1
Se eu pudesse simplesmente
Encontrar a tradução
Do que possa em dimensão
Tão diversa num repente
Outro tanto que se invente
Procurando a direção
Dos caminhos que virão
Envolvendo o tom frequente
Das masmorras da esperança
Onde o nada se entranhando
Leva ao verso que se lança
Noutro tanto mesmo quando
O que gere confiança
Pouco a pouco destoando.
2
Já não traga melhor sorte
O que possa ser diverso
Do caminho que comporte
Cada sonho ou louco verso
A verdade não aporte
Outro tempo mais disperso
Do que possa em ledo norte
Ou decerto desconverso,
Vejo apenas o vazio
Que traduza o dia a dia
A vereda desafio
E se possa moldaria
Procurando em cada fio
O que possa a fantasia.
3
Nada tenho dentro em mim
Que falasse do passado
E se tento ou mesmo vim
Desta forma já me evado,
O momento chega ao fim
E mergulho neste enfado
O tormento diz que enfim
Não serei tão desolado.
Versifico o quanto possa
E procuro nesta areia
A certeza que foi nossa
E o vazio ora rodeia
Encontrando mera troça
Quando o sol já me incendeia.
4
Sigo angustiadamente
Lancetado pelo medo
E se possa e não desmente
Minha vida ora concedo
Inda vejo esta semente
Onde o todo que procedo
Traz apenas em tal mente
A vontade noutro enredo.
Justifico cada passo
E procuro nova luz
O momento que inda traço
Leva ao quanto reproduz
O caminho em mim desfaço
E ao vazio eu faço jus.
5
São palavras, nada mais
O que pude de tal forma
Na verdade os temporais
Onde a vida se transforma
Procurasse qualquer cais
Ou seguisse antiga norma
Nos cenários desiguais
A palavra nos deforma,
A certeza não combina
E deveras não combate
O que fora cristalina
Sensação de mero abate
Onde há sorte e me fascina
Esperança diz resgate.
6
Já não vejo como esteja
O que tento acreditar
Na palavra que se almeja
Ou nos sonhos de um luar,
Pouco a pouco esta peleja
Possa em nada desvendar
O que fora e se deseja
Noutro tom, rumo e lugar,
Visto o quanto poderia
Noutro canto ter somente
O meu mundo em agonia
A incerteza não desmente
Numa noite amarga e fria
O tormento se pressente.
7
Beijo o sonho e na morena
A certeza realizada
A palavra que serena
Traz a sorte emoldurada
No que tanto fora amena
A verdade desejada
O caminho se condena
Ou traduz a velha estrada
Nada tento contra tudo
E se possa como eu quis
O momento onde me iludo
Superando a cicatriz
Quando tento e tanto mudo
Não me faço mais feliz.
8
Resta apenas o que trago
Neste olhar em busca vã
O que possa num afago
Traz a sorte tão malsã
No teu colo hoje divago
E fazendo-o meu divã
Cada sonho antigo; o apago
Num amor sem amanhã.
Tento crer na liberdade
E deveras não consigo,
Onde o tempo se degrade
Encontrando o velho abrigo
Superando qualquer grade
Separando joio e trigo.
9
Liberdade trama a luz
Que pudesse em meu caminho
Quando o tempo nos conduz
Na verdade se mesquinho
Combinando faço jus
Ao que possa em desalinho
Navegando não me pus
Nem pudera no teu ninho.
Versejando sem descanso
O meu prazo determina
O que possa e não alcanço
Quando a sorte, dita e sina
Traz o canto outrora manso
Hoje em voz rude assassina.
10
Tendo na alma este deserto
Que cultivo a cada queda
A palavra não acerto
O momento se segreda
Na verdade o templo aberto
Traz a rústica moeda
E se possa e já desperto
Noutro tanto a vida veda,
Enveredo neste espaço
Que espolia cada instante
Deste anseio que ora traço
No final nada garante
Tão somente o meu cansaço
Ou o quanto se adiante.
11
Nada tenho mais de meu
Nem teria se pudesse,
A incerteza em apogeu
A mortalha já se tece
O caminho se perdeu
No cenário em tal benesse
E o que possa se esqueceu
Ou também ora enlouquece.
Vagamente tendo a sorte
Que pudera vez em quando
O meu mundo me conforte
Mesmo quando desabando
Faz do canto o novo forte
Enfrentando o velho bando.
12
Já não posso mais lutar
Contra os erros da razão
A vontade a desfilar
No final esta emoção
O caminho a divagar
Sobre os tempos que virão
Outro céu, novo luar
Nesta rude escuridão
A incerteza me domina
E não traz um só caminho
Quando a sorte é cristalina
Prosseguindo mais sozinho
A loucura desatina
E meu passo é tão mesquinho.
13
São terríveis os enganos
Que deveras tu trouxeste
Neste sonho tantos danos
Velho solo mais agreste
E se possa em novos planos
A vereda se reveste
Dos momentos mais insanos
Ou do tempo em paz, celeste.
Simplesmente o que te trago
Trama o quanto nada tem,
O momento onde divago
Traz o medo e tudo bem,
Vou seguindo e se me alago
Procurasse novo alguém.
14
Regiamente desenhando
O meu tempo de viver
No que possa em contrabando
Mesmo até me convencer
Do momento mais infando
Que pudera conceber
No cenário desde quando
Ensinaste o perceber.
O meu tempo se esvaíra
Noutro tempo tão diverso
E se trago esta mentira
Noutro canto também verso
E se possa ou interfira
Sem razões eu desconverso.
15
Num momento feroz em tempestade
A vontade de ser quem mais pudera
Desenhando a verdade em rude fera
Ou talvez tendo enfim felicidade,
O meu tempo deveras à vontade
Não traduz o que fora longa espera
A incerteza domina e destempera
Mesmo quando a loucura nos agrade.
Não quisera sentir o quanto pude
Na palavra que tanto desilude
O meu barco garante qualquer porto,
Mas não sabe sequer o que virá
A vontade desenha desde já
O cenário tão vago de um aborto.
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 28 de maio de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
1
O momento mais fugaz
Traça apenas solidão
E se vejo desde então
O que a vida ora desfaz
Noutro tempo tento a paz
E se possa em tal versão
Ver a mesma dimensão
Do meu passo mais audaz,
Nada mais teria quando
O meu mundo se disfarça
E talvez já desabando
O que fora outrora a farsa
Quantas vezes noite rude
Traz o quanto agora ilude.
2
Não se tente pelo menos
Desejar outro cenário
Sigo em tempo temerário
Ou talvez dias amenos,
Envolvendo nos venenos
O meu canto em sonho vário
Trago olhar imaginário
Entre engodos, mesmo plenos.
Variando em cada fato
Onde pude ser feliz
O que quer e já retrato
Mal resgata o quanto eu quis
E se possa e não constato,
Resta na alma a cicatriz.
3
Nada mais pudesse ver
Ou talvez inda restasse
A verdade noutro impasse
Onde possa recolher
A incerteza de viver
Em temido desenlace
Ou se mostre a velha face
Que me faça renascer,
Vejo apenas no futuro
O que tanto em vão procuro
E desenho logo após
Resoluto cavaleiro
Que vivesse o derradeiro
Caminhar em ledos nós.
4
Outro tanto se desdenha
Quando a vida trama a sorte
Tão diversa que comporte
Emoção que não mais venha
A incerteza desta ordenha
A vontade nos aporte
Deste tanto que se importe
Com o quanto não convenha.
Régio tom em nova estada
A notícia se espalhando
Onde possa demonstrada
A noção de um tempo brando
Geração do mesmo nada
Noutro tom se desenhando.
5
Nada trago de outros dias
Entre enganos mais frequentes
E se tanto agora sentes
O que sei em sintonias
Tão diversas, e querias
O que possa e mesmo ausentes
Dos instantes eloqüentes
Entre enganos, fantasia.
Contrarresta esta verdade
Feita em duro desengano
O que mude cada plano
Noutro tempo se degrade
A versão moldando o dano
Onde o todo desagrade.
6
Navegando em eloquência
Ou tentando melhor sorte
A verdade não conforte
Quem se mostra em anuência
Outro passo dá ciência
Do caminho em vida ou morte
Da janela o que se importe
Traz a mera coincidência.
Novamente quero o fato
Que deveras já constato
Resumindo o meu passado,
Noutro tempo que se veja
A palavra diz peleja
E meu sonho o velho brado.
7
Nada mais pudesse até
Quando a vida se desenha
E se trama em rude fé
O que possa e não mais venha
E talvez por quem em pé
Trace o quanto não contenha
A verdade diz quem é
E se molda em nova senha.
Dos entraves costumeiros
Outros tomam os canteiros
E anunciam este fim,
O meu verso sem segredo
O caminho que concedo
Traz a morte dentro em mim.
8
O meu tempo se esvaíra
Nas tormentas costumeiras
E se tanto quanto queiras
Trazes na alma esta mentira
A incerteza que interfira
Derrubando tais barreiras
Entre tantas derradeiras
O meu mundo ledo gira
Nada tendo mais de meu
O que fora não voltara
O meu canto se perdeu
Na ferida, dura escara,
O momento em apogeu
A verdade se escancara.
9
Nada mais do que pudesse
Ter nas mãos inutilmente,
A verdade que apresente
Outro tempo dita a prece
E se a sorte se merece
Ou deveras também mente
O que possa longamente
Noutro engodo se confesse,
Não teria qualquer sorte
Quem se faz tão arrogante
A palavra que conforte
No vazio se garante
E produz o ledo norte
Que seguimos doravante.
10
Romanesco caminhar
Entre sendas mais diversas
Ou se possas e dispersas
O que tanto faz sonhar,
Só queria este luar
E deveras quando versas
As palavras vão imersas
Neste longo delirar
O meu mundo se perdendo
Noutro tom ou mesmo após
O que possa ser horrendo
Ou quem sabe em tom atroz
Novamente ora prevendo
A passada mais veloz.
11
Numa sorte diversa e sem limites
O caminho traduz a imperfeição
Outros dias deveras nos verão
Mesmo quando em vazio te permites
O que possa e decerto necessites
Traz da morte a perfeita dimensão
Ouso até presumir no mesmo não
O que vejo e talvez não acredites,
A senzala que tanto conheci,
O momento em loucura e frenesi
O meu verso se perde num instante
E não tento seguir rumo diverso
O cenário que em paz já não disperso
Outro fato por certo se garante.
