quinta-feira, 12 de abril de 2018

APENAS PAZ

Apenas poderia ver a paz

Aonde o meu caminho se atormenta

E nada do que gere a turbulenta

Ausência poderia ser tenaz,


A sorte noutro engodo se desfaz

E gesta dentro da alma esta sangrenta

Noção que na verdade violenta

O passo noutro rumo e nada traz,


Servindo de bandeja esta emoção

Os dias noutros tantos moldarão

Somente este vazio que eu carrego,


Depois de tanto tempo em vago lume

Ainda que deveras eu me aprume

Ao fim dos desenganos sigo cego.


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: