sábado, 26 de março de 2011

O verso traz no verso o quanto verso
E vivo tão somente o que imagino,
Ou mesmo na verdade desatino
Tentando atravessar cada universo
E quando noutro tom tanto disperso
O pouco quanto possa em meu destino
Marcando com temor ou desatino
Sentindo sem sentido o tom diverso.
Apresentando apenas o que possa
Vestir ou revestir em sorte nossa
Do quanto se tentara e nada vira,
Apenas num errático momento
Meu sonho noutro sonho eu alimento
Do sonho aonde ponho a luta em mira.

2

Arranco os olhos quando em horizonte
Alheio ao que receio e não mais pude,
Adentro o quanto resta em juventude
Ainda quando o quadro desaponte,
E sei do que pudera em novel fonte
Temáticas diversas; sendo rude
O tempo em voz apática não mude
O prazo sem ocaso onde desponte.
Meu medo em arremedo ou tédio eu tramo
E clamo sem temores os vestígios
Premeditando então tolos litígios
Tentando derrubar ao menos ramo.
Apreços sem sanar velho adereço
marcando o quando insano hoje me esqueço

3

No prazo desvendado pelo caos
Os olhos entre os óleos mais distantes
Nos ermos de meus dias tu garantes
De escadarias torpes os degraus,
Heréticas loucuras, rumos maus,
Os termos onde temos inconstantes
Anseios entre tantos delirantes
Pousando nos dispersos vários graus.
Alcanças entre lanças, arcos, setas
E tanto quanto possas; pois completas
Os tentos onde tento estar atento,
Nevrálgicas verdades se repetem
E o quanto poderia e não se vetem
Os términos em rude alheamento.

4

Espraio dentro em pouco ou mesmo quando
O medo se transcende e nada trama
Apenas a verdade feita em drama
Da chama pouco a pouco se apagando,
No canto destes olhos desvendando
O mundo aonde esconde o que reclama
Da clava ou desta lava lavo a lama
E nela novamente me entranhando
Sem métrica se é tétrica a paisagem,
O preço em adereço na bagagem
Escolta o que revolta e solta o sonho
Assaltando a gramática por vezes
Enfrento o meu atento, mas medonho
Cenário onde se queira além de reses.

5

Das crases e das fases fazes tanta
Questão entre estas frases mais sutis,
E quantas vezes vejo e sempre quis
O tempo contratempo que agiganta.
Às vezes sou deveras simples planta
E bebo deste modo ou por um triz
Um gole de xerez ou mais não fiz
De um canto aonde encanto não garanta.
Aberrações diversas verso quando
O vento noutro tempo desenhando
Arcando com as barcas, arcas e ermos,
O fato de poder e não mais termos
Sequer os velhos termos desde o fato
Aonde a sensação atroz; constato.

6

Telúrica paisagem do que um dia
Pudesse desejar o mar em mim,
E sei do senso imenso e dele vim
Tentar ou tatear o que seria
Servindo como tom em harmonia
O prazo sem ocaso não traria
Sequer o que se quer e traz enfim
Gerando da esperança este motim
Erguendo muito além do quanto havia.
Acrescentando ao passo o lasso laço
Castrando qualquer traço de infinito
E tanto em desencanto acredito
Movendo o que pudera mais escasso.
Este estrambote em bote trama e estenda
Além do que coubera em tal contenda.

7

Capacho? Já não acho, sendo um facho
De lúbrica vontade em heresia
Jejuo toda noite em noite e dia
Procuro a companheira, inútil cacho,
E tanto quanto tento ou mesmo agacho
E desta sensação ação jazia
No canto em desencanto ou agonia
No rancho o gancho expressa o velho tacho
E taxo com meu sonho sem presença
A lida quando acida e não convença
Apenas destas penas vejo plenas
Vontades e jamais as saciasse
Do mundo cada engano diz repasse
Das ânsias onde tanto me envenenas.

8

Apresso sem ter preço o prazo e traço
Do canto em desencanto ou mesmo após
A sorte desconforte e trame em nós
O quando desejei e sei escasso.
Realço com meu verso este cansaço
Tentando tatear em vários nós
A vida desenhando contra e prós
Depois do que pudera e não desfaço
Disfarço muito bem ou mesmo queres
As sombras dos anseios e se esperes
Apresentando em circo o ser bufão.
E largo o sentimento ora de lado
E bebo com fineza este pecado
Orgástica e bombástica versão.

9

Ainda que não fosse um talibã
Enfrentaria o reino dos ianques
E mesmo quando o sangue agora estanques
A sorte se desenha sempre vã.
Descerebrado sonho num afã
Apresentando contra os tantos tanques
O quanto com destreza enquanto banques
Valendo em minha face cada cã.
O mar quando se imanta em ânsia e trança
Vagar por entre noites também cansa
E dança em arvoredos, ventos vagos.
Arcando com arcanjos, querubins
Meus dias e teus dias são afins
E geram sem temor vários estragos.

10

Poupasse desta opaca noite o quanto
Embeba esta aberrante cor que trazes
Deixando no passeio anseio em frases
Diversas que tento e não garanto.
Arcando com o parto e sem encanto
As horas entre floras são tenazes
Aonde se enfiasse tantas crases
Apenas para além a queda espanto.
Negociar ou mesmo na falseta
O quanto do meu canto me acometa
Cometas desenhando em céus os traços
Dispersos do que possa em claridade,
Ainda se traduz em torpe grade
Os dias onde vias tons devassos.
Não quero a falsa luz
E nem sombrio passo
Enquanto o sonho eu traço
Amor tanto conduz
Levando o que supus
Vagando em cada espaço
Deixado imenso laço
Aonde eu me compus.
Não tento desvendar
Mistérios ou segredos.
Apenas nos enredos
De um tempo a se mostrar
Sublime e, com certeza
Erguendo a fortaleza.

2


O mundo se apresenta
Em vária dimensão,
E sei da direção
Aonde esta tormenta
Deveras violenta
Causando esta explosão
Marcando desde então
A luta mais sangrenta.
Restauro com meu verso
O quanto sei do emerso
Caminho em luz e glória,
Gestando com ternura
Gerindo o que procura
Uma alma em rara história.

3

Não pude presumir
Sequer o que inda trace
O tempo quando impasse
Impeça o prosseguir,
Amor mais que elixir
Deveras tanto grasse
E nisto já se enlace
No encanto a redimir.
Versando sobre o tanto
Enquanto em paz garanto
O quanto me restara,
A vida semeando
Frutificando em brando
Cenário em senda rara.

4

Não tema o que viria
E saibas quanto possa
A vida sendo nossa
Em paz nos serviria,
Ousando em alegria
O tanto quanto endossa
E o mundo não destroça
O verso em fantasia.
Apenas traz o sonho
E nele o que proponho
Impera sem temores,
E sigo com alento
O quanto me alimento
Do passo aonde fores.

5

Dos rastros que deixaste
A marca mais sutil
Do amor quando se viu
Sem medo e sem desgaste,
E nada sonegaste
Gerando sem ardil,
O tempo mais gentil
E nele tu és a haste.
Abrindo o coração
A vida em direção
Ao quanto pude e tento,
Sabendo do provento
Enfrento os dias maus,
Alçando outros degraus.

6

Na porta que me abriste
No sonho mais sincero
O verso onde tempero
Meu mundo outrora triste,
E sei e já persiste
O tempo outrora fero
Atroz e mesmo austero,
Ao amor não resiste.
E segue com brandura
O canto que assegura
A imensidão do sonho,
E sei do quanto trazes
Em dias mais audazes
No tanto onde a componho.

7


Não possa a natureza
Traçar o que translado
De um tempo sonegado
Em sonho sem destreza,
Apenas sendo a presa
De um canto desolado,
A vida trago ao lado
Da imensa correnteza.
Espero pelo menos
Momentos mais serenos
Ousando ser feliz,
E tanto quanto pude
Embora em atitude
Diversa além já quis.

8


Na marca que se veja
O mundo sem proveito,
Enquanto quero e aceito
Além de uma peleja
A vida não dardeja
E marca com seu pleito
Carinho onde me deito
E sei o quanto seja.
Apenas vendo além
O amor que nos contém
Imensa confraria,
Acentuando o tom
Do mundo claro e bom
Intenso em harmonia.

9

Harmônica paisagem
Aonde o que se quer
Traduz e sem sequer
Marcar com tal voragem
O rumo em vaga aragem
No prazo que vier,
E tendo o que quiser
Anseio esta miragem.
Clamando em esperança
O canto sempre avança
E trança a eternidade,
Luzindo dentro de alma
Lanterna em paz me acalma
E o encanto nos invade.

10

Rememorando o canto
Aonde permitira
A vida em turva mira
Apenas desencanto,
Mas quando não me espanto
E sei do que prefira
A luta não retira
O passo onde o garanto.
Descrevo outro momento
Enquanto me alimento
Além de uma vontade,
Meu mundo se anuncia
Marcando em harmonia
A intensa liberdade...
Aproveitando a sorte
De quem se fez contente
Ainda que se sente
O mundo sem suporte
Vencendo o vento forte
E nisto o previdente
Cenário se apresente
E tanto nos conforte,
Aborte esta tristeza
E gere em fortaleza
O tempo em claridade.
Do tanto que já quis
Ousasse além do gris
Na imensa liberdade.

2

Na parte que inda resta
O manto nos recobre
A vida sendo nobre
O tempo em luz se presta
Ao quanto busca em festa
O quanto se descobre
E o marco se desdobre
Ousando em cada fresta,
Mesquinhos dias? Mortos.
Os sonhos são meus portos
E pontos de partida,
Depositando a fé
E sem qualquer galé
Resumo em paz a vida.

3

Na prática do encanto
O canto se transmite
E sem qualquer limite
Negasse algum quebranto
E o passo onde garanto
E sei que se acredite
No amor que necessite
Vagando além do pranto.
Restasse esta pureza
E dela uma alegria
Não que se faça ilesa,
Porém já merecia
Lugar claro na mesa
Amor sendo iguaria.

4

Não desistir jamais,
E crer que noutro dia
O tempo se abriria
O barco adentra o cais,
E quando demonstrais
A vida em harmonia
A sorte em sincronia
Transborda em teus cristais.
Respaldos; sei que os trazes
E tanto mais audazes
Os passos ditam rumo,
E quando enfim me aprumo
Enfrento o quanto reste
Em tom atroz e agreste.

5


Marcante sonho trago
De um tempo aonde pude
Apesar de ser rude
Tentar algum afago.
O canto onde divago
A luta em plenitude
E o sonho não ilude
Embora seja mago.
Resvalo nos meus traços
E sei dos mais escassos
Cenários sem sentido.
Apascentando a vida
Tramando em mansa lida
O canto onde o lapido.

6

Apresentando apenas
As tantas ilusões
Diversas dimensões
Enquanto me serenas,
As dores, outras cenas
Momentos onde expões
Caminhos, direções
Em luzes tão amenas.
Reparo cada instante
E o quanto se garante
Permite o novo dia.
Divirjo do passado
Enquanto amor; invado
E trago a poesia.

7

Não tento adivinhar
Nem mesmo em tom diverso
Vagando quando verso
Pousando no luar,
Ainda a desenhar
O manto onde disperso
Cantar já tão perverso
Sem ter onde aportar.
Adentro este oceano
E sei que se me engano
Naufrágio traz final,
Mas tento sem temor
Viver o pleno amor,
Num ritmo sem igual.