12
Outra vez mal desejara
Qualquer sonho que não veio
E seguindo sem rodeio
O caminho se prepara
Lua bela e noite clara
Nada mais tento ou receio
Da esperança em tom alheio
O que possa e se escancara
Versejando impunemente
O que tantas vezes tente
Desenhasse uma paragem
Meu anseio; não mais pude
Mesmo sendo a vida rude
E emoção, mera miragem.
13
Quando a sorte se pondera
E presume novo fim
Desabando tudo em mim
A palavra mais austera
O caminho que se espera
O momento tão ruim
O vazio dita enfim
O final da primavera.
Num ocaso sem proveito
O que possa e não aceito
Trama a voz em dor e tédio
Já não sigo mansamente
Onde quer que se apresente
A ilusão em livre assédio.
14
Nada mais teria quando
A verdade se apresenta
Enfrentar outra tormenta
Ou no quanto desabando
A ilusão se transformando
Numa senda mais sangrenta
A palavra virulenta
Outro tempo renegando.
O meu verso se aproxima
Do que possa imaginar
E se vejo em velha estima
O que tente desenhar
Nada mais moldasse o clima
Que buscara a divagar.
15
Num caminho insensato e tão atroz
Nada resta do quanto poderia
A palavra se mostra em agonia
O meu mundo não tendo nada após
A esperança ditando em rude voz
A certeza que nada mais veria
Expressão da diversa poesia
Que moldara este sonho como algoz,
Um verdugo apenas, nada mais
Tanto amor se perdera no caminho,
E se agora deveras tu te esvais
No teu passo sem rumo enfim me alinho
E mergulho em temíveis temporais
Num cenário que possa ser mesquinho.
O momento mais fugaz
Traça apenas solidão
E se vejo desde então
O que a vida ora desfaz
Noutro tempo tento a paz
E se possa em tal versão
Ver a mesma dimensão
Do meu passo mais audaz,
Nada mais teria quando
O meu mundo se disfarça
E talvez já desabando
O que fora outrora a farsa
Quantas vezes noite rude
Traz o quanto agora ilude.
2
Não se tente pelo menos
Desejar outro cenário
Sigo em tempo temerário
Ou talvez dias amenos,
Envolvendo nos venenos
O meu canto em sonho vário
Trago olhar imaginário
Entre engodos, mesmo plenos.
Variando em cada fato
Onde pude ser feliz
O que quer e já retrato
Mal resgata o quanto eu quis
E se possa e não constato,
Resta na alma a cicatriz.
3
Nada mais pudesse ver
Ou talvez inda restasse
A verdade noutro impasse
Onde possa recolher
A incerteza de viver
Em temido desenlace
Ou se mostre a velha face
Que me faça renascer,
Vejo apenas no futuro
O que tanto em vão procuro
E desenho logo após
Resoluto cavaleiro
Que vivesse o derradeiro
Caminhar em ledos nós.
4
Outro tanto se desdenha
Quando a vida trama a sorte
Tão diversa que comporte
Emoção que não mais venha
A incerteza desta ordenha
A vontade nos aporte
Deste tanto que se importe
Com o quanto não convenha.
Régio tom em nova estada
A notícia se espalhando
Onde possa demonstrada
A noção de um tempo brando
Geração do mesmo nada
Noutro tom se desenhando.
5
Nada trago de outros dias
Entre enganos mais frequentes
E se tanto agora sentes
O que sei em sintonias
Tão diversas, e querias
O que possa e mesmo ausentes
Dos instantes eloqüentes
Entre enganos, fantasia.
Contrarresta esta verdade
Feita em duro desengano
O que mude cada plano
Noutro tempo se degrade
A versão moldando o dano
Onde o todo desagrade.
6
Navegando em eloquência
Ou tentando melhor sorte
A verdade não conforte
Quem se mostra em anuência
Outro passo dá ciência
Do caminho em vida ou morte
Da janela o que se importe
Traz a mera coincidência.
Novamente quero o fato
Que deveras já constato
Resumindo o meu passado,
Noutro tempo que se veja
A palavra diz peleja
E meu sonho o velho brado.
7
Nada mais pudesse até
Quando a vida se desenha
E se trama em rude fé
O que possa e não mais venha
E talvez por quem em pé
Trace o quanto não contenha
A verdade diz quem é
E se molda em nova senha.
Dos entraves costumeiros
Outros tomam os canteiros
E anunciam este fim,
O meu verso sem segredo
O caminho que concedo
Traz a morte dentro em mim.
8
O meu tempo se esvaíra
Nas tormentas costumeiras
E se tanto quanto queiras
Trazes na alma esta mentira
A incerteza que interfira
Derrubando tais barreiras
Entre tantas derradeiras
O meu mundo ledo gira
Nada tendo mais de meu
O que fora não voltara
O meu canto se perdeu
Na ferida, dura escara,
O momento em apogeu
A verdade se escancara.
9
Nada mais do que pudesse
Ter nas mãos inutilmente,
A verdade que apresente
Outro tempo dita a prece
E se a sorte se merece
Ou deveras também mente
O que possa longamente
Noutro engodo se confesse,
Não teria qualquer sorte
Quem se faz tão arrogante
A palavra que conforte
No vazio se garante
E produz o ledo norte
Que seguimos doravante.
10
Romanesco caminhar
Entre sendas mais diversas
Ou se possas e dispersas
O que tanto faz sonhar,
Só queria este luar
E deveras quando versas
As palavras vão imersas
Neste longo delirar
O meu mundo se perdendo
Noutro tom ou mesmo após
O que possa ser horrendo
Ou quem sabe em tom atroz
Novamente ora prevendo
A passada mais veloz.
11
Numa sorte diversa e sem limites
O caminho traduz a imperfeição
Outros dias deveras nos verão
Mesmo quando em vazio te permites
O que possa e decerto necessites
Traz da morte a perfeita dimensão
Ouso até presumir no mesmo não
O que vejo e talvez não acredites,
A senzala que tanto conheci,
O momento em loucura e frenesi
O meu verso se perde num instante
E não tento seguir rumo diverso
O cenário que em paz já não disperso
Outro fato por certo se garante.
12
Outra vez mal desejara
Qualquer sonho que não veio
E seguindo sem rodeio
O caminho se prepara
Lua bela e noite clara
Nada mais tento ou receio
Da esperança em tom alheio
O que possa e se escancara
Versejando impunemente
O que tantas vezes tente
Desenhasse uma paragem
Meu anseio; não mais pude
Mesmo sendo a vida rude
E emoção, mera miragem.
13
Quando a sorte se pondera
E presume novo fim
Desabando tudo em mim
A palavra mais austera
O caminho que se espera
O momento tão ruim
O vazio dita enfim
O final da primavera.
Num ocaso sem proveito
O que possa e não aceito
Trama a voz em dor e tédio
Já não sigo mansamente
Onde quer que se apresente
A ilusão em livre assédio.
14
Nada mais teria quando
A verdade se apresenta
Enfrentar outra tormenta
Ou no quanto desabando
A ilusão se transformando
Numa senda mais sangrenta
A palavra virulenta
Outro tempo renegando.
O meu verso se aproxima
Do que possa imaginar
E se vejo em velha estima
O que tente desenhar
Nada mais moldasse o clima
Que buscara a divagar.
15
Num caminho insensato e tão atroz
Nada resta do quanto poderia
A palavra se mostra em agonia
O meu mundo não tendo nada após
A esperança ditando em rude voz
A certeza que nada mais veria
Expressão da diversa poesia
Que moldara este sonho como algoz,
Um verdugo apenas, nada mais
Tanto amor se perdera no caminho,
E se agora deveras tu te esvais
No teu passo sem rumo enfim me alinho
E mergulho em temíveis temporais
Num cenário que possa ser mesquinho.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
A manhã é companheira
Do que possa acreditar
Noutro tempo a divagar
Onde o rumo ora se queira
Na palavra derradeira
Numa ausência de lugar
Já cansado de lutar
Tendo o vão como bandeira
Acenando desde quando
A verdade não se cala
Outra vida emoldurando
Adentrando a minha sala
Meu caminho outrora brando
Sem sentido me avassala.
2
Sem sentido me avassala
A esperança que pudera
Traduzir além da fera
O que possa e nada fala
Aportando em rara gala
Superando a velha espera
O que tanto degenera
Respeitando a viva escala
Dos enganos mais frequentes
Onde siga sendo rude
E se tanto agora tentes
O caminho onde se ilude
Na verdade não inventes
Outra amarga juventude.
3
Outra amarga juventude
Mostra a face tentadora
De quem sempre segue e fora
Na expressão que nada mude,
Ouso ver nesta atitude
O que possa a sonhadora
Sensação tão redentora
Onde o tanto nunca pude,
Versos soltos sigo ao vento
E procuro algum descanso
Mesmo quando alheio eu tento
E deveras não alcanço
Prosseguindo em sofrimento
Só querendo algum remanso.
4
Só querendo algum remanso
Que pudera me trazer
Outro sonho enquanto lanço
O meu canto a se perder
Já não levo qualquer ranço
Do que pude conceber
E se tento e ora balanço
Nova queda posso ver,
Resumindo cada fato
Nada mais trouxesse enquanto
O meu mundo que constato
Traz apenas desencanto
Se meu sonho ora resgato
Noutro rumo eu me garanto.
5
Noutro rumo eu me garanto
E pudesse sempre assim
O que trago dentro em mim
Geraria algum espanto
Onde o todo quis e tanto
Noutro traço quando eu vim
Expressasse sempre o fim
Que deveras adianto,
Não teria solução
Nem sequer outro momento
Nesta luta mesmo em vão
O caminho que fomento
Traz em nova dimensão
Muito além de um sentimento.
6
Muito além de um sentimento
A incerteza dita a sorte
E deveras não conforte
O que insano sempre tento,
Expressando contra o vento
Este tanto que suporte
O vazio deste corte
O meu velho sofrimento,
Nada pude e nem teria
Nem sequer a paz que siga
O meu canto em alegria
Numa voz imensa e amiga,
Outro tempo não veria
Mesmo quando em dor prossiga.
7
Mesmo quando em dor prossiga
A verdade traz o quanto
Noutro fato onde me espanto
Revivesse cada viga
A palavra que não diga
O momento em que garanto
A certeza deste pranto
Que decerto desabriga,
O meu verso se perdera
Noutro tanto ou mesmo quase
O que agora concebera
Trama o quanto a vida abrase
A expressão que se tecera
Na surpresa de outra fase.
