tanto amor pudesse ainda
Trazer algum alento se mostrara
Diverso do que tanto nos declara
A realidade bela e mesmo infinda
Nesta magia imensa em que se brinda
A sorte se desnuda bem mais rara,
E quando cada etapa se prepara
E a sorte se tramando em face linda
O mundo se tempera em dor e treva,
No quanto ao sofrimento já nos leva
A solidão após a calmaria,
Não deixe que se veja em descaminho
O todo aonde trama este carinho
E a vida aos poucos tanto denegria.
4
O amor não resistindo aos vendavais
Tragado pela fúria de um ciúme,
Delírio muito além onde se esfume
Momento entre caminhos magistrais,
Resultam de tormentos tão iguais
A sorte se perdendo sem perfume
Aonde poderia estar no cume
E traça tão somente temporais.
Mergulho nos abismos que cevaste
Galgando tão somente este desgaste
E dele cada passo se desfaz,
Buscando tão somente a claridade
No quanto cada passo desagrade
Matando o que pudesse ser em paz.
5
Aprendo a cada instante o quanto amar
Pudesse nos trazer tranqüilidade
E quando além de toda a realidade
Eu sinto novamente a derramar
Nos olhos a esperança em céu e mar,
No quanto a minha voz ainda brade
E gere novamente a claridade
Tomando este cenário sem pensar,
Vasculho os meus escombros e refaço
O mundo na verdade em novo espaço
Tramando outro momento em luz sublime,
E assim nova seara se apresenta
Numa alma tão atroz quieta e sedenta
E cada sofrimento o amor redime.
6
Do todo em minha vida é muito além
E tudo o que inda possa acreditar
Tramando nesta angústia de te amar
Enquanto a realidade nada tem
Senão a fantasia que inda vem
Tomando a minha vida devagar
E sinto a cada instante me entregar
Nas ânsias deste imenso e raro bem.
A vida sem amor não vale nada
A sorte já perdida e destroçada
Nublando todo o céu de uma esperança
E o quanto se pudesse ser feliz
O desamor deveras tanto diz,
E o medo tão somente a vida alcança.
7
No amor quando domina o dia a dia
Não vejo qualquer sombra de ameaça
O tempo noutro tempo já se grassa
E o corte na verdade não havia,
Um mar em luz imensa se faria
E quando a sorte avança e dita a graça
O todo nada mesmo inda desfaça
Revigorando apenas fantasia,
No quanto poderia ser feliz
No amor que tanto quero e já me fiz
Além do sentimento, eternamente,
Assim na plenitude deste sonho
O verso que decerto hoje componho
A cada novo instante se apresente…
8
Andando pelas ruas da ilusão
Vagando em tantas ânsias do desejo,
A sorte que deveras mais prevejo
Traçando novos dias de verão,
Tristeza se perdendo em direção
Resumo noutro tanto o que ora almejo
Vencendo os temporais, sigo sobejo
Bebendo os bons momentos que virão.
Adentro a fantasia e busco a sorte
Aonde cada passo me conforte
Tramando no final felicidade,
Amar e ser feliz raro caminho
E quando no teu colo eu já me aninho
Certeza deste tanto agora invade.
9
Não tema a tempestade, beba o vento
Na fúria da emoção nada se cala
E quando uma alma quieta, vã vassala
Adentra tão somente o sofrimento
O quanto deste todo me alimento
A voz sem mais temor mais algo fala
Invade qualquer quarto toma a sala
E assim nesta paixão raro provento
Vivendo sem temer qualquer loucura,
O amor quando demais tanto amargura
E cura enquanto marca em cicatrizes,
Assim ao tatuar a nossa pele
Ao todo esta emoção feroz compele
Deixando nossos dias mais felizes.
10
Não podes sonegar o quanto houvera
Do amor que nos tomara num instante
Cenário turbulento e fascinante
A mansidão imensa de uma fera,
O quando do palácio diz tapera
O verso noutro fato se agigante,
O medo de uma forma deslumbrante
A cada novo passo o sonho gera
Ardis de uma paixão incontrolável
E nela me entranhara sem defesas,
Assim a vida segue em tais surpresas
Num tempo bem maior que o imaginável,
Morrendo e revivendo nas paixões
O mundo em mais incríveis direções.
35361 até 35370
1
Procuro nas entranhas da emoção
Vestir as fantasias que me levem
Aonde os passos teimem e se atrevem
Trançando novo prumo e direção
Domino vez em quando o coração
Por mais que os dias turvos inda nevem,
No quanto de ilusão ainda cevem
Momentos entre intenso e vão clarão,
Refaço os meus caminhos junto aos teus
E quando se prepara ledo adeus
Adentro enfim em nós felicidade
A noite se adentrando em mansos laços
E sinto este calor de intensos braços
No quanto a fantasia viva invade.
