PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 14 de abril de 2018
RARO ASTRO
Qual fora perseguindo este raro astro
Depois de tempestades no horizonte
Sem sol que ainda veja e não desponte
O barco não tem leme e perde o mastro,
Afundo enquanto em dores eu me alastro,
Mergulho no abissal buscando a ponte
Que um dia poderia ser a fonte
Não vendo do futuro sequer rastro.
Rastejo sobre pedras, réptil vago
E a morte com prazer ainda afago
Beijando a sua boca em podridão,
E o medo não produz qualquer mudança
A faca no pescoço adentra e avança
Com fúria numa exata direção.
MARCOS LOURES
ESTRELA FRIA
Aonde se escondeu a estrela fria
Que tanto se fez falsa em noite escura,
O quanto me perdi em tal procura
Minha alma sem remédio se esvazia
E o bêbado funâmbulo traria
A queda sobre a pedra turva e dura
Sinal do quanto valho e em tal loucura
Somente me restando a ventania.
Abrindo as escotilhas inda vejo
Naufrágio de um estúpido desejo
Amanhecendo em vão, tosca quimera,
E o passo sem sentido ou direção
Dizendo quanto a vida fora em vão
Não tendo uma emoção sequer que espera...
MARCOS LOURES
Que tanto se fez falsa em noite escura,
O quanto me perdi em tal procura
Minha alma sem remédio se esvazia
E o bêbado funâmbulo traria
A queda sobre a pedra turva e dura
Sinal do quanto valho e em tal loucura
Somente me restando a ventania.
Abrindo as escotilhas inda vejo
Naufrágio de um estúpido desejo
Amanhecendo em vão, tosca quimera,
E o passo sem sentido ou direção
Dizendo quanto a vida fora em vão
Não tendo uma emoção sequer que espera...
MARCOS LOURES
QUEM DERA...
Quem dera se esta lua protegesse
Amantes que se buscam noite afora,
Apenas tão somente nos decora
É como se um divino ser tecesse
Em prata maviosa fantasia
E dela inspiração para se amar,
Mas quando se escondendo este luar
Escuridão tomando a cercania
Ausência de seus brilhos, lua amada
Trazendo tanta dor a quem sonhara,
A noite que já fora bela e clara,
Agora totalmente transformada,
Que faço se este brilho raro e bom,
Ofusca-se nas noites em neon?
MARCOS LOURES
Amantes que se buscam noite afora,
Apenas tão somente nos decora
É como se um divino ser tecesse
Em prata maviosa fantasia
E dela inspiração para se amar,
Mas quando se escondendo este luar
Escuridão tomando a cercania
Ausência de seus brilhos, lua amada
Trazendo tanta dor a quem sonhara,
A noite que já fora bela e clara,
Agora totalmente transformada,
Que faço se este brilho raro e bom,
Ofusca-se nas noites em neon?
MARCOS LOURES
CARA AMIGA
Às vezes te procuro, cara amiga
E vejo que talvez fosse melhor
Ficar com prejuízo bem maior,
Pois logo recomeças com tal briga,
E assim o que fazer? Manter a calma...
Somente e nada mais, seguir em frente.
Sem ter sequer alguém que te apascente
Nem mesmo algum carinho inda te acalma.
Melhor sofrer calado, isso eu garanto,
A gente não combina mesmo não,
Armando este barraco em profusão,
Prefiro segurar a dor e o pranto,
No mais, tá tudo bem, e aí contigo?
- Verdade? Nem a pau, querida eu digo...
MARCOS LOURES
E vejo que talvez fosse melhor
Ficar com prejuízo bem maior,
Pois logo recomeças com tal briga,
E assim o que fazer? Manter a calma...
Somente e nada mais, seguir em frente.
Sem ter sequer alguém que te apascente
Nem mesmo algum carinho inda te acalma.
Melhor sofrer calado, isso eu garanto,
A gente não combina mesmo não,
Armando este barraco em profusão,
Prefiro segurar a dor e o pranto,
No mais, tá tudo bem, e aí contigo?
- Verdade? Nem a pau, querida eu digo...
MARCOS LOURES
TU ÉS MINHA
O amor nos apresenta multiforme
Às vezes nos faz bem ou nos faz mal,
Caminho com certeza desigual
Pois enquanto acordado, ela bem dorme,
E quando noutra senda se transforme,
Baixando o santo, é briga na geral,
É canivete, foice até punhal,
Na cicatriz que tenho tão enorme.
Assim vamos levando nossa vida,
Às vezes muito bem, outras nem tanto,
Um curativo sana uma ferida
Depois recomeçamos ladainha,
Verdade se contém nisto que canto,
Só sei que sou só teu e tu és minha...
MARCOS LOURES
Às vezes nos faz bem ou nos faz mal,
Caminho com certeza desigual
Pois enquanto acordado, ela bem dorme,
E quando noutra senda se transforme,
Baixando o santo, é briga na geral,
É canivete, foice até punhal,
Na cicatriz que tenho tão enorme.
Assim vamos levando nossa vida,
Às vezes muito bem, outras nem tanto,
Um curativo sana uma ferida
Depois recomeçamos ladainha,
Verdade se contém nisto que canto,
Só sei que sou só teu e tu és minha...
MARCOS LOURES
MULA EMPACADA
Não quero ser bonzinho nem panaca
O tempo me ensinou a ter defesas,
Preparo a cada dia fortalezas
Senão a minha mula já se empaca.
Ficar com esta cara de imbecil?
A bunda já não vai ficar exposta
Tem gente que em verdade disto gosta,
Eu mando para a puta que pariu.
Vestindo de palhaço ou de bufão,
Cansado de levar tanta porrada,
Na vida agora só dando pernada,
Se bobear eu tasco um bofetão,
Mas levo de gaiato o meu viver,
No fundo o que eu desejo é ter prazer...
MARCOS LOURES
O tempo me ensinou a ter defesas,
Preparo a cada dia fortalezas
Senão a minha mula já se empaca.
Ficar com esta cara de imbecil?
A bunda já não vai ficar exposta
Tem gente que em verdade disto gosta,
Eu mando para a puta que pariu.
Vestindo de palhaço ou de bufão,
Cansado de levar tanta porrada,
Na vida agora só dando pernada,
Se bobear eu tasco um bofetão,
Mas levo de gaiato o meu viver,
No fundo o que eu desejo é ter prazer...
MARCOS LOURES
SAUDADE
Saudade dita normas complicadas
É como o renascer de algum defunto,
Falando sempre assim do mesmo assunto
Caminho se perfaz nestas estradas
Há tanto conhecidas no passado.
Beber no mesmo copo esta aguardente
Por mais que ainda queira só se sente
O gosto do retrato amarelado.
Lembranças do que foi? Não, minha amiga,
Retrovisor traduz em capotagem
E quando se prepara outra viagem
Esqueça, por favor daquela antiga.
Saudade, se inda tenho por aqui,
Somente do que outrora não vivi...
MARCOS LOURES
É como o renascer de algum defunto,
Falando sempre assim do mesmo assunto
Caminho se perfaz nestas estradas
Há tanto conhecidas no passado.
Beber no mesmo copo esta aguardente
Por mais que ainda queira só se sente
O gosto do retrato amarelado.
Lembranças do que foi? Não, minha amiga,
Retrovisor traduz em capotagem
E quando se prepara outra viagem
Esqueça, por favor daquela antiga.
Saudade, se inda tenho por aqui,
Somente do que outrora não vivi...
MARCOS LOURES
SEM PARAGEM
Aonde se queria a primavera
O tempo não deixando restar nada,
Outono se transborda e na alvorada
Somente o frio imenso nos tempera,
Assim a vida traz tão longa espera
E nela o que se vê sonega a estada
Que um dia imaginei delineada
Em sonhos; mas a história degenera
E o quanto se queria em nova luz
Inverno desdenhoso reproduz
E assim vamos seguindo sem paragem.
Viver cada momento intensamente
Sabendo que o futuro não se sente,
Aproveitando assim a mansa aragem...
MARCOS LOURES
O tempo não deixando restar nada,
Outono se transborda e na alvorada
Somente o frio imenso nos tempera,
Assim a vida traz tão longa espera
E nela o que se vê sonega a estada
Que um dia imaginei delineada
Em sonhos; mas a história degenera
E o quanto se queria em nova luz
Inverno desdenhoso reproduz
E assim vamos seguindo sem paragem.
Viver cada momento intensamente
Sabendo que o futuro não se sente,
Aproveitando assim a mansa aragem...
MARCOS LOURES
ORDEM E PROGRESSO
Imensa putaria no Congresso
A vaca da mulher tá na playboy
Assim a dignidade se corrói
E ainda vem falar “ordem/progresso”
Verdade quando dita sempre dói
E quando estou calado, eu me tropeço
Fazendo da emoção erro confesso
Quem tanto construiu tudo destrói.
Buceta faz sucesso na internet
A porra da poesia se intromete
Matando o que restou de uma esperança;
Verdade seja dita, minha amiga,
A coisa desse jeito já periga,
Repito então aqui: VIVA A FUDELANÇA!
MARCOS LOURES
A vaca da mulher tá na playboy
Assim a dignidade se corrói
E ainda vem falar “ordem/progresso”
Verdade quando dita sempre dói
E quando estou calado, eu me tropeço
Fazendo da emoção erro confesso
Quem tanto construiu tudo destrói.
Buceta faz sucesso na internet
A porra da poesia se intromete
Matando o que restou de uma esperança;
Verdade seja dita, minha amiga,
A coisa desse jeito já periga,
Repito então aqui: VIVA A FUDELANÇA!
MARCOS LOURES
PASPALHO
Depois de muitos anos, garanhão
Agora ficou brocha. O que fazer?
Nem mesmo uma punheta dá prazer,
Cansado de ficar sempre na mão
Tá mole, mas tá duro pra caralho,
Sem grana não consegue um aditivo,
No dedo, todo dia um curativo,
A língua já deu câimbra. Que paspalho!
Vizinha peladinha na janela,
Mulher vive roncando a desgraçada,
Calmante toda noite? Uma furada.
Comendo a gostosona só na tela.
Diante de uma dor assim profunda
Vai acabar é dando a sua bunda...
MARCOS LOURES
Agora ficou brocha. O que fazer?
Nem mesmo uma punheta dá prazer,
Cansado de ficar sempre na mão
Tá mole, mas tá duro pra caralho,
Sem grana não consegue um aditivo,
No dedo, todo dia um curativo,
A língua já deu câimbra. Que paspalho!
Vizinha peladinha na janela,
Mulher vive roncando a desgraçada,
Calmante toda noite? Uma furada.
Comendo a gostosona só na tela.
Diante de uma dor assim profunda
Vai acabar é dando a sua bunda...
MARCOS LOURES
O FIM
Não deixo de pensar em putaria,
A gente faz das nossas vida afora,
Velhice vem trazendo sem demora
O fim da minha história. Quem diria...
Depois de ser na vida acostumado
A dar de vez em quando uma trepada,
Agora vou tentar, amigo e nada,
Não tenho vocação para veado.
Pensando nos meus tempos, áureos tempos...
Eu vejo que fui bom na sacanagem,
Ficando só mirando esta paisagem
Não suportando assim tais passatempos.
Pior é que a verdade sempre arrocha,
Depois de tanto tempo. Fiquei broxa...
MARCOS LOURES
A gente faz das nossas vida afora,
Velhice vem trazendo sem demora
O fim da minha história. Quem diria...
Depois de ser na vida acostumado
A dar de vez em quando uma trepada,
Agora vou tentar, amigo e nada,
Não tenho vocação para veado.
Pensando nos meus tempos, áureos tempos...
Eu vejo que fui bom na sacanagem,
Ficando só mirando esta paisagem
Não suportando assim tais passatempos.
Pior é que a verdade sempre arrocha,
Depois de tanto tempo. Fiquei broxa...
MARCOS LOURES
AUTO-AJUDA
Mandando tudo à puta que pariu
Cansado desta vida de panaca
Aonde uma verdade não se empaca
O resto da maneira que se viu.
Levando vez por outra uma porrada,
Chamando de meu louro, um urubu,
Vontade de mandar tomar no cu,
E dar na minha vida uma guinada.
A porra do soneto me vicia,
Não faço mais sequer um pensamento,
Assim vou acabar sem um provento,
Fudendo com a merda: poesia.
Ó Pai, Senhor Vê logo se me acuda
Preciso aprender logo uma auto-ajuda...
MARCOS LOURES
Cansado desta vida de panaca
Aonde uma verdade não se empaca
O resto da maneira que se viu.
Levando vez por outra uma porrada,
Chamando de meu louro, um urubu,
Vontade de mandar tomar no cu,
E dar na minha vida uma guinada.
A porra do soneto me vicia,
Não faço mais sequer um pensamento,
Assim vou acabar sem um provento,
Fudendo com a merda: poesia.
Ó Pai, Senhor Vê logo se me acuda
Preciso aprender logo uma auto-ajuda...
MARCOS LOURES
MUITA FANTASIA
Que a putaria enfim seja bem vinda
E trague a todos muita fantasia,
Assim invés de reza, numa orgia,
Beleza sem igual já se deslinda
Calcinha aparecendo da mocinha
Fazendo um reboliço do caralho,
Tentando poesia me atrapalho,
Escrevo sem a métrica e convinha
Buscar um tratamento ou me virar
Cansado de pensar em sacanagem,
Falar de amor, agora, uma bobagem,
É coisa de boiola e não vai dar
Olhando prum espelho em auto-crítica,
Melhor outro caminho: o da política...
MARCOS LOURES
E trague a todos muita fantasia,
Assim invés de reza, numa orgia,
Beleza sem igual já se deslinda
Calcinha aparecendo da mocinha
Fazendo um reboliço do caralho,
Tentando poesia me atrapalho,
Escrevo sem a métrica e convinha
Buscar um tratamento ou me virar
Cansado de pensar em sacanagem,
Falar de amor, agora, uma bobagem,
É coisa de boiola e não vai dar
Olhando prum espelho em auto-crítica,
Melhor outro caminho: o da política...
MARCOS LOURES
O PÓ
Enquanto o besteirol assim se alastra
A merda do soneto vira pó,
Não vou ficar aqui pedindo dó
Verdade se repete e não se castra.
Melhor fazer textinho onde testículo
Apronta confusão e dá ou desce,
Ou então aprendendo reza ou prece
Decoro vez por outra algum versículo
Se falo não explico só complico
Ninguém quer entender porra nenhuma,
Se o mundo proutras bandas já se ruma,
Preciso e mais depressa ficar rico.
Cansado de escrever tanta besteira,
Da sorte só levando uma rasteira...
MARCOS LOURES
A merda do soneto vira pó,
Não vou ficar aqui pedindo dó
Verdade se repete e não se castra.
Melhor fazer textinho onde testículo
Apronta confusão e dá ou desce,
Ou então aprendendo reza ou prece
Decoro vez por outra algum versículo
Se falo não explico só complico
Ninguém quer entender porra nenhuma,
Se o mundo proutras bandas já se ruma,
Preciso e mais depressa ficar rico.
Cansado de escrever tanta besteira,
Da sorte só levando uma rasteira...
MARCOS LOURES
JÁ NÃO SUPORTO
Já não suporto mais tanto vacilo,
E se estou me fudendo, azar o meu,
Quem tanto na verdade se fudeu
Da fudelança agora faz estilo.
Na boca da madame uma piroca
Bagunça o seu coreto, faz a festa,
Abrindo vem em quando a sua fresta
Do garotão, a rola, a porra entoca
Depois vai fazer plástica na cara
Na bunda e no peitão só silicone,
O dia passa junto ao telefone
Falando pras amigas escancara.
Marido na poltrona está roncando
E a vaca com um touro só chifrando...
MARCOS LOURES
E se estou me fudendo, azar o meu,
Quem tanto na verdade se fudeu
Da fudelança agora faz estilo.
Na boca da madame uma piroca
Bagunça o seu coreto, faz a festa,
Abrindo vem em quando a sua fresta
Do garotão, a rola, a porra entoca
Depois vai fazer plástica na cara
Na bunda e no peitão só silicone,
O dia passa junto ao telefone
Falando pras amigas escancara.
Marido na poltrona está roncando
E a vaca com um touro só chifrando...
MARCOS LOURES
FLUOXETINA
Não vou ficar chorando esta miséria
Tô vivo, isso é que importa, companheiro,
Depois de ter morrido por inteiro
A coisa na verdade andando séria
Renasço sem um puto no meu bolso,
Nem mesmo trabalhar tranqüilo eu posso,
O mundo continua o mesmo troço
A casa sem retoque nem embolso,
Assumo os meus pecados, vou em frente
Fodido e bem mal pago, sim senhor.
Poeta já não tem nenhum valor,
Tomando fluoxetina estou contente.
Calmante? Se está caro pra chuchu,
Melhor então mandar tomar no CU!
MARCOS LOURES
Tô vivo, isso é que importa, companheiro,
Depois de ter morrido por inteiro
A coisa na verdade andando séria
Renasço sem um puto no meu bolso,
Nem mesmo trabalhar tranqüilo eu posso,
O mundo continua o mesmo troço
A casa sem retoque nem embolso,
Assumo os meus pecados, vou em frente
Fodido e bem mal pago, sim senhor.
Poeta já não tem nenhum valor,
Tomando fluoxetina estou contente.
Calmante? Se está caro pra chuchu,
Melhor então mandar tomar no CU!
MARCOS LOURES
CELIBATO?
Ao cutucar uma onça em vara curta
Mexendo com a tal moralidade
Tesão é coisa nobre e quando invade
Não dê qualquer vacilo e logo curta
Melhor do que ficar tocando bronha
Fingindo de santinha do pau oco
Brincando com pauzinho quer um toco
Dê tudo e não precisa ter vergonha.
O sexo tá na Bíblia é bem sagrado,
É coisa que alivia uma tensão,
De vez em quando solte um palavrão
Pra que bancar assim, bem educado?
Delícia sem igual: uma boceta,
O celibato é coisa do capeta!
MARCOS LOURES
Mexendo com a tal moralidade
Tesão é coisa nobre e quando invade
Não dê qualquer vacilo e logo curta
Melhor do que ficar tocando bronha
Fingindo de santinha do pau oco
Brincando com pauzinho quer um toco
Dê tudo e não precisa ter vergonha.
O sexo tá na Bíblia é bem sagrado,
É coisa que alivia uma tensão,
De vez em quando solte um palavrão
Pra que bancar assim, bem educado?
Delícia sem igual: uma boceta,
O celibato é coisa do capeta!
MARCOS LOURES
SAGRADO DIREITO
Sagrado este direito, não renego
E viva sem temor, não é pecado,
Olhando de soslaio bem safado,
Senão vou acaba ficando cego.
A bunda quando vai rebolativa
Bagunça o meu coreto, dô na pinta
A cara de safada é de faminta
Da rola a pílantrinha não se priva.
E assim bendita seja entre as mulheres
A mais gostosa musa do pedaço,
Tem gente que garante que é cabaço
Banquete para cem, dez mil talheres.
Pra cantada responde sempre não,
Assim vou acabar mesmo é na mão...
MARCOS LOURES
E viva sem temor, não é pecado,
Olhando de soslaio bem safado,
Senão vou acaba ficando cego.
A bunda quando vai rebolativa
Bagunça o meu coreto, dô na pinta
A cara de safada é de faminta
Da rola a pílantrinha não se priva.
E assim bendita seja entre as mulheres
A mais gostosa musa do pedaço,
Tem gente que garante que é cabaço
Banquete para cem, dez mil talheres.