8
Na surpresa de outra fase
O meu verso em desafeto
Onde quer que não se embase
Traz o tempo predileto
E gerando o quanto atrase
Noutro rumo eu me completo
Ou versando em cada frase
Do momento antes dileto.
Nada mais pudesse então
Nem sequer a sorte em paz
A incerteza traz o não
E o tormento se desfaz
Na verdade sem senão
O meu canto nada traz.
9
O meu canto nada traz
Nem pudera desejar
O que tanto sendo audaz
Não encontra um só lugar
E o sentido não se faz
Onde pude declinar
No meu verso mais tenaz
Sem saber sequer lutar.
Sei das sendas mais atrozes
E dos dias mais sutis
Entremeio velhas vozes
Com o sonho que já quis
Os anseios são algozes
O meu verso, este infeliz.
10
O meu verso, este infeliz
Nada entende de abandono
E procuro em raro abono
Este amor que ora desfiz,
Vejo apenas cicatriz
E decerto em vão me adono
Desta noite já sem sono
Outro tempo trama o bis
De quem pôde marinheiro
Ao vagar no mundo inteiro
Na esperança de outro bem
A saudade toma a cena
E se possa e me condena
Com certeza nada vem.
11
Com certeza nada vem
E decerto não viria
Nem sequer saber de alguém
Onde viva a fantasia
E se sei o sonho tem
O que nunca mais teria
Quem vagando no desdém
Mata logo a poesia.
Mergulhando no passado
Noutro tempo mais sutil,
O que tanto agora brado,
Na verdade não previu
O meu mundo em raro enfado
Onde fora mais gentil.
12
Onde fora mais gentil
A palavra se perdendo,
O meu sonho este remendo
Que deveras se reviu
No caminho redimiu
Cada fardo mais horrendo
E sem ter um dividendo
Segue em rumo atroz e vil,
Nada tendo dentro da alma
Nem sequer o que se quer
O meu tempo não acalma
Nem quadris desta mulher
Provocando a fúria em calma
Sem me dar prazer sequer.
13
Sem me dar prazer sequer
A verdade não tramasse
Outro tempo em tom qualquer
A incerteza em desenlace
Venha logo o que vier
Noutro tom se demonstrasse
A beleza da mulher
Que moldara a nova face
De um desejo mais audaz,
Poesia determina
O que possa e já me traz
Nesta senda cristalina
O que tente e satisfaz
Aflorando em rara mina.
14
Aflorando em rara mina
A certeza se renova
E deixando determina
O que a vida ora comprova
Nada mais já me fascina
E se tento verso e trova
A verdade dita a prova
E deveras me alucina,
Nada mais que se vivesse
Outro tom jamais se queira
A palavra que volvesse
Ao momento onde se esgueira
E do sol que se tecesse
A manhã é companheira.
15
Num momento de glória no passado
Ao instante feroz que agora vejo
O tormento se mostra num lampejo
Meu caminho num tom mais elevado,
O sentido no qual decerto eu brado
Versejando nas sendas do desejo
O meu mundo deveras eu prevejo
Onde quero o cenário iluminado,
A senzala que sinto inda a carrego
No vazio de um templo sonhador
E prossigo sabendo sempre cego
Este rumo deveras feito amor,
Neste mar sem sentido que navego
Teu olhar, meu farol, o condutor.
Do que possa acreditar
Noutro tempo a divagar
Onde o rumo ora se queira
Na palavra derradeira
Numa ausência de lugar
Já cansado de lutar
Tendo o vão como bandeira
Acenando desde quando
A verdade não se cala
Outra vida emoldurando
Adentrando a minha sala
Meu caminho outrora brando
Sem sentido me avassala.
2
Sem sentido me avassala
A esperança que pudera
Traduzir além da fera
O que possa e nada fala
Aportando em rara gala
Superando a velha espera
O que tanto degenera
Respeitando a viva escala
Dos enganos mais frequentes
Onde siga sendo rude
E se tanto agora tentes
O caminho onde se ilude
Na verdade não inventes
Outra amarga juventude.
3
Outra amarga juventude
Mostra a face tentadora
De quem sempre segue e fora
Na expressão que nada mude,
Ouso ver nesta atitude
O que possa a sonhadora
Sensação tão redentora
Onde o tanto nunca pude,
Versos soltos sigo ao vento
E procuro algum descanso
Mesmo quando alheio eu tento
E deveras não alcanço
Prosseguindo em sofrimento
Só querendo algum remanso.
4
Só querendo algum remanso
Que pudera me trazer
Outro sonho enquanto lanço
O meu canto a se perder
Já não levo qualquer ranço
Do que pude conceber
E se tento e ora balanço
Nova queda posso ver,
Resumindo cada fato
Nada mais trouxesse enquanto
O meu mundo que constato
Traz apenas desencanto
Se meu sonho ora resgato
Noutro rumo eu me garanto.
5
Noutro rumo eu me garanto
E pudesse sempre assim
O que trago dentro em mim
Geraria algum espanto
Onde o todo quis e tanto
Noutro traço quando eu vim
Expressasse sempre o fim
Que deveras adianto,
Não teria solução
Nem sequer outro momento
Nesta luta mesmo em vão
O caminho que fomento
Traz em nova dimensão
Muito além de um sentimento.
6
Muito além de um sentimento
A incerteza dita a sorte
E deveras não conforte
O que insano sempre tento,
Expressando contra o vento
Este tanto que suporte
O vazio deste corte
O meu velho sofrimento,
Nada pude e nem teria
Nem sequer a paz que siga
O meu canto em alegria
Numa voz imensa e amiga,
Outro tempo não veria
Mesmo quando em dor prossiga.
7
Mesmo quando em dor prossiga
A verdade traz o quanto
Noutro fato onde me espanto
Revivesse cada viga
A palavra que não diga
O momento em que garanto
A certeza deste pranto
Que decerto desabriga,
O meu verso se perdera
Noutro tanto ou mesmo quase
O que agora concebera
Trama o quanto a vida abrase
A expressão que se tecera
Na surpresa de outra fase.
8
Na surpresa de outra fase
O meu verso em desafeto
Onde quer que não se embase
Traz o tempo predileto
E gerando o quanto atrase
Noutro rumo eu me completo
Ou versando em cada frase
Do momento antes dileto.
Nada mais pudesse então
Nem sequer a sorte em paz
A incerteza traz o não
E o tormento se desfaz
Na verdade sem senão
O meu canto nada traz.
9
O meu canto nada traz
Nem pudera desejar
O que tanto sendo audaz
Não encontra um só lugar
E o sentido não se faz
Onde pude declinar
No meu verso mais tenaz
Sem saber sequer lutar.
Sei das sendas mais atrozes
E dos dias mais sutis
Entremeio velhas vozes
Com o sonho que já quis
Os anseios são algozes
O meu verso, este infeliz.
10
O meu verso, este infeliz
Nada entende de abandono
E procuro em raro abono
Este amor que ora desfiz,
Vejo apenas cicatriz
E decerto em vão me adono
Desta noite já sem sono
Outro tempo trama o bis
De quem pôde marinheiro
Ao vagar no mundo inteiro
Na esperança de outro bem
A saudade toma a cena
E se possa e me condena
Com certeza nada vem.
11
Com certeza nada vem
E decerto não viria
Nem sequer saber de alguém
Onde viva a fantasia
E se sei o sonho tem
O que nunca mais teria
Quem vagando no desdém
Mata logo a poesia.
Mergulhando no passado
Noutro tempo mais sutil,
O que tanto agora brado,
Na verdade não previu
O meu mundo em raro enfado
Onde fora mais gentil.
12
Onde fora mais gentil
A palavra se perdendo,
O meu sonho este remendo
Que deveras se reviu
No caminho redimiu
Cada fardo mais horrendo
E sem ter um dividendo
Segue em rumo atroz e vil,
Nada tendo dentro da alma
Nem sequer o que se quer
O meu tempo não acalma
Nem quadris desta mulher
Provocando a fúria em calma
Sem me dar prazer sequer.
13
Sem me dar prazer sequer
A verdade não tramasse
Outro tempo em tom qualquer
A incerteza em desenlace
Venha logo o que vier
Noutro tom se demonstrasse
A beleza da mulher
Que moldara a nova face
De um desejo mais audaz,
Poesia determina
O que possa e já me traz
Nesta senda cristalina
O que tente e satisfaz
Aflorando em rara mina.
14
Aflorando em rara mina
A certeza se renova
E deixando determina
O que a vida ora comprova
Nada mais já me fascina
E se tento verso e trova
A verdade dita a prova
E deveras me alucina,
Nada mais que se vivesse
Outro tom jamais se queira
A palavra que volvesse
Ao momento onde se esgueira
E do sol que se tecesse
A manhã é companheira.
15
Num momento de glória no passado
Ao instante feroz que agora vejo
O tormento se mostra num lampejo
Meu caminho num tom mais elevado,
O sentido no qual decerto eu brado
Versejando nas sendas do desejo
O meu mundo deveras eu prevejo
Onde quero o cenário iluminado,
A senzala que sinto inda a carrego
No vazio de um templo sonhador
E prossigo sabendo sempre cego
Este rumo deveras feito amor,
Neste mar sem sentido que navego
Teu olhar, meu farol, o condutor.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
1
Refaz a nossa vida
Esperança sutil
Que tanto ora se viu
Sem mesmo a despedida
A luta presumida
O passo mais gentil
O verso que seguiu
A senda ora perdida,
Vestígios do passado
O tempo segue em paz
O quanto agora brado
O verso mais capaz
Do canto desolado
E nisto o sonho audaz.
2
A queda ou mesmo o medo,
Tramando a solidão
De quem tentando em vão
O quanto não concedo
Ao mundo sem segredo
Na farsa desde então
A sorte em dimensão
Diversa deste enredo.
Já nada caberia
Jazida de esperança
O quanto a vida cansa
Em torpe fantasia
Ao fim ora se lança
E nada mais veria.
3
E quando assim pudera
Além do que me cabe
O todo que desabe
A sensação sincera
Da vida em leda fera
Ou mesmo quando acabe
O quanto que não gabe
Trazendo a longa espera,
Vacância se adivinha
Na sorte que foi minha
E nada mais se trame
Na vida sem sentido
No tempo consumido
No engodo de um ditame.
4
No quanto não permita
A sorte de tal forma
Que tudo se transforma
Na senda mais maldita,
Pudesse e não repita
O que jamais informa
O passo se deforma
Tramando esta desdita.
A vida que se esgota
Perdendo cada cota
Do quanto fora além,
O prazo determina
A lenta e vaga sina
No duro e atroz desdém.
