sábado, 9 de outubro de 2010

21781 até 22652

0001

Aonde caberia esta mudança
Num tempo enquanto a vida se formara
No todo desenhado em noite rara
E nela esta esperança em paz avança,
A sorte desenhada ora afiança
Meu passo e nele o rumo se escancara
E sei da solidão ainda clara
E dela tento apenas a mudança.
Vencer os meus anseios e seguir
Toando desde sempre a melodia
E nisto se desenha o que há de vir
Gerando dentro da alma a luz suave
E nada do que eu tente, o tempo adia
Nem mesmo a realidade, em vão agrave.


2

Já não suportaria ao menos ver
O passo sem destino em noite escassa
E o todo se desenha enquanto traça
Desta alma o que pudesse amanhecer
Marcando o dia a dia em desprazer
A sorte noutro rumo se esfumaça
E gera o que deveras diz da lassa
Maneira de lutar, e sem poder.
Arcando com meus erros, sei do quanto
A vida se moldara e se me espanto
Apenas enfrentando os vendavais
Aonde quis um dia mais tranquilo,
Deveras sem sentido inda desfilo
E quero deste sonho, um pouco mais.


3

Apresentando a sorte mais cruel
E nada mais pudesse adivinhar
Além do que, cansado de lutar
Traduza em tempo escuso o ledo véu,
O risco de seguir trazendo o fel
E nele outro cenário a se mostrar
Gerando o que pudesse, devagar
Ousando num momento em vão papel,
Escassos dias dizem do abandono
E quando da ilusão ainda adono
Encontro o descaminho enquanto eu pude
Vencer esta heresia e nela a vida
Há tanto sem futuro e desprovida
Do quanto poderia em atitude.


4


Resulto deste caos que me legaste
E andando contra a fúria em noite vaga
A sorte sobre a qual já se divaga
Condena o dia a dia a tal desgaste,
E o quanto prosseguisse e sonegaste
Marcando com terror o quanto alaga
A morte se desenha e nada afaga
Sequer o quanto pude em tal contraste
Um traste meramente e nada mais,
Ousando noutro encanto, rumo alheio
E visto esta ilusão e devaneio
Alçando a mais diversa realidade,
E o passo sem destino ou precisão
Matando os dias claros que trarão
O sonho mais feliz quando se evade.

5
Enfeitei-me com as flores e o aroma da primavera
Enquanto estava a tua espera,
Chegaste como o verão,
Aumentando minha temperatura e
Molhando–me de tesão!
Regina Costa


Tocando a tua pele, mansamente
Desnuda deusa em noite fabulosa
A sorte mais diversa se antegoza
E o corpo noutro rumo se apresente
Mergulho no teu mar, e imprevidente
Anseio pela estrada majestosa
E o quanto em poesia esta alma goza
Vagando sem destino, em corpo e mente,
Redimes os meus passos com anseios
E sinto esta delícia em rijos seios
Maravilhosamente nua enquanto deito
E num ato voraz de insanidade
A sorte se reparte e bem mais brade.
Deixando este caminho satisfeito.



6


Lutando pela vaga liberdade
Depois dos cadafalsos do passado,
Aonde com certeza tento e brado
A vida noutro passo não se evade,
E sei desta possível claridade
Num rito mais audaz e se degrado
Meu canto noutro engodo anunciado
A sorte se percebe em paridade,
Essencialmente encontro a luz em ti
E todo este cenário onde sorvi
A imensa poesia que me trazes,
Expressa a realidade mais profunda
E a sorte quando assim já se fecunda
Permite a vida em novas, belas fases.


7


Pousando o coração aonde eu vira
O sonho libertário, juventude,
Assim o meu caminho sempre mude
Vencendo o quanto fora em tal mentira
E sei da própria sorte quando gira
E marca com ternura o quanto ilude
Versando num momento em juventude
E nada mais deveras interfira,
Resumos de delírios onde eu traço
A vida sem sentido nem espaço
Risonho caminhar em meio ao nada,
Presumo alguma paz aonde a fera
Apenas se decifra e sempre espera
Na espreita, mais feroz e atocaiada.


8


Já não comportaria outro momento
Sequer aquele mesmo aonde eu veja
A sorte desenhada e mais sobeja
No quanto poderia e me alimento,
Vencendo o destemor, adentro o vento
E sei deste cenário onde azuleja
Fortuna mais diversa quando almeja
O todo se entregando em raro vento.
Não pude adivinhar qualquer caminho
E sei do quanto possa se sozinho
A paz já não percebo nem pudera
Traçando dentro da alma esta esperança
A vida noutro rumo ora se lança
Deixando no passado a primavera.


9


Correntes tão diversas, vida e sonho
O todo se desenha em tons audazes
E sei do quanto possa ou mesmo trazes
Enquanto novo passo em vão componho,
Espalho o meu cantar, mesmo enfadonho
E sei do quanto dizes e não fazes
Os olhos noutro rumo são mordazes
E o canto sem sentido ainda oponho
Estéreis as searas da alegria
E nada mais deveras poderia
Quem sabe muito bem o quanto quer
E o vasto caminhar se desenhando
Num tempo muitas vezes mais infando
Não deixa uma esperança mais, sequer.


10


Pudesse e mesmo até se perfeição
Trouxesse algum alento a quem se busca
E sabe da verdade mesmo brusca
E os dias mais atrozes que trarão
Apenas o vazio em direção
E a sorte com certeza mais velhusca
A cada novo engodo nos ofusca
Matando o que pudesse em solução.
Ausento dos meus dias, luz e brilho
E quando noutro enfado eu me palmilho
Vagando sem saber do quanto possa
A vida degenera o quanto eu quis
E sei do meu momento amargo e gris
E dele adivinhando a imensa fossa.

11

Jorrando dos meus olhos; lacrimejo
E tento adivinhar novo momento
Aonde com certeza se me alento
Expresso muito aquém o meu desejo,
Resulto do vazio aonde eu vejo
A sorte se tomando em sofrimento
E o nada após o nada, ainda tento
Marcando com terror este sobejo
Audaciosamente eu sinto após
A consonância extrema, a leda voz
De quem se fez audaz e não pudera
Conter esta expressiva solidão,
E os dias entre todos que virão
Mantendo a solidão atroz que impera.

12


Arquivos do passado; a mente vaga
O ocaso deste sonho se transforma
E toma do vazio a leda forma
Marcando cada sorte onde divaga,
Mergulho no meu ermo e sei da plaga
Distante dos meus olhos, velha norma,
O quanto da esperança já deforma
O todo aonde outrora houvera a chaga.
Amortalhando o canto de quem busca
Vencer esta ironia e sendo brusca
A tarde sem saber de uma alegria,
Demonstra o quanto pude e não tivera
Sequer dentro de mim a primavera
Que aos poucos, noutro encanto eu tentaria.

13


Ouvindo a voz do vento e me sentindo
Bem mais tranquilo enquanto pude ver
O sol neste diverso amanhecer
De um tempo mais audaz, porém já findo,
O rastro do cometa distraindo
O passo além do todo e bel prazer,
Vacância dentro da alma e posso crer
Apenas no meu canto se esvaindo,
Envolto pelas brumas de outras eras,
O quanto imaginava e destemperas
Marcando com ternura o quanto pude,
Desenhos variados, dor e medo,
Somente noutro instante eu me concedo
Ousando em destemor, nova atitude.


14


Um canto mais diverso em tom maior
E o manto denegrindo esta paisagem,
O verso se demonstra em nova aragem,
Ousando este caminho, e o sei de cor,
O todo desenhado é bem melhor
Que o passo aonde eu pude em tal visagem
Os dias na verdade sempre ultrajem
A sorte sem destino, em vão suor.
Mergulho nos meus erros e sei bem
O quanto com certeza; ainda tem
Matando em nascedouro uma esperança
Destarte o caminhar se faz além
Do todo aonde eu tento em confiança
Vencer o quanto aquém da vida, cansa.


15


Já nada mais condiz com a verdade
Tampouco o tempo explica esta razão
E os dias entre todos mudarão
O passo aonde o rumo se degrade,
Vencido pelo medo em tempestade
Os ermos de minha alma me trarão
Somente a mesma face: escuridão
E nada mais pudera em rota grade,
Esbarro nos engodos de quem tenta
Traçar com harmonia além tormenta
A sorte desejada e mesmo audaz,
Assim cada momento se anuncia
Matando o que pudesse em alegria
E o tempo noutro engodo se desfaz.

16


Já não comportaria qualquer chance
De ver o meu passado repetido
Enquanto o dia a dia inda lapido
E o passo noutro rumo ainda alcance
Marcando a minha vida em tal nuance
E neste desenhar se faz ouvido
O canto mais audaz já resumido
No todo aonde o mundo não se lance,
Esvaio a cada instante e sigo aquém
Do engodo mais diverso e sei que tem
Somente o descaminho e nada trago,
Sequer o quanto pude divisar
Matando a minha estrela e sem luar,
O carma se desenha em passo vago.


17


Apenas poderia haver o rumo
Maior de quem anseia a liberdade,
E o quanto dia a dia ainda brade
Evade dos meus sonhos, não me aprumo.
E sei desta ilusão inteiro o sumo,
Vagando sem saber da claridade
E quando se desenha a tempestade
O cântico; deveras, tento e assumo.
Bebendo cada gole do vazio,
Espero todo passo e desafio,
Restando o quanto pude e não viera,
Cerzindo o meu futuro em desencanto
Apenas o que tento e não garanto,
Gerasse finalmente a primavera.


18


Ocasos entre nuvens, fim de tarde
A bruma toma todo este cenário,
Minha alma num momento temerário
Apenas o final ainda aguarde,
E sei do quanto pude e já retarde
O tempo noutro templo, um relicário,
Ousando em ter no olhar o sonho vário
E o passo se desenha e não resguarde,
Audaciosamente eu sinto o fim
Aproximando agora do jardim
Jazendo uma esperança em cova rasa
E o todo se desnuda dentro da alma,
A sorte mais audaz já não me acalma,
E o quanto do passado a vida arrasa.


19


Negando cada passo, sigo em frente
E tento desvendar a minha incúria
Gerando dia a dia imensa fúria
E neste caminhar nada se tente,
Sequer o que desdenha plenamente,
Marcando o canto apenas com lamúria
E vejo a minha vida em tal penúria
Enquanto o que inda resta, marca e mente.
Pousando dentro da alma este vazio,
O canto noutro engodo eu desafio
Matando o quanto houvera em esperança.
Resulto deste ocaso e nada trago
Sequer o que pudesse em manso afago,
E o sonho no jamais ora se lança.


20

A fome se transforma em tom sutil
No cabo eleitoral tão contumaz,
E o quanto se pudesse e não se faz
Gerando o que deveras não se viu,
O rumo desenhado traz gentil
O pânico temível, tão audaz,
E o rústico cenário mata a paz,
Deixando o coração deveras vil,
Ao radicalizar as posições
Enfrento com vigor os furacões
E bebo a tempestade, esta heresia,
E vivo o socialismo plenamente,
Cansado deste olhar onde se tente
Ainda perdoar a burguesia.



21


A pútrida faceta de quem tenta
Apenas com palavras ver o quanto
Pudesse garantir o quanto canto
Vencendo esta batalha mais sangrenta,
Nefasta hipocrisia desalenta
E marca meu caminho em desencanto,
O rumo se perdendo em marcha lenta
E o todo se transforma num quebranto,
Fadando o povo à fome, e em tal miséria
A vida poderia ser mais séria,
Mas quando me percebo em caos e tédio,
Mortalha da esperança sangra e gera
A fúria mais atroz da imensa fera
E vejo a mortandade qual remédio.


22

Até o Paraíso...

Ao me tocar ternamente,
Sinto um arrepio,
Desejo fulgente,
Desvario;
Tudo perde o sentido,
Só quero estar contigo,
Chegar ao paraíso...
Paraíso não é um lugar,
É o que sinto quando juntos
Fazemos amor até gozar!
Regina Costa


Tocando esta nudez maravilhosa
Em trocas de prazeres e carícias
Envoltos pelas ânsias e delícias
A sorte em explosões logo antegoza,
E a vida se mostrando majestosa,
Da eternidade ouço tais notícias
E sinto desde quando, com malícias
Os corpos numa estrada fabulosa,
Cavalgas teu corcel, louca pantera,
E o todo em fantasia nada espera
Somente cada orgasmo se anuncia,
E bebo teu rocio em abundância
Clitóris nos meus lábios, consonância
De gozos tão vorazes. Fantasia?

23


Ausência de esperança num momento
Aonde a burguesia se apequena,
E vejo a minha sorte outrora amena
E dela volto ao cego sentimento,
E quando novo rumo; em vão eu tento
E sinto a velha fúria onde serena
A morte com certeza agora acena
E sigo este caminho violento,
Audaciosamente eu sinto além
Do todo quando vida toma e vem
Marcando com ternura o quanto pude,
Vestindo a fantasia mais audaz,
A voz em consonância agora traz
O olhar silencioso, amargo e rude.


24


Nefasta fantasia afasta quem
Pudesse acreditar nalguma sorte
E quando a realidade não conforte
A morte num momento toma e vem,
E sigo da esperança bem aquém,
Sem ter sequer quem sabe um novo norte,
Apenas apresento o velho corte
E dele com certeza eu sou a vítima
Esbarro nos engodos de quem tenta
Vencer a solidão, leda e sangrenta
Resumo cada engano em voz legítima
E tomo um enorme porre a cada dia,
Matando o que restara em fantasia.


25

Bebendo sem sentido esta ilusão
Esvaio calmamente em tal sangria
E o canto se mostrasse em heresia
Marcando os dias turvos que virão,
O passo se transforma em solidão,
E a noite se desenha aonde um dia
Vencido e sem saber do que viria,
Espraia-se o terror em ledo chão,
Mergulho no vazio e sei do ocaso,
E quando na verdade ainda atraso
O cântico cerzindo este vazio,
O pranto desenhado não me traz
Sequer o quanto quero em rude paz
E o todo noutro infausto, eu desafio.


26


Ouvindo a voz das ruas: Barrabás!
Entendo muito bem a humanidade,
E sito meu caminho em tal verdade
E sei do mesmo olhar: é Satanás!
O rústico cenário sempre traz
A fúria de quem tanto alheio brade
Em nome da moral, tudo degrade
Gerando esta faceta mais mordaz.
Pequena burguesia não se afasta
Da fome de poder e da miséria
Alimentando a pútrida matéria
Enquanto o tempo invade a voz já gasta
E o canto se demonstra a cada dia
Traçando em mesmo tom: a hipocrisia!


27

Ao liberar o aborto para os pobres
(Já que na burguesia é contumaz)
A sorte mostraria o que se faz
Deixando de gerar tão ricos cobres
À classe dominante, e se descobres
A face desdenhosa do tenaz
Momento em ironia e apenas traz
Os sinos onde aquém dos sonhos, dobres.
O tolo proletário ora se engana
E o falso moralismo, tão sacana
Falando na defesa desta “vida”
Enquanto a burguesia fecha a porta
E nos porões das clínicas aborta
Até de Deus se crê, pois escondida.

28


Já não me caberia mais falar
Dos medos enrustidos da canalha,
E quando uma mentira assim se espalha
Difícil, na verdade controlar,
O brasileiro agora a se mostrar
Em plena gratidão com quem trabalha
Em prol desta igualdade, leva a tralha
Aonde não pudesse imaginar.
A neo pequena e burra burguesia
Repete os mesmos erros, leda cria
Com medo da ascensão dos miseráveis
Destarte modificam os atores,
Porém na mesma peça tais rancores
Ainda são deveras mais palpáveis.

29

Ouvindo a voz do vento me clamando
Esbarro nos meus passos e resvalo
No velho caminhar, ledo vassalo,
Aonde se pensara bem mais brando,
O dia se transforma e se moldando
Apenas noutro rumo nada escalo,
Somente poderia e num estalo,
O caos dentro desta alma se entornando.
Reparo muito bem o olhar de quem
Sabia na verdade o que contém
O rústico momento em tom diverso.
Gerando a fantasia mais cruel,
O manto se desenha em ledo fel
E para o fim dos sonhos, ora verso.

30

Havia muito tempo pra pensar
E nada mais pudera quem porfia,
Gerando a tempestade, hipocrisia
Matando o quanto pude em tal lugar,
Vencido pelo medo de lutar
A sorte na verdade se recria
E trama tão somente a fantasia,
E deixa cada passo a se mostrar,
Resumos desta história de um passado
Aonde com certeza sempre errado
Meu canto se desenha sem razão,
Esbarro nos meus erros contumazes
E sei do quanto queres ou me trazes
Marcando os dias novos que virão.


31

A voz do povo não é voz de Deus,
Somente refletindo a hipocrisia
Da classe que domina; a burguesia
Composta pelos crentes mais ateus.
E o canto em agonia gera os breus
Marcando com terror o que se via,
Matando uma esperança a cada dia,
Vendendo sem pudor os erros seus.
E nada mais traduz esta ilusão
Da divindade feita em ser humano
E quando vejo a face em desengano
Percebo tão somente a podridão,
E volto a ter um sonho socialista
E apenas a miséria ao fim se avista.


32


Os latifundiários num momento
Tomando a ecologia por bandeira,
Diverso do que a vida ainda queira
E neste desenhar, já não aguento.
A fonte do temor, o desalento,
Ousando usar o verde da bandeira
Esta bandalha pútrida e rasteira
Espalha qualquer merda pelo vento,
E vejo quão hipócrita a vendeta
E sei da farsa quando se prometa
Mudança radical de algum discurso,
E num instante sinto o mesmo cheiro
Do imundo e desdenhoso vil banheiro
Que agora se desenha em ledo curso.

33

Desilusão a dois, a três, a mil
O vago sentimento de quem tenta
Sentir na face exposta a virulenta
Vontade aonde o todo não serviu,
Audácia se transforma em varonil
Anseio de quem busca e se alimenta
Da carne apodrecida e mais sangrenta
Do proletariado, em tom sutil.
A massa de manobra, este timão
Tomando sem pudor a direção
Invade qualquer praia e num instante
O todo se desenha sem pudor,
Aonde poderia em claro amor,
A imagem desenhada é degradante.

34

Já nada caberia senão isto
O velho jornalismo traduzira
A imensa e desejada rara pira,
E agora ao ver o novo eu já desisto,
E quando assim percebo este Mefisto
Ousando a cada instante na mentira,
A Terra, com certeza sempre gira
Marcando este momento onde eu insisto.
O povo sendo usado, qual cordeiro
A classe dominante, este luzeiro
Que leva para o fundo o burro gado,
E assim o quanto pude perceber
Traduz o mais diverso apodrecer
Enquanto inutilmente tento e brado.

35

Não posso me calar perante a face
Já desolada e velha da cangalha,
A sorte na verdade não se espalha
Nem mesmo quando o novo se mostrasse,
A farsa desenhada, num impasse,
O corte mais profundo da navalha,
E quando a ingratidão tanto retalha,
Calando o coração já nada trace,
A cara desta podre burguesia,
Demônios se gerando a cada dia,
Vendidos como fossem mais saudáveis,
E os ventos do passado, em tempestades,
Ainda quando inútil, tentes, brades
São sempre com certeza inevitáveis.

36

Filhinha de papai quando embarriga
Não tem qualquer problema, a grana corre,
E mesmo que ela deu após o porre
Decerto o inchaço nunca é de lombriga
A clínica se mostra e logo abriga
No aborto tão bem feito se socorre,
E sei que deste fato nunca morre,
Com toda a garantia em paz prossiga,
Porém a proletária que se emprenha
Deveras noutra face tem a senha
Da morte desenhada em sepsemia,
A burguesinha segue e vai à missa
Enquanto a multidão seguindo omissa
Vestindo a mesma cara: HIPOCRISIA.


37

Verdade é dolorida e sei do tanto
Aonde se escondera a realidade,
E quando se demonstra em claridade,
A face desenhada gera o espanto,
E sei do meu caminho e te garanto
Que nele trago viva a liberdade,
E nada do que eu tento ainda evade
Deixando para trás o roto manto,
Esbarro nos enganos costumeiros
E sinto os dias vagos, mensageiros
Apenas da mortalha que me cabe,
Vagando sem saber de algum remanso,
Aonde poderia e não descanso
Entendo cada passo que desabe.

38


Já não me caberia acreditar
No engano mais sutil de quem procura
Vencer o dia a dia em amargura
Ou mesmo se desenha devagar,
O quanto pude outrora acreditar
E nesta face vejo a mesma escura
Verdade aonde o todo se emoldura
Sem ter seque o brilho do sonhar.
Morremos todo dia e quando vejo
O ocaso de minha alma mais sutil,
O todo noutro enredo dividiu
O passo sem certeza em corrupção
Vendendo uma alma a prazo pra Mefisto
Jorrando sem pudor o quanto invisto
Marcando os dias podres que virão.


39


Acaso a sorte muda o quanto pensas?
Não vejo mais razão para sonhar,
Mas quando a vida traz em seu lugar
Apenas os desdéns, velhas ofensas,
As tantas ironias, duras crenças
Matando cada passo devagar,
O rumo se aproxima e em tal vagar
As horas não traduzem recompensas,
As fúrias são deveras costumeiras
E quanto mais além tu pensas, queiras
As sortes consonantes ditam rumo
E tendo dentro da alma este momento
Do nada aonde possa eu me alimento,
E o canto num temor hoje eu resumo.

40

A faca, a foice, a fúria, outra tocaia
E o velho camarada se cansara,
A sorte noutro rumo, outra seara
E o tanto quanto pude já me traia,
Vencido pelo engodo, nada atraia
Quem sabe muito bem e até declara
A frágil fantasia se antepara
Marcando com terror o quanto esvaia,
Vacante coração audacioso
Matando o quanto pude em tom jocoso
Ardis não mais combinam com futuro,
E sinto que se perde em direção
Diversa ao que pudera desde então,
E nada no final, eu asseguro.


41

Jazigo da esperança, a sorte alheia
Matando o que pudesse ser além
Do quanto na verdade não convém
E trama a fúria tola que incendeia,
Vestindo esta ilusão, temor e teia
A porta se transforma em tal desdém
E o quanto com certeza; faz refém
Quem nada sem saber já devaneia,
Meu verso se inundando do vazio
E neste caminhar eu desvario
E bebo o sortilégio mais atroz,
E nada poderá, tenho a certeza
Ainda quando a sorte escassa e tesa,
Calar o que me resta em frágil voz.

42

Já nada poderia ser diverso
Do todo desenhado em ar sublime
E quando a vida traça e me redime
Do nada aonde possa e vou disperso,
E quantas vezes; tento e cirzo e verso
Ousando no cinzel que me suprime
E mata o quanto pude e nunca estime
O passo num mais tétrico universo,
Vestindo a fantasia de palhaço,
O mundo mais diverso agora eu traço
E sinto a estupidez tomando a cena,
Apenas vicejando o quanto pude
Tramar num dia duro, amargo e rude,
Enquanto a sorte atroz pune e condena.


43

Não posso acreditar na mesma luta
E quando se imagina a mão sombria
De quem tentara sempre e poderia
Gerar a velha sorte mesmo bruta,
A sorte se desenha e não reluta,
O quanto deste fato me traria
Escassa realidade onde porfia
A máscara fatal e sempre astuta,
O vasto caminhar em tom atroz
E o pântano se mostra um vago algoz
Num alvo sem sentido e sem razão,
Esgoto o velho tema: a voz se cala
E o peso de uma vida me envergando,
No todo se pudesse outrora brando
Minha alma se mostrara então vassala.


44


Já nada me coubesse senão isto,
O prazo determina o fim de tudo,
E quando a cada instante desiludo
Encontro em minha frente este Mefisto,
E sei do quanto luto e até resisto,
Mas marco o meu caminho aonde mudo
O prazo sem sentido e tartamudo
Apenas com temor, inda persisto.
Audácias tão diversas, versos, vates
E logo que pudesses me arrebates
E matas o que trago em sonho e caos,
Navego contra a fúria de quem tenta
Vencer em calmaria esta tormenta
Em dias tão amargos, ledos, maus.


45


Não pude perceber qualquer momento
Aonde a vida trouxe mera luz
E o fardo se desenha e nele a cruz
Transforma cada engodo num ungüento,
E quando a sorte; ainda a busco ou tento
Vencer o quanto vejo e reproduz
A sórdida loucura em contraluz
Marcando com terror, temor, o vento.
O carma eu dessedento em tom venal
E sigo sem saber do desigual
Caminho aonde o nada se desenha,
E o passo em contramarcha se anuncia
Matando o que pudera e não traria
Sequer outro caminho onde o contenha.


46


Lutando contra a sorte, inutilmente
Vencido desde sempre, sigo alheio
Ao quanto plantaria e não rodeio
Sequer o que deveras se apresente,
E o passo tanta vez impertinente,
Matando o que pudesse e não anseio
Vestindo esta ilusão em devaneio,
O canto se mostrasse impunemente,
Apresentando a sórdida expressão
Dos dias onde todos poderão
Apenas num instante ver a glória,
A rude temperança se aproveita
Do quanto na verdade fosse seita
Marcada pelas ânsias da vitória.


47


Um Cristo; a cada dia, crucificas
E vejo após a queda outra mortalha
E o passo na verdade se retalha
Em faces mais atrozes, porém ricas,
E os ânimos diversos; modificas
Enquanto este vazio agora espalha
Marcando com terror a cordoalha
E nela em todo engodo, mortificas.
Escondo-me deveras do passado
E bebo o quanto possa quando invado
A solitude feita em esperança.
Já nada mais condiz com a verdade
Ainda quando o sonho se degrade
E a morte sem perdão, ainda avança.


48


Já não me caberia acreditar
Nos erros costumeiros de quem tenta
Vencer a vida amarga em vã tormenta
E deixa as coisas fora do lugar,
Esbarro no vazio a caminhar
E bebo desta sorte mais sangrenta
E sei do quanto possa e me alimenta
Apenas a vontade de lutar.
Esbanjo a fantasia aonde pude
Tocado pela fúria atroz e rude
Desenhos de uma vida sem proveito,
E quando noutro rumo desconverso,
Ainda tento além do mero verso
E o resultado enfim, teimando aceito.

49

Já não acreditara no futuro
E sei dos meus caminhos entre enganos,
E os dias desenhando velhos planos
Marcando o que deveras asseguro,
Esbarro nos meus erros, sigo em frente
E sinto o quanto pude e não tivera
Matando dentro em mim a primavera
Inverno a cada dia se apresente,
Mergulho na senzala e vejo apenas
As horas mais doridas, abandono,
E quando do temor, enfrento e adono,
Aos poucos, com certeza me condenas,
E morto ou mesmo até já sem sentido,
Somente o meu caminho eu dilapido.


50

Não pude confessar qualquer razão
E sei dos meus temores quando vejo
O caminhar atroz noutro desejo,
Marcando com terror esta ilusão,
As sortes se mostrando me trarão
O passo mais audaz, e do azulejo
Apenas a mortalha se a prevejo
Moldando a sorte em turva direção,
Audaciosamente quis o fato
E sei do meu caminho onde constato
Engodos sem saber do quanto pude,
Vestindo esta heresia, nada resta
Somente a mesma face mais funesta
Mostrando a realidade audaz e rude.



51

Já não cabe alguma luz
Onde tanto procurava
Pelo menos reproduz
O cenário em fúria e lava,
O meu passo reproduz
Esta angústia em medo e crava
O problema me conduz
Ao tormento onde se encrava
A verdade não condiz
Com meu sonho mais audaz,
Reproduz em cicatriz
O que tanto quis em paz,
E o meu mundo se desdiz
E jamais me satisfaz.


52


No verso onde pudesse ter em mente
Certezas tão diversas ou quem tenta
Vencer em mansidão qualquer tormenta
E neste desenhar sempre apresente
O pântano viscoso e penitente
Numa andrajosa luz e mais sangrenta
Verdade aonde o todo se orienta
Marcando com temor o prepotente
Caminho aonde o nada se desenha
E o cântico decerto traz na lenha
A frágua mais audaz: inconseqüência,
A morte se tramita no Congresso
E o sonho de outro sonho cobra ingresso
E gera sem sentido, a imprevidência.

53

Em consonante passo rumo ao fim,
Caracteres diversos, vagos dias
E quando na verdade me trarias,
O tempo se desenha e traz assim
O vórtice sombrio, e quando vim
Marcando com temor as ironias,
Desenho no vazio o que farias
Matando o quanto resta dentro em mim.
Sacrílego caminho em tom venal,
O charco se desenha original,
E o vândalo cenário se orienta,
Mesclando a fantasia co’o real
O prazo se mostrara mais banal,
Tramando tão somente esta tormenta.


54


Já não me caberia melhor sorte
Nem mesmo alguma luz ou mesmo um sonho,
E quando na verdade não me oponho
Ainda quando o todo se conforte,
Marcando a fantasia noutro norte,
E o passo se desenha mais bisonho,
O tanto quanto pude e não proponho
Vencendo a cada instante a leda morte,
Não pude desejar senão meu cais,
E sei dos meus momentos magistrais
Toando dentro da alma esta esperança
E nela novo rumo não se vendo,
Apenas o cenário tosco e horrendo
Aonde a minha voz já não alcança.


55

O fato de sonhar não permitira
Qualquer novo momento em vida espúria
E quando na verdade sei da incúria
Marcando com terror cada mentira,
A sorte se desenha e não prefira
Sequer a mesma sorte onde a lamúria
Desenha desde cedo esta penúria
Matando o quanto houvera e sempre gira,
A terra se desenha em tom atroz
E nada mais se escuta, em trama e voz,
Mereço melhor sorte? Já nem sei,
Talvez emoldurando a voz em tom
Diverso do que possa sei do dom
De quem deveras teima em vaga grei.


56


No prazo em consistência variada
A noite se produz sem mais detalhes
E vejo quando além ainda espalhes
A morte noutro intento desfraldada,
Resumo do vazio em quase nada,
E sei dos meus caminhos e retalhes
Ainda quando muito sei que falhes
Vestindo a hipocrisia desdenhada,
Esbarro nos enganos e procuro
Vencer o mesmo canto amargo e duro
Escondo nos recônditos do sonho
O tanto quanto pude e não soubesse,
A vida no passado dita a prece
Matando o todo em passo mais bisonho.


57


Já não perceberia outro momento
Senão aquele atroz aonde eu pude
Viver a minha amarga juventude
Tentando outro cenário aonde invento,
O rústico caminho em desalento
E quando esta verdade desilude,
O pântano se molda amargo e rude,
E sei do meu temor e sofrimento.
Esbarro nos meus erros e presumo
O todo num momento em ledo sumo
E visto esta mortalha, fantasia.
O canto sem proveito, a voz se cala,
A fúria se desenha e toma a sala
Aonde nem o sonho caberia.


58


Pressinto o quanto pude e não tivera
Vestindo esta heresia contumaz,
O risco se mostrando além da paz,
Gerando o que pudesse em noite fera,
E sigo sem sentido a velha esfera
E o todo noutro rumo já se faz,
Matando o quanto pude ser audaz,
E nada mais além a vida espera.
Expressa a solidão enquanto eu tento
Vencer o meu caminho em desalento
Mortificando a sorte após o farto
E presumido sonho, amortalhando
O que pensara outrora ser mais brando,
E a escuridão invade agora o quarto.



59


Os olhos sem saber de alguma luz
Procuram no horizonte qualquer messe
E o nada noutro rumo ainda tece
O quanto sem sentido reproduz,
E o bêbado fantoche me conduz
Ao fato aonde o todo não pudesse,
Marcando com terror o que se esquece
Gerando tão somente na alma o pus.
Escassos dias ditam o meu canto
E sei do que pudesse e não garanto
Moldando amordaçada esta ilusão,
E o vândalo caminho se aproxima,
Mudando num momento todo o clima
E dias mais sombrios se verão.


60


Aproveitando a vida de tal forma
Que nada mais pudesse conceber
Senão as tais loucuras do querer
E nisto cada passo se deforma,
A angústia dita a regra, doma a norma
E mata o que pudesse parecer
Gerando o dissabor aonde o crer
Pudesse transtornar o que se informa,
E o canto em concordância gera o cais,
E bebo dos infaustos vendavais
Vagando sem sentido além do todo,
E quando mergulhasse em tom sombrio,
Ainda que procure um desafio,
Encontro a cada passo, o mesmo lodo.


61


Incandescente, indecente, indeciso
Impreciso, sem juízo, displicente,
Pano quente o dente é de siso
Sem aviso não entre, nem sente.

Pente fino ao piolho, se, presente;
Não comente o contexto; é preciso
Ler o aviso que o texto é demente,
Mente e confunde a cabeça. É sorriso!

Paraíso sem maçã e sem serpente,
Novamente sem Adão e sem Eva;
Sei da manha pra não levar sova,
Sei que não neva se o Sol é presente.

É rotina de um ser que só versa,
Conversa com a letra certa e reversa...

Josérobertopalácio


Nevando dentro da alma do poeta
Hibernações da vida onde indistinta
A sorte na verdade não se pinta
E nada do que possa se completa
A sorte desdenhosa, predileta
Ousando com certeza quando extinta
A sordidez travessa e dita a finta,
Tentando adivinhar o que repleta,
Macabra cena eu vejo refletindo
O quanto já julgara outrora findo
E sinto ressurgir num tom atroz,
Mergulho nos abismos costumeiros
E sei dos meus anseios sem luzeiros,
Lamento o que será, então, de nós.


62


Alimentar meu ego e tão somente,
Vagando sem sentido aonde eu vejo
O caos se desenhando em já negrejo
A sorte aonde o todo se fomente,
Não quero caminhar tão simplesmente
Conforme a velha queda ora prevejo
Anunciando o dia malfazejo
E nele toda a história não desmente,
Amordaçando o sonho eu pude ver,
O canto se moldando, a esvaecer
Matando o que deveras não pudesse,
Omisso? Na verdade nunca fui
E o quanto meu caminho assim se flui,
Ainda se tornara clara prece.


63

Ao radicalizar algum discurso
Não posso me calar frente ao cenário
Por vezes tão dorido e temerário,
A vida segue assim seu ledo curso,
E tento caminhar neste percurso
Ousando noutro engodo, meu fadário,
E sei que cada sonho é necessário,
Embora se desenhe em vão recurso,
Espalho a minha voz sem dimensão
Dos dias mais doridos que verão
O cântico sem rumo e sem promessa,
A solidez do nada se espraiando
E o canto noutro rumo se tomando,
Apenas o vazio se confessa.


64


Rusticidade dita esta parelha
E o canto não produz qualquer verdade,
Ainda quando a sorte leda invade
E gera da esperança uma centelha,
O quanto poderia e se assemelha
Ao nada enquanto a vida se degrade,
Moldando a cada engodo a tempestade
Quebrando desta casa cada telha,
Espúrio navegante do passado
O canto sem sentido quando brado
Esbarra nas audazes heresias,
E sinto desvalida esta esperança
Matando desde o início o que se lança
E traça com terror o quanto vias.


65

Jamais imaginara outro momento
Diverso do que vivo ou pude crer
No canto mais atroz o ledo ser
Gerado pela audácia em excremento,
E quando alguma luz ainda invento
Tentando no vazio, amanhecer
O carma se desenha em desprazer
E sigo desvalido o quanto aumento,
Respaldo o meu caminho em tom venal,
E vago sem sentido, bem ou mal,
Resumos de outros sumos: compreendendo
A morte anunciada da esperança
E o quanto noutro engodo a vida avança
Matando o quanto eu pude: um vão remendo.


66

Mudando o pensamento, passo a ver
O quanto poderia num instante
Marcando o meu caminho em deslumbrante
Cenário aonde o todo eu possa crer,
E sinto desdenhoso o amanhecer
Moldando o que deveras me garante,
Resolvo cada passo em diamante
Matando o quanto houvera em ledo ser,
Espelhos de minha alma sem sentido,
E o tanto sem caminho não duvido
E bebo em porre imenso esta aguardente,
O cântico em guerrilha se aproxima
E traz no quanto pude o velho clima,
E nada mais condiz enquanto sente.



67


Carpindo a minha sorte em tom venal
O cáustico momento se transforma
E vejo do passado a mesma forma
Ousando num cenário sempre igual,
Vestindo a hipocrisia, sei do mal
E nada mais deveras se conforma,
A morte a cada engano tanto informa
E traça o meu caminho em ritual,
Expresso com terror o mais audaz
Momento aonde a vida se desfaz
E trama o desalento aonde um dia
Pudesse imaginar a poesia
E sinto que se perde o que teria
Tornando mais distante a minha paz.


68


Já não seduz o verso de quem clama
E traz após o caos a ingratidão,
Versando sobre os dias, solidão,
A sorte na verdade mata a trama,
E bebo solitária a voz que inflama
E gesta dentro da alma o passo em vão
E sei dos dias turvos que virão
Trazendo ao pensamento a velha lama,
Embevecido sonho em tom ditoso,
O morto caminheiro caprichoso,
A cargo do passado em tom sombrio,
E vejo este legado em voz amarga,
O quanto desta sorte agora embarga
Matando que pudesse e desafio.


69


Já não coubera em mim qualquer detalhe
Nem mesmo alguma sorte ou mesmo a paz,
E sei do quanto possa e nada traz
Apenas a esperança não se espalhe
E a face desdenhosa me retalhe
Matando o que pudera mais audaz,
E o todo se deixando para trás
Traduz o quanto penso e sei do encalhe,
Ao máximo adiando o quanto pude
Pensar além do caos amargo e rude,
Cerzindo a solidão após o nada,
Esbarro neste anseio mais fecundo
E quando da mortalha em mim, inundo
A voz sem mais sentido algum se brada.


70

Não pude e não teria outro caminho
Senão vencer as ânsias de quem sonha
E bebo da verdade e sem vergonha
Do engodo aonde tanto me adivinho,
Mortificando o passo mais daninho,
A face desenhada, não se oponha
Ao quanto se pudesse mais risonha
Enquanto mata apenas cada ninho.
Esvaio num alento sem proveito
E tudo o que vier, eu sei e aceito
Da forma mais sutil que inda pudera
Marcando sem sentido o passo aonde
O todo na verdade não se esconde
E mata em ledo estio a primavera.



71


Esqueço do meu verso em qualquer canto
Depois quando procuro e nada vejo
Enfrento o desenhar deste desejo
Moldando o que em verdade não garanto,
Estúpido? Talvez... Mas sei do encanto
Das curvas da morena em ar sobejo,
E quando assim deveras eu alvejo
O passo se traçando além do pranto.
Audácias são comuns na adolescência
Minha alma sabe bem e dá ciência
Desta imaturidade e nisto salva
O resto moribundo e feito em cãs
Avanço de tal forma estas manhãs
Na fúria de uma prenda lúdica, alva.


72


Já nada mais pudera quem anseia
Vencer as tão diversas heresias,
E quando novo tempo enfim trarias
A luz sem mais sentido, toma a areia
E o porto se abandona ou se incendeia
Marcando com terror; velhas sangrias
E sei dos meus temores, tantos dias
Ousando na esperança em farta teia.
Reparo cada engano renovando
Meu passo sem sentido desde quando
O mundo se mostrara enfim desnudo.
E todo o meu caminho se transforma
Aonde a cada instante toma a forma
Do tétrico cenário, atroz e mudo.


73


São poucos dias mesmo os que inda trago
Na ausência do meu canto ou mesmo até
Da falta de vergonha em leda fé,
Gerando após o caos nenhum afago,
Esta inconstância dita o que divago
E marco com ternura e sei quem é
Aquele que se fez mero sopé
Da fúria aonde o mundo em caos alago.
Acordo e nada vendo senão isto
No caos aonde bebo e não desisto
Expresso a socialista imagem nua,
Sorvendo cada gota do infinito
E sei e luto mais quando acredito
Trazendo dentro da alma, inteira, a lua.


74


Meu mundo não se cala e não me omito,
O todo se transforma num instante
E o quanto na verdade se garante
Gerando muito além de qualquer rito,
Desdenho o meu caminho no infinito
E bebo a minha história doravante
E sei do quanto pude e não me espante
O tanto mais audaz, enquanto grito.
Restauro cada passo e nada veio
Somente o meu delírio em devaneio
Vagando sem temor, e claramente.
O pântano se traça noutro rumo
E quando na verdade o bem consumo
A vida se anuncia em rara mente.


75

Urgentemente sigo esta promessa
E vendo cada passo sem razão
As horas mais sombrias mostrarão
O quanto noutro traço recomeça,
A vida na verdade dita a pressa
E molda com temor a dimensão
Traçando desde sempre a solução
Aonde o meu desejo se confessa.
Audácias entre enganos; sigo além
E tendo em coração todo este bem
Diversidade existe e nela eu vejo
O passo para o todo imaginário
E crendo ser possível tal cenário
O mundo que eu sonhara em azulejo.


76


Não pude acreditar neste momento
Vencido pelo caos e nada mais,
As horas entre enganos são fatais
E nisto cada passo novo eu tento,
Espero com ternura o pensamento
De quem se desenhara além do cais,
E vejo noutros rumos os sinais
Do quanto poderia em tal alento.
Esbanjo poesia em cada sonho,
E vendo este caminho mais risonho
Angustiadamente e a vida traz
O rústico desenho de um passado
E quando noutro passo – paz- invado
Percebo o quanto eu fora mais tenaz.


77


Arguta fantasia de quem tenta
Vencer os mesmos erros contumazes
E sei que essencialmente tu me trazes
A sorte tão atroz e virulenta,
Vestindo este cenário onde a tormenta
Mergulha no vazio em ledas fases
E sei dos meus caminhos tão vorazes
Enquanto a boa sorte desalenta.
Esvai o pensamento e nada sobra,
Sequer o que pudesse em vã manobra
Marcando com terror a fantasia,
Errático cometa, a juventude
A cada novo engano desilude
E o monstro sem razão se criaria.


78


Aonde a consciência dominara
Deixando este cenário variado
O quanto poderia sonegado
Marcando com terror cada seara
O vórtice da vida se prepara
E gera este terror já desenhado
Matando com temor o ledo enfado
E o corte a cada instante se escancara.
Resisto o quanto possa e mesmo assim
Vislumbro com certeza o ledo fim
E sei da sorte amarga em noite vã
Pudesse ainda ter uma esperança
E o verso no vazio ora se lança
Precocemente invade esta manhã.

79

Não pude e não queria novo fato
Sequer alguma luz aonde outrora
A vida sem saber do quanto aflora
Trouxera a fúria intensa e não resgato
Sequer o que pudesse ser exato
Ou mesmo noutro engodo se demora,
Mantendo esta ilusão e desde agora,
Apenas o que eu tento e não constato,
Articulando o passo em desatino,
Ao quanto poderia e não destino
Meu canto sem sentido, negação,
Esbarro nos meus erros e sei bem
Do todo que deveras não convém
Trazendo novos sonhos, desde então.


