SONETO ACALORADO REGINA e marcos
Tivesse eu a coragem e desnudar-me...
Escrever a poesia despudoradamente....
Este soneto teria perfume de mulher...
Logo após deitar-se com seu amante...
As letras sairiam de dentro do fogo...
Onde se esconde desejos flamejantes...
Sílaba, ou palavra escrita, seria o gozo...
O som viria dos gemidos insinuantes...
A chama ardente seguiria noite adentro...
Mantendo o calor e o prazer extasiante...
Como querendo eternizar aquele encontro...
Quando odores dos corpos suados...
Envolvessem o ambiente acalorado...
Eu saberia, que o soneto, é terminado...
Regina cnl Poesias
Os raios prateados na janela
Adentram cada quarto inebriando
O tempo noutro tanto desde quando
O sonho em rara audácia se revela,
Destino que decerto a sorte sela
E o mundo desejado em fúria e brando,
O canto pouco a pouco dominando
Num templo que é tão meu quanto ora é dela.
As luzes refletidas, tua pele,
Enquanto amor agora me compele
Ao todo desenhado onde tu vês
Reflexos desta deusa em raro brilho,
E quando a vejo em sonhos pilho.
A deusa plena em tal nudez...
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 17 de março de 2012
Qual fera que transtorna impunemente
Qual fera que transtorna impunemente,
Ferindo em dente e garra o caminhante,
Na dor que com prazer tanto se sente,
No lume que escurece triunfante,
Mortalha em que se apraz, tomando a gente,
Do medo e fantasia, um seu amante.
Num fogo que decerto não sacia
Perpetuamente a dor dos ancestrais
Moldando em ilusões, falsa alegria,
Em danças e promessas sensuais.
Amor com sofrimento consorcia,
Porém quero bebê-lo e sempre mais.
Inebriadamente, amor consome
Em fúria delicada, sede e fome...
Ferindo em dente e garra o caminhante,
Na dor que com prazer tanto se sente,
No lume que escurece triunfante,
Mortalha em que se apraz, tomando a gente,
Do medo e fantasia, um seu amante.
Num fogo que decerto não sacia
Perpetuamente a dor dos ancestrais
Moldando em ilusões, falsa alegria,
Em danças e promessas sensuais.
Amor com sofrimento consorcia,
Porém quero bebê-lo e sempre mais.
Inebriadamente, amor consome
Em fúria delicada, sede e fome...
Por mais que tantas vezes fui tentado
Por mais que tantas vezes fui tentado
A ter outro caminho, um novo norte,
Meu canto que se fez amargurado
Clamando e desejando a própria morte
Sentindo t’a presença aqui do lado
Cicatrizou em paz, profano corte.
Poeira no meu peito toma assento,
A sorte de viver bem resolvida,
O fogo da paixão queimando lento,
A vida em boas mãos já conduzida,
A dor que se fizera em sofrimento,
Pela força do amor foi repelida.
E agora caminhando, vou ereto,
Nas dádivas do amor, eu me completo...
A ter outro caminho, um novo norte,
Meu canto que se fez amargurado
Clamando e desejando a própria morte
Sentindo t’a presença aqui do lado
Cicatrizou em paz, profano corte.
Poeira no meu peito toma assento,
A sorte de viver bem resolvida,
O fogo da paixão queimando lento,
A vida em boas mãos já conduzida,
A dor que se fizera em sofrimento,
Pela força do amor foi repelida.
E agora caminhando, vou ereto,
Nas dádivas do amor, eu me completo...
Quem dera se eu pudesse na viola
Quem dera se eu pudesse na viola
Traduzir em meu canto o sentimento,
Numa alegria imensa que consola,
Tocado pela lua e pelo vento
Minha alma num momento já decola
E voa em liberdade, o pensamento.
Quem dera se eu pudesse traduzir
Em poucas redondilhas a beleza
Que eu vejo neste céu claro a luzir
Cobrindo como um manto a natureza
Em cores e matizes a cerzir
Força descomunal, mas indefesa...
Quem dera se eu pudesse, na verdade
Dizer que a salvação vem da amizade...
Traduzir em meu canto o sentimento,
Numa alegria imensa que consola,
Tocado pela lua e pelo vento
Minha alma num momento já decola
E voa em liberdade, o pensamento.
Quem dera se eu pudesse traduzir
Em poucas redondilhas a beleza
Que eu vejo neste céu claro a luzir
Cobrindo como um manto a natureza
Em cores e matizes a cerzir
Força descomunal, mas indefesa...
Quem dera se eu pudesse, na verdade
Dizer que a salvação vem da amizade...
Meu peito quase um bárbaro imperfeito
Meu peito quase um bárbaro imperfeito
Sem ter as filigranas portentosas,
De imenso matagal em chuvas feito,
Nas lágrimas e espinhos, velhas rosas
Aradas com a dor de qualquer jeito
Em tardes bolorentas, caprichosas...
Eu trago dentro em mim toda a tristeza
Que é natural daquele que cresceu
Sabendo que enfrentar a natureza
É ter da noite treva em total breu.
Assim, marchando sempre com rudeza
Palavra feito faca, este sou eu!
Nos olhos da morena, amor socorre,
Que o sangue da esperança ainda escorre..
Sem ter as filigranas portentosas,
De imenso matagal em chuvas feito,
Nas lágrimas e espinhos, velhas rosas
Aradas com a dor de qualquer jeito
Em tardes bolorentas, caprichosas...
Eu trago dentro em mim toda a tristeza
Que é natural daquele que cresceu
Sabendo que enfrentar a natureza
É ter da noite treva em total breu.
Assim, marchando sempre com rudeza
Palavra feito faca, este sou eu!
Nos olhos da morena, amor socorre,
Que o sangue da esperança ainda escorre..
Meu companheiro; peço-te piedade
Meu companheiro; peço-te piedade
Não me obrigue a falar, mas dou razão
De tudo o que aprendi nem a metade
Vai ter a serventia ou precisão.
Mentira misturada com verdade,
Causando no meu peito comoção.
A gente desconhece quem abriga,
Na casa, na choupana ou na tapera,
Ardendo no meu corpo feito urtiga,
Mordendo e maltratando feito fera.
Pra essa mulher maldita eu trago a figa,
Que a peste na desgraça degenera.
Bem que tu me avisaste meu amigo,
Eu mereço, bem sei, este castigo...
Não me obrigue a falar, mas dou razão
De tudo o que aprendi nem a metade
Vai ter a serventia ou precisão.
Mentira misturada com verdade,
Causando no meu peito comoção.
A gente desconhece quem abriga,
Na casa, na choupana ou na tapera,
Ardendo no meu corpo feito urtiga,
Mordendo e maltratando feito fera.
Pra essa mulher maldita eu trago a figa,
Que a peste na desgraça degenera.
Bem que tu me avisaste meu amigo,
Eu mereço, bem sei, este castigo...
Não quero rebuscar palavreado
Não quero rebuscar palavreado
Nem mesmo misturar alho e bugalho,
Amor é bicho esperto e disgramado,
Conhece do meu peito cada atalho,
Se um passo, na verdade, for mal dado,
Lá vem o bicho solto a dar trabalho.
Dinheiro; eu nunca tive nem juntei,
Tampouco quis fortuna, nem tesouro,
Amar; esteja certa, é minha lei,
Mesmo que arranque a pele e todo o couro,
Nos braços da mulher eu me entreguei,
No corpo da danada encontrei ouro.
Ali plantei semente e te garanto
Frutificou a vida em puro encanto..
Nem mesmo misturar alho e bugalho,
Amor é bicho esperto e disgramado,
Conhece do meu peito cada atalho,
Se um passo, na verdade, for mal dado,
Lá vem o bicho solto a dar trabalho.
Dinheiro; eu nunca tive nem juntei,
Tampouco quis fortuna, nem tesouro,
Amar; esteja certa, é minha lei,
Mesmo que arranque a pele e todo o couro,
Nos braços da mulher eu me entreguei,
No corpo da danada encontrei ouro.
Ali plantei semente e te garanto
Frutificou a vida em puro encanto..
QUERIDA AMIGA
QUERIDA AMIGA
Distante das quimeras, velhos amos,
Em anuência mostram novos fados,
Assim quando da vida desfrutamos
Buscando em velha senda outros prados,
Na solidão perversa nós achamos
Os dias belicosos já passados.
Embora a fortaleza desmorone,
Deixando sempre à mostra, na verdade,
Fragilidade torna-me um insone
Quem nunca divisou felicidade,
A dor de uma esperança ao telefone
Desliga. Foi engano. Falsidade...
Quem sabe se encontrando a ti, amiga,
A liberdade plena, enfim, consiga...
Distante das quimeras, velhos amos,
Em anuência mostram novos fados,
Assim quando da vida desfrutamos
Buscando em velha senda outros prados,
Na solidão perversa nós achamos
Os dias belicosos já passados.
Embora a fortaleza desmorone,
Deixando sempre à mostra, na verdade,
Fragilidade torna-me um insone
Quem nunca divisou felicidade,
A dor de uma esperança ao telefone
Desliga. Foi engano. Falsidade...
Quem sabe se encontrando a ti, amiga,
A liberdade plena, enfim, consiga...
AMIGA, AMIGA (Adélia)
AMIGA, AMIGA (Adélia)
Querida amiga, quero teu perfume...
Não me escondas mais luzes sem promessa.
A vida me traduz tanto queixume....
Ser feliz é preciso e tenho pressa.
Estar ao fim dos dias neste cume,
Cordilheira do amor! Se tudo estressa,
Me acalmo nos teus beijos, de costume...
Nas dores e feridas, és compressa!
Nos nobres sentimentos, tua glória.
Nos belos pensamentos, meu futuro...
Nos mais tristes momentos, a vitória!
Das flores e dos frutos és corbelha,
Mas quando estou sozinho, o mundo escuro...
Encontro a claridade: nobre Adélia!
Querida amiga, quero teu perfume...
Não me escondas mais luzes sem promessa.
A vida me traduz tanto queixume....
Ser feliz é preciso e tenho pressa.
Estar ao fim dos dias neste cume,
Cordilheira do amor! Se tudo estressa,
Me acalmo nos teus beijos, de costume...
Nas dores e feridas, és compressa!
Nos nobres sentimentos, tua glória.
Nos belos pensamentos, meu futuro...
Nos mais tristes momentos, a vitória!
Das flores e dos frutos és corbelha,
Mas quando estou sozinho, o mundo escuro...
Encontro a claridade: nobre Adélia!
Adentro nos teus mares
Adentro nos teus mares, meus navios,
Vagando pelas costas, praias, portos.
Meus olhos te procuram, vão absortos;
Cumprindo suas sinas mais vadios.
Unindo nossos corpos, firmes fios,
Acertam meus caminhos, antes tortos.
Dos sonhos que eu julgara, há muito mortos,
Renasço em noites quentes, nos estios...
Da essência magistral deste desejo
Que forma em duas vidas, diamante.
A pele se salgando em cada beijo,
Tomando novo rumo em um instante,
Amor nos ilumina, um relampejo
Numa explosão divina e deslumbrante...
Vagando pelas costas, praias, portos.
Meus olhos te procuram, vão absortos;
Cumprindo suas sinas mais vadios.
Unindo nossos corpos, firmes fios,
Acertam meus caminhos, antes tortos.
Dos sonhos que eu julgara, há muito mortos,
Renasço em noites quentes, nos estios...
Da essência magistral deste desejo
Que forma em duas vidas, diamante.
A pele se salgando em cada beijo,
Tomando novo rumo em um instante,
Amor nos ilumina, um relampejo
Numa explosão divina e deslumbrante...
Visitando os cadáveres que trago
Visitando os cadáveres que trago
Percebo que não foram de verdade
São marcas das mentiras sem afago
Do canto que remota a mocidade.
Amor que se promete sem estrago
Avança sem saber felicidade
O mar que me trouxer tranqüilidade
Morrendo nem salgado nem amargo.
Espero nova sina em menos sal
Salvando meus recados na lixeira
O canto que te trouxe em festival
Aprendo esta lição que é verdadeira:
Adeus não se declara no final,
Constrói-se, na verdade, a vida inteira
Percebo que não foram de verdade
São marcas das mentiras sem afago
Do canto que remota a mocidade.
Amor que se promete sem estrago
Avança sem saber felicidade
O mar que me trouxer tranqüilidade
Morrendo nem salgado nem amargo.
Espero nova sina em menos sal
Salvando meus recados na lixeira
O canto que te trouxe em festival
Aprendo esta lição que é verdadeira:
Adeus não se declara no final,
Constrói-se, na verdade, a vida inteira
Em tais primores, sigo em novo Fado
Em tais primores, sigo em novo Fado,
Alçando em fantasia uma esperança,
No corpo da mulher, extasiado,
A noite em calmaria, logo avança,
Quem teve seu destino alvoroçado
Pelo corte profundo desta lança
Pressente que terá um novo aspecto
A vida que no amor, fronte levanta,
No sonho mais divino me completo,
A dor se amaldiçoa, enfim se espanta,
E sinto-me, deveras mais repleto,
Nesta emoção que eu quero, rara e santa
De poder conceber mesmo ilusão,
Frondosos arvoredos da paixão...
Alçando em fantasia uma esperança,
No corpo da mulher, extasiado,
A noite em calmaria, logo avança,
Quem teve seu destino alvoroçado
Pelo corte profundo desta lança
Pressente que terá um novo aspecto
A vida que no amor, fronte levanta,
No sonho mais divino me completo,
A dor se amaldiçoa, enfim se espanta,
E sinto-me, deveras mais repleto,
Nesta emoção que eu quero, rara e santa
De poder conceber mesmo ilusão,
Frondosos arvoredos da paixão...
Querer poder estar contigo amor
Querer poder estar contigo amor,
Tocar os teus cabelos tão macios,
Deitar-me do teu lado, ao teu dispor,
Fazendo deste outono, outros estios.
Abraçar-te querida, com ardor,
Deixando bem distantes estes frios
Que teimam maltratar um sonhador,
Tornando estes meus olhos tão vazios.
Eu amo-te demais, nunca duvide
Do sentimento imenso que dedico,
Do raio deste sol que já me incide,
Das mãos tão delicadas, do sorriso...
Amada, do teu lado sempre fico,
Certeza de que achei o paraíso..
Tocar os teus cabelos tão macios,
Deitar-me do teu lado, ao teu dispor,
Fazendo deste outono, outros estios.
Abraçar-te querida, com ardor,
Deixando bem distantes estes frios
Que teimam maltratar um sonhador,
Tornando estes meus olhos tão vazios.
Eu amo-te demais, nunca duvide
Do sentimento imenso que dedico,
Do raio deste sol que já me incide,
Das mãos tão delicadas, do sorriso...
Amada, do teu lado sempre fico,
Certeza de que achei o paraíso..
O braço da amizade que me enleia
O braço da amizade que me enleia
Enquanto a dor da vida faz sangria
Nem mesmo a tempestade inda receia
Aquele que se fez pura alegria
De ter a vida plena em alva areia
O mar que há tanto tempo inda bramia.
O coração decerto assim sossega
Tomado por destino bem mais certo,
A vida que seguira quase cega
Em trágico caminho, um vão deserto,
Agora nos teus braços já navega
Em horizonte plano, belo, aberto...
O dia a dia passa sem alarme,
Achando quem o medo, enfim, desarme...
Enquanto a dor da vida faz sangria
Nem mesmo a tempestade inda receia
Aquele que se fez pura alegria
De ter a vida plena em alva areia
O mar que há tanto tempo inda bramia.
O coração decerto assim sossega
Tomado por destino bem mais certo,
A vida que seguira quase cega
Em trágico caminho, um vão deserto,
Agora nos teus braços já navega
Em horizonte plano, belo, aberto...
O dia a dia passa sem alarme,
Achando quem o medo, enfim, desarme...
Quem segue este caminho tão deserto
Quem segue este caminho tão deserto
Brandindo em solidão, quase transido,
Na busca de alegria em peito aberto,
Ao mesmo tempo inerte e condoído
Em cada novo dia sempre alerto,
Que o passo que foi dado, sem sentido.
Um sonho que se mostra bem mais justo
Premissa, com certeza, de guinada,
Trazendo um tempo bom- garanto- augusto
Mudando sempre o rumo desta estrada.
Não quero na tristeza estar combusto,
Por isso é que perfaço a caminhada
Nos laços da amizade, sem receio,
Que o vento da esperança trouxe, veio...
Brandindo em solidão, quase transido,
Na busca de alegria em peito aberto,
Ao mesmo tempo inerte e condoído
Em cada novo dia sempre alerto,
Que o passo que foi dado, sem sentido.
Um sonho que se mostra bem mais justo
Premissa, com certeza, de guinada,
Trazendo um tempo bom- garanto- augusto
Mudando sempre o rumo desta estrada.
Não quero na tristeza estar combusto,
Por isso é que perfaço a caminhada
Nos laços da amizade, sem receio,
Que o vento da esperança trouxe, veio...
Entrego-me aos desejos e me guias.
Entrego-me aos desejos e me guias.
Eu sinto em tua entrega a sensação
Da doce sedução em fantasias
Nas rotas mais profundas da paixão...
Ouvindo em tua voz as melodias
Que trazem ao meu mundo a tentação
De ter-te aqui comigo e nesses dias
Viver em plena terra uma amplidão...
Sentindo tua mão me percorrendo,
Alvíssaras da sorte. Uma delícia
Que em ti, amada; sempre irei vivendo.
E deito meu delírio em febre, em chama.
Sorris tão docemente e com malícia;
De novo, o teu desejo já me chama...
Eu sinto em tua entrega a sensação
Da doce sedução em fantasias
Nas rotas mais profundas da paixão...
Ouvindo em tua voz as melodias
Que trazem ao meu mundo a tentação
De ter-te aqui comigo e nesses dias
Viver em plena terra uma amplidão...
Sentindo tua mão me percorrendo,
Alvíssaras da sorte. Uma delícia
Que em ti, amada; sempre irei vivendo.
E deito meu delírio em febre, em chama.
Sorris tão docemente e com malícia;
De novo, o teu desejo já me chama...
Às vezes por caminho imaginário
Às vezes por caminho imaginário
Envolto no poder da sedução
Amor vai me tornando um visionário
Refém de uma divina sensação
Prazer que desde quando embrionário
Mostrara ser completa solução
Embora tanta vez, sei que não deva
Ao perceber os raios tão sutis
Permito- me seguir em sua leva,
Volvendo a ter os sonhos juvenis
Apascentando o peito feito em treva,
Sabendo ter amor, sou mais feliz...
Imagens maviosas dos risonhos
Momentos que eu vivi, eternos sonhos...
Envolto no poder da sedução
Amor vai me tornando um visionário
Refém de uma divina sensação
Prazer que desde quando embrionário
Mostrara ser completa solução
Embora tanta vez, sei que não deva
Ao perceber os raios tão sutis
Permito- me seguir em sua leva,
Volvendo a ter os sonhos juvenis
Apascentando o peito feito em treva,
Sabendo ter amor, sou mais feliz...
Imagens maviosas dos risonhos
Momentos que eu vivi, eternos sonhos...
Por vezes minha estrada vai perdida
Por vezes minha estrada vai perdida
Deixando a sensação de um labirinto,
Vagando sem ter rumo em minha vida,
A morte dolorosa eu já pressinto,
Porém numa amizade, esta saída,
Nos olhos da esperança então me tinto.
Distantes os caminhos que deixaram
São ermos, na verdade, disto eu sei,
As dores e tristezas demarcaram
Estrada que conheço e que passei,
Andanças bem diversas demonstraram
Que o amor em amizade, é sacra lei.
Que em calmaria traz a feroz turba,
Refém da solidão, tudo conturba...
Deixando a sensação de um labirinto,
Vagando sem ter rumo em minha vida,
A morte dolorosa eu já pressinto,
Porém numa amizade, esta saída,
Nos olhos da esperança então me tinto.
Distantes os caminhos que deixaram
São ermos, na verdade, disto eu sei,
As dores e tristezas demarcaram
Estrada que conheço e que passei,
Andanças bem diversas demonstraram
Que o amor em amizade, é sacra lei.
Que em calmaria traz a feroz turba,
Refém da solidão, tudo conturba...
Olhar que reconheço em multidões
Olhar que reconheço em multidões
Aplausos emotivos; mais fecundo
O sentimento enorme das paixões,
Que ganham num momento todo o mundo,
Envoltas nestas tramas, seduções
Perfazem alegria em mar profundo.
Meu coração servindo de morada,
Sentindo este bafejo a palpitar,
Portando a noite imensa que, encantada,
Já traz a fantasia a se aflorar,
A quem outrora a vida trouxe o nada,
Amor em plenitude, devagar
Estremecendo em paz, calando o pranto
Abrandando o meu peito, um puro encanto...
Aplausos emotivos; mais fecundo
O sentimento enorme das paixões,
Que ganham num momento todo o mundo,
Envoltas nestas tramas, seduções
Perfazem alegria em mar profundo.
Meu coração servindo de morada,
Sentindo este bafejo a palpitar,
Portando a noite imensa que, encantada,
Já traz a fantasia a se aflorar,
A quem outrora a vida trouxe o nada,
Amor em plenitude, devagar
Estremecendo em paz, calando o pranto
Abrandando o meu peito, um puro encanto...
Amor; ao perceber duros revezes
Amor; ao perceber duros revezes
Encontra na amizade uma firme haste
Por isso é que querida, tantas vezes,
Em outros braços, cedo me encontraste,
Na mão que feita em cardo já me leses
Em outras mãos recebo num contraste
Carinhos dedicados, nova empresa
Que mostra, num momento o paraíso,
Minha alma ao se encontra quase indefesa
Cedendo à sedução de um bom sorriso,
Afoga noutros colos, a tristeza,
Em toque tão suave e mais preciso...
Amor, se nos teus braços me repele,
Eu lembro-te, preciso mesmo dele...
Encontra na amizade uma firme haste
Por isso é que querida, tantas vezes,
Em outros braços, cedo me encontraste,
Na mão que feita em cardo já me leses
Em outras mãos recebo num contraste
Carinhos dedicados, nova empresa
Que mostra, num momento o paraíso,
Minha alma ao se encontra quase indefesa
Cedendo à sedução de um bom sorriso,
Afoga noutros colos, a tristeza,
Em toque tão suave e mais preciso...
Amor, se nos teus braços me repele,
Eu lembro-te, preciso mesmo dele...
Afirmo-te, em firmeza, peremptório
Afirmo-te, em firmeza, peremptório
Que a vida sem amor é como acinte,
Amar é ter na vida um oratório
E ser de Deus, fiel e bom ouvinte,
E comprazer no mesmo refeitório
Com deuses, claro céu que assim se pinte
Das cores divinais de uma festança
Em luzes amarelas e vermelhas,
Sabendo desfrutar desta esperança
Que mostra no caminho, tais centelhas,
Louvando a plenitude em que se avança
Arqueando em sorriso, as sobrancelhas;
Amar é na verdade embasbacar-se,
Levando a vida inteira sem disfarce...
Que a vida sem amor é como acinte,
Amar é ter na vida um oratório
E ser de Deus, fiel e bom ouvinte,
E comprazer no mesmo refeitório
Com deuses, claro céu que assim se pinte
Das cores divinais de uma festança
Em luzes amarelas e vermelhas,
Sabendo desfrutar desta esperança
Que mostra no caminho, tais centelhas,
Louvando a plenitude em que se avança
Arqueando em sorriso, as sobrancelhas;
Amar é na verdade embasbacar-se,
Levando a vida inteira sem disfarce...
