segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

VIDA ENFADONHA

VIDA ENFADONHA


Quão enfadonha vida se apresenta
A quem tentara a luz e não percebe
A imensa escuridão da dura sebe
Aonde se mostrara a violenta

Face desta insânia que aparenta
Momento de ternura, mas concebe
A fúria que deveras já me embebe
E dela a sorte inerte ora se ausenta.

Viver sem ter sequer noção do quanto
A vida poderia, mas enquanto
Houver alguma luz, não me sacio, 

Esbarro nestas hordas do passado, 
E o vento há tanto tempo desolado
Trazendo ao fim da vida imenso frio.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

THY LIPS

Thy lips

Feeling your lips brushing against me
At the touch of love and desire,
Gradually thousand trips whispering
The language in delicate sweet kiss ...
Be bolder and you dream,
Slowly undress you calmly
So many crazy words, mumble,
In an explosion of colors, suddenly ...
Asking more than the night is over,
Dreaming that dream is already awake.
So much love that did not fit
But anyway, in my dream I propose,
And life is renewed each day,
This love living in fantasy ..



RITA DE CASSIA TIRANDENTES REIS E MARCOS LOURES

DESCONSUELOS


Desconsuelos.


Al menos se tentara cambiar
Dejando para tras todos mis pasos
En cuanto se hubiera voluntad
Pudiera desvendar mis desconsuelos.
Ratitos cuando en busca infructífera
Anduve por rincones más diversos,
Mis versos son inútiles. Sigo sola.
Una mujer sin más cualquier ternura,
La piel con sus cicatrices tan profundas,
Las ollas adentrando las orillas
En inundaciones incontrolables,
Olvidada cualquiera chance de un cambio
Adonde la juventud se grisalla.
Los pellos emblanqueados,
Los ojos ausentes y las nacientes secas.
Mis hijos que jamás tuve,
Mis sueños que jamás he vivido,
Mis mismos y longincuos descaminos
Denudados por el fantasma
Que ronda las noches solitarias.
Los pesadillos y los muslos
De las sombras de alguno,
Que, en verdad se reflete en nadie…

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS e MARCOS LOURES

domingo, 30 de dezembro de 2012

SISTEMAS DIVERSOS

SISTEMAS DIVERSOS

Sistemas tão diversos se mostrando
Aonde não se vê qualquer disfarce
E nele a vida quanto mais esgarce
Puindo este momento outrora brando,

E vejo se mostrando desde quando
A corja que inundara destroçar-se
Vivendo por viver sem esforçar-se
O templo que sonhara desabando,

E meras ilusões vencendo o prazo,
Somente me restando o fim e o ocaso
Aonde se pensara em horizonte,

Acordo entre as estranhas armadilhas
E quanto mais ao longe ainda brilhas,
Maior o meu terror, maior desmonte.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

ESPÚRIOS PENSAMENTOS

ESPÚRIOS PENSAMENTOS

Espúrios pensamentos dizem tanto
E deles desfiando este novelo
Medonho com certeza o pesadelo
E nele se percebe o desencanto,

Aonde se pensara em outro canto,
Diverso do que agora posso vê-lo
Não tendo mais sequer por que nem pelo
O quadro se destrói em vão quebranto,

Assisto à derrocada desta frota
E nela a minha vida já se esgota
Mostrando ser o fim a solução,

E morto para os sonhos, não pretendo
Seguir como se fora um mero adendo
Na espreita das tempestas que virão.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

PARA A PONTE

PARA A PONTE...

Mandando para a ponte que partiu
Quem tanto se mostrara inconseqüente
Por mais que a vida às vezes violente
Eu não quero ser vil nem ser servil

E assim o quanto quis se repartiu
E neste repartir tão divergente
Do quanto desejara que aparente
O mundo preparando um novo ardil,

Nas ansiedades tolas ser ou não
Ainda se mostrara uma questão
Que tanto me incomoda vez em quando,

Mas logo que este enigma decifrara
Não vou expor ao tapa a minha cara
Tampouco noutra face me ofertando.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

OS MESMOS ERROS

OS MESMOS ERROS

Jamais repetiria os mesmos erros,
E neles refazendo a minha vida
Por tanto quanto audaz, já destruída
Apenas me restando vãos desterros,

Aonde preferira mais aterros
A sorte sem sentido, corroída,
Expressa uma alma atroz, mas decaída
Alheia às cordilheiras, montes, cerros.

E sendo sempre assim, vago e vulgar,
O mundo que desejo desbravar
Expressa no final um vão imenso,

E quando neste nada ainda penso
Retenho nos meus olhos esta imagem
Que agora se percebe qual miragem.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

ÁGUAS CRISTALINAS

ÁGUAS CRISTALINAS

Em águas cristalinas concebera
Imensa placidez, porém a vida
Que tanto me maltrata decidida
Expondo tão somente a frágil cera

Aonde com terror sempre acendera
Imenso fogaréu. Não se duvida
Do quanto é necessário que decida
O passo antes que o fim acontecera.