80

O prazo determina o fim de tudo,
O caos se transformando em costumeiro,
Ainda que pudesse em tal luzeiro
O manto se sagrando e desiludo
Vencido pelo caos, mero ou graúdo
As tantas heresias, num braseiro
O todo desenhado em verdadeiro
Caminho e nele perco ou sigo mudo.
Esbanjo a fantasia e me alimento
Do sonho mais audaz, enquanto tento
Sentir tal alegria onde não sigo
Sequer o menor traço da emoção
Vagando sem destino, não verão
Meus olhos o que dita algum perigo.


81


Já nada mais coubera dentro disto
E sigo sem saber da direção
E quantos mais audazes se trarão
Os olhos noutro engano, não desisto
E tanto quanto possa ainda insisto
E vejo a sorte amarga, em solidão,
Ousasse muito além nalgum perdão
Matando a cada esquina um novo Cristo.
Audazes dias ditam tal futuro
E nele se mergulha sem defesas
As horas se mostrassem sobre as mesas
E nisto já não posso ou me asseguro
Arcando com engodos mais sutis
Tentando o quanto pude e nunca fiz.


82

Houvesse alguma chance e tentaria
Apenas ser feliz e nada mais
O vento enquanto nele te distrais
O manto se mostrando em tez sombria,
A sorte se desdenha a cada dia
E marca com terrores desiguais
Os ermos de minha alma e sempre em tais
Momentos a mortalha poderia
Vencer o quanto em rude tempestade
Arcasse com meus erros, quando brade
O sonho inverossímil: ser feliz.
A vida não traduza outro caminho
E sei do quanto posso e sou sozinho
Enquanto a própria lida contradiz.


83

Queimando cada etapa num segundo
Esbarro nos meus erros contumazes
E sei destes enganos que tu trazes
Vagando sem sentido algum no mundo,
O passo aonde em caos eu me aprofundo
Marcando com terror; velhas tenazes
E sinto quanto eu possa e nada fazes
Hermético delírio mais imundo.
Não vejo qualquer sorte e nem pudera
Vencer o que tramasse em leda esfera
Matando o meu caminho em rumo e meta,
Assim a poesia me abarcando
E neste desenhar o quanto e o quando
Deveras noutro enfado se completa.


84

Resumo cada verso aonde eu pude
Marcar a minha vida em pleno engano
E sei que quando tento e enfim me dano
Deixando para trás a juventude
Escassa realidade tanto ilude
E mata o que pudesse em novo plano,
E vejo sem sentido o soberano
Caminho aonde o rumo se amiúde
Vestindo a hipocrisia, sem sentido,
Meu verso quando tento e até lapido
Não deixa pra depois e segue em frente
Espero esta verdade após o todo,
E na esperança traço o velho engodo
E nada num momento se apresente.


85


Já não pudera mais saber detalhes
Dos ermos de minha alma em tal tormenta
E quando a solidão a vida tenta
Mentiras sem sentido logo espalhes,
E tantas vezes vejo e já retalhes
O caos dentro do peito em virulenta
Audácia e nada incide e me alimenta
Senão a fantasia; enquanto encalhes.
Expresso a minha voz em ledo rumo
E bebo do vazio, inteiro o sumo,
Cantando sem sentido o que virá
Na universal vacância em sonho e luz,
Apenas o cenário se produz
Matando o quanto resta e desde já.


86


Não pude e nem tentasse mesmo crer
No canto em harmonia, leda paz,
E sei deste cenário e em vão se faz
O todo mais atroz no amanhecer
Não quero em plena vida apodrecer
Nem mesmo este cenário tão mordaz,
A faca se desenha enquanto traz
O risco de sonhar, sobreviver.
Esbarro nos engodos e sei bem
Do todo que em verdade não convém
Aquém da fantasia onde se quis
Viver esta alegria que não veio
Seguindo sem sentido e mesmo alheio,
Gerando dentro da alma a cicatriz.


87


Não pude acreditar no que disseste
Tampouco quero a sorte em nova face
A bruma na verdade sempre embace
Gerando no horizonte o medo e a peste
O quanto do não ser ainda empeste
O passo aonde o nada se mostrasse,
O rumo se desenha e neste impasse,
O canto se arremete em tom agreste.
Mergulho em discordâncias abissais
E vejo sem futuro os teus cristais
E nada mais pudesse num momento
Apenas tão somente o caos, o medo
Destarte sem sentido eu já procedo
E no momento atroz eu me atormento.


88

Não pude acreditar na sensatez
De quem se fez diverso do que um dia
Pudesse e na verdade não traria
O mundo aonde nada mesmo vês.
E sinto muito além da estupidez
Opaca a face escrota em ironia
E tanto se pudera em agonia
A noite aonde o rumo se desfez.
Esbarro nos meus erros, sei também
Que o todo sem sentido sempre vem
Moldando a minha luta em vendaval,
O rumo em concordância gera além,
Do quanto se moldara em ritual,
E nisto aprofundando porto e nau.


89


O frágil andarilho do passado
Agora não permite qualquer chance
E quando a própria vida diz nuance
Diverso do que tento ou mesmo brado,
Ausente da esperança o meu legado,
Aos poucos sem sentido algum avance
E tente em desespero este romance
Num ato sem sentido, esmiuçado.
Ocasos entre prazos, azos, alças
E nada do que possa; tu realças
Arcando com meus erros simplesmente,
A vida não pudesse ser diversa
E segue este caminho enquanto versa
Traçando o que deveras toca e mente.


90


Já não me caberia uma desculpa
E mesmo se coubesse não daria
A vida na verdade em agonia
Sem ter quem a mereça nem esculpa
O barco desalinha e sem convés
Naufraga muito aquém de qualquer porto,
O manto se mostrando em turvo aborto
Matando desde agora o pouco que és;
E o verso se mostrara mais arcaico,
Num mundo sem sentido e sem razão
Meu canto procurando outra versão
E sei do meu cenário em tal mosaico
Desenhos confluentes? Nunca mais,
Apenas sob os passos, lamaçais.


21871

Aonde a vida traz a solidão
Já nada mais concebe senão isto
E sei que na verdade se ainda insisto
Os dias doloridos me trarão
Apenas solitárias. Servidão
Aonde com certeza em vão persisto
E quando imaginara não resisto
E morro sem saber da solução
Vencido pelo ocaso e nada mais
Os tempos se desenham tão vorazes
E sei dos dissabores que me trazes
Marcando com terror e temporais
Os dias mais audazes e talvez
Apenas no final em nada crês.


21872

Esvai em fantasia o que pudera
Traçar em calmaria e nada resta
Somente este vazio e nele a fresta
Aonde o meu caminho dita a espera,
Vagando sem destino, a leda esfera
Resume cada passo no que empresta
A sorte sem juízo, em rude festa
Marcando o que deveras destempera.
Resolvo meus dilemas de tal forma
Que toda a poesia se deforma
E marca sem sentido o quanto teço,
E nada mais brilhante que a emoção
E dela sei dos dias em estação
Diversa da que ousasse em adereço.

21873


Já não suporto mais quem tanto trama
A vida sem saber qualquer sentido
E quando esta verdade eu dilapido
Apenas o vazio ainda clama
Mergulho no passado em leda lama
E vejo o meu caminho revolvido
O passo em tal promessa, desprovido
Do quanto poderia além do drama,
As terras mais distantes; vago em sonho
E deste Paraíso eu me proponho
Cerzindo uma alegria bem mais rude,
E sei deste vazio em torpe imagem,
A sorte se desenha qual miragem
Enquanto sem certezas, desilude.


21874

Cadenciando a vida sem saber
Do quanto pude amar e nada veio,
Apenas o meu mundo segue alheio
Ao quanto poderia amanhecer,
Visivelmente tento ainda crer
E neste delirar, velho receio
Recebo em discordância e em vão rodeio
O todo sem descanso, a me perder.
Risonhos sonhos dizem da alvorada
A imagem sem sentido, desolada
A farsa se montando num cenário
Diverso do que tanto desejara
Tomando sem sentido esta seara
E o mundo se mostrando imaginário.


21875


Ocasos entre tantas heresias
E nada mais pudera desde quando
O rumo noutro tom se encaminhando
E a sorte de tal forma; não trarias
E vendo tão somente as sintonias
Diversas onde posso mais infando
Tramar o coração em contrabando
E nisto desdenhasse velhos dias.
Resumos de outros tantos, mais diversos
E tendo sob os olhos universos
Distantes do que eu pude coletar
Abraço cada engodo e nada faço
Somente desenhando em leve traço
O quanto mais queria do luar.


21876


Restando tão somente o verso a quem
Fizesse da esperança um mote e tenta
Vencer esta diversa e virulenta
Loucura desenhada com desdém.
O passo na verdade não convém
E gera após o caos nova tormenta
Seguindo cada instante, a morte atenta
Já sabe deste bote, e muito bem.
Espreito qualquer luz e nada havia
Sequer a menor sombra em alegria
Resumos de outros sumos, medo e caos,
Os olhos sem sentido ou horizonte
Ainda quando a vida além desponte
Prepara dias turvos, ledos, maus.


21877

Já não mais caberia qualquer passo
Aonde a discordância doma a cena
E sei desta ilusão deveras plena
Enquanto meu caminho queda escasso.
Domina toda a sorte este cansaço
E a própria persistência me condena
E nada que pudesse ainda acena,
Amordaçando o dia em que me faço
Visivelmente espúrio e nada tento
Liberto noutro rumo o pensamento
E vejo apenas isso em movediço
Caminho sem razão, negando o sonho,
E quando novo tempo inda proponho
Somente algum descanso, enfim, cobiço.


21878


Já não pudesse mais saber do canto
Aonde a minha vida se perdera
A sorte se apresenta e como cera
Desfaz e se transforma em desencanto,
Mergulho em sonho vão e não garanto
Sequer o que decerto merecera
Ousando na verdade o que bebera
E disto-me do sonho em medo e pranto.
Amortalhando o quanto cria em luz
Ao nada cada engodo me conduz
Gerando este cenário em turbulência
E o tanto se desdenha num minuto
O passo se mostrasse mais astuto
E a vida permitindo esta inclemência.

21879

Não pude conceber qualquer alento
Envolto na temática cruel
E vejo o meu caminho em turvo véu
Palavra se perdendo em pleno vento,
E quando no final tomasse assento
Matando o que pudera em puro fel,
O vasto caminhar desenha o Céu
Diverso de que em sonhos alimento,
Aplaca tão somente o quanto trago
E sei do meu caminho mesmo vago
Medonhamente exposto ao sacrilégio
Amar já não seria costumeiro
E sei do quanto possa um mensageiro
Gerando da esperança o privilégio.


21880

Não quero acreditar nas vagas luas
Nem mesmo no brilhar do olhar em vão
A vida se desenha em estação
Dispersa da que tanto além atuas,
E veio das estrelas belas, nuas
Os sonhos mais audazes, profusão
E neles outros tantos se farão
Dispersos dos que teimas e cultuas.
Evoco cada verso em tom suave,
E o tanto quanto possa e o canto grave
Gerando novo encanto aonde eu pude
Vencer os meus temores mais frequentes
E quando outro caminho; ainda tentes
O passo deixa aquém a juventude.


21881

Meu mundo se perdera num instante
E vejo apenas caos aonde um dia
Pudesse adivinhar o que eu queria
E a vida noutro passo não garante
Ainda que deveras me agigante
E marque com sorriso esta agonia
A vida desenhando em ironia
O tanto quanto possa doravante,
Emirjo do vazio de onde outrora
Soubesse em disparada o quanto aflora
A mansidão diversa da que eu pude,
Vencido pelo caos deste momento
Um passo mais audaz, enquanto eu tento
A senda se desfaz; ausente ou rude.


21882

Jamais me comporia com teus passos
Sequer os dias mansos que pensara
Vagando sem sentido em cada escara
Traçando dos meus ermos, velhos lassos,
E sinto sem saber destes espaços
O quanto mais pudesse e se prepara
Ousando noutro rumo, a face é clara
E dela se adivinham rotos laços,
Desabo num instante e tento além
O todo quando o fim deveras vem
Marcando em consonância o que eu queria,
E a morte se anuncia noutro engodo,
Adentro este caminho e sei, vou todo
Tramando dentro da alma esta agonia.

21883


Já não suportaria mais olhar
Quem tanto se mostrasse em tal nudez
O cúmulo dos erros hoje fez
O quanto não pudera adivinhar,
E tendo esta incerteza enfrento o mar
E sei do descaminho aonde vês
O roto se desenha em leda tez
E o passo se desdenha no vagar.
Reparo cada engano e tento além
O quase que decerto ainda vem
Marcando cada engano de tal forma
E a vida se rompendo num segundo
No caos já se desenha esse submundo
E o sonho na sarjeta se deforma.

21884


Acasos entre quedas, riscos, rito,
E o passo sem sentido ou precisão,
As horas mais atrozes moldarão
Além do que deveras necessito,
O quanto imaginasse mais bendito
Resume o meu caminho em negação
E sei desta improvável floração
Num ato em que deveras não reflito.
Esvoaçante véu, leda viagem
A sorte se transforma em tal aragem
Matando o quanto sonhe e mesmo assim
O fato de cerzir em dor e pranto
O quanto na verdade inda garanto
Marcando com terror cada jardim.

21885


Já não mais caberia nem um sonho
A quem se fez decerto um mero ocaso,
E quando a solidão; ainda aprazo,
O rumo se desenha mais tristonho.
E neste caminhar já nem me oponho
E quanto mais pudera por acaso
O risco se desenha sem atraso
E o manto se desnuda, vão, medonho
Esqueço cada passo e nada vejo
Sequer a menor sombra de um desejo
Auspiciosamente decidido
E o vândalo cenário se esgotando
No todo que pudesse desde quando
Meu canto pouco a pouco eu dilapido.


21886


Navego contra a fúria das marés
E sei dos meus enganos, muito além
Do todo que em verdade nunca vem
Sem mesmo até saber por quem tu és
A sorte se mostrando de viés
Dos erros sou somente este refém,
E o quadro se anuncia em tal desdém
Matando o que inda havia em ledas fés.
Arguto caminheiro do passado
Ainda sendo em vão deveras brado
Tentando ser ouvido por quem viva
A messe desejada e até sonhada,
Porém quando afinal não vejo nada
A lua se mostrara enfim cativa.


21887

Já nada mais componho, nem talvez
O risco de sonhar seja diverso
Do quanto a cada engano mais disperso
E neste desenhar já nem mais crês
O canto se traduz em altivez
Gerando sem sentido este universo
E quando me imagino então imerso
Não posso imaginar o que se fez
Sementes tão esparsas, mesmo chão,
O mundo se mostrara e não verão
Meus olhos outro brilho no horizonte,
Somando cada engano se permite
Vencer o que se mostre num limite
E disto noutro rumo já se aponte.


21888


Não pude acreditar no que se vira
Medonha face exposta da verdade
Aonde o meu caminho se degrade,
E a vida não desenhe outra mentira,
O passo se traduz enquanto gira
E nada mais traduz diversidade,
O canto se moldando algema e grade
Do incêndio imaginário resta a pira.
E o cântico se molda sem sentido
E o tanto quanto pude ainda olvido
Deixando o sofrimento se aflorando,
Macabra solidão, velho ditame
E nisto a minha sorte não reclame
Nem mesmo de outro tempo mais infando.


21889


Resolutividade é o que procuro
Vencendo os meus enganos costumeiros
Os olhos se envolvendo em tais braseiros
Após este caminho sempre escuro,
E quantas vezes traço sobre o muro
Mergulhos entre sonhos e canteiros
E os passos são deveras mais ligeiros
E neste caminhar nada asseguro,
Sequer o melhor sonho, ou mesmo o manto
Aonde em garantias não garanto
Nem mesmo algum alento ou mesmo um dia
Aonde na verdade nada veio,
E o pântano se mostra sempre cheio
Imersa neste mangue, a fantasia.

21890


Jorrando a cada engano um pouco mais
Das tramas entre medos e alvoradas
As honras entre tantas quando bradas
E nada mais deveras tu contrais,
Somando estes caminhos terminais
As horas adentrando as madrugadas
Dos ventos entre fúrias e lufadas
As sendas matam sonhos germinais
E deste caminhar inusitado
O todo noutro instante quando evado
Presume a simples queda e tanto eu quis
Vencer os meus temores e prossigo
Traçando este cenário aonde amigo
Pudesse me trazer sonho feliz.


21891

Aprendo com meus erros, disto eu sei
E nada mais calasse o coração
De quem se fez audaz e não virão
As dores dominando etérea grei.
Vencido pelas tramas que eu armei,
O canto se moldando em dimensão
Diversa da que possa desde então
Matando o quanto quero e não terei,
Vestindo esta diversa fantasia
O todo no final não garantia
Sequer o todo quando ainda veio,
A morte se avizinha deste fato
E nisso com certeza não resgato
Além do simples erro em devaneio.

21892

Cevando uma esperança aonde um dia
Pudesse acreditar: felicidade
E quando mais a vida assim se evade
Maior a minha dor, isso eu sabia,
E o pranto se moldando em rebeldia
Enquanto nega a sorte e a liberdade
A vida não traduz sinceridade
Nem mesmo o quanto pude em fantasia,
Audácias tão diversas, verso rude
E o todo se permite enquanto ilude
E mata a sensação de ser feliz,
Desenho com meu canto o quanto quis
E sei deste cenário em plenitude
Deixando no meu peito o sonho gris.


21893


Negar qualquer acordo quando eu posso
Vencer os meus anseios sem temores
E quando noutro rumo tu te fores,
Deixando para trás mero destroço,
O tolo caminhar e nele aposso
Dos erros entre tantos dissabores
Matando o meu canteiro e sem as flores,
Somente este vazio agora endosso.
Venenos mais cruéis, rumos e medos
E sei dos meus anseios mesmo os ledos
Presumo novo infausto a cada olhar,
E o todo se mostrando em inclemência
A vida não permite esta eloqüência
E toma pouco a pouco o meu sonhar.


21894

No canto enamorado aonde um dia
Marcasse com ternura o que não há
E vejo desenhado aqui ou lá
O todo que deveras poderia,
Mergulho nesta noite mais sombria
E sei o quanto a vida moldará
E o sol em descaminho não virá
Deixando para trás a poesia,
A seta me indicando a imprevisão
Dos olhos onde os dias não trarão
Sequer a menor sombra do que outrora
Vestira com ternura e nada resta
Senão a mesma face em vaga fresta
E nela o meu passado me apavora.


21895


Logrando melhor sorte; quem me dera,
Eu sigo este momento em dissonância
E a vida aonde mostre a discrepância
Gestando dentro da alma a louca espera,
E o passo me atormenta e desespera
E nele se apresenta em discordância
A vida, aonde eu pude em militância
Vencer esta distância sempre fera.
Açoda-me a vontade mais audaz
E nada no final ainda traz
A marca sem sentido dos meus erros,
E quando imaginara além tais cerros
Planícies, pantanais, lodos e mangue
E o canto se transforma agora exangue.


21896


Não trago em mim a voz de quem tentara
Atrocidades ditam o meu verso
E quando para além do sonho imerso
O corte se desenha em tal escara,
A fúria noutra voz sobeja e clara
O todo gera em mim sonho disperso
E quanto mais audaz tal universo
O caos transforma a sorte e desampara.
Ecléticos caminhos do abandono,
E nada da verdade aonde adono
O canto sem sentido e precisão,
O manto se transforma plenamente
E o todo com certeza já se ausente
Marcando com terror cada verão.


21897

Tentando alguma luz já não se vê
Sequer o quanto possa acreditar
Meu mundo se moldando sem luar
A vida se tramando sem por que,
O todo se procura; mas, cadê?
O corte não presume outro lugar
Apenas caminhando devagar
O tanto que pudera não mais crê.
Neste infindável sonho em luz suave,
A liberdade traz enquanto agrave
O farto deste engodo mais atroz,
E nada se apresenta como fosse
Além deste cenário onde agridoce
A morte se desenha dentro em nós.

21898

Reprimo cada engano aonde eu pude
Saber dos meus acentos mais dispersos
E quando imaginasse novos versos
A vida se transforma em atitude,
O quanto poderia e não me ilude
Os dias prosseguindo mais perversos
E sinto outros enredos se submersos
Aos erros onde perco a plenitude,
Matando o quanto houvera em esperança
Jazigo amortalhando aonde alcança
A pútrida heresia em tom sutil,
Mortalha se desenha no horizonte
E nada além do fim ora desponte
Negando o quanto o sonho ainda viu.


21899

Cerzindo dentro da alma este finito
Caminho aonde a sorte desengana
A morte se desenha mais profana
E o todo num momento além, maldito,
Esbarro no que possa e necessito
Apenas da vontade soberana
E o caos aonde a vida ora se dana
Matando em nascedouro antigo mito,
Esvai cada momento dos meus dedos,
E sinto os meus caminhos duros, ledos,
Segredos da emoção; já não conheço
Do sonho mais audaz, nada resiste
O olhar se perpetua sempre triste
E o canto não passando de adereço.

21900

Residualmente tenho o descaminho
Vestindo a ingratidão de quem se fez
Aquém noutro cenário em altivez
Marcando cada engano mais mesquinho,
Aonde imaginara um canto, um ninho
Apenas se desenha a estupidez
E o todo num momento se desfez
Deixando esta certeza em cada espinho,
Ressecam os meus olhos, tais momentos
E sei dos meus antigos sentimentos
Mortalhas são comuns em quem pudesse
Vivenciar o todo e não concebe
Tentando imaginar além da sebe
O todo num alento em tal benesse.

21901

Já andara sobre as pedras e pensando
Apenas no vazio além do mar
Perdendo o quanto possa imaginar
No todo se mostrando quanto e quando,
O curso deste rio se tornando
Diverso do caminho a se trilhar,
Vasculho cada ponto a se mostrar
E neste desenhar já me moldando,
Apresentando o caos aonde um dia
Trouxesse cada tom e não teria
Sequer a menor chance frente ao lodo,
Esbarro nos anseios mais dispersos
Alçando muito além em rudes versos,
Do pouco se permite ver o todo.


21902


Apresentando apenas o vazio
E nada mais que tento surge após
A vida se demonstra em ledos nós
E deste adivinhar eu desafio
O passo sem sentido e se porfio
Encontro tão somente o velho algoz,
Resumo do passado mais feroz
E neste caminhar sigo sombrio.
Escuto a voz do vento em meus umbrais
E o todo se desdenha nos sinais
Diversos onde pude e não me engano,
O cântico divino que ora trais,
Não deixa se mostrar além do dano,
Mudando a direção de todo o plano.

21903


Resulto do que tanto perseguira
Ondeio sobre as praias do passado,
E quando novo canto ainda brado,
Marcando o que pudesse em nova mira,
O passo sem destino se desfira
E tome esta esperança por legado,
Ainda quando muito além me evado,
A sorte se desenha em frágil pira.
Escassos dias dizem do futuro
E nada mais pudesse em tom seguro
Cerzindo este abandono e me esquivando
Do caos inconseqüente em árduos tons,
Teus lábios carmesins, doces batons
Um dia mais ameno e mesmo brando.




21904


Grassando sem razão ainda tento
Sentir a sorte quando nada existe
E o pântano demonstra o quanto é triste
O todo aonde durmo em vão relento,
E sei do dia a dia virulento
Caminho em discordância e quando insiste
Marcando o que deveras não resiste
Matando com terror tal sentimento,
Vestindo esta ilusão, apenas vejo
A marca mais atroz deste desejo
Gerado pelo caos e nada além,
O tanto anunciado após o fim,
O manto desenhado traz enfim
O quanto em agonia sempre vem.


21905

Acerto o passo enquanto esta acidez
Espalha neste vento o quanto pude
Sorver desta distante juventude
E o nada no lugar ainda vês;
O passo se mostrando em lucidez
O canto se desenha audaz e rude,
A morte molda além da plenitude
O rumo onde meu canto se desfez;
Ferrenhas tempestades; nada escuto
E o passo poderia mais astuto
Enquanto a ingratidão regendo o dia,
A vida sem sentido nem razão,
As horas mais diversas mostrarão
A face da verdade mais sombria.

21906

Nadando contra a força das marés
Eu tento alguma praia e nada vem,
Somente da esperança sou refém
E a vida se adivinha de viés,
O pântano moldando por quem és
E o caos se transformando muito além,
Realça cada espanto e quando tem
Somente este sentido, num revés;
Essencialmente posso ser feliz
E tanto quanto trago o céu não quis
Sequer a mera sombra do passado,
E quando em agonia se desenha
A vida no queimar de cada lenha
Apenas meu caminho em vão degrado.

21907


Havendo cada luz aonde eu possa
Trazer em consonância o dia a dia,
A face mais atroz não poderia
Reger sequer o quanto fora nossa
A sorte se moldando em leda fossa
E o canto se presume em heresia,
O tanto quanto possa fantasia
Esta alma sem sentido e todo endossa;
Risíveis caminheiros do passado,
O todo se desenha enquanto eu brado,
Matando o meu cenário em vão proveito,
E o pássaro se trama em liberdade
Do todo que deveras se degrade
Apenas mero tom ainda aceito.


21908

Naufrago num instante aonde eu pude
Semente destes ares mais audazes
E quando noutro engodo tu me trazes
A sorte na verdade em atitude
Dispersa o quanto possa em magnitude
Diversa da que tanto ainda fazes
Matando o meu caminho em ledas fases
E nisto o meu cantar só desilude,
Marcasse com ternura o quanto vejo
E sei do desenhar deste desejo
Amordaçando o sonho mais feliz,
E o tanto quanto quero em tom suave,
Apenas na verdade agora agrave
Gerando o quanto posso e nunca fiz.

21909

Não sei dos meus caminhos nem talvez
Ainda se permita acreditar
No raio mais sobejo de um luar
Aonde na verdade nada vês
E sei desta completa insensatez
Gerada pela angústia num sonhar
Diverso do que pude imaginar,
Jazendo dentro da alma e além não crês,
Redimo cada engodo num momento
Disperso do caminho aonde eu tento
Vencer os meus temores, num segundo,
E o pântano desenha dentro da alma
Apenas o que tanto não acalma
E neste delirar eu me aprofundo.


21910

Não tendo mais alguma luz eu sinto
O raro caminhar em noite escura
E quando a solidão tanto assegura
Além do que pudesse algum instinto,
Eu sei quanto em caminhos vãos eu minto
E tanto se mostrasse e já depura
A morte se trazendo em tal loucura
E o todo se desenha em ar extinto,
Esboço cada lavra que cultivo
E sei do meu cenário em lenitivo
Matando o dia a dia muito aquém
Do rústico cenário desenhado
E neste caminhar eu me degrado
Enquanto a solidão, ainda vem.



21911


Procuro em noite plena pela lua
Que há tanto se escondera entre estas brumas
E tal como esta lua tu te esfumas,
Minha alma sem sentido, exposta e nua,
Enquanto te buscasse em vão cultua
E noutra direção decerto rumas,
Vagando sem sentido tu costumas
Além do próprio céu, ora flutuas,
Imagens de um passado refletindo
O quanto fora atroz, sobejo e lindo,
Marcando com ternura a poesia,
E o cântico se mostra mais suave,
A vida traz o medo que me entrave
Matando desde agora a fantasia.

21912


Levado pelas ondas deste mar,
Adentro madrugadas sem sentido,
E o quanto deste encanto agora olvido
Tentando noutro tom compartilhar
Os ermos de minha alma a navegar
Aonde o coração foi consumido,
Percebo cada passo e até duvido
Enquanto poderia enfim amar,
Vislumbro após o caos o raro cais,
Mas sei que na verdade uma ilusão
E os dias mais doridos mostrarão
E apenas qual fumaça tu te esvais,
Levada pelas ânsias de quem clama
Vencido pela angústia, em medo e drama.

21913


Querências tão diversas onde eu pude
Ouvir a voz de quem nunca mais veio,
E o canto se mostrando agora alheio,
Demonstra este sentido amargo e rude,
O todo se desenha em amplitude
Falena em plena luz; busco e rodeio
O amor onde se faz em devaneio,
E a vida se transforma em atitude.
Vencido caminheiro do passado,
Meu canto se demonstra enquanto evado
Os olhos não encontram direção
E o todo se aproxima do cenário
Diverso e muitas vezes temerário,
Moldando os dias duros que virão.

21913

Errando bar e bar, a noite inteira
Já não conceberia um novo passo,
Aonde pouco a pouco eu me desfaço
E sei da face amarga e verdadeira,
Diversa da que tanto ainda queira,
Demonstro tão somente este cansaço,
Buscando acolhimento no regaço
Daquela que se fez a companheira.
Apresentando os erros de quem ama
E sabe cultivar o ledo drama
Nas ânsias dolorosas da esperança
Depois de certo tempo, inútil fardo,
O canto se demora e não resguardo
O passo que deveras segue, avança.

21914

Resgato os meus enganos e procuro
Acertar os caminhos onde eu possa
Traçar qualquer encanto além da troça
Embora saiba ser o céu escuro,
Vagando sem sentido, salto o muro
E a vida noutro passo não endossa
Os erros onde a sorte fosse nossa
E o tempo não seria tão seguro.
Restauro cada engodo do passado
E vejo o meu caminho enquanto invado
Os ermos mais atrozes da emoção,
E sei dos dias tantos em tempestas,
Aquém dos meus anseios tu já restas,
Porém sei que meu canto foi em vão.

21915

Tentando vislumbrar noutro momento
Apenas o que possa traduzir
A sorte mais audaz e no porvir
Somente no vazio eu me alimento,
E quando novamente ainda tento
Marcando com temor o que há de vir
Singrando o imenso mar a repartir
O todo num atroz recolhimento,
Vencendo os meus erráticos delírios,
As sortes se traduzem por martírios
E os erros desnudados são diversos,
Aprendo com meus passos sempre em falso,
E sei do quanto possa e o cadafalso
Invade, torturando os ledos versos.

21916


Ungido pela fé que nunca tive,
Resumo do meu passo sempre em vão,
E sei deste temida ingratidão
Da qual já nada mais dome e me prive,
Os dias com certeza me trarão
Além do que deveras não contive,
O canto com a dor tanto convive,
Mudando o meu caminho em direção,
Esbarro nos engodos de quem tenta
Sabendo quanto a sorte é virulenta
Audaciosamente crer na vida
Embora saiba bem de cada infausto
Ainda se propondo ao holocausto
Até do próprio canto ora duvida.

21917


Irônicos caminhos dizem tanto
De quem não poderia acreditar
Nas ânsias mais audazes de um lugar
Aonde tão somente o vão garanto,
E quando noutro rumo em desencanto
Pudesse novamente caminhar,
Marcando cada engodo devagar
O passo noutro todo sem espanto,
Aprendo em ironias com a sorte
E sei do quanto possa e me conforte,
Matando o todo em volta das promessas
E nelas outras tantas tu revelas,
As horas se desenham nestas celas
E nelas, sem defesas, tu tropeças.


21918

Ouvisse a voz do mar em tal procela
Ao invadir as rocas e rochedos,
Os dias de esperança; os vejo ledos
E a vida noutra face se revela,
Enquanto o meu passado não mais sela
Os sonhos se transformam; desenredos,
E os olhos sem sentido sorvem medos
Nas ânsias mais atrozes desta cela,
E esbarro nos meus erros, mas persisto,
E quando me percebo eu sinto que isto
Transcende à própria vida me traçando
Um rústico cenário aonde eu pude
Moldar com mais ternura a plenitude
Aonde se pensara em passo brando.


21919

Perguntas sem respostas? Nunca mais.
O canto se transforma em fantasia
E o manto desvendado não traria
Sequer o que desejo em vendavais,
E os ermos de minha alma, atemporais
Não tendo o que decerto desafia,
Atando com terror leda magia
E nisto se adivinham velhos cais.
Esboço reações e tento até
Saber e imaginar por quem não é
A sorte mais audaz e mesmo viva,
E tanto poderia quanto quero
Alçar este momento mais sincero
E o mundo sem sentido, enfim me criva.


21920


Arrasto contra a fúria das marés
Minha jangada exposta às tempestades
E sei do quanto queres e se evades
Marcando meu caminho de viés,
No roto desenhar; sei por quem és
E o cântico traduz outras verdades
E nelas entre tantas liberdades
Enfrento mansamente algum revés.
Singrando o quanto pude em mar imenso,
E quando na verdade busco e penso
Tentando pelo menos ser suave,
Engodos costumeiros marcam passos,
E os dias em luzeiros são escassos,
Meu rumo a cada instante em não se entrave.


21921


Servindo a quem pudesse ser diverso
Do todo mais audaz, mera canção,
As horas no futuro somarão
Os erros mais comuns deste universo
E quando o dia a dia inda disperso
E sinto clarear cada emoção,
A vaga e mais completa sensação,
Tramando o desenredo tão perverso,
Angustiadamente vejo o fim
E nada se desenha dentro em mim
Senão as mesmas farsas de um passado,
Enquanto decidido vou à luta,
A sorte na cidade não se escuta
E inutilmente tento ou mesmo brado.


21922


Decido imaginar aonde eu possa
Tramar as sensações bem mais diversas
E quando noutro encanto ainda versas
A sorte não seria assim tão nossa,
Vagando sem destino, o quanto troça
Enfrenta as ilusões e são perversas
E quando noutro rumo desconversas
Marcando muito além do que se endossa,
Reúno o meu passado e vejo bem
E o todo se traduz quando ele vem
Modificando à luz deste momento
Enfados são comuns a quem reluta
E a face mais tenaz, temida e astuta
Gerando o que decerto eu incremento.

21923

Fragilizando o canto onde ressalvo
Os erros costumeiros; tento e sonho
Sabendo do que possa ser medonho
Ou mesmo da ilusão somente um alvo,
E tento imaginar, enquanto salvo
Vencendo os desenganos e proponho
Um canto mais audaz e até risonho,
Nos ermos deste monte, neste calvo.
Aprendo a cada dia ser diverso
E quando noutro rumo tento e verso
Marcando em discordância o dia a dia,
O sacramento embute a negação
E dita os dias turvos que trarão
Apenas o que possa e não queria.


21924


Grassando sem sentido em plena rua,
Vagando em direção aos meus anseios,
E quando vejo os dias em rodeios
A sorte desenhada se faz nua,
E o todo noutro ponto ainda atua,
Marcando com ternura raros veios,
E os tantos caminhares; são alheios
Ao quanto poderia e não cultua.
Gerasse novo engodo e mesmo assim
A vida se trouxera em claro fim
Matando em nascedouro uma esperança
O rumo se transcende e nada vejo
Somente o desenhar de um vão desejo
E o passo sem sentido algum, só cansa.

21925

Habito as velhas tramas de outros dias
E tento disfarçar o quanto pude
Marcando cada passo com a rude
Presença do que tanto me trarias,
E sei das noites gélidas, mais frias
E o prazo na verdade não transmude
Enquanto a realidade desilude,
Tramando simplesmente hipocrisias,
Vestindo a mesma roupa do passado,
E sei que do vazio quando evado
Não possa traduzir sequer um rumo,
Bebendo cada cálice do sonho
Aonde o verso em paz teimo e componho,
Aos poucos noutro engodo eu me resumo.

21926


Jazigo da esperança o verso traz
Ainda o que pudesse e não mais veio,
Olhando para os lados o receio
Sonega o quanto quis em plena paz,
O vândalo caminho mais mordaz,
O passo sem saber em devaneio,
Procuro pelo menos qualquer meio
E o todo se transcende mais voraz,
Espúria madrugada se desenha
E quando a vida traz a velha senha
Mortificando o canto em tom atroz,
Já nada mais concebo no horizonte
A sorte seca logo qualquer fonte
Calando desde o início a minha voz.

21927


Livrando o meu caminho dos percalços
Diversos onde a vida continua
Marcando esta presença bela e nua
De quem se traduzira após os falsos
Momentos decisivos e descalços
Os passos invadindo qualquer rua,
E o nada noutro tom teima e flutua
Deixando para trás meus cadafalsos.
Esbanjo a poesia em cada olhar
E sei quanto é difícil navegar
Vencendo as ilusões e mesmo assim,
Do todo imaginário, um sacramento
A vida se entregando além do vento,
Tomando enfim destarte o meu jardim.


21928

Criando dentro da alma esta esperança
Aonde poderia e não mais vejo
Sequer algum sentido onde o desejo
Aos poucos sem temor algum avança,
A noite poderia ser mais mansa
E o passo delicado, mas no ensejo
O rude e crucial caminho; almejo
Marcando o que pudesse em confiança
Vertendo sob a fúria das tempestas
As horas onde tanto em bens tu gestas
Manobras radicais, olhos sutis,
E tento após o passo me moldar,
Resisto a cada instante num lugar
Diverso do que tanto sonho e quis.

21929

Vagando sem descanso pelas ruas
Veredas tão diversas das que pude
Tramar a cada passo em plenitude
E os ermos sem sentido em almas nuas,
Apenas na verdade tu cultuas
A sorte quando tanto desilude
Marcando o mesmo engodo, atroz e rude,
Matando o quanto possa em noites cruas,
Cruzeiros pelos mares mais distantes
E sei do quanto queres ou garantes
Mormaços dentro da alma, sonho vago,
E o vórtice devora todo norte
E sem ter quem deveras me conforte,
Somente sem sentido algum, divago.


21930

Braseiros onde tanto quis apenas
Vencer os meus temores e seguir,
Sabendo desde já que em meu porvir
Aos erros contumazes me condenas,
Cerzindo no vazio as ledas penas,
Pudesse pelo menos redimir
E os erros tão diversos, a seguir
Enquanto noutro tanto não acenas.
Esgoto cada verso em tom atroz
E sei do quanto possa em nova voz
Gestando sem sentido algum tal fato,
Arcando com engodos costumeiros,
Ainda que pudesse em tais luzeiros
O engano sem sentido algum, resgato.

21931

Navego contra os ermos de minha alma
E tento mitigar qualquer engano,
A vida se conhece e já me dano
Trazendo a realidade em cada palma,
O nada traduzisse o mero trauma
E o canto se mostrasse mais profano,
E quando a solidão adentra o pano
De fundo aonde o rumo em paz acalma,
Esbarros nos meus dias mais felizes
Embora noutro enredo; contradizes
Gerando o quanto quis e nada veio,
Ausente dos meus olhos, a verdade,
Apenas o vazio se degrade,
Marcando cada infausto com receio.


21932


Matara esta emoção e nada além
Do medo se desenha no horizonte
E quando o dia a dia desaponte,
Apenas o vazio ainda vem,
Marcando o meu caminho com desdém,
Gerando co’o passado a mesma ponte
E nada do que tente se desponte
Tramando uma ilusão, seguindo aquém.
Resplandecente sol em primavera,
As armas são diversas, mesma luta,
E quando o meu caminho não reluta
O todo noutro passo não espera
E sinto quanto possa acreditar
Ainda neste sol a nos tocar.


21933


O prazo terminando e nada pude
Sequer ao navegar tentar um porto,
O medo se transforma neste aborto
Cenário na verdade amargo e rude,
Enquanto a vida tenta em plenitude
Eu vejo o sonho exposto e quase morto,
O canto se desenha em tom mais torto
E nada do que possa se amiúde.
Grassando pelas noites tempestades
E sei do quanto queres e até brades
Mudando a direção da ventania
O prazo se extermina pouco a pouco
E sei que na verdade feito um louco,
Meu mundo noutro intento não viria.

21934

Querendo ou não querendo a vida trama
Além da mera queda outro momento
E quando sem sentido assim fomento
O prazo resumido gera o drama,
E tento até manter a velha chama,
Mas nada do que possa eu reinvento,
Palavra sem sentido solta ao vento,
A morte na verdade me reclama,
Esboço reações e nada vejo
Senão a mesma face onde o azulejo
Tornado em ilusões, mero fantoche
E o prazo determina o fim de tudo,
Cansado deste infausto, eu desiludo
E a vida dos meus sonhos, mais deboche.


21935

E o quanto poderia e nunca veio,
Apenas outro dia e nada mais,
Exposto aos vãos tormentos, vendavais,
O rumo se perdendo em tom alheio,
As sombras do passado se eu rodeio,
Os erros são deveras naturais
Enganos se transformam em normais
Momentos sem saber de algum recreio,
Esvaio em dor diversa e nada trago
Sequer o que pudesse num afago
E bebo esta ilusão inutilmente
Ainda quando o mundo se anuncia
Diverso do que pude em fantasia
A vida noutro infausto teima e mente.


21936


Retóricas diversas; segue a vida
E no caminho perco a direção
E sei que os meus enganos mostrarão
A mesma face em dor a ser urdida,
Preparo tão somente a despedida,
Sabendo desde já da solidão
E nela se mostrando a hibernação
Matando o que pudesse e ainda agrida,
Respiro este momento e sei tão bem
Do quanto na verdade nunca vem
Nem mesmo poderia ainda crer
Nos erros de quem tenta novo canto,
E o mar sem direção, inda garanto
Tentando adivinhar o alvorecer.


21937

Traduzo o quanto quis e não soubera
Vencer os dias duros, mais atrozes
E quando as esperanças são algozes
A solidão se torna a rude fera,
O mundo se mostrando noutra esfera
Quisera da esperança as overdoses
E mesmo quando em fúria te antegozes
Do sofrimento vago em vã quimera,
A morte se desenha após o cais,
E nada do que possa tento mais
Sequer a melhor sorte que não veio,
Olhando para trás apenas sinto
O todo que pudera agora extinto
Deixando o meu olhar além e alheio.

21938

Um dia mais feliz; eis o que eu quero
E nada conseguindo sigo ao léu,
A sorte se desenha em carrossel
E o passo sem sentido se faz fero,
O quanto poderia ser sincero
E transformar o rude em bom papel,
Vencido pelo medo, vejo o véu
E nele em todo engano destempero.
Reparo cada vórtice que venha
E sei dos meus delírios cada senha
Audaciosamente quis apenas
Traçar novos momentos mais felizes
E sinto quanto possa ou contradizes
Enquanto em solidão tu me envenenas.


21939

Idoneidade é tudo o que procuro
E sinto sem temor o quanto é rude
O mundo se mostrara e não mais mude
O todo num incauto passo escuro,
E quando me investira sobre o duro
Cenário atroz da mera juventude,
Apenas desdenhosa esta atitude
Negando qualquer porto mais seguro,
Acasos entre dias mais audazes
E os antros que freqüento são assim,
A cada esquina vejo um botequim
E nele os mesmos porres que me trazes.
Grassando este vazio e sem sentido,
Aos poucos já cansado, dilapido.

21940


O prazo terminando e nada vendo
Somente o que pudesse adivinhar,
A vida se transforma devagar
E neste caminhar me sinto horrendo,
O todo se desenha num remendo
E o prazo tanto pode se mostrar
Além do que quisera imaginar
Ou mesmo sem saber além me estendo,
Vencido pela fúria de quem sabe
Tramar o meu cenário onde desabe
A sorte sem sentido nem razão,
Engano o dia a dia e até procuro
Um mundo que pudesse ser seguro
E nele novos tempos? Tudo em vão.