2
O dia após o tempo mais venal
Trazendo algum alento a quem buscara
A sorte noutro rumo, outra seara
E vê a mesma face sempre igual,
O tempo se pulsando em temporal
E nele cada passo se escancara
Deixando para trás o que declara
E o tempo mais atroz, mesmo venal,
Resido no que posso e me entranhando
Do sonho mais alegre transformando
A dura realidade em luz suave,
Na face redentora de um amor,
Mudando a cada instante a velha cor,
Traçando com fervor sublime nave
3
Somente uma verdade nos liberta
Não posso acreditar no amor vazio
E nem sequer percorro o velho rio
Aonde esta esperança enfim deserta,
Mantendo o coração superno e alerta,
Os erros do passado desafio
E bebo tão somente o que recrio
Deixando a minha porta sempre aberta,
Rolando entre caminhos mais diversos
E beijo com ternura nos meus versos
Anseios mais fugazes ou reais
E sinto em plenitude tanto amor
E faço deste canto o meu louvor
Beijando tais cenários magistrais.
4
Não quero mais desditas nem tempestas
E tento soerguer-me do vazio
Aonde a cada ausência desafio
E beijo o que pudessem ser as frestas
Nas ânsias em que tantos sonhos gestas
Mudando a direção de cada rio,
Tramando a cada passo em desvario
Marcando em alegrias o que gestas,
Encontro retratado em cada esquina
O amor que nos domina e me fascina
E dele tantos raros, bons cristais,
Criando a fantasia necessária
Aonde a vida molda a sorte vária
E nela outros momentos sem iguais.
5
Meu verso se reflete dentro em mim
Moldando uma alegria que liberta,
A sorte muitas vezes tão incerta
Matando o que restara traça o fim,
Mas quando noutra face sinto assim
O peso da esperança quando acerta
E mesmo quando a dor adentra e alerta
Eu vejo esta esperança vindo enfim,
Resumo cada verso na alegria
E tanto quanto posso ou poderia
Arcar com meus caminhos, liberdade
Rompendo tais algemas, preconceito,
O quanto deste sonho satisfeito
Impede que este encanto se degrade.
6
O canto que me toca imensamente
Falando deste tanto que eu te quero
E sinto cada passo mais sincero
Tocando mais profundo em minha mente
No quanto a fantasia se apresente
E nela toda sorte busco e espero
Vencendo qualquer medo atroz e fero
Vivendo sem limites, plenamente.
Resisto aos mais diversos temporais
Bebendo desta vida eu quero mais
Sem ter sequer vergonha nem limites,
E sei quanto é possível caminhar
Nas ânsias delicadas de um luar
Onde com ternura nada evites.
7
Eu te amo e nada mais pudesse crer
Senão nesta fantástica ilusão
Bebendo cada gota de um verão
Imerso nos anseios do prazer,
Resisto e adentro em paz o amanhecer
Tocado pela intensa sensação
E nela sei dos dias que virão
Tramando novamente algum prazer,
Refaço cada passo rumo ao tanto
E quando mais feliz ainda eu canto,
Restando esta alegria dentro em mim
Nas tantas emoções que adentro eu sinto
O fogo do desejo nunca extinto
Tomando totalmente até o fim.
8
O amor que desejara desde quando
A vida noutra face poderia
Traçar além do medo e da agonia
Um dia noutro tanto me inundando
Vencendo o meu temor e penetrando
Seara abençoada da alegria
Meu mundo feito em paz e fantasia
Agora noutra cena desfilando
Os olhos te procuram no horizonte
A cada nova estrela que desponte
O brilho de um lugar maravilhoso
E nele me adentrando sem perguntas
As almas que se sabem sempre juntas
Transcendem ao caminho majestoso.
9
As mãos que te procuram noite afora,
Encontram finalmente o que buscavam,
E os olhos que decerto te encontravam
Nas ânsias de um prazer que se demora
Resumem cada passo aonde ancora
Após o temporal os olhos lavam
E sabem dos delírios em que cravam
A luz quando deveras já se aflora
A primavera em rara intensidade
E todo o meu amor agora brade
Toando a melodia enamorada,
Mudando a cada fato nossa senda
E quando noutro tanto se desvenda
A sorte novamente desenhada.
10
Amor que aprisiona e me liberta
Ao mesmo tempo algoz e soberano,
No quanto regenera e traz o dano
A porta da esperança sempre aberta,
E quando dos perigos não alerta
Traçando sem querer o medo e o engano
Mudando desta vida qualquer plano
Entorpecendo doma e nos desperta,
Resumo neste tanto o que buscara,
A noite num amor imensa e clara
Reinando como um sol na madrugada
A sorte noutra face se desenha
E quando noutro tanto já se empenha
A vida noutra senda desenhada.
Procuro nas entranhas da emoção
Vestir as fantasias que me levem
Aonde os passos teimem e se atrevem
Trançando novo prumo e direção
Domino vez em quando o coração
Por mais que os dias turvos inda nevem,
No quanto de ilusão ainda cevem
Momentos entre intenso e vão clarão,
Refaço os meus caminhos junto aos teus
E quando se prepara ledo adeus
Adentro enfim em nós felicidade
A noite se adentrando em mansos laços
E sinto este calor de intensos braços
No quanto a fantasia viva invade.