Gerando do vazio outro vazio,
Assim a minha vida ora desfio
E mostro estas feridas quais troféus

Medalhas que eu herdei de longos anos
Momentos de terror em desenganos
Cerrando da esperança os claros véus.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

VIVENDO SEM TERNURA

VIVENDO SEM TERNURA

Vivendo sem ternura sigo ausente
Do que se traduzira uma esperança
Apenas a mortalha que me alcança
Enquanto a vida ao largo se apresente.

Por mais que outro caminho ainda tente
Ao vago do não ser o amor me lança,
E tendo em suas mãos sede e vingança
Retrata o que se mostra enfim demente,

A vida não desmente e da navalha
Conheço cada fio e sei a dor
Morrendo a cada ausência, cada falha

Enquanto uma ilusão tosca batalha
Teimando num momento encantador,
Terror a morte aumenta e ora amealha.

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

LÚGUBRES PAISAGENS

LÚGUBRES PAISAGENS

Se as lúgubres paisagens descortino
E adentro com furor ou mesmo impávido
O gosto se mostrara bem mais ávido
Tomando sem pensar o meu destino.

O corpo lacerado e quase esquálido,
Restando o velho sonho de menino
E nele com certeza me ilumino
Por mais que o dia siga sempre pálido.

Equânime e sombria fantasia
Aguarda o meu final e se sacia
Nas artimanhas toscas que hoje enreda

E o pano se fechando no cenário,
O que pensara outrora temerário
Nem mesmo a paisagem torpe veda...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

EM LUZ SOMBRIA

EM LUZ SOMBRIA

Assumo estas facetas mais vulgares
E beijo o que se fez em luz sombria
Figura melancólica se erguia
Toando os seus acordes nos altares

E vejo recriados lupanares
Em meio a mais soturna fantasia
E dela o meu passado se recria
Atravessando em fúria tantos mares.

E o gosto de vingança ora se apura
A vida perpetua a mesma e escura
Estrada aonde um velho caminhante

Moldara o seu destino de andarilho
E quando sobre o pó ainda trilho
A morte se aproxima neste instante...

Rita de Cássia Tiradentes Reis e Marcos Loures

UM NOVO DIA

UM NOVO DIA


Quisera perceber um novo dia
Aonde a fantasia desmorona
Uma alma mais ferina até ronrona
Enquanto cada garra mais afia.

E a sorte que conheço, tão bravia
Durante a tempestade vem à tona
Das estradas que traço já se adona
Fazendo do meu mundo, a montaria.

Por vezes imagino em turbulência
O que pensara outrora em convivência
E sei ser impossível entre dois

Que tanto se engalfinham e se cortam,
E quando as fantasias nos exortam,
Sabemos quão sombrio este depois...

Rita de Cassia Tiradentes Reis e Marcos Loures.

A CADA VERSO

A CADA VERSO

Mortalha que reciclo a cada verso
E nele me entranhando em sombra plena
Enquanto a fantasia ainda acena
Eu ando sem destino, vou disperso

Adentro esta ilusão seguindo imerso
Nem mesmo a poesia me serena
E quando a morte surge vaga e amena
Permito-me sonhar com o universo

Dicotomias tantas, luzes fartas
E delas sem querer, silente apartas
Os meus momentos sóbrios onde eu creio

Na libertária voz que me sacia
E dela reencontrando a fantasia
Embora prosseguisse em vão e alheio..

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

ARQUÉTIPOS

ARQUÉTIPOS

Cinzéis em preciosas gemas tramam
Arquétipos de jóias eternais
E quanto em minhas mãos vós derramais
Momentos mais audazes que reclamam

Aquém da realidade em se exclamam
Entranho velhos portos, ledos cais
E neles fantasias sensuais
Saudosas emoções por vezes clamam.

E sendo-vos leal não poderia
Ultrapassar sequer tal fantasia
Vivenciada em pranto, medo e dor,

Mas pálida figura se aproxima
Tornando mais pesado ainda o clima
Gerando tão somente um vil terror...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

SUTIS IMAGENS

 SUTIS IMAGENS

Sutis imagens voltam do passado
E trama incoerências onde um dia
O medo que deveras já se urdia
Seguindo da esperança o vão traçado.

E o peso se é menor compartilhado
Ainda mesmo assim em mim ardia
Deixando mais silente a poesia
Moldando o figurino amortalhado.

Tecesse desde então nova saída
E quanto mais atroz a despedida
Maior o meu temor, esteja certa.

E quase ser feliz já não me basta
A face da verdade agora gasta
Aos poucos meu caminho em vão deserta...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

UMA SOBEJA MARAVILHA

 UMA SOBEJA MARAVILHA

Tracejo uma sobeja maravilha
Envolta nos mistérios do desejo,
E quanto mais deveras eu protejo
A estrela com certeza nunca brilha.