21941

Pecado é não saber ser mais feliz,
Gestando esta ira imensa dentro em ti,
E o quanto deste rumo eu já perdi,
Vagando sem sentido em vão desfiz,
O passo noutro engodo e a cicatriz
Medonha se desenha desde aqui
E o vórtice transborda onde eu vivi
Embora siga sempre por um triz.
Esbanjo uma alegria e nada vindo,
O todo se destroça quando infindo
E mata a plenitude sem razões
E não quisera ter sequer tal sorte
Aonde a fantasia me conforte,
E a melodia em paz; então me expões.

21942

Assumo cada engano e sei tão bem
Dos dias mais diversos que inda trago
Sabendo do meu mundo em ledo lago,
E a sorte na verdade não mais vem,
Pisando com terror sendo o refém
Enquanto outro cenário; em vão, divago
Esbarro nos meus ermos sem o afago
E o todo na verdade não provém
Marcando com audácia o dia a dia,
O todo noutro enredo poderia
Gerar outra manhã, quem sabe um sol,
E o tanto que perdera no passado,
Realidade além tomando invado,
Luzindo plenamente em arrebol.


21943


Soltando a minha voz, bem que pudera
Saber de outro momento mais feliz,
O canto na verdade contradiz
O todo sem sentido em nova esfera,
A sorte se demonstra e destempera
O quanto já se evade e jamais quis,
Pousando noutro enredo em céu mais gris
O passo sem sentido tanto onera
Quisesse ser diverso, mas me privo
E sei do teu carinho, um lenitivo
Apenas, nada mais, e sendo assim,
Do todo desejado nada resta
A vida se perdendo em leda fresta
O mundo se aproxima então do fim.


21944

Dos meus caminhos sei e não mais alço
Sequer outro desejo onde não há
A vida poderia ser maná,
Mas sinto o meu caminho mais descalço
E quando a luz enfim teimo e realço
Somente esta esperança brilhará
E o todo se perdendo aqui ou lá
O diamante dado fora falso,
O rústico momento em tom sombrio,
E o quanto poderia e desafio,
Já não mais traduzira alguma fonte
E a mina se secando, defenestra
A sorte se moldando mais canhestra
Apenas para o vago ora se aponte.


21945

Farsantes sonhos dizem do futuro
E nada mais pudesse acreditar
Aquém deste diverso imaginar,
Apenas o final; teimo e asseguro,
O canto se desenha além do muro
E trama todo engodo a me mostrar,
A vida não pudesse no luar
Marcar o quanto busco e sei escuro.
Escoriando após a queda em vão,
Meus olhos no final se mostrarão
Somente sem sentido e mesmo aquém
Do quanto poderia e nada veio,
O olhar se desenhando mais alheio,
A solidão aos poucos chega, vem...

21946


Gravado dentro da alma o sonho enquanto
A sina desejada não pudera
Traçar o quanto quero em primavera
E neste delirar nada garanto,
E o passo noutro rumo dita o manto
E navegando além do que se espera
A vida sem surpresa ora se esmera
E diz somente enfim do medo e pranto,
Esvoaçante encanto em natureza
Diversa da que possa sobre a mesa
Expondo cada passo aonde eu veja
A mera fantasia e nada mais
Dos ermos dentro da alma, vendavais
Na face mais atroz da sorte andeja.

21947


Horrenda noite cai em tom brumoso
E o todo que pudesse não mais veio,
Cerzindo o meu caminho em rumo alheio,
O passo tentaria majestoso,
O rústico cenário, caprichoso,
O canto se mostrara sem receio
E o manto se moldara enquanto creio
Possível novo templo prazeroso.
Resumos de passados tão diversos
E sei dos meus caminhos, dito versos
E tento acreditar noutro futuro,
Mas sei quanto se fez em tom sofrível
A vida se moldando noutro nível
O mundo eu já não vejo mais seguro.


21948


Jocoso este cenário aonde tramas
Futuro tão diverso do que outrora
Pudesse desejar e se devora
A face quando dita os velhos dramas,
Traçando sem sentido as mesmas chamas
A fúria noutro cais hoje se ancora
E o passo remodela e tanto aflora
Cerzindo o meu caminho em tantas lamas.
Esvai-se a cada instante a luz enquanto
O prazo determina e não garanto
Sequer a menor sorte de quem tenta
Vencer a tempestade em tom sutil,
Matando a nossa história onde se viu
Apenas esta farsa, virulenta.

21949


Livrando os meus caminhos dos enganos
Errando vez em quando, sigo em frente
E o quanto mais pudesse mesmo que tente
Tramar além dos versos, velhos danos,
Embora noutro rumo os desumanos
Caminhos se traduzem quando invente
E mate o que restara prepotente
Deixando para trás os ermos planos.
E vendo tal submundo aonde possa
Traçar qualquer cenário mais diverso
O todo se transforma enquanto verso
Após a tempestade em leda troça
A rústica presença do passado
Ainda sem temor, ousando eu brado.

21950


Clamando pela voz da liberdade
Espero qualquer dia além do caos
E os dias entre tantos vis degraus
Alçando o que pudesse em igualdade,
Diversos os caminhos, vários graus
E neles outros tantos rudes, brades
E sempre quando tento; desagrades
Ousando noutros dias ledos, maus.
Esbarro nos meus passos e trafego
Apenas sem sentido, como um cego
Que enfrenta um tiroteio, peito aberto
E quando mais audaz; maior a queda
A sorte na verdade sempre seda
E o todo noutro rumo e em vão deserto.


21951

Viperinas manhãs ditando o quanto
Desta alma se resiste e não procura
Vencer a sorte enquanto mais segura
A vida noutro rumo, em desencanto
E quando na verdade hoje eu garanto
A sorte desdenhosa da loucura
E nela a mesma face em caradura
Trazendo em todo olhar o velho pranto,
Lacrimejando apenas, nada mais,
Os erros se transformam em banais
E os mantos consagrados do passado,
Induzem ao engano costumeiro,
E o todo se desenha por inteiro
Enquanto noutro engodo eu já me enfado.

21952

Bebendo com fartura esta ilusão
Já nada caberia além do todo,
E sei do meu caminho em pleno lodo
E os dias noutro rumo me trarão
Infausto este andarilho da esperança
Sem ter sequer um porto aonde veja
A sorte desenhada e mais sobeja
E nela o quanto quero e nada alcança
Vencido pelo rústico momento
Aonde com terror nada se dita,
A marca mais atroz vaga e maldita
Provoca tão somente o que inda tento
Saber audaciosa e francamente
Enquanto a própria vida não desmente.


21953

Não pude acreditar um só instante
Nos tantos erros; vindo deste alguém
E quando a tempestade ainda vem
Matando o que deveras não garante
Sequer o que pudesse doravante
E o olhar se desenhando com desdém,
Procuro tão somente o que inda tem
E nada mais pudesse, é degradante.
Já não consigo ver além do espelho
E quantas vezes tento e me aconselho
Num átimo a palavra se traduz
Em rumos tão diversos, divergentes
E sei que na verdade sempre tentes
Após a tempestade ver a luz.


21954

Mereço alguma chance? Nem sei bem
O todo se aproxima do final,
Errático caminho desigual
E nele este vazio agora vem,
Marcando com terror o que convém
E sinto o meu caminho em ritual
Disperso marinheiro perde a nau
E o manto se traduz no quanto tem,
Esboço a reação e nada vindo,
O todo se mostrara agora findo
E o pântano domina este cenário,
A vida se perdendo em leda lama,
O quanto deste sonho se reclama
Num ato muito aquém do imaginário.




21955


Querendo muito mais
Ausento da esperança
E nestes vendavais
A vida sempre avança
E quando em magistrais
Momentos tudo avança
Ousando nos cristais
Em leda temperança,
Vagando sem destino
No caos gerado após
O tanto determino
Ouvindo a mesma voz
Império onde declino
O canto mais feroz.

21956


Espúria fortaleza
Aonde quis somente
A sorte sobre a mesa
E nada mais desmente
O todo em tal surpresa
Gerando este semente
A luz enfim coesa
Moldada plenamente,
Atento se redime
Quem tanto quis além
Do quanto me suprime
O sonho enquanto vem
Tramando o quanto estime
Dos ermos, sou refém.

21957

Restauro cada passo
Aonde não pudera
Trazer o tempo escasso
E nele a sorte fera
Gestando novo traço
O quanto desespera
E sei do quanto faço,
Mergulho em trágica era.
Exponho esta verdade
E nela me aprofundo
Enquanto tanto eu brade
Gerando este submundo
Procuro a liberdade,
Em nada então me inundo.


21958

Trazendo em voz suave
O canto aonde eu possa
Traçar o quanto agrave
A vida em leda fossa,
O passo dita a trave
A morte então endossa
O rumo aonde crave
A luz que fora nossa,
Resumos de outros dias
E neles nada tendo
Somente o que virias
Em raro dividendo,
As horas mais sombrias
E o fim já me envolvendo.


21959


Usando o verso em vão
Ou mesmo no passado
Os olhos saberão
Do quanto ainda brado,
E quando quem do chão
O passo; eu sempre evado
E sinto a precisão
Da sorte em duro Fado,
Fortuna desenhando
O quanto pude ver
Em tom anunciando
O raro amanhecer,
O mundo em contrabando
Não pude conceber.


21960

Idolatria eu vejo
No olhar de quem se toma,
E neste vão desejo
A vida em manso coma,
Traduz qualquer sobejo
Caminho onde se doma
O todo em azulejo
E traz a nova soma,
Vencendo os meus temores
Seguindo em manso passo,
Aonde quer e fores
O tempo mais escasso,
Reinando sobre as flores
O sonho eu ti eu traço.

21961

Ourives da esperança
O amor já não condiz
Com tudo quando avança
E trama a cicatriz,
Risonha esta mudança
E nada mais se diz
O todo em temperança
Espreita o quanto eu quis.
Esvai cada momento
E nada mais pudera
Ousar enquanto alento
Matando a primavera
E nela o mero vento
Aos poucos destempera.


21962


Presumo enganos quando
O tanto se faz mais
E nestes terminais
O mundo se mudando
Vencendo o passo em brando
Desejo onde jamais
Pudessem desiguais
Caminhos transformando,
Ocasos entre tanto
Momento aonde eu vejo
O mundo e não garanto
Sequer algum ensejo
E nisto todo o pranto
Traduz turvo desejo.


21963


Aprendo com a queda
E sei do meu cenário
Aonde a sorte veda
O canto imaginário
Vencido enquanto seda
Meu canto em vago horário
Gestando o quanto enreda
Num tempo em vão fadário,
Resumos de outros erros
Enganos costumeiros
Procuro em tantos cerros
Além destes luzeiros
Momentos em desterros
Ou mesmo verdadeiros.

21964


Servindo de repasto
A quem não poderia
Ousar enquanto gasto
O tempo em ironia
Traçando o quanto afasto
Da sorte dia a dia
O manto hoje nefasto,
Tramando a hipocrisia.
Vestindo a mesma sorte
De quem se fez audaz
O todo me conforte
E nada mais se faz
Gestando em traço forte
O quanto quis em paz.


21965


Divido o verso quando
Ainda se pensasse
No todo em contrabando
Marcando em nova face
O peso desabando
E nada mais mudasse,
O quanto se tomando
No rústico moldasse
Aprazo finalmente
O tanto quanto é rude
A vida quando mente
E nisto sempre pude
Trazer nova semente
Gestando a plenitude.


21966


Fazendo do meu canto
Apenas o que possa
Traçar e já garanto
A sorte sendo nossa,
Não posso neste manto
Vestir o quanto endossa
Resolvo além quebranto
O quanto se destroça
Resumo verso e tédio
Num túmulo e na ausência
Procuro algum remédio
E nada em consciência
Gerasse o novo assédio
Da vida em vã ciência.


21967

Girando a Terra traça
Neste infinito astral
A sorte qual fumaça
E segue sempre igual
Caminho aonde grassa
Num rumo ritual,
E sei do quanto passa
Expressa o sideral.
Excêntrico meu rumo
Em desairoso enfado,
Aos poucos me resumo
E não me faço gado,
E quando além me aprumo,
Mais alto então eu brado.


21968

Havendo pouco ou nada
Do quanto mais quisera
Herdando a madrugada
A sorte se faz fera
E sigo a desolada
Estrada em vã quimera
A porta arrebentada
Jogada em leda esfera.
Percebo o quanto tento
E nada mais condiz
Com tudo em vão momento
Sabendo este infeliz
Caminho onde contento
Meu mundo em claro bis.


21969

Jogado sobre a areia
O barco da esperança
Aos poucos incendeia
A vida enquanto avança
E gera esta sereia
E nela outra aliança,
Mudando sempre a teia
E trama com pujança
A sorte mais audaz
Enquanto pude ver
O todo que se traz
Em duro alvorecer
Aonde quis a paz,
Somente o desprazer.

21970

Livrando dos meus dias
A mera solidão,
Enquanto não querias
Encontro a direção
E nela as horas frias
E o manto em traição
Vagando em mais sombrias
As horas me trarão
Apenas noites frias.
Espero após o fato
Somente a velha queda
E quando me retrato
A vida não se enreda
E mata o que constato
E nada mais se veda.

21971

Crivando cada sonho
Balaços entre fúrias
E sei do que proponho
Além de tais penúrias
E vejo este enfadonho
Cenário entre lamúrias
E quanto mais proponho
Enfrento as vis incúrias
Expresso em verso o quanto
Pudera e na verdade
O mundo eu não garanto
Sequer aonde brade
O todo em ledo manto
A vida além da grade.


21972

Valendo muito mais
Que a sorte poderia
Encontro em vendavais
O tanto que seria
Além do velho cais
Invade a fantasia
Gestando dos cristais
A noite amarga e fria,
Esbarro nos meus passos
E vejo sem sentido
Enquanto mais escassos
O todo dilapido
E mato em velhos traços
O quanto agora olvido.


21973

Bebendo com fartura
O medo não me traz
Sequer qualquer fratura
E traça aquém da paz,
O quanto se assegura
E sei ser mais mordaz
Na face em caradura
O todo satisfaz?
Resulto desta luta
E nada mais se trama
Além do quanto astuta
A vida noutro drama,
O passo não reluta
E a sorte apaga a chama.


21974


Nascendo dentro em mim
O quanto quis e, nada
A sorte dita enfim
A morte degradada
E o todo chega ao fim
Enquanto o tempo brada
Marcando este jardim
Invento outra jornada,
E bebo com ternura
O quanto pude ou mais,
E sei do que amargura
A vida em dias tais
Gerando da procura
Os raros, bons, cristais.

21975

Mergulho neste abismo
E tento além da fossa
O quanto quero e cismo
E nada mais endossa,
O mundo em cataclismo,
A rede se destroça
O passo aonde um sismo
Desnuda e assim se apossa.
Do cântico sutil
E nada mais teria
Aonde nada viu
Sequer a fantasia
E nisto ao ser gentil,
A noite é vã, sombria.


21976

Querendo finalmente
O quanto não pudesse
Vencer o que ora mente
E traz em tal benesse
O rumo se desmente
E nada mais se tece
Enquanto rudemente
A vida desmerece,
Ousando com a sorte
No pouso em mansidão
O todo não comporte
Os dias que trarão
No olhar este horizonte
Aonde o vão desponte.


21977

Engano, eu reconheço
E sei do quanto pude
Vencer em adereço
A sorte em plenitude
O quanto mais mereço
Expressa o dia rude,
E neste vão tropeço
A morte não me ilude,
Vivendo por viver
Cenários mais diversos
E neste amanhecer
Esqueço os velhos versos
E tento algum prazer
Em rumos mais dispersos.

21978


Restauro cada engano
E tento aproximar,
Enquanto além me dano
Vagando em pleno mar,
O passo soberano
Não pude adivinhar
E sei do velho plano
Aonde em escoltar,
Vencido o caminheiro
Jamais pudesse então
Traçar o derradeiro
Momento aonde em vão,
O mundo em tal ribeiro
Trouxesse a direção.

21979


Trazendo nos meus dias
As horas mais sutis
E quanto não querias
Pudesse por um triz
Gestar entre as sombrias
As horas que inda quis
Vencendo as ironias
E os passos sempre vis.
Espero após a queda
A sorte mais gentil
E sei que esta moeda
Traduz o quanto viu
Meu mundo enquanto seda
O canto mais gentil.

21980

Usando da esperança
Qual fosse nova história
A vida agora avança
E mostra a merencória
Vontade onde se lança
A porta sem vanglória
E o todo diz mudança
Marcando a face inglória
Da vida sem sentido
Do passo em rumo brusco
E quanto mais lapido
Ainda sinto e busco
O tanto desprovido
Caminho em lusco fusco.

21981

Invado os meus castelos
Dos sonhos e traduzo
A lavra sem rastelos
E o tempo mais confuso,
Os dias fossem belos,
E o quanto ora em desuso
Ousando em meus anelos
O quanto quero e abuso,
Resumo de outras sendas
Diversas das que vejo
E sei quando desvendas
O passo num ensejo
E nele sei das lendas
Diversas do desejo.

21982


Ou sigo ou já me calo
E nada mais pudera
Quem sabe ser vassalo
Da sorte, imensa fera,
O tempo a imaginá-lo
O rumo destempera,
O todo trama o embalo
E o manto diz quimera,
Esvaio sem sentido
E nisto pude ver
O quanto dilapido
Do mundo em desprazer
Ousando enquanto lido
Com ledo amanhecer.


21983

Promessas? Já cansei
E nada se apresenta
Destroça a velha grei
Por vezes mais sedenta
E o quanto imaginei
Já nada mais se tenta
Resumos do que sei
Ou mesmo me atormenta.
Resumos de outras eras
Idêntica loucura
E sei que destemperas
Atrás e se perdura
A morte onde puderas
Semente sem fartura.

21984

Acaso se viesses
E visses cada engano
Aonde recomeces
E diga do profano
Não valem mais as preces
E sei que enfim me dano
Ousando nas benesses
Num dia soberano,
Resumo em letargia
O todo que não trago
E sei desta agonia
E nela se divago
O quanto se queria
Demonstra um mundo vago.


21985

Somando cada fato
Chegando ao mesmo não
Apenas já constato
A escusa direção
E sei deste maltrato
E nada mais verão
Meus olhos do retrato
Imerso em solidão,
Escuto a voz do vento
E bebo o tom sombrio,
E sei do que atormento
Matando o quanto crio
E vejo este alimento
Em medo e desafio.


21986


Devastações à vista
A morte vem à prazo
E o quanto já se avista
Traduz qualquer descaso,
E quando se revista
A vida não atraso,
E quando mais resista
O tempo dita ocaso.
Esbarro no meu canto
E sigo sem sentido
O todo agora espanto
E nada mais lapido
Senão meu velho pranto
E nisto o farto olvido.

21987


Fragilizando o passo
Aonde nada quis
Somente o que desfaço
Em dias mais sutis
Gerando o velho traço
E sei deste infeliz
Caminho aonde escasso
O passo contradiz,
O lodo se apresenta
No charco aonde invado,
E bebo esta tormenta
E nela vejo o Fado
Em forma virulenta,
Um tanto desolado.

21988

Gritando sem sentido
Meu canto se mostrasse
Diverso e resumido
Apenas num impasse,
E vejo consumido
O quanto demonstrasse
E quando enfim me olvido
A vida não calasse
O canto mais audaz
E mesmo mais atroz
No quanto assim se traz
Em dissonância a voz
Gerando além da paz,
O rude rumo em nós.


21989

Houvera algum momento
Da vida em tom suave
Aonde além do vento
A sorte não se agrave
E vejo enquanto tento
A liberdade na ave
Vencendo o pensamento
E nisto cada entrave
Representando bem
O todo quando tenho,
O quanto nada vem,
E o manto em vão desenho
Enquanto o que convém,
Negasse algum empenho.

21990

Jazigo da esperança
O mundo se perdendo
Num caos temido, horrendo
Aonde quis bonança
O passo então se cansa
E nada mais entendo
Somente este remendo
E nele a turva lança.
Esqueço algum sinal
E nada mais permito
Num mundo desigual
Eu sei quanto é finito
O dia em baixo astral
E dele eu necessito.


21991

Logrando melhor sorte
Aonde nada houvera
A vida não conforte
Quem tanto noutra esfera
Tentasse além do corte
A própria primavera
O manto onde comporte
E o canto destempera.
Gerando novo rumo
Aonde quis o tanto
O tempo onde resumo
O mundo e não garanto
Sequer o quanto esfumo
Bebendo o desencanto.


21992

Crivando o coração
De tantas noites vãs
Os dias me trarão
Apenas as manhãs
Aonde esta ilusão
Em luzes temporãs
Mudasse a direção
Tenaz de meus afãs,
E sigo após o medo
Vencido sonhador,
E quanto mais me cedo
Mais tempo a se propor
E neste vago enredo
A vida nega amor.

21993


Vacante fantasia
Aonde não se vira
Sequer o que me guia
E nisto esta mentira
Marcando em ironia
O tempo onde desfira
A sorte dia a dia
E nisto se interfira.
O passo sem sentido
O rumo em descaminho
O quanto não lapido
E sigo mais sozinho
Presumo e sou vencido
Apenas pelo espinho.

21994

Bebendo cada gole
Do todo que inda tento
E quando a vida bole
Tramando o sofrimento,
O pouco já me engole
E traz no firmamento
O sonho em vão decole
E mostre o desalento,
E sei desde o começo
O quanto a vida nega
E traz por adereço
O manto onde sonega
A sorte em tal tropeço
Seguindo sempre cega.


21995

No mundo mais atroz
O caos se desenhando
O tempo traz a voz
Que tanto noutro bando
Pudesse mesmo em nós
Aos poucos transformando
O canto noutra foz,
E nisto me tomando.
E quando o medo expulso
E sigo além do mar,
A vida toma o pulso
E nega o caminhar,
Seguindo assim convulso
Cansado de lutar.

21996

Mesquinho caminhante
Do todo mais atroz
O dia doravante
Seria nosso algoz
Regendo a cada instante
O todo já sem voz,
A vida não garante
Sequer além a foz,
E sei do quanto tento
E nada mais traduz
O canto em tal tormento
Gerando escassa luz
E neste alheamento
À morte nos conduz.

21997

Quisesse pelo menos
Momento mais diverso
Aonde mais disperso
Meus cantos ou venenos,
Apenas mais amenos
Os ritos se perverso
Procuro em tais serenos
Somente um franco verso,
E sito meu destino
No enfado mais cruel,
E sei que me fascino
Em torno deste véu,
O manto eu determino,
Gerindo o meu papel.

21998

Estático cometa
Aonde poderia
Viver o que prometa
Além da fantasia
E nada me arremeta
Aquém da fantasia
E a sorte se cometa
Matando o dia a dia,
Expresso em falso tom
O manto mais sutil,
E quanto a vida é dom
E nisto se reviu,
O todo e farto som,
Marcando em sonho vil.


21999


Rastreio cada passo
E tento prosseguir
Aonde sei escasso
O tempo que há de vir,
Marcando meu cansaço
E nele perseguir
A vida em mero traço
O canto, este elixir,
Vestindo a sorte escusa
A morte não descansa
E quando toma e abusa
Aos poucos na mudança
Do passo se entrecruza
Matando a confiança.

22000

Traduzo em verso e canto
O quanto sinto agora
A vida se me espanto
Aos poucos desancora
E gesta do quebranto
O fardo que devora
E nada num recanto
Aonde se demora
A vida me agredindo
E nada mais pudera
Sabendo deste infindo
Desenho onde a quimera
Transcende enquanto eu brindo
Tentando além da espera.


22001


Tentáculos tocando
As noites mais sutis
E o sonho em contrabando
Aos poucos já desdiz
O quanto quis mais brando
E sei da cicatriz
Gerada desde quando
Tal medo eu vejo em bis.
Bisonho e caricato
Apenas nada tenho,
Seduz-me tal retrato
E nele cada empenho
Dizendo deste fato
Aonde teimo e venho.

22002

Usando como forte
A vida num momento
O quanto me conforte
E mesmo quando invento
Além do velho corte
O tanto em desalento
O pouco que comporte
Traduza o mesmo vento
Encontro a tempestade
E sei do meu vazio
E nada mais degrade
Apenas se recrio
Meu mundo sem a grade
Enfrento assim, o estio.

22003

Iludo com meu canto
O velho coração
E quando eu não garanto
Sabendo o mesmo não,
O dito em vão quebranto
Marcando desde então
O mundo onde me espanto
E sei quantos virão.
Esbanjo fantasia
E gero além do cais
O quanto mais queria
Em meio aos vendavais
E sei da sincronia
E quero muito mais.

22004

Olhando para trás
Somente vejo o rumo
Aonde o passo audaz
Aos poucos não aprumo
E sei do quanto traz
A vida em ledo sumo,
O canto mais mordaz,
Traduz o velho insumo,
E sinto cada engano
Marcando com temor
O quanto enfim me dano
E nesta mesma dor,
O rude e mais profano
Caminho a se propor.


22005

Problema todo meu
E nada mais pedisse
A quem não mereceu
E trama esta tolice
No farto e turvo breu
A sorte na mesmice
Esconde o que sorveu
E tanto me impedisse.
Resulto deste canto
E nada mais seria
Senão quando adianto
A morte em ironia,
Secando o velho pranto
Em tom de covardia.

22006

Ausência de esperança
Aonde o nada trama
A sorte não se amansa
E o canto gera o drama
Verdade em tal mudança
Desarma o quanto clama
E traz noutra aliança
A morte em leda chama,
Esbarro nos meus dias
E sei do quanto é rude
As horas mais sombrias
Marcando enquanto pude
Vencer as agonias.


22007

Sorvendo a minha sorte
E nada mais se traz
Além do que suporte
A vida tão audaz
E o quanto fora em norte
Agora satisfaz
O mundo onde se corte
O todo aquém da paz,
Expresso em verso e canto
O todo quando quero
E sei do que garanto
Cerzindo este sincero
Momento em rumo e pranto
Tentando além do fero.

22008


Derrotas; sigo vendo
E tento imaginar
Além do vago adendo
Um canto onde encontrar
O sonho sem remendo
O passo rumo ao mar,
Deveras não prevendo
Sequer onde ancorar,
Aprendo com a queda
E sei do quanto é claro
O dia onde se enreda
O todo que declaro
No tom desta moeda
A morte segue o faro.

22009

Fragilizando o passo
De quem se fez audaz
O quanto fora escasso
E nada sempre traz
Quem ruma contra o espaço
E gera o mais mordaz
Caminho velho e lasso,
E a sorte não se faz,
Galgando em novo rumo
O passo se mostrasse
Enquanto o que resumo
Traduz a espúria face
E o pouco bebe o sumo
Aonde o bem tocasse.

22010

Gritando sem sentido
O sonho em verso vão
Os dias que ora olvido
Em vórtice virão
Marcando o que lapido
Inútil pregação,
A vida sem sentido
O mundo imprecisão,
Atrevo-me a seguir
O rumo sem proveito
E quando no porvir
Aos poucos me deleito
O todo a resumir
Traduz o ledo feito.


22011


Havendo ou não a dita
Eu tento nova luz,
E o quanto necessita
A sorte reproduz,
A morte delimita
O todo em leda cruz
E o peso inda palpita
Enquanto não faz jus
Ao manto mais sagrado
Da sorte em novo esboço,
O todo consagrado
Gerando este alvoroço,
Mergulho e me degrado
No mesmo e velho fosso.

22012


Jograis entre cenários
Diversos e ferozes
Os passos temerários
Traduzem meus algozes
E sei celibatários
São vagos albatrozes
Vogando itinerários
Distando destas fozes,
Espúrio navegante
Do farto dentro em mim,
E o passo se garante
Marcando desde o fim,
O quanto se adiante
E nisto aquém eu vim.


22013

Libélula liberta
Alçando além do sonho
O quanto se desperta
E nisto eu me proponho
Estando sempre alerta
O rumo mais risonho,
A face descoberta
Enquanto eu me componho
Vagando sem cansaço
Resumo cada engano
E nisto quando o faço
Aos poucos eu me dano,
E sei do teu regaço
Um canto soberano.

22014

Caindo desde os céus
Os sonhos mais audazes
E neles outros véus
Diversos dos que trazes
Imensos fogaréus
Gigantes tentam pazes
Os passos ledos, réus
E neles tanto atrases.
Marcando em solidez
O todo sem sentido
O quanto se desfez
Agora dilapido
E marco a insensatez
E enfim aquém me olvido.


22015

Vagando desde quando
O mundo não pudesse
Traçar o mais nefando
Ou mesmo além da prece
O todo me tocando
E o nada mais se tece
Enquanto navegando
Aos poucos se escurece,
Vestindo esta ilusão
Ainda vejo bem
Os dias que virão
E neles sempre vêm
Audácia em direção
Ao quanto nos convém.

22016

Blindando cada passo
Aonde pude ver
O dia mais escasso
E o canto a se perder,
Vencido por cansaço
Apenas recolher
O todo sendo um traço
Em farto desprazer,
Viceja esta esperança
Aonde quis bem mais
O tanto não avança
Além dos vendavais
E o medo em confiança
Matando os germinais.

22017

Não pude adivinhar
Sequer outro caminho
E quando navegar
Apenas vou sozinho,
Sabendo desvendar
Somente o ledo espinho
E sigo este luar
Aonde além me alinho,
Viceja este momento
Em rústico cenário
E bebo e me alimento
Do sonho temerário
E quando me atormento
Procuro um dia, vário.

22018

Matizes tão diversos
Os dias são iguais
E neles os meus versos
Não dizem dos banais
Momentos mais perversos
Em tantos rituais
Aonde vão dispersos
Os cantos sem um cais.
Resíduos de um passado
E nele nada pude
Senão tal lapidado
Caminho em atitude
Depois do quanto invado,
O dia se transmude.

22019

Quisera qualquer tom além do cais
E neste desenhar ainda pude
Traçar a mesma face em plenitude
Deixando os dias turvos e venais,
Aonde poderia sempre mais
O corte na verdade desilude
E molda com temor esta atitude
Matando os meus caminhos, germinais
Esboço tantos dias quando quero
A sorte mais audaz e sei do mero
Cenário tão diverso e em pleno canto
Eu sei do quanto possa e mesmo vejo
Apenas outro rumo em vago ensejo
E nada do que eu possa inda garanto.

22020


Escusas não resolvem queda e corte
Tampouco traduzissem novo fado
E quando este momento; além invado
Apenas adivinho a rude sorte,
Vencido pelo medo em plena morte
O canto se desenha em ledo enfado,
E o passo se mostrasse num traçado
Diverso do que quero e me conforte,
Vagando sem destino vida afora
O todo noutro rumo me apavora
E gera tão somente esta inconstância,
O cáustico tormento se anuncia
E vejo resumida a fantasia
E nela se revolve a torpe infância.


22021


Retiro cada sonho ou mesmo tento
Cerzindo o meu futuro aonde vejo
Somente o que deveras dita o ensejo
Atroz e mesmo até mais virulento
Acordo sem saber do tosco vento
E nada mais decerto ainda almejo
Senão este cenário e se prevejo
O corte se mostrando: alheamento.
Espúria noite esboça outra alvorada
E sei do quanto venha mais nublada
Nas brumas da esperança sem sentido,
E o canto se presume de tal forma
E a sorte num compasso já deforma
O canto noutro rumo enquanto olvido.


22022

Tentando ser diverso do que fora
Minha alma se vislumbra em tal cenário
E o passo onde se dera imaginário
Marcando com a face sonhadora
O tanto que pudesse redentora
Gerando dentro em mim o itinerário
Num engano mais atroz este adversário
Agora traz a face sofredora,
E sei dos meus momentos mais temíveis
E os dias são deveras inaudíveis
No cinzelar da sorte em tom funesto,
O quanto se fizesse mais ultriz
Gestando o que deveras contradiz
Aos sonhos sem pudor algum me empresto.


22023


Uníssona vontade de sonhar
Mergulho nos teus braços: redenção,
E sei dos dias todos que trarão
Após a tempestade algum luar,
Viceja a primavera a nos rondar
Tramando a cada instante a mutação
E dela se desenha a direção
Dispersa neste longo caminhar,
Aprendo com tal corte e nada vendo
Sequer o que talvez se faça horrendo
E mostra a caradura da esperança
O manto se tornara mais dantesco
E quando me desenho quixotesco
A vida no vazio então se lança.

22024

Impoluta verdade dita o fado
E sigo sem sentido nem temor,
E quanto tento apenas me propor
Os ermos do meu mundo; em vão, invado,
E tanto que pudesse e degradado
O todo se transcende sem pudor,
Matando desde agora a multicor
Loucura noutro encanto, alvoroçado.
Apresentando apenas o vazio
Ainda que pudesse desafio
O prazo mais atroz negando o rumo,
E o caos se transformando em tal constância
Enquanto a vida nega em discrepância
O tanto quanto quero e não assumo.


22025

Ou mesmo poderia acreditar
Nos ermos de minha alma sem sentido
E quando cada passo eu dilapido
Tramando esta incerteza do luar
Arranco meus caminhos devagar,
E bebo deste sonho e até duvido
Do quanto poderia e resumido
Jamais me cansaria de enfrentar,
A plena consciência dita o fato
E neste mero instante eu não constato
Sequer o que deseje ou mesmo mude,
Apraza-me saber da dimensão
Aonde os dias turvos moldarão
O quanto se pensara em juventude.


22026

Parceiros da emoção, apenas isso
E sei do quanto possa e não permito
O dia mais atroz e mesmo aflito
Enquanto outro cenário; em vão cobiço,
Esbanja a solução e nada viço
Somente o que decerto eu necessito
Tentando outro caminho mais bonito
Embora este momento é mais mortiço.
Escondo o coração após a curva,
E sei desta visão atroz e turva
Matando uma esperança em nascedouro,
Depois do que pudera acreditar
Resumo cada passo no buscar
Ainda sem sucesso, o ancoradouro.

22027


A noite traduzisse liberdade
E o canto mais sincero aonde eu tento
Vencer o que deveras mais atento
Traduz o quanto tento e mesmo brade,
Vagando sem proveito aquém da grade
Liberto pouco a pouco o pensamento
E sei desta saudade em raro ungüento
E nada mais ainda teima e enfade.
Resulto dos enganos mais servis
E a sorte noutra face contradiz
O todo sem sentido e nem razão,
Apenas se desenha em rude cena
O quanto na verdade se condena
Matando o que pudera e traz o não.

22028

Selando o dia a dia enquanto eu possa
Tramar a sorte aquém do quanto quis
E sei do meu momento; embora vis
Os templos onde a fome dita a fossa,
Escárnio traduzindo a sorte nossa
E brado contra o velho chamariz
Tentando caminhar e por um triz
A vida noutro fato não se apossa
Do engano mais sutil ou mesmo breve
E o quanto se deseja e sempre atreve
Expressa esta rudeza da alma fria,
E nada mais pudesse ter além
Do quanto a cada dia me detém
E mata o quanto vejo e não teria.


22029


Dedico cada verso a quem pudera
Tramar além do passo um dia em paz
O mundo se mostrara mais audaz
E nisto redimisse a primavera,
A sorte se traduz em nova esfera
E o corte na verdade satisfaz
O quanto poderia ser mordaz
E mata o que sonhasse e destempera,
Vacante coração sem solução
E os dias na verdade me trarão
Sementes sobre um solo em aridez,
Buscando a cada instante o quanto trago
E teimo muito além do que tu vês
Gerando a caricata face exposta
E neste desenhar em mero afago
A morte se traduz em vã resposta.


22030


Falácias tão somente e nada mais
As sortes dizem tanto e na verdade
O quanto a cada instante se degrade
Marcando com terror os vendavais
Esqueço dos meus erros, são venais
E o pântano deveras nos invade
Enquanto vejo aquém a realidade
E nisto se transcorrem erros tais.
Esbarro nos meus dias quando posso
Traçar qualquer desenho onde o destroço
Impera sobre o quanto quero e tento,
Resgato a fantasia e nada vejo
Somente o mesmo caos e neste ensejo
Palavra se soltando em ledo vento.


22031

Girando sem parar a vida trama
O todo quando o quis e não soubesse
Sequer deste caminho esta benesse
Gestando dentro da alma a velha chama
Chafurdo o pensamento, adentro a lama
E o manto na verdade não se tece
O rumo se presume e nada esquece
Sequer o que decerto não mais clama,
Apenas solidão ditasse o rumo
E quando no final eu me consumo
Gestando a fantasia aonde eu pude
Trazer a minha sorte em tal cenário
O mundo se mostrasse temerário
E a vida traz a força em plenitude.

22032


Harpias entre tantas rapineiras
Adentram pesadelos e deste fato
Apenas o vazio inda resgato
Embora tantos dias teimas, queiras,
E quando mais ousasse em tais bandeiras
Vencendo a tempestade onde constato
O mundo sem sentido, num regato
E nele tantas vezes tu te esgueiras,
Esvaio e nada trago em concordância
Matando o quanto pude em discrepância
Mergulho no abissal caminho em dor,
E o todo que pudesse ser audaz,
Agora noutro rumo se desfaz
Num ato sem sequer qualquer pudor.

22033


Já não mais caberia qualquer passo
Aonde o meu momento em harmonia
Vencesse o quanto quis e moldaria
Tramando tão somente o medo escasso,
E quando outro caminho ainda traço
Vibrando com tal sonho em alegria
Viceja dentro da alma a fantasia
E sinto o mesmo rumo em ledo espaço,
Vagando sem sentido ou direção
As horas noutro tempo moldarão
O verso mais audaz em plenitude,
E o cântico se trama muito além
Do quanto na verdade ainda vem
E o farto desenhar só desilude.

22034

Livrando o meu martírio desta trama
Aonde o meu alento não pudesse
Gerar a solidão e desta messe
A vida não traduz sequer a chama,
Potencialmente vejo em melodrama
O canto enquanto o todo recomece
Vestindo esta ilusão logo se esquece
Do passo ao adentrar inteira a lama,
Esbanjo a fantasia e sei do nada
Marcando com terror esta alvorada
Abalroando a dita em atropelo,
Pusesse meu caminho noutro engano,
E quanto mais procure enfim me dano,
Gestando na minha alma o pesadelo.

22035

Cravando em solo duro esta esperança
Numa aridez diversa e mesmo rude,
O quanto poderia e desilude
Matando em nascedouro o quanto avança
Meu passo traduzira esta mudança
E nela tão distante a juventude
Marcando o que pudera e não saúde
Traçando a cada engodo outra aliança.
Invisto todo verso em plena audácia
E a vida transcorrendo em vã falácia
Traduz sem direção cada momento
E nisto sem saber do que virá
O todo procurasse desde já
O canto e nele sigo e me atormento.

22036

Vivendo cada instante sem saber
Da sorte merencória ou mesmo vaga
A vida noutro engano já divaga
E trama o velho e rude apodrecer
O todo se desdenha em cada ser
E nada que pudesse ainda afaga,
As mãos ao conceber a velha adaga
Matando o quanto trago em bem querer
Viceja dentro da alma esta alegria
E nada mais deveras poderia
Audaciosamente ver além
Do tanto quanto pude e não coubera
Vencido o sortilégio, a vida é fera
E o tempo mais atroz ainda vem.

22037


Buscando qualquer luz, velho buquê
Dos sonhos enfronhados no passado
O tempo noutro rumo se me evado
Já não pudera mesmo enquanto vê
A sorte desenhada sem por que
O tanto quanto pude desolado,
Vencido pelos medos, degradado
O canto noutro rumo não mais crê
No farto desenhar em ledo tom,
A morte se anuncia e neste dom
Das irmandades todas posso e tanto
Tramando cada engodo num momento
Enquanto sem sentido eu me lamento
E nada ao fim do passo em vão garanto.


22038

Negociando a vida a preço vil
O corte se aproxima da garganta
E nada no final já se garanta
Além do que deveras se previu,
O rústico cenário permitiu
A voz onde o meu canto ora se espanta
E o verso noutro rumo me agiganta
Matando o que pudesse ser servil,
E o sonho em liberdade agora é morto
E o todo se traduz em mero aborto
E neste caminhar, eu me repleto
Do tanto quanto possa impunemente
E a vida com certeza tanto mente
Negando qualquer chance ao mero feto.

22039

Mesclando a fantasia mais sensata
Ao quanto na verdade não pudera
Transita no meu peito a primavera
E o todo noutro rumo não constata
A porta se entreabrira e não resgata
Sequer o que talvez quando se espera
Transcende ao mais temido em vaga esfera
E traz a imensidão em vasta mata,
O caos após a queda se anuncia
E o tanto quanto possa em alegria
E gera o mesmo cântico e se trama
O manto tenebroso dita a sorte,
E nada mais deveras me conforte,
Senão a mesma face em fria chama.



22040



Carinho audacioso em noite plena
Gerando dentro em nós felicidade
E quanto mais a vida nos invade
Fortuna num delírio nos acena,
Vagando neste anseio se serena
E o tanto sem fronteiras tanto agrade
Marcando muito além da tempestade
Enquanto noutro rumo em sorte amena
Deitando sob a lua, bela e nua
A sílfide se entregando além flutua
E gera este momento incomparável,
O mundo se transborda a cada instante
E o todo num anseio nos garante
Um tempo sem igual, feliz e afável.


22041


Tocando a tua pele, noite afora
Encantos se tornando mais frequentes
E os dias entre tantos tu pressentes
O tanto quanto possa e nos ancora
A vida neste canto enquanto aflora
E gera estes momentos envolventes
Toando dentro da alma os mais frequentes
Caminhos onde o gozo nos decora,
E o plenilúnio dita este momento
E nele cada passo aonde eu tento
Vencer os meus anseios e temores,
Seguindo todo o rumo aonde fores,
Entregue o coração enfrento o vento
E colho no teu corpo raras flores.

22042


Querendo pelo menos
Vencer a tempestade
Em dias quase plenos
No quanto a sorte evade
E vejo entre os serenos
O quanto desagrade
O passo entre os venenos
E neles cada grade,
Ausento dos meus dias
Diversos quanto pude
Traçar em alegrias
O canto apenas rude
E nada mais ilude
Além do que trarias.


22043


Espreitas tão diversas
E delas nada sito
Sequer o que dispersas
Em passo mais bendito
Apenas desconversas
E nisto eu acredito
Ousando além tu versas
Marcando este infinito
Fragilizando a sorte
E nada mais pudera
Traçar o que conforte
Apaziguando a fera,
A vida dita a morte
Que além, cedo me espera.

22044

Recatos onde outrora
A vida não negara
O todo que devora
Ou gera esta seara
Na fonte que apavora
O todo desampara
E marca sem demora
O quanto sonegara,
Meu passo sem caminho
Meu verso sem alento,
Por vezes tão sozinho
O medo logo enfrento
E quando me avizinho
Do amor, mero tormento.