Pra cantada responde sempre não,
Assim vou acabar mesmo é na mão...
MARCOS LOURES
CARNAVAL?
Não perco um carnaval, destes, cristãos,
Adoro tomar umas vez em quando
Deu confusão? Depressa vou sarrando
A mão vai passeando pelos vãos.
A moça faz carinha de coitada,
Mas gosta desta puta sacanagem,
A bunda arrebitada dá coragem,
Nas coxas de um babaca uma encoxada
E seja tudo em nome do Senhor,
A putaria toma toda a praça
É reza misturada com cachaça
E nisto o pessoal faz seu louvor.
Olhando lá pra cima logo avisto,
Pedindo ao Pai perdão de novo, Cristo...
MARCOS LOURES
Adoro tomar umas vez em quando
Deu confusão? Depressa vou sarrando
A mão vai passeando pelos vãos.
A moça faz carinha de coitada,
Mas gosta desta puta sacanagem,
A bunda arrebitada dá coragem,
Nas coxas de um babaca uma encoxada
E seja tudo em nome do Senhor,
A putaria toma toda a praça
É reza misturada com cachaça
E nisto o pessoal faz seu louvor.
Olhando lá pra cima logo avisto,
Pedindo ao Pai perdão de novo, Cristo...
MARCOS LOURES
PODRE PAI
Até o pobre Cristo é cafetão
Assim não dá mais pé, meu bom judeu,
O mundo de tal forma se perdeu
Maior do que o Senhor, grana e tesão.
O sexo é coisa boa, isso eu não nego,
Também que viva a festa e a bacanal,
Só não suporto mais cara de pau
Não vou ficar quietinho nem sou cego.
Em nome do MEU PAI, já vale tudo,
Aonde poderia ser altar
Agora transformado em lupanar,
Não vou ficar aqui bancando o mudo.
Só pensando em car..o, c., boceta.
Em nome do Senhor? NÃO. DO CAPETA.
MARCOS LOURES
Assim não dá mais pé, meu bom judeu,
O mundo de tal forma se perdeu
Maior do que o Senhor, grana e tesão.
O sexo é coisa boa, isso eu não nego,
Também que viva a festa e a bacanal,
Só não suporto mais cara de pau
Não vou ficar quietinho nem sou cego.
Em nome do MEU PAI, já vale tudo,
Aonde poderia ser altar
Agora transformado em lupanar,
Não vou ficar aqui bancando o mudo.
Só pensando em car..o, c., boceta.
Em nome do Senhor? NÃO. DO CAPETA.
MARCOS LOURES
EROTISMO? PORNOGRAFIA? TEMER É MAIS ESCANDALOSO...
Erotismo não é vulgaridade!
São coisas bem diversa disso eu sei
E não vou discutir censura ou lei
Por mais que esta falácia desagrade.
Apenas não me sinto constrangido
Em comer uma bela bocetinha,
Se preferir então, pererequinha
Sem ela o meu viver não tem sentido.
Perdoe, mas eu acho mais bonito
Do que falar em cópula, o trepar
Eu sei que isto parece mais vulgar,
De fraque, por favor, mudando o rito
É coisa que deveras não fascina,
Invés de uma xereca, uma vagina...
MARCOS LOURES
São coisas bem diversa disso eu sei
E não vou discutir censura ou lei
Por mais que esta falácia desagrade.
Apenas não me sinto constrangido
Em comer uma bela bocetinha,
Se preferir então, pererequinha
Sem ela o meu viver não tem sentido.
Perdoe, mas eu acho mais bonito
Do que falar em cópula, o trepar
Eu sei que isto parece mais vulgar,
De fraque, por favor, mudando o rito
É coisa que deveras não fascina,
Invés de uma xereca, uma vagina...
MARCOS LOURES
HEMORRAGIA
Não venha me falar do quanto existe
Do medo ainda vivo nos estúpidos
Momentos onde mesmo em toscos, cúpidos
Olhares se percebe ao fundo o triste.
Esquadros e compassos, réguas tês
E tanta engenharia não permite
Que o sonho ultrapassando algum limite
Diverso do que teimas e não vês,
Acuda esta versão aonde o nada
Transgride e traz no olhar terror e dolo,
E quando vez por outra em vão me imolo
A história há tanto tempo degradada
Esvai-se enquanto a vida se perdia
Na torpe sensação de hemorragia...
MARCOS LOURES
Do medo ainda vivo nos estúpidos
Momentos onde mesmo em toscos, cúpidos
Olhares se percebe ao fundo o triste.
Esquadros e compassos, réguas tês
E tanta engenharia não permite
Que o sonho ultrapassando algum limite
Diverso do que teimas e não vês,
Acuda esta versão aonde o nada
Transgride e traz no olhar terror e dolo,
E quando vez por outra em vão me imolo
A história há tanto tempo degradada
Esvai-se enquanto a vida se perdia
Na torpe sensação de hemorragia...
MARCOS LOURES
VENENO
Geraste tal veneno no teu ventre
Que nunca concebeste tanta dor.
Desculpas permitindo que se adentre,
O verme que cuspiu no teu amor...
Nas mortes que produz, peço concentre
Os olhos que não sugam mais calor...
A porta está fechada. Que não entre,
A cobra que pariste, e seu rancor!
Veneno que vomita tanto fere,
Os pântanos criados são vorazes...
Não deixe que este verme degenere
A vida que pensei sem aziúme!
O nojo que me tens, vem das mordazes
Lambidas desta peste: teu ciúme!
MARCOS LOURES
Que nunca concebeste tanta dor.
Desculpas permitindo que se adentre,
O verme que cuspiu no teu amor...
Nas mortes que produz, peço concentre
Os olhos que não sugam mais calor...
A porta está fechada. Que não entre,
A cobra que pariste, e seu rancor!
Veneno que vomita tanto fere,
Os pântanos criados são vorazes...
Não deixe que este verme degenere
A vida que pensei sem aziúme!
O nojo que me tens, vem das mordazes
Lambidas desta peste: teu ciúme!
MARCOS LOURES
FIAPOS
Por que choras? Imploras acaso ar?
Casaste com contratos com meus trapos...
Os partos que tiveste por matar.
Nas portas que deixaste teus farrapos.
Nos abortos absortos naufragar,
Os cacos que cortamos nem fiapos...
Bastam somente botes, quero o mar!
As lágrimas esgrimam guardanapos.
Nos bares se bastaram bebedeiras.
Os cachos se confundem cabeleiras.
Choraste tanto traste que fizeste.
Os mártires não mentem nem desfazem...
Os mantras que me cantas não comprazem...
Nas postas me provaste que eras peste!
MARCOS LOURES
Casaste com contratos com meus trapos...
Os partos que tiveste por matar.
Nas portas que deixaste teus farrapos.
Nos abortos absortos naufragar,
Os cacos que cortamos nem fiapos...
Bastam somente botes, quero o mar!
As lágrimas esgrimam guardanapos.
Nos bares se bastaram bebedeiras.
Os cachos se confundem cabeleiras.
Choraste tanto traste que fizeste.
Os mártires não mentem nem desfazem...
Os mantras que me cantas não comprazem...
Nas postas me provaste que eras peste!
MARCOS LOURES
A VOZ SE EMANA
O pensamento ronda que ainda
Não pode discernir qualquer verdade,
Aonde se quisera quase abade
A porta se fechara e assim se finda
A luta de um vazio por talvez
Querer ser algo mais e nunca expondo
Realidade aos poucos decompondo
Mesmo que em tal tolice sei que crês
O parto trouxe apenas tosco feto,
Apática figura filosófica
A face se mostrando quase atrófica
E nela com certeza me incompleto,
Purgando dentro em mim a força insana
Aonde em podridão a voz se emana...
MARCOS LOURES
sexta-feira, 13 de abril de 2018
VERÃO
No tépido verão um treponema.
No pálido sentido: tricomonas...
Das térmites templários roubam lema
Das amas que sofri, as amazonas...
Nos prédios que caí, velho cinema.
Nos sonhos delirei, com tais matronas.
As cotas foram poucas. Meu problema
Se esvai nos velhos quadros das madonas...
No gélido tormento que me dás
Respondo com penúria e sentimento.
Os olhos concebidos rompem paz...
As dívidas divido nunca nego...
O prazo que me deste, corro lento...
O medo da vitória não carrego!
MARCOS LOURES
No pálido sentido: tricomonas...
Das térmites templários roubam lema
Das amas que sofri, as amazonas...
Nos prédios que caí, velho cinema.
Nos sonhos delirei, com tais matronas.
As cotas foram poucas. Meu problema
Se esvai nos velhos quadros das madonas...
No gélido tormento que me dás
Respondo com penúria e sentimento.
Os olhos concebidos rompem paz...
As dívidas divido nunca nego...
O prazo que me deste, corro lento...
O medo da vitória não carrego!
MARCOS LOURES
DESERTO
Onde estão esses bondes peço o trem!
Não me fujas, falsária sem fronteiras...
Nas algas que naufrago peço alguém.
Abutres vivem biltres brincadeiras...
Nos cortes que me deste sou acém,
Nos portos que morreste, vis bandeiras...
Te caço por espaços sem ninguém.
As urzes deram luzes, fusos, beiras...
És pústula e postulas altos tronos.
Não queres das esferas novo brilho.
As hostes que enfrentei nos abandonos.
Não sabes nem talvez nem bem por certo.
O que restou de ti, joguei no trilho
Onde deixei meu bonde, no deserto!
MARCOS LOURES
Não me fujas, falsária sem fronteiras...
Nas algas que naufrago peço alguém.
Abutres vivem biltres brincadeiras...
Nos cortes que me deste sou acém,
Nos portos que morreste, vis bandeiras...
Te caço por espaços sem ninguém.
As urzes deram luzes, fusos, beiras...
És pústula e postulas altos tronos.
Não queres das esferas novo brilho.
As hostes que enfrentei nos abandonos.
Não sabes nem talvez nem bem por certo.
O que restou de ti, joguei no trilho
Onde deixei meu bonde, no deserto!
MARCOS LOURES
ESTÃO AQUI
Não quero o fero gozo desta fera...
Sorver a servidão sem serventia...
A pera envenenada nada impera.
A volta que velei da valentia...
No Crato já cravei minha cratera.
O vento vai veloz é ventania...
Quem dera te mandar pra termosfera,
Acerca desta cerca e cercania!
Não quero o doce manso sem veneno.
O par que me deu parto já partiu.
Amor armou amores morreu pleno.
Os cacos tão caquéticos comi...
Meu prato foi o pranto que pariu.
Os restos recebi... E estão aqui!
MARCOS LOURES
Sorver a servidão sem serventia...
A pera envenenada nada impera.
A volta que velei da valentia...
No Crato já cravei minha cratera.
O vento vai veloz é ventania...
Quem dera te mandar pra termosfera,
Acerca desta cerca e cercania!
Não quero o doce manso sem veneno.
O par que me deu parto já partiu.
Amor armou amores morreu pleno.
Os cacos tão caquéticos comi...
Meu prato foi o pranto que pariu.
Os restos recebi... E estão aqui!
MARCOS LOURES
ALVA
Alva vinhas veloz alvorecer...
Beijo embarco na bela doce boca...
Trago o tato, temi tirar a touca
Adoço o sonho, quem me dera ser!
Não sei se sabes sinto não saber,
Aporto portos pútridos. Espoca
O meu medo, penedo a percorrer.
Meu trabalho foi falho, fel desloca!
O rombo dos arroubos foi rebento.
O traço dos meus passos foi errado.
Varais, vestidos, vértices do vento...
O que não sei serei ou desfaço...
O canto que cantei nunca encantado.
O resto que traguei, um simples traço!
MARCOS LOURES
Beijo embarco na bela doce boca...
Trago o tato, temi tirar a touca
Adoço o sonho, quem me dera ser!
Não sei se sabes sinto não saber,
Aporto portos pútridos. Espoca
O meu medo, penedo a percorrer.
Meu trabalho foi falho, fel desloca!
O rombo dos arroubos foi rebento.
O traço dos meus passos foi errado.
Varais, vestidos, vértices do vento...
O que não sei serei ou desfaço...
O canto que cantei nunca encantado.
O resto que traguei, um simples traço!
MARCOS LOURES
VELHAS CASAS
Um passageiro solto sem destino...
O rosto enlameado de saudade...
No canto que propus, eu desafino...
O resto que ficou, sem qualidade.
O parto que neguei, verde citrino,
Batuco do meu jeito, tento tarde.
No tanto que tentei não tento tino...
Nas tendas que teimaste, tempestade!
Nocivos nossos vícios são velados...
Passivos nossos passos são passados...
Nos trâmites tramitas teus tesouros...
Me mandas das manadas seus estouros...
Um passageiro alado, sem ter asas,
Meus olhos embaçando velhas casas!
MARCOS LOURES
O rosto enlameado de saudade...
No canto que propus, eu desafino...
O resto que ficou, sem qualidade.
O parto que neguei, verde citrino,
Batuco do meu jeito, tento tarde.
No tanto que tentei não tento tino...
Nas tendas que teimaste, tempestade!
Nocivos nossos vícios são velados...
Passivos nossos passos são passados...
Nos trâmites tramitas teus tesouros...
Me mandas das manadas seus estouros...
Um passageiro alado, sem ter asas,
Meus olhos embaçando velhas casas!
MARCOS LOURES
HIATO
Cavalguei nesta noite sem Maria...
Das estrelas fiz norte e companheiras;
As minhas mãos cansadas, montaria...
As mantas que cobri, as derradeiras...
O vento passageiro melodia.
O sol que não pretendo deita esteiras...
Nas artimanhas loucas, meio dia.
Nas vésperas da vésper, corredeiras...
Mas quando percebi, nada restava...
A trama que engabela, foi gestora..
Martirizei comédias, fui gaiato...
O que não percebi não me enganava...
As trevas que nasci, na manjedoura...
A vida que vivi, simples hiato...
MARCOS LOURES
VAMPIRO
Um vampiro anda solto pelas ruas...
Devorando mocinhas e garçons...
As delicadas moças seminuas,
Escutam os gemidos semitons...
As carnes que devora estão bem cruas...
Incrível que pareça omitem sons...
Tendo por testemunhas alvas luas...
Causando tempestades e frissons...
Tal vampiro noturno tem segredos...
Os dentes cariados tem conserto.
Nas noites pernoitando nas boates...
Não dissemina sida nem traz medos...
Um vampiro internético por certo...
Bem vestido, prefere atacar iates...
MARCOS LOURES
LEALDADE
Quem tanto amou a vida morrerá
Deste jeito? Sozinho neste quarto,
Os amores deixei distantes, lá!
A morte, companheira é novo parto!
Inimigos perdi, bem acolá!
Da vida, simplesmente fiquei farto...
A morte nunca mais me deixará,
A fiel camarada, antigo trato!
Quem tanto amou percebe traição!
Vida feroz, mordaz, vil traiçoeira!
É justo ouvir assim tão duro não?
Vida, cigana atroz, por que me deixas?
Fingiste companheira, a vida inteira...
Somente a morte sabe minhas queixas!
MARCOS LOURES
JARDINS
Penélope não quero nem Amélia!
Quero essa companheira venenosa...
A rosa se perdeu com a camélia.
Eu não sou cravo, quero também rosa!
Venenos encontrei na tal lobélia
A vida se tornou mais pavorosa...
Eu quero os desatinos da bromélia,
Nem precisa que sejas tão formosa...
Olorosas as rosas que plantei,
No quadrado que chamo de jardim...
Nas entranhas da terra fecundei...
Nos meus olhos brilharam neste hibisco...
O perfume roubei deste jasmim...
As estrelas deixei como obelisco...
MARCOS LOURES
VIÇO
Tudo o que me mostraste foram ramas...
Minhas recordações não deixam telas.
Os pastos que passei nas velhas tramas
São maços dos cigarros onde revelas
As farpas que trocamos velhas chamas.
As tais melancolias queimam velas.
As partituras levas, não reclamas.
Minhas contas formam simples bagatelas...
Se tudo o que me deste foi restolho,
Se nada que te peço faz sentido,
A vida que prometo olho por olho.
O dente que quebrei era postiço,
O medo que me deste foi fingido.
Amor que me mentias perde o viço...
MARCOS LOURES
Minhas recordações não deixam telas.
Os pastos que passei nas velhas tramas
São maços dos cigarros onde revelas
As farpas que trocamos velhas chamas.
As tais melancolias queimam velas.
As partituras levas, não reclamas.
Minhas contas formam simples bagatelas...
Se tudo o que me deste foi restolho,
Se nada que te peço faz sentido,
A vida que prometo olho por olho.
O dente que quebrei era postiço,
O medo que me deste foi fingido.
Amor que me mentias perde o viço...
MARCOS LOURES
TRAPO
No resumo de tudo fui vencido.
Se não quis conhecer já nem pretendo...
Montanhas de desejos sigo tendo,
Meu dever tantas vezes não cumprido...
As moças que beijei, deixei no Lido,
Abortos que causei hoje revendo
São máscaras usadas me contendo!
Contendas sem perdão, num triste olvido...
Resumos do que nunca fui feliz...
Deixes, por favor, o teu recado...
A porta escancarada por um triz.
A vida me deixou seu cadeado...
Torturas que causei, pedindo bis...
Um trapo que caminha des’perado!
MARCOS LOURES
Se não quis conhecer já nem pretendo...
Montanhas de desejos sigo tendo,
Meu dever tantas vezes não cumprido...
As moças que beijei, deixei no Lido,
Abortos que causei hoje revendo
São máscaras usadas me contendo!
Contendas sem perdão, num triste olvido...
Resumos do que nunca fui feliz...
Deixes, por favor, o teu recado...
A porta escancarada por um triz.
A vida me deixou seu cadeado...
Torturas que causei, pedindo bis...
Um trapo que caminha des’perado!
MARCOS LOURES
TEU MAR
Queria ser teu mar mas não consigo.
Nas manhas e manhãs que são ferozes...
Aos trancos e barrancos não prossigo,
Nas noites mais silente ouvindo vozes...
Os motes que servidos não persigo,
Nos dentes que me restam quebro nozes...
Os cortes cicatrizam são antigos...
Os medos que percorro são velozes...
Minha alma angelical, carnes e sexo...
Espreito meu final por trás do monte...
Não quero matar sede nem complexo.
Atordoado penso sem ter nexo...
Os trapos que vendi nem sei a fonte...
A vida presenteia com desmonte!
MARCOS LOURES
Nas manhas e manhãs que são ferozes...
Aos trancos e barrancos não prossigo,
Nas noites mais silente ouvindo vozes...
Os motes que servidos não persigo,
Nos dentes que me restam quebro nozes...
Os cortes cicatrizam são antigos...
Os medos que percorro são velozes...
Minha alma angelical, carnes e sexo...
Espreito meu final por trás do monte...
Não quero matar sede nem complexo.
Atordoado penso sem ter nexo...
Os trapos que vendi nem sei a fonte...
A vida presenteia com desmonte!
MARCOS LOURES
SOVACO DE COBRA
Cavaquinho tocando este chorinho
Que me trouxe lembranças do passado...
Do tempo que passei sem teu carinho,
Da vida que tivestes ao meu lado...
O resto que pensei ser tão sozinho,
Muitas vezes vivi acompanhado,
O choro companheiro, de mansinho,
Jamais me fez assim, tão desolado...
Cavaquinho chorando me traz Glória,
Morena que ficou na minha história...
Nas noites do Sovaco, sem tristezas...
Misturando saudades contradança...
Cavaquinho me dando estas defesas,
Enquanto esta delícia já me alcança!