5
Ou mesmo agora aceito
Ou não pudesse crer,
Na vida deste jeito
Na ausência do querer
Vivendo o quanto em pleito
Pudesse conceber
O mundo adentra o peito,
O nada eu posso ver.
E sendo sempre assim,
O início trama o engano,
Aonde sei que vim
A sorte em novo plano
O tempo segue em mim
Tramando o rude plano.
6
O risco, o tempo atroz,
A sorte que não veio
O tempo mais feroz
O quanto em vão anseio
Seguindo até a foz
O pensamento alheio
Ao tanto quanto após
Pudesse em devaneio.
Vagando sem sentido
Sem norte em dimensão
Diversa, ora duvido
Dos sonhos que verão
Enquanto dilapido
O tempo sem razão.
7
Não tendo outro momento
Apenas poderia
Ousar enquanto tento
Vencer esta agonia
O dia que lamento
A noite amarga e fria
O verso em provimento
Ao quanto mais queria.
O tempo ora desfaz
O que deixara em luz
E nada desta paz
Ao sonho me conduz,
Deixando para trás
O que já não reluz.
8
Não vejo mais a sorte
Que tanto imaginara
E sei que me conforte
Nesta dura seara.
O medo não comporte
A vida não prepara
A luta segue forte
E gera nova escara,
Matando mansamente
O quanto ainda havia
Tomando o que se sente
Na dura alegoria
Meu verso se ressente
Na espúria poesia.
9
Tristeza diz do medo
Que tanto me entranhasse
Ousando não mais cedo
E nem mostrasse a face
Que possa no degredo
Ou mesmo num impasse,
Vagando não concedo
O sonho que se trace.
Resumo todo verso
No tanto que não veio
Seguindo sempre imerso
O tempo diz receio
E sei que me disperso
Num tom diverso, alheio.
10
E quando não se traga
A vida em liberdade
A sorte noutra plaga
O tempo se degrade,
A morte em justa paga
Ousando em claridade
Vencendo cada vaga
Da imensa tempestade.
No fim me acostumando
Ao que jamais tivera
Nem mesmo como e quando
A solidão austera
O mundo desabando
Aos poucos nada gera.
11
O tempo traz no sonho
A marca de outras sendas
E sei do que proponho
E mesmo além desvendas
O tanto mais risonho
Momento onde te estendas
Vagando onde proponho
A sorte em simples tendas.
Não pude com certeza
Vencer o dia a dia
E pondo sobre a mesa
O pouco que cabia
Mergulho em correnteza
E tento a fantasia…
12
O vasto caminhar
Durante a noite escura
Já não tendo lugar
Um porto em paz procura
E sei do imaginar
Além desta loucura
Pudesse desenhar
A sorte mais segura,
O verso não segreda
O quanto pude outrora
Preparo para a queda
Que tanto já se aflora
E a morte se envereda
Tomando sem demora.
13
Agora sem saber
O quanto poderia
A vida sem prazer
O tempo em agonia
Vivendo em teu poder
A sorte não veria
O quanto posso crer,
Decerto ainda havia.
Meu tempo se transforma
E bebo cada gota
A luta em cada forma
Tramando a bancarrota
A senda se deforma
Agora a vejo rota.
14
O fim já reproduz
Imagem de outras eras
Aonde degeneras
Ou negas; plena luz
O tempo traz a cruz
E tanto quanto esperas
Marcantes primaveras
O sonho não seduz,
Vencido pelo ocaso
Traçando cada engano
O mundo dita o prazo
E enfim sempre me dano,
Gerando o velho atraso,
Matando um vento insano.
15
No jamais que inda tivesse
A palavra mais sutil
O cenário que se viu
Não traria esta benesse,
O que possa e já me apresse
O tormento atroz e vil
Ou o vento mais gentil
No que a sorte se obedece.
Cada farsa representa
Nascedouro de outra farsa
A palavra desatenta
Outro tempo não disfarça
Muito embora o que se tenta
Traz a vida sempre esparsa.
Refaz a nossa vida
Esperança sutil
Que tanto ora se viu
Sem mesmo a despedida
A luta presumida
O passo mais gentil
O verso que seguiu
A senda ora perdida,
Vestígios do passado
O tempo segue em paz
O quanto agora brado
O verso mais capaz
Do canto desolado
E nisto o sonho audaz.
2
A queda ou mesmo o medo,
Tramando a solidão
De quem tentando em vão
O quanto não concedo
Ao mundo sem segredo
Na farsa desde então
A sorte em dimensão
Diversa deste enredo.
Já nada caberia
Jazida de esperança
O quanto a vida cansa
Em torpe fantasia
Ao fim ora se lança
E nada mais veria.
3
E quando assim pudera
Além do que me cabe
O todo que desabe
A sensação sincera
Da vida em leda fera
Ou mesmo quando acabe
O quanto que não gabe
Trazendo a longa espera,
Vacância se adivinha
Na sorte que foi minha
E nada mais se trame
Na vida sem sentido
No tempo consumido
No engodo de um ditame.
4
No quanto não permita
A sorte de tal forma
Que tudo se transforma
Na senda mais maldita,
Pudesse e não repita
O que jamais informa
O passo se deforma
Tramando esta desdita.
A vida que se esgota
Perdendo cada cota
Do quanto fora além,
O prazo determina
A lenta e vaga sina
No duro e atroz desdém.
5
Ou mesmo agora aceito
Ou não pudesse crer,
Na vida deste jeito
Na ausência do querer
Vivendo o quanto em pleito
Pudesse conceber
O mundo adentra o peito,
O nada eu posso ver.
E sendo sempre assim,
O início trama o engano,
Aonde sei que vim
A sorte em novo plano
O tempo segue em mim
Tramando o rude plano.
6
O risco, o tempo atroz,
A sorte que não veio
O tempo mais feroz
O quanto em vão anseio
Seguindo até a foz
O pensamento alheio
Ao tanto quanto após
Pudesse em devaneio.
Vagando sem sentido
Sem norte em dimensão
Diversa, ora duvido
Dos sonhos que verão
Enquanto dilapido
O tempo sem razão.
7
Não tendo outro momento
Apenas poderia
Ousar enquanto tento
Vencer esta agonia
O dia que lamento
A noite amarga e fria
O verso em provimento
Ao quanto mais queria.
O tempo ora desfaz
O que deixara em luz
E nada desta paz
Ao sonho me conduz,
Deixando para trás
O que já não reluz.
8
Não vejo mais a sorte
Que tanto imaginara
E sei que me conforte
Nesta dura seara.
O medo não comporte
A vida não prepara
A luta segue forte
E gera nova escara,
Matando mansamente
O quanto ainda havia
Tomando o que se sente
Na dura alegoria
Meu verso se ressente
Na espúria poesia.
9
Tristeza diz do medo
Que tanto me entranhasse
Ousando não mais cedo
E nem mostrasse a face
Que possa no degredo
Ou mesmo num impasse,
Vagando não concedo
O sonho que se trace.
Resumo todo verso
No tanto que não veio
Seguindo sempre imerso
O tempo diz receio
E sei que me disperso
Num tom diverso, alheio.
10
E quando não se traga
A vida em liberdade
A sorte noutra plaga
O tempo se degrade,
A morte em justa paga
Ousando em claridade
Vencendo cada vaga
Da imensa tempestade.
No fim me acostumando
Ao que jamais tivera
Nem mesmo como e quando
A solidão austera
O mundo desabando
Aos poucos nada gera.
11
O tempo traz no sonho
A marca de outras sendas
E sei do que proponho
E mesmo além desvendas
O tanto mais risonho
Momento onde te estendas
Vagando onde proponho
A sorte em simples tendas.
Não pude com certeza
Vencer o dia a dia
E pondo sobre a mesa
O pouco que cabia
Mergulho em correnteza
E tento a fantasia…
12
O vasto caminhar
Durante a noite escura
Já não tendo lugar
Um porto em paz procura
E sei do imaginar
Além desta loucura
Pudesse desenhar
A sorte mais segura,
O verso não segreda
O quanto pude outrora
Preparo para a queda
Que tanto já se aflora
E a morte se envereda
Tomando sem demora.
13
Agora sem saber
O quanto poderia
A vida sem prazer
O tempo em agonia
Vivendo em teu poder
A sorte não veria
O quanto posso crer,
Decerto ainda havia.
Meu tempo se transforma
E bebo cada gota
A luta em cada forma
Tramando a bancarrota
A senda se deforma
Agora a vejo rota.
14
O fim já reproduz
Imagem de outras eras
Aonde degeneras
Ou negas; plena luz
O tempo traz a cruz
E tanto quanto esperas
Marcantes primaveras
O sonho não seduz,
Vencido pelo ocaso
Traçando cada engano
O mundo dita o prazo
E enfim sempre me dano,
Gerando o velho atraso,
Matando um vento insano.
15
No jamais que inda tivesse
A palavra mais sutil
O cenário que se viu
Não traria esta benesse,
O que possa e já me apresse
O tormento atroz e vil
Ou o vento mais gentil
No que a sorte se obedece.
Cada farsa representa
Nascedouro de outra farsa
A palavra desatenta
Outro tempo não disfarça
Muito embora o que se tenta
Traz a vida sempre esparsa.
terça-feira, 24 de maio de 2011
1
Desenganos permitem aprender
Os erros nos ensinam muito mais
Que os dias tão comuns, mornos, banais
Sem ter qualquer espécie de prazer,
Seguindo tão somente por viver
E sem coragem frente aos vendavais
As horas se repetem, são iguais
E nisto se perdendo algum querer,
Insisto no caminho que me traga
A imensa sensação da vaga plaga
Distante de meus braços, noutro tom,
A luta se emoldura no vazio
O quanto possa mesmo desafio
Ouvindo dos engodos claro som.
2
Que nem sempre teremos afeição
Por tanto quanto a vida nos maltrata
A sorte no final se torna ingrata
Marcando com tormenta a direção
Dos dias que deveras moldarão
A velha sensação que se resgata
Na fonte que ilusão já desbarata
Tramando a mesma farsa em solidão.
Não pude adivinhar aonde o tempo
Vencendo qualquer medo ou contratempo
Trouxera a dimensão de um novo sol,
A luta se desenha sem descanso
O que mais desejava; eu não alcanço
Ousando na esperança, um vão farol.
3
Embora uma amizade traga tanto
Podendo transformar o dia a dia,
O tempo noutro instante não viria
Ousar no mais suave e doce canto.