22045


Tramando esta tocaia
A vida não permite
O quanto já não traia
E gere outro limite
Enquanto a sorte esvaia
E nisto se acredite
O rumo se contraia
E nada necessite,
Senão a mesma luta
Aonde não soubera
Do quanto se reluta
E tenta nova esfera
Marcando em força bruta
O canto em vã quimera.

22046

Universal anseio
E nada mais pudesse
Aonde em vão rodeio
O todo se perece
E o canto sempre veio
Além desta benesse
Ousando num receio,
Diverso do que tece
Já não comportaria
Qualquer momento em paz
E sei da fantasia
E nela se desfaz
O quanto poderia
Num gesto mais audaz.

22047

Idônea esta emoção
E nada traça o rumo
E sei que mostrarão
Apenas o que aprumo
E sigo a direção
Diversa se consumo,
A sorte em tal sermão
E nisto ledo fumo,
Esgoto o verso quando
A morte não denota
Senão tal passo brando
E nisto não se nota
O mundo transformando
A sorte na derrota.

22048


Produzo o verso enquanto
A vida não traduz
O dia em claro manto
A noite em rara luz,
Espero e desencanto
E nada reproduz
Aonde eu me garanto
Marcando cada cruz.
Vestindo o meu caminho
Invisto no futuro
E sei quanto é daninho
O porto onde asseguro
O que já não alinho
E em vão teimo e procuro.

22049

Arcaico sentimento
A fúria aonde outrora
A vida quando invento
O rumo não aflora
Meu mundo contra o vento
O prazo enquanto escora
Explora em desalento
A nada mais devora,
A sorte não se traz
E nisto não se vendo
O passo mais audaz
E o rumo segue horrendo
E nada foi capaz
Do sonho onde o desvendo.

22050

Sedento navegante
Em busca de outro mar
Vencido se garante
Aonde quer buscar
O todo doravante
Traduz este luar
Marcando cada instante
Diverso do sonhar,
Navego pelo cais
E tento nova sorte
Enfrento os vendavais
E nada me conforte
Querendo sempre mais
Só vejo ao fim, a morte.


22051

Dos tantos descaminhos
Aprendo com o passo
Diversos tais espinhos
E neles cada traço
Presume os mais daninhos
Momentos onde passo,
Vagando em velhos ninhos,
Marcando o descompasso,
Ousasse na promessa
Do sonho que não veio
E o quanto recomeça
E traz um novo anseio,
Vencido em leda pressa
A vida em tom alheio.

22052


Fervendo dentro em mim
A sorte não traduz
O quanto dita enfim
Além da própria luz
E gesta este jardim,
Diverso desta cruz,
Marcando pelo fim
O passo onde seduz,
O verso se mostrara
Ainda em conseqüência
Do tom desta seara
E nele a virulência
Traduz e se prepara
Em mera coincidência.


22053

Gerando algum alento
Aonde nada houvera
A voz invade o vento
E o passo destempera
Marcando o que alimento
Em rara primavera
E nisto o meu momento
Aos poucos além impera,
Vestindo a fantasia
Aonde não vingasse
O rumo se traria
E nisto noutra face
Gerando a alegoria
Que em vão já se mostrasse.

22054

Horrenda tempestade
Vagando sem sentido
E o quanto ainda invade
Já nada dilapido
Ousando além da grade
O passo desvalido
Resumo o que inda brade
E toma este sentido,
Um presumido fato
E o tempo mais audaz
O quanto não resgato
Do todo que se faz
Marcando este regato
E nada mais compraz.


22055

Jazendo nalgum canto
Meu sonho não soubera
Do quanto quero encanto
E nada mais pudera
Cerzindo em luto o manto
A vida dita a fera
E quando eu me adianto
A sorte noutra esfera,
A vida não traduz
O que mais se buscava
Invés da mansa luz
Eu vejo imensa lava
E o quanto se traduz
Numa alma fria e escrava.

22056


Lavando este cenário
Aonde a vida trama
Além do necessário
O pouso em velho drama
E o mesmo vão fadário
Enquanto a vida clama
E neste itinerário
Enfrento a velha lama
Descambo em ironia
E vejo egresso passo
E nele não teria
O que julgasse lasso,
Meu mundo agora traço
Em tons de fantasia.

22057


Criando alguma luz
Aonde nada sinto
O manto em contraluz
O tempo quase extinto,
Vislumbro o que conduz
E nisto sigo instinto
Marcando e faço jus
Ao quanto além não pinto,
Vestindo a fantasia
Diversa da que outrora
A vida me traria
E o passo se apavora
Mordaz alegoria
E nada mais ancora.

22058

Vencido pelo ocaso
E nada mais se vendo
Apenas se me aprazo
Somando sou remendo
Do quanto sempre atraso
E nisto me contendo
O dito por acaso
Também segue valendo,
Escassa luz no fundo
E quando mais tentasse
A vida onde aprofundo
E gera em nova face
O todo em raro mundo
Enquanto se mostrasse.

22059

Brigando contra a sorte
E nada mais se vira
A vida não comporte
Além desta mentira
E nisto se conforte
A vida sempre em pira
Marcando o braço forte
E nada além pedira,
Quem vence a tempestade
E sonha com o brilho
Do quanto ainda invade
E dita o mesmo trilho,
No passo da saudade,
O canto além palmilho.

22060

Nascendo sob a marca
Da sorte, esta estelar
Vontade que se abarca
De nada a se mostrar
O todo não embarca
E o canto a se moldar
O tanto no fundo arca
E traz algum luar,
Gestando a cada rota
O quanto cerzi na alma
A vida se denota
E nada mais acalma
Conheço esta derrota
E sorvo inteiro o trauma.

22061

Mereço alguma chance?
Talvez, mas sigo assim
Aonde em vão se lance
O mundo dentro em mim,
A sorte em tal nuance
Marcado desde o fim,
O mundo sempre avance
Oculta o quanto vim,
Vencido pelo canto
Diverso do que possa
Gerando o que; entretanto
Diverge e traz a fossa
Aonde eu me garanto
E nada mais me endossa.


22062


Não deixe que a tristeza
Degrade a fantasia
E toda esta destreza
Pudesse em alegria
Gerar além da presa
O tanto que traria
A vida em sobremesa,
Marcando em agonia,
A sorte se calando
O todo se mostrasse
Num ato bem mais brando
Grassando em ledo impasse
E o todo emoldurando
O quanto não mais trace.

22063

Assuma uma atitude
Presume novo fato
E quando desilude
O tanto que resgato
Matando a juventude
Tramando este contato
E o prazo aonde eu pude
Vencer o que retrato
Audaciosamente
A vida segue cega
E nada mais desmente
O manto onde se entrega
E cria em nossa mente
A paz que nos navega.

22064




Mudando deste jeito
O rumo em tom igual
Ao quanto sempre aceito
E vejo em ritual
Diverso deste pleito
Caminho ledo e mau,
O corte satisfeito
No vago e grande astral,
Resumo esta vivência
No pranto e na verdade
A sorte dá ciência
Do quanto sempre brade
Vencendo a penitência
E nisto diz saudade.

22065

A vida te trará
Além de alguma luz
O quanto desde já
Aos poucos reproduz
O todo que virá
E nele em contraluz
O rumo moldará
O todo aonde eu pus.
Meu barco em bancarrota
A vida não traria
Sorvendo gota a gota
O todo em agonia
A sorte sendo rota
Matando a fantasia.

22066


Não deixe que te veja
A sorte sem juízo
Tampouco a malfazeja
Estrada em prejuízo
De quem se tanto almeja
Ainda em tom conciso
Viesse e se dardeja
Aquém do paraíso
Vestindo o mesmo fato
O corte não me traz
Sequer o que constato
E busco sendo audaz,
O rústico em maltrato
Já nada satisfaz.

22067

Sorria confiante
Que o tempo te trazendo
O quanto se adiante
E neste velho adendo
O tempo num rompante
Aos poucos se perdendo,
Ainda não garante
Além deste remendo,
O medo se anuncia
E gera o caos nesta alma
E o tanto em noite fria
Da sorte gesta o trauma
E o quanto poderia
Decerto não me acalma.

22068


Pois mesmo na derrota
O tempo não trouxera
O quanto hoje se nota
Marcando em tal quimera
A vida quando brota
Sobeja primavera,
No todo dita a rota
E nada mais espera,
Açoda-me a vontade
De um dia após o cais,
O todo quando evade
Adentra os temporais
E marca a tempestade
Com tudo que tu trais.

22069



Na luta é que se vira
O quanto não se traz
E nesta vã mentira
O rumo mais tenaz
De tudo se interfira
Pudesse ser audaz
E nada mais prefira
Que a vida feita em paz,
Unindo verso e passo
Erguendo além o olhar
O todo quanto traço
Disfarço até moldar
O mundo mais escasso
E dele algum luar.

22070

Erguendo o teu olhar
Já nada poderia
Quem tanto a divagar
Soubesse a fantasia
E nisto a procurar
O quanto não teria
Sequer outro lugar
A senda sendo fria,
Vestígios do passado
O canto mais atroz
O povo sendo gado
Ninguém escuta a voz
E o manto que degrado
Expressa o mal em nós.

22071

Por cima dos espinhos
Enfrento o roseiral
E sei dos mais daninhos
Enquanto em ritual
Houvesse além, mesquinhos
Caminhos por igual,
E nestes velhos ninhos
Encontro o mesmo astral,
Vacante sem destino
Coragem coração
E o quanto me alucino
E os dias não trarão
Sequer o que domino,
Em louca imprecisão.

22072

Se espelhe na beleza
De quem se fez audaz
Seguindo a correnteza
Encontro enfim a paz,
E sei desta incerteza
No canto mais tenaz
E a bela natureza
Degrada em tom mordaz,
A face desditosa
De quem não mais pudera
Aonde se antegoza
Erguer a leda espera
E a porta majestosa
Ao fim se destempera.


22073


Assim te ficarão
Apenas registrados
Os dias sem senão
Caminhos debelados,
E os ermos desde então
Nos cortes delegados,
A mansa imprecisão
Traduz velhos enfados,
E risco deste mapa
A sorte quando pude
Além do que se escapa
A mansa juventude
O passo não se tapa
Nem mesmo se amiúde.

22074


Amiga, não permites
O todo quanto eu quero
A vida sem limites
O passo mais sincero
E nisto necessites
Do rumo mesmo o fero,
E quando em tais palpites
Aos poucos degenero
Ousando na palavra
O todo sem sentido
A sorte quando lavra
Errôneo eu dilapido
O verso sem resgate
Do todo que debate.

22075

A vida dá os fins
E trama cada passo
Aonde os meus jardins,
Num dia mais escasso
Gerassem tanto afins
As tramas onde eu traço
Visíveis noutro laço
E tento outros mais cleans,
Ousasse novo rumo
E neste breve instante
O quanto mais resumo
Percebo doravante
E nisto se me esfumo
O canto se adiante


22076

Amar é transgredir
O engano mais sutil,
O todo no porvir
Trouxera o que se viu
Vestindo o que há de vir
O rumo outrora vil
Agora a resumir
O tanto em claro ardil,
Expresso em verso e posso
Vencer a solidão,
No canto este destroço
Impede a solidão,
Gerando o que foi nosso
E os dias não verão.


22077

Impostas pela tal
Vontade aonde eu tento
Vencer o sem igual
Caminho em virulento
Cenário e no quintal
Exposto ao pleno vento,
Marcando em ritual
O quanto me alimento,
Cerzindo esta esperança
Aonde nada houvera
A vida assim se lança
E trama a leda fera
E nesta temperança
A sorte além impera.

22078


Eu quero ter amor
E nada mais feliz
Que o canto redentor
Aonde o bem se quis
Marcando sem temor
O todo em aprendiz
Cenário sem rancor
Em claro e bom matiz,
Resumo do que um dia
Ditara em tom maior
Toando a fantasia
Que quero e sei de cor,
E nisto se traria
Um dia em mais suor.

22079


Vivendo em absoluta
Vontade de vencer
A vida não reluta
E traz além prazer
O quanto é mais astuta
A sorte a se tecer
Ousando na batuta
O mundo a se reger,
Vagando sem sentido
Nos ermos da esperança
O todo inda lapido
Enquanto a sorte avança
E marca em tão sofrido
Cenário em tal mudança.

22080

Não posso desprezar
O canto mais audaz
E tanto a me tocar
O quanto não se faz
Encanto a se moldar
No pranto tão tenaz
Espanto cada olhar
No quase que se traz,
Audácia em cada engano
Do tempo onde se vira
O prazo onde me dano
Gerando esta mentira
O quanto é soberano
O rumo que interfira.


22081

Nem posso discutir
Tampouco mais queria
Além do meu porvir
O sonho dia a dia,
E sinto a resumir
O corte em agonia
Marcando o que há de vir
E nisto em noite fria
O tanto quanto possa
E dita a mesma messe
Aonde fosse nossa
A vida que se tece
Gerando além da fossa
O sonho se oferece.

22082


Amando teu amor
Envolto neste sonho
E quanto a me compor
O todo em paz proponho
E sei deste valor
Enquanto tento e ponho
Meu verso redentor
E nele o mais risonho,
Vencendo a tempestade
Aonde nada havia
O quanto ora se evade
Deixando a poesia
Diversa que degrade
Matando o dia a dia.


22083


Escuto tua voz
E nada mais pudera
Vencer o mar atroz
Imensa e louca fera
Aonde possa após
Gerar o que se espera
Do mundo em ledos nós,
Matando enquanto impera
A fúria sem sentido
De um verso sem sinal
E o quanto dilapido
Do dia em ledo grau,
Resumo decidido
Num tempo amargo e mau.



22084

Perdemos a noção
Do que seja a verdade
Embora a solução
Ainda ao longe brade
Os tempos moldarão
Além desta saudade
Os passos no porão
Ausente liberdade,
O canto se transforma
Ao fim em agonia,
O verso nos informa
Do quanto poderia
A vida sem tal forma
De espúria alegoria.

22085


Tomados por loucuras
Já não podemos mais
Volver ao que asseguras
Pudesse ser um cais,
Enfrento as noites duras
E bebo os temporais,
Mas logo que emolduras
A sorte, aquém tu trais,
Vencido pelo medo
Já nada mais consigo
Aonde em vão concedo
Encontro o desabrigo
E a vida, desde cedo,
Correndo este perigo.



22086

O tempo desfilando
A sorte já não traz
Sequer um vendo brando
Aonde quis a paz,
A vida emoldurando
Num passo mais tenaz
O quanto fora infando
E o risco ainda faz
O olhar se perde aquém
Do quanto pude outrora
Viver o que não tem
E sei quanto apavora
E neste vão desdém
O risco ainda aflora.


22087


Refém desses carinhos,
Já nada mais pudera
Saber dos mais mesquinhos
Cenários onde a fera
Gerasse além de espinhos
A vida em primavera,
Marcando os velhos ninhos
Na sorte vã que impera,
Gestando a solidão
Em versos e colheitas
Enquanto se verão
Os dias quando aceitas
A falta de emoção
Ou mesmo as velhas seitas.


22088

Teu corpo se encharcando
Do nada aonde eu pude
Tramar o sonho quando
A vida em atitude
Permite desabando
O quanto desilude
O dia mais infando
E nada mais se mude.
Resumos de uma vida
E nela se pudesse
Traçar nova saída
E nisto a mesma prece
Ousando em despedida,
Do sonho que se esquece.

22089

Irradiando raros
Momentos mais felizes
E neles os amaros
Caminhos, cicatrizes
E nestes vãos amparos
O quanto me desdizes,
Vivendo em sonhos claros,
Os ermos e deslizes
Cerzisse uma esperança
Aonde o nada vejo
E o corte enfim se lança
No quanto em tal verdejo
Meu canto não avança
E mata a cada ensejo.


22090

Incêndios flamejantes
Aonde não se vira
Sequer o que adiantes
Além desta mentira
A vida não garantes
Se acerta a velha mira
E tanto por instantes
O pouco se retira,
Restauro cada passo
Em torno do futuro
E mesmo sendo escasso
O nada eu asseguro,
Vagando em todo traço,
Num ato mero e duro.


22091


No amor que não tem medo
Nem mesmo teimaria
Viver o que concedo
Tramando dia a dia
A sorte sem segredo,
O passo em agonia,
O manto dita o enredo
E nele o que traria,
Esboço da verdade
O canto se traduz
Além da liberdade
Em clara e farta luz,
Assim o quanto evade
Desenha a velha cruz.


22092


Deitados neste sonho,
Dois corpos em nudez
O amor que ora proponho
Repete o quanto fez
Do dia mais risonho,
A vaga insensatez
Marcando o quanto eu ponho
E sei que não mais crês.
Reparo muito bem
Os erros costumeiros
E sei desde desdém
Marcando os meus canteiros,
E os olhos já não vêm
Espaços derradeiros.

22093


Sem regras nem limites,
A vida não traria
O quanto já permites
Em noite mais sombria,
Os erros; acredites,
Tramando a guerra fria
E os pântanos que evites
Matando a poesia.
Viceja dentro em mim
A morte mais dorida,
E sei deste jardim
Aonde tento a vida,
Vivendo início e fim,
Além desta partida.



22094

Na entrega tão inteira,
Que nunca poderia
Viver a derradeira
Vontade, alegoria
Sabendo o que se queira
E nisto dia a dia,
A rota e vã bandeira
Traduz a fantasia
De quem se fez audaz,
E nada mais pudesse
Sabendo o que se faz
E traz em nova messe
O passo mais tenaz,
O tanto que se esquece.



22095

Tua boca, delícias
Usufruído sonho,
Envolto nas carícias
O céu; assim proponho,
E tantas as malícias
E nisto um tom risonho
E sigo sem sevícias
Além do quanto eu ponho,
Espero algum instante
Em ato mais sutil,
O todo se adiante
Marcando o que se viu,
Num rumo delirante,
O amor se resumiu.


22096

Um sentimento intenso
Aflora a cada passo
E neste amor eu penso
E assim meu rumo eu traço,
Embora siga tenso
Vencendo o quanto escasso
Cenário e me convenço
Da vida a cada laço
Ousando ser assim
Inteiro e sem defesa,
Do amor que existe em mim,
Eu sendo mera presa
Vivendo até o fim,
A vida sem surpresa.


22097

Acalmam os desejos
As ânsias mais sutis
Os dias, azulejos
E neles quanto eu quis,
Saber destes ensejos
Aonde fui feliz
E nestes mais sobejos
Momentos; quero o bis.
Resumos de outros dias
Em meio aos temporais
E as sortes; já trarias
Ou nada além; nem mais
As rotas fantasias
E os tempos desiguais.


22098

No teu seio, transportas
As dores mais temidas
E quando abrindo as portas
Do que pensaste em vidas
Além já te deportas
Marcando as despedidas
E nelas não te importas
Enquanto aquém te acidas,
E o manto se sagrando
No engodo mais sutil,
O quanto desde quando
O mundo não previu
E mesmo se sagrando,
O canto nos traiu.

22099

Ajudas mitigar
O caos que tanto trazes,
Vagando sem parar
E sei das tantas fases,
Viceja a cada olhar
E nele vou sem bases,
Vestindo o meu luar
Enquanto nada fazes.
Esbanjas com malícia
O quanto pude ver
Do amor, rara delícia
Em calmo amanhecer
E sei desde as primícias
O todo em tal poder.


22100


Afagas com carinho
Quem tanto te apedreja
E sei deste mesquinho
Cenário onde dardeja
A vida em tom daninho,
E tanto malfazeja
Arcando com o espinho
No fim que se preveja,
Após a curva a queda
O corte já sangrando
E sinto o quanto veda
O tempo desde quando
A sorte assim se enreda
Em tom amargo e brando.


22101

Permites seduzir,
O manto mais sagrado
No quanto em tal porvir
Deixara já de lado,
E quando a presumir
O campo enquanto invado
Marcando a resumir,
O rumo em ledo fado.
Escassa maravilha
A vida não permite
E sigo a mesma trilha
Embora sem limite,
O canto se polvilha
Enquanto necessite.


22102

Nos ritos transportando
Os erros dentro em mim,
O passo desde quando
O tempo diz do fim,
Vestindo o sonho brando,
O canto traz enfim
O marco se moldando,
Matando este jardim;
Anunciando o quanto
Pudesse e nunca veio,
A vida que eu garanto
Sentido torpe e alheio,
No todo em mero pranto,
O prato jamais cheio.

22103

Servindo sem temer
O quanto inda virá
A vida em desprazer
Desenha desde já
O todo a se perder
Nem mesmo o que virá
Ditame do querer
E quando mostrará,
A face sem mais tréguas
E neste mar imenso
Por milhas eu compenso
As tantas ledas léguas
Vagando sem destino
Aonde eu me fascino.

22104



Em todos os momentos
Aonde nada via
Sequer os desalentos
Marcando a poesia,
Entregue aos quatro ventos,
A sorte em ironia
Pudesse mais atentos
Traçar a alegoria,
Extraio cada canto
Do todo em ar de tédio,
O tanto desencanto
E sinto o velho assédio
Do medo onde me espanto,
Na vida sem remédio.


22105

Te fazem mensageiro
Do sonho mais sutil
Os dias por inteiro
Aonde se reviu
Além deste canteiro
O quanto em nós floriu
Marcando o derradeiro
Caminho em que previu
O fim desta tortura
E o manto se sagrando,
A vida me amargura,
Deveras desde quando
A sorte se assegura,
Aos poucos se negando.


22106

Tantas vezes te vêm
Com olhos tão diversos
O sonho deste alguém
Tramando em universos
Os dias que não têm
Sequer cantos dispersos
E nada mostra além
Dos erros em meus versos,
Vestindo este fadário,
Meu canto não me acena
Sequer no imaginário
Caminho em noite plena,
Dos ermos, sou corsário,
E a vida não serena.


22107

Eu sei que estás, deveras,
Envolta na verdade
E dita o quanto esperas
Do sonho aonde brade,
E matas velhas feras
No quanto a liberdade
Gerasse em primaveras
A fúria em quantidade.
Resplandecente sonho
E nada no final,
Do todo onde proponho
Não resta nem sinal,
A vida em tom medonho,
Meu canto enfim, banal.

22108


Se na tristeza, manso,
Ainda não pudera
Trazer o quanto avanço
E nada mais espera
Quem sabe o que afianço
Ou mesmo degenera
A sorte aonde avanço
Contendo a velha fera,
Marcando dia a dia
Tentando passo a passo
O quanto não traria
E sei que jamais faço,
Vagando em poesia,
Tramando cada traço.

22109



Na alegria eu prossigo
Vencido pelo engano,
E quanto mais comigo
Maior o velho dano,
E sei deste perigo,
E quando em paz me ufano,
Encontro o velho abrigo
Num passo soberano.
Esbarro nos meus erros
E sei dos mais doridos
Momentos em desterros
E cantos mais sofridos,
Além dos altos cerros,
Inflamam os sentidos.


22110


Sorvendo-te qual fora
A fonte inesgotável
Enquanto sonhadora,
Em tempo imaginável,
A sorte tentadora
No canto mais saudável,
Marcando a redentora
Paisagem tão arável,
De um mundo em poesia
Diverso do que eu pude
Saber o quanto guia
O rito em atitude,
Matando esta alegria
Em passo audaz e rude.

22111


Sem temer sequer críticas
As horas vão passando
Visões sempre políticas
Num mundo mais nefando,
As órbitas elípticas
E os cantos procurando,
As sendas onde líticas
As vidas degradando,
Esbarro no meu ego
E sinto os meus caminhos
Enquanto além navego
Por mares mais daninhos,
E o todo em nó mais cego,
Explode em ermos ninhos.


22112


Paixão alucinante
Traçando cada intento
E sei que doravante
A cada passo invento
A sorte onde agigante
O amor em provimento
Do todo a cada instante
Marcando em passo atento,
Vestindo a fantasia
Aonde pude ver
O quanto poderia
E nisto o meu prazer
Cerzindo em alegria
O claro amanhecer.


22113

Domina cada passo
E trama no futuro
O dia mais escasso
Aonde eu me asseguro
Vagando enquanto traço,
O porto onde procuro
Viver sem embaraço,
Até no canto escuro,
Restauro cada engano
E vejo mais feliz
O quanto assim me dano
Selando o quanto eu quis
Tramando o roto plano
E nele a cicatriz.


22114

Vivendo, num pecado,
O tanto quanto quero
Sabendo ou já me evado
Do rumo mais sincero,
E sendo assim levado
Nos ermos onde espero,
Trazer cada traçado
Ao todo mesmo fero,
Instrumentalizando
O passo noutro rumo,
O dia mais nefando
Aonde eu me acostumo,
Aos poucos transmudando
O sonho onde me esfumo.


22115


Aos poucos, nos começa
A vida após a sorte
Tramando o quanto em pressa
Já nada mais conforte
Ousando aonde expressa
O passo em rumo norte
Vagando e se tropeça
Negando o que comporte,
Rastreio cada passo
E sigo mesmo além
Do que ora tento e faço
Embora não convém
Viver o quanto escasso
Momento a vida tem.


22116


Um sentimento assim,
Diverso do que tento,
Tramando desde o fim,
O etéreo sacramento,
Nascendo em meu jardim,
O quanto não contento,
Vestindo sempre enfim
O canto em novo vento,
Espalho a tempestade
E bebo a ventania,
O mundo se degrade
E nisto eu não teria
Sequer a velha grade
Ousada em fantasia.


22117

Não deixa nem um jeito
De ter além do vago
O mundo onde me deito
O sonho onde divago,
O corte enquanto é feito
A vida trama o afago
E gera contrafeito
Caminho enquanto eu trago,
Certezas mais audazes
Momento dolorido,
E o mundo onde em fases
O canto; inda lapido,
E sei dos mais tenazes
Anseios da libido.

22118


Chegando quase ao ponto
De ter outra certeza
Meu mundo sem desconto
Traçando em tal surpresa,
O manto onde me apronto
E venço a correnteza
Gerando o quanto conto
E nada sobre a mesa,
Apenas o passado
Qual fosse uma iguaria,
E quando aquém me evado
O sonho não traria
Sequer o anunciado
Momento em alegria.


22119



Mal posso, num segundo,
Acreditar no canto
Que tanto onde me inundo,
Permite o que garanto,
Marcando em tal submundo
O corte em desencanto,
Vagando em tom profundo,
Gerando este quebranto.
Agarro-me aos cometas
E sigo sem destino
Enquanto me prometas
Apenas determino
A vida onde as trombetas
Erráticas, domino.


22120


Ao perder a cabeça,
Exposta em tal bandeja
O quanto se obedeça
E a vida em dor lateja,
Marcando o que teça
E nada mais se veja
Senão nada mereça
Quem tanto em vão almeja.
A sorte se desenha
Aquém do quanto eu quis
E nada mais convenha
A quem se quis feliz,
E a vida nega a senha,
Matando em céu mais gris.

22121


Vagueio por teu mar
E sigo sem destino
O quanto quis amar
E o passo onde fascino,
O canto a se moldar
O sonho de menino,
Presumo a cada olhar
O tanto que domino.
E nada mais pudera
Após a tempestade
E a sorte sem espera
O mundo quando evade
Matando a primavera
Rompendo a velha grade.


22122

No mar onde navego;
O corpo da mulher
Alimentar meu ego
Do jeito que vier,
O canto onde me entrego
Sem medo algum, sequer,
O rumo quase cego
Do tanto que puder,
Vagando em mar imenso
Não pude conceber
O quanto quero e penso
Gerando no meu ser,
O todo onde compenso,
A vida em bem querer.


22123


Não tenho mais sentido
O vento no meu rosto,
Presumo o quanto olvido
E sei do que é composto
O passo dividido
E nele sigo exposto
Vencendo o que duvido
Explode em vão desgosto.
Restauro cada passo
E nada mais prometo,
O dia segue lasso
E nele me arremeto,
Tentando num espaço
Gerar novo soneto.


22124


Meu rumo se perdendo
Nos cantos mais audazes
A vida sem remendo
A sorte em novas fases
E o tanto percebendo
Enquanto o bem me trazes
Ousando e corroendo
A luta onde desfazes,
Bradando contra a fúria
Do vento em tempestade
O quanto desta incúria
Impede a liberdade,
A sorte em tal penúria
Aos poucos se degrade.


22125


Entregue aos mais profanos
E loucos sentimentos,
Aonde em velhos planos
Invado os pensamentos
Em dias onde os danos
Trouxessem desalentos
Os velhos e ermos panos
Em tantos vãos momentos.
Resumo em verso e prosa
O quanto pude crer,
E sei da majestosa
Manhã quando a tecer
Meu verso traça a rosa,
Que eu vejo apodrecer.


22126


Quem pensa que aprendeu
Amar e perdoar
E nisto vença o breu
E beba este luar
Traçando o quanto é seu
Ou mesmo a procurar
O todo percebeu
Distante de seu mar,
Não sabe este caminho
Aonde a vida brade
E não sendo daninho
Presume-se a verdade
Tramando o raro ninho,
Em plena liberdade.


22127

Se engana totalmente
Quem pensa noutro rumo
Diverso do que sente
E nisto eu me acostumo,
Vencendo plenamente
O medo onde resumo
A dor que a vida tente
Tramar em todo o sumo.
Restauro um passo além
Do quanto quis e vejo,
A sorte sem desdém
E nisto sou andejo,
Caminho quando vem
Traduz cada desejo.

22128


Amar não é saber
Sequer o que inda sinta,
O raro amanhecer
A fúria agora extinta
Do peito em bem querer
Ousando em clara tinta
No todo a percorrer
A vida que se pinta
O manto consagrado,
O passo noutra sorte
Deveras se inda brado
Vencendo o que comporte
Deixando no passado
Ainda o velho corte.


22129


Esta verdade, embora
Já não mais pude ter
Sequer o que apavora
Ou gere o desprazer,
Meu passo desancora
E trama este poder,
Aonde se devora
O amor que possa ver,
Abalroando a sorte
Jamais eu poderia
Cerzir o que conforte
E crer na fantasia
E nela sem suporte
A morte enfim veria.


22130


Quase ninguém jamais
Trouxera novo brado
A quem em temporais
Pudesse enquanto invado
Vencer os dias tais
E neles malfadado
Caminho onde os iguais
Tramassem tal pecado,
Extraio em verso e canto
O todo que imagino,
Vencendo o quanto espanto
E sei já não domino,
A sorte noutro encanto
Demarca o meu destino.


22131

Amar não tem por que
Jamais se adivinhasse
A vida onde se vê
Somente em turvo impasse,
O canto enquanto crê
No rumo onde se trace
Mostrando o que revê
Na velha e turva face.
Esbanja o sentimento
Quem tanto se queria
Ousar e não lamento
Enfrento a ventania
E sei do cada ungüento
Cerzido em melodia.


22132

Se faz sem pelo menos
Saber do que pudera
Vencer os teus venenos
A vida sendo fera,
Os olhos mais serenos
A face não pondera
E sei dos meus acenos
Em nova e leda espera;
Resumo cada engano
No tanto quanto pude
E se deveras dano
O canto em atitude
Viceja a sorte em plano
Aonde nada mude.


22133

Amor, quem não conhece
Jamais imaginara
A vida que se tece
Além desta seara
No quanto a vida esquece
E marca a face clara
Deixando esta benesse
E nela tudo ampara,
O corte mais atroz
O passo sem sentido
A vida segue em voz
Diversa da que olvido
E vejo o tom feroz
Enquanto em vão; lapido.


22134

É sentimento rude
O canto que insensato
Traduz o quanto pude
E nada enfim resgato,
Mudando de atitude
E nisto o não retrato
E sei do cais e mude
Meu canto sobre o prato.
Vagando sem destino
Imensa solidão,
O quanto determino
Tramando o mesmo não,
E sinto o que fascino,
Nas ânsias: solidão.


22135

Cavalga noutro campo
O sonho mais feliz,
E quando além acampo
Ousando o quanto eu quis,
Estrela, um pirilampo
Brilhando já me diz
Do canto que ora encampo
E peço além o bis.
O gris dos meus cabelos,
Os tons deste outonal
Caminho em tais novelos
Envolto noutro astral,
Meus dias; posso vê-los
Num ato irracional.



22136


Titubeante sonho
Aonde nada acorda
A vida em tom medonho
Expressa além da corda
O quanto que me enfronho
E sigo aquém da borda
Vestindo o tom bisonho
E nisto o bem recorda,
Viceja a luz em mim
E nada mais pudera
Traçar dentro do fim
A fúria onde se espera
O traço em carmesim,
Além desta cratera.


22137

Se faz no dia a dia,
O canto mais profano,
E sei do que viria
E neste rumo eu dano,
A sorte em agonia,
Vestindo o velho pano
E nada mais traria
Senão tal desengano,
Ouvindo a voz do mar,
E nela me entranhando
Sereia a procurar
Em dia manso e brando,
O quanto delirar,
Marcando em contrabando.


22138


Amor jamais pergunta
O quanto quero e quis
A vida segue junta
Do canto onde o feliz
Momento nos ajunta
E traça o quanto fiz
Responde tal pergunta
E segue em cicatriz,
O canto se resume
No todo que pudera
Vencer o que consume
O tempo em dita fera,
Atinge logo o cume,
E nada destempera.


22139

São almas diferentes
Das tantas que disseste
Os passos mais urgentes
No quanto foi celeste
Os dias entrementes
E nada mais investe
O canto enquanto mentes
Em sonho mais agreste,
Resumos de outras eras
Anseios delicados,
As sortes são quimeras
E os erros desfraldados,
Aos poucos não temperas
A vida em ledos fados.


22140


Percebo os dias vagos
E neles sito o passo
Aonde imerso em lagos
Eu vejo cada traço
E nisto em sonhos magos,
Aos poucos me desfaço,
E sei dos vãos afagos
E sinto o rumo escasso,
Esbarro em cada engano
E vejo além do caos
Os dias noutro plano
Os ritos meros, maus
E sinto que me dano
Em tantos vários graus.


22141



Refém de teus carinhos;
Um coração procura
Além dos mais mesquinhos
Cenários da loucura
Vencer os meus espinhos
E nisto se tortura
A vida em tais daninhos
Momentos, amargura
E o canto desafia
O pântano sedento
E nada mais seria
O quanto teimo e tento,
Marcando em agonia
O dia em sofrimento.


22142


Amores do passado
Olhando para agora
O quanto enfim evado
Do sonho que apavora
O gesto delicado
E nele se demora
O traço desenhado
Enquanto desancora,
A sorte dita o fim,
Propósito final
O canto vivo em mim,
Num ato ritual,
Presume enquanto eu vim
Um raro e belo astral.


22143

Contra más desventuras
As sortes que trouxeste
Além tu já procuras
O sonho em paz, celeste,
E sinto as amarguras
E nelas se reveste
A vida em tais loucuras
O canto mais agreste,
Não posso e nem tentasse
Vencer a tempestade
A vida num impasse
Marcando o quanto evade
E nisto se mostrasse,
A dura realidade.


22144

Tão atraente sonho
Aonde quis além
Do quanto mais proponho
Ou mesmo me convém
Viver o mais risonho
Cenário aonde vem
A vida; aonde enfronho
O rastro sem desdém,
Esbanja a fantasia
Quem tenta novo encanto,
E sei do que viria
Após ledo quebranto,
A sorte em alegria,
Assim quero e garanto.


22145



Delicadeza imensa
A sorte não mais gesta
E sei do quanto pensa
Na face tão funesta
Adentro a noite densa
Exposta em tal floresta
Regendo o que convença
Embora escassa festa.
Ourives da esperança
Quem dera se inda fosse
A vida onde se lança
Deveras agridoce
Escapa em tom sutil
Do quanto nada viu.


22146

Tocando levemente
O olhar em clara luz,
O quanto se desmente
Ou mesmo me conduz
O todo se freqüente
E nisto sinto a cruz
Moldando em tom urgente
O medo aonde o pus,
Restauro os meus anseios
E vivo além do cais,
E sei dos devaneios
E neles muito mais
Dos passos sem receios
Enfrento os temporais...


22147

Voando em liberdade
Uma ave sem destino
Além do sonho invade
E assim me determino,
Rompendo a velha grade,
Tomando em desatino
O passo onde se evade
O sonho cristalino,
Pudesse ter além
Da queda inusitada
A morte quando vem
Rompendo a madrugada
Traçando sem desdém
A noite constelada.


22148

Eu quero a construção
De um novo amanhecer
Meus olhos não verão
O todo onde faz crer
Na mesma direção
Diversa do prazer,
Não tendo solução
O quanto em bem querer,
Vasculho cada canto
E vejo noutro enredo
O tanto que garanto
E o passo onde concedo,
Meu rumo em ledo pranto,
Do amor, raro segredo.


22149

A cada novo dia
O mundo não se traça
E gera a fantasia
Aonde a sorte escassa
Meu canto não teria
Além da mera caça
A porta se abriria
E o tempo em vã fumaça,
Açoda-me este infausto
E nada mais revejo
Além deste holocausto,
De um velho realejo
Um mundo bem mais fausto
Do quanto agora vejo.

22150


Na sorte desenhada
A vida não transcende
Enquanto dita o nada,
Aos poucos não ascende
E gera a mesma estrada
E nisto em vão recende
Ao quanto imaginada
A sorte não emende
Meu passo num tropeço
E nisto não vestira
Sequer o que mereço
Ou traz farta mentira
Aos poucos me adoeço
E a morte o tempo mira.


22151

Amor quando demais
Já nada se mostrara
A vida em vendavais
Assola esta seara
E os cantos entre os quais
A morte se prepara
Os rumos desiguais
E nada mais se aclara,
Aprendo com a dor
E sei do descaminho,
O passo redentor
Marcando cada espinho
E nisto a se compor
Um mundo mais daninho.


22152



E corre mansamente
Além do quanto pude
A vida sempre mente
E traz nesta atitude
O quanto plenamente
O dia fosse rude,
Marcando o que desmente
E trame o quanto ilude,
Vestindo a fantasia
No canto mais audaz,
O todo se faria
E nisto o que se traz
Tramando em poesia
O corte mais mordaz.


22153


Já sabendo em que canto
O manto se sagrasse
A vida que eu garanto
Enquanto gera impasse
Transforma amor em pranto
E nada mais negasse
Senão quando me espanto
Olhando a velha face
No especular caminho
Medonha realidade
E sei que aquém me alinho
Matando esta saudade
Erguendo o mais daninho
Cenário onde se evade.


22154

Embora tenha pressa
E mesmo busque a sorte
Diversa do que expressa
Ou mesmo já conforte
O todo não começa
E nisto sigo à morte
O quanto ora tropeça
E trama um mesmo norte,
Risonho camarada
Do tempo aonde eu pude
Após cada jornada
Vencer em magnitude
A sorte destinada
Ao quanto sempre ilude.


22155



Espero se preciso
Traçar a liberdade
Enquanto mais conciso
O risco não evade
O dia em prejuízo
Toando a realidade
E nisto eu me matizo
Do canto que se brade
No rumo sem destino
No passo além do cais,
E quando me alucino
Invado os vendavais
Marcando o cristalino
Caminho; aonde esvais.


22156


Um desejo ardoroso
De quem pudera além
Do sonho majestoso
Viver o quanto vem
Tramando em raro gozo
O passo sem desdém
E sei do caprichoso
Caminho em raro bem,
Espero cada traço
E nada mais pudera
Gerar o que não faço
Moldando a velha fera
E nisto sou escasso,
E o salto destempera.


22157


E toma meus sentidos
Os olhos mais audazes
Encontro; decididos
Os dias onde trazes
Os cantos presumidos
Em ledas, duras fases,
E sei dos percebidos
Caminhos entre frases.
Espero a cada engano
O novo amanhecer
E quando além me dano
O todo eu posso ver
Marcando o soberano
Cenário em desprazer.


22158


Momentos onde sigo
O passo rumo ao sonho
E quando estou comigo
Por vezes sou medonho,
E sei deste perigo
E nada além enfronho,
Marcando o que persigo
E nisto não me oponho
Ao passo em luz e senso
Gestando a cada instante
O quanto quero e penso
E nada mais garante
Sequer o manto imenso
Em tom falso brilhante.


22159


Tomava nosso sonho
O canto sem sentido
E o tanto quanto enfronho
E mesmo dilapido
O dia mais bisonho
E nele o comovido
Caminho onde proponho,
O todo além do olvido,
Esvaio em verso e luz
E sinto superado
O quanto se produz
E neste vão pecado,
Aonde eu já me opus,
Um tempo decifrado.


22160


Permita que eu prossiga
Após a tempestade
Ousando noutra briga
A fúria que me invade,
Gerando a face antiga
Do canto onde se brade
A morte, velha amiga
Ausente liberdade,
Esboço a poesia
E nada mais se faz
Enquanto poderia
A vida nega a paz
E sei desta agonia
Em tom ledo e mordaz.


22161

Nos braços que embalaram
Os sonhos mais sutis
Os dias se tornaram
No etéreo sonho gris,
Os cantos se tragaram
E nisto por um triz
Os rumos já moldaram
Os passos do infeliz,
Espraia o sentimento
E nada mais se trama
Além do quanto invento
A sorte dita a lama
E o bêbado provento
Traçando aquém a chama.


22162


Porém sofreguidão
Já não mais caberia
Nos dias que virão
Ousando a fantasia
Marcando a direção
Do todo que se alia,
Vagando em tal senão
A sorte mais vazia,
Adentro em todo cais
Recados do passado,
Enfrento os vendavais
E quando além degrado
Os dias são iguais,
A morte é meu legado.


22163

Misturam-se no olhar
Engodos mais diversos
Cansado de lutar
Ainda em ledos versos
Os dias a mostrar
Cenários mais perversos
O quanto do luar
Invade os vãos imersos,
Escapo do que tanto
Lutara e não previsse
E quando enfim garanto
Amor, mera tolice
O todo em ledo pranto,
A sorte contradisse.


22164


Delírios em teus seios,
Momentos mais astutos
E quando em devaneios
Os dias fossem brutos
Resumo os meus receios
Marcando em estatutos
Diversos quão alheios
Os passos mais argutos.
Escândalos presumo
No canto rumo ao vago
E nisto este resumo
Traduz o quanto afago
E nisto o supra-sumo
Permite o que divago.


22165


Na angústia de te ter
Já nada caberia
Senão no entorpecer
Da sorte dia a dia,
O quanto padecer
Permite esta agonia,
E nada posso ver
Senão a fantasia,
Matando o quanto tento
A cada novo ocaso,
O passo num momento
Ditame quando atraso
Traçando o sofrimento
Vivendo por acaso.


22166

A pele se desnuda
Uma alma se percebe
E nesta vaga ajuda
Invado a imensa sebe
E sei do quanto muda
A sorte que recebe
O passo aonde acuda
E nisto insiste a plebe
Ousando imaginar
Um dia mais feliz
Aonde algum luar
Trouxesse o que mais quis,
Depois ao acordar,
O céu se expressa em gris.