8


Percebas cada vez
O quanto se tentasse
A vida noutra face
Além da estupidez,
O mundo que ora vês
Não traz sequer impasse
E mostra o quanto ousasse
Além da sensatez.
Resulto deste todo
E sei de cada engodo.
Mas tento em mansidão
Prazeres tão sublimes
Deveras quando estimes
Trazendo esta emoção.

9

Apenas calmamente
Adentro o golfo e vejo
O sonho onde o desejo
Tomasse num repente
O todo que apresente
E nisto este azulejo
Aonde a cada ensejo
A vida não desmente,
Vestindo a melhor sorte
O tanto que comporte
Um dia mais suave
Assim já nada anseio
Somente em devaneio
Sem nada que isto agrave.

10

Não tenho o que quisera,
Mas sei e sou feliz
Galgando aonde eu quis
Apascentando a fera,
Na vida outrora austera
O sonho trama e diz
Do quanto ora condiz
Com toda a minha espera.
Restando quase nada
Deixando esta alvorada
Marcada em luz e sorte.
Assim cada momento
Aonde a paz eu tento
Exprime o que conforte.
Jamais esperaria
A sorte tão somente
Cevando uma semente
Em terra árida e fria.
O quanto se daria
Marcando em envolvente
Momento onde se tente
Singrar a poesia.
Ousando acreditar
E ter no imenso mar
A inteira dimensão
Do quanto pude e tento
Trazendo ao pensamento
Intensa sensação.

2

Pretendo após o fato
Aonde o que rodeia
Expressa e devaneia
Tramando onde constato
A vida num retrato
Diverso sempre anseia
Na lua imensa e cheia
O amor se faz mais grato.
Rondando em noite clara
Toando o que prepara
Em sons e verso audaz,
Fortuna já nos traz
O canto onde se apóia
Molda da paz a jóia.

3

Amena circunstância
Ou mesmo em tempestade
O quanto nos degrade
Moldando a leda estância,
A sorte em discrepância
Rompesse qualquer grade
E o todo agora agrade
Não importa a distância.
Reflito sobre os erros
Que tanto cometi,
A vida em tais desterros,
Imenso frenesi
E agora claramente
O amor já se pressente.

4

Não tema o que viria
Nem mesmo o mais atroz
Caminho cesse a voz
Em clara sintonia,
O mundo não traria
Apenas este algoz,
E sendo tão feroz,
Decerto moldaria
Um passo para frente
E quando se apresente
Pressente um novo sol,
E saiba ser da vida
Além de um girassol
A sorte a ser urdida.

5

Sem bases cai a casa,
O vento destroçando
Sem ter sequer nem quando
O passo sempre atrasa
E o verso não embasa
O quanto se moldando
No dia mais infando
O tempo então defasa.
Realço cada sonho
Enquanto ali componho
Aliando esperança
Sem prazo, sem ocaso,
Amor domina e aprazo
Caminho onde ele avança.

6

Já não se faz agora
Deste insensato passo
A vida noutro traço
Enquanto desancora,
O vento que demora
A luta em tal cansaço
Buscando algum regaço,
E nada mais aflora.
O peso de uma lida
Aos poucos construída
Nas tramas de um tormento,
Vestindo a luz que trago
Bebendo em doce afago
O mundo aonde o tento.

7

Não seja sem proveito
O tempo em dor e medo,
O quanto amor concedo
Resume enquanto aceito
O verso onde me deito,
Sem ter sequer segredo,
O dia desde cedo
Na paz já me deleito.
Acolho com meu verso
O tom deste universo
Em plena claridade,
Assim o que se trace
Vencendo algum impasse
Deveras sempre agrade.


8

Jogado sobre os ermos
O sonho não produz
Sequer mínima luz
E disto por não termos
E nem sequer vivermos
O quanto nos seduz,
Tramando o que me opus
Sem nada percebermos.
Arcando com enganos
Os dias desumanos
Os sonhos noutro rumo,
Depois do que se vira
A sorte noutra mira
O mundo em sonho aprumo.

9

Talvez o verso traga
Além da fria adaga
Um tom onde se veja
A sorte da peleja
Rondando em mansa plaga,
Vestindo o quanto afaga
E que deveras seja
A senda que deseja
Quem tanto quer a paz,
E sendo até capaz
De acreditar no encanto
Do amor que assim garanto
Sem medo ou preconceito,
Por ser amor o aceito.

10

As ânsias divergindo
Do quanto desejara
Além desta seara
Um dia claro e lindo,
Amor se faz infindo
E torna a vida clara
E quando se declara
Aclara o que deslindo,
Restando dentro da alma
A sorte que me acalma
O verso quando o quis,
E tendo esta certeza
Do sonho em tal nobreza
Serei bem mais feliz.
Não faça mais alarde
Do que tu conseguiste
O mundo sempre triste
Talvez até retarde,
Porém a vida guarde
O passo sempre em riste
E o quanto ora se assiste
Desnuda e não resguarde.
Jogado sobre as rocas
Enquanto te provocas
A lida dita o quanto
Do ser e parecer
Divergem no querer
E mata todo encanto.

2

Ceifando o que se creia
Em tons diversos sigo
Vencendo algum perigo
Em noite audaz e alheia,
Centelha que incendeia
E traça o desabrigo
Amor trago comigo
Adentra cada veia.
Não pude e nem tentasse
A sorte num impasse
Pousando noutro galho,
E quanto mais se veja
A vida não peleja,
Amor em paz espalho.

3

Não merecesse assim
O tanto que se nega
Justiça sendo cega
O tempo de onde vim
Desvenda e traz em mim
O quanto não sossega
E quando a paz navega
Expressa em luz seu fim.
Afins momentos trago
E deles cada afago
Permite o passo além,
E sei de cada alento
E tanta glória eu tento
Enquanto o tempo vem.

4

Negar o que se vê?
Não posso e não consigo
Vicejar no perigo
De um mundo sem por que,
O tanto onde se crê
Trazendo em claro abrigo
O braço mais amigo
E nisto amor revê.
O peso pende enquanto
O tempo aonde encanto
Expressa o quanto quero,
Ainda se anuncia
A vida em poesia
Em tom claro e sincero.

5


Ainda que não visse
Nem mesmo percebesse
O quanto se tecesse
E a vida não cobice,
Amor não é tolice,
É tudo que se tece
Na fonte onde obedece
Meu passo ao quanto ouvisse.
Restauro cada passo
E sei do quanto faço
E nada mais temia,
Quem sabe com certeza
A vida em fortaleza
Marcada em poesia.

6

Nas mãos uma roseira
E sei de cada espinho.
A vida onde me aninho
Expressa o quanto eu queira.
A paz mais verdadeira
O verso onde me alinho
Sem ser cruel, mesquinho,
A sorte derradeira.
Não pude e não tivera
Após cada quimera
Senão esta esperança
E tendo a cada olhar
O sol a se mostrar
Meu passo em paz avança.

7

Invisto o meu futuro
No quanto quis e tento
Vencer cada tormento
Num passo mais seguro
E sei e configuro
A vida aonde alento
Meu mundo contra o vento
Saltando sobre o muro,
Arcando com o engano
E quanto mais me dano
Ousasse em liberdade,
Vestígios de uma senda
Aonde o que se estenda
Rompesse algema e grade.

8

Jamais adivinhasse
O medo atrás da porta,
Assim o quanto importa
Gerando o desenlace
Ainda que ultrapasse
A sorte quase morta,
O sonho não se aborta
Supera o rude impasse,
Vestígios? Nem mais veja
Quem tanto na peleja
Ousara a liberdade.
Apresentando além
Do quanto me convém
E tanto em paz invade.

9

Amar sem ter em mente
O amor/mercadoria
O tempo não traria
A voz tanto premente
E quando se apresente
O verso em alegria,
O mundo, em utopia
Mostrando-nos contente.
O cântico em louvor,
A sorte em refletor
No prazo onde se tenta
Vestir em luz e glória
Moldando na vitória
A rara vestimenta.

10

No medo aonde a vida
Em avidez trouxera
Além do que se espera
Estrada presumida,
E sei do quanto a lida
Presume a mais sincera
Palavra que tempera
Negando a despedida.
Ousando ser feliz
E tendo o quanto eu quis
Em tom claro e divino,
Bebendo com ternura
A sorte já perdura
Enquanto me fascino.
Acolho mansamente
O que tanto se quis
E sei da cicatriz
E o quanto a vida mente,
O passo claramente
Ao todo não condiz
E marca o ser feliz
Bem mais do que se tente.
Versando com leveza
Vencendo a correnteza
Que tanto nos maltrata,
A sorte de tal forma
Deveras se transforma
Em luz suave e grata.

2

Não tendo mais em mim
O medo que tivera
Ao traduzir em fera
O tempo atroz, ruim,
E sei porquanto eu vim,
Vestindo o que se espera
Da luta em rude esfera
Marcando este jardim,
Edênico caminho?
Hedônico e mesquinho
O rumo se anuncia,
Mas quando quero tanto
O sonho onde o garanto
Expressa esta utopia.

3

Do néctar mais sublime
A força em atitude
Transforma e nada mude
O amor que não reprime,
A sorte aonde estime
O verso outrora rude,
Refaz a plenitude
E nada mais deprime.
Sem prazo segue a vida
Em noite presumida
Ou mesmo noutro afã
A luta feita em paz,
Decerto sempre traz
No olhar clara manhã.

4


Num átimo mergulho
E vivo além do abismo
E quantas vezes; cismo
Vencendo o pedregulho,
Não quero ser entulho
Nem mesmo o pessimismo
Gerando o cataclismo
Em tétrico barulho.
Embaralhando a sorte
Nas cartas, nosso norte?
Apenas nos teus braços.
E saiba meu amigo
Que amor está contigo
E dita claros traços.

5

Apresentar o sonho
E crer ser mais possível
Viver este implausível
Caminho onde proponho
Dourando o mais risonho
Cenário inatingível
E ser em novo nível
Além do que componho,
Acompanhando assim
Floresce em meu jardim
A rara primavera,
Depois do que se visse
A sorte não desdisse
O quanto em paz se espera.

6

Meditações e rotas
Após cada tropeço.
E sei quanto mereço
Viver tantas derrotas
Assim também denotas
As tropas; recomeço
Após e não me esqueço
Das almas nestas grotas.
Restando de meu canto
O quanto ora garanto
E nada mais tivesse,
A vida sem desdita
A sorte necessita
Da rara e nobre messe.

7

Mensagens do passado
Ensinam caminhadas
E sei das alvoradas
Num tempo desenhado,
E quando além invado
As sortes enredadas
Vagando por estradas
Imenso e claro prado,
Na paz de algum regato
Amor que ora constato
Permite o sonho em luz,
Mas quando inundações
Severas tu compões
O mundo expressa a cruz.

8

Sedento de justiça
O verso não traria
Sequer esta harmonia
Em luz tanto mortiça
Assim cada cobiça
Trazendo em agonia
O tempo onde teria
A sorte que ora viça;
Restando do passado
Apenas o recado
Que possa se escutar,
Não viva do que outrora
Tomara e sem demora
A vida fez mudar.