Aonde com certeza desencanto
O sonho desenhado em luz sombria
Gerando dentro da alma esta utopia
Que ao fim de certo tempo mal garanto.
Escuto a voz do vento me clamando
O amor que desejara bem mais brando
Apenas desfolhando em outonais.
Meu verso não traduz felicidade
O quanto em agonia se degrade
Trazendo tão somente o nunca mais.
4
Tantas vezes ganhamos em perder
O rumo mais atroz ou mesmo fero,
Apenas traduzindo o que ora espero
A sorte dominando inteiro o ser.
Já não pudera nada conceber
E sendo de tal forma mais sincero
Meu verso noutro tempo degenero
E o rumo pouco a pouco a se perder.
Não tive melhor sorte nem pudesse
O tempo desenhando a rude prece
Que a vida nos ensina amortalhando
O quanto poderia ser feliz
Agora traz somente o que não quis
Tornando o dia a dia mais infando.
5
Melhor caminho livre sem enganos,
Quem sabe no final já se pressinta
E sei da solidão que traz em tinta
Algozes e momentos entre danos.
Os dias se repetem, são insanos,
A fúria que julgara morta, extinta
Ainda quando muito nada sinta
Caminhos são deveras desumanos.
Ousando acreditar noutro cenário
O verso se moldando solitário
O tanto quanto quis e nada veio.
Somente traduzisse nova mente
E o passo dia a dia não desmente
O todo que procuro em devaneio.
6
Tropeços fazem parte desta vida;
Mas nada que me impeça a caminhada
Vagando pelos ermos desta estrada
Que há tanto imaginara enfim perdida.
A sorte noutro tempo não duvida
E gera após o sonho o quase nada
A faca sendo além desafiada
A morte se presume, despedida.
Vencendo o que pudesse ser diverso
Do quanto na verdade teimo e verso
Tentando acreditar no que não seja
Além do meu caminho ora se espalha
A furiosa senda em tal batalha
Na eterna sensação, morte e peleja.
7
Amizade que se foi noutro momento
Deixando para trás o quanto havia
Agora se explodindo em agonia
Apenas trama o quanto ora lamento,
Se a vida me permite o quanto alento
Marcando o tempo em dura fantasia
A morte se aproxima e não teria
Sequer uma esperança, um sentimento.
Ocaso de uma senda aonde há tanto
Quisera e na verdade até garanto
Sonhara ser possível nova luz,
Mas quando se anuncia este vazio
O tempo noutro tempo não adio
E o quanto nunca fora em vão reluz.
8
Não cabe no futuro esta esperança
Que tanto poderia me alentar
E sei quando perdido a se negar
O mundo no vazio ora se lança
E perde a direção e nada alcança
Vagando sem sequer onde aportar
A luta se anuncia num vagar
Tramando o que pudera em tal mudança,
Resumos de outras eras dentro em nós
O quanto se anuncia logo após
Regendo com temor esta ilusão,
Meu canto não teria a lira exata
A sorte tantas vezes nos maltrata
Ao deformar decerto este timão.
9
Amigo que não sabe que o perdão
Deveras se mostrara ser o rumo
Aonde o coração em firme prumo
Expande o quanto possa em solução.
Embora a própria vida diga não
Essencialmente o sonho que consumo
Trazendo toda a luz quando a presumo
Ousando acreditar noutro senão.
A luta após a queda não se trava
Uma alma se explodindo traz em lava
Apenas o que pude resgatar
Das ânsias de um passado tão distante
Somente este cenário se garante
Moldando a minha morte em avatar.
10
Portanto não conhece pleno amor
Quem trama o medo e mostra esta incerteza
A vida se desenha sem surpresa
Cenário tão sutil em multicor,
A sorte que pudera um refletor
Expondo cada carta sobre a mesa
A senda mais audaz, agora é presa
Do quanto poderia em tanta dor.
Expresso com meu verso o quanto quis
Depois de certo tempo ser feliz
E a vida não trouxera mais a paz.
O preço a se pagar não mais importa
Abrindo com certeza cada porta
O quanto imaginei já se desfaz.
11
Em vida destilando seu veneno
O amor não mais pudera ser assim,
Trazendo dentro da alma a morte enfim
Ousando acreditar no que condeno.
O sonho se mostrara quase pleno
O tempo traz o nada de onde eu vim,
E sei do quanto possa sem em mim
Haver o que inda fosse mais ameno.
Resumos de outras eras, nada além
E sei quanta esperança me contém
Vagando pelas ruas noite afora,
Depois de ter nas mãos o mesmo nada
A fonte tantas vezes desejada
No engodo costumeiro, em dor se aflora.
12
Depois de tanto mel, vem amargar
O sonho quando pude ter nas mãos
Os dias sem tormentas, erros vãos
E nada se moldando sem marcar
O tempo na verdade a se mostrar
Matando com certeza velhos grãos
Ousando ser além dos tantos nãos
Que a sorte mal pudera imaginar.
Vacante coração ditando o norte
De quem tanto pudera e não comporte
Sequer a menor chance de beber
Um gole desta doce fantasia
Que há tanto noutro engano moldaria
O quanto não consigo perceber.
13
Quem fora companheiro, nos traindo,
Gerasse a turbulência que nos rege
O passo desta turba; súcia herege
Deixando este cenário morto e findo.
O tempo noutro engano se esvaindo
A sorte na verdade não elege
Quem tanto em ilusões já se protege
O engodo de tal sorte presumindo.
Não quero acreditar e não viria
Viver dentro do sonho a fantasia
Sutil que se perdera pouco a pouco,
A vida se desenha em dura venda
E quando a solidão além se estenda
Sem ter qualquer apoio eu me treslouco.
14
Nos mostra quanto a vida é tão instável;
O fato que talvez inda resuma
O engano além da mera e vaga espuma,
Tormento trama a vida ora intragável,
O encanto se mostrara então mutável
E nada do que possa me acostuma
Aos dias onde o todo ora se esfuma
E molda este caminho intolerável.
Não quero simplesmente o desengano,
Apenas se me perco e enfim me dano
Expresso com as lágrimas a queda,
A luta se anuncia em passo falso
E o sonho preparando o cadafalso
Aonde o dia a dia se envereda.
15
Amizade, nem sempre é presumida
Nas tramas mais diversas do que tive
Ousando na palavra não retive
Sequer uma ilusão a mais na vida,
Apátrida emoção tão consumida
A luta nos meus braços não contive
E sei desta emoção que sobrevive
A todo o sentimento, nossa ermida.
Vestígios do passado dentro da alma
A vida noutro tom jamais acalma
E traça a desventura mais sutil,
O prazo determina o fim do jogo
O sonho se perdendo em pleno fogo
Aquém do que esperança em vão previu.
Desenganos permitem aprender
Os erros nos ensinam muito mais
Que os dias tão comuns, mornos, banais
Sem ter qualquer espécie de prazer,
Seguindo tão somente por viver
E sem coragem frente aos vendavais
As horas se repetem, são iguais
E nisto se perdendo algum querer,
Insisto no caminho que me traga
A imensa sensação da vaga plaga
Distante de meus braços, noutro tom,
A luta se emoldura no vazio
O quanto possa mesmo desafio
Ouvindo dos engodos claro som.
2
Que nem sempre teremos afeição
Por tanto quanto a vida nos maltrata
A sorte no final se torna ingrata
Marcando com tormenta a direção
Dos dias que deveras moldarão
A velha sensação que se resgata
Na fonte que ilusão já desbarata
Tramando a mesma farsa em solidão.
Não pude adivinhar aonde o tempo
Vencendo qualquer medo ou contratempo
Trouxera a dimensão de um novo sol,
A luta se desenha sem descanso
O que mais desejava; eu não alcanço
Ousando na esperança, um vão farol.
3
Embora uma amizade traga tanto
Podendo transformar o dia a dia,
O tempo noutro instante não viria
Ousar no mais suave e doce canto.
Aonde com certeza desencanto
O sonho desenhado em luz sombria
Gerando dentro da alma esta utopia
Que ao fim de certo tempo mal garanto.
Escuto a voz do vento me clamando
O amor que desejara bem mais brando
Apenas desfolhando em outonais.
Meu verso não traduz felicidade
O quanto em agonia se degrade
Trazendo tão somente o nunca mais.
4
Tantas vezes ganhamos em perder
O rumo mais atroz ou mesmo fero,
Apenas traduzindo o que ora espero
A sorte dominando inteiro o ser.
Já não pudera nada conceber
E sendo de tal forma mais sincero
Meu verso noutro tempo degenero
E o rumo pouco a pouco a se perder.
Não tive melhor sorte nem pudesse
O tempo desenhando a rude prece
Que a vida nos ensina amortalhando
O quanto poderia ser feliz
Agora traz somente o que não quis
Tornando o dia a dia mais infando.
5
Melhor caminho livre sem enganos,
Quem sabe no final já se pressinta
E sei da solidão que traz em tinta
Algozes e momentos entre danos.
Os dias se repetem, são insanos,
A fúria que julgara morta, extinta
Ainda quando muito nada sinta
Caminhos são deveras desumanos.
Ousando acreditar noutro cenário
O verso se moldando solitário
O tanto quanto quis e nada veio.
Somente traduzisse nova mente
E o passo dia a dia não desmente
O todo que procuro em devaneio.
6
Tropeços fazem parte desta vida;
Mas nada que me impeça a caminhada
Vagando pelos ermos desta estrada
Que há tanto imaginara enfim perdida.
A sorte noutro tempo não duvida
E gera após o sonho o quase nada
A faca sendo além desafiada
A morte se presume, despedida.
Vencendo o que pudesse ser diverso
Do quanto na verdade teimo e verso
Tentando acreditar no que não seja
Além do meu caminho ora se espalha
A furiosa senda em tal batalha
Na eterna sensação, morte e peleja.
7
Amizade que se foi noutro momento
Deixando para trás o quanto havia
Agora se explodindo em agonia
Apenas trama o quanto ora lamento,
Se a vida me permite o quanto alento
Marcando o tempo em dura fantasia
A morte se aproxima e não teria
Sequer uma esperança, um sentimento.
Ocaso de uma senda aonde há tanto
Quisera e na verdade até garanto
Sonhara ser possível nova luz,
Mas quando se anuncia este vazio
O tempo noutro tempo não adio
E o quanto nunca fora em vão reluz.
