sábado, 31 de dezembro de 2011

Infortunios

Infortunios

Existen muchas desgracias. Hay que acostumbrarse...
Obstáculos son las vísperas del altar;
Recordando cuando vi el mar,
He perdido la ruta en tanta belleza y la dirección de avance.
Si después de las tormentas me aplomo,
He aprendido lo hermoso que es el amor,
Uso de la luz de la luna plateada,
Beber hasta saciarse, extraer el jugo.
En las diversas vicisitudes de la vida,
Yo no podía engañarme, y creo
Que la vida nos enseña, día a día...
Y Dios nos ha dado armas para luchar,
La agudeza y alguna fuerza bruta,
Y me dejó únicamente la poesía...

Marcos Loures

Marshes.

Marshes.

The marshes that the life presents me
during the night on immense loneliness,
Dressed in the false light
an illusion the life is transformed into vain storm.
And, when a brand new day we try,
the time will show how much most painful
it than dream makes vain
and even encourages us another charm into a fool dawn.
And when you see the end of everything,
in the webs of a pleasure,
I do not delude myself,
and I see the reality always so.
The whole getting lost in a thousand pieces
and where they had thought of strong links,
finally I see nothing on me.

Marcos Loures

O AMOR QUE A PAZ TRADUZ

O AMOR QUE A PAZ TRADUZ


Bendito seja amor que a paz traduz
Ousando acreditar num novo dia.
Ainda quando muito eu poderia
Viver a sensação de imensa luz.

Resumos de outras eras, onde eu pus
A sorte feita além em fantasia,
Meu canto se desenha em utopia
E o todo na verdade já faz jus.

Ao verso mais atroz ou mais sincero
E tendo com certeza o quanto espero
Açoda-me a vontade de saber

Dos lábios carmesins desta mulher
Vivendo da maneira que vier,
Colhendo simplesmente o seu prazer.

MARCOS LOURES

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

CENÁRIOS

Na sede de formar cada cenário
Diverso do que trago em cada verso
Na parte que me cabe, se eu disperso
O tempo não seria necessário.

O vento contra a sorte, num fadário
Vagando sem sentido ora submerso
Expressa o que deveras foi perverso
E traça o quanto vejo em cada horário.

O barco naufragando sem tal porto,
Meu mundo noutro instante eu vejo morto,
Mergulho no passado em ledo engano,

O vértice do encanto já desaba,
A vida se perdendo, amarga e braba,
O tempo na verdade é mais profano.

CENÁRIOS

CENÁRIOS

Na sede de formar cada cenário
Diverso do que trago em cada verso
Na parte que me cabe, se eu disperso
O tempo não seria necessário.

O vento contra a sorte, num fadário
Vagando sem sentido ora submerso
Expressa o que deveras foi perverso
E traça o quanto vejo em cada horário.

O barco naufragando sem tal porto,
Meu mundo noutro instante eu vejo morto,
Mergulho no passado em ledo engano,

O vértice do encanto já desaba,
A vida se perdendo, amarga e braba,
O tempo na verdade é mais profano.

MARCOS LOURES

VITORIOSAMENTE DIÓGENES PEREIRA DE ARAUJO e marcos loures

VITORIOSAMENTE DIÓGENES PEREIRA DE ARAUJO e marcos loures

“Nada posso contra o vento...”
Sei que Você é de paz
e é também alguém capaz
de aproveitar o momento,

mesmo um momento fugaz
para maior incremento,
ou mesmo avigoramento
do muito bem que já faz

E no tocante às marés
tens igual comportamento:
tiras de seu movimento

algum proveito, ao invés
de permitir sucumbir
seu talento de servir

Diógenes Pereira de Araújo-

Mas percebo o quanto valha
Um sonhador neste mundo,
Do temor então me inundo,
Cada passo nova falha,

O que tanto me atrapalha
Não merece nem segundo,
Mas aonde me aprofundo
A saudade me amealha

Não pudesse ser diverso
O caminho do universo
Divergindo do meu passo,

O que tento não condiz
Com o quanto ser feliz
Desenhasse o que desfaço.

VIDA EM ESPERANÇAS

VIDA EM ESPERANÇAS

A vida em esperanças poderia
Tramar o quanto quero e não viesse
Ainda quando busco esta benesse
A sorte noutro tom diz utopia.

E mesmo quando fora mais sombria
A luta com certeza me enobrece
E sei do caminhar que em paz se tece
Rondando desde já tal poesia.

Largando o sentimento ao deus-dará
O quanto se soubesse traduzir
Traria outro momento no porvir

E disto novo sol rebrilhará
Tramando na alvorada a bela aurora
Que tanto nos seduz quanto decora.

MARCOS LOURES

SER FELIZ E NADA MAIS

SER FELIZ E NADA MAIS

Vivendo a mais sublime sensação
De um dia ser feliz e nada mais,
Os olhos refletindo teus cristais
Trazendo o quanto possa em louvação

Meu mundo se desenha desde então
E nisto pouco a pouco tu te esvais
Morrendo quando os erros tão fatais
Apenas noutros tons se moldarão;

Recanto de minha alma mais sincera
A luta na verdade não espera
E gera o que deveras desejara,

O manto mais sutil e mais sublime
Sem nada que decerto inda redime
Expressa a mansidão desta seara.

MARCOS LOURES

ANSEIO

ANSEIO

Não se vira tal anseio
Neste olhar em mansidão,
O que possa e nunca veio
Traduzindo esta expressão

Do meu sonho, devaneio,
Do meu rumo em negação,
Outro tanto não permeio
Nem procuro a dimensão.

Sendo assim o que me resta
A faceta mais cruel,
Da verdade mais funesta

Velho mundo em carrossel,
Adentrando qualquer fresta,
Desvendando o antigo véu.

MARCOS LOURES

O QUANTO CONSTATO.

O QUANTO CONSTATO.




Nada tenho do meu canto
Nem depois do que pudera
Ao viver em desencanto
O que a vida destempera

Já não posso além do pranto
Renascer a primavera
E no fim o que garanto
Noutro instante degenera,

Procurando o quanto pude
Torço os pés e me maltrato
O que vejo e desilude

Traz o quanto ora constato
Num cenário em atitude,
Num momento em rude fato.

MARCOS LOURES

NÃO QUERIA TER...

NÃO QUERIA TER...

Não queria ter de fato
O que tanto ora se vê
O caminho sem por que
O momento onde o retrato,

O poder que não constato,
Esperança sem se crê
O que nada se revê
Traz deveras tal regato,

Marco os dias com carinho,
Vejo aonde já me alinho
E procuro ser após

O meu rio sem destino,
O que possa e não domino,
A incerteza desta foz.

MARCOS LOURES

FARTOS GOLES

FARTOS GOLES

Bebo a vida em fartos goles
Sonho dias, tempestades
Vejo além das claridades
Outro tanto quando imoles

A certeza não controles
Ruas vagas nas cidades
Quero as tais felicidades
Águas fartas quando assoles

E vergando com tal peso
Sigo e saio mesmo ileso,
Procurando um novo porto,

Onde possa me encontrar
Após tanto e farto mar,
Num cenário feito aborto.

MARCOS LOURES

NADA VEJO

NADA VEJO

Nada vejo neste instante
Que pudesse me trazer
Outra vida, doravante
Envolvida ao bel prazer

O momento que garante
Traz a angústia do querer
E se possa radiante
O que tanto pude ver.

Nada quero do futuro
Nem sequer do meu presente
Quanto mais aquém perduro,

Mais a vida se apresente
No final, caminho escuro,
Onde a sorte não frequente.

MARCOS LOURES

NADA SOMOS

NADA SOMOS


Nada somos do quanto já quisemos
Ou talvez mesmo até não mais pudesse
Os momentos diversos e supremos
Alegria que dita outra benesse.

A verdade supera o fizemos
Outro tempo onde a vida em paz se tece,
No caminho sabendo tais extremos,
O meu passo no fim já se estremece.

Ouso até mergulhar neste abissal
E desenho meu sonho em sol e sal,
Venço as dores que trago dentro da alma,

Alamedas sem rota ou previsão,
O meu canto no fim é tradução
Do que possa viver e ora me acalma.

MARCOS LOURES

CONTRA A FÚRIA DO TEMPO

CONTRA A FÚRIA DO TEMPO

Já não tenho qualquer vontade e sigo
Contra a fúria do tempo, sem limites.
Onde quer que talvez tu acredites
Trama a curva serena em desabrigo,

A verdade que trago ora comigo
O momento que tanto necessites
Mesmo até quando enfim a dor que evites
Representa bem mais do que um perigo.

Outro termo pudesse de tal forma
Provocar o que tanto nos deforma
A vontade cruel, momento vago

Onde o todo que possa enfim afago,
Na mortalha diversa em multicor
Inda creio possível novo amor...

MARCOS LOURES

ANSEIOS E VONTADES

ANSEIOS E VONTADES

Se eu não poderei falar
Dos anseios e vontades
Das diversas claridades
De outros raios do luar,

O meu sonho a desnudar
Entre tantas liberdades
Ruas, becos e cidades
Esperança no além mar

Ou das tramas mais diversas
Que deveras desconversas
E; confesso os desenganos,

Dias tantos já perdidos
Os venenos presumidos,
Os meus versos mais profanos.

MARCOS LOURES

ENFRENTANDO TEMPORAIS

ENFRENTANDO TEMPORAIS

Nada posso contra o vento
Nem sequer contra as marés
O que sei e por quem és
Na esperança que alimento,

Trago solto o pensamento,
Bebo a vida de viés
E bebendo tais galés
Expressasse o sofrimento,

Vago em noite sem paragem,
O vazio da bagagem
Ancoragem noutro cais,

O que pude não me traz
Um momento feito em paz
Nem enfrente os temporais.

MVML

IMERGINDO

IMERGINDO

Num braseiro me imergindo
Num anseio me dourando
O caminho outrora brando
Um cenário quase infindo,

Hoje apenas quando brindo
Com meu canto desarmando
O que traz ou desde quando
O meu mundo em vão deslindo.

Ao reger sem sanidade
O que agora me degrade
A verdade não mais dita

A palavra mais sutil,
O cenário onde se viu
Uma sombra atroz e aflita.

MARCOS LOURES

ALIMENTO A FANTASIA

ALIMENTO A FANTASIA


São diversas as notícias
De quem tanto quis a luta
Que deveras não reluta
E traduz velhas malícias,

Ouso crer nestas milícias
Ou até na face bruta
O passado não se escuta
Traz apenas tais sevícias.

Vejo a queda e logo após
Procurando dentro em nós
O que tanto poderia

Ser diverso do que vive
Onde sei que nunca estive
Alimento a fantasia.

MARCOS LOURES

O QUE PUDESSE

O QUE PUDESSE

Não mais quero o que pudesse
Nem tampouco o quanto vinha
A saudade é toda minha
Como fosse velha prece,

O caminho que se tece
A lembrança que não tinha,
Esperança me convinha?
Nem palavra ora se esquece,

Vejo o fim de cada jogo
A lembrança neste fogo
Que incandesce o quanto veio,

Resumindo cada verso
No que tanto sei disperso
No que tanto sinto alheio.

MARCOS LOURES

OUTRO MOMENTO

OUTRO MOMENTO

Não pudesse tentar outro momento
Onde a vida se expresse de tal forma,
O que pude viver, leda reforma
A palavra se perde solta ao vento,

No que pense, talvez eu mesmo invento
O que tange o quanto me deforma,
O sentido que tudo se transforma
Expressando somente o pensamento.

Nada mais poderia num instante
Outro engodo que o tempo não garante,
A ilusão se moldando noutro rumo,

O que possa viver já não me basta
A verdade no encanto sendo gasta
O meu passo tramando em vão resumo.

MARCOS LOURES

UMA FORMA SUAVE

UMA FORMA SUAVE

Nada tenho deveras contra o canto
Que se molda de forma mais suave
O meu mundo percorre e não se trave
O suave caminho e me garanto,

No mormaço que toma em desencanto
A saudade liberta feito uma ave
Onde vaga produz um novo enclave
E transforma o temor em rude pranto.

No cerzir do vazio ou do rancor
O que possa tramar em novo amor,
Na pureza de uma alma sem proveito

Meu cantar se desenha em tal erro,
Aguardando dos sonhos o desterro,
E meu prazo derrama o quanto aceito...

MARCOS LOURES

NUMA SORTE DIVERSA

NUMA SORTE DIVERSA

Numa sorte diversa e tão medonha
O que possa servir de direção
Traz a luta somente em negação
E a verdade que acaso já se oponha

Poderia um guerreiro que se enfronha
No vazio dos sonhos, solidão,
A palavra se torna sempre em vão
Na certeza sutil, porém bisonha.

O meu mundo parece desumano,
Mas deveras o quanto enfim me engano
Molda o tempo que trama no non sense

O que possa surgir em noite clara,
Quando o mundo decerto se escancara
A incerteza da luta nos convence.

MARCOS LOURES

Remiendos

Remiendos

Recordando los remiendos
en que la vida había llegado
sin previo aviso,
revocada,
quedando sólo esas rupturas
alcanzadas sobre la violencia,
mi bases.
Nunca se había atrevido a creer
en las fantasías
e incluso repetir las múltiples ilusiones
terribles de los que buscan
alguna entrada,
el corte se profundiza en la soledad.
La canción recordando lo que había sucedido,
no sería garantía de un cambio, en el futuro.

Marcos Loures

Dernière nuit.

Dernière nuit.

Recherche dans des l'aube, quelque désir,
endormie dans les bras d'étoiles
et embrassant la pleine lune,
je rêve du jour où la pensée d'être heureux
et je sais qui ne fut jamais.
L'angoisse de qui ne sera jamais,
et je sais qu'un jour, j'avais,
ma tête aurait encerclant le soleil,
ce n'était pas la présence des ombres brumeuses
de ceux qui sont allés
et a obtenu la meilleure partie de moi.
La vie devient les yeux et m'apporte
le passé à regarder chaque étape
que vous pouvez prendre à l'avenir.
Les costumes ont perdu
entre les chutes et tombe
ne se nourrissent pas l'âme;
seulement refléter ce que j'ai essayé ce matin
et ne va jamais longue nuit dernière ...

Marcos Loures

An old sentiment.

An old sentiment.

An old feeling holds me:
how much I could and I have never been.
The waters running softly,
time is lost behind the turns.
The most plausible dream and not palpable,
the verse that I tried and I did not know,
the vessel has broken and beyond repair.
But I continue poorly day by day,
dragging the old chains tied to my feet.
Marks of a continuous struggle for freedom
and hope away asleep.
I'm dull and no one notices my presence,
even my shadow no longer there.
The broken mirror on the floor,
stepped on the futility of this life.

Marcos Loures

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

COLHENDO O QUE SE PLANTA

COLHENDO O QUE SE PLANTA

Começo de uma história se propaga
Nos passos que virão, tenho a certeza,
Assim seguindo a própria correnteza
A vida noutro traço feito vaga

Invade cada praia e mesmo afaga
Ou mata com terror e sem nobreza.
Servindo de parâmetro, somos presa
Do quanto se difunde em cada plaga.

Reflexos deste passo inicial,
Futuro no passado se explicando,
Os erros cometidos desde quando

O passo se fizera desigual,
E assim ao se colher o que se planta,
Cerzindo, a cada dia, a imensa manta.

Por las calles

Por las calles

Vas tranquilamente por las calles,
Busco tus colores, hermosas
Imágenes de mujeres bellas,
¡Mi mundo está respecto al abandono!
Las bocas que soñé, muy frías
Actualmente no salen a mi sueño.
Las mujeres pasan, fueron lunas.
La negación se repite en los malos presagios.
Pero he aquí que mi suerte se revela,
En la curva de este camino a seguir,
La luz que parpadea como la vela,
En el segundo, en el faro se ha convertido.
Incomparable belleza, la noche me trae....
De invierno ilusión, una primavera engañosa

MARCOS LOURES

DANS LES RUES

DANS LES RUES


Tu vas tranquillement dans les rues,
Recherche pour votre couleurs, bel automne ...
Les images de belles femmes,
Mon monde tout au sujet d'abandon!
Les bouches que le rêve, très froid,
Maintenant n'allez pas mon sommeil.
Les femmes passé, sont lunes.
négation se répéter dans les mauvais présages.
Mais voici, mon bonheur est révélé,
Dans les la courbe de cette route!
La lumière qui scintille comme la voile,
Dans le second, dans le phare est devenu.
La beauté sans égale, de sorte que le soir,
l'illusion d'un printemps hivernal trompeuse.

MARCOS LOURES

Vãos Conceitos.

Vãos Conceitos.

A vida se transforma e nos conduz
Ao quanto se anuncia a cada passo,
Ousando muito além do parco espaço
Buscando universal e imensa luz,

O amor que noutro amor se reproduz,
O verdadeiro encanto quando o traço
Rompendo, libertário, qualquer laço,
Cerzindo o quanto queira e faça jus.

Na senda mais sublime que se invade
Aonde possa haver fraternidade,
Rasgando os velhos toscos preconceitos,

Os dias ditam clara imensidade
E nisto o que se diz em claridade
Não seja tão somente em vãos conceitos.

Marcos Loures

Smoothly

Smoothly

There are so many troubles. Get used...
Stumbles are the just before the altar;
Reminding me of when I saw the sea,
I have lost to the beauty course and against direction.
If after the tempests I aplomb,
I have learned how beautiful the love is,
Dressing the light of the silvery moon,
Drinking until satisfied, take from the juice.
In the various adventures of life,
I could hardly deceive me and I can believe
Life teaches us that the, day by day...
And God has given us guns to fight,
The perspicacity and certain brute force,
Remaining me just the poetry...