MARCOS LOURES
REFEITO
Um momento de luta e de carinho...
Carinhoso, sou manso e sonhador...
Os meus dedos procuram pelo ninho,
O meu braço, remanso protetor...
Tateio por teu corpo, vagarinho...
Respiro teu cansaço, acolhedor.
Não quero discutir se estou sozinho...
Nas lutas que perdi, sem desamor!
Vencidas as primeiras madrugadas,
O riso fez-se mal e tão cruel.
As portas que vivi estão fechadas,
Não quero nem pretendo ter o céu!
As rosas que plantei despetaladas,
A vida que sonhei, vai solta ao léu!
MARCOS LOURES
SOMA
Na noite que passamos tão felizes,
Nem tínhamos certeza deste dia...
Pintávamos os sonhos com vernizes
As horas se fizeram poesia...
Amores se tornaram codornizes...
Rolávamos fantásticas orgias!
Nunca fomos tão mestres aprendizes...
As bocas se tornavam montarias!
Na noite que perdemos nosso rumo...
Trejeitos e maneiras deram pó...
As cordas se romperam... Nossas pernas..
Eu me invernava enquanto tu infernas.
As estrelas caídas pedem prumo...
Quem tentara somar, caminha só!
MARCOS LOURES
Nem tínhamos certeza deste dia...
Pintávamos os sonhos com vernizes
As horas se fizeram poesia...
Amores se tornaram codornizes...
Rolávamos fantásticas orgias!
Nunca fomos tão mestres aprendizes...
As bocas se tornavam montarias!
Na noite que perdemos nosso rumo...
Trejeitos e maneiras deram pó...
As cordas se romperam... Nossas pernas..
Eu me invernava enquanto tu infernas.
As estrelas caídas pedem prumo...
Quem tentara somar, caminha só!
MARCOS LOURES
JAMAIS SERÁ O AMOR!
Amor se foi brinquedo, sempre fere!
Qual faca de dois gumes amolada...
Não há ninguém que possa que interfere,
Amor sem serventia vale nada...
Amor sem fantasia nem me espere...
Amor tem que ter rosa plantada,
Ter corrente, ter força, ter ampère!
Não podes zombar assim deste amor!
Preço que irás pagar não sabes qual!
Amor deve ter jeito eternidade...
Amor que não me traz sinceridade,
Amor que não perdura um carnaval...
Não é nada; jamais será o amor!
MARCOS LOURES
Qual faca de dois gumes amolada...
Não há ninguém que possa que interfere,
Amor sem serventia vale nada...
Amor sem fantasia nem me espere...
Amor tem que ter rosa plantada,
Ter corrente, ter força, ter ampère!
Não podes zombar assim deste amor!
Preço que irás pagar não sabes qual!
Amor deve ter jeito eternidade...
Amor que não me traz sinceridade,
Amor que não perdura um carnaval...
Não é nada; jamais será o amor!
MARCOS LOURES
NATIMORTO
Na dura frialdade do granito,
Reflexos do que fora o nosso caso...
Amor que se findou fora do prazo,
Amor que não resiste nem ao grito...
Amor que desconhece qualquer rito,
Nasceu já terminando num ocaso,
Viveu na teimosia, por acaso...
Amor, tanta mentira te fez mito...
Na dura certidão que não me dás,
Na dura solidão que me consola...
Amor tão vagabundo se desfaz...
Nas pedras das paixões derrapou triste...
Nas perdas da saudade entrou de sola.
Amor que não existe não resiste...
MARCOS LOURES
NADA MAIS SOU!
Nada mais sou! Me restam poucas horas...
Meus olhos tão pesados. Vou calado...
Não tenho amores loucos que me imploras,
Nem tenho fantasia, alucinado!
Não tenho nem preciso de demoras...
Nada mais estou. Resta o triste fado...
Nas tortas que pedi, quiçá de amoras,
O gosto que ficou, amargurado!
Jamais pensei perder os meus desejos...
As loucas mascaradas juventudes...
Cordões umbilicais já se romperam...
A morte já me mostra os seus bafejos...
O céu vai cortando em amplitudes,
Meus medos em delírio converteram...
MARCOS LOURES
LAMENTO
No meu triste lamento a minha dor!
Retirante das secas do sertão,
Procurei por destino cantador,
Nas ruas desta vaga escuridão.
Espalhei meu cansaço e meu amor!
As portas se fecharam, ouvi não!
Teus passos nesta escada, um estertor...
Nas cordas do meu pinho, solidão!
Infernos conheci, não faço cena...
A porta que entreabri não mais fechei...
As lutas que perdi foi contra o rei.
A morte sem sentidos nunca acena...
No meu triste lamento qu’angustia...
A luz que não recebo, foi meu dia...
MARCOS LOURES
Retirante das secas do sertão,
Procurei por destino cantador,
Nas ruas desta vaga escuridão.
Espalhei meu cansaço e meu amor!
As portas se fecharam, ouvi não!
Teus passos nesta escada, um estertor...
Nas cordas do meu pinho, solidão!
Infernos conheci, não faço cena...
A porta que entreabri não mais fechei...
As lutas que perdi foi contra o rei.
A morte sem sentidos nunca acena...
No meu triste lamento qu’angustia...
A luz que não recebo, foi meu dia...
MARCOS LOURES
LUA CIGANA
Lua cigana, quero teu perfume!
Nas voltas que transtornas, sempre vens...
A lua companheira no queixume,
A lua que roubou todos meus bens...
A lua que me mata de ciúme,
A lua já fugiu trás das nuvens...
A lua que desnuda meu costume,
A lua que mentiu nos meus totens...
Lua cigana, quero tua boca,
Beijar fundo teu brilho até luzir...
A mansa lucidez te fez mais louca...
Efeitos delirantes produzir...
A lua transformou os meus desejos...
Na lua procurei pelos meus queijos...
MARCOS LOURES
Nas voltas que transtornas, sempre vens...
A lua companheira no queixume,
A lua que roubou todos meus bens...
A lua que me mata de ciúme,
A lua já fugiu trás das nuvens...
A lua que desnuda meu costume,
A lua que mentiu nos meus totens...
Lua cigana, quero tua boca,
Beijar fundo teu brilho até luzir...
A mansa lucidez te fez mais louca...
Efeitos delirantes produzir...
A lua transformou os meus desejos...
Na lua procurei pelos meus queijos...
MARCOS LOURES
MORRO VELHO
Os meninos brincando, o ribeirão!
A delícia da fruta amadurada...
Peixes fisgados, o luar, o chão...
A vida caminhando a longa estrada...
Os meninos brincando, meu sertão.
A viola tocando, enluarada,
Leves dedos solando uma canção!
A tarde não repete a caminhada!!!
Um menino cresceu, virou doutor...
O outro está trabalhando na fazenda,
Os dedos que tocavam já não sabem...
Instrumento a tocar, calejador...
Os dedos se cortando na moenda...
O riacho e a saudade já não cabem!
MARCOS LOURES
A delícia da fruta amadurada...
Peixes fisgados, o luar, o chão...
A vida caminhando a longa estrada...
Os meninos brincando, meu sertão.
A viola tocando, enluarada,
Leves dedos solando uma canção!
A tarde não repete a caminhada!!!
Um menino cresceu, virou doutor...
O outro está trabalhando na fazenda,
Os dedos que tocavam já não sabem...
Instrumento a tocar, calejador...
Os dedos se cortando na moenda...
O riacho e a saudade já não cabem!
MARCOS LOURES
CATA-VENTO
Uma criança brinca na calçada...
Todo passante observa num momento...
Correndo contra a vida na lufada
Tão serena da brisa, deste vento...
Correndo essa criança, pensa em nada...
Não existem maldades nem tormento...
A manhã acordou apaixonada...
Correndo nessas mãos, um cata-vento!
Quem dera essa criança não morresse!
Quem dera esse meu mundo não mudasse!
Quem dera essa saudade não doesse!
Quem dera tal certeza não calasse...
Quem dera a tempestade não vivesse!
Quem dera o cata-vento não parasse!
MARCOS LOURES
Todo passante observa num momento...
Correndo contra a vida na lufada
Tão serena da brisa, deste vento...
Correndo essa criança, pensa em nada...
Não existem maldades nem tormento...
A manhã acordou apaixonada...
Correndo nessas mãos, um cata-vento!
Quem dera essa criança não morresse!
Quem dera esse meu mundo não mudasse!
Quem dera essa saudade não doesse!
Quem dera tal certeza não calasse...
Quem dera a tempestade não vivesse!
Quem dera o cata-vento não parasse!
MARCOS LOURES
IRMÃO DE FÉ
Irmão, nossos destinos se cruzaram
Desde o primeiro instante desta vida...
Na fé que nos uniu, nos destrataram,
A vida nos parece distraída...
As cordas que prendiam se cortaram,
Os medos de tal sorte não cumprida,
Ferrenhos inimigos abortaram...
A vida nos parece tão comprida...
Nos atabaques loucos tanta glória,
Nos sons destas cantigas de ninar...
As loas que entoamos nos terreiros...
As portas se fecharam, nossa história...
Os dias nunca mais irão voltar...
Na fé que desunimos, derradeiros...
MARCOS LOURES
Desde o primeiro instante desta vida...
Na fé que nos uniu, nos destrataram,
A vida nos parece distraída...
As cordas que prendiam se cortaram,
Os medos de tal sorte não cumprida,
Ferrenhos inimigos abortaram...
A vida nos parece tão comprida...
Nos atabaques loucos tanta glória,
Nos sons destas cantigas de ninar...
As loas que entoamos nos terreiros...
As portas se fecharam, nossa história...
Os dias nunca mais irão voltar...
Na fé que desunimos, derradeiros...
MARCOS LOURES
IGREJAS MINEIRAS
Nas igrejas mineiras ouro e prata!
A crença dissemina esta esperança!
A mansidão voraz d’uma cascata
Nas duras tradições dessa criança!
Igrejas ricas, povo se arrebata.
Lamentos dos escravos na lembrança...
A mão que beija, é certo, te maltrata...
Morte e vida caminham na aliança!
As igrejas mineiras, funerais...
As chibatas cortando esses escravos!
A riqueza das minas, nunca mais...
Vila Rica, barroco, Aleijadinho...
Essas mãos doloridas, calos, cravos...
U’a sensação mineira, estar sozinho...
MARCOS LOURES
TRAVESSIA
Com os botes tristonhos da saudade,
Procurei por teus olhos minha amada...
Meu caminho de pedra e vaidade...
A voz que solto vai desesperada...
Como posso saber felicidade?
Não tenho rumo, nunca tive nada...
Te procurei por toda essa cidade...
Não te achei! Minha vida anda cansada!!!
Mas, pensando melhor, não vou sofrer!
Preciso descobrir o meu caminho...
Não quero viver vida tão vazia!
Eu vou procurar novo bem querer...
Não quero mais seguir tão sozinho!
Noutro bote, fazer a travessia!
MARCOS LOURES
CIPRESTE
Quem me dera viver como um cipreste,
Arvoredo da vida me deu prazo...
Ser eterno tal qual um velho vaso,
Espreitar tanta coisa que não deste...
Ir retirando, louco, tua veste
E deixar-te sem rumo, norte ou leste...
Quem me dera seguir não ter atraso,
Quem me dera, sentir o nosso caso...
A cortiça da vida me levita.
Na vital sensação de ter errado...
A morte que não quero se habilita
Nas montanhas da sorte que não subo.
Pelas cotas completas sobra um tubo,
Que me leva ao meu túmulo, meu fado...
MARCOS LOURES
A MOCIDADE
A mocidade goza seu segredo!
Quem sabe não seria a minha conta...
Os ventos nunca deixam o arvoredo,
A lua embevecida anda tão tonta.
A faca decepando esse meu dedo,
O rastro que deixou de novo aponta
A ponta mais feroz deste torpedo.
Vencer a mocidade é nova afronta!
Mas venci meus tempos de menino,
Sem saber encarava meu calvário...
As orquestras fingiam um novo hino...
Espalhavas meus sonhos pelo mar...
Meu bisonho e decrépito salário,
Aprender conjugar o verbo amar!
MARCOS LOURES
TÉPIDO VERÃO
No tépido verão um treponema.
No pálido sentido: tricomonas...
Das térmites templários roubam lema
Das amas que sofri, as amazonas...
Nos prédios que caí, velho cinema.
Nos sonhos delirei, com tais matronas.
As cotas foram poucas. Meu problema
Se esvai nos velhos quadros das madonas...
No gélido tormento que me dás
Respondo com penúria e sentimento.
Os olhos concebidos rompem paz...
As dívidas divido nunca nego...
O prazo que me deste, corro lento...
O medo da vitória não carrego!
MARCOS LOURES
DESERTO
Onde estão esses bondes peço o trem!
Não me fujas, falsária sem fronteiras...
Nas algas que naufrago peço alguém.
Abutres vivem biltres brincadeiras...
Nos cortes que me deste sou acém,
Nos portos que morreste, vis bandeiras...
Te caço por espaços sem ninguém.
As urzes deram luzes, fusos, beiras...
És pústula e postulas altos tronos.
Não queres das esferas novo brilho.
As hostes que enfrentei nos abandonos.
Não sabes nem talvez nem bem por certo.
O que restou de ti, joguei no trilho
Onde deixei meu bonde, no deserto!
MARCOS LOURES
SOBRE A MESA
Provavelmente o tempo desconversa
E traz a realidade sobre a mesa,
A par do que se vende por surpresa
A sorte noutra senda segue imersa,
São crápulas deveras, nada mais,
E quando se percebe tais figuras
Diversas das que tanto me asseguras
Serem caricaturas, mas reais.
Embustes entranhados por sucesso
Paspalhos compram luzes dos falsários
E quando se percebem tais corsários
O preço que se paga é retrocesso.
Recebo quem quiser na minha mente,
E assim psicografia se desmente...
MARCOS LOURES
E traz a realidade sobre a mesa,
A par do que se vende por surpresa
A sorte noutra senda segue imersa,
São crápulas deveras, nada mais,
E quando se percebe tais figuras
Diversas das que tanto me asseguras
Serem caricaturas, mas reais.
Embustes entranhados por sucesso
Paspalhos compram luzes dos falsários
E quando se percebem tais corsários
O preço que se paga é retrocesso.
Recebo quem quiser na minha mente,
E assim psicografia se desmente...
MARCOS LOURES
ILUSÕES
Não tanto quanto pude perceber
Vendidas pelas ruas falsas telas
E nelas ilusões tantas revelas
Perpetuando o golpe do não ser.
Escrotas divindades, botequins,
Nas aguardentes todas represento
O peso de um completo desalento
E como se pudessem tão ruins
Os versos que costumo ler. Deveras,
Auto-crítica faço e me permito
Dizer que nem nos meus eu acredito,
Aquém do que precisas ou esperas.
Porém não admitindo uma mordaça
Por mais que escrotidão, eu sei já grassa....
MARCOS LOURES
Vendidas pelas ruas falsas telas
E nelas ilusões tantas revelas
Perpetuando o golpe do não ser.
Escrotas divindades, botequins,
Nas aguardentes todas represento
O peso de um completo desalento
E como se pudessem tão ruins
Os versos que costumo ler. Deveras,
Auto-crítica faço e me permito
Dizer que nem nos meus eu acredito,
Aquém do que precisas ou esperas.
Porém não admitindo uma mordaça
Por mais que escrotidão, eu sei já grassa....
MARCOS LOURES
HARMONIA
Eterno renovar-se em tom disforme
Após certo momento em harmonia,
A vida se refaz e me traria
Somente a solidão intensa e enorme.
E quando noutro tom já me transforme
Regenerado sonho em utopia
A morte com certeza carcomia
O que aparentemente deita e dorme.
Porém neste incessante movimento
Explano em várias faces o que herdamos,
E nisto do arvoredo, tantos ramos,
No fim remodelando eternidade.
Repasto aonde um dia me fartara,
Do solo ao solo o arado se prepara
E multiforme ser ao pó invade.
MARCOS LOURES
Após certo momento em harmonia,
A vida se refaz e me traria
Somente a solidão intensa e enorme.
E quando noutro tom já me transforme
Regenerado sonho em utopia
A morte com certeza carcomia
O que aparentemente deita e dorme.
Porém neste incessante movimento
Explano em várias faces o que herdamos,
E nisto do arvoredo, tantos ramos,
No fim remodelando eternidade.
Repasto aonde um dia me fartara,
Do solo ao solo o arado se prepara
E multiforme ser ao pó invade.
MARCOS LOURES
HERÉTICO
Por entre os dedos, escapando a vida...
E paulatinamente vejo o fim,
Traçado em que mergulho e sendo assim,
A luta desde sempre já perdida.
No quanto a cada passo dilapida
Esterco renovando este jardim,
Da vida se refaz e sem saída
À lama esta matéria apodrecida
Retorno ao mesmo chão do qual eu vim.
Porém levo comigo o mesmo nada
Em face carcomida e degradada,
No herético cenário subterrâneo,
O quanto fosse apenas momentâneo
O verso se perdendo no vazio,
Num verme sem saudade eu me recrio.
MARCOS LOURES
PESADELO
Espectro que me ronda a cada instante,
Explicitando o quanto se perdera
A chama dilapida a vela e a cera
Aos poucos se refaz, é torturante...
O nada quando em nada se adiante
E todo este cenário obedecera
Carcaça que eu pensei – já me esquecera-
E volta noutro sonho, degradante...
E nisto se perdendo enquanto cansa
Ao longe um mero espectro, uma esperança,
Num antro doloroso eu posso vê-lo,
E personificando a fátua sorte
Noctâmbulo fantoche dita a morte,
No etéreo, mas eterno pesadelo...
MARCOS LOURES
Explicitando o quanto se perdera
A chama dilapida a vela e a cera
Aos poucos se refaz, é torturante...
O nada quando em nada se adiante
E todo este cenário obedecera
Carcaça que eu pensei – já me esquecera-
E volta noutro sonho, degradante...
E nisto se perdendo enquanto cansa
Ao longe um mero espectro, uma esperança,
Num antro doloroso eu posso vê-lo,
E personificando a fátua sorte
Noctâmbulo fantoche dita a morte,
No etéreo, mas eterno pesadelo...
MARCOS LOURES
NADA RESTA
Do quanto fora há tempos, nada resta,
Sequer algum resquício, algum sinal,
Deste banquete, nunca um comensal,
Uma iguaria a mais, sorte funesta...
E o tempo se refaz, mas nesta festa,
O tom que parecesse mais venal
Expressa o caminho natural
Enquanto o podre olor, em volta, empesta.
E quando qualquer tom de vida eu perco,
No renovável solo, em vivo esterco,
Repaginando a história que eterniza,
Laboriosamente, cada verme,
Ressuscitando o ser atroz e inerme,
Na forma tão sutil quanto imprecisa.
MARCOS LOURES
Sequer algum resquício, algum sinal,
Deste banquete, nunca um comensal,
Uma iguaria a mais, sorte funesta...
E o tempo se refaz, mas nesta festa,
O tom que parecesse mais venal
Expressa o caminho natural
Enquanto o podre olor, em volta, empesta.
E quando qualquer tom de vida eu perco,
No renovável solo, em vivo esterco,
Repaginando a história que eterniza,
Laboriosamente, cada verme,
Ressuscitando o ser atroz e inerme,
Na forma tão sutil quanto imprecisa.
MARCOS LOURES
TUA GRANDEZA
Macrocosmos refletem vago início
Na gênese do sonho ou do embrião
E a vida se revela em turbilhão,
Traçando a cada instante o precipício,
Ao fim não restará qualquer indício,
Do corpo em apogeu, restando o grão,
Na consubstaciosa mutação
E o tempo apagará mero resquício.