Ouvir do coração canções em ecos
Ouvir do coração canções em ecos,
Deixando bem distante qualquer susto,
Não ter a sensação de ser dos pecos,
Viver uma emoção a todo custo,
Os dias que se foram, tristes, secos,
Refazem plenitude em cada arbusto.
Com mãos de mestre, amor já nos renova,
E deixa para trás a dor e o medo,
Tomando uma ilusão, coloca à prova
Receios de vivermos no degredo,
Porém ao ver o céu em lua nova
Descubro em renascer, o seu segredo.
Às vezes em seus braços eu me iludo,
Mas em novo mergulho eu vou com tudo...
Deixando bem distante qualquer susto,
Não ter a sensação de ser dos pecos,
Viver uma emoção a todo custo,
Os dias que se foram, tristes, secos,
Refazem plenitude em cada arbusto.
Com mãos de mestre, amor já nos renova,
E deixa para trás a dor e o medo,
Tomando uma ilusão, coloca à prova
Receios de vivermos no degredo,
Porém ao ver o céu em lua nova
Descubro em renascer, o seu segredo.
Às vezes em seus braços eu me iludo,
Mas em novo mergulho eu vou com tudo...
Meus versos vão buscando novas rimas
Meus versos vão buscando novas rimas,
Que façam deste amor, puro tesouro,
Poetas, bardos, vates, ricas primas
Que valem na verdade quase um ouro,
Mudando a poesia em vários climas,
A traduzir boiada em louco estouro.
Assim, ao reclamar simplicidade,
O verso se embrenhando no sertão,
Aguarda paciente a caridade
De quem escute o canto de um cancão
Tristonho ao reclamar rusticidade
Já sabe a dor do amor, se vem em vão...
Poeta nas palavras teus cristais.
Amor é puro e simples, nada mais...
Que façam deste amor, puro tesouro,
Poetas, bardos, vates, ricas primas
Que valem na verdade quase um ouro,
Mudando a poesia em vários climas,
A traduzir boiada em louco estouro.
Assim, ao reclamar simplicidade,
O verso se embrenhando no sertão,
Aguarda paciente a caridade
De quem escute o canto de um cancão
Tristonho ao reclamar rusticidade
Já sabe a dor do amor, se vem em vão...
Poeta nas palavras teus cristais.
Amor é puro e simples, nada mais...
A terra sertaneja tão bravia
A terra sertaneja tão bravia,
Demonstra inospitez da natureza;
Porém o puro amor que eu bem queria,
Contendo a perfeição feita em beleza,
Numa lua caipira traduzia
Amor imenso, pleno de grandeza.
Quem dera se esculpisse com buril
As formas da morena que eu deixei,
Nas matas nordestinas, amor viu
O quanto na verdade eu tanto amei,
Semi-aridez no solo duro e vil,
Um coração divino eu encontrei.
As lágrimas caindo qual cascata,
Saudosas dos carinhos da mulata...
Demonstra inospitez da natureza;
Porém o puro amor que eu bem queria,
Contendo a perfeição feita em beleza,
Numa lua caipira traduzia
Amor imenso, pleno de grandeza.
Quem dera se esculpisse com buril
As formas da morena que eu deixei,
Nas matas nordestinas, amor viu
O quanto na verdade eu tanto amei,
Semi-aridez no solo duro e vil,
Um coração divino eu encontrei.
As lágrimas caindo qual cascata,
Saudosas dos carinhos da mulata...
Ao tanger belas cordas de uma lira,
Ao tanger belas cordas de uma lira,
Em sons maravilhosos, pois amenos,
Ao lapidar um sonho, já delira,
Com dias delicados e serenos.
Os olhos desta lua; nunca tira,
Dulcíssimos, sonoros, raros trenos...
Encontra em manso amor, a liberdade
De estar além do céu, saber do mar,
Rompendo uma alvorada na ansiedade
De ter e ser o sonho que buscar
Na ebúrnea madrugada, a claridade,
Às trevas dentro da alma, iluminar
No céu, mulher qual deusa, raios plenos,
Brilhando no infinito, a bela Vênus...
Em sons maravilhosos, pois amenos,
Ao lapidar um sonho, já delira,
Com dias delicados e serenos.
Os olhos desta lua; nunca tira,
Dulcíssimos, sonoros, raros trenos...
Encontra em manso amor, a liberdade
De estar além do céu, saber do mar,
Rompendo uma alvorada na ansiedade
De ter e ser o sonho que buscar
Na ebúrnea madrugada, a claridade,
Às trevas dentro da alma, iluminar
No céu, mulher qual deusa, raios plenos,
Brilhando no infinito, a bela Vênus...
Tu chamas meu versejo de ignorante
Tu chamas meu versejo de ignorante,
Sou mesmo um repentista sertanejo
Que canta amor que sente a cada instante,
Em verso bem mais simples sem ter pejo,
Nascido nesta encosta verdejante,
Nas águas da esperança bebo um beijo
E deito sob os braços desta lua,
Vestido em prateada sedução,
Da bela campesina, doce e nua,
Sem mágoa a corroer meu coração.
A noite em ato explícito flutua
Amor com uma espécie de oração.
As dores abandonam pensamento,
E sinto-me qual deus, por um momento.
Sou mesmo um repentista sertanejo
Que canta amor que sente a cada instante,
Em verso bem mais simples sem ter pejo,
Nascido nesta encosta verdejante,
Nas águas da esperança bebo um beijo
E deito sob os braços desta lua,
Vestido em prateada sedução,
Da bela campesina, doce e nua,
Sem mágoa a corroer meu coração.
A noite em ato explícito flutua
Amor com uma espécie de oração.
As dores abandonam pensamento,
E sinto-me qual deus, por um momento.
A solidão que sinto nos teus versos
A solidão que sinto nos teus versos
Em busca deste amor que tu sonhaste,
Soltando teu lamento aos universos,
Amada é por que nunca reparaste
Em quem entre momentos tão diversos
Um pensamento só não dedicaste
E em meio a tantos sonhos tão dispersos
Sempre esteve aqui mas não notaste...
Te quero em cada sonho, a cada dia,
Em minhas emoções, falo teu nome
Buscando te encontrar, pura alegria,
Mas nada percebendo, nada diz;
E toda esta tristeza me consome..
Comigo tu serias bem feliz...
Em busca deste amor que tu sonhaste,
Soltando teu lamento aos universos,
Amada é por que nunca reparaste
Em quem entre momentos tão diversos
Um pensamento só não dedicaste
E em meio a tantos sonhos tão dispersos
Sempre esteve aqui mas não notaste...
Te quero em cada sonho, a cada dia,
Em minhas emoções, falo teu nome
Buscando te encontrar, pura alegria,
Mas nada percebendo, nada diz;
E toda esta tristeza me consome..
Comigo tu serias bem feliz...
O meu amor imenso busca o mar
O meu amor imenso busca o mar
De amor que encontrará somente em ti,
Procuro em tuas braças navegar,
Nos teus braços amor eu me perdi.
Qual rio que procura desaguar,
Sorrio tão feliz se estás aqui,
Vazante deste amor a te buscar
Por teu amor semente que escolhi
Semeando em palavras e desejos,
Aguando com carinho tão dileto.
A cada novo tempo mil festejos
E o gosto deste mel que sempre vem,
Amar é se sentir bem mais completo
A outra metade inteira de um alguém...
De amor que encontrará somente em ti,
Procuro em tuas braças navegar,
Nos teus braços amor eu me perdi.
Qual rio que procura desaguar,
Sorrio tão feliz se estás aqui,
Vazante deste amor a te buscar
Por teu amor semente que escolhi
Semeando em palavras e desejos,
Aguando com carinho tão dileto.
A cada novo tempo mil festejos
E o gosto deste mel que sempre vem,
Amar é se sentir bem mais completo
A outra metade inteira de um alguém...
O meu amor imenso busca o mar
O meu amor imenso busca o mar
De amor que encontrará somente em ti,
Procuro em tuas braças navegar,
Nos teus braços amor eu me perdi.
Qual rio que procura desaguar,
Sorrio tão feliz se estás aqui,
Vazante deste amor a te buscar
Por teu amor semente que escolhi
Semeando em palavras e desejos,
Aguando com carinho tão dileto.
A cada novo tempo mil festejos
E o gosto deste mel que sempre vem,
Amar é se sentir bem mais completo
A outra metade inteira de um alguém...
De amor que encontrará somente em ti,
Procuro em tuas braças navegar,
Nos teus braços amor eu me perdi.
Qual rio que procura desaguar,
Sorrio tão feliz se estás aqui,
Vazante deste amor a te buscar
Por teu amor semente que escolhi
Semeando em palavras e desejos,
Aguando com carinho tão dileto.
A cada novo tempo mil festejos
E o gosto deste mel que sempre vem,
Amar é se sentir bem mais completo
A outra metade inteira de um alguém...
Te conhecer inteira, simplesmente
Te conhecer inteira, simplesmente,
Poder sentir perfume inebriante
Que logo vai tomando totalmente,
Adentra a minha vida a cada instante.
Sentir o gosto doce desta boca,
Que roça minha boca em nosso beijo,
Trazendo esta vontade quase louca
De entregar-me a todo o teu desejo.
Olhar tua beleza que é tão rara,
E ver tua nudez, perto de mim...
Ouvindo a tua voz, o mundo pára
Somente para ouvir o teu cantar...
Sentido em cada toque teu, enfim,
O meu amor imenso transbordar...
Poder sentir perfume inebriante
Que logo vai tomando totalmente,
Adentra a minha vida a cada instante.
Sentir o gosto doce desta boca,
Que roça minha boca em nosso beijo,
Trazendo esta vontade quase louca
De entregar-me a todo o teu desejo.
Olhar tua beleza que é tão rara,
E ver tua nudez, perto de mim...
Ouvindo a tua voz, o mundo pára
Somente para ouvir o teu cantar...
Sentido em cada toque teu, enfim,
O meu amor imenso transbordar...
Estás aqui no peito bem guardada
Estás aqui no peito bem guardada,
Aninho meu amor sempre a teu lado,
As mãos que sempre acenam são de fada,
Meu coração por ti, apaixonado...
Estrela languescente cravejada
De puro diamante, és o meu fado.
Te canto na manhã ensolarada,
Teu brilho que é por Deus direcionado
Atinge o coração desse mineiro,
Entranhado na dor da solidão.
Com olhos e perícia, garimpeiro
Que encontra esta pepita bela e rara.
Meu verso transbordando em emoção,
Catar teu nome, amada nunca pára...
Aninho meu amor sempre a teu lado,
As mãos que sempre acenam são de fada,
Meu coração por ti, apaixonado...
Estrela languescente cravejada
De puro diamante, és o meu fado.
Te canto na manhã ensolarada,
Teu brilho que é por Deus direcionado
Atinge o coração desse mineiro,
Entranhado na dor da solidão.
Com olhos e perícia, garimpeiro
Que encontra esta pepita bela e rara.
Meu verso transbordando em emoção,
Catar teu nome, amada nunca pára...
Quem dera se eu pudesse ser poeta
Quem dera se eu pudesse ser poeta
Cantar amor sincero e verdadeiro,
Tocando o coração em linha reta,
Nas mãos a pena imersa no tinteiro,
Traçando a fantasia como meta
E ser, além de tudo, mais inteiro.
Deixando o coração numa avenida
Unindo o meu sertão à capital,
A sorte de encontrar desprevenida
Morena mais sestrosa e sensual,
Mulher que Deus deixou em minha vida,
Levando todo amor num embornal.
Quem dera ser, talvez um trovador,
Cantando emocionado o nosso amor...
Cantar amor sincero e verdadeiro,
Tocando o coração em linha reta,
Nas mãos a pena imersa no tinteiro,
Traçando a fantasia como meta
E ser, além de tudo, mais inteiro.
Deixando o coração numa avenida
Unindo o meu sertão à capital,
A sorte de encontrar desprevenida
Morena mais sestrosa e sensual,
Mulher que Deus deixou em minha vida,
Levando todo amor num embornal.
Quem dera ser, talvez um trovador,
Cantando emocionado o nosso amor...
A noite já se avança, o frio vem
A noite já se avança, o frio vem
E traz esta vontade de te ver.
Distante dos teus olhos, sem ninguém,
Espero o teu carinho em meu querer.
Nossos desejos morrem sem prazer
Saudade vem tomando todo o bem
Preciso mais depressa te rever
Como é difícil a noite sem alguém.
Eu quero, estes desejos, partilhar
Contigo, minha amada, meu abrigo...
É duro tanto tempo a te esperar,
Por isso, volte logo para mim...
Pois todo o bem da vida está contigo,
Espero que a saudade chegue ao fim...
E traz esta vontade de te ver.
Distante dos teus olhos, sem ninguém,
Espero o teu carinho em meu querer.
Nossos desejos morrem sem prazer
Saudade vem tomando todo o bem
Preciso mais depressa te rever
Como é difícil a noite sem alguém.
Eu quero, estes desejos, partilhar
Contigo, minha amada, meu abrigo...
É duro tanto tempo a te esperar,
Por isso, volte logo para mim...
Pois todo o bem da vida está contigo,
Espero que a saudade chegue ao fim...
Uma amizade feita na garupa
Uma amizade feita na garupa
Dos sonhos que irmanaram nossa vida,
Presença solidária e tão querida
Jamais permitirá que qualquer culpa
Desfira um duro golpe neste laço,
Que é feito de sanfona e de viola,
Amigo, venha logo, em teu abraço,
A dor que eu pressentia, se consola.
Não deixe se amainar tal sentimento,
Que assim traduzo em força, em amizade,
Nem deixe que se afaste o pensamento,
Perdido qual refém de uma saudade.
A vida mesmo em garras, em fereza,
Permite na amizade uma firmeza...
Dos sonhos que irmanaram nossa vida,
Presença solidária e tão querida
Jamais permitirá que qualquer culpa
Desfira um duro golpe neste laço,
Que é feito de sanfona e de viola,
Amigo, venha logo, em teu abraço,
A dor que eu pressentia, se consola.
Não deixe se amainar tal sentimento,
Que assim traduzo em força, em amizade,
Nem deixe que se afaste o pensamento,
Perdido qual refém de uma saudade.
A vida mesmo em garras, em fereza,
Permite na amizade uma firmeza...
Poder saber que existe tanto amor
Poder saber que existe tanto amor
No coração sereno e tão bonito
É crer que para o mundo há solução,
Na voz que corre solta no infinito.
O peito bate forte e sonhador,
Na força tão eterna deste grito
Percorrendo todo espaço, com ardor,
Promessa de chegar num novo rito
O dia em que alegria vencerá
As dores tão profusas que nos tomam.
No olhar que com tal força brilhará,
Espero te encontrar, tanta alegria...
Amores que pra sempre já se somam,
Tornando realidade, a fantasia...
No coração sereno e tão bonito
É crer que para o mundo há solução,
Na voz que corre solta no infinito.
O peito bate forte e sonhador,
Na força tão eterna deste grito
Percorrendo todo espaço, com ardor,
Promessa de chegar num novo rito
O dia em que alegria vencerá
As dores tão profusas que nos tomam.
No olhar que com tal força brilhará,
Espero te encontrar, tanta alegria...
Amores que pra sempre já se somam,
Tornando realidade, a fantasia...
A chuva que, caindo esfria tudo
A chuva que, caindo esfria tudo,
Alaga de saudade o coração.
Distante de teus olhos, fico mudo.
Tomado pela dor da solidão...
Porém uma esperança vem, contudo,
Em forma de desejo e de ilusão...
Que sabe se contigo, amor eu mudo
E as enxurradas sejam de verão...
Poder tocar depois da tempestade
Teu corpo, uma bonança sem receios...
Nos devaneios; vôos de verdade
Chegando no teu quarto de mansinho,
Deitar minha cabeça nos teus seios,
Aquecendo esta tarde com carinho...
Alaga de saudade o coração.
Distante de teus olhos, fico mudo.
Tomado pela dor da solidão...
Porém uma esperança vem, contudo,
Em forma de desejo e de ilusão...
Que sabe se contigo, amor eu mudo
E as enxurradas sejam de verão...
Poder tocar depois da tempestade
Teu corpo, uma bonança sem receios...
Nos devaneios; vôos de verdade
Chegando no teu quarto de mansinho,
Deitar minha cabeça nos teus seios,
Aquecendo esta tarde com carinho...
Colher-te, bela rosa do jardim
Colher-te, bela rosa do jardim
Que cultivei em plena mansidão.
Regado por amor que não tem fim,
Adubo tão gostoso da paixão...
Perfume desta rosa sinto assim,
Carinho com total sofreguidão
Desejo nesta rosa carmesim,
Abrir e te beijar, cada botão...
No deleite de ter-te aqui comigo,
E perfumadamente me entregar
Aos teus encantos. Já nem ligo,
Desfolho cada pétala da flor,
Deitada no jardim, nua ao luar
Entregue totalmente, ao bom do amor...
Que cultivei em plena mansidão.
Regado por amor que não tem fim,
Adubo tão gostoso da paixão...
Perfume desta rosa sinto assim,
Carinho com total sofreguidão
Desejo nesta rosa carmesim,
Abrir e te beijar, cada botão...
No deleite de ter-te aqui comigo,
E perfumadamente me entregar
Aos teus encantos. Já nem ligo,
Desfolho cada pétala da flor,
Deitada no jardim, nua ao luar
Entregue totalmente, ao bom do amor...
Amor bateu na porta, de mansinho
Amor bateu na porta, de mansinho
Em forma de palavras e de sonhos...
Depois, sentindo a força do carinho
Nos trouxe novos dias, tão risonhos...
Eu quero em nosso amor, puro encantado,
Trilhar cada momento, passo a passo,
Agora que por ti sou bem amado,
O mundo vai se abrindo, ganho espaço
E sinto a maciez de tua boca,
Beijando calmamente meu desejo.
A vida que antes triste, surge louca
Sofreguidão intensa a cada beijo...
Tu és a namorada que sonhei,
Viver só ao teu lado, a nova lei...
Em forma de palavras e de sonhos...
Depois, sentindo a força do carinho
Nos trouxe novos dias, tão risonhos...
Eu quero em nosso amor, puro encantado,
Trilhar cada momento, passo a passo,
Agora que por ti sou bem amado,
O mundo vai se abrindo, ganho espaço
E sinto a maciez de tua boca,
Beijando calmamente meu desejo.
A vida que antes triste, surge louca
Sofreguidão intensa a cada beijo...
Tu és a namorada que sonhei,
Viver só ao teu lado, a nova lei...
Abraçado contigo minha amada
Abraçado contigo minha amada,
Passando pelos astros por estrelas.
Caminho sem temer as tempestades
Vivendo sem nenhum medo maior.
Decoro meus desejos nos teus olhos,
Luzeiros deslumbrantes, vida e sorte.
Douradas essas sendas que percorro,
Adentro os bons portais do meu desejo.
Querida não se esqueça um só segundo
De todo grande amor que nos nasceu.
Desvendo teus mistérios, pouco a pouco.
E vibro por poder ser teu amante
Nos olhos da esperança pude ver
O brilho dos teus olhos refletidos...
Passando pelos astros por estrelas.
Caminho sem temer as tempestades
Vivendo sem nenhum medo maior.
Decoro meus desejos nos teus olhos,
Luzeiros deslumbrantes, vida e sorte.
Douradas essas sendas que percorro,
Adentro os bons portais do meu desejo.
Querida não se esqueça um só segundo
De todo grande amor que nos nasceu.
Desvendo teus mistérios, pouco a pouco.
E vibro por poder ser teu amante
Nos olhos da esperança pude ver
O brilho dos teus olhos refletidos...
Sentir o teu perfume desejado
Sentir o teu perfume desejado
Beber desenfreado todo o mel,
Vivendo nosso amor, apaixonado,
Roubando a bela lua lá do céu..
Sou teu e o que me importa todo o resto?
Empresto o meu prazer ao teu prazer.
Vibrar nossa alegria em cada gesto,
Nas brenhas de teu corpo me perder...
No paraíso imenso prometido,
Rondar cada pedaço desta fonte
Do toque mais fogoso e desmedido,
Abrindo em nossa cama este horizonte
De pétalas e flores olorosas,
Deitando sobre ti, milhões de rosas...
Beber desenfreado todo o mel,
Vivendo nosso amor, apaixonado,
Roubando a bela lua lá do céu..
Sou teu e o que me importa todo o resto?
Empresto o meu prazer ao teu prazer.
Vibrar nossa alegria em cada gesto,
Nas brenhas de teu corpo me perder...
No paraíso imenso prometido,
Rondar cada pedaço desta fonte
Do toque mais fogoso e desmedido,
Abrindo em nossa cama este horizonte
De pétalas e flores olorosas,
Deitando sobre ti, milhões de rosas...
Sonhar com teus castelos, u'a rainha...
Sonhar com teus castelos, u'a rainha...
Guardada por mistérios e segredos.
A noite que virá, se tua e minha,
Depende do que dizem nossos medos..
A vida que se mostra e se avizinha
Deixando para trás temores ledos,
Tu sabes do desejo que se alinha
E tecem tão amados, bons enredos..
Nas redes e nas tramas bocas, nexos...
Poder estar inteiro sem demoras,
Os passos preferidos tão conexos,
Nos levarão sem dúvida ao nirvana,
Vontade nos invade, nela afloras,
Rainha dos desejos, soberana...
Guardada por mistérios e segredos.
A noite que virá, se tua e minha,
Depende do que dizem nossos medos..
A vida que se mostra e se avizinha
Deixando para trás temores ledos,
Tu sabes do desejo que se alinha
E tecem tão amados, bons enredos..
Nas redes e nas tramas bocas, nexos...
Poder estar inteiro sem demoras,
Os passos preferidos tão conexos,
Nos levarão sem dúvida ao nirvana,
Vontade nos invade, nela afloras,
Rainha dos desejos, soberana...
Amada, faz um ano...
Amada, faz um ano... Lembro bem,
Que a gente começou a namorar.
Durante tanto tempo sem ninguém
Sozinho, sem ninguém para encontrar!
Alguns dias depois, quase brigamos,
Ciúmes de quem fora teu amor.
Por mares tão difíceis navegamos,
Em busca deste cais encantador
Um ano de namoro e muita história,
Felizes, somos dois apaixonados.
Amar é se render a toda glória
É prova de que existe um Deus no Céu,
Muito obrigado e que sejam nossos fados,
Eterna seja assim, lua de mel!
Que a gente começou a namorar.
Durante tanto tempo sem ninguém
Sozinho, sem ninguém para encontrar!
Alguns dias depois, quase brigamos,
Ciúmes de quem fora teu amor.
Por mares tão difíceis navegamos,
Em busca deste cais encantador
Um ano de namoro e muita história,
Felizes, somos dois apaixonados.
Amar é se render a toda glória
É prova de que existe um Deus no Céu,
Muito obrigado e que sejam nossos fados,
Eterna seja assim, lua de mel!
Poder saber de todos os caminhos
Poder saber de todos os caminhos
Que levam para a fonte do desejo.
Cumprindo meu destino em belos ninhos,
Na umidade sedenta de teu beijo.
Na festa de luxúrias, tantos vinhos,
Bacantes tempestades, eu prevejo.
Nesta lubricidade, mil carinhos
Em formas variadas relampejo.
Nos rumos, rotas, grutas, minas boas.