9

Um prazo para a vida?
Jamais pudera crer
No sonho ora a tecer
A estrada presumida,
A cada despedida
Um novo renascer
E vivo em tal poder
Fugindo de uma ermida,
Apenas quero o lume
E nele o que acostume
Transforma plenamente,
Traduzes na lanterna
A voz suave e terna
Que doma corpo e mente.

10

Não meça com teus erros
Os passos do que siga
A luta mais antiga
Vencendo os altos cerros,
Os dias em desterros
A vida não consiga
Traçar o que maldiga
Em vãos rumos e aterros.
Não tento após o fato
Saber o que constato
Em rara majestade,
O amor não mais traria
Somente a fantasia, mas
Sim, a liberdade!
Jamais eu pensaria
No tempo sem caminho
E quando ali me aninho
Intensa fantasia
Vibrando em sintonia
Enquanto tento o ninho
O prazo tão mesquinho
De nada valeria.
Ousar e ter nos olhos
Além dos vis abrolhos
A flor que tanto espera
Uma alma mais suave
Vagando feito uma ave
Viceja em primavera.

2

Não tento outra versão
Tampouco sei do fato
E quando o que constato
Transforma a dimensão
Dos dias que virão
E neles velho trato
Presume e enfim retrato
Em nós esta amplidão,
Saber a cada passo
O quanto quero e traço
Ousando na esperança
Marcando com ternura
A sorte que perdura
No sonho onde se lança.

3

Apresentar após
A queda um lenitivo,
E mesmo quando crivo
Meu sonho em luta algoz,
Estendo em novos nós
E sei que sobrevivo,
Jamais serei cativo,
Elevo em paz a voz.
Não quero, com certeza
A sorte em tal rudeza
Marcando em medo e tédio,
Apenas mansa brisa
Que tanto suaviza
E traz em si remédio.

4

No amor que nos permita
Além da luz intensa
O quanto me convença
Em tarde mais bonita,
A sorte necessita
Bem mais que recompensa
E nisso nada vença
Quem quer e se acredita.
O passo sem temores
Por onde quer e fores
As flores nesta senda,
O prado em claros tons,
Os dias serão bons
E amor assim se estenda.

5


Apresentando o sonho
Invés deste tormento,
O mundo enquanto tento
Vencer o caos bisonho,
E sei do que proponho
E nisto me alimento
Do sonho em elemento
Audaz onde o componho.
Não quero a carpideira,
Apenas a roseira
E aromas tão sutis,
Fazendo o quanto quis
A sorte já se inteira
E trama o ser feliz.

6

Não siga sem pensar
Os rumos mais ardentes,
Por vezes o que sentes
Impede o caminhar,
O sol ao se mostrar
Em fúrias evidentes
Também imprevidentes
Cenários têm lugar.
Assisto ao quanto possa
E sei da sorte nossa
E mesmo assim não temo,
O marco em discordância
A vida em discrepância
Tramando um bem supremo.

7

Apresentar escusas
E ser bem mais sensível
O mundo mais incrível
Surgisse após confusas
Verdades onde abusas
Do tempo imperecível
Ou mesmo do invisível
Cenário onde entrecruzas.
As sortes mais diversas
E nelas o que versas
Expressa a claridade
Futuro se desenha
Aonde o que contenha
Permite a liberdade.

8

Não queira ser além
Do quanto cabe em ti,
O manto que puí
O verso nada tem,
Somente deste alguém
Aonde renasci
Permito e concebi
O que deveras vem,
Não venço eternamente,
A queda se apresente
E traz nova lição.
A crise nos transforma
A vida tem por norma
As tramas da emoção.


9

Marcantes dias; trazes,
E sei do quanto pude
Tentar a magnitude
Em atos mais audazes,
Mas quantas ledas fases
Persistem na atitude
Da dura juventude
Escrita em tons fugazes.
Rescendendo ao que veio
Meu mundo em devaneio
Presume a dimensão
Do tempo após o tempo
Vencendo o contratempo
Em tal sofreguidão.

10


Meu verso busca apenas
As horas onde trago
O mundo em tom de afago
E nele me serenas,
E sei que não são plenas
As sortes e divago
Pousando em manso lago
Em noites mais amenas.
Restaurando o futuro
Enquanto configuro
Meu canto em tenra luz,
Após qualquer entalhe
A vida não retalhe
E nem me trague a cruz.
O tanto que se quer
Ou mesmo se apresente
Presumo o mais contente
Caminho e sem sequer
Ousar quando vier
Traçando o previdente
Momento onde pressente
Resposta, o malmequer.
Na sorte caprichosa
A vida não mais glosa
O tempo em tom diverso,
E quando me entranhando
Num dia bem mais brando
Suavizando o verso.

2

A luz que se irradia
Do olhar de quem anseia
Enquanto se incendeia
Na noite mais sombria,
Ousando em poesia
Invade toda veia
E tanto devaneia
E sela esta harmonia.
O peso de um passado
Agora diz leveza
E sei que com destreza
Dos ermos onde evado
Cevasse com meu canto
A sorte que eu garanto.

3

Não tento nunca após
Vestir o meu momento
Enquanto sempre tento
Marcar em viva voz,
O sonho mais feroz
E nele este tormento
Levado pelo vento
Não deixa nada após.
Amor como a crisálida
Em noite clara e cálida
Renasce e nos resume,
E tanto quanto pude
Vencer o passo rude,
Chegando cedo ao cume.

4

Nas tramas de um passado
Tecido pelo medo
Aonde em desenredo
Meu mundo anunciado
Presume o jamais dado
Cenário onde concedo
Meu canto em tal segredo,
Deveras desvendado.
O verso mais suave,
A vida sem entrave
O passo libertário,
Meu canto se desenha
E nisto sempre venha
O rumo solidário.

5

Fraternos olhos vendo
O brilho no horizonte
Aonde amor aponte
É lá que sigo tendo
Somente o que desvendo
E sei da bela ponte
E nisto o que desponte
Traduz tom estupendo.
Marcante noite em lua
Deitando bela e nua
Intensa claridade,
Assim se permitindo
Num tempo audaz e lindo,
Enfim felicidade.

6

Não tento acreditar
Nas tramas de um destino,
E quando me domino
Anseio algum lugar
E tanto a desenhar
Em tempo cristalino
E sei que me alucino
Ao ver imenso mar.
Depositando a luz
Aonde o que conduz
Traduz rara beleza,
A vida segue assim
Tramando até o fim
A glória em fortaleza.

7


Jamais me cansaria
De ter em liberdade
O passo que ora invade
Em luz rara harmonia,
Vencendo quem viria
Em contrariedade
Ao tom: felicidade,
Mergulho em poesia,
Vagando pelo espaço
Sem nada que me impeça
A vida sem promessa
Meu mundo mesmo eu traço
E faço com meu verso
O meu próprio universo.

8

Anseio tão somente
O que inda não se ousara,
A luta não prepara
E mata esta semente,
O quanto se apresente
Em luz noutra seara
Na vida bem mais clara
O amor que se consente,
Galgasse em claridade
Além da imensidade
O todo que ora anseio,
Sedento caminhante
A vida se garante
Sem ter qualquer receio.

9


Jamais me impressionava
A queda após o corte,
E sei que a própria morte
Da qual esta alma escrava
Presume o quanto lava
E traz em novo aporte
A vida onde suporte
O quanto em luta trava.
Ao menos do que fora
A voz mais promissora
Expressa o canto em paz,
Assim ao ver em ti
O quanto ou não senti
E o mundo agora traz.

10

Conheça o que tu sentes
E saibas de tal forma
O quanto já se informa
Em noites evidentes,
Também imprevidentes
Momentos na reforma
Do tempo que transforma
Meus dias descontentes.
Apenas pude ver
E sei do amanhecer
Em luz suave e branda,
Após a madrugada
Deveras tão gelada
Amor muda a demanda.
Meu mundo poderia
Trazer alguma luz
E ao quanto me conduz
Presume uma alegria,
A sorte onde se via
O tempo ora faz jus
Ao quanto reproduz
Em nós esta harmonia.
Vestindo a minha sorte
E tanto me conforte
O sonho onde o molduro,
E com tenacidade
Em viva liberdade
Enfrento um tempo escuro.

2

Não queira ver o fim,
Tampouco o quanto creia
Na luta em voz alheia
Da quanta existe em mim,
O verso dita assim
A sorte que rodeia
E a lua sempre cheia
Deitando em meu jardim.
Não pude e não se queira
Saber na vez primeira
A estrada mais sublime,
O tempo nos ensina
E o brilho nos redime
Em senda cristalina.

3

Apenas do passado
As dores que inda trago,
Moldando um tempo vago
Ousando onde ora invado,
O traço desvendando
E nisto não divago
Somente o manso lago
Presume, engalanado.
Restando do que houvera
Imensa e rude fera,
Somente esta lembrança
Que quando nos alcança
Permite a direção
Em nova dimensão.

4

As horas onde a luta
Pudesse ser diversa
E quanto mais imersa
Na manta onde se escuta
A força imensa e bruta,
E sempre desconversa
A vida tão perversa
Por vezes, mais astuta;
E sei do quanto ilude
O sonho atroz e rude
Matando dia a dia
Um pouco da esperança
E quando a história avança
O brilho instalaria.

5

Falar em plenitude
E crer ser mais plausível
O mundo ora possível
Outrora bem mais rude.
Meu passo não me ilude
E sei do tom incrível
Aonde noutro nível
Amei mais do que pude.
Mas mesmo o sofrimento
Da ausência nos permite
Saber que além limite,
Embora eu busque e tento
Trazendo a dor, porém,
Em claro tom convém.

6

Em lutas ou tormentas
A sorte se faz clara
E o tempo se prepara
Enquanto a dor, enfrentas
E sei quanto alimentas
Da vida onde se ampara
A luta outrora amara
Em noites mais sangrentas,
Sedento deste sonho
Aonde o que proponho
Moldasse em tom suave,
O coração liberto
Avança no deserto
Supera algum entrave.

7


Aonde a vida traz
A impertinente rota,
A sorte não se esgota
E sei que se refaz,
Deixando bem atrás
O quanto ora denota
Os tons de uma derrota
Embora mais fugaz.
Resumo em verso e brilho
O tanto onde palmilho
Vestindo a primavera,
Essencialmente vejo
O amor em azulejo
E a luz clara e sincera.

8

Não tema, minha amiga,
A vida é mesmo assim,
Meu mundo traz ao fim
O quanto nos abriga,
E sei que nesta liga
A sorte de onde vim,
Traçando dentro em mim
A luz que se persiga.
Restando tão somente
Viver mais plenamente
O que tanto sonhaste.
O amor sublime insumo
E nisto quando eu rumo
Não vejo mais desgaste.

9


Pressinto da incerteza
Um dia mais audaz
E nisto a rara paz
Transforma em fortaleza
Vencendo a correnteza
Enquanto o sonho traz
O verso onde tenaz
Expresse esta beleza.
Meu pranto se secando
O dia desde quando
Não pude ou mesmo quis,
Galgando este infinito,
Do amor que necessito
O canto mais feliz.