Marcos Loures

FORTE ABRAÇO

FORTE ABRAÇO

Recebo o bom calor em forte abraço
E sinto outro momento mais audaz
No quanto a própria sorte satisfaz
Gerando o que pudera noutro espaço.

O quanto se anuncia não mais traço
E vejo o meu caminho tão fugaz
Nesta esperança rota, mas tenaz,
O preço a se pagar rompendo o laço.

Persisto nesta fúria e nada vem,
Somente o que se veja num desdém
Marcantes ilusões, cenário turvo,

E quando se aproxima tal estorvo,
Renasce dentro da alma amargo corvo
E vendo tal cenário, enfim me curvo.

MARCOS LOURES

FELINA 2 - DUETO EDIR PINA DE BARROS e marcos loures

FELINA 2 - DUETO EDIR PINA DE BARROS e marcos loures

Se eu sou voraz pantera, tão felina,
senhora desse encanto e tanta graça,
que o corpo teu inteiro assim enlaça,
que tanto te seduz e te alucina...

Se eu tenho o faro bom e a garra fina,
tu és a minha tenra e dócil caça,
que a mim s’entrega inteira, beija e abraça,
por sobre a fina relva da campina.

Se assim me farto porque a ti devoro,
e uivo qual pantera em pleno cio,
voraz felina que depois descansa...

Se solto esse meu uivo tão sonoro,
que ecoa dentro em ti horas a fio,
por certo me tornaste a caça mansa."

Edir Pina de Barros

A caça que se torna dócil, mansa,
Entrega-se num ato sem pudores,
Seguindo meu amor por onde fores,
Vontade de sentir-te sempre alcança,

E quando em tal beleza o amor nos lança
Espinhos pouco importam para as flores,
Na vida somos nós próprios autores,
Do passo que se dê com confiança

As garras me tocando com ternura,
A cada novo amor a arranhadura
Deliciosamente expondo esta vontade

Que quanto mais nos toca, em fúria e gozo,
Permite este caminho majestoso
No qual a fantasia vem e invade.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

SEXTINA 0017

SEXTINA 0017

O sonho mais audaz que inda tivesse
Quem tanto se imagina mais feliz
E o corte se aproxima do que eu quis
E nisto o caminhar expressa a prece
E nada do que possa contradiz
O quanto sem sentido a vida tece.

A vida tantas vezes toma e tece
E cada novo tempo se tivesse
Na incerta sedução que contradiz
O coração que um dia foi feliz
E trama como fosse simples prece
O mundo que em verdade eu sempre quis.

O tanto quanto possa e já não quis
A luta noutro rumo o sonho tece
E nada nem sequer um rogo e prece
Ainda que decerto a paz tivesse
Moldando o quanto quero mais feliz
Enquanto o que me resta contradiz

Meu passo contra a fúria contradiz
E trama o que em verdade sempre quis
E mesmo se pudesse ser feliz
Aonde uma ilusão o mundo tece
Regendo cada sonho que eu tivesse
Trazendo ao coração sobeja prece.

Meu verso poderia como em prece,
Mas sei que o dia a dia contradiz
E mesmo que esperança inda tivesse
Vertendo em meu olhar o que mais quis
Assim o meu caminho a vida tece
Tramando outro momento mais feliz.

E sei do quanto possa ser feliz
Quem tenta esta emoção, superna prece
Ultriz momento a vida volve e tece
E o tempo novamente contradiz
Deixando para trás o que mais quis
Enquanto o meu caminho inda tivesse.

Ainda que tivesse o mais feliz
Vivendo o quanto quis em cada prece
A vida contradiz o que inda tece.

SEXTINA 0016

SEXTINA 0016

No mar imenso o sonho claro e azul
Tomando com certeza cada espaço
E o todo se transforma e sei do muito
E tento caminhar entre os meus medos
Tecendo esta agonia a cada infausto
O rústico cenário se anuncia.

O quanto cada verso me anuncia
E traça um novo tempo claro e azul
O dia venceria seus infaustos
E a sorte ao mergulhar em cada espaço
Deixando para trás antigos medos
Faria do que eu busco o tanto e o muito,

O manto se desenha e neste muito
O novo que pudera se anuncia
E gera muito além dos velhos medos
E tenta contornar em céu azul
O quanto poderia em tal espaço
Vencer a solidão, meu duro infausto,

A luta se desenha e neste infausto
O pouco se anuncia e dita o muito
Vagando sem sentido neste espaço
E o mundo sem sentido se anuncia
Bebendo com ternura o sonho azul
Marcando com brandura os velhos medos.

Ainda que pudesse em tantos medos
O nada se tramando neste infausto
Cenário aonde o todo outrora azul
Pudesse na verdade ser o muito
Que a vida sem descanso me anuncia
E toma sem sentir o farto espaço,

O quanto a cada engano mais espaço
Tocando mansamente antigos medos
Enquanto a luta trama e se anuncia
Eclode no meu peito cada infausto
E sei do quanto pude pouco ou muito
Num dia que julgara claro, azul.

O todo deste azul tomando espaço
Devendo deste muito aos vários medos
O tanto deste infausto se anuncia.

SEXTINA 0015

SEXTINA 0015

Ao explodir no peito como espuma
Saudade diz do sonho em leda praia
E o quanto não pudesse em rochas, pedras
Trazendo a solidão para quem ama,
No todo se transforma e nada vejo
Somente o que pudera e não teria.

O quanto deste sonho enfim teria
E nada mais gerasse além da espuma
E nisto quanto mais procuro e vejo
As ondas espalhando sobre a praia
Traçando uma ilusão para quem ama
Deixando este caminho sobre as pedras.

Os dias imagino e adentro as pedras
E nada mais pudera nem teria
E sei do quanto a vida se faz ama
Tramando apenas todo que se espuma
Reflete o sol imenso sobre a praia
E após o que viria nada vejo.

Ainda que pudesse tento e vejo
Alçando este caminho em duras pedras
Buscando descansar em lua e praia
Que sei já não concebo e nem teria
A sorte se desenha qual espuma
E traz a solidão para quem ama,

O medo traduzisse o quanto se ama
E sei deste cenário aonde eu vejo
Meu canto se perdendo em leda espuma
Jogando uma esperança sobre as pedras
E apenas no final tanto teria
A solidão imensa desta praia,

A vida retornando sempre à praia
Negando uma alegria diz quem ama
E o todo que buscara não teria
Sequer o quanto quero e não mais vejo
As horas desenhando sobre as pedras,
Ousando a cada engodo nova espuma.

O quanto desta espuma toca a praia
E explode sobre as pedras, e quem ama
Ainda quando a vejo, eu não teria.

SEXTINA 0014

SEXTINA 0014

O quanto poderia acreditar
Nas ânsias mais comuns de quem procura
Vencer as tempestades, mesmo assim
O tempo não sossega e jamais cessa
A vida se apresenta meio e fim,
O corte na raiz de uma esperança.

Aonde poderia uma esperança
Já não consigo mesmo acreditar
E sei do que me espera em ledo fim
Vencendo o que deveras diz procura
E nada do que possa ainda cessa
E vejo o meu futuro sempre assim.

Ainda que pudesse ser assim,
O mundo se desenha em esperança
O manto sem certeza já não cessa
E a pressa diz do quanto acreditar
No todo que deveras se procura
Apenas desenhando ora meu fim,

O início preconiza então tal fim
E gera o que pudesse ser assim,
E quando a solução já se procura
Marcando com temor esta esperança
O quanto eu poderia acreditar
Trazendo o que este canto invade e cessa.

O mar que nesta areia morre e cessa
O tempo e aproxima do seu fim
Gerando o quanto pude acreditar
Presumo o meu cenário e sendo assim
Traçando o quanto resta em esperança
Ditando o que este mundo já procura

A luta desdenhando uma procura
No fundo não se tenta e não mais cessa
Restando ao sonhador uma esperança
E quando preconizo o duro fim
O todo se desenha sempre assim
E impede que inda possa acreditar.

Pudesse acreditar no que procura
E tendo sempre assim o quanto cessa
Bebendo no meu fim esta esperança.

SEXTINA 0013

SEXTINA 0013



Bebendo da esperança cada gole
E tendo esta certeza que me move
O quanto desta vida se comprove
Gerando o que pudesse e não se tenta
Vencendo dentro da alma esta ilusão,
A morte se desenha em vã tormenta.

A noite se anuncia onde a tormenta
Trazendo ao coração a dor em gole
Moldando com terror esta ilusão
E o passo noutro rumo agora move
E sei do quanto possa e mesmo tenta
Quem nada do que teime já comprove.

Amor quando demais não se comprove
Nem mesmo se permite a tal tormenta
E quando outro caminho busca e tenta
Traçando uma emoção de gole em gole
Assim ao infinito o sonho move
E traça no final esta ilusão.