Afogo-me nos lagos da paixão.
Comigo, asas abertas, também voas
Na múltipla e uníssona explosão
Que faz de nossos corpos; alagados,
Depois desta viagem, tão suados...
Que levam para a fonte do desejo.
Cumprindo meu destino em belos ninhos,
Na umidade sedenta de teu beijo.
Na festa de luxúrias, tantos vinhos,
Bacantes tempestades, eu prevejo.
Nesta lubricidade, mil carinhos
Em formas variadas relampejo.
Nos rumos, rotas, grutas, minas boas.
Afogo-me nos lagos da paixão.
Comigo, asas abertas, também voas
Na múltipla e uníssona explosão
Que faz de nossos corpos; alagados,
Depois desta viagem, tão suados...
Beijar teus seios doces delicados
Beijar teus seios doces delicados,
Roçando o meu desejo... pele nua.
Verter-te este prazer extasiado,
Vivendo tal loucura; alma flutua...
Nesta suavidade, toda tua,
Amor se fez caminho, vida e fado.
A noite em mil vertentes continua,
Tanto assim como havias esperado.
Só quero ser feliz, mulher amada,
Meu sonho é ter teu corpo junto ao meu,
Vencendo toda a noite, a madrugada...
Na insensatez profusa e merecida
De quem ao se encontrar já se perdeu
Neste amor que bem vale toda a vida
Roçando o meu desejo... pele nua.
Verter-te este prazer extasiado,
Vivendo tal loucura; alma flutua...
Nesta suavidade, toda tua,
Amor se fez caminho, vida e fado.
A noite em mil vertentes continua,
Tanto assim como havias esperado.
Só quero ser feliz, mulher amada,
Meu sonho é ter teu corpo junto ao meu,
Vencendo toda a noite, a madrugada...
Na insensatez profusa e merecida
De quem ao se encontrar já se perdeu
Neste amor que bem vale toda a vida
Amiga, não percebes quanto quero
Amiga, não percebes quanto quero
Poder te dar a mão e dividirmos,
Bem antes que a tortura e o desespero
Nos tome, e não deixe prosseguirmos
O caminho que escolhemos nesta vida,
Em busca do farol/felicidade.
Por isso eu te proponho, enfim, querida
Que o laço que nos une, essa amizade
Nos sirva de um apoio bem mais forte
Para que nós possamos prosseguir,
Por mais que já desande nossa sorte,
Em busca de um futuro, de um porvir
Que seja mais feliz e sem segredos,
Deixemos para trás os nossos medos...
Poder te dar a mão e dividirmos,
Bem antes que a tortura e o desespero
Nos tome, e não deixe prosseguirmos
O caminho que escolhemos nesta vida,
Em busca do farol/felicidade.
Por isso eu te proponho, enfim, querida
Que o laço que nos une, essa amizade
Nos sirva de um apoio bem mais forte
Para que nós possamos prosseguir,
Por mais que já desande nossa sorte,
Em busca de um futuro, de um porvir
Que seja mais feliz e sem segredos,
Deixemos para trás os nossos medos...
Quisera ter poder de invadir praia
Quisera ter poder de invadir praia
Mudando os ventos torno-me o primeiro
A poder descobrir, sob esta saia
O rumo que persigo, por inteiro,
Não deixe que o pudor, querida, traia
Supremo paladar alvissareiro.
A mão tão delicada, pois suprema,
Distante do rancor, amenizando,
Não vendo no prazer qualquer problema
Apenas, tão somente se entregando,
Achando natural a piracema,
Ao gozo compelida, sem ter quando.
Percalços do caminho, já supera,
Da Musa, amor intenso em primavera....
Mudando os ventos torno-me o primeiro
A poder descobrir, sob esta saia
O rumo que persigo, por inteiro,
Não deixe que o pudor, querida, traia
Supremo paladar alvissareiro.
A mão tão delicada, pois suprema,
Distante do rancor, amenizando,
Não vendo no prazer qualquer problema
Apenas, tão somente se entregando,
Achando natural a piracema,
Ao gozo compelida, sem ter quando.
Percalços do caminho, já supera,
Da Musa, amor intenso em primavera....
A mágoa em soberana e triste ideia
A mágoa em soberana e triste ideia
Compele tanta vez ao sofrimento.
Quem pensa ser amor a panaceia
Engana-se decerto, e num momento
Em diferente senda, uma plateia
Transmuda a mágoa em dor, vivo lamento.
Porém já contraposta, uma amizade,
Trazendo para os rios ricas fozes,
Permite alçar a plena liberdade
Realça na alegria nossas vozes,
Portando no seu bojo a claridade
Matando os sofrimentos mais atrozes.
Do acérrimo lamento faz o riso,
Propõe um passo certo, enfim, preciso...
Compele tanta vez ao sofrimento.
Quem pensa ser amor a panaceia
Engana-se decerto, e num momento
Em diferente senda, uma plateia
Transmuda a mágoa em dor, vivo lamento.
Porém já contraposta, uma amizade,
Trazendo para os rios ricas fozes,
Permite alçar a plena liberdade
Realça na alegria nossas vozes,
Portando no seu bojo a claridade
Matando os sofrimentos mais atrozes.
Do acérrimo lamento faz o riso,
Propõe um passo certo, enfim, preciso...
Alçando em minha vida tal jornada
Alçando em minha vida tal jornada
Que possa permitir mais fabulosa,
A sorte que pensara desolada,
Ao mesmo tempo emerge gloriosa,
Decerto se fará maravilhosa,
Ao recolher do amor, divina rosa,
Distante dos espinhos, na verdade,
Pois nela tenho sempre reparado
A vida em que brotou felicidade,
Deixando o medo enfim abandonado,
Futuro se moldando em liberdade,
As dores esquecidas no passado.
Amor que meus sentidos já tomara,
Da paz feita esperança me cercara...
Que possa permitir mais fabulosa,
A sorte que pensara desolada,
Ao mesmo tempo emerge gloriosa,
Decerto se fará maravilhosa,
Ao recolher do amor, divina rosa,
Distante dos espinhos, na verdade,
Pois nela tenho sempre reparado
A vida em que brotou felicidade,
Deixando o medo enfim abandonado,
Futuro se moldando em liberdade,
As dores esquecidas no passado.
Amor que meus sentidos já tomara,
Da paz feita esperança me cercara...
Aos poucos cego amor vai me tomando
Aos poucos cego amor vai me tomando
Minha alma neste instante tão inquieta
De luzes e de trevas se banhando,
Respalda toda a dor deste planeta
Por rumos mais diversos me guiando,
A sorte em pleno azar, logo arquiteta.
Do templo em calmaria se fez lava,
Meu dia a dia torna-se medroso,
Aonde louco amor se emaranhava,
Os frutos das tristezas e do gozo,
Por vezes alma insana inda lutava
Temendo por futuro tenebroso.
Porém amor ditoso em tal batalha,
Avança e em duro corte me retalha...
Minha alma neste instante tão inquieta
De luzes e de trevas se banhando,
Respalda toda a dor deste planeta
Por rumos mais diversos me guiando,
A sorte em pleno azar, logo arquiteta.
Do templo em calmaria se fez lava,
Meu dia a dia torna-se medroso,
Aonde louco amor se emaranhava,
Os frutos das tristezas e do gozo,
Por vezes alma insana inda lutava
Temendo por futuro tenebroso.
Porém amor ditoso em tal batalha,
Avança e em duro corte me retalha...
Mosaico de emoções em corpo lasso
Mosaico de emoções em corpo lasso
De tantas tempestades, neste instante
Buscando bem mais firme cada passo,
Seguindo mesmo assim, prossegue avante
Procuro disfarçar enquanto eu traço
Numa esperança um sonho radiante.
Assomando terrível ,dura fera
Enquanto a mansidão já se perdia,
A solidão algoz, que eu não quisera
Raiando, o caminhar não permitia,
Nas garras tão cruéis desta pantera
Jamais imaginei um novo dia.
Porém; por amizade, abençoado,
Renasço bem mais forte, do passado...
De tantas tempestades, neste instante
Buscando bem mais firme cada passo,
Seguindo mesmo assim, prossegue avante
Procuro disfarçar enquanto eu traço
Numa esperança um sonho radiante.
Assomando terrível ,dura fera
Enquanto a mansidão já se perdia,
A solidão algoz, que eu não quisera
Raiando, o caminhar não permitia,
Nas garras tão cruéis desta pantera
Jamais imaginei um novo dia.
Porém; por amizade, abençoado,
Renasço bem mais forte, do passado...
Contorno com meus lábios teu perfil
Contorno com meus lábios teu perfil,
E deito-te em meu colo mansamente.
Meu mundo... O coração quando se abriu;
Entraste devagar. Mas, de repente
Senti que não teria escapatória;
Tua presença amiga e tão constante
Vem mudando o rumo de uma história
De forma tão sutil quanto elegante...
Beijar as tuas mãos, dedos e palma,
Morder-te levemente, o indicador.
Mostrando este carinho que me acalma;
Sussurro em teu ouvido; canto amor...
Sinto, neste arrepio em tua pele,
Desejo... Embora o negue e não revele...
E deito-te em meu colo mansamente.
Meu mundo... O coração quando se abriu;
Entraste devagar. Mas, de repente
Senti que não teria escapatória;
Tua presença amiga e tão constante
Vem mudando o rumo de uma história
De forma tão sutil quanto elegante...
Beijar as tuas mãos, dedos e palma,
Morder-te levemente, o indicador.
Mostrando este carinho que me acalma;
Sussurro em teu ouvido; canto amor...
Sinto, neste arrepio em tua pele,
Desejo... Embora o negue e não revele...
Navalha e canivete na cintura
Navalha e canivete na cintura
Bornal trazendo um resto de esperança,
A faca penetrando esta amargura
À margem do riacho da lembrança.
Tomando no boteco se depura
A dor de ser refém desde criança
De um medo que ancestral vira amargura,
E sempre que ele pensa vem e alcança.
Nas manhas do moleque já crescido,
Manhãs adormecidas na saudade,
Restou talvez, quem sabe, uma amizade,
Do tempo que se fora, transcorrido
Nas léguas dos caminhos não trilhados,
Dos sonhos que mal teve, abandonados...
Bornal trazendo um resto de esperança,
A faca penetrando esta amargura
À margem do riacho da lembrança.
Tomando no boteco se depura
A dor de ser refém desde criança
De um medo que ancestral vira amargura,
E sempre que ele pensa vem e alcança.
Nas manhas do moleque já crescido,
Manhãs adormecidas na saudade,
Restou talvez, quem sabe, uma amizade,
Do tempo que se fora, transcorrido
Nas léguas dos caminhos não trilhados,
Dos sonhos que mal teve, abandonados...
Engodos
Engodos
Relembro-me dos erros cometidos
E vejo quanto pude desejar
Do tanto que se imerge em pleno mar
E toma sem pudor os meus sentidos,
Os olhos entre rumos repartidos
Os passos de quem tenta caminhar
Enquanto nada mais pudesse ousar
Senão velhos delírios presumidos,
Encontro como rastros, as pegadas,
Há tanto pelo tempo, desenhadas,
Jogadas sobre a lama, o limo e o lodo,
Nas travas e nos tombos, sonhos mortos,
E quando se procuram velhos portos
Apenas mal vislumbro um novo engodo.
Loures
Relembro-me dos erros cometidos
E vejo quanto pude desejar
Do tanto que se imerge em pleno mar
E toma sem pudor os meus sentidos,
Os olhos entre rumos repartidos
Os passos de quem tenta caminhar
Enquanto nada mais pudesse ousar
Senão velhos delírios presumidos,
Encontro como rastros, as pegadas,
Há tanto pelo tempo, desenhadas,
Jogadas sobre a lama, o limo e o lodo,
Nas travas e nos tombos, sonhos mortos,
E quando se procuram velhos portos
Apenas mal vislumbro um novo engodo.
Loures
MEDOS DIVERSOS
MEDOS DIVERSOS
Penosas ilusões, medos diversos,
E apenas me restando alguma luz
Do quanto poderia e se me pus
Expresso esta rudeza nos meus versos,
E quando noutras rotas vão imersos
Os cortes mais profundos, morte e pus,
O manto lacerado a velha cruz
E os ermos de minha alma ora perversos,
Recolho o quanto houvera em amargura
E tanto do que a vida configura
Apenas demonstrasse este vazio,
Assaz inoperante sensação
Que mostra a mais sublime dimensão
Do quando ora desejo e desafio...
Loures
Penosas ilusões, medos diversos,
E apenas me restando alguma luz
Do quanto poderia e se me pus
Expresso esta rudeza nos meus versos,
E quando noutras rotas vão imersos
Os cortes mais profundos, morte e pus,
O manto lacerado a velha cruz
E os ermos de minha alma ora perversos,
Recolho o quanto houvera em amargura
E tanto do que a vida configura
Apenas demonstrasse este vazio,
Assaz inoperante sensação
Que mostra a mais sublime dimensão
Do quando ora desejo e desafio...
Loures
FEROZ JORNADA
FEROZ JORNADA
A jornada feroz e sem saída
Que tanto nos impede a caminhada
Expressa a solidão do mesmo nada
Que possa traduzir a própria vida,
E quando outra verdade seja urdida
Tentando procurar em nova estada
A sorte que me leve numa estrada
Há tanto, pelo tempo, destruída,
Encontro os meus pedaços pelas ruas
E sei que tantas vezes continuas
Vivendo do que um dia fora sonho,
Porém amortalhado nada trago,
Somente o mesmo velho medo vago
Enquanto me desdenho e decomponho...
Loures
A jornada feroz e sem saída
Que tanto nos impede a caminhada
Expressa a solidão do mesmo nada
Que possa traduzir a própria vida,
E quando outra verdade seja urdida
Tentando procurar em nova estada
A sorte que me leve numa estrada
Há tanto, pelo tempo, destruída,
Encontro os meus pedaços pelas ruas
E sei que tantas vezes continuas
Vivendo do que um dia fora sonho,
Porém amortalhado nada trago,
Somente o mesmo velho medo vago
Enquanto me desdenho e decomponho...
Loures
NO TEU MAR SOLANGE FIGUEIREDO e marcos loures
NO TEU MAR SOLANGE FIGUEIREDO e marcos loures
Meu barco no teu mar, abertas velas...
Amor, quero navegar em tuas ondas,
Sentir teu balançar,... me responda:
Por que enfim teu amor não revelas?
Nesse mar de amor, viveria contigo,
Por toda vida, sentindo-te em mim...
De partida, busco teu cais por fim,
Nem mesmo lá estás... És meu abrigo!
Perdida em te amar, quero teu mar,
Precedida de tantas tormentas,
Por ti, minhas velas estão abertas!
Fico à deriva, tu vens me salvar...
Só por me amar assim, então tentas,
Ao sabor do meu mar, ó amor, sim aportas!
© SOL Figueiredo
Sem medo do que venha, em mar aberto,
Avança o marinheiro coração
Usando da esperança qual timão
Apenas o meu medo ora deserto,
E quando se mostrara mais incerto
Encontro no teu rumo a direção
No amor, esta sublime embarcação,
Deixando o sentimento mais desperto,
Não quero nem preciso de astrolábios,
O norte me levando aos doces lábios
Daquela que domina cada instante
E o porto mais audaz, airoso e belo,
No quanto em calmaria ora revelo,
Um tempo mais feliz já nos garante...
Loures
Meu barco no teu mar, abertas velas...
Amor, quero navegar em tuas ondas,
Sentir teu balançar,... me responda:
Por que enfim teu amor não revelas?
Nesse mar de amor, viveria contigo,
Por toda vida, sentindo-te em mim...
De partida, busco teu cais por fim,
Nem mesmo lá estás... És meu abrigo!
Perdida em te amar, quero teu mar,
Precedida de tantas tormentas,
Por ti, minhas velas estão abertas!
Fico à deriva, tu vens me salvar...
Só por me amar assim, então tentas,
Ao sabor do meu mar, ó amor, sim aportas!
© SOL Figueiredo
Sem medo do que venha, em mar aberto,
Avança o marinheiro coração
Usando da esperança qual timão
Apenas o meu medo ora deserto,
E quando se mostrara mais incerto
Encontro no teu rumo a direção
No amor, esta sublime embarcação,
Deixando o sentimento mais desperto,
Não quero nem preciso de astrolábios,
O norte me levando aos doces lábios
Daquela que domina cada instante
E o porto mais audaz, airoso e belo,
No quanto em calmaria ora revelo,
Um tempo mais feliz já nos garante...
Loures
A tristeza invadiu o meu ser! SOL FIGUEIREDO e marcos loures
A tristeza invadiu o meu ser! SOL FIGUEIREDO e marcos loures
A tristeza invadiu todo o meu ser,
Não tenho mais certeza do que sentes,
Ó amigo, tão bom seria se dissesses,
Senão, já não consigo mais viver!
Essa tristeza surgiu com certeza,
Pela tua falta de atenção e afeto,
És meu amigo, o mais predileto,
Sofro demais com tanta incerteza!
Está sendo dureza, viver sem ti,
Sim, já sabia que não seria moleza,
Pela distância... Queria tê-lo aqui!
Arrancaria essa tristeza de dentro,
Se não fosse a minha tola fraqueza,
No meu viver, tu és tudo... O centro!
SOL FIGUEIREDO
Vagasse entre momentos mais felizes
Tateio na procura do que possa
Trazer esta esperança antiga, nossa,
Além das mais doridas cicatrizes
E quando na verdade o que me dizes
A cada novo instante o sonho endossa
Tristeza do meu peito agora apossa,
E traz aos meus caminhos seus deslizes,
Mas tendo em nossas mãos nosso futuro,
O quanto feito em luz eu asseguro
E vejo em novo dia a redenção
Deixando para trás o sofrimento
O todo em claridade ora fomento
Sabendo de outros dias que virão...
Loures
A tristeza invadiu todo o meu ser,
Não tenho mais certeza do que sentes,
Ó amigo, tão bom seria se dissesses,
Senão, já não consigo mais viver!
Essa tristeza surgiu com certeza,
Pela tua falta de atenção e afeto,
És meu amigo, o mais predileto,
Sofro demais com tanta incerteza!
Está sendo dureza, viver sem ti,
Sim, já sabia que não seria moleza,
Pela distância... Queria tê-lo aqui!
Arrancaria essa tristeza de dentro,
Se não fosse a minha tola fraqueza,
No meu viver, tu és tudo... O centro!
SOL FIGUEIREDO
Vagasse entre momentos mais felizes
Tateio na procura do que possa
Trazer esta esperança antiga, nossa,
Além das mais doridas cicatrizes
E quando na verdade o que me dizes
A cada novo instante o sonho endossa
Tristeza do meu peito agora apossa,
E traz aos meus caminhos seus deslizes,
Mas tendo em nossas mãos nosso futuro,
O quanto feito em luz eu asseguro
E vejo em novo dia a redenção
Deixando para trás o sofrimento
O todo em claridade ora fomento
Sabendo de outros dias que virão...
Loures
Quem dera se tivesse inda o deleite
Quem dera se tivesse inda o deleite
Que tive há tanto tempo em belo dia.
A sombra da esperança; fugidia,
Esgueira-se legando como enfeite
O manto da tristeza em que se deite
Amor que fora pleno de alegria,
Agora se liberta em alforria,
Sem sorte ou novidade que se espreite.
As urzes de um amor abandonado,
Roçando o meu caminho de viés,
Amor que se fez luto em triste Fado,
Tortura quem sonhara com a glória,
Apenas as correntes nos meus pés
Resquícios que carrego desta história...
Que tive há tanto tempo em belo dia.
A sombra da esperança; fugidia,
Esgueira-se legando como enfeite
O manto da tristeza em que se deite
Amor que fora pleno de alegria,
Agora se liberta em alforria,
Sem sorte ou novidade que se espreite.
As urzes de um amor abandonado,
Roçando o meu caminho de viés,
Amor que se fez luto em triste Fado,
Tortura quem sonhara com a glória,
Apenas as correntes nos meus pés
Resquícios que carrego desta história...
Às vezes a cangalha tanto pesa
Às vezes a cangalha tanto pesa
Que o corpo macilento não agüenta;
A marcha quase pára e vai tão lenta
Que a perna machucada, fica tesa.
Assim amor me fez qual fosse presa,
Da fúria do querer que, violenta,
Viola os meus sentidos, me atormenta,
Não deixa mais restar sequer defesa.
Mas gosto do chicote, deste açoite
Que estala em minhas costas, corta fundo.
Carrego se preciso ao fim do mundo,
E corro, sem destino, dia e noite.
Amor já preparou doce tocaia
No vento que levanta a tua saia...
Que o corpo macilento não agüenta;
A marcha quase pára e vai tão lenta
Que a perna machucada, fica tesa.
Assim amor me fez qual fosse presa,
Da fúria do querer que, violenta,
Viola os meus sentidos, me atormenta,
Não deixa mais restar sequer defesa.
Mas gosto do chicote, deste açoite
Que estala em minhas costas, corta fundo.
Carrego se preciso ao fim do mundo,
E corro, sem destino, dia e noite.
Amor já preparou doce tocaia
No vento que levanta a tua saia...
Querendo te tocar a cada instante
Querendo te tocar a cada instante
Sonhando com teus beijos, não resisto,
O mundo se transforma delirante;
É bom saber que em ti, enfim existo.
Queimar-me no teu corpo, flamejante,
Vivendo, meu amor; somente disto,
Desta esperança, assim tão transbordante
De ter amor sincero, eu não desisto!
Tu és minha alegria, sonho e valsa,
Na dança que nos torna mais felizes;
A lua nos teus olhos se realça
Brilhando bem mais forte... Quase um sol...
Arranco do meu peito as cicatrizes,
Te busco, sou eterno girassol!
Sonhando com teus beijos, não resisto,
O mundo se transforma delirante;
É bom saber que em ti, enfim existo.
Queimar-me no teu corpo, flamejante,
Vivendo, meu amor; somente disto,
Desta esperança, assim tão transbordante
De ter amor sincero, eu não desisto!
Tu és minha alegria, sonho e valsa,
Na dança que nos torna mais felizes;
A lua nos teus olhos se realça
Brilhando bem mais forte... Quase um sol...
Arranco do meu peito as cicatrizes,
Te busco, sou eterno girassol!
Sentindo o teu perfume
Sentindo o teu perfume, minha amada,
A noite vem trazendo o teu desejo
Contido na tua alma desnudada
Tanto prazer-paixão; assim, prevejo.
Buscando meu caminho no teu porto
Deitando nos teus braços meu cansaço,
Depois de tanto amor, já quase morto,
Sentir esta delícia em teu regaço...
Alucinadamente nos amamos,
O gosto do prazer nos alucina.
Que bom que nos sabemos, encontramos
Na busca da alegria, a nossa mina
Repleta dos tesouros mais profanos
No céu destes desejos soberanos...
A noite vem trazendo o teu desejo
Contido na tua alma desnudada
Tanto prazer-paixão; assim, prevejo.
Buscando meu caminho no teu porto
Deitando nos teus braços meu cansaço,
Depois de tanto amor, já quase morto,
Sentir esta delícia em teu regaço...
Alucinadamente nos amamos,
O gosto do prazer nos alucina.
Que bom que nos sabemos, encontramos
Na busca da alegria, a nossa mina
Repleta dos tesouros mais profanos
No céu destes desejos soberanos...