A voz que agora ecoa sem limites,
Ninguém escutará, tenha certeza...
Por mais que em teus poderes acredites.
Do ser diverso e forte, nada além,
O túmulo esta ossada ora contém,
Num microcosmos, eis tua grandeza.
MARCOS LOURES
Na gênese do sonho ou do embrião
E a vida se revela em turbilhão,
Traçando a cada instante o precipício,
Ao fim não restará qualquer indício,
Do corpo em apogeu, restando o grão,
Na consubstaciosa mutação
E o tempo apagará mero resquício.
A voz que agora ecoa sem limites,
Ninguém escutará, tenha certeza...
Por mais que em teus poderes acredites.
Do ser diverso e forte, nada além,
O túmulo esta ossada ora contém,
Num microcosmos, eis tua grandeza.
MARCOS LOURES
SEPULCRAL
Ao longo desta via sem saída
E nela me entranhando inteiramente,
O corpo traduzindo a rude mente
E rudemente vejo a parca vida.
Imagem da alma atroz e carcomida
Apodrecida e etérea, não desmente,
E sigo em desalento, impunemente,
Marcando o quanto a sorte dilapida.
Aonde se esperasse algum abrigo,
Somente se percebe este jazigo
E nele este silêncio sepulcral,
A tétrica figura desumana
Que a cada novo passo mais se dana
Embora seja um fato natural.
MARCOS LOURES
SOLIDÃO
A solidão, pantera e companheira,
Que ao menos acalenta em seu regaço,
Trazendo o quanto possa em mundo escasso,
Ousando na ferida costumeira,
E quando na verdade a sorte esgueira
E nisto outro cenário turvo eu traço,
Quimera ora se molda enquanto faço
Da sórdida expressão, rude bandeira.
Em átomos formada a eternidade
No corpo, mesmo em vida, putrefato,
O tanto que se traça e já se evade,
Escárnios enfrentando, enquanto esbarro,
Na luta onde deveras desacato,
Sorvendo da esperança o ledo escarro.
MARCOS LOURES
NAUFRÁGIO
A dor que impera e trama em tal fastio
A sórdida expressão que nos devora,
Pousando sem sentido e sem demora,
Apenas o que resta, desafio.
E tento transmudar o velho rio
Enquanto a solidão tanto me açora
Traçando a própria fera onde se aflora
Etérea sensação de eterno estio.
Avassalando esta alma, uma senzala,
Que tanto poderia e nada escala
Escarpas entre tétricas procelas,
E o barco se condena ao vil naufrágio,
E as velas carcomidas que revelas
Expressam entre as rocas o meu fim,
Neste caminho torpe um vão presságio,
Silenciando o quanto resta em mim...
MARCOS LOURES
A sórdida expressão que nos devora,
Pousando sem sentido e sem demora,
Apenas o que resta, desafio.
E tento transmudar o velho rio
Enquanto a solidão tanto me açora
Traçando a própria fera onde se aflora
Etérea sensação de eterno estio.
Avassalando esta alma, uma senzala,
Que tanto poderia e nada escala
Escarpas entre tétricas procelas,
E o barco se condena ao vil naufrágio,
E as velas carcomidas que revelas
Expressam entre as rocas o meu fim,
Neste caminho torpe um vão presságio,
Silenciando o quanto resta em mim...
MARCOS LOURES
QUEM ME DERA
Quem me dera...
Na verdade o que fora não voltará
E o que volta jamais seria o quanto eu quis,
Numa reviravolta a vida expressa o fim
Do sonho mais audaz e da forma mais sutil.
Meu verso sem versões diversas e adversas
Expressa a solidão.
Sólida e consubstanciada no dia a dia, no atemporal.
Amei e desamei, no fundo eu creio que nada mais teria,
Senão a mesma amorfa realidade.
Exposto ao quanto perdi
E jamais recuperasse.
Leio os jornais, vejo o céu se nublando e sentado em frente do vazio, reflito-o.
Não me caberia mais qualquer espaço,
O velho apodrecido tenta ainda se redimir e muda o tom.
Inutilmente.
Semente abortada do que pudera ser e o vento levou, o tempo engoliu,
E ao nada retornará.
Ou já retornou e mal percebeu.
Perdoem pelas tantas viagens incoerentes e sem sentido,
Perdoem pelas palavras que pensei ventania e viraram brisa.
Perdoem pela arrogância de me julgar poeta, ou tentar acreditar que poderia um dia...
Desnudo em poucas frases o que a alma ainda cultiva. Estúpida e fugaz.
Quisera ser de outro jeito,
Um som que ecoasse, ainda que disfarçadamente por quanto eu pudesse e nunca tive,
Nem se fez ou mais teria.
O verso sem cabimento
O desalento e por fim; a própria ausência de alguma essência.
Uniformemente disforme. Hecatombes internas? Calmaria...
Forjando o tempo, o sempre enquanto o jamais domina.
Nadando contra as marés?
Se nem o mar eu consigo ver ou guardar...
Apenas o riacho que, diacho, desconhece a própria nascente...
MARCOS LOURES
Na verdade o que fora não voltará
E o que volta jamais seria o quanto eu quis,
Numa reviravolta a vida expressa o fim
Do sonho mais audaz e da forma mais sutil.
Meu verso sem versões diversas e adversas
Expressa a solidão.
Sólida e consubstanciada no dia a dia, no atemporal.
Amei e desamei, no fundo eu creio que nada mais teria,
Senão a mesma amorfa realidade.
Exposto ao quanto perdi
E jamais recuperasse.
Leio os jornais, vejo o céu se nublando e sentado em frente do vazio, reflito-o.
Não me caberia mais qualquer espaço,
O velho apodrecido tenta ainda se redimir e muda o tom.
Inutilmente.
Semente abortada do que pudera ser e o vento levou, o tempo engoliu,
E ao nada retornará.
Ou já retornou e mal percebeu.
Perdoem pelas tantas viagens incoerentes e sem sentido,
Perdoem pelas palavras que pensei ventania e viraram brisa.
Perdoem pela arrogância de me julgar poeta, ou tentar acreditar que poderia um dia...
Desnudo em poucas frases o que a alma ainda cultiva. Estúpida e fugaz.
Quisera ser de outro jeito,
Um som que ecoasse, ainda que disfarçadamente por quanto eu pudesse e nunca tive,
Nem se fez ou mais teria.
O verso sem cabimento
O desalento e por fim; a própria ausência de alguma essência.
Uniformemente disforme. Hecatombes internas? Calmaria...
Forjando o tempo, o sempre enquanto o jamais domina.
Nadando contra as marés?
Se nem o mar eu consigo ver ou guardar...
Apenas o riacho que, diacho, desconhece a própria nascente...
MARCOS LOURES
OUTRO MOMENTO
Jamais imaginasse outro momento
Aonde se pudera mais além
Do quanto na verdade sei que vem
Embora nem consiga, estou atento.
E sei que se de fato inda me alento,
Meu passo se presume onde ninguém
Vestígios do que fomos sei que têm
O tempo no seu próprio alheamento.
Rosnando esta saudade mais audaz
O quanto se quisera não se faz
Tampouco ao tropeçar nada consigo,
O lúdico cenário morto está
E o que ora me restara desde já,
Representando apenas desabrigo.
MARCOS LOURES
Aonde se pudera mais além
Do quanto na verdade sei que vem
Embora nem consiga, estou atento.
E sei que se de fato inda me alento,
Meu passo se presume onde ninguém
Vestígios do que fomos sei que têm
O tempo no seu próprio alheamento.
Rosnando esta saudade mais audaz
O quanto se quisera não se faz
Tampouco ao tropeçar nada consigo,
O lúdico cenário morto está
E o que ora me restara desde já,
Representando apenas desabrigo.
MARCOS LOURES
OUTRO TOM
Apenas por saber do quanto traga
A vida noutro tom mais redundante
A sorte se mostrara doravante
No fio mais audaz da velha adaga,
No mundo que se perde e nada afaga
A vaga sensação que se adiante
Do tempo que pudesse noutro instante
Vencer a solidão na imensa plaga,
Lutando para a própria liberdade
O tanto que pudera e se degrade
O verso desagrade quem escuta,
O risco de uma luta sem final,
Seara que trouxeste; uma abissal,
Vontade que se estende atroz e bruta
MARCOS LOURES
LAVRA
Não quero e nem pudera ser diverso
Do tempo que meu verso fora assim
O tanto quanto resta vivo em mim,
Ainda que seguisse mais disperso
Unindo o que se veja no universo
Com o todo que imagino ora sem fim,
Vagando sem sentido quando enfim
Atado com o nada tento e verso.
Jamais imaginasse outro caminho
E nada do que possa ser sozinho
Senão minha vontade de ficar,
Ao menos vou fazendo da palavra
Cultivo que esta mente à toa lavra
Tentando noutro tom frutificar...
MARCOS LOURES
SER O QUE SOU
O meu verso, reverso da medalha;
Cortando, penetrando devagar,
Dilacera, sangrando qual navalha
Triscando a melodia do vagar…
Meu tempo, contratempo, Deus me valha
Pois quando estou vagando bar em bar;
Amores mal vividos, qual mortalha,
São tantos que naufrago nesse mar…
Vivendo sem ter cálice nem vinho,
Servindo de repasto para a dor.
Amante sem ter cama, sem ter ninho.
o quanto imaginar se acabou
Reflito tanto amor, mas vou sozinho,
Buscando, no luar, ser o que sou…
MARCOS LOURES
Cortando, penetrando devagar,
Dilacera, sangrando qual navalha
Triscando a melodia do vagar…
Meu tempo, contratempo, Deus me valha
Pois quando estou vagando bar em bar;
Amores mal vividos, qual mortalha,
São tantos que naufrago nesse mar…
Vivendo sem ter cálice nem vinho,
Servindo de repasto para a dor.
Amante sem ter cama, sem ter ninho.
o quanto imaginar se acabou
Reflito tanto amor, mas vou sozinho,
Buscando, no luar, ser o que sou…
MARCOS LOURES
AMIGA
AMIGA
Pressinto nos teus olhos, minha amiga;
A dor que te causaram; ilusão...
A vida é necessária, então prossiga;
Em cada novo dia, uma emoção...
Não deixe que a tristeza se aproxime.
Expulse essa fatal iniqüidade.
Amor sem ter tal brilho, nunca estime,
No fundo não virá sequer saudade...
Amiga, não se perca dos teus sonhos...
Aguarde a cada dia, uma surpresa.
Os restos dos amores são medonhos,
Não valem tua dor nem a tristeza...
Amiga, te proponho fique aqui.
Encontre todo amor que já perdi...
MARCOS LOURES
Pressinto nos teus olhos, minha amiga;
A dor que te causaram; ilusão...
A vida é necessária, então prossiga;
Em cada novo dia, uma emoção...
Não deixe que a tristeza se aproxime.
Expulse essa fatal iniqüidade.
Amor sem ter tal brilho, nunca estime,
No fundo não virá sequer saudade...
Amiga, não se perca dos teus sonhos...
Aguarde a cada dia, uma surpresa.
Os restos dos amores são medonhos,
Não valem tua dor nem a tristeza...
Amiga, te proponho fique aqui.
Encontre todo amor que já perdi...
MARCOS LOURES
A CADA DIA
O ser ou não mais justo
A cada dia traça
Espaço enquanto escassa
A sorte em tom robusto,
E assim a qualquer custo
A vida se esfumaça
E o todo não mais passa
Num ato ora vetusto.
Astuto enquanto luta
A lida em força bruta
Supera algum bom senso,
E nesta face escusa
O tempo ousando abusa
E em nada mais compenso.
MARCOS LOURES
A cada dia traça
Espaço enquanto escassa
A sorte em tom robusto,
E assim a qualquer custo
A vida se esfumaça
E o todo não mais passa
Num ato ora vetusto.
Astuto enquanto luta
A lida em força bruta
Supera algum bom senso,
E nesta face escusa
O tempo ousando abusa
E em nada mais compenso.
MARCOS LOURES
PIEDADE
Enquanto a piedade
Ater-se a mera ajuda
A quem se quer e acuda
Sem solidariedade,
Mata a fraternidade
E o todo se amiúda,
Vagando onde transmuda
Findando a liberdade,
Destarte outra partilha
Pudesse ser deveras
Além do que hoje geras
E nisto em vão se trilha,
Aflora uma injustiça
E a flor jamais se viça.
MARCOS LOURES
Ater-se a mera ajuda
A quem se quer e acuda
Sem solidariedade,
Mata a fraternidade
E o todo se amiúda,
Vagando onde transmuda
Findando a liberdade,
Destarte outra partilha
Pudesse ser deveras
Além do que hoje geras
E nisto em vão se trilha,
Aflora uma injustiça
E a flor jamais se viça.
MARCOS LOURES
ACREDITAR
Acreditar no sonho
E trazer noutro tom
Momento sempre bom
E nisto eu recomponho
Meu passo enquanto o ponho
E tento um novo som
Ousando neste dom
Um tempo mais risonho.
Podendo de tal forma
Gerar o que transforma
Moldando o eterno passo
E nisto me aproximo
Da vida em raro cimo,
E o mundo em paz eu traço.
MARCOS LOURES
E trazer noutro tom
Momento sempre bom
E nisto eu recomponho
Meu passo enquanto o ponho
E tento um novo som
Ousando neste dom
Um tempo mais risonho.
Podendo de tal forma
Gerar o que transforma
Moldando o eterno passo
E nisto me aproximo
Da vida em raro cimo,
E o mundo em paz eu traço.
MARCOS LOURES
SEM LIMITE
Das tantas variantes
Que a vida nos permite
Até o sem limite
Deveras não garantes
E sabes por instantes
Ainda que palpite
O sonho necessite
E dele os mais brilhantes
Caminhos onde tento
Vencer o sofrimento
Gestando a plenitude,
Visíveis ou palpáveis
Ou mesmo imagináveis
O todo nos ilude.
MARCOS LOURES
Que a vida nos permite
Até o sem limite
Deveras não garantes
E sabes por instantes
Ainda que palpite
O sonho necessite
E dele os mais brilhantes
Caminhos onde tento
Vencer o sofrimento
Gestando a plenitude,
Visíveis ou palpáveis
Ou mesmo imagináveis
O todo nos ilude.
MARCOS LOURES
GARANTO
Olhando para si
Um lobo solitário,
Num vago itinerário
Aonde me perdi,
O quanto eu percebi
Do mundo temporário
Ousando sem ser vário
Viver o meu em ti,
E assim em divisões
Diversas tu me expões
Compondo o todo enquanto
Além deste vazio
O muito eu desafio
E o tanto ora garanto.
MARCOS LOURES
Um lobo solitário,
Num vago itinerário
Aonde me perdi,
O quanto eu percebi
Do mundo temporário
Ousando sem ser vário
Viver o meu em ti,
E assim em divisões
Diversas tu me expões
Compondo o todo enquanto
Além deste vazio
O muito eu desafio
E o tanto ora garanto.
MARCOS LOURES
quinta-feira, 12 de abril de 2018
DIVERSA FACE
Diversa face eu vejo
No especular desenho
E quando aquém eu venho
Reinando num lampejo
Traduzo o meu desejo
E quanto disto eu tenho
Ou mesmo ainda empenho
Num ato mais sobejo,
O mundo que eu queria
É mera fantasia
E disto ora me afasto
A cada novo engano
E quando ao fim me dano,
O tempo é mais nefasto.
MARCOS LOURES
No especular desenho
E quando aquém eu venho
Reinando num lampejo
Traduzo o meu desejo
E quanto disto eu tenho
Ou mesmo ainda empenho
Num ato mais sobejo,
O mundo que eu queria
É mera fantasia
E disto ora me afasto
A cada novo engano
E quando ao fim me dano,
O tempo é mais nefasto.
MARCOS LOURES
EXPOSTA
Ainda que pudesse
Vencer os meus enganos
Matando os velhos planos
Além do que oferece
A vida dita em prece
Ostenta em rotos panos
Os velhos ledos danos
E nada mais se tece,
Somente o passo em vão
E nesta dimensão
A luta continua,
Depois mais claramente
A sorte se apresente
Exposta, amarga e nua.
MARCOS LOURES
Vencer os meus enganos
Matando os velhos planos
Além do que oferece
A vida dita em prece
Ostenta em rotos panos
Os velhos ledos danos
E nada mais se tece,
Somente o passo em vão
E nesta dimensão
A luta continua,
Depois mais claramente
A sorte se apresente
Exposta, amarga e nua.
MARCOS LOURES
DEVASSA
Ainda quero a paz
E nada mais se traça
Além desta fumaça
Que molda o passo audaz
E o tempo não me faz
Ou gera o quanto escassa
A sorte mais devassa
E o passo então mordaz,
Ascendo ao quanto pude
E sei do mundo rude
E dele me percebo
Ausente da esperança
A própria vida lança
O sonho qual placebo.
MARCOS LOURES
E nada mais se traça
Além desta fumaça
Que molda o passo audaz
E o tempo não me faz
Ou gera o quanto escassa
A sorte mais devassa
E o passo então mordaz,
Ascendo ao quanto pude
E sei do mundo rude
E dele me percebo
Ausente da esperança
A própria vida lança
O sonho qual placebo.
MARCOS LOURES
DIVAGO
Ainda não pudera
Sentir a nova luz
E o quanto reproduz
Expressa esta quimera,.
Vencendo a sorte, fera
O farto dita o pus
E o sonho onde compus
Negando a primavera,
Espreito alguma luta
E nada mais se escuta
Somente a voz do vago,
Caminho sem sentido
E nisto o todo olvido
E após tudo divago.
MARCOS LOURES
Sentir a nova luz
E o quanto reproduz
Expressa esta quimera,.
Vencendo a sorte, fera
O farto dita o pus
E o sonho onde compus
Negando a primavera,
Espreito alguma luta
E nada mais se escuta
Somente a voz do vago,
Caminho sem sentido
E nisto o todo olvido
E após tudo divago.
MARCOS LOURES
CADA ENGANO
Ainda que se possa
Traçar novo momento
Enquanto a sorte eu tento
Ousando ser a nossa
Palavra que se apossa
Do imenso sentimento
E nisto ainda alento
O mundo se destroça,
Esqueço cada engano
E sei quando me dano
Ouvindo a voz cruel
De quem se fez venal
Ao ter num sideral
Momento alheio céu.
MARCOS LOURES
Traçar novo momento
Enquanto a sorte eu tento
Ousando ser a nossa
Palavra que se apossa
Do imenso sentimento
E nisto ainda alento
O mundo se destroça,
Esqueço cada engano
E sei quando me dano
Ouvindo a voz cruel
De quem se fez venal
Ao ter num sideral
Momento alheio céu.
MARCOS LOURES
SENDO ASSIM
Ainda sendo assim
A vida não trouxera
Além do que se espera
E gera em ledo fim,
O todo dentro em mim
Na luta mais sincera
O quanto fora austera
Renova este jardim,
O mundo se apresenta
Aonde esta tormenta
Ousasse noutro rumo,
E quando mais presumo
A sorte que apascenta
Expressa em raro sumo.
MARCOS LOURES
A vida não trouxera
Além do que se espera
E gera em ledo fim,
O todo dentro em mim
Na luta mais sincera
O quanto fora austera
Renova este jardim,
O mundo se apresenta
Aonde esta tormenta
Ousasse noutro rumo,
E quando mais presumo
A sorte que apascenta
Expressa em raro sumo.