8
Não cabe no futuro esta esperança
Que tanto poderia me alentar
E sei quando perdido a se negar
O mundo no vazio ora se lança
E perde a direção e nada alcança
Vagando sem sequer onde aportar
A luta se anuncia num vagar
Tramando o que pudera em tal mudança,
Resumos de outras eras dentro em nós
O quanto se anuncia logo após
Regendo com temor esta ilusão,
Meu canto não teria a lira exata
A sorte tantas vezes nos maltrata
Ao deformar decerto este timão.
9
Amigo que não sabe que o perdão
Deveras se mostrara ser o rumo
Aonde o coração em firme prumo
Expande o quanto possa em solução.
Embora a própria vida diga não
Essencialmente o sonho que consumo
Trazendo toda a luz quando a presumo
Ousando acreditar noutro senão.
A luta após a queda não se trava
Uma alma se explodindo traz em lava
Apenas o que pude resgatar
Das ânsias de um passado tão distante
Somente este cenário se garante
Moldando a minha morte em avatar.
10
Portanto não conhece pleno amor
Quem trama o medo e mostra esta incerteza
A vida se desenha sem surpresa
Cenário tão sutil em multicor,
A sorte que pudera um refletor
Expondo cada carta sobre a mesa
A senda mais audaz, agora é presa
Do quanto poderia em tanta dor.
Expresso com meu verso o quanto quis
Depois de certo tempo ser feliz
E a vida não trouxera mais a paz.
O preço a se pagar não mais importa
Abrindo com certeza cada porta
O quanto imaginei já se desfaz.
11
Em vida destilando seu veneno
O amor não mais pudera ser assim,
Trazendo dentro da alma a morte enfim
Ousando acreditar no que condeno.
O sonho se mostrara quase pleno
O tempo traz o nada de onde eu vim,
E sei do quanto possa sem em mim
Haver o que inda fosse mais ameno.
Resumos de outras eras, nada além
E sei quanta esperança me contém
Vagando pelas ruas noite afora,
Depois de ter nas mãos o mesmo nada
A fonte tantas vezes desejada
No engodo costumeiro, em dor se aflora.
12
Depois de tanto mel, vem amargar
O sonho quando pude ter nas mãos
Os dias sem tormentas, erros vãos
E nada se moldando sem marcar
O tempo na verdade a se mostrar
Matando com certeza velhos grãos
Ousando ser além dos tantos nãos
Que a sorte mal pudera imaginar.
Vacante coração ditando o norte
De quem tanto pudera e não comporte
Sequer a menor chance de beber
Um gole desta doce fantasia
Que há tanto noutro engano moldaria
O quanto não consigo perceber.
13
Quem fora companheiro, nos traindo,
Gerasse a turbulência que nos rege
O passo desta turba; súcia herege
Deixando este cenário morto e findo.
O tempo noutro engano se esvaindo
A sorte na verdade não elege
Quem tanto em ilusões já se protege
O engodo de tal sorte presumindo.
Não quero acreditar e não viria
Viver dentro do sonho a fantasia
Sutil que se perdera pouco a pouco,
A vida se desenha em dura venda
E quando a solidão além se estenda
Sem ter qualquer apoio eu me treslouco.
14
Nos mostra quanto a vida é tão instável;
O fato que talvez inda resuma
O engano além da mera e vaga espuma,
Tormento trama a vida ora intragável,
O encanto se mostrara então mutável
E nada do que possa me acostuma
Aos dias onde o todo ora se esfuma
E molda este caminho intolerável.
Não quero simplesmente o desengano,
Apenas se me perco e enfim me dano
Expresso com as lágrimas a queda,
A luta se anuncia em passo falso
E o sonho preparando o cadafalso
Aonde o dia a dia se envereda.
15
Amizade, nem sempre é presumida
Nas tramas mais diversas do que tive
Ousando na palavra não retive
Sequer uma ilusão a mais na vida,
Apátrida emoção tão consumida
A luta nos meus braços não contive
E sei desta emoção que sobrevive
A todo o sentimento, nossa ermida.
Vestígios do passado dentro da alma
A vida noutro tom jamais acalma
E traça a desventura mais sutil,
O prazo determina o fim do jogo
O sonho se perdendo em pleno fogo
Aquém do que esperança em vão previu.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
1
Não quero mais valentia
Numa vida sem juízo
O caminho ora impreciso
Noutro tempo se veria
O que possa e não teria
A certeza de um conciso
Desenhar sem prejuízo
Novo tempo moldaria,
A beleza de uma sorte
Que de fato nos conforte
E nos traga a plena paz,
O que pude noutro instante
Sem surpresa não garante
O meu verso mais audaz.
2
Nem tampouco tempestade
Traz o quanto desenhasse
Noutro tempo o mesmo impasse
A certeza se degrade
O momento em liberdade
Esperança muda a face
E se tanto amor se trace
Busco ainda a claridade,
Navegante sem destino
O que possa e me alucino
Trama noites mais serenas,
Porém vendo o quanto tenho
O meu mundo em vão desenho
Sem ter nada me envenenas.
3
No tanto que me coubera
Desta vida sem ter paz
A palavra mais sincera
Na verdade não me traz
O que possa em noite austera
Ou deveras mais tenaz
O que vejo destempera
A mortalha onde se faz.
Enveredo tais caminhos
E se possa em tão mesquinhos
Rudes termos da ilusão
Presumindo tais espinhos
Em tormentos mais daninhos
Mesmos erros se verão.
4
Só cabe nossa incerteza
Onde tanto desejei
Outro fato em realeza
Ou mudasse a velha lei
Que gerasse em correnteza
O que tanto procurei
A minha alma segue presa
Do caminho em que vaguei.
Nada vendo e mesmo assim
O que fazes diz de mim
Que não tive melhor sorte
Do caminho mais audaz
A verdade que se faz
Não traz nada que conforte.
5
Meu amigo já te conto
O que possa a nossa vida
Noutro tempo, sigo pronto
Esperando a despedida,
E se possa ponto a ponto
Desejasse a mais temida
Sorte quando desaponto
E moldasse em mim a ermida
Vagamente quero a luta
E decerto nada escuta
A não ser o quanto veio,
Do meu mundo em tal fastio
O que possa e desafio
Traduzindo este receio.
6
De tudo o que já vivi
Numa vida sem sentido
O momento em frenesi
Atiçasse esta libido
O que possa e nunca ouvi
O tormento dividido
O meu mundo lá e aqui
Traz o quanto não lapido
Deste sonho mais audaz
E a versão mais acanhada
Do que possa e satisfaz
Mergulhando nesta estrada
Encontrando o mundo em paz
Mesmo quando não há nada.
7
Sofrimento foi a paga
Desta vida em vão tormento
Quando sigo noutra plaga
Procurando estar atento
Ao que o coração divaga
E meu verso eu alimento
Na esperança que se traga
Noutro caos, pressentimento.
Erros tantos vez em quando
E meu mundo se anuncia
Onde houvera transmudando
Tal cenário, a fantasia
Procurando um sonho brando
Na verdade nada havia.
8
De todo amor que possa
Traduzir o quanto resta
Da palavra que foi nossa
Hoje soa mais funesta
O meu tempo já se endossa
No que possa e sei da fresta
Onde aberta a velha fossa
Dita o quanto não se presta
Gestos tantos, medo atroz
E sementes desperdiço
O que tente logo após
Noutro engodo não cobiço
Desenhando sempre em nós
Um cenário mais mortiço.
9
Companheiro não me esqueço
Do que possa ser a trama
Da verdade em adereço
Quando a sorte se reclama
Quando a vida tem seu preço
Outro tanto acende a chama
Deste amor quando enlouqueço
Revelando o velho drama.
Não seria de bom tom
O que tanto se quisera
A esperança tem tal dom
Mesmo sendo tão austera
Minha lua de neon
Refletindo a primavera.
10
Das palavras que dizia
Ou deveras cobiçasse
O que tanto em teimosia
Noutro tempo sonegasse
A verdade não viria
Demonstrar em ledo impasse
A versão feita agonia
Que meu passo nada trace.
Vejo o quanto resta na alma
E produzo a sensação
Do que tanto ora me acalma
Ou propaga esta versão
Vai mantendo vivo o trauma
E moldando o dia em vão.
11
Esse amor eu não tivesse
Sendo a sorte de tal forma
Que a loucura quando tece
A verdade se deforma
E vagando em leda messe
O que possa se deforma
E o caminho trama em prece
A expressão que não reforma.
Vejo apenas o que um dia
Poderia ser diverso
O meu canto em harmonia
Ou de fato um fútil verso
O que possa e não teria
Ronda além noutro universo.
12
Mas custando a acreditar
No que possa desde agora
A vontade a se mostrar
Quando a vida além se aflora
Tento em noites o luar
E se possa sem demora
O que tanto a divagar
Já percebo, foi embora.
O meu tempo se revela
Na expressão dura e venal
Percebendo a velha cela
Outro instante desigual
A palavra sempre vela
Um momento em ritual.
13
Moço pobre, moça rica,
Onde tudo começara
A verdade não se explica
Numa sorte bem mais rara,
A palavra se complica
E transgride o quanto ampara
O cenário quando implica
No vagar desta seara,
No momento mais bravio
O que possa se silente
O que agora desafio
Noutro instante mais demente
Traduzindo o desvario
Que deveras se apresente.
14
Quando a coisa se danasse
Numa história bem diversa
Da que tanto em ledo enlace
Poderia e desconversa
A palavra se mostrasse
Muitas vezes mais perversa
E se tenho em nova face
A expressão que em nada versa.
O meu tempo se anuncia
No final da brincadeira
A palavra fantasia
A esperança derradeira
E meu tempo em agonia
Trama a sorte costumeira.
15
O dinheiro tem valor,
Mas não posso acreditar
Que talvez um grande amor
Tenha tanto a nos cobrar
A palavra trama a cor
Do que possa este lugar
O cenário redentor
Não pudera desenhar
Vendo enfim o quanto valho
Meu caminho mesmo falho
Expressando este vazio
Que se faz em abandono
E gerando o que me abono
Vejo o dia mais sombrio.
Não quero mais valentia
Numa vida sem juízo
O caminho ora impreciso
Noutro tempo se veria
O que possa e não teria
A certeza de um conciso
Desenhar sem prejuízo
Novo tempo moldaria,
A beleza de uma sorte
Que de fato nos conforte
E nos traga a plena paz,
O que pude noutro instante
Sem surpresa não garante
O meu verso mais audaz.