Quem teve outrora um sonho assim diverso
Quem teve outrora um sonho assim diverso
Daquele em que se perde, todo dia,
Fazendo do meu canto, a fantasia
Recebo com carinho cada verso,
E verso sobre o tema, vou disperso,
Alimentando aos poucos primazia
De ter nos braços teus; o que eu queria,
Deixando já de lado o que é perverso.
Na dádiva divina que diviso
No corpo desejado, sem fronteiras,
Tendo em felicidade, tantas graças
Louvando a maravilha em paraíso,
Espero que no fundo inda me queiras
Mesmo que tantas vezes já disfarças...
Daquele em que se perde, todo dia,
Fazendo do meu canto, a fantasia
Recebo com carinho cada verso,
E verso sobre o tema, vou disperso,
Alimentando aos poucos primazia
De ter nos braços teus; o que eu queria,
Deixando já de lado o que é perverso.
Na dádiva divina que diviso
No corpo desejado, sem fronteiras,
Tendo em felicidade, tantas graças
Louvando a maravilha em paraíso,
Espero que no fundo inda me queiras
Mesmo que tantas vezes já disfarças...
Amigo; na verdade uma verdade
Amigo; na verdade uma verdade
Já morre na inverdade de assim ser.
À parte do que sei se a dor não arde,
Não vale a pena, mesmo assim sofrer.
O caos em que semeia iniqüidade
É feito do talvez ou sem querer,
O passo sem compasso na amizade
Condena o que não temos a perder.
E sigo num vazio feito em vão,
Na busca do quem dera, mas morreu,
Aos poucos vai se abrindo imenso chão
E o que eu pensara ter; jamais foi meu.
Ausência do não houve em desencanto,
Apronta e desnorteia qualquer canto...
Já morre na inverdade de assim ser.
À parte do que sei se a dor não arde,
Não vale a pena, mesmo assim sofrer.
O caos em que semeia iniqüidade
É feito do talvez ou sem querer,
O passo sem compasso na amizade
Condena o que não temos a perder.
E sigo num vazio feito em vão,
Na busca do quem dera, mas morreu,
Aos poucos vai se abrindo imenso chão
E o que eu pensara ter; jamais foi meu.
Ausência do não houve em desencanto,
Apronta e desnorteia qualquer canto...
Amor que não precisa nem de juras
Amor que não precisa nem de juras
Pois é já de per si um juramento
Lavrado com sorrisos e ternuras
Sem dar satisfação ao sofrimento.
As almas que se tocam, voam puras
Em torno desta luz do sentimento,
Matando o que houvera em amarguras
Libertas, soltas, voam com o vento.
Num enlevo fantástico e tão terno
Os gestos de carinho são constantes.
O bom de ser assim, pra sempre, eterno
É ter a liberdade de cantar
Saber que sempre irão tão radiantes
As asas que aprenderam a voar..
Pois é já de per si um juramento
Lavrado com sorrisos e ternuras
Sem dar satisfação ao sofrimento.
As almas que se tocam, voam puras
Em torno desta luz do sentimento,
Matando o que houvera em amarguras
Libertas, soltas, voam com o vento.
Num enlevo fantástico e tão terno
Os gestos de carinho são constantes.
O bom de ser assim, pra sempre, eterno
É ter a liberdade de cantar
Saber que sempre irão tão radiantes
As asas que aprenderam a voar..
Eu não te amo qual pérola, esmeralda
Eu não te amo qual pérola, esmeralda,
Tampouco por ser fogo, ardente chama,
Se às vezes a leda alma te reclama,
O sonho de te ter não se desfralda,
Aguardo-te somente em cada curva,
Não vejo uma esperança como guia,
Ascendo num momento à fantasia
E a vista vai quedando, quase turva.
Não te amo por saber de tua história,
Nem mesmo por seguir um doce instinto,
Se camaleônico, eu me tinto
Persisto neste amor, mesmo que a glória
De amar-te seja só por ter amor
Ao belo amor que amor já vem propor...
Tampouco por ser fogo, ardente chama,
Se às vezes a leda alma te reclama,
O sonho de te ter não se desfralda,
Aguardo-te somente em cada curva,
Não vejo uma esperança como guia,
Ascendo num momento à fantasia
E a vista vai quedando, quase turva.
Não te amo por saber de tua história,
Nem mesmo por seguir um doce instinto,
Se camaleônico, eu me tinto
Persisto neste amor, mesmo que a glória
De amar-te seja só por ter amor
Ao belo amor que amor já vem propor...
Vencer as artimanhas
Vencer as artimanhas, nas encostas,
Saber da faca oculta em cada mão,
E mesmo que ferido, com perdão
Expor a cicatriz em suas costas.
Se nisso, amigo vão suas apostas
Eu creio que encontrei a solução
Da dor sem ter limites, vivo não,
Recebo com o vento tais respostas.
Amar é ser sublime; nunca nego,
É quase ser perfeito, qual um anjo
Que faz de cada sonho o seu arranjo
No sonho de esperança que carrego,
Portando no seu bojo a liberdade
Expressa neste canto de amizade...
Saber da faca oculta em cada mão,
E mesmo que ferido, com perdão
Expor a cicatriz em suas costas.
Se nisso, amigo vão suas apostas
Eu creio que encontrei a solução
Da dor sem ter limites, vivo não,
Recebo com o vento tais respostas.
Amar é ser sublime; nunca nego,
É quase ser perfeito, qual um anjo
Que faz de cada sonho o seu arranjo
No sonho de esperança que carrego,
Portando no seu bojo a liberdade
Expressa neste canto de amizade...
Eu vejo a tua sombra na janela
Eu vejo a tua sombra na janela
Aberta da ilusão em filigrana,
Precedem minha dor cotidiana
Limpando uma poeira na flanela
Do tempo que se mostra e me revela.
Ao mesmo tempo, sonsa, ela me engana,
E neste paladar a vida atrela
O resto que não foi, dor soberana...
Dançando mil imagens: sombras, luzes,
Recebo o teu olhar qual foice e faca.
Dizer o quanto eu te amo não aplaca,
Apenas ameniza as duras cruzes
Que do outro lado vejo em lusco fusco,
O amor que da janela, quieto, busco...
Aberta da ilusão em filigrana,
Precedem minha dor cotidiana
Limpando uma poeira na flanela
Do tempo que se mostra e me revela.
Ao mesmo tempo, sonsa, ela me engana,
E neste paladar a vida atrela
O resto que não foi, dor soberana...
Dançando mil imagens: sombras, luzes,
Recebo o teu olhar qual foice e faca.
Dizer o quanto eu te amo não aplaca,
Apenas ameniza as duras cruzes
Que do outro lado vejo em lusco fusco,
O amor que da janela, quieto, busco...
Imperceptivelmente chegarei
Imperceptivelmente chegarei
E tocarei teu corpo, mansamente...
De tudo que na vida procurei;
Teu toque devagar, mais envolvente;
O melhor com certeza, que encontrei
Ao som deste teu canto, de repente
Fazendo deste amor a minha lei,
Amor que é redenção e faz contente.
Ao sentires um sopro da manhã
Entrando no teu quarto; um arrepio
Percorrerá teu corpo, amada minha.
A vida que parece ser tão vã
O dia que surgiu; antes vazio,
Trouxe-me e nunca mais serás sozinha...
E tocarei teu corpo, mansamente...
De tudo que na vida procurei;
Teu toque devagar, mais envolvente;
O melhor com certeza, que encontrei
Ao som deste teu canto, de repente
Fazendo deste amor a minha lei,
Amor que é redenção e faz contente.
Ao sentires um sopro da manhã
Entrando no teu quarto; um arrepio
Percorrerá teu corpo, amada minha.
A vida que parece ser tão vã
O dia que surgiu; antes vazio,
Trouxe-me e nunca mais serás sozinha...
Eu quero o teu querer e não dispenso
Eu quero o teu querer e não dispenso
Sequer um só minuto, não disfarço
E passo a minha vida em cada passo
Na busca do querer onde compenso
O tempo em que eu andara só e tenso,
Disperso, sem ter rumo, e do cansaço
De uma procura insana o laço traço
Com ânsia de te amar, amor imenso.
Abarco mil palavras, e componho
Com elas a verdade deste sonho,
Que traga tão somente uma alegria,
De ser o que bem quis quanto eu queria
Agindo sem temores cada dia,
Num mundo que divino, é tão risonho...
Sequer um só minuto, não disfarço
E passo a minha vida em cada passo
Na busca do querer onde compenso
O tempo em que eu andara só e tenso,
Disperso, sem ter rumo, e do cansaço
De uma procura insana o laço traço
Com ânsia de te amar, amor imenso.
Abarco mil palavras, e componho
Com elas a verdade deste sonho,
Que traga tão somente uma alegria,
De ser o que bem quis quanto eu queria
Agindo sem temores cada dia,
Num mundo que divino, é tão risonho...
Quem dera se poeta, um dia eu fosse
Quem dera se poeta, um dia eu fosse
Poder cantar a lua do sertão,
Na maravilha rara que amor trouxe,
Emoldurando em sonho, uma paixão,
Falar de uma alegria que se esboce
Vibrando bem mais forte o coração
Quem dera se pudesse em poesia,
Falar desta morena sertaneja
Que trama no seu rosto a fantasia,
À qual meu canto enfim, tanto deseja,
Da terra quase seca, uma magia,
Mostrada em tal beleza que sobeja.
Num canto tão airoso e mais gentil
Riquezas destes solos, do Brasil..
Poder cantar a lua do sertão,
Na maravilha rara que amor trouxe,
Emoldurando em sonho, uma paixão,
Falar de uma alegria que se esboce
Vibrando bem mais forte o coração
Quem dera se pudesse em poesia,
Falar desta morena sertaneja
Que trama no seu rosto a fantasia,
À qual meu canto enfim, tanto deseja,
Da terra quase seca, uma magia,
Mostrada em tal beleza que sobeja.
Num canto tão airoso e mais gentil
Riquezas destes solos, do Brasil..
Poeta, por favor, feche os ouvidos
Poeta, por favor, feche os ouvidos,
Meu canto de lamento, um desafio,
Ferindo e penetrando os seus sentidos,
Dará u’a sensação de mar bravio.
Os versos em que amores destruídos
São gritos que se perdem num vazio...
Meu canto qual aboio, eu te garanto,
Contendo assim total rusticidade,
Misturas de gemidos com um pranto
Pedindo paciência e caridade,
Talvez ao te causar qualquer espanto
Açoite em que rebenta a tempestade,
Não trazem nem riqueza nem beleza,
São feitos de um amor em pobre mesa...
Meu canto de lamento, um desafio,
Ferindo e penetrando os seus sentidos,
Dará u’a sensação de mar bravio.
Os versos em que amores destruídos
São gritos que se perdem num vazio...
Meu canto qual aboio, eu te garanto,
Contendo assim total rusticidade,
Misturas de gemidos com um pranto
Pedindo paciência e caridade,
Talvez ao te causar qualquer espanto
Açoite em que rebenta a tempestade,
Não trazem nem riqueza nem beleza,
São feitos de um amor em pobre mesa...
Quisera ser ignaro sertanejo
Quisera ser ignaro sertanejo
Que canta em improviso à bela lua,
Moldando em raros sonhos o desejo
De ter tua beleza, clara e nua,
Mostrando toda a sorte que enfim vejo
E que em doce ternura, já flutua.
Ao ver uma cabocla em dança e festa
Morena Vênus bela, esculturada
Um canto, o coração, solene gesta
E tem uma esperança demonstrada
De ter perfeitamente o que me resta
Sabendo depois disto: não há nada.
Quem dera ser um simples trovador
Louvando em rimas pobres, rico amor...
Que canta em improviso à bela lua,
Moldando em raros sonhos o desejo
De ter tua beleza, clara e nua,
Mostrando toda a sorte que enfim vejo
E que em doce ternura, já flutua.
Ao ver uma cabocla em dança e festa
Morena Vênus bela, esculturada
Um canto, o coração, solene gesta
E tem uma esperança demonstrada
De ter perfeitamente o que me resta
Sabendo depois disto: não há nada.
Quem dera ser um simples trovador
Louvando em rimas pobres, rico amor...
Poder sentir inteiro o teu perfume
Poder sentir inteiro o teu perfume,
Em cada novo dia, me entregar,
Bem mais da forme de costume,
Teu corpo no meu corpo naufragar...
Subindo estas montanhas, vales, cume...
Naturalmente inteira, te tocar.
Cravando em teu cerne, todo o lume
Que um dia das estrelas quis roubar.
As duras madrugadas que, tão frias,
Maltratam quem dormia assim mais só,
Fazendo deste sonho as fantasias
De uma dia ser feliz, não sofrer mais.
Renasço nos teus braços deste pó,
Solidão que não quero ter jamais...
Em cada novo dia, me entregar,
Bem mais da forme de costume,
Teu corpo no meu corpo naufragar...
Subindo estas montanhas, vales, cume...
Naturalmente inteira, te tocar.
Cravando em teu cerne, todo o lume
Que um dia das estrelas quis roubar.
As duras madrugadas que, tão frias,
Maltratam quem dormia assim mais só,
Fazendo deste sonho as fantasias
De uma dia ser feliz, não sofrer mais.
Renasço nos teus braços deste pó,
Solidão que não quero ter jamais...
Poeta, companheiro em teu tinteiro
Poeta, companheiro em teu tinteiro
Expressas maravilhas em soneto.
Porém outra beleza eu te prometo
Se queres ter um sonho verdadeiro
Que é feito deste amor tão corriqueiro,
Nos braços de um delírio que cometo,
Ao mundo mais divino eu me arremeto,
E mostro um horizonte por inteiro
Deitando em bela lua, seus detalhes,
Garanto que o buril em tais entalhes
Trará alexandrinos; mais perfeitos.
Licores que se bebem no sertão,
Do amor que feito em lua, na amplidão,
Nas mãos de um trovador, os versos feitos...
Expressas maravilhas em soneto.
Porém outra beleza eu te prometo
Se queres ter um sonho verdadeiro
Que é feito deste amor tão corriqueiro,
Nos braços de um delírio que cometo,
Ao mundo mais divino eu me arremeto,
E mostro um horizonte por inteiro
Deitando em bela lua, seus detalhes,
Garanto que o buril em tais entalhes
Trará alexandrinos; mais perfeitos.
Licores que se bebem no sertão,
Do amor que feito em lua, na amplidão,
Nas mãos de um trovador, os versos feitos...
Amigo em sertaneja e rara fonte
Amigo em sertaneja e rara fonte,
Embriaguez de sonhos, água fresca,
Por mais que tenha a vida romanesca,
Jamais verás belíssimo horizonte
Na argêntea maravilha, nívea lua,
Que inteira se mostrando em pleno céu,
Caminha mansamente e continua
Nos sonhos de um caboclo em seu corcel.
Amigo, em sua glória a dama imensa,
Deitando na cacimba um raio belo,
Terás ao vê-la, inteira, a recompensa
De um pobre lavrador com seu rastelo
Que longe de um castelo imaginário
Estende-se ao luar, seu relicário...
Embriaguez de sonhos, água fresca,
Por mais que tenha a vida romanesca,
Jamais verás belíssimo horizonte
Na argêntea maravilha, nívea lua,
Que inteira se mostrando em pleno céu,
Caminha mansamente e continua
Nos sonhos de um caboclo em seu corcel.
Amigo, em sua glória a dama imensa,
Deitando na cacimba um raio belo,
Terás ao vê-la, inteira, a recompensa
De um pobre lavrador com seu rastelo
Que longe de um castelo imaginário
Estende-se ao luar, seu relicário...
Demarcada
Demarcada
Revelo o que relevo e sigo além
Não temo as noites vagas nem sombrias
E quantas ilusões tu mostrarias
Enquanto esta incerteza toma e vem,
A luta desenhada com desdém,
As tantas e diversas ironias
Os olhos procurando novos dias
E o poço onde mergulho nada tem,
Ainda que outra sorte ainda acene,
Buscasse alguma luz bem mais perene
Que a mera luminária adivinhada
Nas ânsias do que fora alguma sorte
O todo noutro tom já não comporte
E deixa esta incerteza demarcada...
Loures
Revelo o que relevo e sigo além
Não temo as noites vagas nem sombrias
E quantas ilusões tu mostrarias
Enquanto esta incerteza toma e vem,
A luta desenhada com desdém,
As tantas e diversas ironias
Os olhos procurando novos dias
E o poço onde mergulho nada tem,
Ainda que outra sorte ainda acene,
Buscasse alguma luz bem mais perene
Que a mera luminária adivinhada
Nas ânsias do que fora alguma sorte
O todo noutro tom já não comporte
E deixa esta incerteza demarcada...
Loures
Já não me caberia...
Já não me caberia...
Já não me caberia novamente
Seguir o quanto a mente me traria
Vencendo o que soubesse dia a dia
O todo noutro rumo não desmente,
E o louco caminhar que plenamente
Expressa simplesmente esta utopia
Mergulho numa sorte mais sombria
E vejo o que resgato e a vida mente.
Não quero e não pudera ser além
Singrando este caminho quando vem
Vestir esta ilusão cruel e vã,
Nas ânsias mais atrozes e vorazes,
Palavras tão mordazes quando trazes
Impedes o nascer de outra manhã.
Loures
Já não me caberia novamente
Seguir o quanto a mente me traria
Vencendo o que soubesse dia a dia
O todo noutro rumo não desmente,
E o louco caminhar que plenamente
Expressa simplesmente esta utopia
Mergulho numa sorte mais sombria
E vejo o que resgato e a vida mente.
Não quero e não pudera ser além
Singrando este caminho quando vem
Vestir esta ilusão cruel e vã,
Nas ânsias mais atrozes e vorazes,
Palavras tão mordazes quando trazes
Impedes o nascer de outra manhã.
Loures
Aprendo com meus erros.
Aprendo com meus erros.
Aprendo com meus erros? Talvez seja
O corte que traduza esta verdade
Na farsa feita em luz e liberdade
Enquanto sigo aquém desta peleja,
O todo noutro tom decerto almeja
A vida com diversa qualidade,
E mesmo que decerto o sonho brade,
A cena mais sutil já se preveja.
O canto a cada encanto se faz tanto
Que possa traduzir o que viera
Além do quanto possa em primavera
Viver outro cenário em desencanto,
Alheio aos erros tantos que cometo,
Refúgios inda busco num soneto.
Loures
Aprendo com meus erros? Talvez seja
O corte que traduza esta verdade
Na farsa feita em luz e liberdade
Enquanto sigo aquém desta peleja,
O todo noutro tom decerto almeja
A vida com diversa qualidade,
E mesmo que decerto o sonho brade,
A cena mais sutil já se preveja.
O canto a cada encanto se faz tanto
Que possa traduzir o que viera
Além do quanto possa em primavera
Viver outro cenário em desencanto,
Alheio aos erros tantos que cometo,
Refúgios inda busco num soneto.
Loures
Imerso em dores
Imerso em dores
Jamais imaginando outro caminho
Que possa me trazer novo cenário
Diverso e mais temido itinerário
Traduza o quanto deva ser sozinho,
E quando na esperança enfim me alinho,
O término ditando imaginário
Momento aonde o corte atroz e vário
Destroça o quanto houvera de algum ninho,
Amar e ter apenas na incerteza
O tempo que se faz ainda quando
O modo se transforma e se moldando
A luta traduzisse uma surpresa
E a presa feita em garras e terrores
Expressa o desalento imerso em dores.
Loures
Jamais imaginando outro caminho
Que possa me trazer novo cenário
Diverso e mais temido itinerário
Traduza o quanto deva ser sozinho,
E quando na esperança enfim me alinho,
O término ditando imaginário
Momento aonde o corte atroz e vário
Destroça o quanto houvera de algum ninho,
Amar e ter apenas na incerteza
O tempo que se faz ainda quando
O modo se transforma e se moldando
A luta traduzisse uma surpresa
E a presa feita em garras e terrores
Expressa o desalento imerso em dores.
Loures
Amigos que encontrei pelo caminho
Amigos que encontrei pelo caminho,
Deixados pela estrada em cada curva,
Às vezes caminhando tão sozinho,
Senti minha visão deveras turva,
Porém em outros dias, logo após,
Noutras cidades tive outra amizade,
Atando e desatando tantos nós,
Da negra solidão à claridade.
Os sonhos se perderam, se encontraram
Mas sinto que valeu, sempre sonhar.
Por vezes os meus passos tanto erraram,
E o rumo deslumbrado devagar.
Meu coração aos poucos mais pesado,
Bandeia, e vou andando assim, de lado..
Deixados pela estrada em cada curva,
Às vezes caminhando tão sozinho,
Senti minha visão deveras turva,
Porém em outros dias, logo após,
Noutras cidades tive outra amizade,
Atando e desatando tantos nós,
Da negra solidão à claridade.
Os sonhos se perderam, se encontraram
Mas sinto que valeu, sempre sonhar.
Por vezes os meus passos tanto erraram,
E o rumo deslumbrado devagar.
Meu coração aos poucos mais pesado,
Bandeia, e vou andando assim, de lado..
Depois de tanto tempo procurar
Depois de tanto tempo procurar
Alguém que me entendesse e me quisesse
Vagando por estrelas, céu e mar
Achei que neste mundo não houvesse
Ninguém me entendesse. Até achava
Que o mundo já não tinha mais por que.
Ardendo num desejo como lava
Procuro, reprocuro; mas cadê?
A sorte que pensara tão ingrata
Coloca o teu sorriso no caminho,
Minha alma na tua alma se retrata
Agora já não vou seguir sozinho...
Esqueço da tristeza e dos meus ais,
Somente no teu corpo encontro a paz!
Alguém que me entendesse e me quisesse
Vagando por estrelas, céu e mar
Achei que neste mundo não houvesse
Ninguém me entendesse. Até achava
Que o mundo já não tinha mais por que.
Ardendo num desejo como lava
Procuro, reprocuro; mas cadê?
A sorte que pensara tão ingrata
Coloca o teu sorriso no caminho,
Minha alma na tua alma se retrata
Agora já não vou seguir sozinho...
Esqueço da tristeza e dos meus ais,
Somente no teu corpo encontro a paz!
O que dizer do amor que nos tomou?
O que dizer do amor que nos tomou?
Palavras já não bastam. Muito além
De tudo o que tivemos me tocou
O sentimento imenso deste bem.
Tão próximo de ti eu sei que estou,
Eu não penso em mais nada, a vida vem
Coroando tanto tempo que passou
Na nossa vida procurando alguém
Que faça nosso canto mais feliz
Que traga uma esperança em cada olhar.
Amor que não sacia, já quer bis
Na cama, na canção. É de verdade
O sonho que sonhamos sem parar,
Agora traduzi: felicidade!
Palavras já não bastam. Muito além
De tudo o que tivemos me tocou
O sentimento imenso deste bem.
Tão próximo de ti eu sei que estou,
Eu não penso em mais nada, a vida vem
Coroando tanto tempo que passou
Na nossa vida procurando alguém
Que faça nosso canto mais feliz
Que traga uma esperança em cada olhar.
Amor que não sacia, já quer bis
Na cama, na canção. É de verdade
O sonho que sonhamos sem parar,
Agora traduzi: felicidade!
Ao cobrires de azul esta nudez
Ao cobrires de azul esta nudez
Que tanto desejei a vida afora,
Escondes a beleza de uma tez
Que quero ansiosamente. Vem agora
Que a noite vem chegando e toda vez
Que a lua extasiada já se aflora
Eu lembro-me do amor que a gente fez,
Meu corpo em tua cor veste e decora.