MARCOS LOURES
DEPOIS DO TEMPORAL
Ainda pude ver
Depois do temporal
Momento desigual
Em medo e desprazer
O todo a se perder
Na noite, no quintal
Quarando no varal
O raro amanhecer,
Envolto em tanta bruma
A sorte ora se esfuma
E gera apenas isso,
O medo sem valia
A morta fantasia
O canto onde não viço.
MARCOS LOURES
Depois do temporal
Momento desigual
Em medo e desprazer
O todo a se perder
Na noite, no quintal
Quarando no varal
O raro amanhecer,
Envolto em tanta bruma
A sorte ora se esfuma
E gera apenas isso,
O medo sem valia
A morta fantasia
O canto onde não viço.
MARCOS LOURES
AO NADA
Ainda nada traz
Quem pôde acreditar
Nas ânsias de um luar
E nisto ser capaz
De ter o quanto faz
Revela-se a moldar
O todo a desejar
O passo mais tenaz,
O quanto quero e vejo
A cada novo ensejo
Expressa a voz em luz,
Depois de certo tempo
O mundo em contratempo
Ao nada me conduz.
MARCOS LOURES
Quem pôde acreditar
Nas ânsias de um luar
E nisto ser capaz
De ter o quanto faz
Revela-se a moldar
O todo a desejar
O passo mais tenaz,
O quanto quero e vejo
A cada novo ensejo
Expressa a voz em luz,
Depois de certo tempo
O mundo em contratempo
Ao nada me conduz.
MARCOS LOURES
SEM MENTIRA
Ainda não se vira
Sequer a menor sorte
Do quanto nos conforte
A luta onde desfira
A porta que interfira
E gere novo norte
Depois do quanto é forte
O todo sem mentira,
Esqueço o meu passado
E quando além evado
O prazo determina
O fim de cada instante
E o mundo se garante
Nas ânsias da menina.
MARCOS LOURES
Sequer a menor sorte
Do quanto nos conforte
A luta onde desfira
A porta que interfira
E gere novo norte
Depois do quanto é forte
O todo sem mentira,
Esqueço o meu passado
E quando além evado
O prazo determina
O fim de cada instante
E o mundo se garante
Nas ânsias da menina.
MARCOS LOURES
AINDA
Ainda se deslinda
A noite em claridade
E o quanto agora invade
Trouxesse a tez infinda
De quem não sabe e finda
O passo em qualidade
Diversa da que brade
Ousando onde não brinda,
A paz já se sonega
A vida sendo cega
Jamais pudera ver
O quanto se desenha
No amor em rara ordenha
O justo amanhecer.
MARCOS LOURES
A noite em claridade
E o quanto agora invade
Trouxesse a tez infinda
De quem não sabe e finda
O passo em qualidade
Diversa da que brade
Ousando onde não brinda,
A paz já se sonega
A vida sendo cega
Jamais pudera ver
O quanto se desenha
No amor em rara ordenha
O justo amanhecer.
MARCOS LOURES
O CAOS
O caos gerando em nós
O todo aonde um dia
Pudesse em sincronia
Gerar a mesma voz
O passo mais atroz
O tempo em alegria
O nada se faria
Num canto mais feroz,
E o prazo determina
O fim e seca a minha
Aonde pude ver
O sonho no vazio
E o tempo eu desafio
E sinto-me perder.
MARCOS LOURES
O todo aonde um dia
Pudesse em sincronia
Gerar a mesma voz
O passo mais atroz
O tempo em alegria
O nada se faria
Num canto mais feroz,
E o prazo determina
O fim e seca a minha
Aonde pude ver
O sonho no vazio
E o tempo eu desafio
E sinto-me perder.
MARCOS LOURES
APENAS PAZ
Apenas poderia ver a paz
Aonde o meu caminho se atormenta
E nada do que gere a turbulenta
Ausência poderia ser tenaz,
A sorte noutro engodo se desfaz
E gesta dentro da alma esta sangrenta
Noção que na verdade violenta
O passo noutro rumo e nada traz,
Servindo de bandeja esta emoção
Os dias noutros tantos moldarão
Somente este vazio que eu carrego,
Depois de tanto tempo em vago lume
Ainda que deveras eu me aprume
Ao fim dos desenganos sigo cego.
MARCOS LOURES
Aonde o meu caminho se atormenta
E nada do que gere a turbulenta
Ausência poderia ser tenaz,
A sorte noutro engodo se desfaz
E gesta dentro da alma esta sangrenta
Noção que na verdade violenta
O passo noutro rumo e nada traz,
Servindo de bandeja esta emoção
Os dias noutros tantos moldarão
Somente este vazio que eu carrego,
Depois de tanto tempo em vago lume
Ainda que deveras eu me aprume
Ao fim dos desenganos sigo cego.
MARCOS LOURES
NOVO RUMO
O passo em novo rumo
O dia não traria
Sequer a fantasia
Dos sonhos ledo aprumo
E sinto e me acostumo
Apenas na sombria
Vontade que teria
Quem dita o quanto esfumo
A sorte diz do fim
E o manto vivo em mim
Qual fosse nova pele
Ao nada sem fronteiras
Distante do que queiras
Aos poucos me atropele.
MARCOS LOURES
O dia não traria
Sequer a fantasia
Dos sonhos ledo aprumo
E sinto e me acostumo
Apenas na sombria
Vontade que teria
Quem dita o quanto esfumo
A sorte diz do fim
E o manto vivo em mim
Qual fosse nova pele
Ao nada sem fronteiras
Distante do que queiras
Aos poucos me atropele.
MARCOS LOURES
DESENGANOS
Um tempo após o nada
A lida poderia
Ousar na fantasia
Há tanto desejada,
E o quanto a luta brada
Marcando em sincronia
O mundo em agonia
Alçando a mesma estrada
Aonde nada pude
E quando a juventude
Perdida há tantos anos
Gerasse dissabores
Ainda quando fores
Somente desenganos.
MARCOS LOURES
A lida poderia
Ousar na fantasia
Há tanto desejada,
E o quanto a luta brada
Marcando em sincronia
O mundo em agonia
Alçando a mesma estrada
Aonde nada pude
E quando a juventude
Perdida há tantos anos
Gerasse dissabores
Ainda quando fores
Somente desenganos.
MARCOS LOURES
UMA ALMA VAGA
Um gole de conhaque
A lua enlanguescente
O todo onde se sente
A vida nega o fraque,
O peso sente o baque
E o corte se apresente
Marcando o que inda tente
E a sorte além me ataque,
No pranto derramado
No corte onde chamado
O mundo não negava
A luta sem sentido
E nisto não agrido
Uma alma vaga e escrava.
MARCOS LOURES
A lua enlanguescente
O todo onde se sente
A vida nega o fraque,
O peso sente o baque
E o corte se apresente
Marcando o que inda tente
E a sorte além me ataque,
No pranto derramado
No corte onde chamado
O mundo não negava
A luta sem sentido
E nisto não agrido
Uma alma vaga e escrava.
MARCOS LOURES
CICATRIZ
Quisera apenas ter
Nos olhos a emoção
De dias que verão
Somente algum prazer,
O todo a se perder
A luta em dimensão
Diversa desde então
Negando amanhecer,
Resulto deste canto
E nada mais garanto
Sequer o quanto quis,
Depois de tantos erros
Momentos em desterros
A sorte é cicatriz.
MARCOS LOURES
Nos olhos a emoção
De dias que verão
Somente algum prazer,
O todo a se perder
A luta em dimensão
Diversa desde então
Negando amanhecer,
Resulto deste canto
E nada mais garanto
Sequer o quanto quis,
Depois de tantos erros
Momentos em desterros
A sorte é cicatriz.
MARCOS LOURES
VEJO O FIM
Querendo ou não querendo
A vida não permite
O quanto num limite
Gerasse novo adendo,
O corte me provendo
Do todo onde acredite
No amor que necessite
Bem mais do que um remendo,
Apenas vejo o fim
E sei que dentro em mim
O tempo não se cala,
A luta não mais cessa
Ousando na promessa
Desta alma, ora vassala.
MARCOS LOURES
A vida não permite
O quanto num limite
Gerasse novo adendo,
O corte me provendo
Do todo onde acredite
No amor que necessite
Bem mais do que um remendo,
Apenas vejo o fim
E sei que dentro em mim
O tempo não se cala,
A luta não mais cessa
Ousando na promessa
Desta alma, ora vassala.
MARCOS LOURES
SEM JUÍZO
Num mundo que parece sem juízo
Tomando novos rumos? Mesma história,
E quando se percebe uma vitória,
Frágil tão somente o prejuízo.
Mas vejo no final tosco; matizo,
O todo se transforma em merencória
O grande no momento, resta inglória,
Funesta farsa mata agora o siso.
E beijo a feita carne exposta vã,
E nada o que adianta tolo afã
Traduz a velha nova solidão.
E quase se tentasse outro momento,
O passo transformado noutro chão.
E o mundo se perdendo... fora vento...
MARCOS LOURES
Tomando novos rumos? Mesma história,
E quando se percebe uma vitória,
Frágil tão somente o prejuízo.
Mas vejo no final tosco; matizo,
O todo se transforma em merencória
O grande no momento, resta inglória,
Funesta farsa mata agora o siso.
E beijo a feita carne exposta vã,
E nada o que adianta tolo afã
Traduz a velha nova solidão.
E quase se tentasse outro momento,
O passo transformado noutro chão.
E o mundo se perdendo... fora vento...
MARCOS LOURES
DENTRO DE TI
Quando te conheci
Soubera muito bem
Do quanto amor contém
O todo dentro em ti
E estava desde ali
O mundo aonde alguém
Vencendo o seu desdém
Trouxesse o que perdi,
Presumo novo canto
E nisto eu me adianto
Bebendo a paz sublime,
Destarte meu caminho
Aonde em paz me alinho
Aos poucos me redime.
MARCOS LOURES
Soubera muito bem
Do quanto amor contém
O todo dentro em ti
E estava desde ali
O mundo aonde alguém
Vencendo o seu desdém
Trouxesse o que perdi,
Presumo novo canto
E nisto eu me adianto
Bebendo a paz sublime,
Destarte meu caminho
Aonde em paz me alinho
Aos poucos me redime.
MARCOS LOURES
MAIS SUAVE
Quermesses, esperanças
As horas são diversas
E quando desconversas
Ao fundo não te lanças
E marcas alianças
E nelas as perversas
Vontades onde imersas
Superas temperanças,
Espero após a queda
O quanto amor enreda
E veda apenas isto,
Cenário mais suave
Aonde a sorte trave
O canto onde persisto,
MARCOS LOURES
As horas são diversas
E quando desconversas
Ao fundo não te lanças
E marcas alianças
E nelas as perversas
Vontades onde imersas
Superas temperanças,
Espero após a queda
O quanto amor enreda
E veda apenas isto,
Cenário mais suave
Aonde a sorte trave
O canto onde persisto,
MARCOS LOURES
CENÁRIO
O amor traz num eterno
Cenário esta amplitude
E mesmo quando mude
O dia aonde interno
O coração mais terno
E nada desilude
Quem tanto quer e pude
Vencer o próprio inverno,
Vestindo esta ilusão
Os dias que virão
Serão bem sempre contigo,
Ainda quando partas
Jogadas nossas cartas
O amor; em ti persigo.
MARCOS LOURES
Cenário esta amplitude
E mesmo quando mude
O dia aonde interno
O coração mais terno
E nada desilude
Quem tanto quer e pude
Vencer o próprio inverno,
Vestindo esta ilusão
Os dias que virão
Serão bem sempre contigo,
Ainda quando partas
Jogadas nossas cartas
O amor; em ti persigo.
MARCOS LOURES
TURVO
Ao ver algum perigo
As pernas vão além
Do quanto sente e vem
Tentando um novo abrigo
E quando isto consigo
Não sendo mais refém
Do todo e sem desdém
Em paz, enfim comigo,
A vida se resguarde,
Não sou tanto covarde
Apenas me defendo,
E sei que após a queda
A sorte se envereda
Em rumo turvo, horrendo.
MARCOS LOURES
As pernas vão além
Do quanto sente e vem
Tentando um novo abrigo
E quando isto consigo
Não sendo mais refém
Do todo e sem desdém
Em paz, enfim comigo,
A vida se resguarde,
Não sou tanto covarde
Apenas me defendo,
E sei que após a queda
A sorte se envereda
Em rumo turvo, horrendo.
MARCOS LOURES
AINDA QUE SE ESCULPA
Pagando sempre o pato
O pobre do bichano
A cada novo dano,
Explode onde retrato
A sensação do fato
E nisto não me engano,
Gerando o mais profano
Sentido para um gato.
Levando sempre a culpa
Ainda que se esculpa
Na face algum alento,
Viceja novamente
Ainda que se tente
Mordaz pressentimento.
MARCOS LOURES
O pobre do bichano
A cada novo dano,
Explode onde retrato
A sensação do fato
E nisto não me engano,
Gerando o mais profano
Sentido para um gato.
Levando sempre a culpa
Ainda que se esculpa
Na face algum alento,
Viceja novamente
Ainda que se tente
Mordaz pressentimento.
MARCOS LOURES
MUDAR A DIREÇÃO
Mudar a direção
Do quanto poderia
Reger em alegria
A rara proteção,
E sei que na oração
A sorte moldaria
O todo em fantasia
Traçando outra versão,
E ter a cada frase
O quanto já defase
Da dura realidade,
Vagando para além
Sabendo o que inda tem
E o todo que degrade.
MARCOS LOURES
Do quanto poderia
Reger em alegria
A rara proteção,
E sei que na oração
A sorte moldaria
O todo em fantasia
Traçando outra versão,
E ter a cada frase
O quanto já defase
Da dura realidade,
Vagando para além
Sabendo o que inda tem
E o todo que degrade.
MARCOS LOURES
RARO PRAZER
A queda de outro ser
No fundo nos consola
E gera enquanto imola
O tempo em tal sofrer,
Assim raro prazer
No todo aonde assola
Propulsionando, a mola
Nos faz enternecer.
O rumo mais atroz
Gerando a paz em nós
E nisto me aproxima
De quem sendo melhor
A dor sabe de cor,
Mantendo uma alta estima.
MARCOS LOURES
No fundo nos consola
E gera enquanto imola
O tempo em tal sofrer,
Assim raro prazer
No todo aonde assola
Propulsionando, a mola
Nos faz enternecer.
O rumo mais atroz
Gerando a paz em nós
E nisto me aproxima
De quem sendo melhor
A dor sabe de cor,
Mantendo uma alta estima.
MARCOS LOURES
AINDA EU TENTO
Dinheiro? Tão somente
Nos mostra uma valia
Enquanto não teria
Sequer o que mais tente,
E quando se apresente
Em leda fantasia
Gerando uma utopia
Talvez inconsistente.
Mas quando se apresenta
Na face turbulenta
A falta de provento,
Meu barco num naufrágio
Procura em sonho um ágio
E a paz, ainda eu tento.
MARCOS LOURES
Nos mostra uma valia
Enquanto não teria
Sequer o que mais tente,
E quando se apresente
Em leda fantasia
Gerando uma utopia
Talvez inconsistente.
Mas quando se apresenta
Na face turbulenta
A falta de provento,
Meu barco num naufrágio
Procura em sonho um ágio
E a paz, ainda eu tento.
MARCOS LOURES
LIBERTÁRIO
O quanto é libertário
Traduz o raro ensino
E nisto o cristalino
Caminho é sempre vário,
E o tempo, itinerário
Por onde eu me fascino,
Bebendo o que domino
Ou mesmo o necessário,
Mas quando enfim me imponho
Gestando este medonho
Retrato em tons iguais,
Invés de liberdade
Apenas se degrade
Gerando outros boçais.
MARCOS LOURES
Traduz o raro ensino
E nisto o cristalino
Caminho é sempre vário,
E o tempo, itinerário
Por onde eu me fascino,
Bebendo o que domino
Ou mesmo o necessário,
Mas quando enfim me imponho
Gestando este medonho
Retrato em tons iguais,
Invés de liberdade
Apenas se degrade
Gerando outros boçais.
MARCOS LOURES
ALÉM ESTE UNIVERSO
O quanto se pensava
No todo que soubesse
Gerando a tola messe
E nisto uma alma escrava
No nada onde se lava
Talvez quando obedece
O pouco que merece
A sorte sonegava.
Não sei e disto eu vejo
A vida que desejo
Num átimo diverso
Pequeno ser sem nexo
Olhando ora perplexo
Além este universo.
MARCOS LOURES
No todo que soubesse
Gerando a tola messe
E nisto uma alma escrava
No nada onde se lava
Talvez quando obedece
O pouco que merece
A sorte sonegava.
Não sei e disto eu vejo
A vida que desejo
Num átimo diverso
Pequeno ser sem nexo
Olhando ora perplexo
Além este universo.
MARCOS LOURES
quarta-feira, 11 de abril de 2018
ALÉM DA FANTASIA
O quanto ficaria
De cada pensamento
Mudando num momento
Além da fantasia
E nisto ensinaria
No todo aonde atento
Presumo o que ora tento
E nisto uma alegria,
Colhendo o raro fruto
E sei que assim desfruto
Do todo em claridade,
Destarte se aproveita
A vida onde esta espreita
Traduz a liberdade.
MARCOS LOURES
De cada pensamento
Mudando num momento
Além da fantasia
E nisto ensinaria
No todo aonde atento
Presumo o que ora tento
E nisto uma alegria,
Colhendo o raro fruto
E sei que assim desfruto
Do todo em claridade,
Destarte se aproveita
A vida onde esta espreita
Traduz a liberdade.
MARCOS LOURES
A IMENSA VASTIDÃO
O amor não traduzisse
Pecado nem talvez
O quanto agora vês
Não diz esta tolice
E o sonho em vã crendice
Pudesse em sensatez
Gerar o que se fez
No todo onde se visse,
O canto mais sublime
De tudo nos redime
E traz a dimensão
Exata do querer
E nele ao bel prazer
A imensa vastidão.
MARCOS LOURES
Pecado nem talvez
O quanto agora vês
Não diz esta tolice
E o sonho em vã crendice
Pudesse em sensatez
Gerar o que se fez
No todo onde se visse,
O canto mais sublime
De tudo nos redime
E traz a dimensão
Exata do querer
E nele ao bel prazer
A imensa vastidão.
MARCOS LOURES
UNIVERSO
Um novo dia traz
Momento mais diverso
E quando me disperso
Olhando para trás
O nada mais audaz
Garante este universo
E nisto vou submerso
Ao passo mais voraz,
Depois de cada engano
A vida em novo plano
Presume outro caminho,
Após a tempestade
O dia quando agrade
Transcende ao mais daninho.
MARCOS LOURES
Momento mais diverso
E quando me disperso
Olhando para trás
O nada mais audaz
Garante este universo
E nisto vou submerso
Ao passo mais voraz,
Depois de cada engano
A vida em novo plano
Presume outro caminho,
Após a tempestade
O dia quando agrade
Transcende ao mais daninho.
MARCOS LOURES
DEVERAS
O receber deveras
Nos faz bem mais contentes
E quando em evidentes
Caminhos; destemperas
Ausentes primaveras
Ainda mesmo tentes
Vencer impertinentes
Cenários entre feras,
Marcando cada passo
Aonde o nada eu traço
Vestindo algum futuro
Nas sendas da amizade
O quanto já te agrade
Trazendo o cais seguro.
MARCOS LOURES
Nos faz bem mais contentes
E quando em evidentes
Caminhos; destemperas
Ausentes primaveras
Ainda mesmo tentes
Vencer impertinentes
Cenários entre feras,
Marcando cada passo
Aonde o nada eu traço
Vestindo algum futuro
Nas sendas da amizade
O quanto já te agrade
Trazendo o cais seguro.