22167

E clama ansiosamente
Quem tanto imaginara
A vida não somente
Da forma que declara
Marcando enquanto mente
A fúria atroz e clara
Vivendo este inclemente
Momento onde se ampara,
A morte se traduz
E sempre transcendendo
Ao quanto fora em luz
E nisto algum remendo
Deveras reproduz
O quanto em vão estendo.

22168

Etérea poesia
Navega em pleno astral
O quanto não se via
E sinto em desigual
Caminho da ironia
Vestindo o ritual
E nele cerziria
O dia em tom venal,
Encontro após a queda
A sorte mais atroz
E o passo sempre veda
Quem tenta noutra foz
A morte se envereda
E gera o nada após.


22169

Nem penso mais pedir
O quanto pude outrora
A vida a se impedir
Gerando o que demora,
E sei do meu porvir
Na fúria onde se ancora
O quanto a presumir
Deveras me apavora,
Resumo em verso e luz
O todo num rompante
Marcando o que produz
E nada mais garante
Semente onde eu propus
O todo doravante.


22170

Não posso nem concebo
Tentar em liberdade
O sonho, este placebo
Que aos poucos quando evade
Traduz o que recebo
E gero em claridade,
O nada mais percebo
Nos tons da liberdade,
Arcaico sonhador
Já nada mais pudesse
E nisto a me compor
Além da mera prece
O canto redentor,
Aos poucos me envelhece.


22171


Tomado por sublime
Momento em luz e paz
O sonho se redime
E gera o que é capaz
De ter enquanto rime
Amor com passo audaz
E nisto sempre prime
No quanto satisfaz
Estático caminho
Das sendas do passado,
O dia mais mesquinho
Traduz no enunciado
O roto desalinho
Ditame de um passado.


22172


Eu sinto teus vapores
E sei dos meus ardis,
E sendo aonde fores
Tramando o que se quis,
Presumo raras flores
E nelas os gentis
Caminhos em pudores
A sorte contradiz,
Restando quase nada
Do todo aonde eu pude
Seguir a velha estrada
Em passo atroz e rude,
Do todo que se evada
Matando a juventude.


22173


Delícias de perfumes
E gozos matinais
Aonde queres; rumes
Desejos desiguais,
Dos dias velhos cumes
Não vejo mais sinais,
E sigo enquanto aprumes
Os ermos abissais.
Os cantos mais audazes
Temática ilusão
E quanto além desfazes
A sorte em estação
Diversa da que trazes
Liberto coração.


22174



Vagando sem ter rumo
O sonho invade o porto
E quando me acostumo
À vida sem conforto,
Aos poucos me resumo
No caos em ledo aborto,
E sei do velho prumo
E nisto sigo morto,
A porta não se abrira
Nem mesmo marcaria
Além desta mentira
O quanto dia a dia
Marcando o que interfira
Gerando a poesia.


22175

Transporto meu amor
Nos cânticos felizes
E sei do que compor
Enquanto contradizes
A vida em redentor
Caminho diz deslizes
E vejo em destemor
As sortes entre crises,
Apresentando a queda
Aonde o nada mude,
O mundo se envereda
No caos em plenitude,
E o nada, enquanto seda
Aos poucos, desilude.


22176


Desejos fervilhando
Na noite sem segredo,
O quanto me entregando
Também a ti concedo,
Vencendo o medo quando
Amor ditando o enredo
Pudesse ser mais brando,
Porém sigo o degredo
Traçando além do sonho
A sorte em sideral
Caminho mais risonho
Gerado em alto astral,
E nisto eu te proponho
Além do racional.


22177


E rodam me queimando
O passo sem sentido
E nisto em contrabando
O todo eu dilapido
Ousando desde quando
O rumo em estampido
Trouxera em ar infando
A sorte na libido.
O canto não permite
O tanto quanto eu quis
A vida sem limite
O passo em aprendiz
Momento onde se evite
A queda em vão matiz.

22178


Aos poucos, totalmente,
Seguindo sem temor
O dia quando mente
Traduz o raro amor
E nisto plenamente
Pudesse em tal valor
Gerar o quanto aumente
Em mim raro pudor.
Vencendo quem comporte
Em si a dura face
Marcando um novo norte
Aonde quer que trace
O pouco e sempre aborte
O quanto se moldasse.


22179


Não deixam nem sequer
Retalhos onde vejo
A sorte que vier
E nisto em vago ensejo
O pouco inda puder
Gerando o meu desejo
No corpo da mulher
E todo o bem prevejo.
Espero após o fato
O sonho mais audaz
E quando enfim constato
O todo que se traz
Ousando ora retrato
O sonho contumaz.


22180


E vivo em transparências
Diversas sintonias
Em ledas penitências
Ou mesmo em fantasias
A vida traz ciências
Diversas e querias
Apenas coincidências
Em noites mais sombrias.
Resulto deste ocaso
E nada mais se espera
Da sorte em mero atraso
Ousando, destempera
E gera um ermo caso.

22181


De camas, coxas, pernas
Adentro a noite imensa
E quando além me externas
A vida se compensa
E marca em mais eternas
As sortes onde é densa
Vontade em que ora internas
A etérea recompensa,
Vestindo esta ilusão
Já nada caberia
Os dias que virão,
A sorte mais sombria,
Marcando em previsão,
A face mais esguia.



22182



Dentro do pensamento
De quem sempre tentara
Vencer o próprio vento
Ousando em sorte rara,
Assim eu me alimento
Da sorte onde se ampara
O quanto do tormento
Traduz a vida amara,
Querendo além de tudo
O passo em sobressalto
Deveras se me iludo
E nisto algum ressalto
Presume o quanto mudo,
Embora seja incauto.


22183

Ao revolver as sobras
Do quanto me negaste
As sortes que desdobras
Traduzem tal contraste
E neles também cobras
O todo em tal desgaste
E nisto não recobras
Os erros que travaste.
O pântano se vendo
E quando em vão tropeço
O tanto num remendo
Deveras não confesso,
A vida num adendo
O sonho em raro acesso.

22184


Percebo que não tenho
Sequer o dia além
Do quanto em tal desenho
Presumo que inda vem,
Mudando assim o cenho
Do sonho aonde tem
O passo em tal empenho,
Descarrilando o trem
A vida não sentisse
O todo que não trago,
Além desta mesmice
O rumo em duro afago
Matando o que previsse
Num sonho onde divago.

22185


Das sombras do que fora
A essência desta vida,
Uma alma sonhadora
De tudo desprovida
Gerando a redentora
Verdade, até sofrida
No parto a promissora
Vontade em despedida,
Matando o caos em mim,
Navego em desatino
E sei do meu jardim
Enquanto me alucino
Vencendo o quanto enfim
Pudesse cristalino.


22186



Nas gretas dos desertos,
Imerso em areais
Os dias mais despertos
As sortes desiguais,
Os olhos vão abertos
Procuram por sinais
E sigo em tons incertos
Vencendo os vendavais,
Vestígios de outro tanto
Aonde pude ao menos
Seguir o desencanto
Em cantos mais serenos,
Mas sei que me adianto
Aos teus vários venenos.


22187


Além do que pensara
Um ledo sonhador
Invado esta seara
E planto o raro amor,
A vida se declara
Da forma como for
Gerando a sorte clara
E nela a se compor
O sacro mandamento
Do sonho em liberdade
E nele me alimento
E a vida não degrade
Um mundo virulento,
Atrás da podre grade.


22188



Ouvindo a voz suave da esperança
Resgato cada instante em minha vida,
E nesta maravilha construída
O coração deveras logo amansa,
No sideral caminho ora se lança
Cicatrizando em mim qualquer ferida,
Fortuna se desenha decidida
E nisto renovando a confiança;
Aprendo com meus erros, mas consigo
Ao vislumbrar teu corpo em evidência
Nudez se adivinhando em transparência
Gerando o quanto quero e estou contigo
Ao vicejar em nós a flórea senda
Segredo em cada passo se desvenda.


22189


Não posso me calar perante o fato
Do todo que pudesse e mais anseio
O manto se mostrara em devaneio
E assim cada momento em paz, retrato.
Traçando esta nascente, algum regato
Mostrando o meu caminho sem receio,
E nisto se aproxima um claro meio
E nele cada ponto mais exato,
Esbanjo em alegria o velho tom,
Restauro cada passo e sei do bom
Momento desenhado em plena paz,
Destarte meu caminho se presume
E chego de mansinho ao ledo cume
Do todo que deveras já nos traz.

22190

Consigo vislumbrar apenas isso,
O sonho mais feliz já não se trama
E sei do quanto possa em plena lama
Ou mesmo neste solo movediço
O todo noutro rumo ora eu cobiço
E disto cada parte se reclama
Ousando deslindar a sorte em chama
E nada mais dissera em compromisso,
Omisso caminhante do futuro
Negaceando o passo, a queda vem
E o todo se mostrara no desdém
Enquanto cada passo é inseguro,
O limo se presume e sigo aquém
Do quanto poderia e sei escuro.


22191


Quisesse preservar meu horizonte
E nada mais teria além do manto
Aonde cada sonho onde garanto
Traduza no caminho o que se aponte
Gerando dentro em nós a nova fonte
Do todo presumindo o raro encanto,
A sorte vicejando sem o pranto
O medo noutro enfado não desponte,
Vagando sem sentido vida afora
O todo preconiza um raro brilho,
E quando a realidade cedo aflora
Além deste infinito eu sempre trilho,
Nem mesmo esta mortalha me apavora,
Amor jamais seria um empecilho.


22192


Expondo o meu caminho aos vis granizos
Já não comportaria a plenitude
E o tanto quanto eu queira desilude
E gera dias turvos e imprecisos,
Marcando com terror os Paraísos
E neles outros cantos que amiúde
Eu sinto bem diversos na atitude
Aonde os dias traçam prejuízos
Esgoto o meu cantar no itinerante
Momento enquanto a vida se adiante
Matando o que resiste vivo em nós,
Um andarilho segue em tom sutil,
Vencido pelo pouco onde se viu,
Gerando em consonância a mesma foz.


22193


Redondamente a vida se pudera
Vencer os erros tantos do passado
E sei quanto se mostra e mesmo brado
Lutando contra a morte, esta quimera,
Vestindo o meu caminho nada espera
Sequer o que pudesse em tal traçado,
Ousando neste sonho desolado
Matando qualquer tom em nova esfera,
Resumos de outros dias, sendo assim,
O caos se desenhando dentro em mim,
Agonizando o canto em tom servil,
Ocasos entre quedas e promessas
Assim quando deveras tu tropeças
O sonho noutro engodo se previu.



22194


Trazendo em tom suave esta harmonia
O pântano percorro quando anseio
E sei do meu caminho em ledo veio
E nisto se presume a voz sombria,
Negando o que pudesse e não viria
O caos se transformando em tom alheio
Adentro o meu caminho e assim rodeio
O manto que pudesse em heresia,
Buscasse um lenitivo e nada mais,
Os dias entre tantos são iguais
E a queda preconiza o fim de tudo,
No vórtice desenha este cenário
Aonde cada passo é temerário
E o tempo pouco a pouco; eu desiludo.


22195

Unindo o verso enquanto pude crer
Irônico caminho em tom mordaz
E nisto se desenha além da paz
O claro e mais suave amanhecer,
Vertentes tão diversas passo a ver
E o dia noutro enredo já se faz
Moldando dentro da alma o mais capaz
Caminho sem temor, raro poder.
Vencendo a tempestade mais atroz,
E o canto determina em leda voz
O rumo sem sentido e sem razão,
Farturas entre medos e verdades
E quando noutro passo tu te evades
Os dias mais sobejos voltarão.


22196


Imanta-se a verdade enquanto apreço
O tanto que pudera e não mais visse
Gestando dentro da alma outra mesmice
Nem muda mesmo até, neste endereço,
O quanto do meu sonho diz tropeço
O manto consagrado se permitisse
Vagando sem destino, já se previsse
O todo neste infausto recomeço.
Das dádivas diversas, versos; sei
E o todo se transforma em norma e lei
Ousando muito além da mera sorte,
E quantas vezes vejo em ledo porto
O mundo sem sentido e quase morto
Sem nada que deveras me conforte.


22197


Ouvindo a mesma voz, satisfação
Do errático desenho em tom diverso
E quando mergulhara no universo
Momentos mais felizes mostrarão
Engodo noutro passo, imprecisão,
E sei do que pudera e desconverso
Enquanto num instante sigo imerso
Matando a mais dorida imprevisão.
Esbarro nos meus erros de costume
E chego do passado ao mesmo cume
E neste raro lume, poesia
A morte não seria assim disposta
Ousando muito além desta proposta
O nada noutro encanto se traria.


22198


Presumo após o todo novo enfado,
E sei do meu cenário em tom diverso
No quanto se pudesse e não disperso
Meu mundo se desenha além do gado,
Explode a sensação deste passado
Matando o que pudera ser meu verso,
E nisto num instante eu sigo imerso
Tramando o meu rumo no alagado.
Vestindo a mesma face: esta incerteza
A vida não seria sempre ilesa
Nem mesmo sem surpresa eu pude ver,
O quanto dolorida vejo a sorte
E nego este caminho em ledo aporte
Matando dentro da alma o amanhecer.



22199

Assisto a derrocada deste sonho
E vejo após a queda o mesmo enfado,
E sei que tanto possa enquanto brado
Vencer o descaminho onde me ponho,
O canto se mostrara mais bisonho,
O rumo noutro dia degradado,
O caos se transformando num legado,
Aprendo enquanto o todo eu decomponho,
Viceja dentro da alma esta esperança
E o nada noutro engodo sempre avança
Matando em tom venal o quanto eu quis,
Pudesse ser diverso do que agora,
A morte noutra ronda me apavora
Gerando tão somente a falsa atriz.


22200

Servindo de alimária tão somente
Bufão entre fantoche e mesquinhos
Cenários entremeiam velhos ninhos
E a vida a cada passo me atormente
Gerando o que pudesse num repente
Traçar momentos rudes e daninhos
Os olhos no passado, são vizinhos
Dos medos onde a sorte é penitente,
Marcando com macabra fantasia
Satânica e mordaz hipocrisia
Presume a queda em falso e nada mais,
Os dias onde o todo se faria
A porta se travando em agonia
E os cantos em tropeços virtuais.


22201

Decido a cada instante um novo manto
Aonde eu possa mesmo me entregar
Alçando todo encanto a divagar
Apenas o vazio ora garanto,
E quando na verdade eu já me espanto
E tento acreditar noutro luar
Diverso do que pude imaginar
E neste delirar eu me adianto,
Espalho a minha voz e sei do vento
Aonde pude mesmo em tom suave
Vencer o que deveras sempre agrave
E mostre no final o quanto eu tento
Brindando à mera sorte aonde um dia
A vida noutro passo se veria,
Eu abro o coração exposto ao vento.


22202



Fervendo dentro em mim leda vontade
Do cântico suave aonde eu possa
Vencer o que já fora mera troça
E agora noutro engodo enfim degrade
O passo se moldando em realidade
Diversa da que a vida agora apossa
E nisto tanto faz enquanto endossa
Meu passo na diversa claridade,
Esbarro neste errático momento
E sei do quanto possa e me atormento
Num gládio sem razão e sem juízo,
E sei que de tal forma me matizo
Nos ermos mais sutis do pensamento
E somo a cada queda um prejuízo.


22203


Gritasse dentro da alma uma esperança
Matiza este cenário em tom suave,
E o coração liberto feito uma ave
Aos poucos noutro rumo sempre avança
A sorte se mostrara onde se lança
O canto noutro engodo já se agrave
E dita a velha norma onde se entrave
O sonho sem sentido em tal mudança
Gerando em consonância o quanto pude
Traçar neste momento alheio e rude,
Mudando a direção do pensamento
E sei deste cenário aonde eu possa
Tramar o que deveras gera a troça
E neste caminhar eu me alimento.


22204


Hedônico caminho dita o sonho
De quem se fez além do mero ocaso
E quando na verdade sempre aprazo
O todo quando vem e já componho,
O rumo se desenha e me proponho
Vencendo esta certeza e neste acaso,
O canto se propõe, quando me atraso
E gero outro caminho mais medonho.
O drama se anuncia a cada fato
E nisto quando muito inda resgato
O tanto quanto eu pude num segundo
E vejo contrastado dentro em mim
O mais bendito sonho e nele eu vim,
Marcando o mero caos onde me inundo.

22205

Jamais me esquecerei do quanto pude
Cerzindo outro momento aonde a vida
Traçando desde sempre a despedida
Mostrara este cenário onde amiúde
E morte se desenha e na atitude
Diversa da que eu tente a distraída
Verdade noutro cais ao ser ungida
Do todo a cada dia desilude,
Atando com ternura este cenário
Aonde o meu caminho em relicário
Pudesse adivinhar qualquer alento,
O mundo se anuncia num segundo
E o tanto quanto eu possa onde me inundo
Transcende ao que eu decerto ainda invento.


22206



Legados tão diversos desta vida
Aonde a sorte dita novo passo
E sei do meu caminho enquanto grasso
A sorte noutra luta em nova lida,
E sigo sem volver pela avenida
Marcada pelo canto em tal cansaço
Ousando o caminhar enquanto escasso
Cenário já não vê qualquer saída,
E o pântano invadindo esta excrescência
Matando o que restara em consciência
Diversa do momento mais audaz
Vacante fantasia aonde eu vejo
O dia mais atroz e sei andejo
Deixando uma emoção sempre pra trás.


22207


Cravando em cada olhar tal atitude
Marcando quantas vezes vira a queda
A vida noutro passo se envereda
Acende o que deveras desilude,
Matando o que talvez já não mais mude,
E nisto a minha sorte sempre seda
E quanto mais pudesse se depreda
Realça cada engodo onde sou rude,
Apresentando o caos aonde um dia
Houvera simplesmente o que eu teria
Em ácidos momentos, vida afora,
O todo não produz mera promessa
E o passo sem sentido recomeça
Enquanto a fantasia me apavora.


22208


Verdadeira amizade
Aquela que permite
O quanto desagrade
E não tem tal limite
E sei do quanto evade
O passo onde acredite
Na dura realidade,
Enquanto necessite.
Ousando em vera luz
Jamais se traz aquém
Do quanto além compus
E nisto sem desdém
A vida onde me pus
Certeza sempre tem.


22209


Passivamente o pomo
Tramando novo encanto
O sonho quando o domo
Permite novo canto,
E sei do quanto somo
Mudando o que garanto
Gerando cada tomo
No livro em raro encanto
Mergulho num momento
E venço a correnteza
O quanto eu incremento
Ditando esta certeza
Assim eu me alimento
Da sorte sem surpresa.


22210



Nem mesmo uma alegria
Medisse qualquer sonho
De quem não poderia
Em ar mesmo bisonho
Vencer a fantasia
Aonde eu me proponho
No tanto que teria
O mundo em tom risonho,
Vestindo o quanto tenho
E nada mais sobrara
Sequer o ledo empenho
A sorte mais amara,
E o vento de onde eu venho
Traz noite em lua clara.


22211

Apenas num sorriso
E nada mais tentasse
Enquanto me matizo
Na vida em novo passe
O rumo em prejuízo
Ou mesmo que se trace
O canto mais preciso
E nisto se mostrasse
Vencendo o contra-ataque
Da dura insanidade,
A vida dita o baque
E tenta ou mesmo invade
Ainda quando estaque
Supera a velha grade.


22212


Se faz de discussões
Exótico cenário
E nele tu me expões
O mal tão necessário
Em tantas divisões
O canto em tal fadário
Trazendo exposições
De um dia atroz e vário,
Escondo dentro em mim
O todo que pudesse
E vejo em ledo fim
A vida em turva prece
A sorte nega o sim,
E o rumo a vida esquece.


22213

Mostrando as diferenças
Enquanto poderia
Haver quando convenças
A luz em novo dia,
Mas sendo velhas crenças
Nas quais me fartaria
Em tantas desavenças
Matando a alegoria,
Apresentando o caos
E nele me entranhando,
Alçando tais degraus
Um dia sempre brando,
A sorte em dias maus,
O amor em contrabando.


22214



Numa amizade plena
Ou mesmo nalgum sonho,
O quanto já se acena
E traz o bem medonho,
Aonde a vida amena
Traz tanto o que proponho,
Em sorte mais serena
O passo além eu ponho,
E sigo sem sentido
Ou mesmo a direção
Do quanto mais divido
E vejo desde então
As horas que decido
Além da solidão.


22215


São feitos com afeto
Os sonhos mais gentis
E nisto eu me completo
Enquanto o bem eu quis,
O todo se repleto
Do passo em velho gris
Seguindo o predileto
Caminho este aprendiz,
Vagando sem destino
Nos ermos de tal sorte
Aonde este menino
Ainda se conforte
Gerando o cristalino
Momento em rude morte.


22216


Não cala-se quem tenta
Vencer o mais temível
Caminho onde a tormenta
Em rumo previsível
Pudesse em violenta
Manhã um tom audível
Ousando o que alimenta
A sorte noutro nível,
Esboço cada passo
E tento ser além
Do quanto ainda traço
Embora não convém
Saber deste embaraço
E o tédio ainda vem.


22217


Apenas por calar
O que tanto consente
Mudasse este lugar
E nada mais contente
Do quanto a imaginar
O amor de toda a gente
Vencida sem lutar
Ou mesmo imprevidente,
Vestindo esta mortalha
A faca se anuncia
Num campo se batalha
E marca em voz sombria
O todo que se espalha
E gera a melodia.


22218


Correr a sensação
Do passo sem destino
E vejo desde então
O canto onde fascino
E bebo em solidão
Caminho em sol a pino,
Vestindo a ingratidão
Do sonho diamantino,
Audaz e sempre assim
Sem medo do que tenho,
Ao menos vejo o fim
Em tosco desempenho,
Marcando dentro em mim
O todo onde detenho.

22219


Aquilo que precisa
Do sonho mais voraz
Enquanto entregue à brisa
Encontra enfim a paz
A sorte mais concisa
O canto onde se faz
A morte não matiza
O todo em voz tenaz,
Restauro cada passo
E tento muito além
Do quanto fora escasso
E sei que sempre vem
Tramando em todo laço
A vida em tal desdém.


22220

Nesta queda de braços
Os erros que acumulo,
Os dias seguem lassos
E o passo morto e fulo,
Aos poucos noutros traços
Os fados eu engulo
E sinto em tais regaços
O quanto em paz ondulo,
Vestira a fantasia
E nela não presumo,
O amor que não viria
A vida já sem rumo,
A sorte em agonia,
E o caos, mero resumo.


22221


Falar que tudo vale
Na vida de quem sonha
Ousando o velho xale
Na sorte mais bisonha,
Palavra não se cale
Nem mesmo o quanto enfronha
A vida além do vale
Marcando onde se enfronha,
Vagando sem sentido
Além do quanto eu pude
Vencer o que lapido
E nisto em atitude
Diversa da libido
Aonde amor ilude.
22222

A lua, num momento
Entrega-se ao futuro
E neste pensamento
Do céu outrora escuro
Agora eu me alimento
E o todo eu asseguro
Marcando o juramento
E nele o sonho é puro,
Vestindo a fantasia
De quem pudesse mais
E nesta alegoria
Enfrento os vendavais
E sei do quanto havia
Além dos temporais.


22223


Se entrega ao trovador
Viola num ponteio
E seja como for,
Meu canto além rodeio,
Gerando em pleno amor
O todo aonde anseio,
Vagando em mera flor
O canto em devaneio,
Vestindo esta ilusão
Meu passo poderia
Em plena direção
Gerar um novo dia
As sortes moldarão
O canto em fantasia.


22224



Num ato de loucura
A vida não pudesse
Além desta procura
O quanto quero e tece
Vagando me assegura
E nisto esta benesse
A morte em senda escura
O fim se estabelece,
Vestindo a sorte imensa
E nada mais se faz
E nesta vida pensa,
Um ato tão audaz,
E nisto a recompensa
Aos poucos nada traz.

22225



Neste canto ao deus Eros
Os sonhos mais audazes
E sei que são sinceros
E invadem tantas fazes
E nestes termos feros
Os dias ditam fases
Além dos mais esmeros
Cantares que me trazes,
Esbanjas tanto charme
E a vida já se alarme
Do todo que pressente,
Ousando um pouco mais
O dia em rituais
Num canto mais freqüente.


22226



Aos poucos sem defesa
A sorte sonegara
O quanto fora presa
Da vida em tal seara,
A sorte sobre a mesa
A morte se prepara
E gera a correnteza
Aonde se antepara
Vestindo a claridade
Luar em noite imensa
O sonho se degrade
E gesta o que convença
Marcando a liberdade
Além do que se pensa.


22227
Os dois já caminhando
Sem rumo ou direção
O mundo fosse brando
A sorte é solução
E o canto mais nefando
Não trama os que virão
Ousando desde quando
Houvesse a ingratidão,
Escondo cada verso
E tento presumir
O todo aonde imerso
Deslinda algum porvir
E nada mais disperso
Nem mesmo a dirimir.


22228

Unidos pelo sonho,
Seguimos consonantes
E quando eu te proponho
O mundo onde garantes
O fato mais risonho
Gerasse em diamantes
O dito onde componho
As luzes radiantes,
Marcando a minha voz
Com toda a maravilha
Ao ver o ledo algoz
Aonde se palmilha
Cuidando enfim de nós
Além desta armadilha


22229


Ao ver que a ele havia
Bem mais que o libertário
Caminho em poesia
Seguindo o mesmo horário
Aonde me traria
O velho itinerário
A sorte se esvazia
E gera este honorário,
Resumo do passado
Em velha penitência
O mundo desolado
Gerando a impaciência
E quando mesmo eu brado
Já nem tenho ciência.

22230

Sedenta dos carinhos,
De quem pudesse amar
Não vejo mais daninhos
Nos raios do luar
A vida sem espinhos
Pudesse caminhar
E nisto velhos ninhos
Ainda a se mostrar,
Esgoto o verso enquanto
Ainda tento além
O mundo onde garanto
A paz que sempre tem,
Deveras novo manto
E dele sou refém.


22231


Aos poucos foi se inflando
O todo que pudera
Vencer em verso brando
Trazendo a primavera,
A vida sonegando
O quanto não se espera
Do risco de ir nevando
Matando a longa espera,
Gestasse em abandono
O quanto quis e nada
Trouxesse o que me abono
Risonha madrugada
E nisto em pleno sono,
A sorte é vislumbrada.


22232

Mostrada pela lua
A senda desenhada
Enquanto se cultua
Traduz a degradada
Verdade nua e crua
E dela já se evada
A sorte onde flutua
A noite enluarada,
Marcando o que pudesse
Tramar em plenitude
O todo dita a messe
E diz do quanto ilude
E nisto recomece
A nossa juventude.


22233

Fugindo para o dia
A sorte que noturna
Pudesse em alegria
Embora mais soturna,
O canto não traria
Sequer onde se enfurna,
Marcando a fantasia
Após trazendo esta urna
E vejo sem sentido
A vida sem ninguém
E quando dividido
O sonho teima e vem
No passo aonde olvido
E tramo o raro bem.


22234

Com medo, sem saber
Da luz imensidade,
E neste amanhecer
O quanto em sol invade
Tramando o bem querer
E nele esta verdade
Ousando no saber
Da mera tempestade
Vagando sem sentido
Ouvindo a voz do vento
Enquanto não divido
Ou pelo menos, tento
Resumo o presumido,
No quanto eu me atormento.


22235


Havia de gerar
O manto em luz sobeja
E o quanto a caminhar
A vida se deseja
E deste navegar
A sorte de bandeja
Ao ver cada luar
A paz teima e dardeja,
Vestindo esta ilusão
Ainda pude ver
Sem paz ou direção
O imenso desprazer,
Nos dias que virão,
A morte a se tecer.


22236

Amor que me inebria
E tanto satisfaz
Além de fantasia
Esconde o canto audaz
E nisto em todo dia
A sorte sempre traz
O quanto mais teria
Num passo mais tenaz
Gerando a nova fase
Da vida que transforma
O quanto se defase
Num canto em nova forma,
Tramando além da base
Que aos poucos se deforma…


22237



Fazendo-me perder
Nos ermos de minha alma
Ainda a perceber
O quanto não acalma
Pudesse amanhecer
E a vida traz na palma
O longo e bel prazer
Supera qualquer trauma,
E o vicejar das flores
E tom primaveril
Aonde quer e fores
Verás o que se viu
Num mundo onde os albores
Trouxessem cada ardil.


22238

Devora minha história
A fonte do saber
E sem qualquer vanglória
Eu pude perceber
O quanto da memória
A vida traz ao crer
Na lua merencória
Antes do amanhecer,
O sol quando virá
Tramando este arrebol
E sei que desde já
Sou dele girassol,
Pousando mudará
Os tons deste farol.


22239

Quisera muito além
Do quanto se pudesse
E sei que quando vem
A vida surge em prece
Vagando aonde tem
O canto onde se tece
E o passo diz de alguém
Que tanto amor merece,
Vestindo a mesma luz
E nela se moldando,
O dia já seduz
E tanto sei do brando
Caminho onde faz jus
O mundo transformando.

22240

Espero cada passo
De quem se fez além
Do amor que mesmo escasso
Deveras nos convém
E sei do ledo espaço
E nele sou refém
Do velho e doce laço
Gestando em nós o bem,
Querendo novo dia
Aonde em abandono
A minha poesia
Decerto eu sempre abono,
Vencendo o que viria
E nisto em paz me adono.


22241


Retendo o meu caminho
As pedras e o cenário
Gerando em cada espinho
O tempo temerário,
O rito mais daninho
Vagante itinerário
E aonde enfim me alinho
Mostrando autoritário
Vestir em nova lua
Após a tempestade
E assim quando flutua
Presume a liberdade
E sendo a sorte nua,
Jamais nada degrade.


22242

Trazendo sempre à mesa
Velha negociação
A sorte em sobremesa
Tomando desde então
O quanto fora presa
Dos tempos que trarão
Além da correnteza
O passo ledo e vão,
Matando na tocaia
O todo num segundo
Sendo da mesma laia
O corte onde me inundo
A vida não mais traia
Aonde eu me aprofundo.


22243

Um canto mais feliz
O dia além do cais
E nisto tanto quis
A sorte em vendavais
Do amor mero aprendiz
Errando sempre mais
Espero onde desfiz
Os velhos rituais,
Escalda a mesma face
Em tosco vago espelho
Enquanto misturasse
Do sonho eu me aconselho,
E sempre que pudesse
A vida em tal benesse.

22244


Instigo cada passo
E tento muito além
Do quanto tento e faço
E sei que o quanto vem
Traduz o velho traço
De quem sem ter alguém
Vivera cada espaço
Conforme algum refém
Do sonho mais fecundo
Do passo mais audaz
E neste ledo mundo
O sonho não me traz
Sequer esse submundo
Atroz, porém tenaz.

22245

Ouvindo a voz do mar
E nada mais tivesse
Senão cada lutar
E nele a mesma prece
Vagando sem parar
O mundo não se esquece
Do quanto imaginar
Aonde em vão tropece,
Resumos de outros dias
E neles cada dano
Pudesse em alegrias
Gerar o que me engano
Marcantes fantasias
Rolando sobre o pano.


22246

Prevejo o fim do sonho
Aonde mergulhara
A sorte em tom medonho
A vida em tal escara
O quanto me proponho
Aos poucos escancara
E gera outro bisonho
Momento em nova cara,
Renova esta estação
Que quis primaveril
Olhando em direção
Ao quanto não se viu,
Os dias me trarão
Um ar duro e senil.

22247

Apresentando escusas
E sendo sempre assim
As sortes mais confusas
A boca carmesim,
Aonde tanto abusas
E vês chegado o fim,
As horas mais profusas
Amor dentro de mim,
Mergulho num segundo
E tento a liberdade
E quando ali me inundo
A vida não evade
E gera novo mundo
Além da liberdade.

22248

Somando o quanto eu quis
E o nada que me deste
O passo do aprendiz
Mostrado em tom agreste
Desfaz o quanto eu fiz
E o rumo se reveste
Do canto em tal matiz
Aonde o sei celeste,
Vagando desde então
Sem rumo nesta jóia
A sorte em direção
Programa enquanto bóia
Os dias que virão
O encanto não me apóia.


22249


Devesse acreditar
Num antro aonde eu pude
Viver cada luar
E nisto sendo rude
O quanto navegar
Alçando a plenitude
Do pouco ou ledo mar
A vida não me ilude,
Expresso em tom diverso
O quanto quis um dia
E nada mais disperso
Além do que teria
Sabendo deste verso
E nele a alegoria.


22250


Fragilizado passo
De quem se fez audaz
Marcando o quanto faço
E sei que tanto faz
Vencido sigo lasso
E mato o que é voraz
Esbarro noutro traço
E a vida mata a paz,
Restauro esta presença
Enquanto a sorte adona
O todo se convença
E volte sempre à tona
Somando o que se pensa
E a vida ora abandona.


22251


Girando a Terra eu vejo
O pantanal no fim,
E quando algum desejo
Demonstra de onde eu vim,
O passo em azulejo
O corte traz em mim
O sonho mais sobejo
E marca o meu jardim
Num tom: diversidade
E não pudesse crer
No quanto ora se evade
Matando ao bem querer
E nisto a liberdade
Esqueço de conter.


22252

Holofotes em cima
De quem pudesse além
Do quanto a vida estima
E traça sem desdém
O todo aonde prima
No passo que inda vem
Mergulho em leda rima
O canto sem alguém
Restauro diferenças
E sei das ilusões
E nada mais convenças
Em tolas multidões
E tanto as recompensas
Gerassem turbilhões.

22253

Jogado sobre as rocas,
O barco meu saveiro
E nisto me provocas
No sonho derradeiro
E sei que além deslocas
O rito costumeiro
E nestas velhas ocas
O canto onde primeiro
Esfacelando a sorte
Deveras nada pude
E quando se conforte
A doce juventude
Marcando cada porte
E nele desilude.

22254

Livrando o pensamento
Da queda incontrolável
O dia aonde eu tento
O mundo imaginável
O sonho em tal provento
Pudesse maleável
Mas sei do quanto eu tento
Um risco que mutável
Presume o sofrimento
Além do mais provável,
Encontro o fim de tudo
No cais e sigo em frente
Enquanto desiludo
A vida se apresente
Marcando o sonho mudo,
Deveras penitente.


22255

Cruzando este oceano
Em busca desta areia
A vida onde me dano
Traduz o que incendeia
E o passo soberano
Invade a lua cheia
E neste novo plano
A vida segue alheia
E quando mais me engano
O rumo se permeia
No canto mais audaz
E sei da mera voz
E tanto ora me faz
Agora o mesmo após
O rumo mais tenaz
Alçando o tom feroz.

22256


Vencesse a luz
Nada tivera
O que conduz
À primavera
Fazendo jus
Ao que se espera
Em leda cruz,
O nada espera,
A sorte diz
Do passo audaz
E se infeliz
Deixando atrás
O que mais quis
E nada traz.

22257

Bebendo a glória
Pudesse ver
A velha história
Em bem querer
Tanta vanglória
Traz desprazer
A merencória
Não pude ater
Semente tento
E nada vejo
O quanto atento
Um malfazejo
Mais virulento
Velho desejo.


22258

Navego o cais
E bebo o mar
Pudesse mais
Adivinhar
E sei jamais
Pudesse amar,
Eu vejo astrais
Verto o luar,
Seguindo o passo
Aonde pude
Embora lasso
A plenitude
Ditando escasso
Caminho rude.


22259

Marcando o fato
Aonde eu vira
O que resgato
Sem ser mentira
O passo eu trato
E se interfira
Este contato
E a terra gira,
Vagando além
Do quanto pude
Viver o bem
Em atitude
E nada vem
Somente ilude.



22260

Querendo mais
Que possa ter
Em vendavais
Do bem querer,
Além do cais
Eu posso ver
Os dias tais
Onde viver,
Sentindo o frio
E a tempestade
O desvario
Decerto invade
E desafio
O quanto evade.


22261


Espero a paz
E nada vem
O ser capaz
Cuidar de alguém
No quanto faz
Assim tão bem,
O amor audaz
A luz que tem,
O brilho aonde
O sol se dá
Além se esconde
E desde já
Sonho responde
E brilhará.


22262

Resumo a vida
No que pudera
Sorte sortida
Em primavera
A luz incida
E trace a fera
Na mais ungida
E louca esfera,
Resumos disto
No canto em vão
E quando insisto
O coração
Traçando, existo
Exposição.

22263

Tentando além
Do quanto pude
Amor se vem
Por vezes rude
No quanto em bem
Diverso mude
Gostar de alguém
Jamais me ilude,
Vencido o passo
Em temporal
O quanto escasso
Traz ritual
E nele eu faço
Um novo astral.

22264

Um dia a mais
Outro momento
Invade o cais
O pensamento
Originais
Dias que tento
Nos germinais
Um novo alento
Vencendo a dor
E nisto eu sigo
Um trovador
Procura abrigo
E ao me propor
Estou contigo.


22265


Invado o sonho
E tento o rumo
E me proponho
Ao que consumo
E nisto ponho
Cada resumo
Do amor medonho,
Um ledo fumo.
Tramando a sorte
No que pudesse
E já conforte
Em rara messe
Meu passo e norte
Jamais se esquece.


22266

Presumo a dita
Que tanto quis
A sorte grita
E pede bis,
Vaga bonita
E ser feliz
Noutra bendita
Vontade eu fiz,
Gerando o canto
Em luz e tom,
Nada garanto
Nem tenho o dom,
O raro manto
Momento bom.


22267


Ao mar me dando
Em azulejo
O dia brando
Aonde eu vejo
O tempo quando
Ainda almejo
O sol tocando,
Cada desejo.
Experimento
Novo sentido
Enquanto alento
E assim lapido
Enfrento o vento
E nada agrido.

22268


Sedenta luz
Aonde eu possa
Viver seduz
A sorte nossa,
E me conduz
Onde se endossa
E faço jus
Ao quanto apossa
A vida além
Do quanto pude
Saber e vem
Noutra atitude
Não sou alguém
Deveras rude.


22269


Dourada senda
Em sol imenso
Tanto desvenda
Enquanto penso
Noutra contenda
E recompenso
E o passo estenda
Num passo intenso
Cerzido em paz,
Momento além
O quanto traz
E sempre tem
A vida audaz
Nega o desdém.


22270

Fragilizado
O sonho dita
O quanto invado
Desta maldita
Vontade em fado
Ou necessita
Por todo lado
A alma palpita
E vence a dor
Ainda quando
Noutro valor
Já se entregando
O redentor
Nos dominando.



22271

Gerando o sonho
Aonde o quis
Eu sei risonho
O ser feliz,
E se componho
E por um triz,
O mundo eu ponho
Além do gris.
Vencendo o medo
Seguindo em frente
Se eu me concedo
Já se apresente
Num novo enredo
O amor urgente.


22272

Havendo o passo
Além do cais
O quanto faço
E sei jamais
Ditame escasso
Em dias tais
Vivendo o lasso
Entre os cristais
Resumo o fato
Na sorte imensa
E se constato
Aonde pensa
A cada trato
A vida vença.


22273

Jazendo ao léu
O que pudera
Traçar meu céu
Sem medo e fera
O tanto em fel
Nada se espera
Em carrossel
A nova esfera
Medonha face
De quem se deu
E o quanto grasse
E se perdeu
Num novo impasse
Somente é meu.


22274

Levando a vida
De qualquer forma
A desprovida
Verdade informa
Do que me acida
E nesta norma
A dividida
Versão transforma
E bebo o canto
E vejo a glória
E se garanto
Noutra memória
A vida em manto
Mudando a história.

22275

Criando o mundo
Que agora bebo
Onde aprofundo
Mero placebo
Do quanto imundo
O mar concebo
E nauseabundo
Em dor percebo,
Agora vejo
O canto além
Do meu desejo
E nele vem
O que inda almejo,
Gostar de alguém

22276

Vagando além
Do quanto pude
O todo vem
Em plenitude
E sem desdém
Num passo rude
O quanto alguém
Pudesse e mude
O todo enquanto
O quando fora
O peso em pranto
Da sonhadora
Vejo e garanto
Voz redentora.


22277


Bebendo a luz
A sorte trama
E não seduz
O quanto em chama
O passo em cruz
O corte, a lama,
Fazendo jus
A vida clama,
Esbarro em não
E sinto o sim
Encontro o vão
E quando eu vim,
Dias virão
E sei do fim.


22278


Nascendo o brilho
De cada estrela
Aonde eu trilho
Pudesse vê-la
Num estribilho
Saber vivê-la
Eu sinto e pilho
Jamais contê-la
A sorte dita
A vida em paz
E se acredita
Na voz tenaz
De quem palpita
E quer e faz.


22279


Marcando o passo
Aonde eu vejo
O amor mais lasso
O céu sobejo
O rumo e o traço
Do que desejo
Em raro espaço
Sonho sobejo,
Vivendo a paz
Que tanto quero
E sou capaz,
Sendo sincero
Do amor que traz
E tanto espero.


22280

Eu quero
O canto
Sincero
Encanto
Do fero
Espanto
Libero
O tanto,
Vencido
Estou
Lapido
E vou
Libido
Em gol.


22281

Querendo qualquer coisa além do quanto
Pudesse imaginar e nada houvera
A sorte se trazendo em cada canto
Matando o que pudesse noutra esfera
A sorte desenhada em raro pranto
O medo a cada passo destempera
E bebo o que pudesse em desencanto
Marcando com ternura o que se espera,
Esgoto uma palavra em raridade,
E vejo deste rumo o que virá,
E quando a poesia nos invade
Sabendo desde todo aqui ou lá
Encontro finalmente a liberdade
E nela toda a sorte mudará.


22282

O passo decidido rumo à vida
Aonde nada pude no passado
O corte tantas vezes se duvida
E nisto novo sonho encaminhado,
E quando a realidade em vão acida,
O tempo noutro tempo emoldurado
A porta se pensara em despedida
E o mundo onde deveras quero e invado.
Respaldos de momentos mais diversos
E neles outros tantos ditam versos
Em universos díspares, a paz,
Já não me caberia quando a visse
E o todo se desenha em tal mesmice
E apenas um momento a vida traz.


22283

Repare cada estrela que nos guia
Marcando com ternura o que pudesse
E sei desta diversa fantasia
Aonde cada passo ora obedece
E vago sem sentir noutra alegria
O quanto se desenha em rara prece
Vestindo a minha luz, melancolia,
O canto noutro encanto ora se esquece
Resulto deste todo aonde pude
Vencer os meus temores mais cruéis
E vejo em tua boca os fartos méis
Desenhos destes sonhos, carmesim,
E o mundo desfilando eternidade,
Aos pouco com doçura sempre brade
Ditando esta alegria viva em mim.