2
Nem tampouco tempestade
Traz o quanto desenhasse
Noutro tempo o mesmo impasse
A certeza se degrade
O momento em liberdade
Esperança muda a face
E se tanto amor se trace
Busco ainda a claridade,
Navegante sem destino
O que possa e me alucino
Trama noites mais serenas,
Porém vendo o quanto tenho
O meu mundo em vão desenho
Sem ter nada me envenenas.
3
No tanto que me coubera
Desta vida sem ter paz
A palavra mais sincera
Na verdade não me traz
O que possa em noite austera
Ou deveras mais tenaz
O que vejo destempera
A mortalha onde se faz.
Enveredo tais caminhos
E se possa em tão mesquinhos
Rudes termos da ilusão
Presumindo tais espinhos
Em tormentos mais daninhos
Mesmos erros se verão.
4
Só cabe nossa incerteza
Onde tanto desejei
Outro fato em realeza
Ou mudasse a velha lei
Que gerasse em correnteza
O que tanto procurei
A minha alma segue presa
Do caminho em que vaguei.
Nada vendo e mesmo assim
O que fazes diz de mim
Que não tive melhor sorte
Do caminho mais audaz
A verdade que se faz
Não traz nada que conforte.
5
Meu amigo já te conto
O que possa a nossa vida
Noutro tempo, sigo pronto
Esperando a despedida,
E se possa ponto a ponto
Desejasse a mais temida
Sorte quando desaponto
E moldasse em mim a ermida
Vagamente quero a luta
E decerto nada escuta
A não ser o quanto veio,
Do meu mundo em tal fastio
O que possa e desafio
Traduzindo este receio.
6
De tudo o que já vivi
Numa vida sem sentido
O momento em frenesi
Atiçasse esta libido
O que possa e nunca ouvi
O tormento dividido
O meu mundo lá e aqui
Traz o quanto não lapido
Deste sonho mais audaz
E a versão mais acanhada
Do que possa e satisfaz
Mergulhando nesta estrada
Encontrando o mundo em paz
Mesmo quando não há nada.
7
Sofrimento foi a paga
Desta vida em vão tormento
Quando sigo noutra plaga
Procurando estar atento
Ao que o coração divaga
E meu verso eu alimento
Na esperança que se traga
Noutro caos, pressentimento.
Erros tantos vez em quando
E meu mundo se anuncia
Onde houvera transmudando
Tal cenário, a fantasia
Procurando um sonho brando
Na verdade nada havia.
8
De todo amor que possa
Traduzir o quanto resta
Da palavra que foi nossa
Hoje soa mais funesta
O meu tempo já se endossa
No que possa e sei da fresta
Onde aberta a velha fossa
Dita o quanto não se presta
Gestos tantos, medo atroz
E sementes desperdiço
O que tente logo após
Noutro engodo não cobiço
Desenhando sempre em nós
Um cenário mais mortiço.
9
Companheiro não me esqueço
Do que possa ser a trama
Da verdade em adereço
Quando a sorte se reclama
Quando a vida tem seu preço
Outro tanto acende a chama
Deste amor quando enlouqueço
Revelando o velho drama.
Não seria de bom tom
O que tanto se quisera
A esperança tem tal dom
Mesmo sendo tão austera
Minha lua de neon
Refletindo a primavera.
10
Das palavras que dizia
Ou deveras cobiçasse
O que tanto em teimosia
Noutro tempo sonegasse
A verdade não viria
Demonstrar em ledo impasse
A versão feita agonia
Que meu passo nada trace.
Vejo o quanto resta na alma
E produzo a sensação
Do que tanto ora me acalma
Ou propaga esta versão
Vai mantendo vivo o trauma
E moldando o dia em vão.
11
Esse amor eu não tivesse
Sendo a sorte de tal forma
Que a loucura quando tece
A verdade se deforma
E vagando em leda messe
O que possa se deforma
E o caminho trama em prece
A expressão que não reforma.
Vejo apenas o que um dia
Poderia ser diverso
O meu canto em harmonia
Ou de fato um fútil verso
O que possa e não teria
Ronda além noutro universo.
12
Mas custando a acreditar
No que possa desde agora
A vontade a se mostrar
Quando a vida além se aflora
Tento em noites o luar
E se possa sem demora
O que tanto a divagar
Já percebo, foi embora.
O meu tempo se revela
Na expressão dura e venal
Percebendo a velha cela
Outro instante desigual
A palavra sempre vela
Um momento em ritual.
13
Moço pobre, moça rica,
Onde tudo começara
A verdade não se explica
Numa sorte bem mais rara,
A palavra se complica
E transgride o quanto ampara
O cenário quando implica
No vagar desta seara,
No momento mais bravio
O que possa se silente
O que agora desafio
Noutro instante mais demente
Traduzindo o desvario
Que deveras se apresente.
14
Quando a coisa se danasse
Numa história bem diversa
Da que tanto em ledo enlace
Poderia e desconversa
A palavra se mostrasse
Muitas vezes mais perversa
E se tenho em nova face
A expressão que em nada versa.
O meu tempo se anuncia
No final da brincadeira
A palavra fantasia
A esperança derradeira
E meu tempo em agonia
Trama a sorte costumeira.
15
O dinheiro tem valor,
Mas não posso acreditar
Que talvez um grande amor
Tenha tanto a nos cobrar
A palavra trama a cor
Do que possa este lugar
O cenário redentor
Não pudera desenhar
Vendo enfim o quanto valho
Meu caminho mesmo falho
Expressando este vazio
Que se faz em abandono
E gerando o que me abono
Vejo o dia mais sombrio.
domingo, 22 de maio de 2011
De tais adubos fétidos, as rosas
Transformam em beleza o que se faz
Deveras tão atroz e já nos traz
As sortes tantas vezes caprichosas,
Vencendo o quanto possas antegozas
O quanto se moldara em mundo audaz
Deixando este cenário para trás
As ermas noites são voluptuosas.
Vagando entre nuas paisagens
A lua desenhando tais miragens
Que possam permitir um sonho a mais
Trouxesse a mansidão que inda procuro
O tanto quanto possa ser seguro
Ainda que enfrentasse vendavais.
2
Fazem-se vigorosas e mais belas
As sendas em eterna primavera,
O quanto deste todo já espera
A luta quando nela tu revelas
Deixando para trás toscas procelas
O canto sem sentido degenera
Ousando acreditar em tais esfera
Aonde a lucidez domina as velas
E o barco penetrando em mar imenso
Tramando o que decerto quero e penso
Invisto meu anseio neste mar
Que possa novamente ter nas ondas
O quanto da esperança correspondas
Moldando a clara estrela a divagar
3
Das ostras frágeis nascem ricas jóias
E vejo a vida assim em fato e tese
O quanto na verdade se despreze
Traduz o que sonega tais tramóias
E quando no infinito nadas, bóias
O tempo noutro tanto já se preze
E mesmo quando inútil verso reze
Os passos sem descanso não apóias.
Espero esta incerteza que domina
A face mais audaz da nossa sina
Sentindo o que presume nova mente
O vento toma a praia e traz à areia
O quanto da saudade me incendeia
E espalha para além uma semente.
4
E dos vermes obscuros renascendo
A vida que se perde noutro instante
Meu tempo na verdade se adiante
Marcando o que perdera em vão remendo.
Apenas o que tento e agora entendo
A sorte se moldara entediante
E o passo noutro rumo, vacilante
O medo se anuncia e a dor desvendo.
Resulto deste ocaso aonde o todo
Trouxera simplesmente o que não veio,
Adentro esta esperança e sem receio
Nefasto caminhar imerso em lodo
Gerando o que pudera e não soubesse
Negando o quanto quero em vã benesse.
5
Assim a vida mostra que em verdade
O tempo não traduz o quanto quis
O verso se moldando mais feliz
Ou mesmo a fantasia que te agrade,
Anseio desvendar realidade
E nisto sou deveras aprendiz
Proponho muito além do quanto fiz
E sei que sorveria a claridade.
Não possa descrever o quanto reste
Do mundo que se mostre sempre agreste
Funérea sensação que me domina
Do todo que produz o mesmo nada
A sorte no vazio desenhada
A face demarcado esta assassina.
6
Riquezas que encontramos no caminho
São meramente enganos, nada mais
Os dias entre tantos vendavais
O canto se mostrando sem carinho,
Aonde em solidão tanto me alinho
Vencido por momentos tão venais
Enfrento os velhos erros virtuais
Sabendo do final turvo e mesquinho,
Apenas encontrando novo engano
O mundo se desenha em tom diverso
E sei quando em verdade ora me dano,
Tentando adivinhar o quanto verso
Montando este cenário mais prosaico
De um tempo quase morto, tosco, arcaico.
7
Formados por verdades e mentiras
Os dias que vivemos no passado
Aos poucos traduzindo cada brado
Tramando o que deveras já retiras
As sortes entre tantas interfiras
O quanto poderia ser alado
O verso noutro canto recobrado
Ainda quando tentas e me firas.
Aceno com meus erros e percebo
A vida como fosse um novo enredo
E tento quando muito e já me embebo
Ao tanto que pudera e não concedo,
O nada traduzindo o que recebo
O mundo se perdera desde cedo.
8
A proteção emana lealdade
E traça o que pudera desta forma
A vida noutro tempo se transforma
E gera o quanto pode ou mesmo agrade.
Quisera ter somente a liberdade
Sabendo da vontade que reforma
Um mundo sem sentido, onde deforma
A sorte que se molda ansiedade.
Vencido pelo quanto desejei
O amor que na verdade não viria,
Tentando simplesmente a alegoria
No quanto neste mar eu naufraguei
Ousando crer na dura fantasia
Fazendo da esperança, norma e lei.
9
Tu sabes, valorizo-te demais
Embora mesmo quando não vieste
Num mundo sem sentido ou mesmo agreste
Enquanto noutro enredo tu te esvais,
Vacante coração em temporais
A vida não traria o tom celeste
E sei do que pudera e se reveste
Na ausência do que possa ser bem mais.
O verso se desenha deste jeito
E tanto quanto tente e mesmo aceito
Vencido pelos erros contumazes,
As sortes que em verdade não mais trazes
Os olhos noutro enredo libertário
O sonho se mostrara temerário.
10
Pois sei de tua força e teu carinho
E embora tantas vezes, sonegaste
A vida se desenha em tal contraste
E neste desejar nada adivinho,
O quanto se pudera ser mesquinho
Ousando na esperança sem desgaste,
E possa traduzir o que tramaste
Gerando no vazio o velho ninho.
Apenas sei do quanto pude agora
E sinto o que de fato já se aflora
Moldando sem demora algum momento
Entregue sem saber o quanto dói
O mundo pouco a pouco se destrói
Enquanto a salvação, por certo eu tento.