Meu passo se desenha em ilusão
E nada do que busco se comprove
Enquanto o meu caminho além se move
Vagando aonde a sorte diz tormenta
O mundo se anuncia em todo gole
A luta se demonstra e mesmo tenta.

Ainda quando o tempo vem e tenta
Vencer os erros tantos da ilusão
O todo se transforma em mero gole
E o nada a cada passo se comprove
Traçando no final esta tormenta
Que tanto nos fascina quanto move,

O passo quando além do sonho move
E ter este infinito sempre tenta
Marcando em calmaria uma tormenta
Apenas quem se dando em ilusão
No fundo nada mais busque e comprove
Ousando na esperança, um mero gole.

A vida simples gole que nos move
Enquanto já comprove o quanto tenta
Fazendo da ilusão, rara tormenta.

SEXTINA 0012

SEXTINA 0012


Blindando o meu caminho com a sorte
Que tantas vezes dita a solidão
Os ermos de quem sabe e não reluta
Encontram nos meus olhos o vazio
E sei dos passos vagos noite afora,
Marcando com terror o que foi meu.

O mundo que eu buscara inteiro meu
Já não mais poderia ter a sorte
E nisto se imagina tempo afora
Trazendo no final a solidão
E o quanto resta dita do vazio,
Porém quem mais porfia não reluta.

A vida na verdade ora reluta
E sabe do cenário tolo e meu
Deixando no meu peito este vazio
Que possa dominar a própria sorte
Mudando com ternura a solidão
E o tempo se desenha mundo afora,

O quanto me restara, vida afora
Traduz o quanto o passo não reluta
E dita este caminho em solidão
Moldando este cenário todo meu
E a luta desenhando a frágil sorte
Deixando o meu caminho mais vazio.

O dia se tornando mais vazio
Cenário se repete mundo afora
E o quanto poderia ser a sorte
Aos poucos sem defesas já reluta
E o todo imaginado outrora meu
Expressa no final a solidão.

A vida desenhando em solidão
O mundo sem sentido e mais vazio
O tanto quanto pude e não foi meu
Seguindo sem sentido estrada afora
O passo na verdade não reluta
E conta simplesmente com a sorte.

Ainda nesta sorte a solidão
Por vezes não reluta e traz vazio
Deixando vida afora o que quis meu

SEXTINA 0011

SEXTINA 0011

O canto se pudera ser diverso
Gerando novo mundo dentro em mim
O corte se aproxima no final
E gera outro momento aonde pude
Vencer o descaminho mais atroz
E nada se fizesse aonde eu quis.

O todo que em verdade sempre quis
E nisto caminhando em tal diverso
Cenário aonde possa mesmo atroz
Vagando o quanto resta dentro em mim
E sei desta ilusão além e pude
Trazer a embarcação neste final,

O passo se aproxima do final
E nada do que tanto sempre eu quis
Gerasse muito mais do que já pude
E quando se aproxima mais diverso
Tramando o quanto resta dentro em mim
Expressa o descaminho mais atroz,

A sorte se aproxima e sendo atroz
Trazendo esta alegria no final
Ainda que vivesse dentro em mim
Ditando o quanto quero ou mesmo quis
Num ato sem sentido e até diverso
Dizendo amor que busco e já não pude.

Apenas na verdade nada pude
Seguindo este caminho em passo atroz
E quando me imagino mais diverso
Meu rumo se mostrando no final
Vivendo com ternura o que mais quis
Trazendo este desejo dentro em mim,

Aprendo com vigor o quanto em mim
Dizendo na verdade o que mais pude
Cerzindo esta alegria aonde eu quis
Embora o mundo seja mais atroz,
Prevendo com certeza este final
Num ato sem sentido ou mais diverso

E quanto estou diverso até de mim
Preparo no final o amor que pude
A sorte mais atroz jamais eu quis.

SEXTINA 0010

SEXTINA 0010

Jogado sobre as pedras deste cais
Já não comportaria qualquer sonho
E vejo apenas isso, o mais audaz
Momento entre diversos que pudesse
No encanto de quem ama e se transforma
A forma mais vulgar e mais temida.

A sina tantas vezes tão temida
E o mundo se afastando deste cais
O quanto na verdade se transforma
E traz este caminho aonde eu sonho
E quando finalmente se pudesse
Talvez ainda fosse mais audaz

Meu passo noutro rumo quando audaz
Expressa a realidade mais temida
E o todo na verdade já pudesse
Ousar sentir no olhar um manso cais
E nisto com certeza tento e sonho
E a vida noutro engano se transforma,

O manto da ilusão já me transforma
E traça esta certeza mais audaz
E quando me tocando em claro sonho
Aquela que pudesse ser temida
Trazendo com ternura o barco ao cais
Aonde descansar tanto pudesse.

Ainda que meu mundo não pudesse
Enquanto a própria vida nos transforma
Provoca a derrocada aquém do cais
Naufrágio da esperança ainda audaz
E nisto outra verdade mais temida
Gerando após o nada um velho sonho.

E quanto no final encontro um sonho,
E nesta sensação inda pudesse
Tramando esta verdade mais temida
Enquanto o dia a dia se transforma
Num dia mais suave e mesmo audaz
Trazendo em seu olhar o porto e o cais.

O todo deste cais traduz um sonho
Aonde fosse audaz e já pudesse
E sempre se transforma até temida.

SEXTINA 0009

SEXTINA 0009

Meu canto se desenha em novo fato
E bebo em fortes goles a esperança
O quanto poderia e nada trago
Vencendo o dia a dia mais dorido,
Meu passo se resume no vazio
E tanto quanto possa noutro rumo.

Seara se desenha em novo rumo
E o quanto poderia neste fato
Gerar além do todo ou do vazio
E nada mais pudesse esta esperança
Apenas num momento dolorido
E deste caminhar meu canto eu trago.

Meu mundo com certeza sempre trago
E sigo sem temor o quanto rumo
E trago este cenário dolorido
Ousando constatar a cada fato
Restando tão somente esta esperança
Tramando o meu cenário mais vazio.

O quanto se imagina este vazio
Trazendo o que deveras tento e trago
Marcando com delírio esta esperança
E quando em direção ao bem eu rumo
Expresso este momento e neste fato
Embora o mundo seja dolorido.

O preço mais salgado e dolorido
Trazendo dentro da alma este vazio
E nisto se constata cada fato
E o medo na verdade não mais trago
Moldando com firmeza um cais, um rumo
E vejo mais distante uma esperança.

Meu tempo desenhado em esperança
Embora o meu momento dolorido
Tramando na verdade um novo rumo
Apenas me sobrando este vazio
E o todo se traduz a cada trago
Mostrando com firmeza um raro fato.

E quando deste fato uma esperança
Ainda mesmo trago dolorido
O sonho em esperança está vazio...

SEXTINA 0008

SEXTINA 0008

Invisto o meu futuro neste sonho
E quando meu caminho se fizera
Ousando na certeza de outro tempo
A vida com firmeza não teria
Sequer o que pudesse em noite clara,
Vencer a imensa e rara maravilha.

O olhar que se percebe e maravilha
Trazendo no momento enquanto eu sonho
O todo que em verdade diz da clara
Noção que o tempo nega e já fizera
O tanto quanto possa e não teria
Gerando dentro da alma um novo tempo.

A luta desenhando contra o tempo
O tanto quanto pude em maravilha
E a vida na verdade não teria
Sequer o que pudesse em algum sonho
E deste caminhar tanto fizera
O quanto se queria em vida clara.

A luta se perdendo em rota clara
E nada mais trouxera além do tempo
E neste desenhar tanto fizera
E sei do quanto possa em maravilha
E quando com teus olhos inda sonho
Cenário mais real eu não teria.

Meu mundo na verdade não teria
Sequer o que pudesse em cena clara
E nisto o que inda quero e mesmo sonho
Vencendo por si só avança o tempo
E quando o meu olhar se maravilha
Traduz o quanto pude e não fizera.

A vida transcendendo ao que fizera
Mostrando cada passo onde teria
Somente a mais suave maravilha
E nesta solução a noite clara
Transcende com razão ao próprio tempo
E dita o privilégio deste sonho,

E quando enfim eu sonho já fizera
Do velho tempo o pouco que teria
A noite sendo clara, maravilha.

SEXTINA OOO7

SEXTINA OOO7

Nas mãos tão dedicadas de uma amiga
Fiel, em sentimentos mais vivazes
A permissão perene que prossiga
Os sonhos mais difíceis e tenazes.
Que a vida assim serene e que consiga
A sorte nos mostrar bem mais capazes.

Meus passos na verdade são capazes
De ter dentro do sonho a velha amiga
E quando esta esperança enfim consiga
Trazer noutros momentos mais vivazes
Os dias com certeza tão tenazes
No canto sem igual que ora prossiga.