2
O dia após o tempo mais venal
Trazendo algum alento a quem buscara
A sorte noutro rumo, outra seara
E vê a mesma face sempre igual,
O tempo se pulsando em temporal
E nele cada passo se escancara
Deixando para trás o que declara
E o tempo mais atroz, mesmo venal,
Resido no que posso e me entranhando
Do sonho mais alegre transformando
A dura realidade em luz suave,
Na face redentora de um amor,
Mudando a cada instante a velha cor,
Traçando com fervor sublime nave
3
Somente uma verdade nos liberta
Não posso acreditar no amor vazio
E nem sequer percorro o velho rio
Aonde esta esperança enfim deserta,
Mantendo o coração superno e alerta,
Os erros do passado desafio
E bebo tão somente o que recrio
Deixando a minha porta sempre aberta,
Rolando entre caminhos mais diversos
E beijo com ternura nos meus versos
Anseios mais fugazes ou reais
E sinto em plenitude tanto amor
E faço deste canto o meu louvor
Beijando tais cenários magistrais.
4
Não quero mais desditas nem tempestas
E tento soerguer-me do vazio
Aonde a cada ausência desafio
E beijo o que pudessem ser as frestas
Nas ânsias em que tantos sonhos gestas
Mudando a direção de cada rio,
Tramando a cada passo em desvario
Marcando em alegrias o que gestas,
Encontro retratado em cada esquina
O amor que nos domina e me fascina
E dele tantos raros, bons cristais,
Criando a fantasia necessária
Aonde a vida molda a sorte vária
E nela outros momentos sem iguais.
5
Meu verso se reflete dentro em mim
Moldando uma alegria que liberta,
A sorte muitas vezes tão incerta
Matando o que restara traça o fim,
Mas quando noutra face sinto assim
O peso da esperança quando acerta
E mesmo quando a dor adentra e alerta
Eu vejo esta esperança vindo enfim,
Resumo cada verso na alegria
E tanto quanto posso ou poderia
Arcar com meus caminhos, liberdade
Rompendo tais algemas, preconceito,
O quanto deste sonho satisfeito
Impede que este encanto se degrade.
6
O canto que me toca imensamente
Falando deste tanto que eu te quero
E sinto cada passo mais sincero
Tocando mais profundo em minha mente
No quanto a fantasia se apresente
E nela toda sorte busco e espero
Vencendo qualquer medo atroz e fero
Vivendo sem limites, plenamente.
Resisto aos mais diversos temporais
Bebendo desta vida eu quero mais
Sem ter sequer vergonha nem limites,
E sei quanto é possível caminhar
Nas ânsias delicadas de um luar
Onde com ternura nada evites.
7
Eu te amo e nada mais pudesse crer
Senão nesta fantástica ilusão
Bebendo cada gota de um verão
Imerso nos anseios do prazer,
Resisto e adentro em paz o amanhecer
Tocado pela intensa sensação
E nela sei dos dias que virão
Tramando novamente algum prazer,
Refaço cada passo rumo ao tanto
E quando mais feliz ainda eu canto,
Restando esta alegria dentro em mim
Nas tantas emoções que adentro eu sinto
O fogo do desejo nunca extinto
Tomando totalmente até o fim.
8
O amor que desejara desde quando
A vida noutra face poderia
Traçar além do medo e da agonia
Um dia noutro tanto me inundando
Vencendo o meu temor e penetrando
Seara abençoada da alegria
Meu mundo feito em paz e fantasia
Agora noutra cena desfilando
Os olhos te procuram no horizonte
A cada nova estrela que desponte
O brilho de um lugar maravilhoso
E nele me adentrando sem perguntas
As almas que se sabem sempre juntas
Transcendem ao caminho majestoso.
9
As mãos que te procuram noite afora,
Encontram finalmente o que buscavam,
E os olhos que decerto te encontravam
Nas ânsias de um prazer que se demora
Resumem cada passo aonde ancora
Após o temporal os olhos lavam
E sabem dos delírios em que cravam
A luz quando deveras já se aflora
A primavera em rara intensidade
E todo o meu amor agora brade
Toando a melodia enamorada,
Mudando a cada fato nossa senda
E quando noutro tanto se desvenda
A sorte novamente desenhada.
10
Amor que aprisiona e me liberta
Ao mesmo tempo algoz e soberano,
No quanto regenera e traz o dano
A porta da esperança sempre aberta,
E quando dos perigos não alerta
Traçando sem querer o medo e o engano
Mudando desta vida qualquer plano
Entorpecendo doma e nos desperta,
Resumo neste tanto o que buscara,
A noite num amor imensa e clara
Reinando como um sol na madrugada
A sorte noutra face se desenha
E quando noutro tanto já se empenha
A vida noutra senda desenhada.
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