22284

Pudesse renovar o mundo em que soubera
A vida mais atroz enfrenta a tempestade
E o quanto mais sonhara e nada além degrade
O passe em sutileza adentra a vida fera,

Aprendo sutilmente e vejo numa esfera
Diversa do que possa a imensa claridade
E nisto não mais tenho até que a liberdade
Ditando o meu caminho invade esta quimera,

Espalho o verso em rumo atroz e conseqüente
Ainda quanto tente ou mesmo quando invente
Um cais bem mais seguro aonde eu possa ver

O canto mais arguto imerso em alegria
O todo se moldara e nisto se faria
A sorte num sobejo e claro amanhecer.

22285


Já posso caminhar em meio aos mais sutis
Momentos onde eu tente enfrentar os meus cais,
E nestes dias tais envolto em temporais
O todo que pudera às vezes mais feliz,

E sei do quanto eu possa e busco enquanto eu quis
O tanto mais audaz e logo tu te esvais
Marcando com voz constante a audácia dos finais
E neles resumindo o passo por um triz.

Resulto do passado aonde nada sinta
Nem mesmo a luz imensa agora, cedo, extinta
Invisto o meu caminho envolto em rara bruma,

E o tanto quanto pude expressa a solidão,
E nela se desenha a vida desde então
Marcando com horror o quanto em vão se esfuma.

22286

Sinalizando o tempo imerso em luz e medo,
O canto mais audaz já nada me traria
Sequer o que buscasse ainda em poesia
E nisto noutra forma em paz eu me concedo,

Desenhos mais sutis traduzem desenredo,
E o canto agora traz apenas a agonia
Matando o que se fez ainda em outro dia
Vivendo sem saber qualquer mero segredo.

O verso se transforma em forma tão diversa
E nisto a própria vida às vezes desconversa
E trama uma saída aonde não se vira

Se quer a sorte enfrente o todo em temporal,
E faça deste sonho além de um ritual
O traço mais audaz, e siga sem mentira.


22287


Já não comportaria a vida aonde eu pude
Tramar novo momento em volta desta luz,
Falena sem sentido ao quanto se conduz
Renova num instante a plena juventude,

E o quanto se aproxima e dita em atitude
Diversa do que eu possa e nisto já seduz
O passo mais audaz vivendo em contraluz
O quanto na verdade ainda teima e ilude;

Esgoto a fantasia e nada mais pudera
Sentir após a queda o quanto em primavera
Perdera algum sentido, infausto dia após

Gerando novo rumo invade o pensamento,
E quando no meu sonho em verso eu me alimento
Ousando noutro encanto ouvir a tua voz.



22288

Reparo os meus gentis momentos mais suaves
E quando se pudesse além dos meus caminhos
Vencer no meu jardim os ermos mais daninhos
Voando em liberdade imensas, belas aves,

E nada do que eu possa ainda em dias graves
Gestasse do vazio os raros sonhos, ninhos,
Meus dias são sutis e sei também sozinhos
Marcando com temor e tramam velhas traves

Cerzindo o pensamento aonde pude outrora
Viver cada momento e nele a paz aflora
E resolutamente o todo se aproxima

Ditando o meu futuro enquanto o mais queria
Singrando este oceano em leda fantasia
Fugaz felicidade invade o raro clima.


22289


Já nada mais tentara aquele que se deu
E sabe muito bem os medos costumeiros
Invado o meu caminho e sei dos teus luzeiros
Enquanto a vida traz apenas ledo breu.

O rumo desenhado outrora não foi meu
E sei dos meus finais envolto em verdadeiros
Caminhos entre os quais aprendo com canteiros
No todo em primavera o mundo se prendeu.

A flórea e rara senda envolta em luz imensa
Gerando do que possa o todo quando pensa
Marcando com ternura o passo aonde eu possa

Tramar sem desventura a vida mais gentil
E o canto sem tormenta aonde o todo viu
A vida mais suave após a leda fossa.

22290


Já não mais concebia a sorte de tal forma
Ao formular o sonho aonde o meu caminho
Expressa a realidade e sei quanto é mesquinho
O todo aonde o mundo aos poucos se deforma.

Meu canto, meu jardim, precisa da reforma
E sei de cada flor imersa em vago espinho
E quando mais procuro em vão aquém me alinho
Vencendo o desespero enfrento cada norma

E o pântano desta alma ainda em charqueada
Permite o desafeto além desta alvorada
Somando cada queda ausenta-se meu sol,

E o manto consagrado agora já puído
E o tempo noutro engodo aos poucos dividido
Tornando mais atroz o todo no arrebol.



22291

Jamais eu pude ver o dia após a sorte
Diversa em magnitude e nada mais teria
Senão cada momento imerso em fantasia
E nisto a redenção apenas se conforte,

Gerando num momento o todo em raro norte
E nada do que eu possa invade esta alegria
Matando com terror o quanto não viria
Deixando para trás o tanto que comporte

Esboço de palavra ao vento se entregando
O dia mais feliz ainda fora brando
E nada do que tenho expressa esta verdade

Enquanto o meu cenário envolto em tempestade
Acende o fogareiro e logo tudo evade
E o canto noutro engodo aos poucos deformando.


22292

Não posso caminhar em pedras e rochedos
Os dias são iguais e nada mais se visse
Senão a mesma face espúria da tolice
E nisto os meus ardis invadem dias ledos,

Aprendo com meu erro e sei dos desenredos
E nada do que possa a vida contradisse
Gerando após a queda a sorte em tal mesmice
Marcando com horror os velhos vãos segredos.

Espalho o canto além do todo aonde eu pude
Saber do quanto resta ainda em passo rude
O marco desenhado em tom maravilhoso,

Presume num tardio incauto caminhar
O quanto poderia aos poucos se traçar
Num dia mais diverso e sei tão majestoso.


22293

Querendo muito além do pouco que tivesse
Meu canto enamorado e o tempo se permite
Seguir anunciando além de algum limite
O todo aonde pude imerso em rara prece

A vida se emoldura e sempre estabelece
O tanto quanto possa e sendo que se admite
O canto noutro rumo e a vida necessite
Do sonho mais audaz e nele se obedece

Percebo que ao final o tempo não se traz
Servindo de alimária a quem não poderia
Gerar noutro momento a sorte em alegria

E ter no temporal o dia mais tenaz
Esboço a reação e sinto o que inda veio
Ousando noutro rumo em mero devaneio.


22294


O canto mais sutil
A vida não pudera
Trazer o que se viu
Nem mesmo o que se espera
A sorte resumiu
O salto da pantera
No todo onde se é vil
Ou mesmo destempera
O corte se aprofunda
A vida não resgata
A morte nauseabunda
O canto me maltrata
E nisto esta alma imunda
Desenha a sorte ingrata.


22295

Encontro cada passo
Aonde não se vira
Além do medo lasso
O sol imensa pira
Vestindo cada traço
Agora se interfira
No todo sem cansaço
E sendo em paz a mira
Acorda manhã cedo
E nada mais pudera
E sei que me concedo
Em plena primavera
Ousando num segredo
Que a vida trama e espera.


22296

Não pude e não tentei
Vencer o que se faz
Além da mera grei
O passo mais audaz
E nele desenhei
O quanto satisfaz
Gerando o que sonhei
E nisto vivo a paz
Resumo o verso em luz
E nada mais se vendo
O quanto reproduz
A vida sem adendo
Matando além da cruz
Tormenta em vão remendo.


22297

O amor em plenitude
O canto em agonia
O quanto desilude
E nada mais traria
Eu sei do quanto é rude
O tenso dia a dia
E nele em magnitude
Desenho a poesia,
Viceja esta esperança
E nada mais se vê
A vida ora se lança
E quer algum por que
Na farta confiança
Ainda em nada crê.


22298


Revolto mar em mim
E nada mais fugaz
Que o todo quando eu vim
Gerando a plena paz
O corte desde o fim
Trouxesse e se é capaz
Do quanto sei enfim,
Em rito mais tenaz
A tensa maravilha
A morte noutro engano
O canto quando trilha
O passo onde me dano,
A sorte se palmilha
E nega qualquer plano.


22299


Repare cada sonho
E veja muito bem
O quanto te proponho
E sei que sempre vem
Traçando este bisonho
Caminho onde refém
Evado e me componho
No passo sem desdém,
Mergulho em voz altiva
E tento noutro rumo
O quanto já se priva
Do sonho onde resumo
Esta alma mais cativa
E nela o raro sumo.


22300


O canto mais feliz aonde nada houvera
Gerando dentro em mim o todo noutro ardil
A sorte se revela além do que se viu
E trama a cada dia a nova primavera

Meu passo sem final aos poucos destempera
O verso por sinal, invade e se é gentil
Traduz o quanto quero e sei já se previu
No manto caminhar além da sorte fera.

Esbarro no passado e colho as flores quando
O dia se mostrara e nele se moldando
A sorte em tom atroz negando qualquer luz

Mergulho no passado e vejo muito bem
O quanto não pudera e sempre tento e vem
Matando desde o início o quanto me conduz.


22301


Quisesse ter nas mãos
Momentos mais felizes
Em dias ledos, vãos
Aonde contradizes
A terra ceva os grãos
E sente nos deslizes
Dos novos, belos chãos
O sonho em mil matizes.
E sinto quanto possa
Ousar noutro momento
A sorte sendo nossa
Também o sofrimento,
E o quanto toca e roça
O tempo que ora enfrento.

22302


Errando vez em quando
Tentando adivinhar
O mundo desvendando
A terra a se encontrar,
O peso me envergando
A sorte a se tramar,
O amor em contrabando
Ausência de luar,
Vencido caminheiro
Dos dias mais doridos
Os olhos no canteiro,
Jardins além floridos
E os passos por inteiro,
Há tanto decididos.


22303

Raiando dentro em mim
O sol de uma esperança
O quanto quero e vim
Enquanto a vida avança
Matando até o fim,
Tentando uma mudança
A sorte diz do enfim
E o medo em temperança,
Ousando um passo além
E o pouco se desenha,
A vida segue e vem
Mantendo a velha senha
Gostando de outro alguém,
Que eu sei, jamais contenha.


22304


Tramando cada passo
Aonde nada havia,
O sonho amargo e lasso,
Ausente poesia,
E sigo enquanto traço
A vida em harmonia
Diversa do cansaço
Que tanto me traria
A noite sem luar
A vida sem estrelas,
A sorte a navegar
As luzes sem contê-las
Tais sombras a tocar
Quem mal pode revê-las.


22305

Uivando dentro da alma
A fonte dos anseios
Os dias dizem trauma
Meus olhos: devaneios.
As cores desta calma
Os olhos vãos e alheios,
O nada aonde acalma
Os passos em rodeios,
Vagando sem destino
Ocasos mais constantes
E quando eu me fascino,
As horas me garantes,
E o canto eu determino
Enquanto me agigantes.


22306

Idólatra deveras
Pudesse acreditar
No quanto agora geras
Ou mesmo a se entregar
Imerso entre outras feras
Aonde enfrento o mar
Ousassem em primaveras,
Mas nada a se mostrar
Nas flóreas emoções
Os ritos mais sutis
E os dias em senões
O quanto nada fiz
Senão tanto me expões
Gerando a cicatriz.


22307

Ouvindo este marulho
Ainda me clamando
O quanto em vão mergulho
No mar atroz e infando,
A cada pedregulho
O tempo se moldando
Diverso deste entulho
Em tudo me tocando,
Resvalo no passado
E tento outro futuro
O dia vislumbrado
E ao fim eu me amarguro
E sei que enquanto invado
Teu porto é mais seguro.


22308


Presença costumeira
De quem se fez além
Do quanto pensa e queira
E ao fundo nada vem,
A sorte por bandeira
Do amor, mero refém,
O todo onde se esgueira
Marcando o que convém,
Ousando em temperança
Diversa da que pude
O mundo enquanto avança
Matando a juventude,
A sorte enfim se lança
Em toda a plenitude.


22309


Aprendo com o medo
E sei do meu caminho
E quando assim procedo
Nos céus onde me alinho,
O todo sem segredo
O passo mais daninho,
O mundo aonde eu cedo
O canto em vão mesquinho.
Pudesse acreditar
Num novo amanhecer
Envolto em luz solar
Trazendo algum prazer
A quem deseja amar,
Ou mesmo pode crer.


22310


Servindo a cada instante
A quem pudesse além
Do quanto se adiante
O mundo enquanto tem
O passo onda garante
O quando quer e vem
Marcando num instante
O peso deste bem.
Espúrio cantador
O sonho não sossega
E vejo em raro amor
A sorte desta entrega
Vagando sem louvor,
Caminha quase cega.


22311


Dedico cada verso
A quem pudesse amar
E neste tom disperso
O quanto navegar,
Apenas desconverso
E tento outro lugar,
Embora sei perverso
O cais onde ancorar,
O rito se transforma
A vida continua
Gerando nova forma,
Embora clara e nua
Enfrenta e se deforma
A bela e plena lua.


22312

Ferrenha luta em vão,
Angústias costumeiras
E sei dos que verão
Além destas bandeiras
A farta indecisão
E nisto não mais queiras
Vencer esta ilusão
E nela outras, inteiras
Aprendo com o corte
E vejo sempre em mim
Além do que comporte
A sorte já no fim,
Marcando todo o norte
Traçando ao que não vim.

22313

Gerasse uma esperança
Aonde nada vira
A vida já se lança
Além desta mentira
E quanto mais avança
Aos poucos interfira
Gestando a confiança
Parindo o que me estira,
E sei do meu caminho
Envolto em pedregulho
E a cada tom mesquinho
Invado o teu orgulho
E quando além me alinho,
Enfim posso e mergulho.

22314

Havendo calmaria
Aonde quis a paz
O todo não teria
Sequer um traço audaz,
E o sonho dia a dia
Jamais algo o desfaz
Marcando a poesia
Enquanto fora audaz,
Risonho caminheiro
Dos tempos que virão,
Toando por inteiro
Os dias no sertão
Ousando o verdadeiro
Cenário em precisão.

22315

Jargões desta alegria
Aonde nada pude
E quanto me traria
Da etérea juventude
O sonho poderia
E sei que não se ilude
Marcando em agonia
O corte atroz e rude,
Negando cada passo
E nada mais se vendo,
Enquanto eu vejo e traço
A sorte num remendo
E nisto o meu cansaço,
Aos poucos se prevendo.


22316

Lavando a alma no quanto
Pudesse acreditar
A vida diz do canto
E nele a me entranhar
Ouvindo o que garanto
Pudesse adivinhar
No todo sem espanto
A trama a se traçar,
Esbanja fantasia
Quem tanto quis o mundo
E nele poderia
Viver e me aprofundo,
Gerando a fantasia
Em paz enquanto inundo.

22317

Criando dentro em mim
Um dia mais tranquilo
Enquanto quero enfim
O todo onde desfilo
Olhando o meu jardim
A vida dita o estilo
E sei que de onde eu vim,
Aos poucos me perfilo.
E audaciosamente
Não pude me conter
A vida não desmente
O quanto do querer
Gerasse outra semente
E nela o florescer.

22318

Vibrando em consistência
A vida não permite
O quanto em tal ciência
Aos poucos já se admite
Em clara penitência
A morte diz limite
E o mundo em sua essência
Já nada mais evite,
Vagando sem destino
Cometa em ledo astral,
O quanto determino
Do passo sem final,
O mundo em desatino,
Da sorte nem sinal.


22319

Buscando tão somente
A paz que ora se adona
Do quanto não desmente
A vida volta à tona,
E sei desta semente
Que tanto se abandona
À visceral corrente
E nisto não se clona
O canto mais atroz
O rumo sem sentido,
Calando a minha voz,
O todo eu não lapido
E sei que logo após
O mundo faz sentido?

22320


Navego sem saber
O quanto pude então
E sei do meu querer
Das horas que trarão
Aonde o amanhecer
Gerasse a negação
E o canto a se perder
Diversa tradução,
Acordo e nada vejo
Sequer o que pudesse
E nada do desejo
Em mim se estabelece,
Apenas neste ensejo,
A vida em medo e prece.

22321

Mereço algum alento?
Decerto sei que não
E penso num momento
Na tosca direção
Aonde o ledo vento
E as forças que virão
Trarão o quanto tento
Viver em passo vão,
Esbarro no meu pranto
E nada mais teria
Sequer o que garanto
Em noite tênue e fria,
Ao fim de cada canto,
Teimando em fantasia.


22322

Quisesse acompanhar
O dia mais suave
E nisto ao caminhar
A vida não mais trave
Cenário em tal luar
E quanto mais agrave
Meu passo a se mostrar
Ainda liberta a ave
Que tanto quis voar
E sempre além, desbrave,
O canto em harmonia
O tempo mais feliz
O todo se queria
E nada contradiz
O passo em noite fria
Ou mesmo; outro: aprendiz.


22323

Estando acompanhado
Do sonho e nada mais,
O quanto ainda evado
Vagando em vendavais
Vestindo o velho Fado
Tentando em dias tais
Os ermos do passado
Agora são fatais,
Esbarro nos enganos
E sei do meu alento,
E quando houvesse danos,
Ainda quando eu tento
Vencer os ermos planos,
Liberto o pensamento.


22324


Resumos de outros dias
Aonde a vida traça
Além das melodias
A sorte em vã fumaça
E bebo as fantasias
Enquanto a sorte escassa
Traduz as agonias
Deveras turvas, lassas,
E sinto após o corte
O quanto se tentasse
Vencer o que suporte
Gerando noutra face
Além da própria morte
O que inda em vão mostrasse.

22325


Trazendo a minha voz
E nada mais seria
O quanto sou algoz
E a vida sempre fria,
Marcando dentro em nós
A velha alegoria
Resumo em mais feroz
O passo onde teria
O canto sem sentido
O manto já puído
A vida onde lapido
O tom onde decido
O sonho desprovido
Há tanto decidido.

22326


Um dia após a queda
A morte não trouxera
Senão a luz que enreda
Ou mesmo a paz mais fera
Vencendo o que se veda
No todo sem espera
Pagando em tal moeda,
A essência em primavera,
Espreito na tocaia
O tanto quanto pude
Marcando o que se esvaia
Em rara plenitude
E o passo descontraia
Além do que me ilude.


22327


Início dita o meio
Aonde se envolvera
A sorte em devaneio
O sonho em leda cera
Desfaz e neste veio
O quanto se perdera
Apenas eu receio
A morte onde vencera.
O rumo desenhado
A porta não se abria,
O canto; aonde evado
A velha fantasia
Ao fim o meu legado,
É feito em agonia.


22328

Ourives do vazio
Meu canto nada traz,
E quando eu desafio
O passo mais mordaz,
Do todo sem pavio
O corte agora audaz,
Gerando em novo estio,
O todo que se faz,
Vestindo a sorte enquanto
A vida não tramara
Senão meu desencanto
O passo em tal seara
E nisto sei do quanto
O todo desampara.

22329


Presumo novo enredo
E vejo muito além
Do quanto te concedo
E o tempo que inda vem,
Marcando desde cedo
O corte em tal desdém,
E sei do desenredo
Na parte que convém,
Usando da esperança
A velha companheira
O tanto quanto avança
Desfaz o que se queira
E nada diz mudança
Nem mesmo esta bandeira.


22330


Aprendo com a vida
E tento outra lição
A sorte desprovida
Não dita a solução
E sei da despedida
Em dias que trarão
Além do que duvida
A sorte em passo vão,
Esbanjo esta esperança
E nela o velho passo,
Pousando na mudança
Do quanto quero e traço,
Ousando na aliança
Que aos poucos já desfaço.

22331

Servindo de dilema
Os tempos que me expões
E neles quando algema
A vida em seus grilhões
Expõe cada problema
Em tantas direções
E os olhos noutra gema
Procuram os verões,
Verei apenas neve
E neste tom preciso
O passo que se atreve
Enfrenta este granizo
E sei do quanto é breve
O estorvo em Paraíso.


22332


Duvido que inda veja
O todo noutro rumo,
E quando a vida almeja
O pouco que consumo,
Espelho a benfazeja
Vontade e não me aprumo,
Assim deveras seja
O ledo em vago aprumo,
Esbarro no passado
E sei do meu futuro
E neste imenso brado,
Apenas me asseguro
Do corte aprofundado
E o passo neste escuro.


22333


Ferrenho lutador
Palavras soltas, vento
A vida em tanta dor
Ainda eu alimento
Marcando sem louvor
Liberto o pensamento
E sei de cada andor
Matando em tal tormento,
Acordo quanto adentro
O todo sem limite
E quando vejo o centro
Aonde já palpite
A vida eu desconcentro
E mudo o que acredite.


22334

Girando contra a sorte
Vagando em ledo céu,
A vida não comporte
Sequer tal carrossel
E o vento que é meu norte
Agora o sei cruel,
E neste ledo aporte,
Apenas bebo o fel,
Esgoto a voz em mim
E tento novo rumo,
Aonde sei que enfim,
Deveras eu me aprumo,
Marcando o quanto eu vim,
Toando em turvo sumo.


22335


Havia noutro passo
O canto mais agudo
E sei do quanto traço
E nisto eu me amiúdo
Vencendo o meu cansaço
Ao topo enfim me iludo,
E sinto o mundo lasso,
E o caos se faz com tudo.
Esbarro neste anseio
E vejo sem destino,
O todo em devaneio
E o quanto eu determino,
O mundo aonde veio
O tanto que extermino.


22336


Já nada mais pudera
Quem tanto acreditou
Na face desta fera
Que aos poucos se mostrou
Diversa da quem era
E agora não restou
Sequer a primavera
Aonde não brotou,
A vida se presume
No fato de seguir
O quanto ainda assume
O todo a prosseguir
A sorte mata o lume
E cega o meu porvir.


22337

Legados mais diversos
Do mundo aonde eu quis
Singrar teus universos
E mesmo ser feliz,
Nos dias entre os versos
A velha cicatriz,
Moldando em mais perversos
Sentidos, por um triz.
Resumos de outro fato
E nele nada tenho,
Aonde o bem constato,
O corte em ledo empenho,
O mundo onde eu retrato
O pouco enquanto eu venho.


22338


Criando a tempestade
Aonde não se vira
Sequer o que degrade
Nem mesmo já retira
A vida sem a grade
Transcorre em vã mentira
E o todo desagrade
Quem nada mais prefira.
Esboço num segundo
O passo enquanto eu quero
Vencer este submundo
E sendo mais sincero
O rastro onde me inundo
Deseja o quanto espero.


22339

Vestindo a luz imensa
Que tanto pude ver
O quanto se compensa
Da vida em bem querer
Pudesse enquanto vença
Traçar outro viver
A sorte em recompensa
Jamais pude conter,
Vigia desta noite
Aonde nada mude
O vento que me açoite
Marcando em plenitude
A sorte não se acoite
Enquanto desilude.


22340

Braseiros onde eu tento
Vencer o dia a dia,
Assim meu pensamento
Invade o que queria,
E neste doce alento,
A morte em fantasia,
Invade o manso vento
E traz outra harmonia,
Vestindo esta esperança
Sobeja realidade
O passo quando avança
Ainda tenta e brade
Marcando esta aliança
Em rude tempestade.


22341


Navego contra a fúria
Das turvas, vãs procelas
E nisto cada incúria
Deveras me revelas
E sei da leda injúria
Enquanto nada selas
Senão a farta incúria
Tramada em velhas celas.
Restauro num momento
O passo rumo ao quanto
Pudesse e se me alento
Vestindo o roto manto
E sei do pensamento
Aonde em vão, me espanto.


22342


Marcando em dor e medo
O quanto não podia
E assim eu me concedo
Ao quanto em fantasia
O dia em desenredo
Deveras me traria
Desvendo este segredo
Em forma de agonia,
Medonha face eu vejo
De quem não pude amar,
E sei do seu desejo
E nada a se mostrar
Senão tal relampejo
Em noite sem luar.

22343



Querendo a cada instante
O todo aonde eu tenha
O amor mais delirante
E nele quando venha
A vida se garante
E mostra o quanto empenha
O encanto se agigante,
E a sorte dita a senha.
Amada, deusa e diva
Minha alma está contigo
No sonho que cativa
No colo onde eu me abrigo
E vejo sempre viva
Fortuna que eu persigo.


22344

Espero num momento
O quanto pude outrora
E o todo onde me invento
Aos poucos a alma decora,
Gestando em pensamento
O canto em que me ancora
A sorte num momento
E nada me apavora,
Vestindo esta esperança
E o quanto existe em mim,
O passo ora se avança
E teima até o fim,
Gerando uma aliança
Moldando este jardim.


22345


Resolvo muito bem
Os ermos mais audazes
E sei do quanto vem
E o todo também trazes
Ousando ter alguém
E sinto que ora fazes
A vida quando tem
Os sonhos contumazes,
Vencer a solidão
Erguer além o olhar
E sinto desde então
O canto me tocar,
Em horas que virão
Tramando outro luar.

22346


Trazendo cada sonho
Aonde pude ver
Além do que eu proponho
O mundo ao bel prazer
Meu passo mais medonho
E o canto a se tecer
No risco onde me enfronho
No amor a nos prover,
Vencendo o dia a dia
E nada mais se vendo
Aquém do que teria
Ou mesmo em dividendo
A sorte em fantasia
Aos poucos se tecendo.


22347

Uníssono sonido
Aonde nada fiz
O passo presumido
O todo onde se diz
Do quanto agora olvido
E gere a cicatriz,
A vida sem sentido
O ser ou não feliz,
Esvaio em cada instante
E nada mais garanto
Sequer o que adiante
Bulindo com meu pranto,
Marcando doravante
Os tons de um novo canto.


22348


Invoco o meu passado
E tento no futuro
O quanto lapidado
Momento amargo e duro,
Vicejo lado a lado
Com tudo o que procuro
No sonho mergulhado
Num porto mais seguro,
Ousando vez em quando
Apenas no final,
Meu mundo desabando
Em paz ou num fatal
Instante amargo ou brando
Alçando outro degrau.


22349


Ouvisse a voz do vento
Adentrando este quarto
O passo aonde tendo
O dia onde descarto
A vida em sofrimento,
O todo ledo ou farto,
O mundo num momento
Gerando a dor do infarto,
Vacante caminhada
Aonde se fez tudo,
Resgato o quase nada
E nisto até me iludo,
A morte anunciada
E nela nada mudo.


22350


Perguntas sem respostas
E dias mais atrozes
E sei do quanto gostas
Marcando em raras vozes,
As sortes são compostas
Dos dias mais ferozes
E nestas vagas costas
Dos medos, overdoses.
Ascendo ao quanto pude
E nada mais se vira
A vida em atitude
Programa além da pira
O quanto se transmude
E marca esta mentira.


22351


Aprendo muito ou nada
Com tudo que inda veio
Apenas madrugada
E o tempo segue alheio
Ao quanto desejada
A sorte num anseio,
Trouxesse enamorada
Esta alma em devaneio,
Respaldos mais diversos
E mundos onde eu trace
A vida além dos versos
O tempo após o impasse
Nos vagos universos,
A sorte em nova face.


22352


Sedento marinheiro
Em busca de outro cais,
Os olhos por inteiro
Os dias terminais,
Aprendo o derradeiro
Momento em desiguais
Caminho verdadeiro
E nada além esvais,
Vagando sem sentido
Sem norte ou direção,
O quanto assim divido
Os dias que virão
No sonho aonde olvido
A mesma ingratidão.


22353


Demoro um pouco mais
E nada se tentara
Enfrento desiguais
Caminhos na seara
Diversa em vendavais
Aonde se escancara
A sorte em germinais
E nada mais ampara,
O todo se transforma
E quando se anuncia
Ditame em nova forma
Traduz a fantasia
E a vida já deforma
O tanto que traria.


22354


Fragilizando a vida
E nada mais se tenta
Além do quanto olvida
A sorte virulenta,
E a dita concebida
No quanto fora isenta
Da morte presumida
E tanto me atormenta,
Resumo passo e canto
E nada mais me espanta
A vida que garanto
A sorte sendo tanta
No fim o desencanto
Aos poucos já quebranta.


22355


Girando a vida eu vejo
O todo onde se fez
Amor, mero desejo
E louca insensatez,
Resumo do azulejo
Aonde o passo vês
Marcando com sobejo
Caminho; aonde crês
Espero noutro lado
O tanto quanto eu pude
Viver o que ora brado,
E sei desta atitude
Versejo desenhado
E nada mais ilude.


22356


Há tanto que se pensa
No modo mais audaz
Do amor em recompensa
E a vida nada faz,
Seguisse a sorte imensa
Em canto mais mordaz,
Vestindo a recompensa
Aonde o canto em paz
Já nada mais pudera
Vencer o ledo fim,
Marcando assim a fera
Traçando dentro em mim,
O todo que se espera
Num lábio carmesim.


22357


Jogado noutro canto
Da sala da esperança
O quanto tento e espanto
Produz nova aliança
E o beijo noutro pranto
Gerando a confiança
Marcando este quebranto
E nele esta aliança.
O caos, o sonho e a queda
O rumo sem sentido,
O quanto a vida veda
E o passo onde lapido
A sorte que se enreda
No todo presumido.


22358


Lavando esta alma pura
Em dores, esperanças
Enquanto se assegura
A sorte aonde lanças
O dia em tal ternura
Conforme tais mudanças
E nisto esta amargura
Trouxesse as alianças
Vestindo o todo em paz
O rumo se desenha
A vida agora traz
Além desta resenha
O passo mais mordaz
E nada mais se tenha.


22359


Crivando em fogo e bala
O todo sem sentido,
O quanto esta alma fala
E traz o que duvido,
O rumo não se cala
Nem mesmo resumido
O todo noutra sala,
O prazo consentido,
Escondo esta vertente
E nada mais se mude,
Ainda quanto eu tente
A sorte em plenitude
Vendendo esta aguardente
Que queima e desilude.


22360


Viceja dentro em mim
O tanto que se quer
Vestindo até o fim,
O todo sem sequer
Ousar ter tanto assim
O passo que vier,
No centro do jardim,
Ainda um malmequer
E o peso do passado
Vergando cada sonho,
O rumo aonde eu brado
O dia enquanto enfronho,
O tempo anunciado
Momento mais bisonho.

22361


Brincando com a sorte
Já nada mais consigo
E sei do que conforte
E trace o novo abrigo
E nele todo o norte
Pudesse em tal castigo
Ousar no que suporte
Meu mundo, hoje contigo,
Encontro o meu caminho
E nada mais além
Do quando eu adivinho
E sei; deveras, tem
Se o mundo é tão mesquinho,
A vida nega o bem.


22362

Negando o quanto pude
Vencer a sensação
Do quanto em juventude
Inverto o passo em vão,
E quando mais ilude
Momentos se darão
E neles amiúde
A vida em solidão,
Resumo de um passado
Aonde nada possa,
O canto aonde eu brado,
Vestindo a sorte, nossa,
Mergulho neste enfado,
E a sorte não me acossa.


22363

Maniqueistamente
A vida se fizesse
E nisto também mente
E traz além da prece
O quanto da semente
No solo a gente esquece
Marca dolosamente
O todo em triste messe,
Vencido caminhante
Sem ter qualquer futuro
O nada se adiante
E sei do passo escuro,
E quando me agigante
Apenas solo duro.



22364

Queimando em fogo lento
O sonho não pudera
Vencer onde alimento
A sorte em nova esfera
E o passo onde contento
O coração, quem dera
Gerasse contra o vento
O corte nesta espera.
Vagando sem saber
Do ocaso dentro em mim,
O todo sem prazer
O amor já não tem fim,
O tanto que quis ver
Já não resiste assim.


22365

Eu vivo cada instante
E sei do quanto ilude
A vida quando avante
O passo em plenitude
E nada mais garante
Aquém da juventude
O canto deslumbrante
O tempo, amargo e rude.
O cântico febril,
O sonho aonde eu tento
Cerzir o que sentiu
A sorte contra o vento
E o nada mais se viu
Em mero alheamento.

22366


Resumos de outras eras
Aonde quis bem mais
O todo que temperas
Explode em vendavais
E nada enquanto as feras
Espreitam nos fatais
Momentos onde esperas
As sortes desiguais,
Querendo ou não tal fato
O quanto não se vira
Enquanto não resgato
Aquém desta mentira
O tempo não constato
E o vento se interfira.

22367

Tramando cada sorte
E nada mais ainda
O mundo sem ser forte
Fortuna não mais brinda
E gera o que comporte
Enquanto se deslinda
O manto não suporte
A história amarga e finda.
Expresso em fantasia
O quanto não tentara
A morte a cada dia
Domina esta seara
E gera a poesia
E nada mais a ampara.

22368


Unindo verso e sonho
A poesia dita
O quanto mais risonho
Ainda necessita
Da vida este bisonho
Caminho onde se evita
Aquém do que proponho
Além desta pepita,
O marco delicado
O tempo mais atroz,
E sei que ao fim me evado
E sigo até a foz,
O passo vislumbrado
E o olhar no logo após.


22369

Imantando o prazer
E nele me moldando
O todo a perceber
Meu mundo desde quando
Pudesse amanhecer
Ou mesmo me tornando
O sonho a padecer
O corte mais infando,
Resplandecente senso
E nada mais se vendo
Além do que ora penso
E sigo tal remendo,
Aonde me compenso
E nada me detendo.


22370

Ocasionado marco
E nele não mais pude
Viver o quanto abarco
E sei em plenitude
O peso de tal arco
O canto aonde ilude
A vida noutro barco
O canto sempre mude,
E resolutamente
O tempo não resuma,
O quanto a sorte mente
E dita aquém da espuma
O mar tão plenamente
Enquanto a sorte esfuma.


22371


Pressinto o fim de tudo
E andando contra o vento
Ainda se me mudo
O passo não alento,
Seguindo tartamudo
O canto em tal provento
Pudesse em tom miúdo
O nada em provimento,
Esbanjo fantasia
Aonde quis o pranto
E o tempo não adia
E nisto eu mal garanto
O quanto não teria
Além deste quebranto.


22372

Ausência de esperança
Espreita, atocaiada
A vida não se lança
Além da velha estrada,
E o canto em tal pujança
Enquanto inútil, brada
Esbarra na fiança
Dar sorte desdenhada
Aprendo com engano
E sei do quanto venço
A sorte onde me dano,
E nisso o bem imenso
Do amor que é soberano,
Do todo onde o compenso.


22373

Sedento beduíno
Areias de um deserto
A vida sem destino
O sonho onde me alerto,
O caso onde domino,
O passo que desperto
O rumo onde fascino,
Distante ou mesmo perto,
Ascendo ao quanto quis
E sei do constelar
Caminho em céu mais gris
Em busca do luar
Aonde nada fiz,
Sequer posso lutar.


22374


Dragando o pensamento
Aonde não pudesse
Acreditar no vento
E nem na velha prece,
O amor em provimento
Aos poucos tudo esquece
E sei do que alimento
E nada se obedece
O pranto mais audaz
A voz nunca silente
O quanto já se faz
O mar que alegremente
Invado em plena paz
Enquanto a vida mente.


22375

Fazendo dentro em mim
O tanto que pudesse
E nisto o meu jardim
Aos poucos nada tece
E o canto dita o fim
E nele esta benesse
Perdida diz enfim
Do quanto a gente esquece,
Esbarro no passado
E vejo muito além
Enquanto o canto brado
E nada mais já vem
Marcando o controlado
Caminho em tal desdém.


22376


Grassando em vago rumo
O mundo não se marca
O todo onde resumo
O passo sem a barca
E nada mais consumo
Da vida mesmo parca,
E sei do supra-sumo
Aonde o sonho embarca
Aprendo com a queda
E nada mais se vendo
Apenas o que seda
E vivendo a contendo
O passo se envereda
Num sonho, mesmo horrendo.


22377

Havendo além do cais
Qualquer mero abandono
Da vida em temporais
E nisto se me adono
Enfrento dias tais
E neles cada sono
Tramando os seus cristais
Geando um raro abono.
Espreitas e tocaias
E nada mais se visse
Além do que contraias
Vencendo esta mesmice
Areias, ondas, praias
E tudo o quanto ouvisse.


22378

Jocosamente a vida
Espera além do todo,
O quanto nos acida,
O mundo em medo e lodo
O tanto quanto agrida
Gerando um novo engodo

Presumo aonde eu possa
Cerzir nova aliança
A vida sendo nossa
O passo agora alcança
O mundo aonde endossa
O verso sem lembrança

Ousando ser feliz
Vivendo o quanto eu quis.


22379

Levado pelo vento
O sonho se embrenhando
No tempo aonde tento
O canto ameno e brando
O rumo desatento
E nele se entregando.

O verso mais sutil,
O sonho em harmonia
O todo não previu
Um tufo de alegria
E o mundo mais gentil
Decerto eu não viria,

E assim sem ser diverso
Escuto ao longe um verso.



22380


Criando a sorte quando
O mundo não tentasse
Houvesse um ar mais brando
E nisto se mostrasse
O rumo se moldando
E nisto a velha face,

Escassa burguesia,
E o pranto se moldara
No quanto em poesia
A vida não se ampara
No canto aonde havia
A sorte em tal seara,

Esvaio num segundo
E mato o que aprofundo.


22381

Viceja em flórea senda
O todo mais audaz
Da vida que desvenda
E nisto tanto faz
Vencer qualquer contenda
Gerando amor e paz,

Não pude consolar
Meu canto em tom igual
E nisto o caminhar
Degrau após degrau
Ousando além do mar
Alçar a minha nau.

Espanto a plena luz
Que ao todo me conduz.


22382

Baqueio quanto tento
Vencer a solidão
O passo em novo alento
As sortes mudarão
Meu rumo contra o vento
Ingrata decisão,

Aprendo com a queda
E sinto o quanto pude
Aonde se envereda
A luz em magnitude
E nada mais depreda
O sonho enquanto ilude.

Vagando noutro canto
O mundo onde garanto.


22383

Nadando contra a fúria
Imensa das marés
E sei de tanta incúria
Aonde e por quem és
Vestindo tal penúria
A vida de viés,

O todo se adivinha
E gera em discordância
A sorte mais daninha
O passo em discrepância
O tanto quanto vinha
No fim, deselegância,

A corda no pescoço
Amor em alvoroço.

22384

Marcante fantasia
Aonde o nada traça
A sorte que eu queria
E nisto esta fumaça
Matando uma alegria
E nada mais se faça.

A vida em tal embolso
O corte mais atroz
O medo enquanto eu ouço
Ao longe a turva voz
E invado o calabouço
E sei do velho algoz.

Amor sem ter juízo
E nele martirizo.

22385


Quarando no varal
A roupa da saudade
O dia desigual
Decerto quando invade
Gestando em ritual
O todo quando brade

Meu passo sem sentido
A vida sem razão
O quanto dilapido
E abrindo o coração
Meu canto resumido
Acordes da paixão.

Espero além do todo
A sorte sem engodo.

22386



Errando bar em bar
Adentro a madrugada
Bebendo este luar
A sorte serenada
A morte a me tocar,
Depois é desprezada

O caos e o canto além
Do prazo mais sutil,
A vida num desdém
Deveras não previu
O quanto inda contém
Em cena amarga e vil.

Espreitas e tocaias,
Enfrento enfim as vaias.


22387


Repare cada passo
E veja esta fogueira
A vida noutro traço
Aos poucos já se queira
E quanto mais eu faço
Arcando co’a bandeira

Do sonho aonde um dia
O todo não soubera
Da velha fantasia
E nisto se tempera
A sorte que eu queria
Em nova e leda espera.

Não pude controlar
O todo a divagar.

22388


Traçando cada rumo
Aonde a vida traz
O quanto além esfumo
E sigo este mordaz
Caminho; aonde assumo
A vida em plena paz.

Pudesse num instante
Ainda conceber
O quanto me garante
No todo a se verter
A vida num instante
E nada mais conter

Vacante coração
Sabendo a solução.


22389

Um mar dentro do peito
O sonho mais audaz
O quanto é meu direito
E o todo não compraz
Do amor que agora aceito
E sei já satisfaz

O errático cometa
E nele se desenha
A vida que prometa
E trama outra resenha
E nisto se arremeta
Aonde já convenha.

Vivendo em tempestade
O quanto nos invade.


22390

Infausto caminheiro
Do passo mais veloz
O mundo este espinheiro
O sonho, nosso algoz,
Aonde houve canteiro
Pudesse em nova voz.

Resumos do passado
E tanto pude ver
O quanto ainda brado
A sorte em bem querer,
Vagando trago ao lado
O todo a merecer.

O manto mais diverso
No imenso do universo.


22391


Ocasos que ora entranho
No fim de cada tarde
O quanto fora estranho
O vago onde se aguarde
A vida aonde eu ganho
A sorte que retarde

O passo sem temores
Olhar sem direção
Aonde quer e fores
Tu tens esta impressão
Do mundo em raras cores,
E os dias que virão,

Marcando cada passo,
Enquanto o sonho eu traço.


22392

Presença garantida
Da sorte aonde um dia
A morte doma a vida
E nada mais teria
Senão a dolorida
Atroz lápide fria.

A sorte carpideira
Gerando após o cais
A vida onde se queira
Momentos desiguais
E nisto a vida inteira
Invade os funerais

E o quanto inda refaço
Tramando em novo espaço.


22393

Assistências diversas
E nelas cada engano
Aonde além tu versas
Vencendo onde me dano,
Ouvindo tais conversa
E nelas novo plano,

Plainando em azul céu
Vertendo em verso e canto
O amor tal carrossel
Enquanto em paz me espanto,
Marcando em ledo véu
O todo onde garanto.

O rumo se produz
E nele a imensa luz.


22394

Sensivelmente eu vejo
O canto mais audaz
Eu tento e não almejo
E colho o que se faz
E nada mais no ensejo
Aonde sei capaz

O todo aonde eu tento
Seguir em plenitude
O quanto além alento
O manto onde se ilude
Assim meu pensamento
Gerando esta atitude.

Vagando sem destino
O quanto me ilumino.


22395


Depois do vendaval
O todo se anuncia
E sei do ritual
Gerando o dia a dia
E nada em tal astral
Marcando a fantasia
E neste desigual
Caminho eu não veria
O todo após a queda
E o canto em ledo tom,
A vida não se enreda
E busca no neon
O quanto não mais veda
O passo mesmo bom.

22396

Fazendo do meu canto
A sorte que procuro
O nada onde me espanto
Meu tempo mais seguro
O rumo em desencanto
O vórtice no escuro.

O caos dentro do peito
O ranço do passado
O mundo enquanto ajeito
O tempo aonde eu brado
Vencendo o ledo pleito
O canto anunciado.

Resumos de outros dias
Aonde não virias.


22397



Gerindo cada passo
Aonde o todo muda
O canto no cansaço
A sorte sem ajuda
O tempo enquanto o traço
A morte nos acuda.

Resumo de outro engano
E nele se presume
O todo onde me dano
No mar em duro ardume,
E sinto soberano
Caminho aonde aprume

Meu passo sem sentido
E nele o que lapido.


22398


Harpias, rapineiras
Escassos ventos; tento
E mesmo que não queiras
Adentra o pensamento
A vida em tais ladeiras
E em cada movimento

O pântano que abarco
O medo em raro tédio,
O todo dita o marco
A diva em tal assédio,
E nisto o velho charco,
A queda sem remédio.