A brisa lentamente me cercando
Dizendo que virás e não demoras,
Minha alma se levanta flutuando
Espera esta presença desejada...
Estou aqui sozinho há tantas horas,
Na espreita desta noite azulejada...
Que tanto desejei a vida afora,
Escondes a beleza de uma tez
Que quero ansiosamente. Vem agora
Que a noite vem chegando e toda vez
Que a lua extasiada já se aflora
Eu lembro-me do amor que a gente fez,
Meu corpo em tua cor veste e decora.
A brisa lentamente me cercando
Dizendo que virás e não demoras,
Minha alma se levanta flutuando
Espera esta presença desejada...
Estou aqui sozinho há tantas horas,
Na espreita desta noite azulejada...
Pior que a solidão do sempre tive
Pior que a solidão do sempre tive
É a negra calmaria que se faz
Da tempestade morta em dura paz,
Do amor que tanto quis e não retive.
A sensação dorida de onde estive
Deixada qual saudade, e que desfaz
O quanto que perdi, não satisfaz,
Lateja o já morreu que em vago vive.
Penumbra me acompanha, passo a passo,
Fantasmas que percebo: eternidade,
Feridas redivivas, morte a prazo.
Um grito de agonia corre o espaço
E a dura sensação que sempre invade
Da noite que se foi em puro ocaso...
É a negra calmaria que se faz
Da tempestade morta em dura paz,
Do amor que tanto quis e não retive.
A sensação dorida de onde estive
Deixada qual saudade, e que desfaz
O quanto que perdi, não satisfaz,
Lateja o já morreu que em vago vive.
Penumbra me acompanha, passo a passo,
Fantasmas que percebo: eternidade,
Feridas redivivas, morte a prazo.
Um grito de agonia corre o espaço
E a dura sensação que sempre invade
Da noite que se foi em puro ocaso...
Só sei que te procuro a cada instante
Só sei que te procuro a cada instante
Entorno meu desejo no teu quarto,
Num sentimento lúdico e vibrante
Trazendo a sensação; divino parto.
A luz que nos rodeia é deslumbrante
De ti, minha querida, não me aparto
E vivo por saber estar adiante
De tudo o que sonhei. Eu já não parto
Em busca de outros sonhos; és meu céu
Em plêiades (teus rastros) te procuro
A via láctea estende um branco véu
Por onde passarás, estrela guia.
O fruto do desejo está maduro,
Vem logo antes que rompa o novo dia!
Entorno meu desejo no teu quarto,
Num sentimento lúdico e vibrante
Trazendo a sensação; divino parto.
A luz que nos rodeia é deslumbrante
De ti, minha querida, não me aparto
E vivo por saber estar adiante
De tudo o que sonhei. Eu já não parto
Em busca de outros sonhos; és meu céu
Em plêiades (teus rastros) te procuro
A via láctea estende um branco véu
Por onde passarás, estrela guia.
O fruto do desejo está maduro,
Vem logo antes que rompa o novo dia!
Num lírico desejo que se explana
Num lírico desejo que se explana
Em ventos tão suaves, primavera.
Amor que quanto amor em amor gera,
Força primordial e soberana.
Nos polens e nos grãos vida cigana
Se dando num acaso, sem espera,
Carinhos tão gentis da dura fera,
Que ronronando, ao longe nos engana,
No sumo de uma fruta, no perfume
Das rosas e jasmins, ou no entoar
Do canto de mil grilos, feito em grito
Da vida a perfeição em raro lume,
Chegando em explosão ou devagar,
Recende a belos gozos, infinito...
Em ventos tão suaves, primavera.
Amor que quanto amor em amor gera,
Força primordial e soberana.
Nos polens e nos grãos vida cigana
Se dando num acaso, sem espera,
Carinhos tão gentis da dura fera,
Que ronronando, ao longe nos engana,
No sumo de uma fruta, no perfume
Das rosas e jasmins, ou no entoar
Do canto de mil grilos, feito em grito
Da vida a perfeição em raro lume,
Chegando em explosão ou devagar,
Recende a belos gozos, infinito...
Asas abertas sonhos delirantes
Asas abertas sonhos delirantes
De vôos mais felizes pelo espaço.
No toque e no carinho dos amantes
A vida nos conforta passo a passo.
Saber de uma alegria e ver bem antes
A dor que nos maltrata, cerra o traço,
O dom que nos cativa, triunfantes
Caminhos que se abriram num abraço
Das asas que conhecem liberdade
Nos olhos sempre puros, e por isso
Mais aptos a saber da claridade
Que uma esperança mostra; tão intensa,
Com a felicidade, o compromisso,
Desta alegria nossa, que é imensa...
De vôos mais felizes pelo espaço.
No toque e no carinho dos amantes
A vida nos conforta passo a passo.
Saber de uma alegria e ver bem antes
A dor que nos maltrata, cerra o traço,
O dom que nos cativa, triunfantes
Caminhos que se abriram num abraço
Das asas que conhecem liberdade
Nos olhos sempre puros, e por isso
Mais aptos a saber da claridade
Que uma esperança mostra; tão intensa,
Com a felicidade, o compromisso,
Desta alegria nossa, que é imensa...
Aconchegadamente nos teus braços
Aconchegadamente nos teus braços,
Felicidade à mostra num sorriso.
Seguindo eternamente nossos passos
Invadem alegria sem aviso.
Passeiam pelos campos dos abraços,
Chegando ao grande Vale Paraíso,
Deitando no teu colo, meus cansaços,
Incrível: eu teu corpo em me matizo.
Ipês e quaresmeiras, matas, relvas,
Veredas, alamedas, bulevar..
Espaços, astronaves, serras, selvas...
Viajo no teu corpo e vou contigo,
Aonde o pensamento nos levar,
Nosso refúgio amado, amante, amigo...
Felicidade à mostra num sorriso.
Seguindo eternamente nossos passos
Invadem alegria sem aviso.
Passeiam pelos campos dos abraços,
Chegando ao grande Vale Paraíso,
Deitando no teu colo, meus cansaços,
Incrível: eu teu corpo em me matizo.
Ipês e quaresmeiras, matas, relvas,
Veredas, alamedas, bulevar..
Espaços, astronaves, serras, selvas...
Viajo no teu corpo e vou contigo,
Aonde o pensamento nos levar,
Nosso refúgio amado, amante, amigo...
Feliz aniversário, caro amigo
Feliz aniversário, caro amigo,
É tudo o que desejo e estou feliz
Por ter em teu abraço o que mais quis,
Decerto traduzindo um manso abrigo.
Não vejo mais as curvas, nem perigo,
Agora; da tristeza, cicatriz,
Quem teve a vida sempre por um triz
Caminha lado a lado e vai contigo.
Receba com carinho, o meu presente,
Embora tu mereças muito mais.
Tenha a certeza disso, companheiro.
A paz que do teu lado, a gente sente;
Uma alegria imensa já nos traz,
E tudo o que te digo é verdadeiro...
É tudo o que desejo e estou feliz
Por ter em teu abraço o que mais quis,
Decerto traduzindo um manso abrigo.
Não vejo mais as curvas, nem perigo,
Agora; da tristeza, cicatriz,
Quem teve a vida sempre por um triz
Caminha lado a lado e vai contigo.
Receba com carinho, o meu presente,
Embora tu mereças muito mais.
Tenha a certeza disso, companheiro.
A paz que do teu lado, a gente sente;
Uma alegria imensa já nos traz,
E tudo o que te digo é verdadeiro...
Eu verso sobre sonhos que detive
Eu verso sobre sonhos que detive
Honestas caminhadas da ilusão,
Portando em cada verso uma emoção
Amor feito amizade sobrevive.
E tantas vezes; cego, eu não retive
Sequer o que devia, e fui em vão,
Vagando no deserto quase em não
Na sensação perfeita de um declive.
Se, às vezes eu falseio e assim tropeço,
Na quase queda eu sinto que talvez
Devesse ter mais forte, o sentimento,
Que vira a nossa vida já do avesso,
Porém acalma toda insensatez,
O teu carinho, amiga, é meu sustento...
Honestas caminhadas da ilusão,
Portando em cada verso uma emoção
Amor feito amizade sobrevive.
E tantas vezes; cego, eu não retive
Sequer o que devia, e fui em vão,
Vagando no deserto quase em não
Na sensação perfeita de um declive.
Se, às vezes eu falseio e assim tropeço,
Na quase queda eu sinto que talvez
Devesse ter mais forte, o sentimento,
Que vira a nossa vida já do avesso,
Porém acalma toda insensatez,
O teu carinho, amiga, é meu sustento...
Não temo tempestades ao teu lado
Não temo tempestades ao teu lado,
Carinho e proteção. Desejo intenso..
Deitando meu cansaço e abraçado
Em teu corpo, querida; sempre penso
No tempo que passei desconsolado
Na busca de um carinho tão imenso
Às portas da tristeza e bem cansado
Achei que viveria sempre tenso
Na angústia dolorida do vazio.
A vida se passava sem surpresas,
Vivendo por viver no eterno frio.
Mas quando te senti; amada minha,
A sorte revelando outras certezas
Meu peito no teu colo, amor, aninha...
Carinho e proteção. Desejo intenso..
Deitando meu cansaço e abraçado
Em teu corpo, querida; sempre penso
No tempo que passei desconsolado
Na busca de um carinho tão imenso
Às portas da tristeza e bem cansado
Achei que viveria sempre tenso
Na angústia dolorida do vazio.
A vida se passava sem surpresas,
Vivendo por viver no eterno frio.
Mas quando te senti; amada minha,
A sorte revelando outras certezas
Meu peito no teu colo, amor, aninha...
O velho canarinho que tentava
O velho canarinho que tentava
Cantar o seu lamento sertanejo,
Depois de certo tempo reparava
Quanto era ultrapassado cada arpejo
Que o pobre sem saber que só piava,
Servia de piada sem ter pejo.
O nobre rouxinol quando cantava
Negava ou falseava o seu desejo.
Qual fora um repentista caipira,
Também imaginei que a bela lua
Gostasse do cantar em serenata.
Que ledo engano; a Terra sempre gira
E a vida que pra frente continua,
Expulsa o canarinho para a mata...
Cantar o seu lamento sertanejo,
Depois de certo tempo reparava
Quanto era ultrapassado cada arpejo
Que o pobre sem saber que só piava,
Servia de piada sem ter pejo.
O nobre rouxinol quando cantava
Negava ou falseava o seu desejo.
Qual fora um repentista caipira,
Também imaginei que a bela lua
Gostasse do cantar em serenata.
Que ledo engano; a Terra sempre gira
E a vida que pra frente continua,
Expulsa o canarinho para a mata...
Aos poucos se soltando nos meus braços
Aos poucos se soltando nos meus braços,
Deitada em minha cama, sem receios...
Abrindo lentamente teus espaços
Extravasando todos meus anseios...
A vida já nos trouxe em fortes laços
E deu-nos, à vontade, muitos meios;
Amor vem penetrando cortes,aços,
Descanso meu carinho nos teus seios..
Tu és encanto e paz, razão de vida,
Bailando no teu corpo meus desejos...
Sentindo-te feliz, tão atrevida,
A chama que surgiu se fez vulcão
Tomando nosso céu em relampejos
Incêndio mavioso da paixão...
Deitada em minha cama, sem receios...
Abrindo lentamente teus espaços
Extravasando todos meus anseios...
A vida já nos trouxe em fortes laços
E deu-nos, à vontade, muitos meios;
Amor vem penetrando cortes,aços,
Descanso meu carinho nos teus seios..
Tu és encanto e paz, razão de vida,
Bailando no teu corpo meus desejos...
Sentindo-te feliz, tão atrevida,
A chama que surgiu se fez vulcão
Tomando nosso céu em relampejos
Incêndio mavioso da paixão...
Viajo para dentro de teu ser
Viajo para dentro de teu ser
Em alas benfazejas e tão belas,
Bafeja o vento imenso de um prazer
Abrindo o pensamento em alvas velas.
No amor que já proclamas e revelas,
O gosto de sonhar e o bem querer,
Motivo principal para viver
Alçando o pensamento por estrelas.
Tu és imagem santa e comovida,
Razão de meu cantar e minhas rimas.
Louvando o nosso amor, tuas estimas,
Desejo imensamente que decidas
O rumo que decerto irei tomar,
Morrer ou ressurgir, cada luar...
Em alas benfazejas e tão belas,
Bafeja o vento imenso de um prazer
Abrindo o pensamento em alvas velas.
No amor que já proclamas e revelas,
O gosto de sonhar e o bem querer,
Motivo principal para viver
Alçando o pensamento por estrelas.
Tu és imagem santa e comovida,
Razão de meu cantar e minhas rimas.
Louvando o nosso amor, tuas estimas,
Desejo imensamente que decidas
O rumo que decerto irei tomar,
Morrer ou ressurgir, cada luar...
Um pobre cantador sertão afora
Um pobre cantador sertão afora,
Viola é derradeira camarada,
A noite que adormece enluarada
Deitada na varanda; clama agora
Estrela matutina que decora
O céu maravilhoso da alvorada,
Em serenata, sonha quase nada
Apenas ilusão, tudo devora.
E canta em sinfonia com mil grilos
Aguarda que a janela seja aberta.
O sol já quer surgir, rua deserta,
A solidão promete seus asilos
Depois de tão sinceros madrigais...
A lua voltará? Tarde demais...
Viola é derradeira camarada,
A noite que adormece enluarada
Deitada na varanda; clama agora
Estrela matutina que decora
O céu maravilhoso da alvorada,
Em serenata, sonha quase nada
Apenas ilusão, tudo devora.
E canta em sinfonia com mil grilos
Aguarda que a janela seja aberta.
O sol já quer surgir, rua deserta,
A solidão promete seus asilos
Depois de tão sinceros madrigais...
A lua voltará? Tarde demais...
Nas meadas da sorte, um violeiro
Nas meadas da sorte, um violeiro,
Ameaça cantar a solidão,
Da qual conhece a cara e sabe o cheiro,
Vazando os olhos traz escuridão.
Os ermos de minha alma, são constantes.
As armas esquecidas na algibeira,
Daquilo que sonhei há tempos, antes
De saber a dor cega sem fronteira,
Do não que sempre ouvi, mas não quis bem.
Agora que perdi rumo e saída,
Mortalha do que fui queimando vem,
Ninguém sabe da cor da despedida.
Apenas amizade, se vier,
E o resto? Como Deus, meu bem quiser...
Ameaça cantar a solidão,
Da qual conhece a cara e sabe o cheiro,
Vazando os olhos traz escuridão.
Os ermos de minha alma, são constantes.
As armas esquecidas na algibeira,
Daquilo que sonhei há tempos, antes
De saber a dor cega sem fronteira,
Do não que sempre ouvi, mas não quis bem.
Agora que perdi rumo e saída,
Mortalha do que fui queimando vem,
Ninguém sabe da cor da despedida.
Apenas amizade, se vier,
E o resto? Como Deus, meu bem quiser...
Nas meadas da sorte, um violeiro
Nas meadas da sorte, um violeiro,
Ameaça cantar a solidão,
Da qual conhece a cara e sabe o cheiro,
Vazando os olhos traz escuridão.
Os ermos de minha alma, são constantes.
As armas esquecidas na algibeira,
Daquilo que sonhei há tempos, antes
De saber a dor cega sem fronteira,
Do não que sempre ouvi, mas não quis bem.
Agora que perdi rumo e saída,
Mortalha do que fui queimando vem,
Ninguém sabe da cor da despedida.
Apenas amizade, se vier,
E o resto? Como Deus, meu bem quiser...
Ameaça cantar a solidão,
Da qual conhece a cara e sabe o cheiro,
Vazando os olhos traz escuridão.
Os ermos de minha alma, são constantes.
As armas esquecidas na algibeira,
Daquilo que sonhei há tempos, antes
De saber a dor cega sem fronteira,
Do não que sempre ouvi, mas não quis bem.
Agora que perdi rumo e saída,
Mortalha do que fui queimando vem,
Ninguém sabe da cor da despedida.
Apenas amizade, se vier,
E o resto? Como Deus, meu bem quiser...
Ouvindo matinais galos, pardais
Ouvindo matinais galos, pardais,
O gosto da saudade? Broa e milho
Assado no fogão do quero mais,
A rota da esperança pega o trilho
E vaza em meio à dor, canaviais.
Eu velho quando outrora fora filho,
Cantava uma ilusão por estribilho
Bebia da vontade sem jamais.
De tudo o que sobrou, amiga velha.
Apenas tua senda que emparelha
E segue sem ter curvas, linha reta.
A broa que mamãe fazia festa
Não mais saboreando, não me resta,
Sabor da tarde morre e se incompleta...
O gosto da saudade? Broa e milho
Assado no fogão do quero mais,
A rota da esperança pega o trilho
E vaza em meio à dor, canaviais.
Eu velho quando outrora fora filho,
Cantava uma ilusão por estribilho
Bebia da vontade sem jamais.
De tudo o que sobrou, amiga velha.
Apenas tua senda que emparelha
E segue sem ter curvas, linha reta.
A broa que mamãe fazia festa
Não mais saboreando, não me resta,
Sabor da tarde morre e se incompleta...
Aranhas e moleques, bocas, becos.
Aranhas e moleques, bocas, becos.
O gado vai passando na porteira
Eterna sensação do que se queira
E muitas vezes morre em repetecos.
Depois no bate papo traz botecos
Numa impressão de eterna domingueira
Na casa que se fez sótão soleira,
A juventude segue sem ter ecos.
Amizade moldada na cachaça,
Nas velhas discussões, sentido algum,
O rumo tantas vezes foi nenhum,
Conversa que afiada, é só chalaça.
O tempo ruminando feito boi,
E tudo o que eu sonhei, depressa foi...
O gado vai passando na porteira
Eterna sensação do que se queira
E muitas vezes morre em repetecos.
Depois no bate papo traz botecos
Numa impressão de eterna domingueira
Na casa que se fez sótão soleira,
A juventude segue sem ter ecos.
Amizade moldada na cachaça,
Nas velhas discussões, sentido algum,
O rumo tantas vezes foi nenhum,
Conversa que afiada, é só chalaça.
O tempo ruminando feito boi,
E tudo o que eu sonhei, depressa foi...
Fardunços e jagunços de tocaia
Fardunços e jagunços de tocaia,
No quebra-pau rendendo algum trocado,
O corte do facão quando amolado,
Não deixa e nem permite que se saia.
A vida sem juízo que se traia
Sem ter nenhuma pena do coitado,
No pulso da esperança se cortado,
Me trouxe de lambuja rabo e saia.
Um companheiro morto, uma bobagem
Falada como fosse uma vantagem,
A dor que o tempo molda já me invade
E diz que não devia ser assim,
O mundo desabando dentro em mim,
Pagando o preço caro da amizade...
No quebra-pau rendendo algum trocado,
O corte do facão quando amolado,
Não deixa e nem permite que se saia.
A vida sem juízo que se traia
Sem ter nenhuma pena do coitado,
No pulso da esperança se cortado,
Me trouxe de lambuja rabo e saia.
Um companheiro morto, uma bobagem
Falada como fosse uma vantagem,
A dor que o tempo molda já me invade
E diz que não devia ser assim,
O mundo desabando dentro em mim,
Pagando o preço caro da amizade...
Sentindo o teu carinho a me tocar
Sentindo o teu carinho a me tocar
Com tanta maciez, sentidos plenos.
Vivendo esta delícia de cantar
Os sonhos mais gostosos, mais amenos.
Tua delicadeza a me afagar
Carinhos tão suaves e serenos.
Quebrando em mansa areia, verde mar,
Trazendo em tuas mãos doces acenos...
É bom poder contar com teu afeto,
A vida muitas vezes nos maltrata.
O canto que te faço; amor dileto
Reflete esta ternura na atenção.
Contigo penetrando em densa mata,
Meus passos têm apoio e proteção..
Com tanta maciez, sentidos plenos.
Vivendo esta delícia de cantar
Os sonhos mais gostosos, mais amenos.
Tua delicadeza a me afagar
Carinhos tão suaves e serenos.
Quebrando em mansa areia, verde mar,
Trazendo em tuas mãos doces acenos...
É bom poder contar com teu afeto,
A vida muitas vezes nos maltrata.
O canto que te faço; amor dileto
Reflete esta ternura na atenção.
Contigo penetrando em densa mata,
Meus passos têm apoio e proteção..
O sacrossanto sexo em seu fulgor
O sacrossanto sexo em seu fulgor,
Compõe a nossa vida, encharca a pele.
Ainda mais se feito com amor,
Na sorte abençoada que revele
A força deste laço encantador,
Não deixa que emoção já se congele,
E mostra a tentação a nos propor
Que uma alegria imensa assim atrele.
Louvando a sensual mulher que eu amo,
Eu agradeço em prece, ao Deus que é sábio,
Tremendo em cada beijo, sinto o lábio
Daquela a quem desejo e tanto clamo
Desnuda de pudores imbecis,
Fazendo o nosso amor bem mais feliz...
Compõe a nossa vida, encharca a pele.
Ainda mais se feito com amor,
Na sorte abençoada que revele
A força deste laço encantador,
Não deixa que emoção já se congele,
E mostra a tentação a nos propor
Que uma alegria imensa assim atrele.
Louvando a sensual mulher que eu amo,
Eu agradeço em prece, ao Deus que é sábio,
Tremendo em cada beijo, sinto o lábio
Daquela a quem desejo e tanto clamo
Desnuda de pudores imbecis,
Fazendo o nosso amor bem mais feliz...
Cheguei sem ter nem tempo nem idade
Cheguei sem ter nem tempo nem idade,
Meu nome o vento leva nada vale.
O fato de trazer insanidade
No impetuoso gesto monte e vale
Caminho com total sinceridade.
Não deixe que esta música se cale
Nem mesmo não pergunte quem há de
Fazer com que este vento já te fale.
Apenas me receba sem ter medos,
Singrando o quarto, o corpo, cama e gozos.
Não sou sequer a sombra nem segredos.
Sou parte de ti mesma, rumo incerto,
Meus olhos te parecem andrajosos,
Espera-me, por favor, o peito aberto!
Meu nome o vento leva nada vale.
O fato de trazer insanidade
No impetuoso gesto monte e vale
Caminho com total sinceridade.
Não deixe que esta música se cale
Nem mesmo não pergunte quem há de
Fazer com que este vento já te fale.
Apenas me receba sem ter medos,
Singrando o quarto, o corpo, cama e gozos.
Não sou sequer a sombra nem segredos.
Sou parte de ti mesma, rumo incerto,
Meus olhos te parecem andrajosos,
Espera-me, por favor, o peito aberto!
Ao sentir a presença de quem amo
Ao sentir a presença de quem amo
O coração palpita e quase pára.
Com voz quase engasgada quando chamo
Pessoa tão querida e mesmo rara.
Por vezes no silêncio já reclamo
Se tua mão me deixa e não me ampara.
Teu nome logo ao vento; vou, exclamo
Tu és a maravilha que eu sonhara...
Por isso ao sentir o manso vento
Tocando minha face com carinho
Percebo, com feliz pressentimento,
Que não ficarei jamais sozinho
Pois tenho essa alegria e me contento
De ter o teu amor, abrigo e ninho...
O coração palpita e quase pára.
Com voz quase engasgada quando chamo
Pessoa tão querida e mesmo rara.
Por vezes no silêncio já reclamo
Se tua mão me deixa e não me ampara.
Teu nome logo ao vento; vou, exclamo
Tu és a maravilha que eu sonhara...