A vida de tal forma assim prossiga
E nisto vejo os sonhos mais capazes
E sinto em tuas mãos firmes tenazes
Na sensação suave e mesmo amiga
Firmando com teus olhos mais vivazes
Até que a liberdade em paz consiga.

O quanto se deseja e já consiga
Enquanto a nossa luta assim prossiga
Palavra abençoada, em tons vivazes
Em dias mais suaves e capazes
A luta se demonstra mais amiga
Vencendo estas batalhas tão tenazes.

Os ermos de minha alma são tenazes
E cada novo tempo que eu consiga
Trazer esta esperança mais amiga
Enquanto o caminhar sempre prossiga
Mostrando tais momentos e capazes
Do todo em luas claras e vivazes

Meus olhos em momentos mais vivazes
Tramando este caminho onde tenazes
Momentos desenhados são capazes
E mesmo que a mudança enfim consiga
Traduz esta esperança que prossiga
Na paz tão desejada, clara e amiga.

Por isso minha amiga mais vivazes
Aonde já prossiga em tais tenazes
Momentos que eu consiga, enfim capazes.

SEXTINA 0006

SEXTINA 0006

Um dia poderia em dor e medo
Alçar além do cais que se aproxima
O tempo na verdade dita a rima
E o quanto se traduz neste degredo
Ousando com firmeza num segredo
O todo desenhando em duro clima,

A vida modifica o velho clima
E traz no meu olhar o imenso medo
E nada do que possa num segredo
Traçar o quanto em nós dita e aproxima
O tanto se desfaz neste degredo
E a luta renegando qualquer rima.

Meu sonho na verdade não mais rima
E nega o que pudesse em frágil clima
Tramando tão somente este degredo
E nisto se resume o imenso medo
E quantas vezes vejo e se aproxima
Trazendo uma esperança em tal segredo.

A vida não traduz novo segredo
E quando a sorte molda a paz em rima
A luta num caminho se aproxima
Mudando com certeza todo o clima
E traça neste olhar o mundo e o medo
Marcando a cada instante outro degredo.

A sorte desenhada no degredo
Expressa o dia a dia em tal segredo
E gera ao caminheiro o imenso medo
E toda esta ilusão enquanto rima
Negando o que pudesse, novo clima
Aos poucos do vazio se aproxima.


Meu canto do vazio se aproxima
E gesta o desengano de um degredo
E trama com firmeza o velho clima
Sabendo do que possa este segredo
Tentando controlar a luta e rima
O amor que tanto quis com todo o medo.

Não vendo quando o medo se aproxima
A luta diz da rima e no degredo
O mundo num segredo traça o clima.

SEXTINA 0005

SEXTINA 0005

Já nada mais pudera aonde eu tento
Seguir o meu caminho sem sentido
O corte desenhado onde lapido
E trama o quanto possa o pensamento
Gerando o que pudera resolvido
E nisto só presumo o sofrimento,

Meu mundo se aproxima em sofrimento
E nisto cada dia novo eu tento
Meu sonho sem estar já resolvido
E o todo noutro rumo ora sentido
Traçando o quanto possa o pensamento
E um verso sem temor hoje eu lapido,

O prazo determina e assim lapido
O mundo traduzindo o sofrimento
Rondando sem defesa o pensamento
E quando no final o canto eu tento
Tentando acreditar nalgum sentido
Tramando o que tentara resolvido.

Meu passo sem destino, resolvido
Enquanto um verso em paz hoje eu lapido
Buscando finalmente algum sentido
Podendo aliviar o sofrimento
E nisto este cenário aonde eu tento
Liberto e sem temor o pensamento.

O quanto poderia o pensamento
E nisto com certeza, resolvido
Meu passo rumo ao tanto quero e tento,
Aos poucos em verdade o bem lapido
Marcando com temor o sofrimento
Deixando este meu mundo sem sentido,

O passo noutro encanto já sentido
Rondando o quanto vale o pensamento
Gerando tanta vez o sofrimento
E o mundo se mostrara em resolvido
Momento aonde o mundo ora lapido
Enquanto uma saída ainda tento,

Meu mundo busco e tento, algo sentido
E quando assim lapido o pensamento
Deixando resolvido o sofrimento.

SEXTINA 0004

SEXTINA 0004


Amor que nos liberta e traz no olhar
Certeza de um momento onde encontrar
Vencendo cada instante a se entregar
Vagando noutro rumo a procurar
Aonde se pudera num altar
O sonho mais diverso a se mostrar.

O rumo quando tenta se mostrar
E dita com certeza um raro olhar
Ousando em ter nas mãos o raro altar,
Buscando cada instante a me encontrar,
Depois de tanto tempo procurar
Sabendo tão somente me entregar;

E quantas vezes pude ao entregar
Meu sonho num momento a paz mostrar
Ousando na esperança procurar
E nesta direção diversa olhar
Até poder enfim paz encontrar
Reinando como fosse um nobre altar,

Quem faz do grande amor o seu altar
Já sabe o quanto possa se entregar
E após outro momento eu encontrar
O passo sem temor a se mostrar
E sinto um raro brilho em teu olhar
Depois de tanto, tanto procurar.

A vida não cansando a procurar
Aonde se ergue em nós um claro altar
E traz a força imensa neste olhar
Podendo com certeza me entregar
Até que eu possa o quanto em paz mostrar
E nisto a luz com calma eu encontrar.

E sei que poderia te encontrar
Depois de tanto tempo procurar
Estrela que nos guia a se mostrar
Ousando na alegria como altar
Tramando o que pudera ao me entregar
Trazer com maior força em meu olhar.


Pudesse neste olhar ao encontrar
O tanto a se entregar e procurar
No amor um raro altar a se mostrar.

SEXTINA 0003

SEXTINA 0003


A forma mais suave da esperança
Traduz felicidade e nada mais
Os dias quando fossem tão venais
A sorte na verdade ao nada lança
E quanta vez eu vejo esta aliança
Marcada por instantes desiguais.

Os sonhos tantas vezes desiguais
E o quanto poderia em esperança
Gerar noutro momento esta aliança
Deixando para além o nunca mais,
A vida quando adentra em fina lança
Expressa os erros tolos e venais.

O prazo entre momentos que, venais
Já não comportariam desiguais
Caminhos entre os todos quando lança
A voz ao se perder em esperança
No todo desejado e sempre mais
Tentando produzir tal aliança.

A noite nos tramando uma aliança
Embora dias sigam tais venais
Momentos entre os ermos; peço mais
Nos tantos que pudessem desiguais
Gestando tão somente esta esperança
Ousando na alegria onde se lança.

O canto desejado e nele lança
Marcando o dia a dia em aliança
Trazendo tão somente esta esperança
Esbarro nos engodos e venais
Momentos com temores desiguais
E neste caminhar o tempo a mais

O quanto poderia e sempre mais
Ousando na incerteza onde se lança
Ausência dentre tantos desiguais
E neste caminhar uma aliança
Presume outros sentidos mais venais
Matando o quanto fora uma esperança.


A vida em esperança traz a mais
Os dias mais venais a sorte lança
Ousando em aliança os desiguais.

SEXTINA 0002

SEXTINA 0002

O tempo renegando a solução
Que tanto desejei e nunca vinha
A sorte se mostrando noutro rumo
E quando vejo a luta em dimensão
Diversa da que tanto me acostumo
Enfrento tão somente a negação,

O mundo desenhando em negação
Negando o que pudesse em solução
Não traz sequer o quanto me acostumo
E a luta sem descanso já não vinha
Mostrando o quanto cabe em dimensão
Dispersa o meu caminho em tosco rumo.

Além do que pudera sempre rumo
E nisto se desenha a negação
Ousando acreditar na dimensão
E nisto se aproxima a solução
Tramando o que pudera e não mais vinha
Ao fim após a guerra eu me acostumo.

O tanto quanto possa, e se acostumo
Mudando com firmeza além o rumo
Sabendo o que em verdade sei que vinha
Traçando tão somente a negação
Refaz a cada passo a solução
E traça esta sobeja dimensão.

Meu mundo se mostrando em dimensão
Enquanto na verdade me acostumo,
Procuro nos teus olhos, solução
E tanto quanto quero e vejo e rumo
Explica a mais diversa negação
E o todo desejado ora não vinha.

Cevando com ternura a velha vinha
O quanto me engrandece em dimensão
Dispersa do que tanto em negação
Trouxesse o quanto possa e me acostumo
Marcando a cada dia enquanto eu rumo
Tentando no horizonte a solução.

A vida em solução já não mais vinha
E assim eu sigo o rumo em dimensão
E aos poucos me acostumo à negação.

SEXTINA 0001

1

Ainda quando pude ter no olhar
Os dias mais felizes ou quem sabe
A sorte noutra face já desabe
Ou mude meu caminho devagar,
Restando dentro em mim o que não cabe
Sequer eu poderia imaginar.