E assim tanta tristeza se moldara
No vago de uma vida sem sentido,
O tempo muitas vezes soerguido
Produz imensa chaga, vil escara.

E teimo em prosseguir contra a maré
Sabendo que depois só terei resto
E quanto mais mordaz, torpe e funesto
Mais firmemente sinto tais galés

E delas não consigo me livrar,
E a morte se aproxima, devagar...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

INEXATOS CAMINHOS

INEXATOS CAMINHOS

Percebo tão sutis quanto inexatos
Caminhos que me levem ao teu braço
E quando nova rota ainda traço
Os dias se perdendo em tolos fatos.

Postergo os meus anseios, sinto ingratos
Momentos em que sigo cada passo
Levando à incerteza de um espaço
Torturas permitindo tais contratos.

Assisto ao meu final de camarote
E quando a realidade dita o mote
Profiro meu poema feito em dor

E sinto ser possível ter na mão
Além de se mostrar a exatidão
Pudesse destilar o bom licor...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

RESIGNADAMENTE

RESIGNADAMENTE

Se resignadamente sigo agora
Depositando em lágrimas o quanto
Encontro a cada canto em desencanto
Certeza do não ser já me apavora.

O bêbado que pária em mim se aflora
Devora cada parte e traz no pranto
A súbita impressão de um vil quebranto
O monstro que assim gero não demora

E torna as minhas garras afiadas
Vasculha deste inferno tais entradas
E grava a ferro e fogo dentro em mim

Temáticas diversas, sonho e morte
E enquanto esta pantera eu não aborte
O corte me levando a espúrio fim...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS E MARCOS LOURES

BY SO MUCH LOVE



BY SO MUCH LOVE

So much love that one day, I dreamed of having,
The rest of what's left of hope,
In the eyes of love who can see,
Everything was just a dream...
The wind, blowing in the window,
Remembering our nights so serene,
Simply saying that it was
A life spent in beautiful scenes...
Do not know if hearken to my voice
That enters the nights so clouded,
The rain that fell, so atrocious,
Reminds our hour’s beloved...
Love to be happier,
If you bring life like I wanted...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS e Marcos Loures

MY PAST



MY PAST

Diving my past in this river
What I have sailed many times,
In the most painful nights, so cold,
I hope my love from next here...
Sleep when you arrive and do not see
Soon the nightmare boss.
Love when you do not see
Gradually becoming an outrage.
In this sun rays shining in other waters
Rivers and waterfalls, crystal;
My eyes were watering, full hurts
Overflow in the river at the end.
Beloved does not allow this to happen,
I cannot swim, you want that then die?

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS e Marcos Loures

NOCHES RELUCIENTES



NOCHES RELUCIENTES

Mientras las relucientes noches garbosas
Desnudan en cuartos y salas los deseos
Más profundos,
Las sedas de pieles entrelazadas
Volviendo cada mirada para la eternidad
Que se hace en una conjunción sagrada y profana,
El juego apetitoso del cabalgamiento,
Adonde el jinete y la pantera se mezclan
En un ato cariñoso y feroce,
En cuanto las estrellas por las ventanas
En una paisaje inolvidable,
Vertiendo el perfumo de los rosales
Y de las flores del campo
Por sobre las sedas y cetinas,
La tierna sensación se derrama
Prosiguiendo hasta el paraíso,
Volviendo a cada instante
En olas de dulzura e insensatez,
Mi cuerpo oliendo  a madreselvas
En éxtasis y convulsiones repetidos,
Voy cual cometa hasta las cordilleras
Volviendo a los llanos e rehaciendo
El mismo trayecto.
Orgásmica locura en una inigualable
Órbita hasta los dioses, abrazada
A mi Apolo, hasta que, cansada,
No consigo dormir, pues ninguno sueño
Se hace tan completo y mágico
Como esa realidad…

RITA DE CASSIA TIRANDENTES REIS e MARCOS LOURES

UNA SOÑADORA, SOLAMENTE



UNA SOÑADORA, SOLAMENTE

Las tonterías de una extraña voluntad,
Haciendo mis caminos sin la ternura
De quien tienta y prosigue contra el revés,
Reviendo mis locuras y desencantos,
Borrachas noches en bares y soledades.
Procuro versos nuevos entre las piedras
Los muelles se perdiendo entre brumas.
Una palabra suelta, sin eco, sigue,
Presume otros vacíos, ya sin nadie,
Los falsos brillos toman el horizonte,
La guerra contra engaños se profunda,
E desde las rocas las olas
Invadiendo esas orillas sin defesas,
En las inundaciones, en los vórtices,
Una hoja jugada sin destino,
Posando en un inverno inverosímil
Helando lo que aun restara de una insana,
Pero caliente ilusión.
Una mujer en soledad,
Una lucha sin futuro,
Una escura tempestad,
Ensueño que procuro,
El cuerpo envuelto por los grises momentos
De un frágil e inconstante sitio,
En la movediza desesperación
De una soñadora, solamente…

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS e MARCOS LOURES