10


Semeias sobre o chão
Perfeita lavra enquanto
O tanto que garanto
Transcende em dimensão,
Aos dias desde então,
E nada traz o espanto
E sei do quanto canto
Em sonho e em tal clarão.
Vestígios de uma vida
Há tanto já perdida
E agora descoberta,
Assim o que me importa?
Manter a minha porta
Decerto sempre aberta.
Um dia que me traga
A imensidão da luz
E ao quanto me conduz
Pousando em mansa plaga.
O verso onde me afaga
O tanto onde compus
Vencendo e não me opus
Ao enfrentar a vaga.
Vasculho dentro da alma
E busco o que me acalma
Na clara dimensão,
Do sonho mais gentil,
No amor que tanto viu
E os dias que virão.

2

Não pude e não tivera
Sementes onde a sorte
Marcando com seu norte
A vida mais sincera,
Vestindo em clara esfera
O tanto que comporte
Meu mundo sempre forte,
Além da leda fera.
Restando esta promessa
E tanto se confessa
Meu canto em raro alinho,
Negando qualquer medo,
Aonde me concedo
É lá meu manso ninho.

3

Repare cada estrela
Imensa e tão pequena,
Assim a cada cena
Pudesse enfim vertê-la,
Assim poder sabê-la
Enquanto me serena
A voz que ora envenena
Ousando convertê-la
Desvendo o que se traz
E sei do mundo em paz
Que possa doravante
Traçar em harmonia
A sorte enquanto havia
O sonho que agigante.

4

Um tempo tão dantesco
Passado sem sentido,
E quanto mais o olvido
O vejo quixotesco,
Assim num gigantesco
Momento consumido
Envolto em tal sentido
Tramando um belo afresco.
Resulto deste passo
E quando mesmo o traço
Vestindo a sorte em luz,
E nada do que outrora
Vivesse e sempre ancora
O passo ao qual faz jus.

5

Bebendo com ternura
A luz que se irradia
Deixando atrás vazia
A noite outrora escura,
O amor que se procura
Gerando dia a dia
O tempo aonde havia
A vida que perdura,
Não pude e nem quisesse
Ousando nesta prece
Que possa ser mais firme,
E tanto me incendeio
No amor em raro veio
Enquanto a luz confirme.

6

Apenas não se visse
O medo sem tormento
E sei do que alimento
Em sol e resumisse
Meu mundo sem mesmice
No passo mais atento
E sei do que fomento
E nada consumisse.
Somente o que inda tente
A vida plenamente
Moldando um novo encanto,
Depois do quanto perca
Ultrapassando a cerca
Amor; desejo-o tanto...

7


Um dia aonde eu possa
Trazer no olhar o brilho
Enquanto a luz polvilho
E sei da paz tão nossa,
E quando a vida apossa
Do tempo, este andarilho,
Seguindo o velho trilho,
Jamais nada destroça.
Apresentar o fato
E nele o que constato
Expressa esta vertente,
No manto mais sublime
O amor que nos redime
Em paz já se apresente.

8

Navegar contra a fúria
De todas as marés
E sei que por quem és
Tu não verás penúria,
O amor suporta injúria
E corta estas galés
Ousando sem viés
Vencer qualquer incúria.
Respaldos que encontrara
Na luz desta seara
E num caminho em paz,
Depois de tantas quedas
Agora que enveredas
A glória enfim se faz.

9

Viceja esta esperança
No peito de quem tente
Vencer o impertinente
Cenário em vã mudança
Restauro o quanto alcança
A luz que tanto aumente
Visando sempre à frente
E de tal forma avança
Reparando os meus erros,
Fugido dos desterros
Tentando ser feliz,
Porém somente em luz
Meu passo reproduz
O bem que sempre eu quis.

10

Não tema a correnteza,
É necessária quando
A vida desvendando
Exposta sem surpresa,
E sei da fortaleza
Moldando em tempo brando
Vencendo o mais nefando
Cenário em vã vileza.
Olhar e perceber
No céu raro prazer
Em tons azulejados,
Deixando para trás
O quanto não mais traz
Os sonhos desejados.
Olhando para frente
Jamais se visse apenas
Os ermos, ledas cenas
Aonde se apresente
A vida imprevidente
E nisto não serenas
E tanto te apequenas
Após o que ora sente
Meu verso poderia
Trazer a calmaria,
Mas isso ora não basta
Ao todo que mergulhes
Dos sonhos já te orgulhes,
Da dor a luz afasta.

2


Senhores do passado
Dominando o futuro?
Aonde me asseguro
Se amor já não mais brado?
Tentando o desejado
Momento o configuro
Vencendo o ledo e escuro
Anseio em duro enfado.
Invado o desalento
E sempre quero e tento
Vagar sem mais temer
Sequer o que pudesse
Ousar vencer a prece,
Matando o bem querer.

3

Plantar e com cuidado
Podar qualquer aresta
E o tanto quanto empresta
Traduz e sem enfado
O verso desejado
O mundo além da fresta
A sorte é dor e festa,
Porém nada é traçado.
Restando apenas isso
Num solo movediço
A ponte que constróis
Permite novo rumo
E quando enfim assumo
Os sonhos são faróis.

4

Não deixe o sofrimento
Tomar o dia a dia,
E saiba que a agonia
Da glória, um alimento,
E mesmo desatento
O passo não traria
Além da fantasia
Enquanto a luz eu tento.
E quando o todo assumes
Trazendo em ti tais lumes
Risonha vida; esboças
E quanto além me atrelo
Refaço o meu castelo
Supero velhas fossas.


5

Não deixe que a verdade
Impeça a caminhada,
A senda desenhada
Por vezes nos degrade,
Mas quando há liberdade
Reinando sobre a estrada
A vida não se evada
Do tom em claridade.
Mergulhos onde posso
Traçar sem ter destroço
Da escória o que redima,
A luta é feita em paz
E quanto mais se faz
Apascentando o clima.

6

Não meço mais meu passo
Conforme imaginara
Tomando esta seara
E nela o quanto traço,
Vencendo o mais devasso
Desenho onde separa
A vida me prepara
E sigo em calmo espaço;
Do espólio que carrego
O mundo num nó cego
Talvez, o impediria.
Mas sei que me aprofundo
Nas tramas deste mundo
Revivo a fantasia.

7

Não mais se aproximasse
O tempo do vazio
E quando me recrio
Moldando em nova face
O quanto se mostrasse
Por vezes arredio,
Ousando em desafio,
Agora me tocasse.
Restando do que houvera
Em vida tão austera
A dor do jamais ser,
Mas quando em recomeço
A luz eu reconheço
Entrego-me ao querer.

8

Não tento desvendar
Mistérios de uma vida
Há tanto em despedida
E sem qualquer lugar,
Agora imenso amar
Presume uma saída
A luta antes perdida,
Pudera mergulhar
Nos sonhos onde eu pude
Vencer o passo rude
E ter na eternidade
O quanto mais se queira,
Palavra verdadeira
Que enfim em paz invade.

9

Sem tanta teimosia
O verso se aproxima
Do quanto mais se estima
Em luz e fantasia,
A vida em poesia,
Amor refaz a rima
E redentor, pois prima
No tom em alegria.
Restaurações enquanto
O sonho em paz garanto
Marcando o que se quer
Deixando no passado
O verso desolado,
Em tom rude e qualquer.

10

Vestindo a maior glória
O ser feliz em vida,
Negando a despedida,
Mudando nossa história
O tempo na memória
A sorte concebida
E sempre percebida
Vencendo alguma escória.
Resulto deste passo
E quando além eu traço
Meu canto em tom suave,
O coração aberto
E nele ora desperto
O sonho feito uma ave.
Não possa a vida enfim
Tocar cada ferida
E transformar no fim
A senda em vã, perdida,
A luta decidida
Amor enquanto eu vim
Bem mais do que um festim,
Jamais se vê medida.
Não tema, minha amiga,
E tanto já prossiga
Sem ter qualquer receio,
A queda nos ensina
A estrada cristalina
É puro devaneio.

2

Na paz que nos conforte,
No amor quando se entrega
A vida não é cega
E sabe o nosso norte,
Vencendo em claro aporte
Enquanto além navega
Pousando onde trafega
Ultrapassando a morte.
Da luminosa senda
O quanto se desvenda
Perfuma em esperança
A voz que agora aporta
Abrindo sempre a porta
Enquanto além avança.

3

Apresentar o quanto
Pudesse imaginar
Depois de navegar
E sei, mesmo garanto,
Valendo cada encanto
Entranho o claro amar,
E sem mesmo negar
O dia sem espanto.
Não possa na verdade
Romper com claridade
O tempo mesmo rude,
E quantas vezes só
Renasço deste pó
E tudo em paz transmude.

4

Em vigoroso passo
Restando de um anseio
O mundo onde permeio
Meu canto a cada traço,
Expresso e mesmo faço
O verso e nele veio
A luz onde clareio
Inteiro o meu espaço.
Resumos de outras eras
E sendo mais sinceras
Palavras dizem tanto,
Depois do temporal,
Um dia sem igual
Solar e raro encanto.

5

Vagando sem destino
Durante a juventude,
O passo que ora ilude
Transforma o que alucino
E bebo e não domino
Audaz cada atitude,
E mesmo sendo rude,
Por vezes, desatino.
Mas sei que a vida trama
Diversa e bela chama
Traçando no futuro
Um dia mais suave
Vencendo qualquer trave
Num porto mais seguro.

6

Não tento outra vertente
Senão a quem me leva
Ao penetrar na treva
Um dia onde se tente
Vencer o imprevidente
Momento sem a ceva,
E luz jamais longeva
Marcante e impertinente.
Apenas quero a paz
E tudo o que se faz
Presume o quanto brilha
Além neste horizonte
A estrela que desponte
Em rara maravilha.

7


Por mais que te pareça
Difícil caminhar,
Aprendas como amar
E a dor desapareça.
No passo não se esqueça
Da sorte de um luar
E nele o delirar
Dominando a cabeça
Em raios multicores
E deles onde fores
Presumas este dom
De ter dentro de ti
A luz que presumi
Em claro e raro tom.

8

O mundo inteiro está
Envolto em plenas luzes,
E mesmo sobre as urzes
O sol renascerá,
Galgando o que virá
Deixando atrás as cruzes
Os passos; reproduzes,
Almejando o maná
E tentas contra a fúria
Da vida em cada incúria
Imensa solidão,
O prazo determina
O quanto em cristalina
Vontade ceva o grão.

9

Fraternidade expressa
O amor que não se cobra
A vida em cada dobra
Não tendo sequer pressa,
Aos poucos recomeça
E nisto o que recobra
Não deixa qualquer sobra
E segue já sem pressa,
A luz que nos guiando
Transforma em tempo brando
Os ermos vendavais,
Vestígios de um passado,
Agora noutro brado
A vida sabe mais.

10

O amor que nos permita
Vencer qualquer tempesta
Trazendo ao peito a festa
Deveras tão bonita,
E sei desta bendita
Palavra que hoje gesta
Em luz diversa e honesta
Sem nada que a limita.
O mundo traz o joio
Valorizando o trigo,
E sei que sem apoio,
Sozinho, eu não consigo,
Por isso é que me enlaço
Amigo; em teu abraço.
A vida ultrapassando
Qualquer temeridade
E busca a claridade
Num tempo mesmo infando,
O passo desde quando
Bebesse a liberdade
Em tal intensidade
O passo demarcando.
E sei dos meus anseios
E deles tantos veios
Tramando este futuro,
No prazo que se finda,
A vida a quero linda
E o porto mais seguro.