Ainda que quisesse imaginar
Não trago qualquer luz em meu olhar
E sei da solidão e quanto cabe
Do todo sem sentido e não se sabe
O rumo se moldando devagar
No todo quanto possa e ali desabe.

Meu tempo este castelo que desabe
Já não comporta mais o imaginar
Seguindo o meu caminho devagar
Mantendo esta esperança em teu olhar
Tramando o que deveras não se sabe
Trazendo o quanto quer e nunca cabe,

O sonho dentro da alma sempre cabe
E mesmo que esta estrada assim desabe
Resumos do cenário e já se sabe
Ousando num suave imaginar
Somente poderia ao ver e olhar
Singrar este oceano devagar.

O passo mesmo sendo devagar
Traduz o que decerto ainda cabe
Moldando a rara luz em meu olhar
Repare neste encanto que desabe
E busque o que pudesse imaginar
E o tempo noutro encanto nada sabe.

O tanto quanto pude e não mais sabe
Quem luta contra a fúria devagar
Ainda que pudesse imaginar
Ao fim de certo tempo não mais cabe
E o mundo desejado enfim desabe
Negando o que pudesse em cada olhar.

Traçasse a cada olhar o que se sabe
E o todo não desabe, devagar
Amor; somente cabe imaginar.

SEXTINA 0001

1

Ainda quando pude ter no olhar
Os dias mais felizes ou quem sabe
A sorte noutra face já desabe
Ou mude meu caminho devagar,
Restando dentro em mim o que não cabe
Sequer eu poderia imaginar.

Ainda que quisesse imaginar
Não trago qualquer luz em meu olhar
E sei da solidão e quanto cabe
Do todo sem sentido e não se sabe
O rumo se moldando devagar
No todo quanto possa e ali desabe.

Meu tempo este castelo que desabe
Já não comporta mais o imaginar
Seguindo o meu caminho devagar
Mantendo esta esperança em teu olhar
Tramando o que deveras não se sabe
Trazendo o quanto quer e nunca cabe,

O sonho dentro da alma sempre cabe
E mesmo que esta estrada assim desabe
Resumos do cenário e já se sabe
Ousando num suave imaginar
Somente poderia ao ver e olhar
Singrar este oceano devagar.

O passo mesmo sendo devagar
Traduz o que decerto ainda cabe
Moldando a rara luz em meu olhar
Repare neste encanto que desabe
E busque o que pudesse imaginar
E o tempo noutro encanto nada sabe.

O tanto quanto pude e não mais sabe
Quem luta contra a fúria devagar
Ainda que pudesse imaginar
Ao fim de certo tempo não mais cabe
E o mundo desejado enfim desabe
Negando o que pudesse em cada olhar.

Traçasse a cada olhar o que se sabe
E o todo não desabe, devagar
Amor; somente cabe imaginar.

SEGUIR A DIREÇÃO DO SONHO

SEGUIR A DIREÇÃO DO SONHO

A glória de seguir na direção
Do sonho que pudesse despertar
O tanto quanto quis decerto amar
E sei dos dias toscos que virão,

O verso se perdendo, imprevisão,
A luta que tentara desenhar
Meu verso se impregnando a desvendar
O tempo sem temor nem dimensão.

Reparo cada engano e vejo além
Do tanto quanto possa e não mais vem
Vertendo em cada olhar este vazio.

O vento me tocando sutilmente
No tanto que teimara e não se sente
Apenas o momento em vão recrio…

Marcos Loures

Abîme du mémoire

Abîme du mémoire

Comment avez la passion des mensonges
et mensonges enterrés aux rêves.
Parcourez matins dantesques à la recherche de rédemption,
qui venait juste d'avoir sur chaque étape,
ces déceptions avec déguisement sourires,
pas plus proche de l'ivresse
quand il était encore pensé à l'avenir.
Le monde détermine la fin du jeu,
et les pièces ne correspondent pas.
Je suis seule.
Osé à un plus audacieux,
mais des erreurs affreux sont communs,
et il ne reste rien,
mais l'immense falaise de la mémoire.

Marcos Loures

Either

Either

Only a shadow among so many,
forgotten in any nasty figuration of what could be life,
traveling slowly among the peaceful streets
and those corners of was calmer of what life.
Only then will no longer fear
for my own mistakes that, unfortunately,
repeat and carry me to the end without
even the smallest escape.
Those demons who feed and farming
gradually devouring the remnants of common sense,
and bringing the sweet taste of the madness discerning and redemptive.
Just one shadow of what it attempted on smooth air
and palatable, embarrassing the feet between
the roots of dead trees and decaying, just that.
The end is coming and barely breathes,
only foreign to my several and dispersed ways
with nothing else to trace,
daring to believe in a tomorrow that will never come.
Simply echoing inside my madness.
Absolutely...

Marcos Loures

Amanecer

Amanecer

El amanecer que yo busco, mi deseo...
En los brazos de las estrellas, me duermo.
La canción que usted me dedico, no merezco,
¡El temor de la muerte me llena de vergüenza!
En la pálida tristeza, no veo nada,
Yo transmuta la vida sin tropiezos.
Espero trajes, accesorios,
Medio las tormentas, solicitar un beso;
En los campos buscando un lirio,
El maravilloso color de la verbena
Hechizos en que tú me traes alucinaciones...
Cuántas noches, así tuve insomnio,
El amor es un sentimiento tonto.
Mi salvación: la ilusión querida...

Marcos Loures

A NOSSA AMIZADE

A NOSSA AMIZADE

Amigo é quem entende nossas dores,
E faz do dia a dia, mais tranqüilo,
Estende mansamente belas flores,
Critica, se preciso, nosso estilo.

Amigo não esconde nossos erros,
E sempre francamente é verdadeiro,
Por mais que sejam duros os desterros,
Mergulha ao nosso lado, por inteiro.

Amigo de verdade? São bem raros,
Se existem, valem mais do que tesouros,
Por isso é que me são sempre tão caros,
Trazendo em segurança, ancoradouros.

Ao tê-la, companheira, aqui do lado,
Eu sinto-me por Deus já laureado...

Marcos Loures

Friends

Friends

Different confronted precipices
In the hard walk through life,
Abysses with my feet, I created foolish,
But every battle has been unsuccessful.
Having access to all your assistance
In a row against the tides, go ahead,
I learn separate wheat from the chaff
Listen to each word which looms
By being able to discern good and evil,
Only in the friendship meeting, at last,
Forces to fatten in my backyard
The love that blossom entire garden
Be your friend and companion,
A genuine diamond brightness...

Marcos Loures
La nuit

Mon âme veut obtenir des réponses pensif
Cette nuit-là tant j'ai toujours apporte seulement
Silencieusement, tout seul,
Lesheures de pointe, tables disposées,
Mille diables me gratter le dos,
Et je pense comme une fois que j'ai pouvait,
Maintenant cette lacune. Le audace froide
Les blessures et les plaies exposés ...
Perdue entre les pérégrinations et les vides
Les illusions du désert sont les compagnons,
Sortie aux défis douloureux,
La viande en décomposition est sans valeur,
Je souhaite les jours étaient plus rapides,
Peut-être que quelque part, qu'une âme à parler ...

Marcos Loures

Nuestra amistad

Nuestra amistad

Yo no quiero conocer más confusiones
Yo escribo para mí mismo y esto basta me
No tengo tiempo mi amigo y se desgasta
La vida en las ilusiones más distantes.
Franqueza en los arranques por seguro
Y siempre alejado de mis versos
La poesía trae sueños, pero tropezó tiene
No quiero quedarme en la cueva de leones...
Yo sólo quiero ser libre
Lo que yo quiero ser mientras hay tiempo
La poesía es un pasatiempo
No se puede destruir una amistad
Perdóname si parezco distante,
Pero yo quiero la paz plena que encuentro aquí...

Marcos Loures

MI ESPERANZA

MI ESPERANZA


Mi esperanza pende de una tormenta, de la guerrilla diaria y repetitiva. Mi esperanza baila en un frenesí de noticias en palabras aleatorias, únicas e intentos de golpe, mi esperanza se ve a cada paso, medida, por el del enemigo fiero y desenfrenado, ávido, en locura y sed. Mi esperanza aporta una corriente del muelle y los intentos de arruinar el sueño de nuestros sueños. Tengo la esperanza a través de un desierto de las ideas; de las tormentas de arena que se desplaza sobre los ojos de la gente en busca de un oasis. Mi esperanza se abraza con los cadáveres de los compañeros caídos, pero supongo que en el futuro, hoy, para siempre, no más. Mi esperanza, de la cárcel ayer, silenciosa, torturada, restringida, ve a la luz al final del camino. Mi esperanza es apedreada por muchos, pero la armadura se fortalece y sigue adelante. Mi esperanza es la boca desdentada y la ropa ruta de los afligidos y que sobreviven a las tormentas. Mi esperanza se refleja en los ojos de los niños hambrientos y casi muertos; en busca de los alimentos de lo cuerpo y del alma. Mi esperanza si queda, hiere las rodillas, a los gritos, pero de nuevo sobe por el árbol. Mi esperanza vuela, corta el cielo, los verdes campos y el transcurso de mis pies cansados. Mi esperanza es una estrella, brillante, hermosa. Estrella guía, la hija fuerte de tantas penas, la superación de cañones con blandas flores. Mi esperanza es una copa de vino, vino tinto, bebido con alegría en el pecho viejo que se estremeció. Mi esperanza traviesa, se expresa debajo de las sábanas en el sexo adorable y dulce. Mi esperanza trae el sabor de la primavera de flores rojas. Mi esperanza es el sabor de la cereza, roja, en la esquina de la paz y la amistad. Mi esperanza es la sangre roja, la vía roja. Pilar de la vida, el tiempo de verano, maravillosa en un cielo en plena claridad.