MARCOS LOURES
OUVIR
Ouvir é sempre uma arte,
Falar, portanto atrai
E quando a sorte esvai
O mundo não reparte
Gerando então destarte
O todo onde se trai
O passo e já descai
O tempo conflitante,
No caos que se percebe
A vida noutra sebe
Jamais se desenhasse
Certezas são audazes
E nisto então me trazes
A sorte noutra face.
MARCOS LOURES
Falar, portanto atrai
E quando a sorte esvai
O mundo não reparte
Gerando então destarte
O todo onde se trai
O passo e já descai
O tempo conflitante,
No caos que se percebe
A vida noutra sebe
Jamais se desenhasse
Certezas são audazes
E nisto então me trazes
A sorte noutra face.
MARCOS LOURES
ATROZ E RUDE
O quanto se esquecesse
Do dia que passaste
Gerando este desgaste
E nada mais tecesse,
A vida se perdesse
E nisto um velho traste
Da forma onde o tocaste
Vazio merecesse.
Legados do passado
Aonde e quando invado
O tanto que não pude,
Expresso o mesmo vão
E os dias me trarão
Cenário atroz e rude.
MARCOS LOURES
Do dia que passaste
Gerando este desgaste
E nada mais tecesse,
A vida se perdesse
E nisto um velho traste
Da forma onde o tocaste
Vazio merecesse.
Legados do passado
Aonde e quando invado
O tanto que não pude,
Expresso o mesmo vão
E os dias me trarão
Cenário atroz e rude.
MARCOS LOURES
CICLO FEITO EM VIDA
No ciclo feito em vida
A volta se transforma
Mantendo a velha forma
Já tanto conhecida,
Assim nada valida
A eterna e vaga norma
O passo que deforma,
A sorte resumida,
Esqueça qualquer dia
E veja o quanto havia
Ainda dentro em ti,
E novo amanhecer
Já não pudera ver
Em ti me conheci.
MARCOS LOURES
A volta se transforma
Mantendo a velha forma
Já tanto conhecida,
Assim nada valida
A eterna e vaga norma
O passo que deforma,
A sorte resumida,
Esqueça qualquer dia
E veja o quanto havia
Ainda dentro em ti,
E novo amanhecer
Já não pudera ver
Em ti me conheci.
MARCOS LOURES
AUSÊNCIA
Ausência do sentir
Sentido já não faz
E mesmo se mordaz
Traduz algum porvir,
No todo a presumir
O passo mais audaz
A luta, a guerra e a paz,
O quanto inda há de vir,
Vislumbro algum anseio
E sei quanto não veio
Do tanto quanto eu quis,
A sorte em dor e riso,
O ganho e o prejuízo
O ser/não ser feliz.
MARCOS LOURES
Sentido já não faz
E mesmo se mordaz
Traduz algum porvir,
No todo a presumir
O passo mais audaz
A luta, a guerra e a paz,
O quanto inda há de vir,
Vislumbro algum anseio
E sei quanto não veio
Do tanto quanto eu quis,
A sorte em dor e riso,
O ganho e o prejuízo
O ser/não ser feliz.
MARCOS LOURES
DEUS E os homens
Eu creio no Deus que fez os homens, e não no Deus que os homens fizeram.
Alphonse Karr
Um Deus tão vingativo
Humano e de tal forma
O mundo já deforma
E nele ora não vivo,
Um ser mero e cativo
E traz na falsa norma
O passo que deforma
Atroz cenário altivo.
Já tanto apodrecido
Destarte ora duvido
Do amor de ser tão rude,
Amar e perdoar
E assim nos libertar,
E ao frágil sempre ajude.
MARCOS LOURES
Alphonse Karr
Um Deus tão vingativo
Humano e de tal forma
O mundo já deforma
E nele ora não vivo,
Um ser mero e cativo
E traz na falsa norma
O passo que deforma
Atroz cenário altivo.
Já tanto apodrecido
Destarte ora duvido
Do amor de ser tão rude,
Amar e perdoar
E assim nos libertar,
E ao frágil sempre ajude.
MARCOS LOURES
GRITO
O ser, não ser e crer
Diversa realidade
Aonde se degrade
O raro amanhecer,
E tendo em tal poder
O quanto ora se evade
Matando a claridade
Gerando anoitecer,
O fim e o que se pensa
O nada em tez tão tensa
Produz novo vazio,
E quando me permito
Além de um mero grito
Desnudo me desfio.
MARCOS LOURES
Diversa realidade
Aonde se degrade
O raro amanhecer,
E tendo em tal poder
O quanto ora se evade
Matando a claridade
Gerando anoitecer,
O fim e o que se pensa
O nada em tez tão tensa
Produz novo vazio,
E quando me permito
Além de um mero grito
Desnudo me desfio.
MARCOS LOURES
SENDA
Apenas tediosa
A vida onde se vira
A sorte em leda mira
E nada se antegoza
O passo ora se glosa
E traz nesta mentira
O quanto que interfira
Na senda pedregosa
E caprichosamente
A dita tanto mente
Gestando outro revés,
A morte me alivia
E gera a poesia
Rompendo tais galés.
MARCOS LOURES
A vida onde se vira
A sorte em leda mira
E nada se antegoza
O passo ora se glosa
E traz nesta mentira
O quanto que interfira
Na senda pedregosa
E caprichosamente
A dita tanto mente
Gestando outro revés,
A morte me alivia
E gera a poesia
Rompendo tais galés.
MARCOS LOURES
TEMPORAIS
A morte poderia
Trazer o manso cais
E nestes temporais
A vida em fantasia
Gerando esta agonia
Em dias desiguais
Marcando os rituais
E o nada se faria.
Depois de tanto enredo
Ao nada me concedo
E vejo apenas isso,
Mortalha e não reluto
Ainda vendo o luto,
O mero fim cobiço.
MARCOS LOURES
Trazer o manso cais
E nestes temporais
A vida em fantasia
Gerando esta agonia
Em dias desiguais
Marcando os rituais
E o nada se faria.
Depois de tanto enredo
Ao nada me concedo
E vejo apenas isso,
Mortalha e não reluto
Ainda vendo o luto,
O mero fim cobiço.
MARCOS LOURES
CORAGEM
Coragem dita a sorte
De quem em eloquência
Vivera a consciência
Que tanto nos conforte
O passo sendo forte
A vida tem ciência
Do quanto em convivência
Gerasse um novo aporte,
A luta que não cansa
A dita em tal mudança
Gerindo cada passo
Aonde pude outrora
O todo que vigora
E assim futuro eu traço.
MARCOS LOURES
De quem em eloquência
Vivera a consciência
Que tanto nos conforte
O passo sendo forte
A vida tem ciência
Do quanto em convivência
Gerasse um novo aporte,
A luta que não cansa
A dita em tal mudança
Gerindo cada passo
Aonde pude outrora
O todo que vigora
E assim futuro eu traço.
MARCOS LOURES
FRATERNIDADE
Fraternidade dita
A rara sensação
Aonde cada irmão
Na face mais bonita
Ainda se acredita
Nos dias que virão
Na mesma direção
A paz ora infinita,
O todo não pudera
Além da própria esfera
Da humanidade inteira,
E quando se mostrasse
A vida sem impasse
Unindo esta bandeira.
MARCOS LOURES
A rara sensação
Aonde cada irmão
Na face mais bonita
Ainda se acredita
Nos dias que virão
Na mesma direção
A paz ora infinita,
O todo não pudera
Além da própria esfera
Da humanidade inteira,
E quando se mostrasse
A vida sem impasse
Unindo esta bandeira.
MARCOS LOURES
MÃE NATURA
Na mãe natura eu vejo
O quanto poderia
A vida em alegria
E neste raro ensejo
Assim tanto a desejo
E sei da fantasia
Que é quase uma utopia
De um mundo em azulejo,
Sem crises, grises dias
E tanto me trarias
A luz onde toca
E além do imenso mar
Vencer e recriar
Ultrapassando a roca.
MARCOS LOURES
O quanto poderia
A vida em alegria
E neste raro ensejo
Assim tanto a desejo
E sei da fantasia
Que é quase uma utopia
De um mundo em azulejo,
Sem crises, grises dias
E tanto me trarias
A luz onde toca
E além do imenso mar
Vencer e recriar
Ultrapassando a roca.
MARCOS LOURES
AMAR E SER AMADO
Amar e ser amado,
É tudo o quanto basta
Na vida mais nefasta
O sonho em paz eu brado,
E quando assim invado
A noite não mais gasta,
A luta sem vergasta
O rumo noutro fado,
Um passo se alentasse
E nisto a nova face
Ditando eternidade,
O quanto se deseja
A sorte benfazeja
Aonde amor invade.
MARCOS LOURES
É tudo o quanto basta
Na vida mais nefasta
O sonho em paz eu brado,
E quando assim invado
A noite não mais gasta,
A luta sem vergasta
O rumo noutro fado,
Um passo se alentasse
E nisto a nova face
Ditando eternidade,
O quanto se deseja
A sorte benfazeja
Aonde amor invade.
MARCOS LOURES
TOSCA HUMANIDADE
No quanto esta irmandade
Trouxera um passo além
Do todo onde contém
A tosca humanidade,
Meu passo não degrade
Enquanto sou refém
Do amor que sempre vem
E dite a liberdade,
No canto mais audaz
A sorte que se faz
Presume novo rumo,
O canto libertário
Num raro itinerário
Decerto eu sempre assumo.
MARCOS LOURES
Trouxera um passo além
Do todo onde contém
A tosca humanidade,
Meu passo não degrade
Enquanto sou refém
Do amor que sempre vem
E dite a liberdade,
No canto mais audaz
A sorte que se faz
Presume novo rumo,
O canto libertário
Num raro itinerário
Decerto eu sempre assumo.
MARCOS LOURES
MUTANTE
Um ser sempre mutante
Alcança o mais completo
Caminho onde este afeto
Trouxera um novo instante
E a vida se garante
enquanto me repleto
Do todo em predileto
Ou mesmo me adiante,
Vagando sem destino
O quanto me fascino
Na face que virá
Deixando para trás
O sonho mais mordaz
Na busca de um maná.
MARCOS LOURES
Alcança o mais completo
Caminho onde este afeto
Trouxera um novo instante
E a vida se garante
enquanto me repleto
Do todo em predileto
Ou mesmo me adiante,
Vagando sem destino
O quanto me fascino
Na face que virá
Deixando para trás
O sonho mais mordaz
Na busca de um maná.
MARCOS LOURES
GERANDO EM RARO AMOR
Os mortos que carrego
No peito sonhador,
Gerando em raro amor
Um dia outrora cego,
E sei que não sossego
Lutando em tal valor
Ousando aonde eu for
Traçando enfim outro ego,
A redenção se faz
Jamais em plena paz,
Revoltas libertárias
E nelas se verão
As bases da nação
Duras, mas necessárias.
MARCOS LOURES
No peito sonhador,
Gerando em raro amor
Um dia outrora cego,
E sei que não sossego
Lutando em tal valor
Ousando aonde eu for
Traçando enfim outro ego,
A redenção se faz
Jamais em plena paz,
Revoltas libertárias
E nelas se verão
As bases da nação
Duras, mas necessárias.
MARCOS LOURES
EM PAZ
O todo se completa
Em cada novo ser
E noutro posso ver
A vida mais dileta
E sendo ou não poeta
Buscando conhecer
O raro amanhecer
A plenitude é meta,
A seta para tal
Desenha num igual
Cenário cada passo,
Destarte sou feliz
Se tudo o quanto eu quis
Agora em paz eu traço.
MARCOS LOURES
Em cada novo ser
E noutro posso ver
A vida mais dileta
E sendo ou não poeta
Buscando conhecer
O raro amanhecer
A plenitude é meta,
A seta para tal
Desenha num igual
Cenário cada passo,
Destarte sou feliz
Se tudo o quanto eu quis
Agora em paz eu traço.
MARCOS LOURES
RENOVA A PRIMAVERA
As dores que inda trago
São toda a minha herança
E a cada dia lança
A vida em raro afago,
E assim quando divago
Ousando em tal mudança
A sorte na aliança
Sentido claro e mago,
Ao menos poderia
Tentar em novo dia
O quanto não tivera,
Verdade que conheço
Após cada tropeço
Renova a primavera.
MARCOS LOURES
São toda a minha herança
E a cada dia lança
A vida em raro afago,
E assim quando divago
Ousando em tal mudança
A sorte na aliança
Sentido claro e mago,
Ao menos poderia
Tentar em novo dia
O quanto não tivera,
Verdade que conheço
Após cada tropeço
Renova a primavera.
MARCOS LOURES
SEM TEMORES
O agir deveras traz
Bem mais do que se pensa
E nesta recompensa
O passo mais audaz
Permite o que se faz
E gera a vida intensa
Na noite clara e imensa
Um passo feito em paz,
Assim ao se prever
O raro enternecer
Da vida sem temores,
Seguindo aonde fores
Deveras poderia
Beber farta alegria.
MARCOS LOURES
Bem mais do que se pensa
E nesta recompensa
O passo mais audaz
Permite o que se faz
E gera a vida intensa
Na noite clara e imensa
Um passo feito em paz,
Assim ao se prever
O raro enternecer
Da vida sem temores,
Seguindo aonde fores
Deveras poderia
Beber farta alegria.
MARCOS LOURES
FANTOCHE
Quimeras entre fúrias
E nada mais se faz
Apenas o mordaz
Cenário entre penúrias
E quanto das lamúrias
Num dia mais audaz
Matando enfim a paz
Ditando tais incúrias
E sendo de tal forma
A luta nos deforma
E gera este fantoche
Aonde uma incerteza
Regendo sobre a mesa
Apenas nos deboche.
MARCOS LOURES
E nada mais se faz
Apenas o mordaz
Cenário entre penúrias
E quanto das lamúrias
Num dia mais audaz
Matando enfim a paz
Ditando tais incúrias
E sendo de tal forma
A luta nos deforma
E gera este fantoche
Aonde uma incerteza
Regendo sobre a mesa
Apenas nos deboche.
MARCOS LOURES
GERANDO AMANHECER
Ao educar o ser
Transformas moralmente
E assim tanto fomente
Gerando amanhecer
Pudesse então se ver
Além do corpo, a mente
Beleza transparente
E nisto o merecer
A glória mais perfeita
Aonde se deleita
A imagem mais divina,
Destarte esta grandeza
Suprema traz leveza
E o todo determina.
MARCOS LOURES
Transformas moralmente
E assim tanto fomente
Gerando amanhecer
Pudesse então se ver
Além do corpo, a mente
Beleza transparente
E nisto o merecer
A glória mais perfeita
Aonde se deleita
A imagem mais divina,
Destarte esta grandeza
Suprema traz leveza
E o todo determina.
MARCOS LOURES
MAIS ARÁVEL
Unir os pólos traz
A força incomparável
Terreno mais arável
E nele a plena paz,
O passo mais audaz
E sendo inigualável
A luta interminável
É sempre a mais mordaz,
Ainda quando possa
Traçar além da fossa
Uma harmonia eterna
E nesta direção
Gerando esta união
A vida além se externa
MARCOS LOURES
A força incomparável
Terreno mais arável
E nele a plena paz,
O passo mais audaz
E sendo inigualável
A luta interminável
É sempre a mais mordaz,
Ainda quando possa
Traçar além da fossa
Uma harmonia eterna
E nesta direção
Gerando esta união
A vida além se externa
MARCOS LOURES
UNINDO OS CAMINHOS
Unindo dois caminhos
Num ato em tal constância
Gerando nova estância
Sem passos vãos, mesquinhos
E quando dos espinhos
A sorte em discrepância
Traçasse a tolerância
Entre os diversos ninhos,
O agora e o quanto venha
Mantendo acesa a lenha
Na frágua da esperança
E ter toda a ciência
Da vida em tal clemência
No etéreo em paz se lança.
MARCOS LOURES
Num ato em tal constância
Gerando nova estância
Sem passos vãos, mesquinhos
E quando dos espinhos
A sorte em discrepância
Traçasse a tolerância
Entre os diversos ninhos,
O agora e o quanto venha
Mantendo acesa a lenha
Na frágua da esperança
E ter toda a ciência
Da vida em tal clemência
No etéreo em paz se lança.
MARCOS LOURES
UM DESEJO SOMENTE
Um desejo somente
Bastasse para tanto
E nisto o que garanto
Traduz frequentemente
O quando se alimente
Do sonho e neste encanto
O mundo traça o manto
Domina inteira a mente,
Povoa em esperança
A humanidade inteira
E mais do que se queira
Ao todo enfim nos lança
Gerando a confiança,
Amor firme bandeira.
MARCOS LOURES
Bastasse para tanto
E nisto o que garanto
Traduz frequentemente
O quando se alimente
Do sonho e neste encanto
O mundo traça o manto
Domina inteira a mente,
Povoa em esperança
A humanidade inteira
E mais do que se queira
Ao todo enfim nos lança
Gerando a confiança,
Amor firme bandeira.
MARCOS LOURES
IMENSO CONTRATEMPO
O quanto nos parece
Em brilho mais intenso
Não mais eu me convenço
De ser rara bebesse,
O todo que se tece
Num ato tão imenso
Por vezes diz do tenso
Caminho que entorpece,
Um átimo não vale
O quanto deste vale
A vida poderia,
Acaso noutro tempo
O imenso contratempo
Regendo esta agonia.
MARCOS LOURES
Em brilho mais intenso
Não mais eu me convenço
De ser rara bebesse,
O todo que se tece
Num ato tão imenso
Por vezes diz do tenso
Caminho que entorpece,
Um átimo não vale
O quanto deste vale
A vida poderia,
Acaso noutro tempo
O imenso contratempo
Regendo esta agonia.
MARCOS LOURES
AO QUASE NADA
O início diz do quanto
A sorte pode além
E o quanto se provém
Do passo onde garanto
Gerando algum encanto
A luta sempre tem
No fim o raro bem
De ser o que adianto,
Gigante ou mesmo ledo,
O passo que concedo
Transforma a caminhada,
Do todo ou mero prazo
A vida noutro ocaso
Transcende ao quase nada.
MARCOS LOURES
A sorte pode além
E o quanto se provém
Do passo onde garanto
Gerando algum encanto
A luta sempre tem
No fim o raro bem
De ser o que adianto,
Gigante ou mesmo ledo,
O passo que concedo
Transforma a caminhada,
Do todo ou mero prazo
A vida noutro ocaso
Transcende ao quase nada.
MARCOS LOURES
terça-feira, 10 de abril de 2018
RARO MANTO
Amor traduz o quanto
Pudesse perceber
E ter neste prazer
O quanto me agiganto,
Vestindo o raro manto
Espreito amanhecer
E sei deste querer
E nisto em paz eu canto,
Invisto cada passo
Aonde o sonho traço
E venço os temporais,
Amando e sendo assim,
O todo vive em mim,
Gestando os meus cristais.
MARCOS LOURES
Pudesse perceber
E ter neste prazer
O quanto me agiganto,
Vestindo o raro manto
Espreito amanhecer
E sei deste querer
E nisto em paz eu canto,
Invisto cada passo
Aonde o sonho traço
E venço os temporais,
Amando e sendo assim,
O todo vive em mim,
Gestando os meus cristais.