2

Depois de cada instante
Diverso do que outrora
Sonhara e não se aflora
Nem mesmo a paz garante,
O mundo doravante
Pudesse enquanto ancora
A paz nos revigora
E gera amor constante.
Restauro com meu sonho
O tanto que componho
E mesmo além da morte
Vencer o lamaçal
Num tempo magistral
Enquanto a luz conforte.

3

Não tema o que se faça
Envolto em qualquer bruma,
A vida não se esfuma
E nem traz em fumaça
O quanto ora ultrapassa
A senda onde se apruma
Na praia a bela espuma,
O mar em ritos traça.
Luzeiro em cada olhar
E nele este horizonte
Aonde mais desponte
O quanto desejar,
Vestindo a imensidão
De um sonho em amplidão.

4

Apresentando em nós
O tanto que se quis
Pudera ser feliz
E ter a mansa voz,
Atando em firmes nós
O sonho onde eu me fiz,
O céu já não é gris
Nem mesmo tão feroz.
Realço com meu verso
A paz deste universo
Deveras necessária
E sei da dor que trazes
Em noites, ledas fases,
Somente solitária.

5

No prazo que se trama
A vida em luz e brilhos,
Os olhos andarilhos
Procuram cada chama,
E vencem todo o drama
Enquanto em novos trilhos
Ultrapasso empecilhos
E sei do amor que clama,
E deste libertário
Caminho, itinerário
Vagando sem temor.
Pousando mansamente
No quanto sempre alente,
O amor do Redentor.

6

Redime com a mansa
Palavra o que foi fera.
E a vida se tempera
No quanto em paz se lança,
Ascendo em esperança
Palavra mais sincera
Na vida outrora austera
A luz já nos alcança
E bebo desta fonte
E quanto mais desponte
Transcende ao que não vês
A senda ora tranquila
Enquanto amor instila
Domina a insensatez.

7

Um brinde a quem se deu
Em pleno amor; cordeiro
Num canto derradeiro
Vencendo o torpe breu,
O quanto em apogeu
Espalha este canteiro
Florindo o verdadeiro
Caminho em que viveu.
Não mais te martirizes
Se bem que as cicatrizes
Ensinam caminhar,
Olhando para frente
Futuro está presente
Tecendo o verbo amar.

8

Quem sabe não se esquece
E segue sem temer
O quanto em bem querer
A vida traz a messe,
No passo onde se tece
As tramas do viver
Meu mundo eu passo a ver
Um ato clame a prece.
Não tente algum desvio
Não vejas num atalho
Decerto atroz e falho,
O manto em roto fio,
Apresentar em luz
Farol que nos conduz.

9

Jamais se perderia
A luta contra o medo
E quanto mais concedo
Maior esta agonia.
O mundo não teria
Além do raro enredo
O prazo onde procedo
Sem noite mais sombria,
Resplandecendo na alma
O brilho que me acalma
Da lua em tal clarão,
Viver a paz em Cristo
E nisto o que persisto
Dourando esta amplidão.

10

Amar e não temer
As dores, desalento.
E quando esteja atento
Presumes o querer,
A vida passa a ter
A cada sentimento
O que deveras tento
E passo em Ti a ver.
Restauro do passado
Os ermos de um legado
Trazendo em harmonia
O vento que anuncia
O tempo onde se quis
Decerto, ser feliz.
Marcante sorte eu tento
Depois de tantas quedas
E nisto ora enveredas
Tocando o pensamento
E sei do mais atento
Caminho e nele enredas
As sendas que não vedas,
Abertas ao bom vento.
Não tema o que virá
Nem dor sequer maná.
A vida é mesmo assim,
Das crises e temores,
Aprendendo onde fores
Chegar ao manso fim.

2

Não tema dentro em ti
Os ermos; solidão
A vida em dimensão
Diversa eu descobri.
Presumo o que vivi
E sei da direção
E nela a sensação
Do mundo onde o senti,
Cerzindo cada sonho
No quanto mais componho
Sem luta meus segredos,
E sei do dia a dia
Envolto em fantasia
Em claros, bons enredos.

3

Amar é ter nas mãos
O dia mais tranquilo
E quando além desfilo
Cevando em solo os grãos,
Os tempos ermos vãos,
Agora não destilo
Andando sem vacilo
Sabendo dizer nãos.
Espero em raro encanto
O quanto em paz garanto
Na luminosidade
Que emana em cada ser
E traz no bem querer
O sonho que me invade.

4


Não tema o que se veja
Após a tempestade
O mundo se degrade
Em tola e vã peleja,
Fortuna sempre seja
O quanto mais agrade
Quem vive em claridade
A luz sempre deseja.
Restauro cada passo
E sei do quanto o traço
Vigores entre luzes,
Destarte o prosseguir
Permite o que há de vir
E em paz também reluzes.

5

Amar e ter no incerto
Caminho a sorte imensa
Do quanto se compensa
Embora em tal deserto
Ainda mal desperto
E sei da vida intensa
Gerando o quanto pensa
Meu mundo sempre aberto.
Das sortes mais audazes
Os dias que me trazes
Os sonhos que procuro.
Não veja após o tombo
Apenas outro rombo,
Tornando-te maduro.

6

Paragens entre luzes
Segredam esperanças
E quando além te lanças
E nisto reproduzes
Cenários que entrecruzes
E assim conforme avanças
Gerando em temperanças
Bem mais que antigas urzes.
Ousar e ter nas mãos
Os dias mesmo vãos
Serenos companheiros,
Os olhos no horizonte
A vida que desponte
Em volta dos luzeiros.

7

Apresentar após
O medo e o temporal,
O dia tão venal
A luta já sem voz,
Sabendo que há em nós
Um mundo sem igual
E sensacional
Caminho leva à foz.
Reinando sobre tudo
O quanto não me iludo
Esboço em tom gentil,
Meu mar em harmonia
A vida se faria
Bem mais do que se viu.

8

Nas tramas do passado
Os dias mais sofridos
E quando resumidos
O tempo segue ao lado,
E quantas vezes brado
Ousando em meus sentidos
Falar dos presumidos
Anseios neste fado,
Apresentando enfim
O quanto existe em mim
E nisto ser feliz,
Realizando o sonho
Ao tanto que proponho
Viver o que mais quis.

9

Em harmonia, a vida
Expressa o que viria
Gerando a fantasia
Deveras construída
Na paz que não se olvida
E nesta poesia
A sorte em utopia,
Dos medos, desprovida;
Restauro o que em promessa
Moldasse e se confessa
Na imensa liberdade
Do céu dentro de nós
Do amor que sempre atroz

10

Um dia após a queda
Renasce dentro em mim
Vivendo após o fim
A luz onde envereda
A morte apenas seda
E renovando enfim
Ditando de onde eu vim
E nada já nos veda.
Revejo cada brilho
E sei do quanto trilho
Vagando sem temor
Mergulho num instante
O prazo delirante
Na luz de um pleno amor.
Não quero estar aquém
Do quanto pude um dia
E sei do que veria
Ou mesmo nada tem
Do verso aonde vem
A sorte em agonia
Gerando a fantasia
E nela este desdém,
Vestindo o quanto pude
Num dia em magnitude
Diversa da que eu quis,
Traçando em descaminho
O mundo onde me alinho
E não serei feliz.


2

Conhecendo a verdade
Eu sei da liberdade
E bebo a imensa luz
Que a Ti sempre conduz,
E com felicidade
O sonho sempre agrade
E gere aonde o pus
A sorte que seduz.
Reflito mais um pouco
E quantas vezes; rouco
Num grito sem resposta,
Agora que Vieste
A vida outrora agreste
No brilho vejo exposta.

3

Perdoe cada engano
Ou mesmo insensatez
E quanto mais me Vês
Ousando em rude plano,
O mundo onde profano
Atento ao que desfez
Em fúria e estupidez
Marcando em ledo dano.
Perdoe por tentar
Diversa dimensão
E nesta direção
Resumo em Teu altar
O amor que tanto entranha
E gera a luz tamanha.

4

Espírito de luz
Adentre o meu caminho,
E quando fui sozinho
A Ti o sol conduz,
E sei do quanto pus
Meu verso tão mesquinho,
Nascendo no carinho
Libertando da cruz,
Renasço com Teu passo
E sei do quanto faço
Após o nada ter,
Servindo com ternura
A quem tanto perdura
Nas sendas do querer.

5

Martirizado outrora
Agora sem fronteiras
E tanto quanto queiras
A vida em Ti se ancora
O marco sem demora,
Expressa as verdadeiras
Palavras onde inteiras
Meu mundo desde agora.
Resplandecendo além
E o tanto que contém
Permita a salvação
De quem por mais que tente,
Procura ser semente
Em luz e gestação.

6

Na parte que me cabe,
O mundo se desenha
E vejo o quanto venha
Bem antes que desabe,
O canto que se sabe
A luta traz a lenha
E nisto me convenha
Viver antes que acabe.
O sonho nos Teus braços
Momentos raros, traços
Da clara eternidade,
E sei do quanto possa
A vida sendo nossa
Tramar a claridade.

7

Não penso noutro rumo
Tampouco poderia
Quem sabe esta magia
Aonde me consumo,
Bebendo inteiro o sumo
E nele esta alegria
Vencendo uma agonia,
Do amor em paz, resumo.
Vestindo com certeza
A sorte em tal nobreza
Desenho muito além
Do pouco que ora exponho
E sei o quanto em sonho
A vida envolve e tem.

8

Nas tramas do infinito
Nas sendas da esperança
O passo onde se lança
No amor que necessito,
O verso onde acredito
Na vida quando avança
Deveras bem mais mansa
Num tempo enfim bendito.
Talvez um sonhador?
Mas quando expressa amor
A luta se desfaz,
Batalhas entremeio
Com sonho e devaneio
Ousando crer na paz.

9

Jamais se visse após
A senda mais cruel
O tempo dita o mel
E o canto em mansa voz,
Resumo antes feroz
Agora invade o céu
E faz o seu papel,
Vencendo o rude algoz.
Não quero e não se visse
Sequer tanta tolice
Nos ermos da batalha,
E sanguinária senda
Aonde se desvenda
A paz que a luz espalha.

10

Não tema o que vier
Nem mesmo vanglorie
Nem tanto desafie,
O passo em tom qualquer,
Não deixe e se puder
Aonde se recrie
A vida evidencie
O amor como se quer.
E enfrente calmamente
Trazendo o que fomente
A paz em tom sereno,
Após a tempestade
Bonança nos invade,
E o dia é mais ameno.
Cigano coração
Já não sossegaria
Tomando a direção
Em busca de outro dia
E tanto em dimensão
Diversa se daria
Pousando na emoção
Em clara fantasia,
Garantias; procura
Na noite onde a brandura
Da lua nos tocasse,
E mesmo quando a vida
Expressa outra saída,
Amor é desenlace.

2

Por ser obediente
Descrente do que resta
Apenas noutra fresta
A vida se apresente
E molda de repente
O todo onde se empresta
A luta mais funesta
O corte sempre rente.
O verso anunciando
O dia bem mais brando
E tudo o quanto traz
Do prazo que termina
Após saber da sina
E o quanto é mais mordaz.