Marcos Loures

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O AMOR...

O AMOR...

O amor veio chegando de mansinho,
Tomando toda a casa num momento
Trazendo o quanto quero e mesmo alento
Sabendo ser o fim duro e mesquinho,

E quando nos braços eu me aninho
Resisto à tempestade, bebo o vento
E sigo sem saber do sofrimento
E nem me preocupa o farto espinho.

Apenas vejo a luz e nesta instante
O sonho tantas vezes deslumbrante
Realça tal mentira, ora ilusória

E sei do quanto a vida traduzisse
Vencendo sem temor esta mesmice
Deixando para trás leda memória.

MARCOS LOURES

LEDO CAMINHEIRO

LEDO CAMINHEIRO

Um ledo caminheiro sempre ao léu,
Jamais desvendaria a melhor sorte
E tendo a fantasia que o conforte,
Percorre sem saber inteiro o céu.

Meu mundo noutro tempo mais cruel
O prazo se decorre e não suporte
E cada novo dia já se aborte
Marcando com terror tal carrossel.

Já nada mais pudera ter nas mãos
O solo se esvaindo perde os grãos
E o tempo não viceja nunca mais.

Aonde quis a senda mais serena
A luta na verdade me condena
E gera; entre os enganos, tons banais.


MARCOS LOURES

CHAMA ACESA DA ESPERANÇA

CHAMA ACESA DA ESPERANÇA

Do sonho que alimenta e mantém chama
Acesa da esperança mais sutil,
O preço a se pagar jamais previu
O todo que pudera e não reclama.

Mascara cada engodo e nesta trama
O verso se apresenta mesmo vil,
E o mundo noutro instante repartiu
O todo sem sentido em mero drama.

O canto sem sinal de paz e luz
Apenas no vazio me conduz
E gera o verso rude e tão fugaz,

Fortuna se perdendo sem sentido,
O quanto poderia e dilapido
Transcende ao que o amor deveras traz.


MARCOS LOURES
CAPACHO DA TRISTEZA

Capacho da tristeza, este cativo
Que possa noutro instante perceber
A vida se envolvendo no prazer
Que tanto quanto quero mais eu vivo,

Um sonho se mostrasse tanto altivo
E trama em ironia este querer
Gerando a fantasia noutro ser
E sei que tão somente eu sobrevivo.

Já nada poderia ser aquém
Do sonho que deveras quando vem
Transforma a minha vida totalmente

E tanto quanto pude acreditar
Ousando noutro instante a revelar
O quanto se traduz e se pressente.

MARCOS LOURES

O MEU OLHAR

O MEU OLHAR


A seca dominando o meu olhar
Nesta aridez temida e tão atroz,
Já nada mais cessasse a rude voz
Que possa noutro instante nos tomar.

O mundo que tentasse desenhar
Perdendo cada passo e logo após
O verso se traduz e sei do algoz
Tramando o mais diverso caminhar.

E nada do que fora o meu passado
Traduz felicidade ou mesmo tenta
E sei da sorte tanto virulenta

Enquanto sem sentido eu me degrado
O verso noutro rumo se anuncia
Deixando tão somente esta ironia.

MARCOS LOURES

PERCEBO NOVA SORTE

PERCEBO NOVA SORTE

Agora que percebo nova sorte
O tempo me apavora simplesmente
E nisto todo o fato que se sente
E nisto o quanto pude me conforte

Gerando o dia a dia em tal suporte
Marcando com ternura o quanto ausente
A luta noutro rumo me apresente
O quanto se desenha além do corte.

Não tento acreditar no que não veio
E busco tão somente em devaneio
O risco mais atroz e nada estendo

Senão a velha sorte em tal fastio
E quando no final eu desafio
O todo desenhado em dividendo.

MARCOS LOURES

CANTO matinal

CANTO matinal


O canto matinal dos paxariños
A dentro meus umbra se vexo alí
O tanto como en luz me permiti
Deixando para tras medos daniños.

Meu verso transfórmase e os espiños
Marcando canto quero estando aquí
Vestixios doutras eras xa perdín
Soubese da emoción distintos niños.

Que só lle que che traio sen remedio
Expresa a soedade no inmenso tedio
Refén de algunha sorte máis atroz,

A morte se anuncia de repente
E todo en realidade non se sente
Senón a mesma face deste algoz.

MARCOS LOURES

CANTO MATINAL

CANTO MATINAL


O canto matinal dos passarinhos
Adentra meus umbrais e vejo ali
O tanto quanto em luz me permiti
Deixando para trás medos daninhos.

Meu verso se transforma e dos espinhos
Marcando o quanto quero e presumi
Vestígios de outras eras quando os vi
Soubesse da emoção diversos ninhos.

Apenas o que trago sem remédio
Expressa a solidão no imenso tédio
Refém de alguma sorte mais atroz,

A morte se anuncia de repente
E o todo na verdade não se sente
Senão a mesma face deste algoz.

MARCOS LOURES

TOCANDO LEVEMENTE

TOCANDO LEVEMENTE

Tocando levemente esta verdade
Que possa me trazer novos momentos
E sei dos meus anseios, desalentos
E toda a sensação que ora degrade.

O mundo se anuncia em liberdade
E sei da profusão dos fortes ventos
Sabendo simplesmente dos tormentos
E neles cada farsa desagrade

O mundo sem sentido e sem conversa
A luta noutra face já se versa
Prestando um sentimento em vasta luz.

Depois do que pudera noutra senda
A vida com certeza nos entenda
E nisto outro cenário reproduz.

MARCOS LOURES

UM PASSO BEM MAIS FIRME

UM PASSO BEM MAIS FIRME


Permite bem mais firme cada passo
O sonho mais audaz que não pudera
Traçar senão a fonte mais sincera
E mesmo neste rumo eu canto e traço.

E o prazo detonando o mero espaço
Resumos do que fora em primavera
Atocaiada vida expressa a fera
E nisto cada rumo ora desfaço.

Encontro as minhas ledas emoções
E sei do quanto quero e me propões
Somente o fim do jogo e nada mais,

Vestígios de uma luta sem sentido,
O verso enquanto o todo dilapido
Expressa os mais diversos vendavais.

MARCOS LOURES

SOB OS RASTROS DO LUAR

SOB OS RASTROS DO LUAR


Deitando sob os rastros do luar
A noite se aproxima do que pude
Viver e na verdade em atitude
Diversa da que tento adivinhar

Versando sem saber onde encontrar
A paz que na verdade nos ilude
O mundo se anuncia e sei que é rude
O vento que tentara desvendar.

Cabendo dentro da alma a fantasia
E nisto o quanto quero não teria
Senão a mesma face inusitada

Da vida sem proveito e sem descanso
E quando no final já nada alcanço
Encontro a minha sorte desregrada.

VIRTUDE SOLIDÁRIA DIOGENES PEREIRA DE ARAUJO E marcos loures

VIRTUDE SOLIDÁRIA DIOGENES PEREIRA DE ARAUJO E marcos loures

"Dos amigos dão conta uma só mão".
Antigamente é assim que se dizia
Mas felizmente vejo, que hoje em dia
precisamos de mais e a razão

deste aumento, motivo de alegria,
é que está aumentando a compreensão
do que seja a amizade: a acepção
correta da amizade propicia

o crescimento mútuo: isto é "o"bem
maior dos indivíduos; quem crescer
sem parar sente o gosto do viver

e quem vive a crescer, por certo tem
a qualificação que é necessária
à amizade, virtude solidária.

Diógenes Pereira de Araújo

Um mundo que seria mais tranquilo
Envolto por concórdia em amizade,
Traria, finalmente à humanidade,
Um passo mais suave e sem vacilo.

Porém quando o desejo, este bacilo,
Em grandes multidões, temido, invade,
Gerando invés de brisa a tempestade
A morte da esperança, enfim destilo.