Por isso ao sentir o manso vento
Tocando minha face com carinho
Percebo, com feliz pressentimento,
Que não ficarei jamais sozinho
Pois tenho essa alegria e me contento
De ter o teu amor, abrigo e ninho...
Ao êxtase da entrega ilimitada
Ao êxtase da entrega ilimitada
Dois corpos são unidos num só lance.
Reféns de uma paixão desenfreada
Ateiam tempestade no romance,
Mulher desnuda assim, tão desejada
Percebe com delicia esta nuance
Tal qual a lua ao sol, em fúria dada,
Num eclipse total já quer que avance
A noite em tentação quase profana,
Sem medos e nem culpas, velas soltas,
Os dedos, doces lábios não se cansam.
A lua feita em brasa, doidivana,
Aos mares em marés altas, revoltas,
Já sonha enquanto os corpos sempre avançam...
Dois corpos são unidos num só lance.
Reféns de uma paixão desenfreada
Ateiam tempestade no romance,
Mulher desnuda assim, tão desejada
Percebe com delicia esta nuance
Tal qual a lua ao sol, em fúria dada,
Num eclipse total já quer que avance
A noite em tentação quase profana,
Sem medos e nem culpas, velas soltas,
Os dedos, doces lábios não se cansam.
A lua feita em brasa, doidivana,
Aos mares em marés altas, revoltas,
Já sonha enquanto os corpos sempre avançam...
Tomando todo o corpo de surpresa
Tomando todo o corpo de surpresa;
Suave maestria do desejo..
Na rendição completa já me vejo
Cativo deste altar, plena beleza.
Os lábios vão descendo a correnteza
Encontros tão fantásticos prevejo
Nas estratégias todas, nosso beijo
Começo, meio e fim; fonte e certeza
Deste inflamar insano que nos toma,
Fundindo mil vontades numa só.
Fazemos de dois um, incrível soma
Que multiplica em cem nosso prazer.
Atados por estreito e forte nó,
Numa explosão divina de viver...
Suave maestria do desejo..
Na rendição completa já me vejo
Cativo deste altar, plena beleza.
Os lábios vão descendo a correnteza
Encontros tão fantásticos prevejo
Nas estratégias todas, nosso beijo
Começo, meio e fim; fonte e certeza
Deste inflamar insano que nos toma,
Fundindo mil vontades numa só.
Fazemos de dois um, incrível soma
Que multiplica em cem nosso prazer.
Atados por estreito e forte nó,
Numa explosão divina de viver...
Outono vem pintando em tantas cores
Outono vem pintando em tantas cores
O céu do fim do dia, folhas, chão...
O vento me falando dos amores,
Entrego-me aos teus braços... sedução...
Eu quero te sentir nos tentadores
Desejos... cheiro... pele...mar, paixão.
Irei seguir teus passos onde fores
Imerso nos teus braços. Emoção!
Poder sentir bem perto o teu carinho
Tomando tuas mãos junto comigo.
O dia vai passando de mansinho
As folhas vão caindo com o vento,
Em ti encontro o cais, tão doce abrigo.
Teu gosto não me sai do pensamento...
O céu do fim do dia, folhas, chão...
O vento me falando dos amores,
Entrego-me aos teus braços... sedução...
Eu quero te sentir nos tentadores
Desejos... cheiro... pele...mar, paixão.
Irei seguir teus passos onde fores
Imerso nos teus braços. Emoção!
Poder sentir bem perto o teu carinho
Tomando tuas mãos junto comigo.
O dia vai passando de mansinho
As folhas vão caindo com o vento,
Em ti encontro o cais, tão doce abrigo.
Teu gosto não me sai do pensamento...
Tu sonhas com serpentes em flagelo
Tu sonhas com serpentes em flagelo,
Despurodamente em noite franca.
Entrando nas entranhas um rastelo
Que arando, descobrindo antiga tranca
Adentra pelas tocas, guizo e festa,
Recende à tentação e ao paraíso
Na insana tempestade em cada fresta,
Maçãs, doces romãs, toque preciso.
Bebendo deste vinho em belo cálice,
Tu não disfarças, gritas, alucinas...
Permite que a loucura então instale-se
E mordiscando os lábios tece a prece,
Primordial, genética: águas, minas,
E ao sacrifício; mansa, se oferece...
Despurodamente em noite franca.
Entrando nas entranhas um rastelo
Que arando, descobrindo antiga tranca
Adentra pelas tocas, guizo e festa,
Recende à tentação e ao paraíso
Na insana tempestade em cada fresta,
Maçãs, doces romãs, toque preciso.
Bebendo deste vinho em belo cálice,
Tu não disfarças, gritas, alucinas...
Permite que a loucura então instale-se
E mordiscando os lábios tece a prece,
Primordial, genética: águas, minas,
E ao sacrifício; mansa, se oferece...
Te estendo minhas mãos querida amiga
Te estendo minhas mãos querida amiga
Na busca que é incessante pela sorte
Meu coração exposto em cada gesto
Sabendo; desse jeito, é bem mais forte
O canto em que louvamos o futuro.
Não deixe que este mundo nos afaste,
Uma amizade é porto bem seguro
E lume que protege contra o escuro.
Porém tanto desejo ter-te amiga
De noite, num vagar em nossa cama,
Meu peito no teu seio já se abriga
Incendeias com desejos minha chama,
Matando toda a dor, para que fossa?
Vem logo, companheira, a noite é nossa!
Na busca que é incessante pela sorte
Meu coração exposto em cada gesto
Sabendo; desse jeito, é bem mais forte
O canto em que louvamos o futuro.
Não deixe que este mundo nos afaste,
Uma amizade é porto bem seguro
E lume que protege contra o escuro.
Porém tanto desejo ter-te amiga
De noite, num vagar em nossa cama,
Meu peito no teu seio já se abriga
Incendeias com desejos minha chama,
Matando toda a dor, para que fossa?
Vem logo, companheira, a noite é nossa!
Procuro o teu olhar em toda parte
Procuro o teu olhar em toda parte
Nos céus e nas estrelas, noite e lua.
Meu Deus como eu queria enfim, achar-te,
Minha alma tão sozinha; continua...
A cada amanhecer procuro o olhar
Nos raios deste sol, mas nada vejo.
Onde talvez eu possa o encontrar,
Vai virando obsessão este desejo...
Um sentimento forte e tão singelo
Aos poucos me domina e não explico.
Apenas num momento quero vê-lo.
Pasmado sem sentidos, logo fico...
Depois de ter sofrido tanto assim,
Descubro o teu olhar... dentro de mim...
Nos céus e nas estrelas, noite e lua.
Meu Deus como eu queria enfim, achar-te,
Minha alma tão sozinha; continua...
A cada amanhecer procuro o olhar
Nos raios deste sol, mas nada vejo.
Onde talvez eu possa o encontrar,
Vai virando obsessão este desejo...
Um sentimento forte e tão singelo
Aos poucos me domina e não explico.
Apenas num momento quero vê-lo.
Pasmado sem sentidos, logo fico...
Depois de ter sofrido tanto assim,
Descubro o teu olhar... dentro de mim...
Mil fronteiras separam nossos sonhos
Mil fronteiras separam nossos sonhos,
Mas saibas que também sonho contigo.
Tu fazes os meus dias mais risonhos,
Meu verso nos teus braços quer abrigo...
Os dias se passaram tão tristonhos
Vieste iluminar e assim prossigo
Matando tantos medos mais medonhos,
Que falem, que perturbem, já não ligo...
Eu quero a tua boca e teu carinho,
Deitando do teu lado a fantasia.
Um sonho que se sonha se sozinho,
Apenas morre sonho. Outra verdade:
Se quando em outro sonho se extasia,
Quem sabe; de repente, é realidade?
Mas saibas que também sonho contigo.
Tu fazes os meus dias mais risonhos,
Meu verso nos teus braços quer abrigo...
Os dias se passaram tão tristonhos
Vieste iluminar e assim prossigo
Matando tantos medos mais medonhos,
Que falem, que perturbem, já não ligo...
Eu quero a tua boca e teu carinho,
Deitando do teu lado a fantasia.
Um sonho que se sonha se sozinho,
Apenas morre sonho. Outra verdade:
Se quando em outro sonho se extasia,
Quem sabe; de repente, é realidade?
Querida; amor jamais nos manda aviso.
Querida; amor jamais nos manda aviso.
Vem simplesmente e toma o pensamento.
Depois de certo tempo, num sorriso,
Mal notamos, invade um sentimento
Que toma nossa vida. Um impreciso
Toque divinal feito num momento
Que vem nos demonstrar que o paraíso
Existe realmente, sem invento.
Vontade de tocar a boca, os lábios,
Sentir o teu respiro junto ao meu.
Sucumbem ao amor, mesmo os mais sábios
Não sabem e nem podem resistir
Ao te encontrar, meu mundo se perdeu
Dentro do teu. Ninguém vai me impedir!
Vem simplesmente e toma o pensamento.
Depois de certo tempo, num sorriso,
Mal notamos, invade um sentimento
Que toma nossa vida. Um impreciso
Toque divinal feito num momento
Que vem nos demonstrar que o paraíso
Existe realmente, sem invento.
Vontade de tocar a boca, os lábios,
Sentir o teu respiro junto ao meu.
Sucumbem ao amor, mesmo os mais sábios
Não sabem e nem podem resistir
Ao te encontrar, meu mundo se perdeu
Dentro do teu. Ninguém vai me impedir!
Não falo quase nada
Não falo quase nada, apenas sinto;
Na embriaguez suave deste canto,
Que é mais do que sonhara, tanto encanto
Total sensualidade de um absinto
Que bebo em tua boca. Amor, me tinto
Do gosto delicado que amo tanto;
Distante e tão presente. Não me espanto
Ao renascer assim vulcão extinto
Da sede e da volúpia de te ter
Colada com meu corpo; mãos e pele.
Vivendo a fantasia de um prazer
Dessa imensa euforia que respira
Cada poro. No fogo que compele
Nesta ânsia tão voraz, acende a pira...
Na embriaguez suave deste canto,
Que é mais do que sonhara, tanto encanto
Total sensualidade de um absinto
Que bebo em tua boca. Amor, me tinto
Do gosto delicado que amo tanto;
Distante e tão presente. Não me espanto
Ao renascer assim vulcão extinto
Da sede e da volúpia de te ter
Colada com meu corpo; mãos e pele.
Vivendo a fantasia de um prazer
Dessa imensa euforia que respira
Cada poro. No fogo que compele
Nesta ânsia tão voraz, acende a pira...
Amor pra ser demais precisa ceva
Amor pra ser demais precisa ceva,
A cada novo dia, bem regado.
Meu pensamento a ti, o vento leva
Transborda em meu viver enamorado.
Sem ti, o meu caminho em pura treva,
Eu quero ser pra sempre bem amado,
Em teu carinho, a vida já me enleva
Levando pouco a pouco pro teu lado.
Cultivo o sentimento mais querido
Que pude conhecer, amada minha.
Meu peito em teu amor vai aquecido,
No beijo salutar que nós trocamos.
Amor quando em amor logo se aninha
Mostrando há quanto tempo nos amamos
A cada novo dia, bem regado.
Meu pensamento a ti, o vento leva
Transborda em meu viver enamorado.
Sem ti, o meu caminho em pura treva,
Eu quero ser pra sempre bem amado,
Em teu carinho, a vida já me enleva
Levando pouco a pouco pro teu lado.
Cultivo o sentimento mais querido
Que pude conhecer, amada minha.
Meu peito em teu amor vai aquecido,
No beijo salutar que nós trocamos.
Amor quando em amor logo se aninha
Mostrando há quanto tempo nos amamos
Ao sentir a presença deste olhar
Ao sentir a presença deste olhar
Tão meigo e carinhoso sobre mim
Sinto toda a delícia de te amar.
É bom demais viver e estar assim
Refém desta alegria a me tocar.
Depois de tanto tempo sei, enfim
Que a sorte benfazeja a se mostrar
Depois de tão distante disse sim.
Amar é se encontrar em plena festa
Embora muitas vezes, a saudade
Um gosto de amargura, leve; empresta.
O teu sorriso acalma e me motiva
À luta que é difícil, na verdade.
Mantendo uma esperança sempre viva!
Tão meigo e carinhoso sobre mim
Sinto toda a delícia de te amar.
É bom demais viver e estar assim
Refém desta alegria a me tocar.
Depois de tanto tempo sei, enfim
Que a sorte benfazeja a se mostrar
Depois de tão distante disse sim.
Amar é se encontrar em plena festa
Embora muitas vezes, a saudade
Um gosto de amargura, leve; empresta.
O teu sorriso acalma e me motiva
À luta que é difícil, na verdade.
Mantendo uma esperança sempre viva!
Nessa noite eu quero que o luar
Nessa noite eu quero que o luar
Invada esta janela do meu quarto,
Aos raios desejosos me entregar
Até dormir, cansado, morto... Farto...
Da teia dos teus braços sou refém
E não desejo nunca uma saída.
Tu és toda a certeza deste bem
Que é parte crucial de minha vida.
As emoções misturam-se, prazeres,
Entorpecido sigo noite afora,
Roçando nossos lábios, mil quereres,
Sabendo quanto é triste o ir-se embora.
Eu quero a solução mais ardorosa,
Na noite que vivemos; maviosa....
Invada esta janela do meu quarto,
Aos raios desejosos me entregar
Até dormir, cansado, morto... Farto...
Da teia dos teus braços sou refém
E não desejo nunca uma saída.
Tu és toda a certeza deste bem
Que é parte crucial de minha vida.
As emoções misturam-se, prazeres,
Entorpecido sigo noite afora,
Roçando nossos lábios, mil quereres,
Sabendo quanto é triste o ir-se embora.
Eu quero a solução mais ardorosa,
Na noite que vivemos; maviosa....
A tarde vem caindo... O medo chega...
A tarde vem caindo... O medo chega...
Distante de quem amo me pergunto,
Se encontro do outro lado a mesma entrega.
Se ela também quisesse sonhar junto
Comigo! Certamente mais feliz;
Poderia viver intensamente
O gosto deste amor... A tarde diz
Que o frio chegará e novamente
Sozinho, tão vazio de esperanças
Apenas restará meu triste verso.
Quem dera se pudesse nas andanças
Levar-te com carinho aos universos
Que preparei somente pra te dar..
Nos meus braços... Somente este luar...
Distante de quem amo me pergunto,
Se encontro do outro lado a mesma entrega.
Se ela também quisesse sonhar junto
Comigo! Certamente mais feliz;
Poderia viver intensamente
O gosto deste amor... A tarde diz
Que o frio chegará e novamente
Sozinho, tão vazio de esperanças
Apenas restará meu triste verso.
Quem dera se pudesse nas andanças
Levar-te com carinho aos universos
Que preparei somente pra te dar..
Nos meus braços... Somente este luar...
17/03
Jamais eu poderia ter no olhar
A mera sensação que libertasse
A vida num suave desenlace
Vibrando noutro tom, mais devagar.
O meu prazo se esgota e em seu lugar
A verdade traduz o quanto trace
Na esperança que tanto nos moldasse
A semente num solo a fecundar.
Apresentando apenas solidão
O mundo se desenha desde então
Na face mais atroz e mesmo rude,
Vivendo sem saber o quanto pude
Encontro no vazio a dimensão
Exata do que fora a juventude.
Jamais eu poderia ter no olhar
A mera sensação que libertasse
A vida num suave desenlace
Vibrando noutro tom, mais devagar.
O meu prazo se esgota e em seu lugar
A verdade traduz o quanto trace
Na esperança que tanto nos moldasse
A semente num solo a fecundar.
Apresentando apenas solidão
O mundo se desenha desde então
Na face mais atroz e mesmo rude,
Vivendo sem saber o quanto pude
Encontro no vazio a dimensão
Exata do que fora a juventude.
Eu quero me perder nos teus caminhos
Eu quero me perder nos teus caminhos
Nos beijos mais sedentos converter
O mundo que sonhei em teu prazer,
Selando em tua pele mil carinhos,
Bebendo no teu corpo verdes vinhos
Em arrepios tantos perceber
Sussurros, nesta noite que vou ter
Contigo nos lençóis, sedas e linhos...
Lanhadas, minhas costas. Bocas, seios...
Deixar em desalinho os teus cabelos...
Descubro tuas minas, rios, veios
E deito do teu lado esta loucura
As pernas num balé nossos novelos,
Depois deitar em ti amor, ternura..,
Nos beijos mais sedentos converter
O mundo que sonhei em teu prazer,
Selando em tua pele mil carinhos,
Bebendo no teu corpo verdes vinhos
Em arrepios tantos perceber
Sussurros, nesta noite que vou ter
Contigo nos lençóis, sedas e linhos...
Lanhadas, minhas costas. Bocas, seios...
Deixar em desalinho os teus cabelos...
Descubro tuas minas, rios, veios
E deito do teu lado esta loucura
As pernas num balé nossos novelos,
Depois deitar em ti amor, ternura..,
Mulher maravilhosa
Mulher maravilhosa; uma criança
Que o tempo esculturou em obra prima.
O vento tão gostoso da lembrança
Trazendo no teu peito tanta estima.
Na mão direita a rosa da esperança
No coração, amor fazendo rima.
Amor que já domina e não se cansa
De lhe trazer calor em qualquer clima.
No riso delicado, na loucura,
Os olhos radiantes do desejo.
Uma alma tão sutil, ardente e pura.
Nos sonhos um abraço da alegria,
Na boca ansiedade, quer o beijo
Nos lábios da ansiada fantasia...
Que o tempo esculturou em obra prima.
O vento tão gostoso da lembrança
Trazendo no teu peito tanta estima.
Na mão direita a rosa da esperança
No coração, amor fazendo rima.
Amor que já domina e não se cansa
De lhe trazer calor em qualquer clima.
No riso delicado, na loucura,
Os olhos radiantes do desejo.
Uma alma tão sutil, ardente e pura.
Nos sonhos um abraço da alegria,
Na boca ansiedade, quer o beijo
Nos lábios da ansiada fantasia...
A sorte tanta vez emoldurava
A sorte tanta vez emoldurava
A vida se mostrando em passo lento,
Ao mesmo tempo a dor se aproximava
Tomando já de assalto o pensamento.
Quem noutros tempos; mudo, se tornava
Ao perceber no fim, o sofrimento,
Carinhos e torturas, misturava,
Deixando a solidão como rebento.
Agora que encontrei na grande amiga
Açude de esperanças, santas águas,
Esqueço que passei por duras mágoas
E vejo o meu destino que se abriga
Nos braços da esperança benfazeja
Na qual uma amizade se deseja...
A vida se mostrando em passo lento,
Ao mesmo tempo a dor se aproximava
Tomando já de assalto o pensamento.
Quem noutros tempos; mudo, se tornava
Ao perceber no fim, o sofrimento,
Carinhos e torturas, misturava,
Deixando a solidão como rebento.
Agora que encontrei na grande amiga
Açude de esperanças, santas águas,
Esqueço que passei por duras mágoas
E vejo o meu destino que se abriga
Nos braços da esperança benfazeja
Na qual uma amizade se deseja...
TODO O NOSSO AMOR - ( Adalgisa )
TODO O NOSSO AMOR - ( Adalgisa )
Amor que me deu glória na verdade,
Espelha tanta luz, na calma brisa...
No peito me revela esta saudade,
As dores da existência ele exorcisa.
O templo da paixão, a claridade,
Nas mãos desta divina poetisa.
É lua que me cobre de vaidade,
É noite que, de bela, me hipnotiza...
Embalde procurei outra beleza,
A vida não me deixa outro sentido.
Na marca triunfal desta nobreza,
A mão que me acarinha forte e lisa;
Quem dera nunca mais haver perdido,
A lança da nobreza de Adalgisa...
Amor que me deu glória na verdade,
Espelha tanta luz, na calma brisa...
No peito me revela esta saudade,
As dores da existência ele exorcisa.
O templo da paixão, a claridade,
Nas mãos desta divina poetisa.
É lua que me cobre de vaidade,
É noite que, de bela, me hipnotiza...
Embalde procurei outra beleza,
A vida não me deixa outro sentido.
Na marca triunfal desta nobreza,
A mão que me acarinha forte e lisa;
Quem dera nunca mais haver perdido,
A lança da nobreza de Adalgisa...
Nosso amor entranhado de tal forma
Nosso amor entranhado de tal forma
Que nem sequer precisa de palavras...
O simples olhar basta e nos informa
Sabemos das colheitas e das lavras...
Encontro-te, respiro e já concebo
Vontades e desejo solto ao ar
Sorriso que ofereço e que recebo
Diz mais do que se fossemos falar...
Nós somos congruentes a tal ponto
Que nada nos separa nem mil milhas.
Amada, vem depressa que estou pronto
E quero te propor as maravilhas
Que somente este amor pode trazer,
Em ti, por ti...Contigo, vou viver...
Que nem sequer precisa de palavras...
O simples olhar basta e nos informa
Sabemos das colheitas e das lavras...
Encontro-te, respiro e já concebo
Vontades e desejo solto ao ar
Sorriso que ofereço e que recebo
Diz mais do que se fossemos falar...
Nós somos congruentes a tal ponto
Que nada nos separa nem mil milhas.
Amada, vem depressa que estou pronto
E quero te propor as maravilhas
Que somente este amor pode trazer,
Em ti, por ti...Contigo, vou viver...
Desculpe se pareço sensual
Desculpe se pareço sensual,
Amiga, na verdade eu nada sinto,
Senão uma certeza aonde minto,
E faço por fazer meu ritual
De simplesmente andar noutro bornal,
Aconchegado ao corpo onde pressinto
Calor que se quiser, virando absinto
Trará um longo porre genial.
Porém como um falsário que se entrega
Aos mares de um corsário sem pudores,
No fundo minha amiga, as minhas dores
Caminham sem destino em rota cega.
A par do que não sou eu reconheço
Que a falta de visão gera o tropeço.
Amiga, na verdade eu nada sinto,
Senão uma certeza aonde minto,
E faço por fazer meu ritual
De simplesmente andar noutro bornal,
Aconchegado ao corpo onde pressinto
Calor que se quiser, virando absinto
Trará um longo porre genial.
Porém como um falsário que se entrega
Aos mares de um corsário sem pudores,
No fundo minha amiga, as minhas dores
Caminham sem destino em rota cega.
A par do que não sou eu reconheço
Que a falta de visão gera o tropeço.
A dor como constante companheira
A dor como constante companheira
Talvez tenha um disfarce até bem feito,
Trazendo o meu sorriso insatisfeito
Mostrando uma carcaça qual bandeira.
O podre de minha alma varejeira
Podendo te assustar, vai contrafeito
Vestindo de um perfume, trama em leito
Aquilo que perdeu a vida inteira.
Não veja minha amada, o meu sorriso,
É quase desdentado e não tem brilho.
O passo no percurso falsifico,
E tendo bem distante o paraíso,
Invento a cada verso um novo trilho,
E finjo de esperanças ser bem rico...
Talvez tenha um disfarce até bem feito,
Trazendo o meu sorriso insatisfeito
Mostrando uma carcaça qual bandeira.
O podre de minha alma varejeira
Podendo te assustar, vai contrafeito
Vestindo de um perfume, trama em leito
Aquilo que perdeu a vida inteira.
Não veja minha amada, o meu sorriso,
É quase desdentado e não tem brilho.