MARCOS LOURES
A LUTA NÃO TERMINA
O quanto da beleza
Na vida se veria
E nisto a fantasia
Gerasse a correnteza
E tendo esta certeza
A sorte então traria
Além desta sombria
E dura natureza
A luta não termina
E sei da velha mina,
Incontrolável fonte
Por onde o tempo flui
E a sorte tanto influi
E a paz ora desponte.
MARCOS LOURES
Na vida se veria
E nisto a fantasia
Gerasse a correnteza
E tendo esta certeza
A sorte então traria
Além desta sombria
E dura natureza
A luta não termina
E sei da velha mina,
Incontrolável fonte
Por onde o tempo flui
E a sorte tanto influi
E a paz ora desponte.
MARCOS LOURES
NO RELENTO
O novo se aproxima
E gesta o pensamento
Deixando no relento
O quanto inda se estima,
Marcando em novo clima
O tanto que inda tento
Seguindo o forte vento
A voz audaz se prima,
Poeira do passado
No tempo desolado
Jogado neste vão,
As horas renovadas
As sortes desenhadas
Nos dias que virão.
MARCOS LOURES
E gesta o pensamento
Deixando no relento
O quanto inda se estima,
Marcando em novo clima
O tanto que inda tento
Seguindo o forte vento
A voz audaz se prima,
Poeira do passado
No tempo desolado
Jogado neste vão,
As horas renovadas
As sortes desenhadas
Nos dias que virão.
MARCOS LOURES
VIRTUDE
Virtude dita a glória
E gera além do cais
Os dias; e tu vais
Mudar a velha história
Apenas na memória
Momentos desiguais
E nada racionais
A sorte merencória,
O amor ditando o rumo
E nisto me resumo
Tentando ter além
Do quanto a cada dia,
O mundo não traria
E o todo, enfim, já vem.
MARCOS LOURES
E gera além do cais
Os dias; e tu vais
Mudar a velha história
Apenas na memória
Momentos desiguais
E nada racionais
A sorte merencória,
O amor ditando o rumo
E nisto me resumo
Tentando ter além
Do quanto a cada dia,
O mundo não traria
E o todo, enfim, já vem.
MARCOS LOURES
O IMENSO AMOR
A vida se renova
E traz após a queda
A sorte onde envereda
E o todo além da prova,
Assim a senda nova
Depois da que se veda
Gestando outra moeda
E nisto a dita aprova
Caminho mais suave
Aonde sem entrave
Pudesse desenhar
O quanto existe em nós
Vencendo qualquer foz
Invade o imenso mar.
MARCOS LOURES
E traz após a queda
A sorte onde envereda
E o todo além da prova,
Assim a senda nova
Depois da que se veda
Gestando outra moeda
E nisto a dita aprova
Caminho mais suave
Aonde sem entrave
Pudesse desenhar
O quanto existe em nós
Vencendo qualquer foz
Invade o imenso mar.
MARCOS LOURES
NOVA POTA
O quanto se suporta
Traduz capacidade
E o todo na verdade
Abrindo nova porta
Aonde o que conforta
Transcende ao quanto invade
E mesmo a claridade
No coração se aporta
Gerando outro momento
E nisto eu me alimento
Da etérea sensação
Dos dias que virão
Traçando em provimento
O todo em direção.
MARCOS LOURES
Traduz capacidade
E o todo na verdade
Abrindo nova porta
Aonde o que conforta
Transcende ao quanto invade
E mesmo a claridade
No coração se aporta
Gerando outro momento
E nisto eu me alimento
Da etérea sensação
Dos dias que virão
Traçando em provimento
O todo em direção.
MARCOS LOURES
ETERNA LUZ
O bem se refletindo
Especular caminho
Aonde o mais daninho
Ainda se faz findo,
O tempo enquanto o brindo
Vencendo cada espinho
Traçando em paz o ninho
E o todo onde deslindo,
Decido cada passo
Enquanto o bem eu faço
Gestando eterna luz
E assim ao ser diverso
Do quanto fora imerso
Eterno tom conduz.
MARCOS LOURES
Especular caminho
Aonde o mais daninho
Ainda se faz findo,
O tempo enquanto o brindo
Vencendo cada espinho
Traçando em paz o ninho
E o todo onde deslindo,
Decido cada passo
Enquanto o bem eu faço
Gestando eterna luz
E assim ao ser diverso
Do quanto fora imerso
Eterno tom conduz.
MARCOS LOURES
INVEJA
A inveja se traduz
No ocaso de uma vida
Há tanto já perdida
Sem ter sequer a luz
O tempo não faz jus
Ao quanto se duvida
E nada mais divida
Traçando então a cruz,
Vencer este ciúme
E ter além do ardume
O dia mais suave,
O quanto se presume
Chegando além, no cume,
Sem nada que isto agrave.
MARCOS LOURES
No ocaso de uma vida
Há tanto já perdida
Sem ter sequer a luz
O tempo não faz jus
Ao quanto se duvida
E nada mais divida
Traçando então a cruz,
Vencer este ciúme
E ter além do ardume
O dia mais suave,
O quanto se presume
Chegando além, no cume,
Sem nada que isto agrave.
MARCOS LOURES
VANDA
Mares e marés, matas, cachoeira
O canto da promessa já se cala.
A dor que me tortura a vida inteira
Batendo nesta porta, entra na sala...
E traz a tempestade verdadeira
Que pesa em minha vida, dura mala
Que toma em meu destino, a dianteira.
Calando-me não deixa sequer fala.
Quem sabe encontrarei no fim da vida
Depois de tanto amor em despedida
Depois da solidão que me comanda...
No cimo das montanhas, meu cansaço,
A peregrina persigo, nenhum traço
Mostra-me onde encontrar a amada Vanda!
MARCOS LOURES
O canto da promessa já se cala.
A dor que me tortura a vida inteira
Batendo nesta porta, entra na sala...
E traz a tempestade verdadeira
Que pesa em minha vida, dura mala
Que toma em meu destino, a dianteira.
Calando-me não deixa sequer fala.
Quem sabe encontrarei no fim da vida
Depois de tanto amor em despedida
Depois da solidão que me comanda...
No cimo das montanhas, meu cansaço,
A peregrina persigo, nenhum traço
Mostra-me onde encontrar a amada Vanda!
MARCOS LOURES
VANESSA
Amor em suas asas tão serenas
Traz-me um gosto mais doce de saudade,
Que, ao relembrar, me dá felicidade
Das tardes que vivemos, bem amenas...
Um bando de fantásticas falenas...
Depois de tudo, a dor: fatalidade
Que cessa todo o sonho, liberdade!
Agora no meu peito, tantas penas!
Vencido pela tarde que se foi,
Meu canto angustiado, um peixe boi,
Aguarda pela noite que não vem...
Será que nosso Pai já me esqueceu?
Embalde, meu carinho percorreu
Em busca de Vanessa mas, ninguém!
MARCOS LOURES
Traz-me um gosto mais doce de saudade,
Que, ao relembrar, me dá felicidade
Das tardes que vivemos, bem amenas...
Um bando de fantásticas falenas...
Depois de tudo, a dor: fatalidade
Que cessa todo o sonho, liberdade!
Agora no meu peito, tantas penas!
Vencido pela tarde que se foi,
Meu canto angustiado, um peixe boi,
Aguarda pela noite que não vem...
Será que nosso Pai já me esqueceu?
Embalde, meu carinho percorreu
Em busca de Vanessa mas, ninguém!
MARCOS LOURES
VERA
Não suporto a mentira que vivemos!
Somente uma verdade nos liberta
Disto que te falei esteja certa,
Assim em nosso mundo já morremos.
De tudo que na vida não sabemos
Apenas uma porta sempre aberta
Deixando essa emoção em vivo alerta
Teremos o futuro que queremos.
Não deixe que termine tudo assim,
Não sabe como dói amaro fim
Do amor que sempre quis a primavera!
Portanto não me mintas por favor.
Por fim irás matar o nosso amor,
Esmague, amada Vera, essa quimera!
MARCOS LOURES
Somente uma verdade nos liberta
Disto que te falei esteja certa,
Assim em nosso mundo já morremos.
De tudo que na vida não sabemos
Apenas uma porta sempre aberta
Deixando essa emoção em vivo alerta
Teremos o futuro que queremos.
Não deixe que termine tudo assim,
Não sabe como dói amaro fim
Do amor que sempre quis a primavera!
Portanto não me mintas por favor.
Por fim irás matar o nosso amor,
Esmague, amada Vera, essa quimera!
MARCOS LOURES
VIRGÍNIA
Castelos e sereias, a princesa...
O corte tão profundo já levou.
De toda a fantasia que ficou,
Um gosto tão amargo da tristeza...
Mas a tarde trará nova certeza,
Mesmo que o sol que veio não brilhou
Outro virá trazendo o que sonhou.
Enfim te cercará de tal beleza
Que nunca lembrarás do antigo sol.
A vida te promete este farol
Que sempre te trará a claridade!
E tudo que parece tão distante
Muda-se, de repente, num instante,
Virgínia, e te trará felicidade!
MARCOS LOURES
O corte tão profundo já levou.
De toda a fantasia que ficou,
Um gosto tão amargo da tristeza...
Mas a tarde trará nova certeza,
Mesmo que o sol que veio não brilhou
Outro virá trazendo o que sonhou.
Enfim te cercará de tal beleza
Que nunca lembrarás do antigo sol.
A vida te promete este farol
Que sempre te trará a claridade!
E tudo que parece tão distante
Muda-se, de repente, num instante,
Virgínia, e te trará felicidade!
MARCOS LOURES
VERÔNICA
Nos jardins desta vida, tantas flores,
Os retratos divinos da esperança.
Por onde meu olhar, feliz, alcança
Milhares e milhares, meus amores!
Um dia, nosso Deus em seus favores
Aos homens, nos deixou essa lembrança:
Apenas quem tiver alma tão mansa
Que saiba conhecer os seus olores
E guarde, na memória seus perfumes
Será um ser liberto de queixumes.
Por isso dos jardins a mesma tônica:
Felicidade está muito mais perto
Do que tu pensas. Disto esteja certo.
No meu jardim plantei amor: Verônica!
MARCOS LOURES
Os retratos divinos da esperança.
Por onde meu olhar, feliz, alcança
Milhares e milhares, meus amores!
Um dia, nosso Deus em seus favores
Aos homens, nos deixou essa lembrança:
Apenas quem tiver alma tão mansa
Que saiba conhecer os seus olores
E guarde, na memória seus perfumes
Será um ser liberto de queixumes.
Por isso dos jardins a mesma tônica:
Felicidade está muito mais perto
Do que tu pensas. Disto esteja certo.
No meu jardim plantei amor: Verônica!
MARCOS LOURES
VIVIANE
Alegria nascendo a cada dia
Trazendo um vento calmo de esperança
Na luta sem final contra a lembrança
De toda dor que mata a fantasia.
A cada novo tempo, a poesia
Inunda-se e não quer sombras da vingança
Rondando nosso amor em aliança
E trama contra a noite negra e fria...
Crisântemos florescem no jardim,
Eu guardo belas flores dentro em mim
Pedindo que este canto nunca engane.
Por mais que seja triste a madrugada
A vida se refaz nesta alvorada
Que trouxe o manso amor de Viviane...
MARCOS LOURES
Trazendo um vento calmo de esperança
Na luta sem final contra a lembrança
De toda dor que mata a fantasia.
A cada novo tempo, a poesia
Inunda-se e não quer sombras da vingança
Rondando nosso amor em aliança
E trama contra a noite negra e fria...
Crisântemos florescem no jardim,
Eu guardo belas flores dentro em mim
Pedindo que este canto nunca engane.
Por mais que seja triste a madrugada
A vida se refaz nesta alvorada
Que trouxe o manso amor de Viviane...
MARCOS LOURES
VITÓRIA
A vida sempre trouxe tanta dor,
Embora em poucas lutas que venci
Guardei essa esperança por aqui
Sabendo que jamais verei a cor
Duma felicidade e seu calor.
Por tanto que lutei sempre esqueci
Que a noite quando chega traz em si
O frio da saudade em seu vigor.
Mas nada me trará outro caminho.
Meu mundo percorrer a pé, sozinho,
E nada mudará a triste história...
Porém ao acordar nesta manhã,
Ao ver essa menina, novo afã,
Será que enfim, terei minha Vitória?
MARCOS LOURES
Embora em poucas lutas que venci
Guardei essa esperança por aqui
Sabendo que jamais verei a cor
Duma felicidade e seu calor.
Por tanto que lutei sempre esqueci
Que a noite quando chega traz em si
O frio da saudade em seu vigor.
Mas nada me trará outro caminho.
Meu mundo percorrer a pé, sozinho,
E nada mudará a triste história...
Porém ao acordar nesta manhã,
Ao ver essa menina, novo afã,
Será que enfim, terei minha Vitória?
MARCOS LOURES
O MEU SONHO
Das terras estrangeiras o meu sonho!
Em forma de mulher encantadora
Das dores que carrego, redentora
De todos os caminhos, mais risonho.
Quem teve tanta dor, mundo medonho,
Já sabe que ao te ter a vida aflora
E jamais deixará quem tanto adora
Não quero mais saber e te proponho
Que vivas, do meu lado, o que me resta
Abrindo meu futuro. Na seresta
Onde sempre estivemos, par constante,
A nossa melodia nos levanta.
E com bela voz , Xênia sempre encanta...
Deixa-me ser, da vida, novo amante!
MARCOS LOURES
Em forma de mulher encantadora
Das dores que carrego, redentora
De todos os caminhos, mais risonho.
Quem teve tanta dor, mundo medonho,
Já sabe que ao te ter a vida aflora
E jamais deixará quem tanto adora
Não quero mais saber e te proponho
Que vivas, do meu lado, o que me resta
Abrindo meu futuro. Na seresta
Onde sempre estivemos, par constante,
A nossa melodia nos levanta.
E com bela voz , Xênia sempre encanta...
Deixa-me ser, da vida, novo amante!
MARCOS LOURES
JARDIM
No jardim dessa vida tanta flor...
A noite que me trouxe também quis
Que embora não sonhasse ser feliz
Brotou na minha vida um belo amor!
Dentro desta saudade teu olor
Desta santa alegria eu peço bis
Destino de quem vive por um triz
Não pode ser somente de pavor.
A lua que nasceu dentro de mim
Me trouxe também muito desengano
De tudo que sonhei um carmesim
Lábio, que não permite mais engano,
Yasmin nunca me deixe mais só,
Eu te peço te imploro, tenha dó!
MARCOS LOURES
A noite que me trouxe também quis
Que embora não sonhasse ser feliz
Brotou na minha vida um belo amor!
Dentro desta saudade teu olor
Desta santa alegria eu peço bis
Destino de quem vive por um triz
Não pode ser somente de pavor.
A lua que nasceu dentro de mim
Me trouxe também muito desengano
De tudo que sonhei um carmesim
Lábio, que não permite mais engano,
Yasmin nunca me deixe mais só,
Eu te peço te imploro, tenha dó!
MARCOS LOURES
YOLANDA
A vida não seria tanta luz
Se quem sempre quis não me quisesse
Aí não bastaria toda prece
O campo sem teu braço não produz
O medo da saudade já traduz
Não há sequer nenhuma que confesse
Nem em reza nem festa nem quermesse
Que me faça um cantador que se seduz.
Somente essa menina que chegou
Em meio a tempestade, já brilhou
A flor do meu desejo não desanda
Mar e sol, lua e vida soberana
Um peito apaixonado não se engana
E morre nos teus braços Yolanda!
MARCOS LOURES
Se quem sempre quis não me quisesse
Aí não bastaria toda prece
O campo sem teu braço não produz
O medo da saudade já traduz
Não há sequer nenhuma que confesse
Nem em reza nem festa nem quermesse
Que me faça um cantador que se seduz.
Somente essa menina que chegou
Em meio a tempestade, já brilhou
A flor do meu desejo não desanda
Mar e sol, lua e vida soberana
Um peito apaixonado não se engana
E morre nos teus braços Yolanda!
MARCOS LOURES
ZÉLIA
Na noite que deixaste tanta dor
Meu peito procurando liberdade
Tantas ruas, esquinas da cidade
Em cada madrugada, em cada flor...
O medo se transforma num pavor
E toda minha força na saudade...
Quem me dera ter toda a claridade
Que perdi, numa noite de terror.
Estou tão solitário, o vento frio..
Quem me dera voltasse meu estio.
No meu jardim nascesse outra bromélia,
Mas a vida, cruel, não mais afaga.
Meu caminho distante, noutra plaga,
Onde adormece a bela, amada Zélia...
MARCOS LOURES
Meu peito procurando liberdade
Tantas ruas, esquinas da cidade
Em cada madrugada, em cada flor...
O medo se transforma num pavor
E toda minha força na saudade...
Quem me dera ter toda a claridade
Que perdi, numa noite de terror.
Estou tão solitário, o vento frio..
Quem me dera voltasse meu estio.
No meu jardim nascesse outra bromélia,
Mas a vida, cruel, não mais afaga.
Meu caminho distante, noutra plaga,
Onde adormece a bela, amada Zélia...
MARCOS LOURES
segunda-feira, 9 de abril de 2018
ZENAIDE
Saudade me consome e não perdoa...
O mundo desabando pouco a pouco,
O grito na garganta quase rouco,
A minha asa, quebrada já não voa...
A voz desta saudade, triste ecoa
E solta nos espaços, fico louco.
E nada me consola nem tampouco
A liberdade que sonhei revoa...
Vivendo do que fomos, vou morrendo.
O manto que me cobre, se perdendo
A vida me maltrata, duro alcaide...
Espero tua volta meu amor,
O teu braço será meu redentor.
Retorne meu amor, minha Zenaide!
MARCOS LOURES
O mundo desabando pouco a pouco,
O grito na garganta quase rouco,
A minha asa, quebrada já não voa...
A voz desta saudade, triste ecoa
E solta nos espaços, fico louco.
E nada me consola nem tampouco
A liberdade que sonhei revoa...
Vivendo do que fomos, vou morrendo.
O manto que me cobre, se perdendo
A vida me maltrata, duro alcaide...
Espero tua volta meu amor,
O teu braço será meu redentor.
Retorne meu amor, minha Zenaide!
MARCOS LOURES
SONHO DOURADO
Dourado sonho dominando tudo...
Os olhos esquecidos adormecem...
Nas horas mais doridas não esquecem
E deixam o meu dia quase mudo...
Não posso compreender, porém, contudo,
Que as noites que vieram se padecem
Dos sonhos que perdemos e enlouquecem
Fazendo um coração já tartamudo.
Amor interagindo com saudade
Matando, sem querer, felicidade.
Nos braços que me entrego, em fantasia...
A vida me promete este tesouro,
Estrela que ilumina trazendo ouro.
Zuleica minha estrela da alegria!
MARCOS LOURES
Os olhos esquecidos adormecem...
Nas horas mais doridas não esquecem
E deixam o meu dia quase mudo...
Não posso compreender, porém, contudo,
Que as noites que vieram se padecem
Dos sonhos que perdemos e enlouquecem
Fazendo um coração já tartamudo.
Amor interagindo com saudade
Matando, sem querer, felicidade.
Nos braços que me entrego, em fantasia...
A vida me promete este tesouro,
Estrela que ilumina trazendo ouro.
Zuleica minha estrela da alegria!
MARCOS LOURES
ALBORES
A manhã me trazendo seus albores
E seus raios solares... sensação
Da abelha fecundando essas flores,
Na eterna primavera... coração!
A manhã, companheira dos amores,
Refaz a nossa vida, é solução
Para os noturnos medos, seus horrores,
Abrindo a porta, fecha a solidão!
Há tanta coisa mais interessante
Que acompanha os solares raios, vida...