3

Das cinzas; ressurgido
Presumo o quanto a sorte
Traduz o que comporte
Nas tramas deste olvido,
E o passo resumido
No todo que conforte
A luta bem mais forte
Enquanto a dilapido,
Cercando com ternura
A noite diz loucura
E gera nova estrada,
Apenas se resume
A vida em tal ardume
Depois não traz mais nada.

4


Em mares que povoas
Com sonhos delicados,
Os dias entre os fados
As asas são canoas,
E sei quando ressoas
Vagando em teus recados
Ousando sem pecados
Nas tramas raras, boas.
E sendo o que me tente
Apresento o frequente
Caminho em ventania.
O medo não transcende
Ao quanto não depende
Do amor a fantasia.

5

Na lentidão do passo
Na louca dimensão
Dos dias que virão,
Do amor quando o desfaço,
A sorte traz no laço
Os ritos da emoção
Erguendo em direção
Ao quanto quero e traço,
Bebendo cada gole
Enquanto a vida bole
Transcorre de tal forma,
Somente o que se veja
Transcende ao quanto seja
E o tempo nos transforma.

6


Na lentidão do passo
Enquanto a noite trama
A vida sem cansaço
Ou mesmo em leda chama,
O canto no terraço
O prazo onde se exclama
E sei do quanto faço
Vagando além do drama,
Não pude e nem quisera
Saber desta insincera
Verdade que me dizes,
Pousando noutro cais,
O dia traz a mais
Diversas cicatrizes.

7

A vida traz no informe
Que tanto se esperava
A sorte onde se trava
O passo mesmo enorme,
E quando se transforme
O tempo em rude lava
Verdade sendo escrava
De quem tenta e já dorme.
Vestindo a fantasia
Aonde o que viria
Jamais se renegasse,
O manto se puindo
Castelo destruindo
Restando o velho impasse.

8


Ouviste e percebeste
O quanto não se creia
Na sorte que rodeia
E nisto o vão teceste,
Apenas convenceste
A luta em voz alheia
Ao quanto sempre anseia
Quem tanto ora esqueceste.
O medo não presume
Sequer qualquer ardume,
Apenas dita o fim,
E sei do quanto é rude
O mundo enquanto eu pude
Vivê-lo dentro em mim.

9


Tentáculos da sorte
Rondando o dia a dia,
E sei da mão mais forte
Que tenta e impediria
O tempo feito em corte
A leda hipocrisia
E quanto mais aborte
A morte renascia.
O vento sem sentido
O corte onde lapido
A lápide e o jazigo,
Depois de tanto ocaso
A vida traça o prazo
E a paz ora persigo.

10


Neste alto em cordilheiras
As tantas emoções
E nelas dimensões
Diversas como queiras,
Restando das bandeiras
As velhas sensações
Em tantos turbilhões
Palavras derradeiras,
Capacitando a vida
Por mais que dolorida
A crer num novo dia,
A sorte sem ajuda
Enquanto se desnuda
Mais nada me traria.
Jamais pudesse ter
Além do quanto trace
A vida sem impasse
O mundo num querer
Diverso e possa ver
O manto sem que passe
A sorte onde tentasse
O rumo reverter.
Ousando acreditar
Nas ânsias deste mar
Vagando sem tormento,
O medo que fomento
Ainda determina
Decerto a velha sina.

2

Ao aprender percebes
O canto em desatino
E quando do destino
Invade velhas sebes,
Do tanto que recebes
O quanto desafino
E bebo e não domino
O mundo onde o concebes.
Abençoadamente
A vida não desmente
Nem tente acompanhá-la,
Acerca do que reste
A vida traz na peste
A luz vaga e vassala.

3

Servir ao quanto pude
Depois de cada enfado
O mundo em seu recado
Deveras se faz rude,
E o prazo desilude
Quem tenta e sempre evado
O marco desenhado
Mudando de atitude
Tatuas no teu peito
O amor que em raro pleito
Pudesse ser bem mais
Que o verso em tom suave,
E libertando esta ave
Chegando aos siderais.

4

Na paz que nos domine
Neste horizonte além
Entranhas quando vem
A sorte que alucine,
Revejo antigo cine
E nele está meu bem.
Agora sem ninguém
A dor me recrimine
E traça com terror
O quanto fora amor
E nada mais se vê
A vida sem por que
Um rumo distorcido,
E o tempo adormecido.

5

Vestindo a fantasia
De quem se fez tranquilo
O tempo onde o desfilo
A sorte que nos guia
A vida em alegria
O rumo onde destilo
Meu verso e não vacilo
Nas tramas da euforia.
Restauro cada passo
E mesmo sendo escasso
O tempo se permite
Viver sem mais temer
O quanto se faz crer
Além deste limite.

6

Limite; eu não conheço
E sei que logo vem
A vida muito além
Do sonho em adereço,
Após cada tropeço
O rústico desdém
A noite nada tem
Sequer meu endereço.
E vejo o meu anseio
E quando o tempo veio
Marcando em ruga e cãs,
Os dias são tormentos,
Os olhos sofrimentos
As sortes sempre vãs.

7

Vasculho dentro em mim
E creio no que possa
A sorte outrora nossa
Traduz então meu fim,
O passo de onde vim
O traço que se endossa
No laço aonde empossa
A morte em tom chinfrim,
Restaurações que eu tente
O mundo impertinente
Não veja outra saída,
Depositando o verso
Aonde mais disperso
Acalento a ferida.

8

Perdido em pensamentos
Seguindo o meu instinto
No quanto tento e tinto
Um tempo em vãos momentos,
Apenas desalentos
E neles se eu me sinto
Cansado e mesmo minto
Ousando contra os ventos.
Gentis vontades; vejo
A vida num desejo
Diverso do que trago,
Aquém do quanto reste
A luta ronda a peste
E gera atroz estrago.

9

Navegar contra a sorte
Diversa de quem tente
Vencer o imprevidente
Caminho que o comporte,
Jamais se vendo o corte
Nem mesmo impertinente
Delírio aonde a mente
Pudesse em raro aporte.
Vasculho dentro da alma
E o quanto agora acalma
Aclama com certeza
A senda mais sutil,
O amor que presumiu
A vida em correnteza.

10

Desvendas o que outrora
Pudesse ser cruel,
E sem o grosso véu
A vida não demora,
E gera o que apavora
Tentando além o céu,
Seguindo sempre ao léu
A morte se assenhora
Dos ermos deste caos,
E dias ledos, maus,
Em rude procissão.
Apresentando apenas
O quanto me envenenas
Num mundo sempre em vão.
Meu mundo não trouxesse
Além do quanto eu quis
E tendo o ser feliz
Qual fosse a minha prece,
O tanto que se tece
E o verso por um triz
Moldando outro matiz
E nisto me enlouquece
Apresentar deveras
Diversa dimensão
Dos dias desde então
Envolto em rudes feras
E quanto mais creia
A vida segue alheia.


2

Marcando com a sorte
O que jamais teimasse
Vencendo o velho impasse
Enquanto nos conforte
Viver o tempo e o corte,
A marca sonegasse
Invisto no que trace
Meu mundo não importe.
Restauro os tantos medos
E sei dos meus degredos
Enredos mais sutis,
E quanta vez eu pude
Ainda sendo rude,
Tentar ser mais feliz.

3

Universal anseio
Traduz o quanto vejo
Do céu em azulejo
E o canto devaneio,
Vagando onde permeio
Meu passo em luz e pejo,
Ascendo ao meu desejo
E nada mais receio.
Restauro com a paz
O quanto a fúria traz
E marca sem proveito,
Entregue ao forte vento
O mundo quando o tento
Traduz o quanto aceito.

4

Nas teias onde teço
O muito que me deste
E nisto o tom agreste
Aonde o recomeço
Presume outro tropeço
E quando tu vieste
No sonho onde reveste
A vida em adereço,
Restauro com meu verso
Enquanto além disperso
Imensa sensação
De um tempo mais sutil
E nisto o que se viu
Do amor, rara expressão.

5

Quisesse pelo menos
Vencer a timidez
E o tanto que se fez
Em dias tão pequenos
Traduz tantos venenos
E desta insensatez
O rumo que ora vês
Transcende aos mais amenos.
Resplandecendo a vida
Aonde a despedida
Não traz angústia e medo
Arguta noite enquanto
Meu passo atento canto
Envolto em teu enredo.

6

Das teias onde um dia
Apenas me entregando
Sem ter sequer nem quando
Ousar mais poderia,
Vestindo a fantasia
Enquanto sonegando
O corte mais infando
O medo em agonia,
A luta não descansa
E sei do quanto avança
A mera estupidez.
Vagando sem destino,
O quanto desatino
Traduz o que não vês.

7

Vistoriando o sonho
Jamais encontraria
A sorte em alegria
O canto mais risonho,
E sei quando proponho
Vestindo em fantasia
A vida em harmonia,
O canto onde me enfronho
Apenas tive outrora
A seca que apavora
E deste estio imenso
Não tendo mais sinal,
Porém sempre venal
Recende ao quanto penso.

8


Vistoriando a sina
Entregue ao que se creia
No tanto em luz alheia
A vida não domina,
E bebo o que fascina
O sonho adentra a veia
E nada mais a teia
Traduz e me alucina.
Reparo cada passo
E nele mesmo traço
O que desfaço bem,
O mundo em desafeto
O rumo predileto
Apenas nada tem...

9

Apresentando ao verso
O quanto se quis mais,
Envolto em vendavais
Além seguindo imerso,
Nas ânsias do universo
Tentando o que jamais
Vagasse em siderais
Caminhos, já disperso;
O prazo se transcorre
E nisto o quanto escorre
Não deixa demarcada
A sorte sem proveito
O tempo onde deleito
A noite feita em nada.

10

Respaldos que procuro
Nos ermos da esperança
Enquanto a vida avança
O céu se faz escuro,
E tanto me asseguro
Na ponta desta lança
E quanto mais descansa
A vida encontra o muro,
E salta sobre o nada
A senda desenhada
Expressaria a dor,
Não posso e não tivera
A luta em que a quimera
Transcende ao quanto for.
1

Ainda quando vejo
O mundo sem sentido
E nisto é consumido
O manto de um desejo
E sei enquanto almejo
O corte em presumido
Cenário onde doído
Meu mundo vive em pejo.
Sertões e noites vãs
Buscando nas manhãs
Os ritos mais sutis,
Depois do que se faça
A luta diz trapaça,
Mas sou bem mais feliz.

2

Airosa noite em paz
E nela se entranhando
O mundo desde quando
Amar fora capaz,
E sei do quanto traz
A vida nos guiando
E sempre desenhando
Um mundo mais tenaz,
Não quero na verdade
Leda frugalidade
Nem mesmo outro veneno,
Restando qualquer sorte
O quanto nos conforte
Traduz dia sereno.

3

Ousando acreditar
Nos tempos mais diversos
E neles os meus versos
Pudessem desenhar
Vontade de chegar
Além dos universos
E ter sem tons perversos
Um canto a se moldar.
Restauro cada peça
Da vida que tropeça
E traça outro cenário,
Ascendo ao quanto queira
E sei da vida inteira
Num passo solidário.

4

Quisera qualquer luz
Embora a vida marque
E traça a cada embarque
O quanto não supus,
Vivendo em contraluz
O dia onde demarque
Meu canto quando abarque
Bem mais do conduz.
O verso sem proveito
O tanto que me aceito
E vejo um passo além
Do mundo que se tenta
Vestir nova tormenta
E ter o quanto vem.