O passo no percurso falsifico,
E tendo bem distante o paraíso,
Invento a cada verso um novo trilho,
E finjo de esperanças ser bem rico...
Meu verso derradeiro, na verdade
Meu verso derradeiro, na verdade,
Espera um pouco mais para nascer
E sei que ele dirá de uma amizade,
Razão fundamental para o prazer.
Não deve demorar, a vida é curta,
Ainda mais querida pra quem sabe
Que o tempo de viver cedo se furta
Nos braços da doença onde já cabe
As pernas que decerto perderei,
Os olhos que se vão, bem lentamente.
Mas disso tudo amiga eu guardarei,
Resquícios do que tive, veramente.
Amigos que encontrei pelo caminho,
Embora, com certeza, eu vá sozinho...
Espera um pouco mais para nascer
E sei que ele dirá de uma amizade,
Razão fundamental para o prazer.
Não deve demorar, a vida é curta,
Ainda mais querida pra quem sabe
Que o tempo de viver cedo se furta
Nos braços da doença onde já cabe
As pernas que decerto perderei,
Os olhos que se vão, bem lentamente.
Mas disso tudo amiga eu guardarei,
Resquícios do que tive, veramente.
Amigos que encontrei pelo caminho,
Embora, com certeza, eu vá sozinho...
Qual pútrido canino que rasteja
Qual pútrido canino que rasteja
Atrás de sua dona, rua abaixo.
Às vezes meu amor, eu também acho
Que é desta forma imunda que deseja
Lambendo a bota suja, mas sobeja
Eu vago sem destino, então me agacho
Em busca do que resta, mesmo um facho
Da lua aonde finges sertaneja.
Um verme talvez fosse mais presente,
Ao menos poderia ser malvisto.
Não sabes na verdade, nem se existo,
Apenas me quiseste na corrente,
Porém mesmo este cão quer na verdade,
Um resto de comida: a liberdade...
Atrás de sua dona, rua abaixo.
Às vezes meu amor, eu também acho
Que é desta forma imunda que deseja
Lambendo a bota suja, mas sobeja
Eu vago sem destino, então me agacho
Em busca do que resta, mesmo um facho
Da lua aonde finges sertaneja.
Um verme talvez fosse mais presente,
Ao menos poderia ser malvisto.
Não sabes na verdade, nem se existo,
Apenas me quiseste na corrente,
Porém mesmo este cão quer na verdade,
Um resto de comida: a liberdade...
Um velho repentista me dizia
Um velho repentista me dizia
Que a vida vai virando um triste aboio,
A gente feito gado segue o arroio
E desce procurando uma alegria.
O gosto desta sorte dando azia,
É feito muitas vezes só de joio,
A queda que se faz em pleno apoio,
É tudo o que demonstra a noite fria
Aonde os namorados bebem mágoa,
Nos mesmos desencontros desta vida,
Que tendo a qualidade feita em água,
Matando a sede quase nos afoga,
Assim, uma amizade traz saída,
Amor cura, envenena, feito droga...
Que a vida vai virando um triste aboio,
A gente feito gado segue o arroio
E desce procurando uma alegria.
O gosto desta sorte dando azia,
É feito muitas vezes só de joio,
A queda que se faz em pleno apoio,
É tudo o que demonstra a noite fria
Aonde os namorados bebem mágoa,
Nos mesmos desencontros desta vida,
Que tendo a qualidade feita em água,
Matando a sede quase nos afoga,
Assim, uma amizade traz saída,
Amor cura, envenena, feito droga...
Eu quero esse mergulho bem profundo
Eu quero esse mergulho bem profundo
Nas águas deste sonho, sem temores.
Vivendo o sentimento, num segundo,
Teus olhos são dois belos refletores
Que lançam tuas luzes pelo mundo,
Só sigo estes teus rastros sedutores...
Da paz deste carinho já me inundo
Sorvendo teu amor sem ter amores...
Querida, não me deixe mais, te peço,
Tu és a glória infinda de viver.
Eu amo bem além e te confesso,
Não tenho mais vontade se fugir
Deitando do teu lado meus prazeres,
Amar-te sem limites.... Vim pedir...
Nas águas deste sonho, sem temores.
Vivendo o sentimento, num segundo,
Teus olhos são dois belos refletores
Que lançam tuas luzes pelo mundo,
Só sigo estes teus rastros sedutores...
Da paz deste carinho já me inundo
Sorvendo teu amor sem ter amores...
Querida, não me deixe mais, te peço,
Tu és a glória infinda de viver.
Eu amo bem além e te confesso,
Não tenho mais vontade se fugir
Deitando do teu lado meus prazeres,
Amar-te sem limites.... Vim pedir...
Rasgando o coração, entregue às moscas
Rasgando o coração, entregue às moscas,
Jogado na lixeira da esperança;
As luzes que sobraram sendo foscas,
Não podem permitir sequer a dança.
Palavras na verdade sendo toscas,
Escondem a falência sem festança
Do amor que nunca teve por fiança
Nem mesmo as mãos distantes onde enroscas
As falsas gargantilhas que me deste,
Correntes que rompi, faz tanto tempo.
Amar não é somente um simples teste
Nem jogo feito em frases sem sentido.
É mais do que brincar, um passatempo,
É necessário ter o couro bem curtido...
Jogado na lixeira da esperança;
As luzes que sobraram sendo foscas,
Não podem permitir sequer a dança.
Palavras na verdade sendo toscas,
Escondem a falência sem festança
Do amor que nunca teve por fiança
Nem mesmo as mãos distantes onde enroscas
As falsas gargantilhas que me deste,
Correntes que rompi, faz tanto tempo.
Amar não é somente um simples teste
Nem jogo feito em frases sem sentido.
É mais do que brincar, um passatempo,
É necessário ter o couro bem curtido...
De uma amargura imensa
De uma amargura imensa, bem curtida,
A pele que desnudo frente a ti,
Imagem de minha alma já vencida,
Jogada num esgoto, onde perdi
A sorte de saber da dolorida
Estrada que por vezes não segui.
O bem que me negaste, a própria vida,
Encontro mais alhures do que aqui.
Porejo um sujo sangue quase anêmico,
Que sei nunca terá nem serventia.
Meu verso se faz tolo e verte em lama
Mostrando que este efeito, sendo cênico,
Qualquer significado não valia,
Apenas fogo fátuo, sem ter chama...
A pele que desnudo frente a ti,
Imagem de minha alma já vencida,
Jogada num esgoto, onde perdi
A sorte de saber da dolorida
Estrada que por vezes não segui.
O bem que me negaste, a própria vida,
Encontro mais alhures do que aqui.
Porejo um sujo sangue quase anêmico,
Que sei nunca terá nem serventia.
Meu verso se faz tolo e verte em lama
Mostrando que este efeito, sendo cênico,
Qualquer significado não valia,
Apenas fogo fátuo, sem ter chama...
UMA ESPERANÇA - ( Adelaide )
UMA ESPERANÇA - ( Adelaide )
Mundo cruel, fizeste-me plebeu...
Quem dera se pudesse fosses minha...
A noite esconderia o triste breu,
A vida não seria mais sozinha...
Meu coração, outrora vil, ateu,
Encontraria luzes, velas, linha.
Seguiria caminho todo meu,
Distante da gaiola em que se aninha...
Ah! Como a solidão, medonha fera,
Esfrega suas garras no meu peito.
O mundo que sonhei se degenera.
Ao menos se pudesse ser alcaide,
Decerto, assim tivesse jeito
De poder vislumbrar bela Adelaide!
Mundo cruel, fizeste-me plebeu...
Quem dera se pudesse fosses minha...
A noite esconderia o triste breu,
A vida não seria mais sozinha...
Meu coração, outrora vil, ateu,
Encontraria luzes, velas, linha.
Seguiria caminho todo meu,
Distante da gaiola em que se aninha...
Ah! Como a solidão, medonha fera,
Esfrega suas garras no meu peito.
O mundo que sonhei se degenera.
Ao menos se pudesse ser alcaide,
Decerto, assim tivesse jeito
De poder vislumbrar bela Adelaide!
Eu quero te sentir, tocar, saber
Eu quero te sentir, tocar, saber;
Adentrar mil caminhos tuas sendas.
A mais bela menina; pude ver,
Entre todas gurias, tantas prendas...
No teu colo deitar, boca sorver
E te peço, meus rumos que desvendas
São todos os campos do prazer
Sem mentiras e farsas, não são lendas...
Receber teu carinho, sem enganos,
Na guaiaca levando o teu amor.
Não me importam nem frios minuanos
Se tenho teu calor já me aquecendo
Na distância, meu mundo a recompor,
No amargo esta saudade vou bebendo...
Adentrar mil caminhos tuas sendas.
A mais bela menina; pude ver,
Entre todas gurias, tantas prendas...
No teu colo deitar, boca sorver
E te peço, meus rumos que desvendas
São todos os campos do prazer
Sem mentiras e farsas, não são lendas...
Receber teu carinho, sem enganos,
Na guaiaca levando o teu amor.
Não me importam nem frios minuanos
Se tenho teu calor já me aquecendo
Na distância, meu mundo a recompor,
No amargo esta saudade vou bebendo...
Querida, nestes raios os meus braços
Querida, nestes raios os meus braços,
Buscando te afagar, tocar-te inteira...
O mar vai me levando, cruzo espaços
Até chegar aí... Livre, altaneira
Minha alma irá cercar-te de mormaços.
No brilho de uma vida verdadeira,
Cobrir-te de mil beijos, nos abraços
Fazer do nosso amor, sua bandeira.
Cantar me teus ouvidos belo cântico
Que faças me sentir, colado a ti.
Mesmo que nos afaste o grande Atlântico,
Eu sinto que te encontro e quero amar,
Além de todo espaço estou aí
Chegando nesta areia, aporto o mar...
Buscando te afagar, tocar-te inteira...
O mar vai me levando, cruzo espaços
Até chegar aí... Livre, altaneira
Minha alma irá cercar-te de mormaços.
No brilho de uma vida verdadeira,
Cobrir-te de mil beijos, nos abraços
Fazer do nosso amor, sua bandeira.
Cantar me teus ouvidos belo cântico
Que faças me sentir, colado a ti.
Mesmo que nos afaste o grande Atlântico,
Eu sinto que te encontro e quero amar,
Além de todo espaço estou aí
Chegando nesta areia, aporto o mar...
Sentindo o teu olhar qual doce mel
Sentindo o teu olhar qual doce mel
Que mostra tal doçura que me encanta.
Levando o meu desejo para o céu
Forrando de alegria, a vida; tanta...
Viajo ao infinito, em teu corcel,
Neste galope lindo não se espanta.
Descendo uma cascata, denso véu,
Que em fascinante lua voa e canta.
Teu brilho é tão mais forte quanto o sol,
Num beijo assim suave se revela
A força deste olhar, lume e farol...
Não tema deste amor nenhum segredo,
Que o tempo mostrará como é singela
A música do amor. Não tenhas medo....
Que mostra tal doçura que me encanta.
Levando o meu desejo para o céu
Forrando de alegria, a vida; tanta...
Viajo ao infinito, em teu corcel,
Neste galope lindo não se espanta.
Descendo uma cascata, denso véu,
Que em fascinante lua voa e canta.
Teu brilho é tão mais forte quanto o sol,
Num beijo assim suave se revela
A força deste olhar, lume e farol...
Não tema deste amor nenhum segredo,
Que o tempo mostrará como é singela
A música do amor. Não tenhas medo....
Quisera ver a face do canalha
Quisera ver a face do canalha
Que guarda em podridão, falsa virtude,
Ao diversificar cada atitude
Esconde atrás da mão fria navalha.
Embora a minha vida seja falha,
- Rasguei o que sobrou de juventude,
Fiz muito aquém daquilo que já pude
E usei as minhas costas qual cangalha.
Verti alguns dos sonhos em perigo,
Cuspi no próprio prato que comi,
Mas não traí, decerto um grande amigo,
Nem mesmo do que fui eu me esqueci.
Agora este calhorda que se esconde,
Depressa, não perdeu nem rumo ou bonde...
Que guarda em podridão, falsa virtude,
Ao diversificar cada atitude
Esconde atrás da mão fria navalha.
Embora a minha vida seja falha,
- Rasguei o que sobrou de juventude,
Fiz muito aquém daquilo que já pude
E usei as minhas costas qual cangalha.
Verti alguns dos sonhos em perigo,
Cuspi no próprio prato que comi,
Mas não traí, decerto um grande amigo,
Nem mesmo do que fui eu me esqueci.
Agora este calhorda que se esconde,
Depressa, não perdeu nem rumo ou bonde...
Não sentirás o frio, com certeza.
Não sentirás o frio, com certeza.
Estarei ao teu lado te aquecendo.
Beijando tua boca e com destreza
Aos poucos mansamente percebendo
A doce perfeição desta beleza
Que em meus braços deita, revertendo
Aquela perspectiva de tristeza
Que em minha vida estava só crescendo...
Deitar o meu desejo em teu desejo,
Amar-te sem ter medo, inteiro... tanto...
Delícias de um banquete que prevejo
Nas noites friorentas; minuano?
Pode ficar tranqüila que eu espanto,
Envolto em nosso amor que é soberano...
Estarei ao teu lado te aquecendo.
Beijando tua boca e com destreza
Aos poucos mansamente percebendo
A doce perfeição desta beleza
Que em meus braços deita, revertendo
Aquela perspectiva de tristeza
Que em minha vida estava só crescendo...
Deitar o meu desejo em teu desejo,
Amar-te sem ter medo, inteiro... tanto...
Delícias de um banquete que prevejo
Nas noites friorentas; minuano?
Pode ficar tranqüila que eu espanto,
Envolto em nosso amor que é soberano...
Amor sendo sublime como o nosso
Amor sendo sublime como o nosso,
Perfeito, sem mentiras ou promessas,
Conhece seus limites. Onde posso,
Se posso, se não posso, sem ter pressas.
O mundo que vivemos, sendo frágil,
Não pode suportar amor tão grande.
A vida tantas vezes cobra em ágio
Aquilo que oferece, mal desande.
Mas nosso amor beirando a perfeição
Não deixa-se quebrar nem jamais verga
Ao vento da mentira, à tentação
À qual quem já sucumbe nada enxerga.
Amor feito da carne na alma entranha
Força descomunal, sorte tamanha!
Perfeito, sem mentiras ou promessas,
Conhece seus limites. Onde posso,
Se posso, se não posso, sem ter pressas.
O mundo que vivemos, sendo frágil,
Não pode suportar amor tão grande.
A vida tantas vezes cobra em ágio
Aquilo que oferece, mal desande.
Mas nosso amor beirando a perfeição
Não deixa-se quebrar nem jamais verga
Ao vento da mentira, à tentação
À qual quem já sucumbe nada enxerga.
Amor feito da carne na alma entranha
Força descomunal, sorte tamanha!
Amada, me perdoe se eu saí
Amada, me perdoe se eu saí
E nem me despedi de ti, querida;
No teu rosto; um sorriso lindo eu vi
E não quis te acordar. A despedida
Iria interromper teu doce sonho.
Tu sabes que eu te adoro, minha amada;
Ao ver teu rosto belo e tão risonho
Não quis atrapalhar. Não falei nada...
A noite que passamos... Que delícia.
De tudo desfrutamos sem temor.
Nossos corpos com arte e com perícia
Nesta entrega divina ao deus do amor...
Falar o que? Prefiro ficar mudo,
Teus lábios já disseram quase tudo...
E nem me despedi de ti, querida;
No teu rosto; um sorriso lindo eu vi
E não quis te acordar. A despedida
Iria interromper teu doce sonho.
Tu sabes que eu te adoro, minha amada;
Ao ver teu rosto belo e tão risonho
Não quis atrapalhar. Não falei nada...
A noite que passamos... Que delícia.
De tudo desfrutamos sem temor.
Nossos corpos com arte e com perícia
Nesta entrega divina ao deus do amor...
Falar o que? Prefiro ficar mudo,
Teus lábios já disseram quase tudo...
Neste sonho ardoroso que nos toca
Neste sonho ardoroso que nos toca,
As bocas se procuram, sede tanta...
O meu olhar no teu quando se enfoca
Desejo bem mais sorte se agiganta.
Carícias que trocadas nos aquecem
E fazem delirar quem bem se quer,
Os lábios, aos desejos obedecem,
Na busca da menina, da mulher...
Abraço-te com calma e com vontade
De ter teu corpo junto, sempre ao meu,
Nos sonhos (quem me dera) a realidade
Distante. Essa promessa de alegria
No vento em mil carinhos me aqueceu...
Acordo e quando vejo... Fantasia...
As bocas se procuram, sede tanta...
O meu olhar no teu quando se enfoca
Desejo bem mais sorte se agiganta.
Carícias que trocadas nos aquecem
E fazem delirar quem bem se quer,
Os lábios, aos desejos obedecem,
Na busca da menina, da mulher...
Abraço-te com calma e com vontade
De ter teu corpo junto, sempre ao meu,
Nos sonhos (quem me dera) a realidade
Distante. Essa promessa de alegria
No vento em mil carinhos me aqueceu...
Acordo e quando vejo... Fantasia...
Quantos caminhos levam ‘té chegar
Quantos caminhos levam ‘té chegar
Aos lábios de quem amo; não os sei.
Porém procuro aqui adivinhar
Outonos, primaveras que passei.
Os passos em mil passos trafegar
Por bondes, cercanias que encontrei
Fazendo este percurso devagar,
Sinais que pela estrada ali deixei,
Desembocando em rios, foz e fúria,
Atracadouros vários, mar distante.
Castelos, alamedas, tanta incúria,
Em cravos, rosa, espinhos, pedra e montes.
Paises, continentes, luas, fontes,
Até chegar ao beijo num rompante...
Aos lábios de quem amo; não os sei.
Porém procuro aqui adivinhar
Outonos, primaveras que passei.
Os passos em mil passos trafegar
Por bondes, cercanias que encontrei
Fazendo este percurso devagar,
Sinais que pela estrada ali deixei,
Desembocando em rios, foz e fúria,
Atracadouros vários, mar distante.
Castelos, alamedas, tanta incúria,
Em cravos, rosa, espinhos, pedra e montes.
Paises, continentes, luas, fontes,
Até chegar ao beijo num rompante...
Quando te vi, bem menina
Quando te vi, bem menina,
Nunca eu poderia crer
Destino me desatina,
Sem ter nem vez nem por que,
Ao aprontar me destina
À sina do bem querer.
Na doce luz que fascina,
Teus olhos, puro prazer.
Menina-moça tão bela,
Do embrião virou sereia,
Agora arrasa, incendeia,
No meu céu rainha/estrela.
Nas cordas do violão
Acordou meu coração..
Nunca eu poderia crer
Destino me desatina,
Sem ter nem vez nem por que,
Ao aprontar me destina
À sina do bem querer.
Na doce luz que fascina,
Teus olhos, puro prazer.
Menina-moça tão bela,
Do embrião virou sereia,
Agora arrasa, incendeia,
No meu céu rainha/estrela.
Nas cordas do violão
Acordou meu coração..
A MAGIA DO AMOR - Açucena...
A MAGIA DO AMOR - Açucena...
Mergulho no oceano dos encantos,
Palácios e princesas, sei de cor.
Não temo nem as urzes, desencantos,
A vida me guardou seu bem maior!
Alvores e manhãs magas belezas,
Meu reino entre diversos, maravilha...
Searas de ternura e de riquezas,
Nos perfumes e cores, flores, tília...
Escuto estas cantigas nos umbrais,
A vida, com certeza, vale a pena.
A noite me promete festivais,
Prateando com a lua, toda a cena.
Deslindam-se loucuras imortais.
Na beleza tão pura de Açucena!
Mergulho no oceano dos encantos,
Palácios e princesas, sei de cor.
Não temo nem as urzes, desencantos,
A vida me guardou seu bem maior!
Alvores e manhãs magas belezas,
Meu reino entre diversos, maravilha...
Searas de ternura e de riquezas,
Nos perfumes e cores, flores, tília...
Escuto estas cantigas nos umbrais,
A vida, com certeza, vale a pena.
A noite me promete festivais,
Prateando com a lua, toda a cena.
Deslindam-se loucuras imortais.
Na beleza tão pura de Açucena!
Preciso destilar a tua imagem
Preciso destilar a tua imagem,
Purificar a vida que deixamos
Distante do que fomos e pensamos
Apenas como fátua, uma miragem.
Limpando da memória, esta visagem,
Aparando, bem fundo, os podres ramos
Cortando as amarguras que enfrentamos,
Fazendo, na verdade, uma montagem
Para que possa, amada, ter mais forte
Tua lembrança viva em perfeição.
O perdão absoluto pós a morte
Não deixa que eu polua com detalhes
O amor que, na verdade, uma ilusão
Resiste aos cortes fundos, aos entalhes...
Purificar a vida que deixamos
Distante do que fomos e pensamos
Apenas como fátua, uma miragem.
Limpando da memória, esta visagem,
Aparando, bem fundo, os podres ramos
Cortando as amarguras que enfrentamos,
Fazendo, na verdade, uma montagem
Para que possa, amada, ter mais forte
Tua lembrança viva em perfeição.
O perdão absoluto pós a morte
Não deixa que eu polua com detalhes
O amor que, na verdade, uma ilusão
Resiste aos cortes fundos, aos entalhes...
Amigo bem mais fácil que tu pensas
Amigo bem mais fácil que tu pensas
Criar da podridão a flor perfeita,
Precisa-se; entretanto, ser aceita
Nas faces deformadas, recompensas.
A morte agradecida se às expensas
De todo misticismo sendo feita
Na cama que criares, já se deita
A lama das injúrias, das ofensas.
Assim são feitos todos os heróis,
Brilhando sobre nós como mil sóis,
Os homens mais perfeitos destes mundos,
Moisés, Jacó, Davi, são exemplares,
Capazes de traições em lupanares,
Consagrados, porém; no fundo, imundos...
Criar da podridão a flor perfeita,
Precisa-se; entretanto, ser aceita
Nas faces deformadas, recompensas.
A morte agradecida se às expensas
De todo misticismo sendo feita
Na cama que criares, já se deita
A lama das injúrias, das ofensas.
Assim são feitos todos os heróis,
Brilhando sobre nós como mil sóis,
Os homens mais perfeitos destes mundos,
Moisés, Jacó, Davi, são exemplares,
Capazes de traições em lupanares,
Consagrados, porém; no fundo, imundos...
Sejamos mais burgueses, minha amiga
Sejamos mais burgueses, minha amiga;
Vistamos nossa roupa de domingo
Lancemos nossa sorte em cada bingo,
Que um dia, com certeza ela respinga.
Que a vida sem mudança já prossiga
Goteira se fazendo pingo a pingo,
Se não vier a sorte então me vingo
E bebo no boteco, loura e pinga.
Bater cartão de ponto na chegada,
Fechando o relatório, fim de mês,
Salário vai minguando, mas que nada,
Razão deve ser dada pro freguês.
Depois, apago a luz, e vêm as crises,
A lipo, o silicone até varizes...
Vistamos nossa roupa de domingo
Lancemos nossa sorte em cada bingo,
Que um dia, com certeza ela respinga.
Que a vida sem mudança já prossiga
Goteira se fazendo pingo a pingo,
Se não vier a sorte então me vingo
E bebo no boteco, loura e pinga.
Bater cartão de ponto na chegada,
Fechando o relatório, fim de mês,
Salário vai minguando, mas que nada,
Razão deve ser dada pro freguês.