As libélulas, pássaros, as cores...
Nossa vida passando em um instante...
A tristeza anestésica, esquecida...
A manhã vem trazendo seus albores...
MARCOS LOURES
E seus raios solares... sensação
Da abelha fecundando essas flores,
Na eterna primavera... coração!
A manhã, companheira dos amores,
Refaz a nossa vida, é solução
Para os noturnos medos, seus horrores,
Abrindo a porta, fecha a solidão!
Há tanta coisa mais interessante
Que acompanha os solares raios, vida...
As libélulas, pássaros, as cores...
Nossa vida passando em um instante...
A tristeza anestésica, esquecida...
A manhã vem trazendo seus albores...
MARCOS LOURES
RARO MATIZ
Dançando nas esferas e nas ruas
As nuas melodias e os sonhos,
Que fazem de meus olhos mais risonhos
E em plenas alegrias continuas
As Ruas e destinos são festejos
Realejos dos meus tempos de criança
Quem me dera se todos os desejos
Realizassem por certo uma esperança
Mas, nada , estou assim muito feliz,
Sabendo que virás ao fim do dia.
O brilho dessa vida, sempre quis.
Tentando desenhar, raro matiz
Revivendo invadindo a poesia
Trazendo, ao fim da vida, uma alegria!
MARCOS LOURES
As nuas melodias e os sonhos,
Que fazem de meus olhos mais risonhos
E em plenas alegrias continuas
As Ruas e destinos são festejos
Realejos dos meus tempos de criança
Quem me dera se todos os desejos
Realizassem por certo uma esperança
Mas, nada , estou assim muito feliz,
Sabendo que virás ao fim do dia.
O brilho dessa vida, sempre quis.
Tentando desenhar, raro matiz
Revivendo invadindo a poesia
Trazendo, ao fim da vida, uma alegria!
MARCOS LOURES
MELHOR MORRER
AH! COMO EU PODERIA TE DIZER
DA SENSAÇÃO CRUEL DESSA SAUDADE
DIZER-TE QUE, SEM TI , MELHOR MORRER!
VOU PROCURAR-TE EM TODA CLARIDADE.
JAMAIS EU SABERIA QUEM HÁ DE
INFORMAR A ESSE LOUCO SEM PORQUÊ
EM QUE CANTO, EM QUE RUA NA CIDADE
EM QUE MUNDO ELE SOUBE TE PERDER?
AGORA QUE AS PALAVRAS SÃO NEFASTAS.
AGORA QUE MEU MUNDO JÁ PERDI
QUANTO MAIS ME APROXIMO, MAIS T'AFASTAS
MAIS SINTO A ANGÚSTIA MAIS CRUEL, SORRIR.
SE, QUANTO MAIS DE DOR, MEU PEITO,
ABASTAS;
SUPLICO, POR FAVOR, O AMOR EM TI
MARCOS LOURES
DA SENSAÇÃO CRUEL DESSA SAUDADE
DIZER-TE QUE, SEM TI , MELHOR MORRER!
VOU PROCURAR-TE EM TODA CLARIDADE.
JAMAIS EU SABERIA QUEM HÁ DE
INFORMAR A ESSE LOUCO SEM PORQUÊ
EM QUE CANTO, EM QUE RUA NA CIDADE
EM QUE MUNDO ELE SOUBE TE PERDER?
AGORA QUE AS PALAVRAS SÃO NEFASTAS.
AGORA QUE MEU MUNDO JÁ PERDI
QUANTO MAIS ME APROXIMO, MAIS T'AFASTAS
MAIS SINTO A ANGÚSTIA MAIS CRUEL, SORRIR.
SE, QUANTO MAIS DE DOR, MEU PEITO,
ABASTAS;
SUPLICO, POR FAVOR, O AMOR EM TI
MARCOS LOURES
ESTRELA
Uma estrela acendendo no meu sonho
Em brisas, maciez, em plena festa.
De tudo que sonhei, nada mais resta,
Senão o meu caminho sem promessas
Estrela que vivendo nas avessas
Transforma meu viver mais enfadonho...
Abraço tal estrela que não sente
Abraços nem sementes que perfumo,
Esqueço meu caminho, caço o rumo
E nem amar estrela mais consente.
Quem dera se pudesse, ouviu estrela,
Viver mesmo que, embora, só chorando,
A lua que te trouxe, iluminando,
E nada mais fazer senão vivê-la!
MARCOS LOURES
Em brisas, maciez, em plena festa.
De tudo que sonhei, nada mais resta,
Senão o meu caminho sem promessas
Estrela que vivendo nas avessas
Transforma meu viver mais enfadonho...
Abraço tal estrela que não sente
Abraços nem sementes que perfumo,
Esqueço meu caminho, caço o rumo
E nem amar estrela mais consente.
Quem dera se pudesse, ouviu estrela,
Viver mesmo que, embora, só chorando,
A lua que te trouxe, iluminando,
E nada mais fazer senão vivê-la!
MARCOS LOURES
AMOR
Amor, que se fazendo em meus cuidados
Se torna quase sempre um instrumento
De sonhos e de cantos mais velados
Ecoa no meu peito um sentimento.
Divinos os teus rastros que percorro
Amares nunca dantes percorridos
Escapo numa escarpa, monte, morro.
Rochedos dos meus sonhos vãos, perdidos.
Mas, sendo quem não fora, quem me dera
Ser mar e navegar teu coração
Buscando em meu outono, a primavera
Pedindo, nos meus versos, teu perdão.
Amor que me maltrata, mata e cura,
Perdi a minha vida, na procura...
MARCOS LOURES
Se torna quase sempre um instrumento
De sonhos e de cantos mais velados
Ecoa no meu peito um sentimento.
Divinos os teus rastros que percorro
Amares nunca dantes percorridos
Escapo numa escarpa, monte, morro.
Rochedos dos meus sonhos vãos, perdidos.
Mas, sendo quem não fora, quem me dera
Ser mar e navegar teu coração
Buscando em meu outono, a primavera
Pedindo, nos meus versos, teu perdão.
Amor que me maltrata, mata e cura,
Perdi a minha vida, na procura...
MARCOS LOURES
TOLO CORAÇÃO
Destino sempre prega tanta peça,
Embora muitas vezes surpreenda
Na vida quase nada que te impeça
Recebes com carinho em tua tenda.
Porém se amores mostram suas caras,
E mordem como fossem violentos.
Os sonhos mais difíceis anteparas
Em busca dos divinos, bons ungüentos.
Vivendo deste amor qual peregrino
Que trama sem saber do seu caminho.
Amor por ser amor, faz seu destino.
E nele mesmo incrusta fim e ninho.
Ao menos se escutasse minha prece
Mas tolo coração, não obedece!
MARCOS LOURES
Embora muitas vezes surpreenda
Na vida quase nada que te impeça
Recebes com carinho em tua tenda.
Porém se amores mostram suas caras,
E mordem como fossem violentos.
Os sonhos mais difíceis anteparas
Em busca dos divinos, bons ungüentos.
Vivendo deste amor qual peregrino
Que trama sem saber do seu caminho.
Amor por ser amor, faz seu destino.
E nele mesmo incrusta fim e ninho.
Ao menos se escutasse minha prece
Mas tolo coração, não obedece!
MARCOS LOURES
COMO TE QUERO
Querendo teu amor como te quero
Espero que me queiras afinal
Querer que tanto trago, querer gero;
Em versos dedicando bem e mal.
A mente me remete a manso credo
Vencido pelas tramas do querer
Nas sendas do querer já me enveredo
Embora tantas lutas, vou vencer.
Não pense que compensa essa batalha
Em campos delicados sem peçonha.
Querer quando nos quer a dor espalha
E traz o nosso amor, quando se sonha.
Mas desarmado vou para o teu lado
Somente de querer-te bem, armado...
marcos loures
Espero que me queiras afinal
Querer que tanto trago, querer gero;
Em versos dedicando bem e mal.
A mente me remete a manso credo
Vencido pelas tramas do querer
Nas sendas do querer já me enveredo
Embora tantas lutas, vou vencer.
Não pense que compensa essa batalha
Em campos delicados sem peçonha.
Querer quando nos quer a dor espalha
E traz o nosso amor, quando se sonha.
Mas desarmado vou para o teu lado
Somente de querer-te bem, armado...
marcos loures
LONGE DE TI
Longe de ti percebo a solidão
Verdades e mentiras são falsárias
Amores se viverem sem perdão
Nas dores sempre encontram adversárias
Se não te importas sinto tal tormento
Que quase me enlouqueço sem prazer.
Vivendo por viver já não agüento
Os males que me invadem todo o ser.
Estando junto a ti por outro lado,
Esqueço minhas dores, ressuscito
Amor p’ra ser amor ama o amado
Com gosto, no segundo, do infinito.
Por isso te pretendo como um todo
Sem teu amor, decerto, frio e lodo...
MARCOS LOURES
Verdades e mentiras são falsárias
Amores se viverem sem perdão
Nas dores sempre encontram adversárias
Se não te importas sinto tal tormento
Que quase me enlouqueço sem prazer.
Vivendo por viver já não agüento
Os males que me invadem todo o ser.
Estando junto a ti por outro lado,
Esqueço minhas dores, ressuscito
Amor p’ra ser amor ama o amado
Com gosto, no segundo, do infinito.
Por isso te pretendo como um todo
Sem teu amor, decerto, frio e lodo...
MARCOS LOURES
SEM TER PARAGEM
Persigo meu amor sem ter paragem
Em vastas caminhadas de minha alma
Por dentro deste amor, minha viagem,
Ao mesmo tempo dói e tanto acalma.
Sentindo teu desdém, me desespero
E quase me entregando, sem sentido,
Ao mundo que perdido não mais quero.
De tanto amor que sempre tem havido.
Ávido de saber por onde andaste
No tempo em que vivias outras trilhas
Nem sinto, mas causando tal desgaste,
Revivo tais saudades maltrapilhas.
Bem sei que nada mais resta do fato,
Queimaste da gaveta esse retrato...
MARCOS LOURES
Em vastas caminhadas de minha alma
Por dentro deste amor, minha viagem,
Ao mesmo tempo dói e tanto acalma.
Sentindo teu desdém, me desespero
E quase me entregando, sem sentido,
Ao mundo que perdido não mais quero.
De tanto amor que sempre tem havido.
Ávido de saber por onde andaste
No tempo em que vivias outras trilhas
Nem sinto, mas causando tal desgaste,
Revivo tais saudades maltrapilhas.
Bem sei que nada mais resta do fato,
Queimaste da gaveta esse retrato...
MARCOS LOURES
TANTO AMOR
Emano tanto amor por cada poro
Sempre, quando te vejo louco fico.
Nos olhos que me mostras, me demoro,
Em tanto amor que tenho me edifico.
Mas sabes que não volto sem perdão
Por isso te proponho nova vida.
Abrindo com certeza o coração,
Pedindo, por favor, não mais divida.
Se nada saberia te dizer
Pedindo-te que fiques por aqui.
Achando-te começo a me perder
De amores que mais livre, me prendi.
Por Deus, abençoada a minha sorte.
Eu te amarei querida até na morte!
MARCOS LOURES
Sempre, quando te vejo louco fico.
Nos olhos que me mostras, me demoro,
Em tanto amor que tenho me edifico.
Mas sabes que não volto sem perdão
Por isso te proponho nova vida.
Abrindo com certeza o coração,
Pedindo, por favor, não mais divida.
Se nada saberia te dizer
Pedindo-te que fiques por aqui.
Achando-te começo a me perder
De amores que mais livre, me prendi.
Por Deus, abençoada a minha sorte.
Eu te amarei querida até na morte!
MARCOS LOURES
VAIDADE
A vaidade fere a quem amamos
Tomando de soberba o coração.
Por noites, madrugadas procuramos
Amor que nos transmita uma emoção.
O mar quando se quebra em quente areia
Acalma esse calor que queima tanto
Teus olhos, o meu peito se incendeia,
Só beijos e desejos meu encanto.
Encantos que me trazes, minha amada,
Não vejo solução senão amar-te
Na cama que nos trouxe essa alvorada
Do amor, vasculharei parte por parte.
Eu amo teu amor com tal fartura,
Preenche minha vida de ternura...
MARCOS LOURES
Tomando de soberba o coração.
Por noites, madrugadas procuramos
Amor que nos transmita uma emoção.
O mar quando se quebra em quente areia
Acalma esse calor que queima tanto
Teus olhos, o meu peito se incendeia,
Só beijos e desejos meu encanto.
Encantos que me trazes, minha amada,
Não vejo solução senão amar-te
Na cama que nos trouxe essa alvorada
Do amor, vasculharei parte por parte.
Eu amo teu amor com tal fartura,
Preenche minha vida de ternura...
MARCOS LOURES
TEUS OLHOS
Amor da minha vida, que bom ter
Teus olhos em meus olhos, espelhares.
Sabendo conhecer em ti meu ser
Trazendo p’ro meu quarto, tais luares.
Amor de minha vida tão sozinha.
Espero que te faça mais feliz,
Por tanto tempo quis que fosses minha
Em todos os meus dias sempre quis...
Vieste salvadora como a praia
Que o náufrago deseja como em sonho.
Peço-te que jamais da vida saia,
Não quero mais viver tão enfadonho.
Só peço meu amor se eu, imperfeito,
Te ferir, me desculpe, eu sou sem jeito...
Marcos Loures
Teus olhos em meus olhos, espelhares.
Sabendo conhecer em ti meu ser
Trazendo p’ro meu quarto, tais luares.
Amor de minha vida tão sozinha.
Espero que te faça mais feliz,
Por tanto tempo quis que fosses minha
Em todos os meus dias sempre quis...
Vieste salvadora como a praia
Que o náufrago deseja como em sonho.
Peço-te que jamais da vida saia,
Não quero mais viver tão enfadonho.
Só peço meu amor se eu, imperfeito,
Te ferir, me desculpe, eu sou sem jeito...
Marcos Loures
TEUS CARINHOS
Recebo teus carinhos como a luz
Seduzido afinal não tenho escolha.
Amor como uma flor que me seduz
Deixa-me essa tristeza de ser folha.
Orbito tão calado sobre a flor
Que traz a primavera com certeza.
Vivendo o que vier, mais puro amor.
Calando-me diante da beleza.
Querer-te não é mais que ser feliz
Buscando a maravilha, te encontrei.
No mundo tantas flores sempre quis
De espinhos, nesta vida, me cansei.
Agora que te vejo perto, assim,
Percebo que sou dono de um jardim...
MARCOS LOURES
Seduzido afinal não tenho escolha.
Amor como uma flor que me seduz
Deixa-me essa tristeza de ser folha.
Orbito tão calado sobre a flor
Que traz a primavera com certeza.
Vivendo o que vier, mais puro amor.
Calando-me diante da beleza.
Querer-te não é mais que ser feliz
Buscando a maravilha, te encontrei.
No mundo tantas flores sempre quis
De espinhos, nesta vida, me cansei.
Agora que te vejo perto, assim,
Percebo que sou dono de um jardim...
MARCOS LOURES
AMAR DEMAIS
Se os versos que te faço forem vãos,
Desculpe mas não quero te ferir.
Espelham os carinhos dessas mãos
Que em preces sempre vêm te pedir.
Perdão pelos meus erros infantis,
A flor não se maltrata, mas se rega,
Portanto em tantas mágoas, infeliz,
Minha alma muita culpa já carrega.
Por ter te magoado, assim, querida.
Por não ter me lembrado, sem cuidado,
Do bem maior que trago em minha vida.
Por isso esse meu verso machucado.
Desculpe meus ciúmes anormais,
Meu erro, com certeza, amar demais!
MARCOS LOURES
Desculpe mas não quero te ferir.
Espelham os carinhos dessas mãos
Que em preces sempre vêm te pedir.
Perdão pelos meus erros infantis,
A flor não se maltrata, mas se rega,
Portanto em tantas mágoas, infeliz,
Minha alma muita culpa já carrega.
Por ter te magoado, assim, querida.
Por não ter me lembrado, sem cuidado,
Do bem maior que trago em minha vida.
Por isso esse meu verso machucado.
Desculpe meus ciúmes anormais,
Meu erro, com certeza, amar demais!
MARCOS LOURES
NUM MOMENTO
Se durmo no teu colo minha amada
Acordo satisfeito, extasiado.
Se trago no meu peito essa alvorada
Que faz o meu viver iluminado
Decerto neste amor eu posso crer
Resume minha vida num momento.
Momento de melhor te conhecer
Raiando nesse céu, no firmamento...
Vaguei por quase todo esse infinito
Em busca duma estrela que me desse
Amor maior, meu verso mais bonito
Que em tantas cores belas já se tece.
Depois de tanta queda e de tropeço.
Estavas bem aqui, desde o começo..
MARCOS LOURES
Acordo satisfeito, extasiado.
Se trago no meu peito essa alvorada
Que faz o meu viver iluminado
Decerto neste amor eu posso crer
Resume minha vida num momento.
Momento de melhor te conhecer
Raiando nesse céu, no firmamento...
Vaguei por quase todo esse infinito
Em busca duma estrela que me desse
Amor maior, meu verso mais bonito
Que em tantas cores belas já se tece.
Depois de tanta queda e de tropeço.
Estavas bem aqui, desde o começo..
MARCOS LOURES
domingo, 8 de abril de 2018
PERDIDO
De amores vou perdido pelo mundo
Percorro tantos astros que nem sei.
De tudo que te falo, já me inundo,
Da vida que sem tréguas eu busquei.
Paixão que me arrebata e me domina
Não deixa nem sequer achar o rumo.
Perfumando tua alma cristalina
Retendo dos prazeres todo o sumo.
Amar demais passou a ser a meta
Que traz o meu caminho mais florido
Por isso em minha voz, canta o poeta
Sem amor nada faz sequer sentido.
Amores percorrendo os universos
Vibrando nos desejos dos meus versos!
MARCOS LOURES
Percorro tantos astros que nem sei.
De tudo que te falo, já me inundo,
Da vida que sem tréguas eu busquei.
Paixão que me arrebata e me domina
Não deixa nem sequer achar o rumo.
Perfumando tua alma cristalina
Retendo dos prazeres todo o sumo.
Amar demais passou a ser a meta
Que traz o meu caminho mais florido
Por isso em minha voz, canta o poeta
Sem amor nada faz sequer sentido.
Amores percorrendo os universos
Vibrando nos desejos dos meus versos!
MARCOS LOURES
APAIXONADAMENTE
Apaixonadamente me perdi
Nos braços mais gostosos deste mundo.
Pois sempre desejei estar aqui
Nesta casa, contigo, num segundo...
Estrela incandescente, Deus me deu
Trazendo uma alegria sem igual
Acendes o luar no olhar que é meu
Fazendo a poesia natural.
Amando teus cabelos, tua boca.
Sorrisos que em minha alma já descansam.
As ânsias de te amar na vida louca,
O paraíso pleno sempre alcançam...
Pois sabem que encontraram o luar,
Ansiosamente vivem para amar...
MARCOS LOURES
Nos braços mais gostosos deste mundo.
Pois sempre desejei estar aqui
Nesta casa, contigo, num segundo...
Estrela incandescente, Deus me deu
Trazendo uma alegria sem igual
Acendes o luar no olhar que é meu
Fazendo a poesia natural.
Amando teus cabelos, tua boca.
Sorrisos que em minha alma já descansam.
As ânsias de te amar na vida louca,
O paraíso pleno sempre alcançam...
Pois sabem que encontraram o luar,
Ansiosamente vivem para amar...
MARCOS LOURES
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