5

Nadando contra as ondas
Diversas tempestades,
E quanto mais agrades
Deveras já te escondas,
Às mortes correspondas
E tanto em lealdades
Mesmo nas crueldades
Os dias vãos; respondas.
Adentrando infinito
Enquanto em paz meu rito
Pudesse desenhar,
Apresentar saída
Marcando a minha vida
Distante, ledo mar.

6

Nas sendas mais perdidas
Envoltas por florestas
Enquanto; os sonhos; gestas
As noites sem saídas
As tramas resumidas
Adentram velhas frestas
E sei das mais infestas
Certezas consumidas,
Aprendo com meu canto
O quanto se fez nosso,
E tanto que inda posso
Viver além e espanto
Dos olhos a tristeza
E singro a correnteza.

7

Vestindo a minha luta
Envolto no que entendo
Apenas num remendo
Aonde a paz reluta
E sendo a vida bruta
Não posso e nem estendo
Um tempo se perdendo
Na sorte mais astuta.
Restauro cada engano
E quanto mais me dano
Mereço nova chance?
Apresentando o cais
Espreito em vendavais
O barco além se lance.

8


Lutando contra a sorte
Diversa e mesmo rude,
O tanto que inda pude
Jamais mude e conforte,
O tempo sem suporte,
A velha juventude
Perdi minha saúde
A cada novo corte,
Respiro e mal consigo
Vencer qualquer perigo
Ou ter ao menos luz,
E sei do quanto trago
Marcando em ledo estrago
Em medo tédio e pus.

9


Esperança se faz
Nos olhos de quem ama,
Tentando em nova chama
Um dia mais audaz,
O passo contumaz
A sorte não reclama
E mesmo quando há drama
No fim já vejo a paz,
Beijando a tua pele
Ao quanto me compele
Vontade sem temor,
E seja como for,
Navego em firme sonho
No amor que ora componho.

10

Apresentando enfim
O quanto resta em nós
Depois do medo atroz
A vida traz em mim
Vagando sem ter fim
Num verso onde esta voz
Pousasse logo após
O tempo tão ruim.
Negando o que viria
Trazendo em harmonia
O mundo mais sutil,
Ainda quando veja
A senda se deseja
Vivendo o que se viu.
1

Afirmas e prossegues contra os ermos
De um tempo sem sentir qualquer temor,
E quanto mais disperso o mundo for,
Decerto noutro instante os mesmos termos,
E quando prenuncias o “não termos”
O corte na raiz, a imensa dor,
Os erros do que fora um refletor
Impede no futuro o bem de sermos.
Cadenciando a vida de tal forma
Que tanto quanto possa nos informa
A senda mais audaz ou menos rude.
E resolutamente sigo em frente,
Sem nada que decerto se apresente
Vivendo muito mais do que já pude.

2

Agora que esta vida se perdesse
Do tanto quanto quis e não viera,
Marcando com terror esta insincera
Verdade quando o mundo em dor tecesse,
Sem nada que pudesse e amortecesse
A queda se prepara e desespera
Quem vive com angústia cada espera
E mesmo outro momento merecesse.
Jamais pudesse crer no que não trazes
E sei das minhas lutas tão tenazes
Vencidas, derrotadas; tanto faz.
O prazo determina o fim do jogo
E quanto mais encontro em fúria e fogo
O mundo se anuncia mais audaz.

3

Agilizas teu passo contra a fúria
E saibas do que pude ou mais tentara
Vestindo a sorte atroz audaz e rara,
Ainda se anuncia em tal penúria,
A vida noutro passo traz a incúria
E o medo desenhando em tal seara
A sorte que deveras se escancara
Vencendo o quanto houvera numa injúria.
Restando este momento em dor e tédio,
A lenta decisão já sem remédio,
Remendos de outros erros; sigo em frente,
E tanto quanto pude desenhar
Tentando pelo menos um lugar
Aonde o meu caminho se apresente.


4

Agrados entre medos e tempestas
As ondas destes mares mais audazes
E quanto desta sorte satisfazes
Nos dias mais doridos, quando empestas
Palavras entre quedas são infestas
E os mesmos delirares que inda trazes
Vagando sem saber dos mais vorazes
Anseios penetrando em rudes frestas.
Acordo e não consigo mais um tempo
Vencido pelo engano em contratempo,
Avisto o que pudesse em terra firme,
Mas quando a solidão molda o caminho,
Aonde se pensara e não me aninho
Sequer o sentimento em paz confirme.

5

Agradecendo enquanto
A vida se fez boa,
A sorte inda ressoa
E traz um doce canto,
Vagando em teu encanto
O mar, nossa canoa.
O pensamento voa
E nele me agiganto.
Pedindo novamente
O quanto já se tente
Atento coração,
Aprendo a cada dia
Ousar no que queria
Vivendo esta emoção.

6

Agilidade traz
O tempo mais exato
E quanto assim constato
A vida busca a paz
E sendo até capaz
De ter neste regato
O mundo que retrato
Imensa sorte audaz,
Navego sem temer
O quanto hei de viver
Em dor ou mesmo tédio,
E tendo esta certeza
Da vida sobre a mesa,
Amor vira remédio.

7

Agouros ditam regras
E sei do quanto é rude
O mundo que me ilude
E nele desintegras,
As sortes quando entregas
Os passos onde pude
Viver em atitude
Somente tais refregas.
Capacitando o sonho
Aonde o que proponho
Exponho e quero além,
Meu mundo se anuncia
Em tanta fantasia
E nisto o que já vem...

8

Agraciando o canto
Envolto em tom suave
Aonde o que se trave
Presume novo encanto
Resumos deste tanto
Enquanto sei da chave
Que busque sem entrave
O mundo sem quebranto,
E bebo desta luz
Que enquanto me conduz
Traduz a liberdade,
Vestígios de um tormento,
Deveras não mais tento
Nem quando a dor me invade.

9


Agarro qualquer chance
E vejo o que restasse
Da vida em rude face
Aonde sempre avance
Marcando o quanto alcance
Do prazo em desenlace,
Depois do mesmo impasse
Apenas um nuance,
Respiro a mansidão
De quem se fez então
Diversa em fantasia
Sutil felicidade
É tudo quanto invade
E tanto se queria.

10

Agraciando o sonho
Com toda esta certeza
E pondo sobre a mesa
O amor que te proponho,
Vagando sem medonho
Cenário onde a vileza
Pudesse sem nobreza
Trazer um ar tristonho,
Coleto do meu mundo
O tempo onde aprofundo
O rumo sem litígios
E tanto quanto quero
Viver o mais sincero
Sem medo e nem vestígios.
Aéreo e sem saber do quanto, a vida,
Pudesse nos trazer felicidade,
O Amor quando se molda em liberdade
Permite que se veja uma saída
Aonde tantas vezes dolorida
Fortuna num momento se degrade
E vença com carinhos, tempestade
Que apenas sem defesas, nos agrida;
Vencer os dissabores e tentar
Tocado pela essência de um luar
Vagando o pensamento por aí,
Depois de tantos erros cometidos,
Os dias se renascem mais floridos
Buscando este perfume que há em ti.

2

Aéticos anseios quando eu tento
Viver cada segundo como outrora,
Porém o que me toca e me devora
Expressa o dia a dia violento,
E quando do jamais eu me alimento,
Sem ter o quanto possa e não ancora
O corte se anuncia e sem demora,
Entrego o coração ao forte vento.
Presumo o que se visse em tal anseio,
Vestindo com ternura o quanto creio
Pousando nos teus braços mais gentis.
E os erros cometidos no passado,
O verso noutro rumo desenhado,
Corcel galopa além do que eu já quis.

3

Aeroplanos quando poderia
Tentar meus pés no chão e prosseguir
Sabendo das angústias do porvir
O pouso noutro sonho em fantasia,
Vestindo a mais diversa alegoria,
O tempo noutro encanto a resumir
O medo de tentar e, sem partir,
Apenas resta a sorte morna ou fria.
Mas pude por instantes noutras eras
Ousar no quanto trazes e temperas
Com toda esta delícia: teu encanto,
E sem temer sequer o que inda reste,
O manto sobre nós azul celeste
Expressa o que em delírios eu garanto.

4

Aeroportos trazem a certeza
De um mais suave pouso e decolagem
E quando se vencesse uma barragem
A vida não teria mais surpresa
E sendo do que possa em correnteza
Vagando sem temer qualquer paragem,
Assumo com ternura tal visagem
Bebendo da esperança com leveza.
E nada mais se vendo ou se esboçando
Enquanto o que pudera traz o brando
Cenário muitas vezes mais audaz,
O rumo em tom diverso se anuncia
E bebo com ternura a poesia
Que a liberdade alhures já me traz.

5

Afora o que pudesse em noite clara
Traslado o pensamento aonde eu tente
Vencer o mesmo caos impertinente
Enquanto a morte além já se prepara,
Esqueço os descaminhos da seara
E vendo este cenário onde se alente
A vida tão completa e mansamente
Gerando o quanto quero em sorte rara.
A luta não descansa e porfiando,
Meu mundo noutro tanto se entranhando
Vagando por diversa fantasia.
Marcado pelas mãos de um tempo rude,
Vivendo o quanto tente e mesmo pude
Meu mundo noutro instante adentraria.

6

Afetuosamente quis a sorte
De ter quem poderia estar comigo,
E quando em temporais hoje eu prossigo
Sem ter sequer quem mesmo trace aporte
Pousando o coração em novo norte,
Sabendo a cada instante outro perigo,
O mar que se mostrara um manso abrigo
Revolto toma a vida e traça o corte.
Nadar contra as vertentes mais doídas
E ter em minhas mãos desprevenidas
Vontades sem saber do que se possa,
Vestindo com palavras mais sutis
O quanto poderia e já não fiz,
A luta sem descanso é mesmo nossa.

7

Afiro com meus passos o que resta
Depois de toda queda costumeira
E muito mais do quanto inda se queira
A sorte não presume além da fresta,
E sendo na verdade tão funesta
A vida sem saber onde se esgueira
Negando cada passo em derradeira
Menção ao quanto rude a luta gesta.
Partindo para o nada e mesmo assim,
Vagando sem destino busco em mim
O tanto que jamais eu conseguira.
Nas tramas mais sutis de uma ilusão,
As cordas dissonantes, coração,
O quanto me restasse diz mentira.

8

Afrescos em mosaicos nas igrejas
E nada mais se vendo em meu passado,
O tempo noutro tempo enveredado
E nele cada anseio ora não vejas
Espalho pelos sonhos quanto sejas
Diversa do que trago embolorado
E tramo meu caminho noutro fado,
Embora se prevejam tais pelejas.
Restando muito ou pouco, nada importa,
Arromba-se decerto qualquer porta
E o marco se anuncia em cada altar.
Aprendo com meus erros e delírios,
Vivendo sem temor tantos martírios
Aonde desejara descansar.

9

Afãs diversos quando a vida traz
Após a noite escura qualquer brilho
E quando no vazio que palmilho
Meu passo se mostrasse mais audaz,
O verso deixa o canto para trás
E o mar onde deveras me polvilho
Traçando o meu destino de andarilho
Apenas o novel me satisfaz.
Rumasse contra as ondas e procelas
E tanto quanto queira me revelas
As sendas mais diversas que entranhasse,
O tanto se presume noutro engodo,
E quantas vezes piso em lama e lodo
Pensando num futuro desenlace.