11
Jamais permitirás que o sofrimento
Rondando o dia a dia de quem sonha
Trazendo a mesma face tão medonha
E nela o que se fez em desalento,
Ainda quando o todo agora invento
A sorte de tal forma se componha
Ousando merecer sorte que enfronha
Nos ermos do meu vago pensamento.
Mereço alguma sorte mais diversa
E sei do quanto o tempo desconversa
E gera outro cenário dentro em nós.
Meu passo se perdendo vai sem rumo,
E quanto da esperança ora consumo
Mesmo sem nada ver, decerto após.
12
Atinja destruindo o quanto pude
Traçar entre diversas caminhadas
A sorte quando tentas, finges, bradas
O corte se mostrando em magnitude
Apenas desenhando esta atitude
As sendas até quando iluminadas
Gerando a sensação que desoladas
Veredas na verdade nos ilude.
A porta se entreabria permitindo
O quanto se mostrara quase infindo
Agora desenhado no vazio,
Reinando sobre todo este tormento
O mundo que deveras eu invento
Traduz o quanto possa e não recrio.
13
Eu agradeço à sorte mais sutil
Ousando acreditar no que viria
Tentando elucidar tal fantasia
Enquanto o sonho em paz se perseguiu
O todo que se mostre tão gentil
A luta se moldando dia a dia
A noite noutro tom gera a harmonia
O medo com certeza não se viu.
Reparo cada fato e me concedo
Apenas o que possa mesmo ledo
Trazer outro momento em que eu pudera
Vencer os sortilégios desta luta
A noite na verdade não reluta
Alimentando enfim a dura fera.
14
Embora nunca a tenha conhecido
Percebo que talvez viesse logo
Gerando o que pudesse e quando rogo
O tempo se mostrara dividido,
O quanto se desenha sem sentido
As lágrimas nos sonhos eu afogo
E tanto quanto possa sempre jogo
O todo que deveras dilapido.
Não pude perpetrar este caminho
Que deva me trazer um tom daninho
Pousando noutro caos, a vida inútil,
O verso se mostrara bem mais fútil
Restando muito pouco ou mesmo nada
Da dita tantas vezes desenhada.
15
O fruto que ela teve em perfeição,
A vida se mostrara mais precisa
E sei da correnteza em leve brisa
Ou mesmo deste engano em precisão.
O tempo traz os dias que virão
E neles a palavra não divisa
A sorte que gerasse a mais concisa
Certeza do que possa desde então.
Renego cada engano, porém sei
Que tanto nesta vida eu já errei
E permaneço errado te buscando,
O tempo se desenha mais infando
E nisto prenuncio desde quando
A solidão se fez em regra e lei.
Transformam em beleza o que se faz
Deveras tão atroz e já nos traz
As sortes tantas vezes caprichosas,
Vencendo o quanto possas antegozas
O quanto se moldara em mundo audaz
Deixando este cenário para trás
As ermas noites são voluptuosas.
Vagando entre nuas paisagens
A lua desenhando tais miragens
Que possam permitir um sonho a mais
Trouxesse a mansidão que inda procuro
O tanto quanto possa ser seguro
Ainda que enfrentasse vendavais.
2
Fazem-se vigorosas e mais belas
As sendas em eterna primavera,
O quanto deste todo já espera
A luta quando nela tu revelas
Deixando para trás toscas procelas
O canto sem sentido degenera
Ousando acreditar em tais esfera
Aonde a lucidez domina as velas
E o barco penetrando em mar imenso
Tramando o que decerto quero e penso
Invisto meu anseio neste mar
Que possa novamente ter nas ondas
O quanto da esperança correspondas
Moldando a clara estrela a divagar
3
Das ostras frágeis nascem ricas jóias
E vejo a vida assim em fato e tese
O quanto na verdade se despreze
Traduz o que sonega tais tramóias
E quando no infinito nadas, bóias
O tempo noutro tanto já se preze
E mesmo quando inútil verso reze
Os passos sem descanso não apóias.
Espero esta incerteza que domina
A face mais audaz da nossa sina
Sentindo o que presume nova mente
O vento toma a praia e traz à areia
O quanto da saudade me incendeia
E espalha para além uma semente.
4
E dos vermes obscuros renascendo
A vida que se perde noutro instante
Meu tempo na verdade se adiante
Marcando o que perdera em vão remendo.
Apenas o que tento e agora entendo
A sorte se moldara entediante
E o passo noutro rumo, vacilante
O medo se anuncia e a dor desvendo.
Resulto deste ocaso aonde o todo
Trouxera simplesmente o que não veio,
Adentro esta esperança e sem receio
Nefasto caminhar imerso em lodo
Gerando o que pudera e não soubesse
Negando o quanto quero em vã benesse.
5
Assim a vida mostra que em verdade
O tempo não traduz o quanto quis
O verso se moldando mais feliz
Ou mesmo a fantasia que te agrade,
Anseio desvendar realidade
E nisto sou deveras aprendiz
Proponho muito além do quanto fiz
E sei que sorveria a claridade.
Não possa descrever o quanto reste
Do mundo que se mostre sempre agreste
Funérea sensação que me domina
Do todo que produz o mesmo nada
A sorte no vazio desenhada
A face demarcado esta assassina.
6
Riquezas que encontramos no caminho
São meramente enganos, nada mais
Os dias entre tantos vendavais
O canto se mostrando sem carinho,
Aonde em solidão tanto me alinho
Vencido por momentos tão venais
Enfrento os velhos erros virtuais
Sabendo do final turvo e mesquinho,
Apenas encontrando novo engano
O mundo se desenha em tom diverso
E sei quando em verdade ora me dano,
Tentando adivinhar o quanto verso
Montando este cenário mais prosaico
De um tempo quase morto, tosco, arcaico.
7
Formados por verdades e mentiras
Os dias que vivemos no passado
Aos poucos traduzindo cada brado
Tramando o que deveras já retiras
As sortes entre tantas interfiras
O quanto poderia ser alado
O verso noutro canto recobrado
Ainda quando tentas e me firas.
Aceno com meus erros e percebo
A vida como fosse um novo enredo
E tento quando muito e já me embebo
Ao tanto que pudera e não concedo,
O nada traduzindo o que recebo
O mundo se perdera desde cedo.
8
A proteção emana lealdade
E traça o que pudera desta forma
A vida noutro tempo se transforma
E gera o quanto pode ou mesmo agrade.
Quisera ter somente a liberdade
Sabendo da vontade que reforma
Um mundo sem sentido, onde deforma
A sorte que se molda ansiedade.
Vencido pelo quanto desejei
O amor que na verdade não viria,
Tentando simplesmente a alegoria
No quanto neste mar eu naufraguei
Ousando crer na dura fantasia
Fazendo da esperança, norma e lei.
9
Tu sabes, valorizo-te demais
Embora mesmo quando não vieste
Num mundo sem sentido ou mesmo agreste
Enquanto noutro enredo tu te esvais,
Vacante coração em temporais
A vida não traria o tom celeste
E sei do que pudera e se reveste
Na ausência do que possa ser bem mais.
O verso se desenha deste jeito
E tanto quanto tente e mesmo aceito
Vencido pelos erros contumazes,
As sortes que em verdade não mais trazes
Os olhos noutro enredo libertário
O sonho se mostrara temerário.
10
Pois sei de tua força e teu carinho
E embora tantas vezes, sonegaste
A vida se desenha em tal contraste
E neste desejar nada adivinho,
O quanto se pudera ser mesquinho
Ousando na esperança sem desgaste,
E possa traduzir o que tramaste
Gerando no vazio o velho ninho.
Apenas sei do quanto pude agora
E sinto o que de fato já se aflora
Moldando sem demora algum momento
Entregue sem saber o quanto dói
O mundo pouco a pouco se destrói
Enquanto a salvação, por certo eu tento.
11
Jamais permitirás que o sofrimento
Rondando o dia a dia de quem sonha
Trazendo a mesma face tão medonha
E nela o que se fez em desalento,
Ainda quando o todo agora invento
A sorte de tal forma se componha
Ousando merecer sorte que enfronha
Nos ermos do meu vago pensamento.
Mereço alguma sorte mais diversa
E sei do quanto o tempo desconversa
E gera outro cenário dentro em nós.
Meu passo se perdendo vai sem rumo,
E quanto da esperança ora consumo
Mesmo sem nada ver, decerto após.
12
Atinja destruindo o quanto pude
Traçar entre diversas caminhadas
A sorte quando tentas, finges, bradas
O corte se mostrando em magnitude
Apenas desenhando esta atitude
As sendas até quando iluminadas
Gerando a sensação que desoladas
Veredas na verdade nos ilude.
A porta se entreabria permitindo
O quanto se mostrara quase infindo
Agora desenhado no vazio,
Reinando sobre todo este tormento
O mundo que deveras eu invento
Traduz o quanto possa e não recrio.
13
Eu agradeço à sorte mais sutil
Ousando acreditar no que viria
Tentando elucidar tal fantasia
Enquanto o sonho em paz se perseguiu
O todo que se mostre tão gentil
A luta se moldando dia a dia
A noite noutro tom gera a harmonia
O medo com certeza não se viu.
Reparo cada fato e me concedo
Apenas o que possa mesmo ledo
Trazer outro momento em que eu pudera
Vencer os sortilégios desta luta
A noite na verdade não reluta
Alimentando enfim a dura fera.
14
Embora nunca a tenha conhecido
Percebo que talvez viesse logo
Gerando o que pudesse e quando rogo
O tempo se mostrara dividido,
O quanto se desenha sem sentido
As lágrimas nos sonhos eu afogo
E tanto quanto possa sempre jogo
O todo que deveras dilapido.
Não pude perpetrar este caminho
Que deva me trazer um tom daninho
Pousando noutro caos, a vida inútil,
O verso se mostrara bem mais fútil
Restando muito pouco ou mesmo nada
Da dita tantas vezes desenhada.
15
O fruto que ela teve em perfeição,
A vida se mostrara mais precisa
E sei da correnteza em leve brisa
Ou mesmo deste engano em precisão.
O tempo traz os dias que virão
E neles a palavra não divisa
A sorte que gerasse a mais concisa
Certeza do que possa desde então.
Renego cada engano, porém sei
Que tanto nesta vida eu já errei
E permaneço errado te buscando,
O tempo se desenha mais infando
E nisto prenuncio desde quando
A solidão se fez em regra e lei.
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