Mas quero acreditar que novo tempo
Supere este terrível contratempo
Da fome do poder que prostitui,

Amigo, penso a paz qual solução
Imersa nas entranhas do perdão,
E um mundo sem tormentas, segue, flui...

APASCENTANDO O MEDO

Apascentando o medo, cruel fera
Que deixa a imensa marca, mais profunda
E sei do quanto abarca o que me inunda
Deixando sem proveito esta quimera

A luta poderia ser sincera
Ou mesmo na ilusão que ora redunda
Na farsa mais atroz quando confunda
A solidão com toda a rude espera,

Negar o que pudesse e ser além
Do tanto quanto venha e nos convém,
Resulta neste incauto caminhar.

Presença impertinente de um passado
Há tanto noutro encanto desejado
E morto sem saber onde o buscar.

TE AMO

TE AMO

Te amo como a la redención final de un loco
para perpetuarse en numerosos terrenos distintos que podía concebir perdido
y los ojos vacíos, y jugado en nada parecido
a nunca hubiera a menos que la estupidez de los soñadores.
Me encanta como un despistado que se dedica a la red
más sórdida de la soledad imprecisa y constante.
Te quiero como cualquiera que busque al término del día,
un bar donde se puede olvidar
la habitual repetida negativa y en el abuso.
Te amo como un hombre que se ahoga,
rodeada por las olas en el caos,
sin saber de la utilización de una falsa imagen vendida
por la ilusión de los sueños de una vida sórdida, sin valor.
Te amo como si fuera el último oasis.
La caravana muriendo de hambre y sed,
en busca de alivio que nadie dará cuenta y,
a menos que a los amantes de su propia estupidez.

Des moments

Des moments

Parlant de ces moments où j'ai été heureux
ou au moins être pensée,
c'est comme revivre un gros mensonge
perdu parmi illusions si nombreuses et diverses.
Dans les horizons antérieurs clairs,
peu à peu les nuages prend l'après-midi
au cours et brumeuse
annonce la nuit sans étoiles, sans lune.
La vie est comme ça,
entraîne inévitablement la souffrance
après tant de passagers espérances
envahie par des sourires et des moments
où nous sentons que nous sommes imbattables.
Le travail au quotidien,
le mot qui reçoit et les sentiments qui poussent,
fleurissent la solitude née douloureux
qui va inévitablement être pris sur un lit vide
et le cœur plein de nostalgie ...


Marcos Loures

My way

My way

Carrying my way gradually as it could believe
in the best and more beautiful moments
to envision what it stubbornly on love and to be,
after all means nothing more than an unsustainable
unthinkable delirium of dreamer.
Life is therefore deceptive and fooling
at every moment does not permit the new reality,
but it has well known and lost
by the fears and anxieties, and stupid inconsequential.
Addition my losses, I escape no more than the same face
already cut and marked in cold blood,
his eyes never missing in the horizon
that could bring to me anything other than feeling
is unthinkable to who intended something
more than of the eternal recycle of sorrows and bankruptcies.

Marcos Loures

ANSEIO

ANSEIO

Não se vira tal anseio
Neste olhar em mansidão,
O que possa e nunca veio
Traduzindo esta expressão

Do meu sonho, devaneio,
Do meu rumo em negação,
Outro tanto não permeio
Nem procuro a dimensão.

Sendo assim o que me resta
A faceta mais cruel,
Da verdade mais funesta

Velho mundo em carrossel,
Adentrando qualquer fresta,
Desvendando o antigo véu.

MARCOS LOURES

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Mi vida

Mi vida

Mi vida loca que va a arrastrar
a mi embarcación y esperando
mi tiempo escuchando las canciones
en ese momento destruidas o convertidas
en el vacío que llevo en mí,
que ha renacido con voz cansina
y la alegoría de un verso mal.
En la vieja amiga, la soledad,
la reflexión de mis ojos con lágrimas
se enrede tu sal, en vano.
La esperanza es el sueño y la muerte
sigue inevitablemente a la lucha caprichosa
y loca de los que intentaron al menos un poco de paz.
Lo que permanece, más allá del sueño,
es la imagen distorsionada del cuerpo expuesto
por los suelos al borde de la caída y el precipicio final.
Y se sonríe.


Marcos Loures

Sur moi.

Sur moi.

Discuter comment il pourrait soit bien
et jamais l'incroyable sensation du néant,
mais la mort inévitable et, franchement, mon unique consolation.
Discuter sur la façon dont il devrait être
et n'a jamais pu croire à moins que la stupidité
dominant à chaque étape vers le couchant même,
ordinaires et nécessaires.
Parlant de mon univers,
sans aucune chance de la lumière
dans une tentative insensée conviction en quelque chose
que je sais n'existe pas.
Parlant de ce que la vie a apporté
et pas autre chose, le vrai sentiment de l'inutilité
des mes songes et des chansons qui expriment encore une illusion.
Pour parler, donc je suis et ce que j'ai laissé.
La conséquence en raison des mots,
sans le plus logique, oublié quelque part dans la espoir lointain ...

Marcos Loures

ESPREITA ATOCAIADO.

Que espreita na tocaia, o coração
Deixando para trás o que viria,
Vivendo a mais superna fantasia
O tempo se moldando em mero não.

O custo/benefício diz do vão
Cenário feito em dor ou agonia
O verso se moldando dia a dia
Tentando no final a redenção.

Jogando as minhas cartas sobre a mesa
A vida traz no fim esta destreza
Gerada num embate imprevisível.

O caos que é provocado pela luta
Que tanto quanto possa e até reluta
Expressa o sonho atroz ora impossível.

The mists

The mists


Walking through from the mists
that delimit my life,
the roads that would not bring most clarity
even while immersed in the anxieties and daydreams
of those who had made missing the simplest
and probable the voice of freedom, and distant absent.
How far one perceives beyond decline
does not permit you believe
at a future more and more distant and most disastrous.
Smoky scene is repeated at each step
and every instant, creating what, for that matter,
represents what takes place inside my soul,
sick and senile.
Snake among the sunset and profound
than crepuscular in my moment know,
you can still hear the voice of a false hope that resonates,
distorted on a diseased mind.

Marcos Loures

domingo, 25 de dezembro de 2011

ESPALHAS CLARIDADES

ESPALHAS CLARIDADES

Espalhas claridades; mas sei bem
Do pouco ou quase nada que me resta
Adentro a solidão e sei funesta
A sorte que deveras não mais vem,

O custo/benefício traz desdém
E o manto que decerto ora se empresta
Galgando sobre o quanto a vida atesta
Marcando o que decerto já não tem,

Meu passo sem sentido em noite escusa
Aprendo a caminhar e nada cruza
O desarranjo feito em tom venal.

O preço que se cobra não compensa
A vida se desenha bem mais tensa
Deixando qualquer sonho em vão final.

MARCOS LOURES

EN BUSCA DE UN GRAN AMOR ...

EN BUSCA DE UN GRAN AMOR ...

Nunca permita que el dolor fatal
Que tanto me obsesiona y me conforta,
El amor es algunas veces divino,
Al mismo tiempo que dulcifica inmolado.
Después de versos sobre los miedos que yo llevo,
Heredado de una juventud vano
Camino entre las espinas, casi ciego,
Pero el deseo loco sin abandonar
Desde un día hasta ser feliz, una tontería,
Pero no me cansaré de esta lucha
Si se conmigo de la realidad áspera,
Caminar en el filo de la navaja.,
"En el jardín donde las mariposas vuelan,
No triture el violeta hermoso. "

(Versos finales de Marcos Coutinho Loures)

Marcos Loures y Marcos Coutinho Loures

Mon chemin

Mon chemin

Prenant ma avance lentement,
comme il pouvais croire les meilleurs moments
et les plus beaux d'imaginer à quoi obstination
dans l'amour et être, après tout,
représente rien de plus que délire
d'un rêveur concevoir insoutenable.
La vie est donc trompeur et trompé
à chaque instant ne permet pas la nouvelle réalité,
mais il a connu et perdu par les craintes et inquiétudes,
stupide et irresponsable.
Ajout de ma pertes je pourrais supporter pas
plus que le même visage cultivée et marqué froidement,
ses yeux n'ont jamais perdu à l'horizon
qui pourraient m'apporter rien,
mais le sentiment est inconcevable
pour ceux qui voulaient quelque chose
au-delà du recyclage éternel de peine et les faillites.


Marcos Loures

Audacious?

Audacious?


The love that, meaningless or at least to more audacious,
seeps among fingers of the poet,
assuming constant faults
and reflecting a complete lack of coherence,
traveling by road without more certainty
an unusual unless in those fatal
will corrode and shape them scenario where life unfolds,
this same love will sparsely in the mists
and generates the sunset where diving without defenses,
fears and also without hope.
A little bit of what we represent
the end of every act of this play until duck than in the scenes,
the audience was ecstatic away,
taking pieces of what had been
one useless and profitless reality
for a life foolishly futile.

Marcos Loures