10

Afino o coração e tento após
As tantas desventuras vida afora,
A sorte noutro rumo me devora
Deixando o meu caminho já sem voz,
O preço a se pagar, demais atroz,
A marca da verdade desancora
E gera o que pudesse sem ter hora
Sequer de conseguir atar os nós,
Apresentando apenas o que tenha
No olhar quando a verdade não mais venha
Ou trague tão somente uma ilusão,
Meu barco contra a força das marés
Nos pés atando sempre as vis galés
E o barco sem o leme e sem timão.
Adormecendo em paz
Depois de tantos anos
Envolto em desenganos
Ou quanto mais se faz
A vida não me traz
Além dos velhos danos
E teima em rotos panos
Num ato mais fugaz.
Recende ao que já fomos
E tudo quanto somos
Não somam, dividindo.
O prazo determina
A sorte em leda sina,
Um tempo agora findo.

2


Adivinhando o passo
Enquanto nada houvera
A velha e louca fera
Agora já desfaço,
E sigo em cada traço
O mundo da quimera
Que tanto desespera
E molda o sonho escasso.
Ao menos poderia
Depois de uma agonia
Viver tranquilamente,
Mas quando a vida entorna
Sem ter a fonte morna,
O frio atroz se sente.

3

Admitindo este engano
Apresentando o fim,
O quanto existe em mim
Promove o velho dano,
E a cada turvo plano
Sentisse sempre assim
O mundo em tal motim
No passo em desengano.
Repare cada estrela
E quando for contê-la
Presuma a liberdade,
Mas quanto mais distante,
Diversa do que encante,
Apenas claridade.

4

Adentrando o passado
Voltando a ser quem era,
A luta não me espera
E traça noutro lado,
O rústico pecado
Ou mesmo a velha esfera
Gerando esta insincera
Vontade que degrado,
Não tive e não teria
Sequer um só momento
Em clara fantasia
E mesmo assim eu tento
Depois de tanto medo
O amor que não concedo.

5

Adágios ditam rumo
Da vida que não traça
Além da leda praça
A sorte aonde aprumo,
E bebo inteiro o sumo,
Vertendo na fumaça
O quanto o tempo embaça
E gera atroz resumo.
Negar qualquer paragem
Moldar em tal miragem
Viagens dentro em nós,
Assim nada teria
Sequer a fantasia
Em tola ou forte voz.

6

Adagas que nas mãos
Trouxeste na tocaia,
As sortes onde traia
A luta em tantos nãos
Os dias sempre vãos
Os olhos noutra praia,
A vida que se esvaia
Desterros dos cristãos,
Capacitando o passo
Aonde o quanto eu quis
Deveras já não faço
Ou mesmo poderia
Traçar outro feliz
Caminho em novo dia.

7

Adestro com meu sonho
Este caminho rude,
E quanto mais eu pude
Viver além medonho
Anseio que componho
Envolto em magnitude
Diversa da que ilude,
Num ato atroz, bisonho.
Respaldos procurando
E sei quanto é nefando
O verso sem proveito,
Depois do que perdesse
A vida não tecesse
Além do quanto aceito.

8

Adendos entre medos
E tramas sem igual,
O passo magistral
Envolto nos segredos,
E dias mesmo ledos,
A vida traz a nau,
Naufraga e num venal
Anseio crava os dedos.
Resumos de outras cenas
E quando me serenas
Acentuando o passo,
Depois de tantos anos
Diversos desenganos
Marcando o descompasso.

9

Admirando o que possa
Trazer em liberdade
A luz que nos invade
E sei somente nossa,
O sonho que alvoroça
A porta em claridade.
Real felicidade?
Também pudera em troça;
Não tendo outra certeza
A sorte sobre a mesa
E o vento não sossega,
A vida que eu queria
A luta em agonia,
A sorte amarga e cega.

10

Adornos da esperança
Os versos que me trazes
Em dias mais audazes
Enquanto a vida avança
Gerando a temperança
E dela noutras fases
Os ermos quando fazes
Com tempo esta aliança.
Jogado pelo canto,
O tempo onde o garanto
Não traz qualquer certeza,
Somente o que se tenta
Vencendo esta tormenta
Pegando de surpresa.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Acalentando o sonho
Enquanto o tempo traz
A força mais fugaz
E nada além proponho,
Vestindo este risonho
Caminho deixa atrás
As mágoas e se faz
Bem mais do que componho.
Restando de minha alma
O tanto que sem calma
Explode em dor e medo,
Um gêiser se anuncia
Aonde a noite fria
Trouxera outro degredo.

2


Acrescentando o passo
Aonde se fez tanto
Meu mundo e não garanto
Sequer o quanto traço,
O verso sem espaço
E nisto o meu espanto
Deveras agiganto
Num dia mais escasso,
Expresso com o senso
O todo que ora penso
E vago além do lume,
Ainda que se preze
A sorte segue, em tese,
O tempo onde se aprume.

3

Acendo ao que jamais
Pudesse mesmo crer
E sem o meu querer
A vida mata mais
E quebra estes cristais
No raro amanhecer
Galgando o que eu quis ser
Além destes astrais,
Arredondando o fato
Enquanto o que constato
Jamais se fez além
Do muito quanto pude
E sei da magnitude
Diversa que inda vem.

4

Acrescentando ao verso
Apenas movimento
O tempo enquanto tento
Sentido ora diverso,
E nada desconverso
Tampouco o desalento
Embora o sofrimento
Explode onde o disperso.
Ramais de novos erros
E neles os desterros
Traduzem o que outrora
Sentado num sofá
Enquanto o que virá
Deveras nos devora.

5

Acentuadamente
A vida não permite
Além deste limite
Enquanto o tempo mente.
E nada se apresente
Ou mesmo necessite
O tanto onde se fite
Não traz qualquer presente.
Renunciando ao canto
Em nada me garanto
E volto ao mesmo caos,
Risível madrugada
Na sorte deflagrada
Em dias duros, maus.

6

Acreditar no passo
Em tom sutil e breve
Aponte aonde leve
O mundo enquanto o traço,
Vagando em descompasso
Aonde o que se atreve
Resiste mesmo à neve
E trama novo espaço.
Apressando o que reste
Depois em tom celeste
Empreste esta certeza
Vestígios de uma luta
Aonde o que se escuta
Transborda em tal beleza.

7

Acolho no meu peito
Amores que já não
Traduzem dimensão
Diversa do que aceito,
Restando o mesmo pleito
E nele a direção
Moldada em união
Expressa o meu direito.
Reparo cada engano
E quando enfim me dano.
Apenas represento
O sórdido cenário
Embora necessário
Em volta de um tormento.

8


Acolhedora face
De quem se fez além
Do quanto a vida tem
E nada mais se trace
Senão enquanto abrace
Meu rumo sem desdém
E sei do quanto vem
Após o desenlace.
Restando dentro em mim
O tanto aonde eu vim
Viver sem mais temor,
Apresentando a sorte
Que tanto me conforte
Tramando um raro amor.

9

Acelerando a vida
Deveras sem sossego
Ainda em raro apego
A luta consumida,
E traz a decidida
Lembrança de um chamego.
Vagando qual morcego
Em cega noite urdida.
Gerara após o tombo
A vida quando arrombo
Os cofres da ilusão
E sei que sem a senha
A sorte não contenha
Sequer algum verão.

10

Acampo nos teus braços
E vejo o quanto pude
Viver em plenitude
Os dias, mesmo lassos,
Depois dos tantos traços
A minha juventude
Enquanto desilude
Esquece os meus cansaços,
Restaura com firmeza
A vida em tal certeza
Sem nada mais detendo,
O medo se aproxima
De quem em rara estima
Transcende ao vil remendo.
Abrindo este caminho
Imerso na esperança
E quanto mais avança
O tempo eu amesquinho
E bebo o teu carinho
Aponto a velha lança
E perco a confiança
Aonde não me alinho;
Vestindo a fantasia
Do quanto poderia
E nunca mais se fez,
Meu canto sem presença
De quem tanto convença
Em plena insensatez.


2

Absintos entre sonhos
Diversos e inebrio
Meu verso em desvario
Em dias mais risonhos,
Não fossem enfadonhos
Os ermos onde crio
O vento onde procrio
Meus olhos mais tristonhos.
Gerando o que se quer
A vida sem qualquer
Alento ou pelo menos
Um dia mais suave
Sem nada que me entrave
Nem mesmo os teus venenos.

3

Absorto nos meus versos
Não pude perceber
Ausência de um querer
Em dias mais perversos,
Cevando estes dispersos
Cenários; pude ver
O sol se esmorecer
Seus raios tão submersos.
Aprendo, mas resisto
E sei que sempre nisto
Consiste a vida após
O quanto se moldara
Regendo a noite clara
E nela a nossa voz.

4

Abafas com teu senso
O estúpido insensato
Cenário onde retrato
O corte audaz e denso,
E quando em ti já penso
Depois do mesmo fato
Aonde não constato
Senão tal mundo: tenso.
Apresentando enfim
A lua em meu jardim
Desnuda e sempre bela
O tanto que se quis
Pudesse ser feliz
No sonho além da cela.

5

Abrandas com teu verso
O tanto que sofri
E sei o quanto aqui
Expressa este disperso
Caminho aonde eu verso
E vivo só por ti
No louco frenesi
Enquanto sigo imerso,
Não pude e não tivesse
Ainda o que merece
Meu passo em tom atroz,
E vivendo à mercê
Do quanto não se crê
Refaço a minha foz.

6

Abalos tão constantes
Diversas tempestades
E quando mais degrades
A vida ora agigantes,
E quanto me garantes
Das tantas liberdades
Ousando em claridades
E nelas nada espantes;
Estantes dentro da alma
A sorte não acalma.
Mas sempre anestesia
O verso sem sanar
O corte a se mostrar
Aonde nada havia.

7

Absurdamente eu vejo
O mundo desabando
O tempo outrora brando
Agora em vão desejo
E sendo malfazejo
O corte desde quando
O passo nos guiando
Transcende ao que prevejo.
Mortalha que se tece
Negando qualquer prece
Ou messe que se tente,
O marco mais feroz
Deixando logo após
A morte impertinente.

8

Abarcas com teu sonho
O todo que não veio
E sei cada receio
Enquanto decomponho
Meu prazo mais bisonho
O tempo em devaneio
E sigo qualquer meio
Em vão atroz me enfronho;
Restando da esperança
O quanto não alcança
O manto mais sutil,
O mundo se apresenta
Na força da tormenta
E nega o que se viu.

9

Abandonado à sorte
Que sempre é prepotente
Embora se fomente
O que pensei, conforte,
A luta sem um norte
O verso impertinente
O canto onde se sente
O mundo sem aporte,
Nadando contra a imensa
E dura correnteza
Enquanto sendo presa
O verso não compensa
Nem mesmo outro adereço
Bem mais do que eu mereço.

10

Abertas tais estradas
Ainda que se creia
Na luta em rude ceia
E nela as degradadas
Vontades, tantos nadas
Marcando em noite alheia
A lua que eu quis cheia
Minguando desoladas.
Restando do meu passo
O quanto não mais traço
E nem sequer consumo,
O tempo sem proveito
O verso quando aceito
Expressa um vão resumo.