Não posso acreditar
No dia a se mostrar.

22399


Jogando do outro lado
O caos não mais pudera
Vencer o que degrado
E traça em primavera
O sonho desejado
E nisto a vã quimera,

O canto sem sentido
A vida sem razão
O tempo onde duvido
Da velha precisão
Do amor já decidido
Nos dias que o virão.

Escasso caminhar
Aonde quis luar.


22400

Levado pelo vento
Ainda que se possa
Falar do sentimento
A vida sendo nossa
Produz o sofrimento,
O medo, o corte e a fossa.

Escalo cada engano
E vejo noutro canto
O quanto ora me dano
Num dia sem quebranto
Marcando o soberano
Caminho em desencanto

Vestígios do passado
Aonde eu sigo errado.


22401


Cerzindo o meu cenário
E nada pude ver
O tempo imaginário
A vida sem poder
Traçar no itinerário
O quanto não quis ver,

O caos dentro do peito
O manto se transforma
E o tanto quando aceito
Gerando nova norma
E nisto eu me deleito
E bebo o que se informa.

Havendo logo após
A sorte é nosso algoz.


22402

Vivendo o quanto pude
E nada mais tentara
Apenas o que ilude
Gerando outra seara
A plena juventude
Marcando em vida rara

O passo sem razões
E nada mais pensasse
Nos ermos que me expões
A vida em tal impasse
Brilhantes emoções
Enquanto o nada trace.

Esplêndido momento
Aonde em paz me alento.


22403

Braseiros entre fúrias
Diversas das que tenho
O mundo em tais penúrias
O todo aonde empenho
E nada das incúrias
Tramando este desenho

Aonde a vida dita
O canto mais sereno
E o tanto necessita
Do passo onde enveneno
O corte onde se evita
O marco onde o condeno

Vestindo a mesma sorte
E o sonho não suporte.


22404

Não pude acreditar
Sequer noutro caminho
A sorte a me mostrar
O quanto eu adivinho
E bebo do luar
O sonho mais daninho

Esbarro o nada e vejo
O todo enamorado
O canto onde o desejo
Pudesse quando brado
Vagando o que prevejo
Deixando assim de lado

Navego o quanto posso
E sei que sou destroço.



22405

Mereço nova chance
E tento algum momento
Aonde o passo avance
E gere o que alimento
No tanto em tal nuance
Da vida contra o vento.

Resumo de um instante
E nada mais se vendo
O quanto se garante
O mundo sem adendo,
No todo o navegante
Expressa este remendo

Vagando sem destino
Aos poucos me alucino.

22406


A deusa bela sílfide que quero
A ninfa desejada, bela e nua,
Minha alma num momento além flutua
E sei do quanto posso ser sincero

Ousando num momento mais audaz
O tanto quanto pude e sou cativo
Dos sonhos tão felizes eu me crivo
Tramando um passo além, o amor se faz,

Emoldurando a sorte em rara tela
O todo se desenha muito além
E o quanto na verdade me convém
O amor quando decerto assim revela

A mágica vontade de sonhar,
Trazendo em clara noite este luar.

22407


Querendo a cada instante muito além
Do quanto a vida traz e noutro rumo
Aos poucos quando bebo todo o sumo
O amor já sem juízo emerge e vem…

O manto se desenha e sigo em paz
Teimando contra a força das marés
E sei de quanto possa e por quem és
Enquanto a vida plena assim se faz.

Ao mascara as dores do passado
Usando da esperança em tom sutil,
O tanto quanto quero se previu
E o passo noutro prumo adivinhado,

Enfrento as tempestades mais presentes
E sei do amor que tanto agora sentes.


22408


Escassas horas são quando não vens
E tramas noutro passo o meu futuro
E o quanto quero e sei que me asseguro
No todo se tramando em raros bens,

Benéfico caminho da esperança
Ainda que pudesse e nada vira,
A vida se traçando em tal mentira
Ao todo num momento em paz se lança

Encontro a minha sorte em ar sublime
E vago sem destino aonde eu pude
Tentando com certeza uma atitude
Aonde cada engodo se redime,

Vasculho dentro da alma a poesia
E o tempo noutro canto se daria.


22409

Resumos do passado aonde eu vejo
As horas mais doridas do futuro
E quando se procura um tom seguro
Além do que pudesse noutro ensejo.

Apresentando a paz como argumento
Esvaio num sentido mais perfeito
E quando noutro passo eu me deleito
O medo de seguir, agora enfrento.

Engreno cada sonho noutro tanto
E sigo sem sentido nem razão
As horas noutro passo mostrarão
O senso onde deveras me garanto,

Ourives da palavra o ser poeta
Enquanto amor recende e me completa.


22410

Traçando qualquer voz em ledo sonho,
Mergulho no infinito dos teus braços
E sei dos meus anseios onde escassos
Os dias trazem verso mais risonho.

O quanto poderia e não se visse
Nem mesmo outro cenário se traria
Ausenta dos meus olhos, poesia
E gera dentro em nós tanta mesmice

Esvai cada momento desta vida
Na parte mais dolosa e mesmo vaga,
A sorte noutro rumo já me afaga
E vejo a cada engodo o que divida

O tempo em seus caminhos mais diversos
Ousando muito além dos universos.


22411

Unindo verso e sonho, a vida trama
O rastro de teus passos no infinito
E amor quando demais eu necessito
Mantendo dentro da alma viva a chama,

E o canto sem sentido e sem razão
A sorte desenhada noutro enredo
E quando este caminho ora concedo
Bebendo destes tantos que virão

Marcando em consonância esta esperança
Acende cada lume dentro da alma
E a velha fantasia que me acalma
No todo quando em fúria o tempo lança;

Matando o quanto pude e sei que enfim,
A vida se trouxera em meu jardim.


22412

Imperiosamente eu me proponho
A crer noutro momento e sei do todo,
E neste desenhar enfrento o lodo
E sei do meu caminho mais medonho.

Esbarro nos meus erros e prossigo
Vencendo cada curva mais fechada,
E a sorte de tal forma toma e brada
Gestando o que pudesse ser contigo

Além da plenitude de nós dois
O mundo se desenha em tom suave
Liberta o coração qual audaz ave
Não deixa quase nada pra depois.

Errático cometa noite afora,
O todo noutro rumo em paz ancora.


22413


Ouvindo a voz do sonho que domina
E deixa no passado esta vontade
Aonde se pudesse e não degrade
Aprendo com certeza a minha sina,

Esgoto o meu caminho sem futuro
E nada se aproxima deste incauto
Desenho enquanto em tolo sobressalto
Apenas o passado eu asseguro.

Esbarro nos meus erros costumeiros
E sigo sem saber dos outros passos
E sei dos meus segredos quando escassos
Teimando contra o sonho em meus luzeiros

E neles sem saber desta lanterna
Minha alma se calando agora hiberna.


22414


Procuro caminhar em meio aos vendavais
E neles o meu rumo emerge do passado
O tempo noutro cais assim enquanto invado
Presume o que eu queria em dias desiguais

Aprendo com constância o todo que pudera
Vencendo o meu desdém e nada mais teria
Sequer o que inda vejo em plena fantasia
Marcando no meu passo a eterna primavera,

E o vento sem sentido um dia determina
O canto se deforma e gera apenas caos
Os olhos no passado, os dias ledos, maus
Assim se prenuncia a dura e torpe sina

De quem tanto queria e nada vira em frente
Ao passo onde o caminho evade o que se sente.

22415


Aprendo com o medo e vejo logo além
O canto em resistência; em nada mais se crê
Meu canto se traduz e busca algum por que,
Aonde o caminhar expressa o que não vem.

Mergulho no passado e sei o que receio,
O canto anunciado e nesta fantasia
O todo desvendado aonde se queria
Vencer o que pudesse e sei que nunca veio.

Meu caso com a sorte o tempo não permite
E o vento se desenha envolto em leve brisa
De toda a tempesta a vida não precisa
Sequer o quanto eu tive além deste limite.

Escondo o que inda resta e bebo à minha sorte
Enquanto a poesia aos poucos me conforte.

22416


Seguindo cada passo encontro no final
A mansa realidade; e o todo se anuncia
O manto se presume além desta agonia
Regendo o quanto tenho em ledo e calmo astral

Presumo o manto em paz e vejo sempre assim,
O tanto onde tateio e bebo a melhor sorte
No pântano cerzindo e nele este suporte
Traduz o quanto quis e trago dentro em mim,

O verso mais audaz e o passo sem sentido,
Um dia mais feliz e nele eu me incentivo
Tentando adivinhar o quanto sigo vivo
Transcendo ao que supus e nisto em paz lapido

Presenciando o todo e nada mais se fez
O quanto quero a paz além da insensatez.

22417

Depois do quanto houvera apenas num momento
O tanto em contrapasso e sinto a lua imensa
E nela o meu caminho aonde se convença
Do todo aonde agora eu perco ou não me alento.

Ocasionando o canto aonde o mundo traça
O rústico cenário e nele se me evado
Encontro o quanto pude apenas desenhado
No sonho mais audaz e vivo esta fumaça

Resumo do que fora o canto mais atroz
E nada se permite e nisto o todo trama
Vagando sem destino e nisto sinto a chama
Trazendo em plenitude o quanto dita a foz

Do pranto em concordância a vida não sonega
E o todo que pudera ainda em noite cega.


22418

Falando do meu mundo e nada mais se vira
O todo se permite em canto ou harmonia
O quanto quero além e dita o que eu queria
Marcando a cada passo o tom desta mentira

O canto mais atroz em tom suave e denso
Momento em paz e verso e nele se traduz
O passo sem sentido e o corte em contraluz
No amor aonde eu quero e sei da paz que penso

Resumo do momento em glória e santifica
O tolo desenhar e sei do quanto é rude
O manto mais sagrado e nele desilude
O marco mais feliz e a sorte audaz e rica

Mergulho no passado e bebo a paz imensa
E nela a cada instante o todo me convença.


22419


Gerando uma alegria
Aonde nada houvera
A sorte em primavera
Aos poucos me traria

O canto mais suave
O vento no meu peito
O quanto em ti aceito
O prazo onde se agrave

O rumo sem sentido
O canto em tom atroz
E nada desta voz
Pudesse o que lapido

E vejo o meu caminho
E nele sou daninho.


22420

Holocaustos diversos
Antes do meu cenário
Em verso temerário
Matando os universos

Aonde quis a sorte
Que nada mais se visse
Além desta mesmice
Que nunca nos conforte,

O beijo noutro canto
O todo se desenha
A vida toma a senha
E disto já me espanto

Garanto o quanto pude
Moldar em atitude.


22421

Jorrando dentro em nós
O brilho da esperança
E nada mais alcança
O canto tão feroz,

O passo em ledo rumo
O vento se anuncia
Marcando a poesia
E nisto eu me resumo

Vendido caminheiro
Do mundo sem juízo
E quando me matizo
Nas ânsias por inteiro

Navego sem saber
O quanto pude crer.

22422

Levando o desafeto
Aonde nada houvera
A sorte em primavera
E nela eu me repleto

Ousando em cais e paz
Espero noutro engodo
O tempo além do lodo
A vida não me traz

O rumo sem sentido
O canto noutro enfado
E quando assim evado
O dia presumido,

Entoa dentro em mim
O amor que não tem fim.

22423

Crivando em alegria
O quanto não pudesse
E sei desta benesse
Aonde não viria

Meu canto mais audaz
E nada se pudera
Vencer a leda espera
E o sonho assim se faz

Marcando em consonante
Desenho a luz em sorte
E o quanto se conforte
Trouxera o que garante.

O prazo determina
A vida em rara sina.


22424

Vagando além do quanto
A vida pode dar
Encontro este luar
E nele eu me garanto

Viceja esta esperança
No porto mais seguro
O quanto em paz procuro
A sorte não se alcança

Marcando cada passo
E nada mais pudera
Vencendo a leda espera
Sinal em paz eu traço

Vestindo este sorriso
Um dia mais preciso.


22425

Bebendo sempre à farta
A sorte que eu quisera
A vida em primavera
Do todo não descarta

E gera novo rumo
E nele nada somo,
Ao ler o mesmo tomo,
O canto ora resumo,

Cerzindo esta esperança
Aonde o passo dita
A vida se acredita
E nela a sorte alcança

O passo mais gentil
E nele o amor se viu.


22426

Nascendo do vazio
O sonho sem sentido
E quanto mais olvido
O tempo eu desafio,

E bebo cada gole
Da vida sem saber
O quanto do prazer
Ainda doma e bole

Resumos do passado
No todo onde se quer
A sorte em tal mulher
Que busco enquanto invado

Meu mundo sem luar
A vida sem lutar.


22427


Marulhos tão fugazes
Na praia da esperança
A sorte não avança
E nela nada trazes

Sequer o que pudesse
Ainda presumir
O amor a se sentir
E nele a rara messe

Aprendo com a queda
Ultriz caminho eu cevo
E quero ser longevo
Aonde se envereda

A morte que conforme
Um ser quase disforme.


22428

Quisesse qualquer luz
Após o túnel, quando
A vida reproduz
Cenário se moldando
No tempo em contraluz
Ou mesmo me informando
Até quando me opus
Ao passo mais nefando,
Vencendo os meus temores
Aprendo um pouco além
E dentre tantas dores
A dita sempre tem
Caminho enquanto fores
Somente algum refém.


22429

Espero qualquer chance
Reflito o meu passado
O tempo num nuance
O canto anunciado
O sonho onde se lance
As ânsias do pecado
E quanto mais avance
Além, deveras brado.
Exímio sonhador
O verso não se cansa
E nisto é refletor
Do verbo em esperança
E quando diz amor,
Jamais ao vão se lança.


22430

Reflito a cada passo
O quanto não se dera
E vejo o mesmo traço
Sutil da primavera,
Nadando em tom escasso
A morte se tempera
Gerando no cansaço
O rumo onde se espera,
O pranto, a queda e o caos,
Cenários mais diversos
E neles outros, maus
Invadem os meus versos,
E sei dos vários graus
Em tempos tão perversos.

22431


Trazendo a melhor sorte
A quem se poderia
Ousar em novo norte
Ou mesmo na agonia
De quem já sem suporte
Deveras morreria
Tentando o que comporte
Em noite imensa, e fria.
O tanto quanto pude
E nada mais se vendo,
Apenas na atitude
Do passo sem remendo,
O corte desilude
E ao fim já desaprendo.

22432


Unindo corações
Os ritos se realçam
E os dias que me expões
Futuros vários alçam
Marcando em direções
Diversas não mais calçam
As sortes em grilhões
E os passos dançam, valsam,
Esgoto qualquer luz
E sei desta mortalha
Da vida onde produz
Um campo de batalha
Navego enquanto eu pus
Meu dia que se espalha.

22433


Idealizo um sonho
E vivo à sombra deste,
E quando me proponho
O todo que viveste
Traduz cada risonho
Momento onde venceste
O canto em que me oponho
Além do que verteste.
Encontro em consonância
Meu passo doravante
E sei da ressonância
Desta alma que garante
O todo em tal constância
Num verso delirante.


22434


Ouvindo a voz de quem
Pudesse acreditar
No amor que não mais vem
Vencendo céu e mar,
No todo quando alguém
Tentasse imaginar
O sonho onde o desdém
Permite o navegar
Em luas e cometas
No quanto em astros vários
Caminhos que prometas
Além de imaginários
Marcando onde arremetas
Os vagos vãos cenários.


22435

Perguntas sem respostas
Respostas mais diversas
E quando além expostas
Traduzem desconversas,
E a mesa onde t’apostas
Em tantas vagas, versas,
Ousando em tais propostas
E nelas são adversas.
As sortes traduzidas
Em ermos mais vorazes
Além das próprias vidas
O todo que me trazes
Não trazem divididas
As horas mais audazes.


22436


Ausência de caminho
A quem quiser pudesse
Vencer o mais daninho
Apenas com a prece
E sei que se me alinho
Aonde o bem fenece
Vertendo além do espinho
A vida onde a pudesse
Tramar sem preconceito
O dito mais audaz
E quando me deleito
No todo aonde traz
O rumo satisfeito
Carpindo a vida em paz.


22437


Servindo de alimária
Aquém do verso rude
O tanto em noite vária
Presume esta atitude
Que mesmo temporária
Às vezes desilude
Quem tenta em voz primária
A porta em amplitude
Diversa da que possa
Ousar noutro momento
A vida dita a nossa
História em desalento
E nisto a luta endossa
O que deveras tento.

22438


Decido o meu anseio
Num átimo e mergulho
Vagando aonde veio
O sonho onde me orgulho
Do todo em devaneio
E nisto o pedregulho
Gerando o que rodeio
E traça um rumo alheio.
Viceja esta esperança
E nada mais produz
Senão quando se lança
Vencendo a frágil luz
À qual em temperança,
O passo ainda eu pus.


22439


Fragilizada vida
De quem se fez até
O todo se duvida
E bebe a imensa fé
No quanto desprovida
A fúria diz galé
E a sorte presumida
Vencendo por quem é;
O basta se transforma
No caos mais revoltante
A vida noutra forma
Aos poucos adiante
O sonho onde se informa
Do velho navegante.


22440


Girando o tempo corre
E nada mais se vira
Aonde a paz socorre
Nos ermos da mentira,
A cada noite um porre,
Ou mesmo se retira
O corte aonde escorre
A velha e tola pira
Esbarro no vazio
E creio num segundo
Aonde o desafio
Transforma e assim me inundo
O quanto em desvario
Pudesse e já aprofundo.

22441

Havendo desde agora
O quanto quis e nada
Soubera e se apavora
Ditame de outra estada
Vencendo o que demora
E traz enquanto invada,
A sorte aonde escora
A vida em tal florada,
Cerzindo em emoção
O passo no futuro
Os dias me trarão
Cenário mesmo escuro
E deste mesmo vão
Amor que eu asseguro.


22442

Jogado sobre as rocas
O barco da esperança
Aonde me provocas
E a sorte enfim balança
Ao vento tu deslocas
A vida em aliança
Marcando as velhas trocas
Enquanto o nada avança;
Regendo cada passo
Em busca do momento
Aonde tento e traço
O todo onde alimento
O sonho sem cansaço
E o caos em desalento.


22443


Livrando o meu caminho
Dos erros costumeiros
E quando em desalinho
Presumo os meus luzeiros
Pudesse noutro ninho
Alçar os companheiros
Da vida sem espinho,
Dos passos derradeiros,
E sei que na verdade
A dita não permite
O quanto ainda evade
Do mundo sem limite
Buscando a liberdade
Aonde se acredite.

22444

Crivando em queda franca
O todo noutro enredo
Meu mundo então arranca
O quanto em vão procedo,
Vagando não se estanca
A sorte em ledo medo,
E o todo na carranca
Encontra o desenredo,
Vestindo esta esperança
Em ânsias mais diversas
E nisto quando lança
O tempo e nele versas
Encontra com pujança
E as ditas; desconversas.

22445

Vestisse de abandono
O mar em noite imensa
E nisto se me abono
Do quanto ainda vença
A sorte muda o dono
E traz em recompensa
Além do próprio sono,
A porta onde convença
A mão se toca e sente
O rumo mais sutil,
Aonde ser contente
É quase ser mais vil
E o tanto penitente
Traduz o quanto viu.


22446

Buscando qualquer cais
Depois desta procela
O dia entre os fatais
Caminhos se revela
E o tempo em magistrais
Anseios dita a cela
E sigo os meus fatais
Cenários, mar e vela.
A porta se fechando
E nada se presume,
O amor que fora brando,
Permite tal perfume
E nele me inundando
Enquanto em paz, se rume.


22447


Negando o meu anseio
E nada mais pudera
A vida quando veio
Explode em primavera
No passo onde rodeio
E vejo viva a fera
O todo em devaneio
A sorte da quimera
Escassa realidade
E nada mais eu pude
Enquanto a vida brade
E mostre em atitude
O mundo em realidade
Ainda que isto mude.

22448


Mergulho sem defesa
No caos aonde traz
A luta em incerteza
O canto mais tenaz,
A porta segue presa
Aonde tanto faz
A morte de surpresa
Prepara o tom mordaz.
Mergulho no meu erro
E nada mais teria
Além deste desterro
Em tanta fantasia,
Vagando além do cerro
Inútil melodia.


22449

Querendo a paz
Já necessito
Do passo audaz
E mais bonito
Enquanto faz
O sonho em rito,
O nada atrás
Seguindo o rito,
Vencendo o medo
O passo trama
O que concedo
E nada em chama,
O desenredo,
E a sorte clama.

22450

Remando assim
Contra a maré
Aonde eu vim
Sendo sem fé
O passo enfim
Dita quem é
O todo em clean
Momento até.
Regendo o passo
Em vendaval
O dia eu traço
Em ritual
Diverso laço
Num canto igual.

22451

Trazendo o sonho
E vejo o canto
Aonde eu ponho
O desencanto
E nele enfronho
O sonho e tanto
Feito em medonho
Ledo quebranto
A voz se tenta
Enquanto o nada
Trama a sangrenta
Vasta alvorada
E na tormenta
A paz se evada.

22452

Unindo passos
Aonde um dia
Pudessem traços
De poesia
Sonhos escassos
O quanto via
Dos velhos laços
Já não teria
Sequer o quanto
Em nós se visse,
O desencanto,
Mera crendice
E se garanto
Sorte desdisse.

22453

Invado o templo
E nada vejo
Somente exemplo
Do que desejo
Assim contemplo
Este lampejo.

O canto atroz
A voz se cala,
O passo, algoz,
Noite avassala
E gera a foz
Nesta ante-sala

Assim calado,
O nada, invado.


22454

Ouvindo o som
Da noite em paz
O amor, um dom
Que satisfaz,
Mesmo em neon
O brilho traz
E sei do tom
Enquanto audaz.
Caminhos vários
Momentos tais
E dos corsários
Versos fatais
E necessários
Serenos cais.


22455

Perfume da alma
Invade a casa
E quando acalma
Já nada embasa
E traz do trauma
A forte brasa,
No quanto a palma
Em vão defasa,
Acordo e sinto
O quanto pude
Agora extinto
Em magnitude
E sei que instinto
Já desilude.

22456


Assisto ao fim
Do quanto houvera
Dentro de mim
Em primavera,
Marcando enfim
O que me dera
Em meu jardim
A sorte é fera.
Resumos tento
No canto alheio
E quando o vento
Traz ao que veio
O pensamento,
Em paz rodeio.


22457

Somando o nada
Aonde o tudo
Trague a fachada
E assim me iludo,
Resumo a estada
No quanto mudo
A velha estrada,
Passo miúdo
O canto além
Do quanto vejo,
A sorte vem,
Velho lampejo
E no desdém,
Um mero ensejo.


22458


Dedilho em paz
Velha viola
E o quanto faz
Já não decola
A sorte audaz
E sempre esfola
Canto mordaz
Entra de sola,
Vacante passo
Aonde um dia
Pudesse e faço
Da poesia
O que inda traço
E não teria.


22459

Fomento o sonho
Aonde o pude
Viver medonho
Em plenitude,
E o corte ponho
E sei que ilude
Quem foi risonho
E se transmude,
Vestindo a sorte
Diversa e dura,
O que conforte
Já me amargura
E não suporte
A noite escura.


22460


Girando a Terra
O tempo muda
E já desterra
O quanto iluda
A sorte encerra
Além da ajuda
O que se emperra
E se amiúda,
Vestindo a lua
Em reticência
Amor cultua
Em tal essência
A sorte nua,
Em evidência.

22461

Havia o senso
Comum lugar
Aonde eu penso
Em navegar
Ousando intenso
Sempre lutar
No céu mais denso
Raro sonhar,
Vagando além
Do que pudera
Sentido tem
Em primavera
Do amor refém,
Ah quem me dera!


22462


Já nada traz
O quanto possa
Viver a paz
Somente nossa,
A luz audaz,
Então se apossa
E satisfaz
Quem ela endossa.
Vagando sem
Saber do rumo,
O tempo vem
E nele assumo
O que tão bem
No amor resumo.


22463

Liberta voz
De quem ecoa
A sorte atroz
Vagando à toa
O manto em nós
A parte boa,
Do mais feroz,
Onde ressoa
O som da vida,
O canto em glória
Já não duvida
Desta memória,
E a despedida
Mudando a história.


22464

Criando o canto
Onde tentara
Vencer o espanto
Desta seara
Noite eu garanto
Ser sempre clara
Na voz, no pranto
A morte encara.
O pranto, o medo
O dito a sina
O novo enredo
A voz se inclina
E assim concedo
Paz cristalina.


22465

Viceja a lua
No quanto visse
Assim flutua
Sem ser mesmice
Amor cultua
E sei que disse
Da sorte nua
E não desdisse.
Vencido ocaso
Em esperança
A cada caso
A noite lança
Mesmo descaso
Traça a mudança.

22466


Beijando o sonho
Já não coubera
O que proponho
Em leda espera
Vagando, oponho
À primavera
O que componho
Em noite fera.
Vestindo o sol,
Bebendo a lua,
Neste arrebol
Amor cultua
Sou girassol,
Sou gira-lua.

22467

Navego além
Da tempestade
O quanto tem
Já não me agrade
E sou refém
Do quanto evade
O passo sem
O amor em grade,
Resumos disto
No quanto incido,
O amor persisto
Em tal libido
Vagar previsto,
Onde o decido.

22468

Mudando o sonho
Já não me canso
Do que proponho
E quando avanço
Além e enfronho
Neste balanço
Rito enfadonho
Da vida atroz
Ou mesmo rude,
Buscando a foz
Que desilude
Tento a feroz
Sorte que mude.


22469


Quisera ter
Além do mar
O amanhecer
Onde enfronhar
O todo a ver
E nada amar
Sequer o crer
E nele entrar,
Cerzindo o passo
No rumo enquanto
A sorte eu laço
E bebo o canto,
Do vento escasso,
Eu não garanto.

22470


Encontro o rumo
E nada mais
Do velho sumo
Em dias tais,
E se acostumo
Aos vãos cristais
No amor resumo
Os desiguais,
Caminhos onde
A vida traz
O que se esconde
E sei atrás
Do velho bonde,
A antiga paz.

22471

Restando o quanto
Pudesse crer
E não garanto
Ainda o ver,
Vencendo o espanto
Passo a colher
Apenas pranto
E evade o ser,
Num canto em verso
O todo possa,
Cerzir imerso
Na dura fossa
E desconverso
A dor que endossa.

22472

Tentando a sorte
Aonde o dia
Trouxesse o norte
Em fantasia
E o que suporte
Não mostraria
O que conforte
Nesta agonia.
Vestindo o todo
Aonde eu pude
Além do lodo
Outra atitude,
E nela engodo
Sequer me ilude.

22473


Unindo os passos
Seguindo além
Dias escassos
Amor que vem,
Tramando os laços
Vestindo o bem
Ousando traços
No quanto tem,
Caminho em glória
Momento alheio,
Transcende a história
E assim rodeio
Triste memória
Em devaneio.

22474

Invado a sorte
De quem pudera
Tanto suporte
A velha espera
A minha morte
Já noutra esfera,
Não me conforte
Nem destempera,
Vagando assim
Dentro do peito,
O verso enfim
Já contrafeito
Tramando em mim,
O que ora aceito.

22475

Ouvindo o mar
Em noite escusa
A sorte amar
E tanto abusa
De quem sonhar
Ou se entrecruza
No canto a dar
Porta confusa,
Vencendo o sonho
E nada dita
Viver bisonho
Que necessita
Do que proponho
Em luz bendita.


22476

Presumo a queda
Após o tanto
Aonde enreda
O desencanto
E sei que veda
O dia em pranto
Marcando e seda,
Já não garanto
Meu medo é farto
Meu passo é rude
E se eu descarto
A plenitude
O sonho em parto
Não mais ilude.

22477

Servindo a quem
Pudesse ver
O que não vem
Nega o querer
No pranto aquém
Do meu viver
E nele sem
Tanto saber,
Ocasionando
A queda e o fim,
O dia brando
Traduz enfim
O que sedando,
Trouxesse enfim.

22478

Demora um dia
Ou pouco mais
O que teria
Em vendavais
E a calmaria
Aonde esvais
Gesta a sombria
E assim te esvais,
Vestindo a sorte
Que não pudera
O que comporte
A primavera,
Ousando o corte
Em nova esfera.


22479


Façanhas trazes
E nada mente
Passos audazes
Velha semente
E quantas fases
Tão plenamente,
O mesmo fazes
Independente
Do canto rude
Do verso em nós
Nova atitude
Medo feroz
E nada mude,
Sequer a voz.


22480

Gravando o sonho
Em novo monte
No quão medonho
Novo horizonte
Passo enfadonho
E nele aponte
O mais bisonho
Delírio em ponte,
Vagando assim
Sem preconceito
O quanto enfim
Decerto aceito
Já traz ao fim
Onde me deito.

22481

Havia um medo
Em consonância
A sorte eu cedo
Em militância
E neste enredo
Sem discrepância
Cada segredo
Traz velha estância,
Nada se tenta
Ou se permite
Nesta tormenta
Já sem limite,
A morte inventa
E necessite.

22482

Jorrando assim
Amor demais
E nele enfim
Os dias tais
São sempre o fim
Dos ancestrais
Cenários, vim
Buscando mais,
Vencendo o caos
Aonde eu vejo
Os dias maus,
Além lampejo,
Tento degraus
Frágil desejo.

22483

Louvando a sorte
Que não viera
O que comporte
A primavera
No fim meu norte
Nada tempera
E o passo corte
Enquanto espera,
Esbarro em tom
Diverso e busco
O velho som,
Aonde é brusco
Amor neon
Em lusco fusco.

22484

Cerzindo o verso
Aonde eu quero
Saber disperso
O sonho fero
E nele imerso
Sendo sincero
Já desconverso
E não espero
Resumos da alma
E nela um dia
A vida em trauma
Ou fantasia
Se tanto acalma
Morte se via.

22485

Visceral ser
O amor não traz
O amanhecer
Nem mesmo a paz,
O quanto crer
Em passo audaz,
Vivendo o ter
Em tom mordaz,
Reparo bem
O que não veio
E não contém
Além receio
Esbarro e sem
Persisto alheio.

22486


Bebendo à farta
Esta ilusão
A sorte em carta
Indecisão,
Passo descarta
E não verão
Olhares. Parta
Sem direção.
Ousando a voz
E nada pude
No quanto atroz
Manhã me ilude,
Vence a feroz
Velha atitude.

22487

Nascendo em sonho
A primavera
O quanto ponho
Já não me espera
E o ser bisonho
Ora tempera
Vagando enfronho
A leda esfera,
Matando o rumo
De quem se fora
Além do prumo
Mais tentadora,
Assim resumo
Voz sofredora.


22488

Marcando o passo
E nada veio
Sequer o traço
Do amor alheio,
E sei escasso
O que rodeio
E neste laço
Nada permeio.
Encontro o fim
Tão solidário,
E sei que vim,
No imaginário
Bebendo enfim,
O amor corsário.



22489


Querendo o caminho
Aonde pudera
Vencer sorte fera
E quando me alinho
Além deste espinho,
Flor em primavera
E o todo se espera
Num canto mesquinho
Pudesse cantar
O todo sem limo
No quanto vagar
O sonho que estimo
Tomando o luar
E nele me primo.


22490

Errando o cenário
A sorte bendiz
O quanto em matiz
Já diz necessário
O tempo operário
O corte traz gris
A vaga infeliz
No amor, vil corsário.
Soubesse capaz
O tanto que sonho
O mundo se traz
Mesmo que enfadonho
Deixando pra trás
O caos tão medonho.

22491

Resolvo meu passo
No quanto se vira
Além da mentira
E traz o que eu traço,
Amor sendo escasso
Aos poucos retira
O quanto prefira
Do sonho mais lasso.
Navego sem medo
E sei do final
Aonde concedo
Canto triunfal
Sabendo o segredo
Alçando o fatal.


22492

Traduzo no farto
O quanto pudesse
Além desta messe
Que agora reparto,
O sonho eu descarto
Sem reza e sem prece
O tanto se tece
Na vida em teu quarto,
Esvaio no verso
Do amor contra-senso
E sei do que penso
Ou mesmo disperso
Ousando no imenso
E vago universo.

22493


Unindo os meus dias
E nada se visse
Além da mesmice
Enquanto virias
Ousando agonias
E nesta tolice
Vencendo a crendice
Aonde me vias,
Alçando o infinito
Num íntimo passo
O quanto é bonito
Amor que ora traço
E assim necessito
Vencer o embaraço.

22494

Isolo meu canto
Do quanto pudera
Vencer esta espera
Que assim mal garanto
E quando me espanto
O tempo tempera,
A morte esta fera
E nela o quebranto.
Toando no peito
O corte mais fundo,
E nisto se aceito
Mergulho e me inundo
Além do perfeito
Vagando este mundo.

22495


Ouvindo esta voz
Chamando pra luta
A vida reluta
E busca outra foz,
Já sei viva em nós
A face que astuta
Permite a permuta
E o passo feroz,
Ausenta a esperança
De quem não podia
Vencer o que avança
Gerar fantasia
E sinto esta lança
Total covardia.


22496


Presença se trama
Enquanto se quer
O quanto vier
Em tal melodrama,
A vida esta chama,
Aonde um sequer
Caminho puder,
Vencer o que clama
No peito de quem
Soubera o cansaço
E sigo o que vem,
No todo que traço,
Enquanto o desdém
Domina teu passo.

22497


Aprendo a sonhar
E nada se dita
Do quanto é maldita
A ausência em luar,
Do amor navegar
A senda infinita
E assim necessita
Apenas do mar,
Vagando sem medo
E quando servindo
Do amor que concedo
Se nele eu me brindo,
Vislumbro um segredo,
Deveras tão lindo.


22498



Sorrindo sem trauma
A voz se limita
A sorte bendita
Deveras acalma,
Assim neste trauma
Presumo a pepita
Aonde repita
A vida sem calma,
Espalma meu sonho
E vaga sem rumo,
O passo medonho
Aonde eu resumo
O barco onde enfronho
O tempo sem prumo.


22499


Demonstra cansaço
Quem tanto se quis
Além do matiz
Aonde eu já traço
O rumo que faço
E nele este bis
Pudesse feliz
Viver novo espaço,
Conflito que imenso
Gerasse esta guerra
Do quanto não penso
E assim me convenço
Do todo onde encerra
A morte, eu compenso.

22500

Fagulhas a mais
Ausência de Deus
Caminhos ateus
E nada onde esvais,
E assim meus cristais
Invadem o adeus,
E sei serem meus
Os dias fatais.
A sorte germina
No peito de quem
Soubesse da sina
E quando a contém
Produz e se inclino
Pro lado do bem.

22501

Gerando o que tenho
E nada se dita
A sorte infinita
O amor num desenho
Aonde me empenho
E sei necessita
Desta alma bendita
E assim não desdenho.
Meu passo afinal,
Meu rumo se escasso,
Canto triunfal
Traduz o que faço
No amor sem igual,
Neste tempo escasso.

22502

Havendo bem mais
Que o tanto quisesse
A vida tropece
E gere os iguais
Caminhos que em tais
Loucuras, a prece
Produz e se tece
Nos raros quintais,
Dos sonhos audazes
E neles me trazes
A voz do querer,
Já posso sonhar
Com todo o luar,
E ter meu prazer.

22503


Jogado no lixo
O sonho que pude
Viver a atitude
E ter noutro nicho,
O quanto capricho
No verso que ilude,
E assim juventude
Transforma num bicho
O senso comum,
Aonde se tenta
Bem mais do que algum
Na sorte sangrenta
Pudesse medonho
Caminho onde o ponho.


22504

Lavando o meu rosto
A lágrima traz
O quanto é audaz
O passo que exposto,
Conduz ao desgosto
E nisto se faz
O canto de paz,
Mesmo a contragosto,
Vencido este ocaso,
O nada servira
Além do que aprazo,
Vivendo a mentira
E sei deste atraso
Onde se interfira.

22505


Crivando de balas
O corpo se estende
E quando depende
Do todo onde falas,
Ainda; se exalas,
O todo se entende
No canto onde vende
Já nada mais calas,
Esbarro no pranto
E sempre garanto
O manto sutil,
E quanto pudera
Vencer primavera
Além do que ouviu.


22506

Vestindo o meu mundo
Aonde se tenta
Vencer a tormenta
E assim me aprofundo,
Girando este imundo
Cenário se alenta
A sorte sedenta
Mudasse o que inundo
Invisto o meu canto
E nele garanto
Sentido diverso,
Bebendo este fel
Amor mais cruel
Tomando o universo.

22507

Na torpe blindagem
Do amor que não vejo,
O sonho em desejo
Decerto é miragem,
Os passos que ultrajem
O tanto em lampejo
Do canto prevejo
Além da miragem,
Vestindo o passado
Em cores futuras
Matiz que negado
Jamais traz escuras
As sortes e brado
Em vagas procuras.

22508

Molhando este olhar
Lacrimeja a sorte
E quanto suporte
Além do lutar,
A vida a mostrar
O todo sem norte
O passo conforte
Quem possa sonhar,
Vencida sem luta
A sorte permuta
E traz afinal,
O som mais audaz
E a dita se faz
Em tal ritual.

22509

Querendo muito além do quanto ainda resta
Do todo que pudera e nada mais se fez,
O mundo noutra face expressa em lucidez
A vida aonde o passo invade o torpe festa,

Esvai em verso e luz o quanto ainda gesta
Da mansa sensação aonde se tu vês
Escassos sóis em nós e neles sem porquês
A sorte se desenha aonde a lida empesta.

Vestindo o funeral aonde quis a prenda,
A morte no final, aos poucos não dependa
Do rumo sem sentido e nada mais visse

Senão quando se expressa em poesia e prosa
O tanto que se quer em noite majestosa
Respeita qualquer queda e gera outra crendice.


22510

Errando vez em quando a gente aprende tanto,
E o passo se decide a cada caminhada,
Depois do amanhecer, a sorte ensolarada
E nela cada luz deveras eu garanto,

E sei do preconceito e nele eu adianto
O canto sem sentido a morte lapidada
E o todo sem saber do quanto assim evada
Morrendo noutro engodo e em vero e vão quebranto.

Já não me caberia a sorte mais audaz
E nela o que teria às vezes não me traz
Sequer o que pudesse ou mesmo em atitude

Marcasse em consonância o todo noutro rumo,
E quanto mais eu quero, aquém do mar esfumo
E o tanto sem sentido, invade e desilude.

22511

Razão para viver, o amor não mais se dita
Nas ânsias terminais e nada aonde um dia
A vida se moldasse em rara fantasia
E o canto em alvorada, às vezes infinita.

O pântano adentrando e nele esta desdita
O canto que pudera e nada mais se via
Somente o passo aquém da luta em harmonia
E nela outro momento em paz já se acredita.

Invade o meu caminho o traço onde se vê
O tempo sem sentido e o canto sem por que
Meu mundo se aproxima assim do fim tão mero

E o corte aprofundando além da cicatriz
Tramando o que decerto o tempo contradiz,
E sei ao fim de tudo o quanto agora eu quero.

22512


Trazendo à baila o sonho aonde quis o tanto
O medo não traduz o todo e mais desperto
O tanto quanto pude e sei já não deserto
O mundo sem caminho e nada mais garanto;

O gado somos nós e neste tal quebranto
O rumo se desenha em céu ora encoberto
E o passo sem sentido aos poucos não alerto
E vago aquém da vida, aonde surge o pranto.

Esvaecendo a luz, jamais em novo afã,
Ao tanto que se evade a sorte mais malsã,
O corte se aproxima e dita o fim de tudo,

Ainda sendo assim o nada em mim permite
O quanto se retalha além deste limite
A morte aonde engano e ao fim me desiludo.

22513


Unidos sei da força e nela esta irmandade
Gerando muito além do quanto poderia
Apenas solitário o todo em agonia
Gestando o que decerto em vão a sorte brade.

O canto sinaliza aonde o bem se evade
E marca com terror a vida amarga e fria,
Aprendo mais um pouco e verto em poesia
O todo que pudera a mais que a liberdade,

Medonha farsa traz o medo sem sentido
E quando mais a sorte aos poucos invalido
Esbarro nos sutis cenários onde pude

Vestir a glória imensa e clara em nova trama
E a vida com certeza aos poucos dita e clama
Marcando o quanto quis em lúcida atitude.

22514

Intentos mais sutis em noites variadas,
As sortes não mais vis, as horas são diversas
E nelas outras mais enquanto desconversa
Alçando após a noite as tantas alvoradas,

Auroras da esperança, etéreas, desvendadas
E nas noites de lua, as cores são dispersas
E nisto sigo em frente além do sonho e versas
Ousando sem saber as cordas maltratadas.

Edênico caminho aonde quis bem mais
Vencer os meus sinais e crer noutro detalhe
A vida a cada engodo o todo já retalhe

E nada se aproxime em cantos desiguais
Marcando o que pudera em cada vil entalhe
Trazendo após o todo; expressos funerais.


22515

Ouvindo o som do mar em praia assim deserta
Sereia dominando enfim todo o cenário,
O sonho se mostrara além do solidário
Caminho aonde a vida aos poucos já se alerta

E dita sem sentido o rumo onde desperta
A mão de outro caminho e neste este fadário
E posso conduzir em novo itinerário,
Reúno os sonhos quando a porta esteja aberta.

Vislumbro após o medo o dia mais sutil,
E nele se presume o quanto além se viu
Ousando a cada instante em nova fantasia,

O marco mais audaz e sei tão importante
A cada novo dia apenas não garante
O que tanto se fez e nada mais queria.


22516

Percebo cada dia
E nada mais se faz
Além da fantasia
E o passo mais audaz
E quando se queria
O todo não refaz
O canto em harmonia
E sei do que é capaz.
Cerzindo esta esperança
Aonde o passo dita
O quanto além se dança
A vida que infinita
Gerasse esta mudança
Enquanto necessita.

22517


Ascendo ao vendaval
E bebo a tempestade
Quarando no varal
A roupa da saudade,
O todo sempre igual
E nele o sonho invade
Um tempo ritual
Marcando além da grade,
O passo em consonância
A rota mais sutil,
E o todo em tal estância
Traduz o que se viu,
Toando em discrepância
O quadro mais gentil.


22518

Somando cada sonho
Encontro o que comove
Amor tanto risonho
O quanto se remove
O lado; aonde enfronho
Alçar prova dos nove
E sei deste medonho
Cenário que comprove
O passo sem limites
O rumo sem sentido
E quando não duvido
Nem mesmo necessites
Do canto decidido
E nele não evites.

22519

Domando cada dia
E nada modifica
A sorte mesmo rica
De quem nada queria,
Vestindo a fantasia
O quanto frutifica
Marcando e se edifica
O norte e não veria
Apenas o final
Do sonho em vaga esfera
A vida se tempera
Em novo ritual
Marcante serenata
Aos poucos me arrebata.