Depois, apago a luz, e vêm as crises,
A lipo, o silicone até varizes...
Distante de teus braços... Onde estás?
Distante de teus braços... Onde estás?
Rastreio por teus passos, nada vejo.
Perdendo o meu juízo perco a paz,
A dor de tua ausência, eu antevejo...
Somente o vento frio, a chuva traz;
Recordo da delícia de teu beijo
Será que depois disso sou capaz?
Viver sempre ao teu lado... Meu desejo...
E sinto o teu perfume, tua mão...
Tocando minha pele, abro um sorriso...
Teu beijo sensual... A tentação...
E deito nos teus braços, me enovelo.
Em tua pele nua me matizo...
Seguro, no galope, o teu cabelo...
Rastreio por teus passos, nada vejo.
Perdendo o meu juízo perco a paz,
A dor de tua ausência, eu antevejo...
Somente o vento frio, a chuva traz;
Recordo da delícia de teu beijo
Será que depois disso sou capaz?
Viver sempre ao teu lado... Meu desejo...
E sinto o teu perfume, tua mão...
Tocando minha pele, abro um sorriso...
Teu beijo sensual... A tentação...
E deito nos teus braços, me enovelo.
Em tua pele nua me matizo...
Seguro, no galope, o teu cabelo...
Minha açucena, bela, porém álgica...
Minha açucena, bela, porém álgica...
Nasceste em jardim fúnebre, nostálgico
A vida me ensinou, defesa antálgica,
Um coração tão frio fosse plástico...
Minha açucena, flor de minha vida...
Quem nasce em tal jardim, recende a dor...
De todas cercanias, esquecida,
A beleza sutil, mágica flor...
Açucena, serena companheira...
Não me deixes sozinho, eu tanto peço...
És brilho de esperança verdadeira...
És o que me restou desse universo!
Resplendes toda a luz, minha existência!
Açucena, não vás... Peço clemência!
Nasceste em jardim fúnebre, nostálgico
A vida me ensinou, defesa antálgica,
Um coração tão frio fosse plástico...
Minha açucena, flor de minha vida...
Quem nasce em tal jardim, recende a dor...
De todas cercanias, esquecida,
A beleza sutil, mágica flor...
Açucena, serena companheira...
Não me deixes sozinho, eu tanto peço...
És brilho de esperança verdadeira...
És o que me restou desse universo!
Resplendes toda a luz, minha existência!
Açucena, não vás... Peço clemência!
SIM, EU TE AMO ( Ada )
SIM, EU TE AMO ( Ada )
Mulher dos meus delírios e defeitos,
Espero teu carinho e tua glória.
Não sigo por caminhos mais perfeitos,
A dor que me consome, na memória.
O verde de teus olhos, mansos leitos,
As matas que carregam minha história.
Persigo, nas vontades, tantos pleitos.
A luta que travamos, peremptória...
Amada que não queixa nem ciúme,
Amada que feliz, permite sonho....
Não posso ter de ti qualquer queixume;
Encontro-te nos olhos desta fada
Futuro; nos teus braços, mais risonho.
És próspera mulher, meus sonhos, ADA!
Mulher dos meus delírios e defeitos,
Espero teu carinho e tua glória.
Não sigo por caminhos mais perfeitos,
A dor que me consome, na memória.
O verde de teus olhos, mansos leitos,
As matas que carregam minha história.
Persigo, nas vontades, tantos pleitos.
A luta que travamos, peremptória...
Amada que não queixa nem ciúme,
Amada que feliz, permite sonho....
Não posso ter de ti qualquer queixume;
Encontro-te nos olhos desta fada
Futuro; nos teus braços, mais risonho.
És próspera mulher, meus sonhos, ADA!
Brindemos, companheiros mais diletos
Brindemos, companheiros mais diletos
Ao nosso amigo/irmão que hoje completa
Mais um ano de vida. A nossa meta
Permite que sigamos rumos retos
Em busca dos prazeres prediletos
Que a vida nos mostrou. A sorte injeta
Em nossa caminhada, somos seta
Lançadas pelos braços mais corretos
De um Deus que demonstrando o seu carinho
Deixou pra nos livrar de pedra/espinho
Um anjo que em perfeita sincronia
Transforma uma tristeza em alegria,
Mostrando-se mais forte e solidário.
Ao anjo, pois, feliz aniversário!
Ao nosso amigo/irmão que hoje completa
Mais um ano de vida. A nossa meta
Permite que sigamos rumos retos
Em busca dos prazeres prediletos
Que a vida nos mostrou. A sorte injeta
Em nossa caminhada, somos seta
Lançadas pelos braços mais corretos
De um Deus que demonstrando o seu carinho
Deixou pra nos livrar de pedra/espinho
Um anjo que em perfeita sincronia
Transforma uma tristeza em alegria,
Mostrando-se mais forte e solidário.
Ao anjo, pois, feliz aniversário!
O toque da paixão e do desejo
O toque da paixão e do desejo
Boca e coração se misturando.
Na cama e sutileza deste beijo,
Um fogo angelical nos dominando...
Cada vez que mais te sinto, o bem prevejo
E quero que tu saibas me enlevando
Ao céu que se ilumina em azulejo,
Te quero desde já, sentir tocando
O céu de minha boca com a língua
O céu do meu amor com mansa fala,
Amor assim gostoso nunca míngua,
Vigora e revigora a cada canto,
Do quarto, porta aberta seio e sala,
Vibrando desejoso em teu encanto...
Boca e coração se misturando.
Na cama e sutileza deste beijo,
Um fogo angelical nos dominando...
Cada vez que mais te sinto, o bem prevejo
E quero que tu saibas me enlevando
Ao céu que se ilumina em azulejo,
Te quero desde já, sentir tocando
O céu de minha boca com a língua
O céu do meu amor com mansa fala,
Amor assim gostoso nunca míngua,
Vigora e revigora a cada canto,
Do quarto, porta aberta seio e sala,
Vibrando desejoso em teu encanto...
Vieste em calmaria e tempestade
Vieste em calmaria e tempestade
De um jeito tão sutil, alucinante.
Bebendo desta fonte da verdade
Tornando nosso o canto deste instante.
No campo, no quintal ou na cidade,
O verbo conjugado delirante,
Em todos os momentos de saudade,
Amor que se fez belo, amigo, amante...
Depois de certo tempo, mais presente,
Às vezes com as garras afiadas,
Amar foi se tornando de repente
Urgente em nossas vidas, nosso canto.
As bocas se procuram, 'stão molhadas
Na busca mais concreta deste encanto...
De um jeito tão sutil, alucinante.
Bebendo desta fonte da verdade
Tornando nosso o canto deste instante.
No campo, no quintal ou na cidade,
O verbo conjugado delirante,
Em todos os momentos de saudade,
Amor que se fez belo, amigo, amante...
Depois de certo tempo, mais presente,
Às vezes com as garras afiadas,
Amar foi se tornando de repente
Urgente em nossas vidas, nosso canto.
As bocas se procuram, 'stão molhadas
Na busca mais concreta deste encanto...
Quando a morte vier subitamente
Quando a morte vier subitamente
E cerrando meus olhos sonhadores,
Espero que tu saibas, novamente
Que em ti eu descobri as veras flores
Cevadas com carinho, simplesmente,
E nelas, as belezas e os pendores
Que quem ama, decerto sabe e sente.
Mas peço-te; me leve aonde fores,
E mesmo que outros braços te entrelacem
Não deixe apodrecer nosso jardim.
Pois que as flores não morram na coroa
Jogada sobre o túmulo. Que tracem
Ao menos um retrato do que em mim
Guardaste antes que a noite leve, à toa...
Para Rita de Cássia
E cerrando meus olhos sonhadores,
Espero que tu saibas, novamente
Que em ti eu descobri as veras flores
Cevadas com carinho, simplesmente,
E nelas, as belezas e os pendores
Que quem ama, decerto sabe e sente.
Mas peço-te; me leve aonde fores,
E mesmo que outros braços te entrelacem
Não deixe apodrecer nosso jardim.
Pois que as flores não morram na coroa
Jogada sobre o túmulo. Que tracem
Ao menos um retrato do que em mim
Guardaste antes que a noite leve, à toa...
Para Rita de Cássia
As lágrimas que descem de teus olhos
As lágrimas que descem de teus olhos
Evaporando em nuvens, com certeza,
Aguando as flores, gramas, os abrolhos,
Descendo pelo rio em correnteza
Serão colhidas, rosas, nestes molhos
Nos vasos, salas, quartos, com beleza,
Abrindo e libertando dos ferrolhos
Encantando-nos, postas sobre a mesa.
Das lágrimas às rosas transmudadas,
A vida nos permite ter, de fato,
O sonho feito em gnomos, deuses, fadas,
Por isso não permita que o regato
Se seque, pois assim, nossa emoção
Jamais regalará um coração...
Evaporando em nuvens, com certeza,
Aguando as flores, gramas, os abrolhos,
Descendo pelo rio em correnteza
Serão colhidas, rosas, nestes molhos
Nos vasos, salas, quartos, com beleza,
Abrindo e libertando dos ferrolhos
Encantando-nos, postas sobre a mesa.
Das lágrimas às rosas transmudadas,
A vida nos permite ter, de fato,
O sonho feito em gnomos, deuses, fadas,
Por isso não permita que o regato
Se seque, pois assim, nossa emoção
Jamais regalará um coração...
Que Deus não me permita a sensação
Que Deus não me permita a sensação
De ter seguido a vida em triste volta,
Sem ter sequer alguma atracação
Ao barco que se fez pura revolta.
A vida sem amor, sempre em senão,
Uma imaginação que não se solta,
A morte protegendo e dando escolta
No fundo traz sabor de salvação.
Que a vida inda sorria, pelo menos
Alguns segundos antes da partida.
Cansado de tragar tantos venenos,
Eu busco em ledo amor, uma saída,
Que enfim redima a vida que resiste,
Mesmo saudosa; absorta e sempre triste...
De ter seguido a vida em triste volta,
Sem ter sequer alguma atracação
Ao barco que se fez pura revolta.
A vida sem amor, sempre em senão,
Uma imaginação que não se solta,
A morte protegendo e dando escolta
No fundo traz sabor de salvação.
Que a vida inda sorria, pelo menos
Alguns segundos antes da partida.
Cansado de tragar tantos venenos,
Eu busco em ledo amor, uma saída,
Que enfim redima a vida que resiste,
Mesmo saudosa; absorta e sempre triste...
Acusar quem tanto amou, louco mistério
Acusar quem tanto amou, louco mistério,
Nada mais que matar, ser qualquer um.
Preparas meu caminho, deletério,
Avanço e sou vencido, isso é comum.
Amor que tanto eu quis, fugindo etéreo,
Descarta-me sem paz ou rumo algum.
A vida que exigira mais critério
Não me deixa mais nada, vou nenhum.
Certamente, pensaste ser imensa.
Quem mata, simplesmente nunca explica,
As dores que me causas, recompensa?
O medo dilacera e tudo pui,
O tapa que me dás, luva e pelica?
Só sei que meu castelo, cai e rui...
Nada mais que matar, ser qualquer um.
Preparas meu caminho, deletério,
Avanço e sou vencido, isso é comum.
Amor que tanto eu quis, fugindo etéreo,
Descarta-me sem paz ou rumo algum.
A vida que exigira mais critério
Não me deixa mais nada, vou nenhum.
Certamente, pensaste ser imensa.
Quem mata, simplesmente nunca explica,
As dores que me causas, recompensa?
O medo dilacera e tudo pui,
O tapa que me dás, luva e pelica?
Só sei que meu castelo, cai e rui...
Venha aqui comigo
Venha aqui comigo, amor não temas,
Noite qual criança sem juízo
Te chama a conhecer de perto as gemas
Que são como portais do paraíso...
Amar demais concebe nossos lemas
E cada vez mais forte e mais conciso,
Subirmos nossos rios, piracemas,
Nos cios se tornando mais preciso...
Eu quero o teu sussurro em meu ouvido,
Falando o que bem sabes que desejo.
O fogo em que queimamos, não duvido
É tudo o que queremos. Eu me atiro
Em frente à tua boca e peço beijo,
Depois... Só quero ouvir o teu suspiro...
Noite qual criança sem juízo
Te chama a conhecer de perto as gemas
Que são como portais do paraíso...
Amar demais concebe nossos lemas
E cada vez mais forte e mais conciso,
Subirmos nossos rios, piracemas,
Nos cios se tornando mais preciso...
Eu quero o teu sussurro em meu ouvido,
Falando o que bem sabes que desejo.
O fogo em que queimamos, não duvido
É tudo o que queremos. Eu me atiro
Em frente à tua boca e peço beijo,
Depois... Só quero ouvir o teu suspiro...
Eu quero te tocar
Eu quero te tocar, beijar inteira;
E desfrutar do gosto do prazer
Roçar tua nudez tão verdadeira
Sem medos, com vontade de te ter...
A boca mansamente, na roseira
Bem sabe dos espinhos. Mas quer crer
Que és minha nessa noite. A rosa cheira
Todo o perfume intenso do teu ser.
Inebriado sinto o teu perfume
E passo toda noite a vasculhar
Deixando já de lado o teu ciúme,
Roubando calmamente o teu desejo.
Sentindo toda a terra se encharcar
Desta umidade densa em nosso beijo..
E desfrutar do gosto do prazer
Roçar tua nudez tão verdadeira
Sem medos, com vontade de te ter...
A boca mansamente, na roseira
Bem sabe dos espinhos. Mas quer crer
Que és minha nessa noite. A rosa cheira
Todo o perfume intenso do teu ser.
Inebriado sinto o teu perfume
E passo toda noite a vasculhar
Deixando já de lado o teu ciúme,
Roubando calmamente o teu desejo.
Sentindo toda a terra se encharcar
Desta umidade densa em nosso beijo..
Eu quero em teu desejo mergulhar
Eu quero em teu desejo mergulhar
Sorvendo tua boca junto à minha.
O vento que te trouxe vai mostrar
A fome que me cerca e se avizinha...
Aos poucos, sentimento desnudar
E ter toda a certeza que se tinha
Da vontade enorme de te amar,
Sem medos nem segredos... À noitinha...
Beber de tua boca inebriante
Rasgar as nossas vestes ser teu homem.
E te trazer prazer forte e vibrante.
A resposta eu bem sei que continua
Na fome com que os corpos se consomem
Na sede de te ter, deitada e nua...
Sorvendo tua boca junto à minha.
O vento que te trouxe vai mostrar
A fome que me cerca e se avizinha...
Aos poucos, sentimento desnudar
E ter toda a certeza que se tinha
Da vontade enorme de te amar,
Sem medos nem segredos... À noitinha...
Beber de tua boca inebriante
Rasgar as nossas vestes ser teu homem.
E te trazer prazer forte e vibrante.
A resposta eu bem sei que continua
Na fome com que os corpos se consomem
Na sede de te ter, deitada e nua...
Todos os meus prazeres traduzidos
Todos os meus prazeres traduzidos
Nos olhos e nos lábios desta amada.
Depois de tantos mares percorridos,
A noite se apazigua, alucinada...
Nos claustros que vivera, em solidão,
Amarga sensação de desventura.
Buscando uma energia de carvão,
Queimando meu amor em tanta agrura.
Depois deste silêncio fragoroso
Depois destas desditas sem final.
Depois deste viver tão tenebroso,
Depois desta saudade que é fatal.
Encontro nos teus lábios, meu sossego;
Deitando no teu colo, um aconchego...
Nos olhos e nos lábios desta amada.
Depois de tantos mares percorridos,
A noite se apazigua, alucinada...
Nos claustros que vivera, em solidão,
Amarga sensação de desventura.
Buscando uma energia de carvão,
Queimando meu amor em tanta agrura.
Depois deste silêncio fragoroso
Depois destas desditas sem final.
Depois deste viver tão tenebroso,
Depois desta saudade que é fatal.
Encontro nos teus lábios, meu sossego;
Deitando no teu colo, um aconchego...
Bagunça o meu coreto esta vadia
Bagunça o meu coreto esta vadia
Que quando beija, cospe e vai sorrindo,
Se eu peço que me esquente, ela me esfria
Se eu quebro a minha cara; diz: - Que lindo!
Um espinho cravado na garganta,
Um tapa que estalou na minha face,
A sorte quando chega, a vada espanta,
E vive se escondendo num disfarce
De meiga donzelinha, moça pura.
Quem vê a sua cara de menina,
Não imagina a sina que tortura,
Que morte, mente amor, e me domina.
No sim e não disfarço a dura arenga
Rainha da sandice, deusa e quenga...
Que quando beija, cospe e vai sorrindo,
Se eu peço que me esquente, ela me esfria
Se eu quebro a minha cara; diz: - Que lindo!
Um espinho cravado na garganta,
Um tapa que estalou na minha face,
A sorte quando chega, a vada espanta,
E vive se escondendo num disfarce
De meiga donzelinha, moça pura.
Quem vê a sua cara de menina,
Não imagina a sina que tortura,
Que morte, mente amor, e me domina.
No sim e não disfarço a dura arenga
Rainha da sandice, deusa e quenga...
A vida toma assento
A vida toma assento, qual poeira
Que após um forte vento, sossegou.
Saudade que já fora matadeira
Aos poucos, devagar já se amainou.
Quem sabe valorar a companheira
Entende muito bem o que passou.
A pedra no caminho, uma besteira,
A fonte da esperança balançou.
O quase que termina dói demais,
E o sol vira mormaço e queima lento,
Ardendo e maltratando quem sonhava
Poder amar além e muito mais.
A rosa renasceu do sofrimento,
Fertilizando o solo outrora lava...
Que após um forte vento, sossegou.
Saudade que já fora matadeira
Aos poucos, devagar já se amainou.
Quem sabe valorar a companheira
Entende muito bem o que passou.
A pedra no caminho, uma besteira,
A fonte da esperança balançou.
O quase que termina dói demais,
E o sol vira mormaço e queima lento,
Ardendo e maltratando quem sonhava
Poder amar além e muito mais.
A rosa renasceu do sofrimento,
Fertilizando o solo outrora lava...
O dia prometido
O dia prometido, na manhã
Que traz em sangramento, o novo dia,
Deixando uma palavra solta e vã
Causando em nosso amor, hemorragia.
A sorte se fazendo bem malsã
Transporta a tempestade em agonia,
Quem dera se a esperança guardiã
Mostrasse sua face em harmonia.
Ao ver o teu sorriso desdenhoso,
Eu lembro-me do beijo feito em gozo,
Agora desfilando em outra tez
Pressinto que não tenho quase nada,
Quem dera ressurgisse na alvorada
O amor que bem distante, a gente fez...
Que traz em sangramento, o novo dia,
Deixando uma palavra solta e vã
Causando em nosso amor, hemorragia.
A sorte se fazendo bem malsã
Transporta a tempestade em agonia,
Quem dera se a esperança guardiã
Mostrasse sua face em harmonia.
Ao ver o teu sorriso desdenhoso,
Eu lembro-me do beijo feito em gozo,
Agora desfilando em outra tez
Pressinto que não tenho quase nada,
Quem dera ressurgisse na alvorada
O amor que bem distante, a gente fez...
Ao me perder em vagos pensamentos
Ao me perder em vagos pensamentos,
Bem longe do que um dia fora festa,
Tomado por estranhos sentimentos,
Do que já fui, querida, nada resta.
Os olhos se queimando, os meus rebentos
Que a vida já abortou – pois nada presta-
Procuro tão somente por ungüentos
Que possam amainar esta tempesta.
Acelerando o sonho, viro a curva
E aguardo a redenção que feita em chuva
Trará para a lavoura a floração.
Nos braços de uma nova companheira,
Que possa ser, quem sabe, a derradeira,
Espalhando esmeraldas no sertão...
Bem longe do que um dia fora festa,
Tomado por estranhos sentimentos,
Do que já fui, querida, nada resta.
Os olhos se queimando, os meus rebentos
Que a vida já abortou – pois nada presta-
Procuro tão somente por ungüentos
Que possam amainar esta tempesta.
Acelerando o sonho, viro a curva
E aguardo a redenção que feita em chuva
Trará para a lavoura a floração.
Nos braços de uma nova companheira,
Que possa ser, quem sabe, a derradeira,
Espalhando esmeraldas no sertão...
Quando te vi
Quando te vi depois de uma balada,
Tão bêbada de sol e de esperança.
Chegando desigual trouxe alvorada
Em réstias e luzeiros, que festança!
Um resto com a face deformada
Encontra seu espelho. A vida avança
No rosto da mulher desfigurada
Moldada dos pavores na lembrança.
Querendo descansar e tão somente
Fazer do quase nada algo que preste,
Assim eu te encontrei, podre semente
Que tem no meu amor, fértil terreno,
Da merda que nós somos, que se infeste
Amor dos excluídos, forte e pleno.
Tão bêbada de sol e de esperança.
Chegando desigual trouxe alvorada
Em réstias e luzeiros, que festança!
Um resto com a face deformada
Encontra seu espelho. A vida avança
No rosto da mulher desfigurada
Moldada dos pavores na lembrança.
Querendo descansar e tão somente
Fazer do quase nada algo que preste,
Assim eu te encontrei, podre semente
Que tem no meu amor, fértil terreno,
Da merda que nós somos, que se infeste
Amor dos excluídos, forte e pleno.
Querida
Querida; o nosso amor, puro naufrágio
Que em água nos lavou, abençoando.
Um bote da esperança saltando ágil,
Refaz em vento forte alvoroçando,
Por mais que consideres ser bem frágil,
Viver tem seu porque, por isso quando
A vida te cobrar em dor seu ágio,
Repare que isto vai, logo passando
As mágoas noutras águas vão pro mar
Distante destas lágrimas que caem,
Por mais que as ilusões decerto traem
Valeu a pena apenas por sonhar,
Um aguaceiro imenso limpa o couro,
E cobre amor, banhando o gozo em ouro..
Que em água nos lavou, abençoando.
Um bote da esperança saltando ágil,
Refaz em vento forte alvoroçando,
Por mais que consideres ser bem frágil,
Viver tem seu porque, por isso quando
A vida te cobrar em dor seu ágio,
Repare que isto vai, logo passando
As mágoas noutras águas vão pro mar
Distante destas lágrimas que caem,
Por mais que as ilusões decerto traem
Valeu a pena apenas por sonhar,
Um aguaceiro imenso limpa o couro,
E cobre amor, banhando o gozo em ouro..
Tocaia
Tocaia que se faz: ponta/peixeira
Na beira de uma estrada sem destino.
Assim, por vezes paga-se a besteira
Que traz amor malandro em desafino.
Clarão de espada, sina traiçoeira
Guardada numa esquina, desatino.
Não posso permitir que a pasmaceira
Destrua cada sonho de um menino
Que foi e não será jamais, quem dera,
A vida não renova a primavera
Apenas temporã, outra florada,
Criado em lamaçal, pântano, mangue,
Conheço o gosto em sal, suor em sangue
Mas cismo em percorrer a mesma estrada...
Na beira de uma estrada sem destino.
Assim, por vezes paga-se a besteira
Que traz amor malandro em desafino.
Clarão de espada, sina traiçoeira
Guardada numa esquina, desatino.
Não posso permitir que a pasmaceira
Destrua cada sonho de um menino
Que foi e não será jamais, quem dera,
A vida não renova a primavera
Apenas temporã, outra florada,
Criado em lamaçal, pântano, mangue,
Conheço o gosto em sal, suor em sangue
Mas cismo em percorrer a mesma estrada...
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