22520


Febris noites aonde
O canto se presume
E quando este perfume
Ao sonho corresponde
A vida além se esconde
E nada mais resume
O quanto deste ardume
Enfrenta o que responde.
Jazendo além do mar
O imenso navegar
Sem nada que pudesse
Remar contra as marés
Olhando de viés
Regendo em paz a messe.


22521


Geando dentro em mim
A vida não permite
O quanto necessite
E trace o canto enfim,
Mergulho e sei do fim
E nada inda palpite
A sorte sem limite
O canto em carmesim,
Cerzindo cada passo
Aonde nada houvera
A vida sem cansaço
O manto em tal quimera,
O quanto quero e traço,
O nada destempera.

22522



Hedônico cenário
Aonde fiz a festa
A gente sempre empresta
O rumo ao solidário
Caminho onde se é vário
E nada mais funesta
Que a morte aonde resta
Traçando este fadário.
O corte, o porte o norte
O quanto me conforte
Saber da plenitude,
O manto mais sedento
O dia onde atormento
E o todo ora transmude.

22523

Jorrando dentro em nós
O canto mais feliz
O todo onde se quis
O passo mais feroz,
Já não comporta a voz
E nisto contradiz
O quanto em céu mais gris
Pudesse em laços, nós,
Vencendo os meus segredos
Cerzindo o rumo em vão
E sei dos meus enredos
Audácia em direção
Diversa dos mais ledos
Caminhos que virão.

22524

Legados do passado
As sortes noutro veio
Ousando onde rodeio
O canto e nele evado,
Cerzindo novo fado
E nisto sem receio
Seguindo além e alheio,
O medo ora degrado,
Esbarro nos meus passos
E sinto a plenitude
Os dias são devassos
E os cantos onde ilude
A sorte noutros laços
E tudo enfim transmude.


22525

Criando o passo enquanto
A vida não presume
Sequer velho costume
E nele não me espanto,
O marco aonde canto
O todo se resume
No caos onde se aprume
O verso se faz tanto.
E gozo deste instante
Aonde doravante
Pudesse em tal concerto,
O mundo se transforma
E dita a velha forma
E trama além do aperto.

22526


Vivendo sem sentido
O todo determina
A vida em nova sina
E nisto não lapido
O corte resumido
No caos onde extermina
A lida onde se assina
O parto consumido,
No cântico feroz
E nada mais do atroz
Caminho e nele eu vejo
Apenas nesta foz
Risonha e leda voz,
E nisto o meu desejo.


22527

Buscando cada engano
Aonde nada resta
A sorte se funesta
Provoca onde me dano,
Vivendo o soberano
Caminho onde se gesta
O passo em leda fresta
E dita o mais profano,
Espero após a sorte
O todo sem sentido,
E quando em tal libido
O todo se conforte,
E o manto onde se torne
A vida não contorne.


22528


Navego contra a fúria
Do mar em tais procelas
E quando me revelas
A vida em tal incúria
Gerando após penúria
O todo aonde selas
As sortes destas celas
E nisto a vã lamúria,
Esgoto o meu caminho
E nada mais se vira
Além do que me alinho
E quanto mais feliz
O lado sem mentira
Reflete o que ora eu quis.


22529


Mereço qualquer dia
Vencer os meus anseios
E nada em devaneios
Ou mesmo em fantasia
O quanto não veria
E nisto sei dos meios,
Ainda quando alheios
Os cantos; na harmonia.
Diversa tempestade
Amargo temporal
E quando a sorte invade
Num ato magistral
A roupa além da grade
Quarando no varal.

22530

Quisera apenas isso
E nada mais se sente
O todo aonde ausente
O amor que ora cobiço,
O passo mais noviço
O canto penitente
E o sonho que inclemente
Deveras tento e viço,
Escolho para tanto
O corte mais profundo,
E quando além me inundo
A sorte eu não garanto
E vejo este momento
Aonde eu me atormento.


22531

Errando o sentimento
E nada se pudera
Ainda quando espera
O todo em provimento,
A vida aonde alento
O canto da pantera
A morte desespera,
Mas traça um novo vento,
Uma alma se irradia
E luta após o fim
Reluta em tal jardim,
Na noite mesmo fria,
E etérea companhia
Traduz o amor em mim.


22532


Reparo no passado
E vejo o meu presente
Aonde se apresente
O todo enquanto invado
O tempo adivinhado
E nada mais urgente
Que amor pleno e contente
Decerto o meu legado,
Ousando num instante
O quanto se garante
E molda num repente
O canto em harmonia
Tramando em alegria
O amor em paz se sente.


22533


Transfiro o meu momento
E andando sem sentido
O quanto inda lapido
E dita o sentimento
Aonde se ora enfrento
O fato onde me olvido
Do todo presumido
E nisto sigo o vento,
Espúrio caminheiro
Do fato aonde um dia
A morte em derradeiro
Cenário não veria,
O canto em espinheiro
O prazo onde se adia.

22534


Unindo verso e sonho
Aonde nada houvera
Encontro este enfadonho
Vestígio em primavera,
O todo onde proponho
E nada mais se espera
Do quanto ainda ponho
E sei desta quimera,
Vestindo a sorte além
Do todo sem sinais
Dos ermos quando vêm
As sortes desiguais,
O todo me convém
Em dias rituais.

22535


Ícones onde eu possa
Traçar cada momento
E nisto se me enfrento
A sorte dita a fossa,
E a vida sendo nossa
Transporta em raro vento
O mundo num tormento
Aonde o nada endossa,
Visível tempestade
Em brumas, fim da tarde,
O canto que se evade
E nada mais se aguarde
O quanto da saudade
Jamais a luz resguarde.

22536

Ouvindo em harmonia
O prazo se consola
E a vida que se imola
Presume o quanto eu via
Marcando em sintonia
O prazo não dá bola
A lua entra de sola
E invade o próprio dia.
Escândalos diversos
E neles outros erros
Aquém dos velhos cerros
Encontro os tolos versos
E sei dos mais dispersos
Caminhos em desterros.

22537

Percorro este finito
Momento em luz constante
E sei do que acredito
E nada mais garante
Além do velho rito
E nisto doravante
O quanto sendo aflito
O passo não garante
Resumo cada engodo
Na farsa feita em lodo
E o pântano me encharca
A sorte se transcende
E o todo não depende
Sequer de qualquer marca.

22538


Aprendo mais um canto
E sei do quanto tento
Vencendo o sentimento
Enquanto nada encanto
Vagando sem espanto
Resumo o sofrimento
Toando em pensamento
A sorte num quebranto,
Vestindo a mesma senda
Aonde se desvenda
O corte e o velho cais,
Esbarro nos enganos
E sei destes profanos
Caminhos desiguais.


22539


Servisse de conforto
O canto sem sentido
E nisto dilapido
O parto aonde em porto
Pudesse semimorto
Ousar noutra libido
O corte não provido
Do prazo em tom absorto.
Escassa realidade
E o nada sempre brade
Esgoto num instante
O dom de ser feliz
E nada contradiz
O amor que nos garante.

22540


Derrotas são assim,
Os dias mais fugazes
E nada que me trazes
Impede o carmesim
Cenário de onde eu vim
E sei dos mais tenazes
Momentos em que as fases
Traduzem tudo em mim,
Negando cada rumo
Aonde pude em vão
Gerar o que consumo
Em torpe direção,
E nisto se presumo
Os dias não virão.


22541

Fragilizando o passo
E nada mais se veste
Do quanto mais celeste
Caminho agora eu traço,
O todo sendo escasso
O prazo onde me deste
O canto mais agreste
O tom ledo ou devasso,
Da vida em serventia
Do medo onde traria
A morte sem saber
Do canto em harmonia
Da noite em fantasia
Do amor ao bel prazer.

22542


Gritando dentro em mim
A sorte soberana
E o passo onde se dana
O quanto resta enfim,
O manto sendo assim
A vida não me engana
E sei do qual profana
A porta diz do fim
Esgoto cada trama
E nada mais se clama
Aonde quis bem mais,
O todo se aproxima
E gera além da estima
O sonho onde te esvais.


22543

Holofotes diversos
Iluminando o rumo
E nele me consumo
E sigo em tons imersos
Vagando os universos
Aonde me resumo
E bebo todo o sumo
Inerte dos meus versos,
Vacante coração
Errático cometa
No quanto se prometa
Os tempos moldarão
A vida onde arremeta
A nova direção.


22544

Já nada mais consigo
E tento muito além
Do quanto sei que tem
E nisto o mero abrigo
E sei que estás comigo
E nada mais se vem
O dia onde convém
O passo em tal perigo,
Cansado de lutar
Invado o ledo mar
E tento nalguma ilha
O cais tão desejado
Aos poucos se me evado
A sorte não palmilha


22545

Zarpando aonde um dia
Pudesse acreditar
No canto onde ancorar
E nada em maresia,
Vagando em poesia
O todo neste mar,
Açoda o navegar
E nada mais teria,
Senão a mesma luz
E nada mais traduz
O corte sem igual
E sinto desairoso
O amor em pleno gozo
Do canto mais venal.

22546


Cenários discrepantes
Em sonhos mais sutis
E sei do quanto eu quis
E tanto me garantes
E nada mais espantes
O quanto quero em bis
E vago por um triz
Em ritos discrepantes,
Navego contra a fúria
E sei das vãs marés
Errando em tal viés
O marco desta incúria
Não posso conceber
Sequer ao bel prazer.


22547

Vagando sem destino
Em mares tão revoltos
Meus dias seguem soltos
E nada determino,
Os ermos de minha alma
A sorte mais atroz
E nada dita a voz
Que tanto ao longe acalma,
Vencendo a sorte imensa
De tanto relutar
Bebendo este luar
Aonde a vida pensa
Vestindo o meu caminho
Jamais irei sozinho.

22548

Blindando cada passo
Aonde não se visse
O todo sem mesmice
O canto noutro traço
O rumo onde desfaço
Amor velha crendice
E nele não sentisse
O sonho mais escasso,
Esgoto cada lavra
E sei desta palavra
E nela a direção
Diversa da que tive
E nisto não contive
Os passos que virão.

22549


Não pude adivinhar
O sonho aonde há tanto
Meu verso eu adianto
Tentando algum lugar
E nele ao caminhar
Vencendo o velho espanto
O todo enquanto canto
Jamais pude negar,
Invisto o meu futuro
Em leda concordância
E sei do que asseguro
E traz deselegância
E nisto eu não perduro
Em qualquer leda estância.


22550


Matando cada parto
E nele sendo aborto
O quanto fora morto
O sonho que descarto,
E nada enfim comparto
E gero em cais o absorto
Caminho aonde eu torto
Não pude nem reparto,
Esbarro nos enganos
E sei dos soberanos
Vinhedos entre os tais
Vestindo os meus segredos
Os dias seguem ledos
Imensos vendavais.

22551

Já não mais caberia a sorte sem sucesso
E o todo quando o quis morrera sem a paz,
Apenas a verdade aos poucos satisfaz
O quanto se programa e aquém do amor regresso,

Vagando sem destino aonde o que confesso
Moldando o novo passo e nisto sendo audaz
O porto em consonância a vida não mais traz
Sequer o que pudera em novo e vão progresso;

Ao congregar valor o pranto se resume
No todo aonde eu possa além deste perfume
Marcar com sobriedade o canto sem sentido,

E o verso sem caminho e nada mais condiz
Com tudo o que pudera e sei que por um triz
O tanto quanto eu quero aos poucos dilapido.

22552


Salvando o desenredo aonde quis além
O manto consagrado expressa o que se quer
E vejo tanta vez no olhar desta mulher
O que sem direção às vezes não mais vem,

Invisto no futuro e sei do vão desdém
Sem nada a presumir e quando se quiser
O todo transcendendo o passo onde qualquer
Caminho não traduz o quanto não mais tem.

Espúria concordata aonde quis bem mais
E sei dos dias quando invado os teus quintais
E bebo em pura fonte esta água tão potável,

E o canto se desenha em rumo consonante
Enquanto esta verdade aos poucos se garante
Num mundo tanta vez além do imaginável.

22553

Querendo muito mais que sempre pude ter
Olhando o meu passado em tons mais socialistas
Enquanto no presente, o sonho; não avistas
A sorte se perdendo e nada passo a ver.

Senão esta crendice hipócrita a verter
Os erros tão comuns, imensas, torpes listas,
E esbarro nos mais vis caminhos onde assistas
Às vezes em que pude o máximo conter.

O canto quando em luta a morte na tocaia,
O rumo se anuncia e o todo enfim se esvaia
Vagando constelar ousando muito além

Do quanto pude ainda e nada mais teria,
Alçando ao fim da vida em tétrica agonia,
Sabendo no final do quanto não mais vem.

22554

Eu tento caminhar envolto entre as sombrias
Vacâncias do meu ser enquanto não pudesse
Reinar sobre o caminho em leda e vaga prece,
Ousando acreditar aonde não virias,

E sei desta dorida em noites mais vazias,
Servindo de alimária a quem tanto quisesse
Cerzindo no passado a louca e vaga messe,
De quem sabe do engodo em novas fantasias.

Esgoto o velho tema e sei que no final
A vida se presume em frágil, mero astral
E resolutamente opaco em contra-senso

Meu mundo agora jaz, envolto no não ser,
Marcando com terror o quanto em desprazer
Ferrenho caminhar enquanto em nada eu penso.


22555

Restando muito pouco ou mesmo nada quando
O mundo se desenha em ares mais diversos
Somando com certeza os velhos e perversos
Caminhos noutro enredo, e nada se formando.

O dia mais atroz e sei quanto nefando
Envolto no passado adentra em tantos versos,
E neles outros cais, deveras são dispersos,
E sinto o meu cenário agora desabando.

Restauro após a queda esta acidez no canto
E nada mais pudesse e mesmo não garanto
Sequer a sorte grande exposta em nova luta,

Apenas o que tenho em mãos já não bastava
Cercando com terror, o que se fez em lava,
E o passo sem sentido, aos poucos não reluta.

22556


Trazendo esta esperança a quem pudesse ou não
Vencer o seu tormento e crer noutro futuro,
Aos poucos sem razão e em vão eu me asseguro
Ousando imaginar os erros que virão,

Matando esta promessa em turva direção,
E nisto cada passo aonde eu me procuro
Atroz e vil anseio, um tempo amargo e duro,
Tramando a cada dia, a sorte desde então.

Ainda quando é rude o tempo em cena atroz
O todo que pudera espera pela foz
De um sonho mais audaz, e nada mais se vendo,

Apenas o que trago em consonante voz
Transcende ao que pudesse e sei que mesmo em nós
A solução não passa a mais que algum remendo.

22557

Um dia se fizera a mais do que eu julgara
E nada se tentando além do quanto pude
Marcando com ternura a etérea juventude
Reinando em absoluto, ao menos na seara

Aonde o meu caminho aos poucos se prepara
E sabe da tocaia, embora atroz e rude,
Matando com ardis a cena onde se ilude
E a lua não se vê na noite não mais clara.

Esvai em sonho e medo o tempo de viver
E o canto se moldando envolto em desprazer
Cerzido no abandono e nada poderia

Gerar nesta promessa o quanto se fizera
Do todo sem sentido, a vida esta quimera,
Marcando com rudeza a leda poesia.


22558

Invado cada passo
E perco a direção
Do quanto ainda traço
Das noites num clarão
E sei d meu cansaço
Das horas que trarão
Ausente do regaço,
Apenas solidão.
Encontro os erros quando
A vida não permite
E traz o mesmo infando
Atroz e sem limite
Momento se moldando
E dele eu necessite.

22559


O canto mais sutil,
A sorte não se oponha
Ao todo onde se viu
Servil desenho ponha,
A luta tão gentil
A parte mais risonha
E nela um canto vil,
Aonde o passo enfronha.
Vagando sem destino
Em rumo mais diverso
O sonho eu determino
E nada mais eu verso
Ousando sem destino
Rasgar ledo universo.


22560

Preservo o meu caminho
E nada mais se vendo
Senão este sozinho
Cenário onde remendo
Os dias se mesquinho
Amor não mais prevendo,
Voltando de mansinho
A ser em clima horrendo
O pranto rola em faces
Diversas quando a morte
Aonde não mostrasses
O quanto se comporte
Ousando noutras classes
O mágico transporte.

22561

Ainda se garante
O dia mais audaz
E sei que tal transplante
O quanto não se faz
Ousando doravante
Vencendo o medo em paz,
E nisto se adiante
O canto mais tenaz.
Resumos do passado
Aonde sem futuro
Presente; aonde invado
Garante o que asseguro
No tolo e velho enfado,
Além do corte, o muro.


22562

Somando meus enganos
Deveras pude ver
A vida noutros planos
Do tanto a se escorrer
Nos dias entre os danos
E nisto posso crer
Em termos soberanos
Do sonho sem prazer.
A morte não concebe
E vive em plena luz
Adentro a imensa sebe
E sei do que traduz
O quanto se percebe
Ousando além da cruz.

22563


Duvido que inda venha
A sorte que não crês
E nada mais contenha
A vida em seus porquês
E o canto sabe a senha
Enquanto o todo vês
Ousando se desfez
O todo onde não tenha.
Esbarro no abandono
E vejo a minha luta
Aonde em paz me adono,
E o canto em força bruta
Negando qualquer sono,
Sonega esta permuta.

22564

Fragilizando o passo
De quem não pude ver
Se o dia eu descompasso
E tento merecer
A sorte em mero traço,
O rumo sem saber
O dia perde espaço
E sinto anoitecer
Vestindo esta emoção
Aonde nada quis
Os tempos mostrarão
O ser ou não feliz,
E sei da sensação
Aonde o mal condiz.

22565

Gravando em voz e pranto
O todo que pudesse
E nada mais garanto
Sequer o que tropece
Ousando sempre e quanto
O rumo não se esquece
A vida sem quebranto
O manto se enaltece.
Vestindo a fantasia
Hipócrita do sonho
O brado não se ouvia
Além do mar medonho,
E o todo em agonia,
Aos poucos eu proponho.

22566


Havendo esta cobrança
Do caos dentro do peito
A vida em aliança
Marcando algum direito
E nele o que se lança
Presume o contrafeito
Caminho onde a mudança
Recende ao quanto aceito,
Vestindo o descaminho
Erguendo o meu anseio,
O passo mais mesquinho
O todo sem recreio,
E o dia que avizinho
Ditando ao quanto veio.


22567

Já não mais suportara
A luta sem sentido
Adentro a jóia rara
Do amor que ora lapido
E venço e se prepara
A vida enquanto lido
Com tudo e desampara
O corte presumido.
O caos, o canto e o medo,
O fato constatado,
O sonho onde procedo
As ânsias do passado,
E o canto em desenredo,
No mundo aonde evado.


22568

Livrando a minha pele
Da faca e desta adaga
O quanto me compele
Adentra a espúria vaga,
E sei o quanto apele
E nada mais se traga,
Reinando o que ora sele
Tramando o quanto apaga.
Vestindo a parte suja
Da vida sem sentido
A noite envolta em cuja
Palavra não duvido
Deixando de lambuja
O caos mal resolvido.


22569

Criando este momento
Aonde nada houvera
O todo em desalento,
A sorte em primavera,
O passo onde atormento
A vida se tempera,
No quanto em desalento
Espreita esta pantera,
Vestindo o quanto cabe
Restando dentro em mim,
Bem antes que desabe
O todo já sem fim,
Ainda não se sabe
Das cores do jardim.


22570

Vivendo este momento
Em meio aos mais cruéis
Anseios onde aumento
A vida em carrosséis
Ousando num alento
E sei dos vários féis
E neles o meu vento
Inverte estes papéis
Restauro cada passo
E nada mais eu pude
Ainda quando em laço
O mundo não ilude
E vence o meu cansaço
Atroz em atitude.

22571

Buscando amanhecer
Envolto noutro sonho
O quanto a se perder
Gerasse o mais bisonho
Caminho a converter
O mundo onde eu proponho
O corte noutro ser
E nisto sou medonho,
Vencido pelo fato
Do passo sem sentido,
O canto onde constato
O conto que lapido
A marca onde resgato
O mundo dividido.

22572

Não pude acreditar
Nas tantas ilusões
E nelas navegar
O que decerto expões
E vejo a mergulhar
Em mares, vãos bolsões
O todo se tornar
Em tolas direções,
Ousando em verso e prosa
O quanto não se faz
E sei maravilhosa
A vida onde é tenaz
A parte desejosa,
Do canto mais audaz.


22573


Matando numa espreita
O quanto pude ver,
A sorte se deleita
E gera o desprazer
E quando faz aceita
A prova do querer,
O rumo se aproveita
Do errático viver;
Viceja dentro em mim,
O quanto não pudera
Gerando o quanto eu vim
Marcando a primavera
E nisto o meu jardim,
Aos poucos nada espera.

22574

Ao pensar em você
Saudade dominando
O quanto já se crê
E o nada se moldando
A vida desde quando
Pudesse e agora vê
O dia em mim nevando
Servindo, mas cadê?
Meu canto em harmonia
Jamais se poderia
Traçar novo momento
E o rumo se perdendo
No caos de um novo adendo,
E em vão eu me atormento.


22575


Errando sem sentido
O mundo não faz bem
Ao quanto decidido
O passo nunca vem,
E o tempo onde lapido
O todo segue aquém
Do passo reprimido,
Da vida em tal desdém.
O cântico, a montanha
A sorte; outro momento,
E nada mais se ganha
Aonde eu me alimento
Ousando nesta sanha
No pântano, excremento.

22576


Trafego entre os sinais
E vejo muito bem
Os dias tão iguais
E nisto sei que vem
A vida em magistrais
Caminhos quando tem
A sorte em meus umbrais
O amor, velho refém.
Escuto a ventania
E bebo a tempestade
O quanto não mais via
E o passo onde se evade
Grassando em alegria,
Rompendo a velha grade.


22577

Ungindo cada rumo
Aonde não pudera
Vencer o que resumo
Nas ânsias desta espera
E nisto o supra-sumo
Esbarra nesta esfera
Diversa; e assim resumo,
O todo destempera.
Vagando sem destino
Esbarro neste engano,
E quando em desatino
Aos poucos se me dano,
Presumo e me fascino,
Em canto desumano.


22578


Imanto cada sonho
E traço noutro cais
Os dias que enfadonho
O olhar pudesse mais,
Do quanto sou bisonho
E vago em temporais
No todo onde eu proponho
O rumo por astrais
Dispersos os cenários
E neles outro enredo,
Os dias temerários
E quando assim procedo
Vencendo os adversários
Marcando em vão segredo.

22579


Ouvindo o mar em mim
Na areia, bela praia
A lua traz ao fim
A sorte onde se caia
O rumo sempre enfim,
Deveras já não traia,
E o pântano em jardim,
A morte na tocaia.
Um gole de café
Um trago no cigarro
A vida por quem é
O todo onde me agarro
E sei da imensa fé
Da sorte, tiro um sarro.

22580


Aprendo com a vida
E sei de cada fato
Aonde esta ferida
Decerto enfim resgato
E sei do que duvida
A ponte em tal regato,
E a marca resumida,
No todo onde constato,
O pranto além do rude
Caminho em tom diverso
O todo onde se ilude
E nisto desconverso,
Marcando o quanto mude,
O passo no universo.

22581

Sinalizando o canto
E nele me adivinho
Vencendo o que garanto
Marcando a cada espinho,
A vida em novo manto,
E sei que me avizinho
Do todo onde me espanto
E gero outro caminho.
A madrugada inteira
A sorte não pudera
Traçar o quanto queira
Na imensa primavera,
E sei desta ribeira
Aonde destempera.


22582


Não pude conseguir
O quanto desejei
E neste presumir
O amor domina a grei,
Sem ter qualquer porvir,
O canto onde busquei
Meu todo a resumir
No canto em vária lei,
O pântano que adentro
O mangue de minha alma
E sei que se concentro
No todo quanto acalma,
O mundo perde o centro
E gera; após, o trauma.

22583

Desenhos entre tantos
Momentos mais diversos
E sei dos desencantos
Aonde busco os versos
E nada mais nos cantos
Ou mesmo em tons submersos,
Rolando os velhos prantos
Em rumos vis, perversos.
Ausento do futuro
E bebo do passado,
O quanto eu asseguro
Do gesto assim traçado,
Vencendo o quanto apuro
E deixo enquanto evado.

22584

Ferrenho lutador
Do sonho mais audaz
A vida em plena dor
Decerto nada traz,
Somente este vigor
Num passo mais tenaz,
E sei do encantador
Cenário onde se faz.
Bebendo cada gota
Da minha juventude
A sorte agora rota,
Aos poucos se me ilude
Jazendo desde outrora
O passo se embolora.

22585


Girando contra a sorte
Que nada mais pudesse
Traçar o que comporte
E mesmo em rude prece
A vida não suporte
O quanto recomece
Vagando sem aporte
E nisto se envaidece.
Reparo muito bem
O corte mais audaz
E sei que após não vem
O todo mais voraz
Gestando o que ninguém
Calasse em tom mordaz.


22586

Havia dentro em nós
Um santo, este demônio
Além do passo atroz
Imenso pandemônio,
E quanto fora algoz,
Dos medos um campônio
Gerando em turva foz,
O imenso patrimônio,
Resumos em grileiros
E donos destas almas,
E neles os braseiros
Marcando com seus traumas,
Velhos desfiladeiros
Aonde em nada acalmas.

22587

Janelas sempre abertas
Olhando para além
E quando assim despertas
Apenas o que tem,
Marcando em descobertas
As tramas do desdém,
E nisto são alertas
As praças em que vêm.
Ocasos entre dias
E neles outros medos,
Cenários que trarias
Em volta destes ledos,
Caminhos, agonias
Mordazes desenredos.

22588

Lavando a sorte em fel
E tendo muito ou nada
Do amor em carrossel
Ouvindo o quanto brada
A sorte em vago véu
E tanto desdenhada,
Gerando em tom cruel
A morte degradada,
Vestindo a minha túnica
A vida se faz única
Ou mesmo noutra foz,
Porém do quanto resta
Apenas mera fresta
Mantém-se viva em nós.

22589

Calando a fantasia
De quem se fez tão nobre
O quanto poderia
E nada mais encobre
Senão meu dia a dia
E nisto se recobre
O todo onde teria
A farsa se descobre
E vejo outro momento
Em tom diverso e rude
E quando isto eu fomento
Além do que mais pude,
O dia em desalento
Matando a plenitude.


22590

Viperino sorriso
Da deusa entremeada
Do quanto em prejuízo
Ditasse a velha estada
Marcando em impreciso
Cenário a degradada
Imagem sem juízo
Adentra esta alvorada.
E o pântano que invado
O corte mais profundo,
O mundo em tolo brado,
O ser que nauseabundo,
Desenha o degradado
Caminho em vago mundo.

22591

Brindando ao quanto penso
Diverso do que tenho,
Enquanto me convenço
Do amor em vago empenho,
O todo aonde é tenso
O canto onde retenho
A vida, um bem imenso,
Cerzindo em velho cenho,
Esgoto o verso quando
A sorte não traria
O mundo mais infando
Matando a poesia
E nisto me moldando
O nada se veria.

22592

Navego contra a fúria
Imensa de quem tenta
Ainda em leda incúria
Vencer vida sangrenta,
E assim em tal penúria
A sorte desalenta
E nisto a cada injúria
O todo se atormenta,
Infaustos navegantes
Dos mares mais distantes
Eu bebo a sorte e vejo
O quanto não se vira,
Gerando esta mentira
Além de algum desejo.

22593


Mereço qualquer dia
Ainda que pudesse
Beber desta ironia
E nela a velha prece
Aonde o que viria
Aos poucos já fenece,
E o passo em harmonia,
Decerto se obscurece
Vestindo dentro em nós
A rota mais suave,
E nisto sendo algoz
O quanto já se agrave
Marcando em passo atroz
O canto bem mais grave.

22594


Já não comportaria mais saber
O quanto pude mesmo e não viera
A sorte se desdenha, esta quimera
Marcando com ternura o meu prazer,

E sinto a cada passo esvaecer
O manto mais audaz, em leda espera
E a vida se desenha nesta esfera
E nada do que eu pude passo a ter.

Resumos de outros dias neste agora
E o todo se aproveita e me apavora
Matando pouco a pouco o que me resta.

Do verso mais sutil ou mesmo rude,
O quanto se desenha além e pude
Vencer este caminho em rara festa.


22595

Bebendo cada gole da esperança
Em tom diverso pude apenas ler
No olhar de quem se fez a perceber
O todo aonde o tempo ora se lança

A vida eternamente uma criança
Sabendo cada rastro recolher
Do tanto quanto pude merecer
Vestindo tão somente esta vingança;

Potente caminheiro do passado
Aonde o meu caminho desenhado
Expressa a realidade aonde eu vivo,

Meu canto se mostrara num segundo
E quando no vazio eu me aprofundo,
O amor não mais que um sonho em lenitivo.

22596

Não pude perceber sequer o quanto
Ainda se desenha noutro engodo
O tempo se aproxima deste todo
E o dia após a queda eu não garanto.

Mergulho sem defesas no oceano
E sei das ondas tantas e bravias
E quando noutra sorte merecias
O todo enquanto perco e já me dano,

Ocasionando a sorte em despedida,
A morte muitas vezes eu abono,
E sei do meu caminho em abandono,
Tramando o que decerto dilapida.

O pântano comum onde me enfronho
Sepulta com certeza cada sonho.

22597

Não mais pudesse ver além do cais
E nisto não teria esta certeza
Da vida se descendo em correnteza
Nem mesmo dias claros, sempre iguais;

Prenunciando a morte em vendavais
E sei da vida amarga e segue ilesa
Vestindo com ternura o que em surpresa
Deveras com firmeza ainda esvais.

E nada do que eu possa se completa
A sorte de tentar ou não poeta
Aprendizagem tanta se traduz,

Marcando com engano cada rumo,
E o todo noutro passo se eu resumo,
Impede o meu caminho e traça a cruz.

22598

Já nada merecera quem pudesse
Tramar nesta amplitude o passo aquém
Do amor quando deveras não mais vem,
Matando em nascedouro qualquer messe,

A vida sem sentido se obedece
E rege o que pudera sem desdém,
E nisto cada engodo quando tem
Promessa mais diversa não se tece,

Esgoto o meu caminho após o medo
E sei do meu cenário em desenredo
Procedo de tal forma que inda veio

O mundo em tão diversa realidade
Ainda que deveras teime e brade
O todo ao fim das contas mais receio.


22599

Apenas vejo a queda dos meus dias
Envoltos pela mesma tempestade
E quanto de minha alma ainda agrade
Tentando adivinhar as sintonias

E sigo sem saber hipocrisias
Marcando em ressonância o que evade
O canto em mais serena crueldade
Em funerais diversos, não verias.

E sei do meu caminho onde revoltas
As horas quando seguem sempre soltas
Vestindo esta ilusão já não se vêm

E o tempo desairoso em verso rude
Matando o quanto possa e desilude
Apenas do passado eu sou refém.


22600


Hipócrita canalha
A vida é rapineira
E assim quando se espalha
Demonstra além que queira
A sorte esta navalha
A morte verdadeira
E nisto na batalha
Ousando outra bandeira
Espero cada passo
E nada mais se vendo
Apenas velho traço
De um dia mais horrendo
E nisto este cansaço
Aos poucos corroendo.

22601

Já não mais cabe o sonho
De quem se fez ao léu
O todo onde componho
Esboça o velho véu,
E o pântano que ponho
Em rota mais cruel,
Veneno tão medonho,
O passo em vão papel,
Palmilho este horizonte
E nada mais segura
Sequer o que desponte
A vida em amargura
E nisto faço a ponte
Aonde a voz perdura.

22602

Jamais pude viver
O quanto mais quisera
Assim eu passo a ver
A sorte, esta quimera
E nela o merecer
Aos poucos destempera
Ousando o perceber
Apenas esta fera,
Vestígios de uma vida
Já tanto maltratada
A morte presumida
A noite desenhada
Na parte a ser cumprida
Na vasta e leda estrada.


22603

Quisesse ser cristão tanto absolutamente
Que nada me impedisse amor mais libertário
E nisto me entregar em claro itinerário
Num mundo onde decerto o poder sempre mente.

E ver após o caos, o todo plenamente
Cerzindo dentro da alma o tom imaginário
De um todo mais audaz, e mesmo necessário
Vagar contra o sinal amargo da corrente,

Rompendo os meus grilhões e tendo esta certeza
Da vida em voz suave e mesmo em correnteza
Diversa me trazer em força sobre-humana,

Ousando no perdão sem nada mais cobrar,
E assim em liberdade eternamente amar,
Enquanto a vida açoda e tanto nos engana.


22604


Encontro nos ardis palavras onde eu pude
Vencer o meu temor e crer na eternidade
Do amor que quanto toca e chega, e nos invade,
Transcende em generoso olhar de plenitude.

O canto dentro em mim, ainda quando ilude
Transcorre com suave ardência e tanto agrade,
Vestindo esta certeza e nela gera a grade
Onde cada segundo expõe quanto mais mude.

Negociando a sorte aos poucos no passado,
O corte sem razão, meu mundo quando eu brado,
Vacante coração explode num sentido

Diverso do que agora ainda trago vivo,
E sei do meu caminho enquanto em paz me crivo,
E ao fim de cada jogo o todo em vão lapido.


22605


Razão para viver e nada mais pudera
Sentir atocaiado o gozo que não veio,
E o todo se desenha além deste receio
Matando em nascedouro a sorte em leda esfera.

Resumos de sutis momentos onde tento
Vestido de bufão apenas um sorriso,
E somo sem sentir o torpe prejuízo
Num passo mais audaz, ou mesmo em sofrimento.

Alimentando a fera e nela me sentindo
O marco se desenha em fúria e nada mais,
Os dias são decerto o todo onde contrais
O sonho em tom maior e um dia manso e lindo,

Mas quando se anuncia após o fim da tarde
A noite dentro da alma, a morte enfim se aguarde.


22606

Travando com mim mesmo a luta sem sentido
Esvaio neste verso enquanto mais pedisse
A sorte em abandono, e nela tal crendice,
Marcando o que decerto apenas eu duvido.

Esgoto cada passo e nisto desvalido,
O todo se moldara em nada que se visse,
E mesmo quando em fúria o vento repartisse
O medo sem saber enfim do resumido.

Caminho em mero tom, angústias se trazendo
Apresentando a dor, e nada do remendo
Audaciosamente a vida não permite

O livre pensamento e o sonho a cada enredo,
E sei do que talvez; invada e até concedo
Tentando ultrapassar, qualquer velho limite.


22607

Uivando dentro da alma a morte a cada passo,
Das brumas noite afora o quanto ainda vejo
Sentindo da neblina o vento em que o lampejo
Trouxesse com certeza um dia mais escasso,

E volto a percorrer o todo aonde eu traço
Sabendo desde agora o quanto em vão desejo
Pudesse adivinhar num ermo de outro ensejo
Apenas o que sinto e bebo em teu cansaço.

Escarras sobre mim e sorvo do suor
Da noite em tom mordaz e sigo o resumido
Caminho entre os ardis, num sonho bem maior

Que tanto poderia apenas num segundo
Marcando com terror, o quanto dilapido
E vejo em tom atroz o tanto onde me inundo.


22608

Imanta esta verdade e traça noutro rumo
O quanto poderia e quero muito além,
Sabendo com certeza o pouco que contém
Bem mais do que me cabe, apenas mero sumo.

E o tanto sem sentido e nele me resumo,
Traçando com ternura apesar do desdém,
Vagando sem parar dos sonhos, sei também
O corte aprofundando o todo onde me esfumo.

Não tendo mais um dia aonde me acolher
A vida não trará sequer ao bel prazer
O prazo decorrido, o medo de partir,

Instigas com feroz audácia o que pudera
Vencendo o dia a dia e nisto sei da fera
Ferrenha parte exposta e nela o meu porvir.


22609


Ourives da esperança a sorte não traria
A quem deseja tanto e sabe não resiste
Sequer o que pudera e segue amargo e triste
Viceja sem sentido o medo em agonia.

E o tétrico cenário aonde não se via
Talvez o que inda tente e nisto não persiste
Meu passo contra tudo e nada mais existe
Senão cada momento aonde o vão teria.

O prazo determina o fim de cada etapa
E quando se tentando apenas não se escapa
Do bote atocaiado, a fera numa espreita,

Minha alma sem saber ao nada se entregando
E o mundo se desenha atroz e desde quando
A vida noutro passo, apenas nada aceita.


22610

Arcando com meu erro e vendo o quanto resta
Da sorte sem sentido e mesmo imprevisão
Matando o que virá na rubra decisão
Do sanguinário fado em tez turva e funesta.

Aprendo como pude e sei desta que empesta
A morte se moldando em nova direção,
Os dias mais sutis decerto não virão,
E a marca se desdenha além da mera fresta.

Atestam-se fatais cenários onde eu pude
Sentir o vendaval que mesmo sendo rude
Explode sem final e aventa a nova foz

De um canto sem porvir e morre um pouco mais
Vertendo em ondas tais ou mesmo em vendavais
O quanto pude crer e sei ser mais feroz.


22611

Declamo cada verso e sei do meu amparo
Ousando na palavra o quanto sinto agora
E sei que todo engodo aos poucos me devora
E sinto tão somente o quanto em vão declaro.

Ainda quando invisto e em sonhos, despreparo
A vida para o vago e assim já se demora,
O corte se desnuda e nada mais aflora
Senão este caminho audacioso e claro.

Esqueço o que pudera e sei do fim do jogo,
O quanto se fizesse além do velho rogo
Explode num momento em tom diverso e duro,

E o quanto se adivinha ainda em vida amarga,
A sorte a cada passo o canto apaga e larga
E mesmo assim silente, o mundo em vão procuro.


22612


Fragilizando o passo aonde o nada sei
Esbanjo a fantasia e nela não se vendo
O quanto pude em vida e agora sei horrendo
Caminho dominando inteira a velha grei.

Esboço reação e sei do quanto ousei,
Pousando no momento ainda sendo horrendo,
Vasculho cada ponto e nisto se prevendo
O fim de toda a sorte e nela mergulhei.

Ousado navegante em mar tempestuoso
O todo se desenha além deste antegozo
Criado pelo não em passo mais seguro.

O todo se desfaz e nada mais resumo,
Além do meu caminho em torpe e tolo fumo,
E a cada novo tempo o templo eu configuro.


22613

A vida se desenha além destes saraus
E vejo cada passo em doce fantasia
Enquanto o meu caminho aprendo dia a dia
Alçando da esperança além de tais degraus,

Os cantos onde invado, às vezes ledos, maus
E o todo que pudesse enquanto se irradia
A sorte mais audaz e nela a poesia
Expõe cada momento em raros tons e graus.

Renasce em bela tela o amor sem mais temores
Seguindo cada passo aonde e como fores
Resumos de esperança ainda que pudera.

E nesta dança e sonho a noite continua
Abrindo o coração exposto à imensa lua,
No outono do viver, sorvendo a primavera.


22614

Gerando cada instante
Aonde nada cabe
Sequer o que desabe
E o passo não garante,

O quanto não se sabe
Da vida doravante
E sei deste brilhante
Enquanto tudo acabe.

Resumo em verso e luz
O quanto se produz
Em mera tempestade.

Esqueço cada passo
E nisto sei do escasso
Cenário que ora invade.

22615

Holístico caminho
Em noite mais suave,
O canto como esta ave
Procura o peito, um ninho,

Vagando onde me alinho
E nada mais agrave
O todo onde se lave
A sorte em tom mesquinho;

Resumo do passado
Ainda sem futuro
Presente se anuncia,

E o quanto além invado
Ou mesmo me asseguro
Transcende ao dia a dia.


22616


Já não me cabe o sonho
Tampouco a fantasia
E sei do que proponho
Aonde o céu traria
O verso mais risonho
E nesta alegoria
O canto onde o componho
Traduz uma alegria.
Esboço da saudade
O passo eu não contive
E sei do quanto evade
O mundo enquanto vive,
Vagando a realidade
Que aos poucos me cative.

22617

Levado pelo vento
Aonde não pudera
Saber do pensamento
E nem da longa espera,

O quanto em sofrimento
A vida destempera
E mesmo quando eu tento
Apascentar quimera

A sorte se desenha
No tanto quanto é rude
O passo dita a senha

E nesta plenitude
O canto não convenha,
Enquanto nos ilude.


22618


Criando este cenário
Enquanto nada havia
O tempo imaginário
Traduz o dia a dia,
Marcando o itinerário
E nele a poesia
Trouxesse o temerário
Caminho aonde o via,
Expresso sem sentido
Algum qualquer razão
E o tempo onde lapido
Embora diga não
Encontra o que lapido
E os tempos negarão.


22619

Vibrando a sorte
Apenas pude
O quanto corte
E nisto é rude
O tanto aporte
Velha atitude
Regendo o norte
E se transmude
O canto além
Do quanto resta
A sorte vem
Adentra a fresta
E sei tão bem
Do amor que gesta.

22620

Bebo a luz
Sonho a paz
Sou capaz
Nada opus
Trago a cruz
Gesto audaz
Faço jus
Sigo atrás
Todo sonho
Vão componho
Rude espaço,
Passo além
Sei que vem
Sendo escasso.

22621

Navego
Sem rumo
E cego
Resumo
Entrego
Tal sumo
Sem ego
Sem prumo.
Vencido
Seguindo
O findo
Lapido
Concebo
Placebo.

22622

Mar
Lua
Rua
Ar
Nua
Par
Bar
Crua
Pele
Sele
Gesto
Tento
Vento.
Presto?

22623


Quero a sorte
Bebo o fim
Vejo a morte
Sei que enfim
Tal suporte
Diz em mim
Quanto corte
Sempre assim;
Vago além
Nada trago
Tomo um trago
Do desdém
Ledo afago,
Não convém...

22624

Esgota cada passo
O tempo mais sutil
E o quanto ainda traço
Deveras não mais viu,
Ousando neste espaço
O todo se previu
Num dia mais escasso
E mesmo atroz e vil.
Ousando sem sentido
O canto mais audaz,
E nada se compraz,
Nem sempre inda lapido
Vencendo o que se faz
Em rumo presumido.

22625

Repare cada verso
E veja muito além
Do quanto mais disperso
O mundo segue e tem
Bem mais que este universo,
Dos sonhos quando alguém
Impede um tom perverso
Aonde a vida vem.
Matando na tocaia
A sorte que pedisse
O tanto ora se esvaia
Marcando com crendice
O passo onde se traia
A vida em tal mesmice.


22626

Traduzo o quanto resta
Da sorte noutro ardil
O passo onde traiu
A vida outrora em festa

Marcando com a voz
Suave ou merencória
Apenas a memória
Audaz enquanto atroz,

Esgoto cada passo
E nele não se vendo
Bem mais do que este horrendo
Caminho aonde eu traço

O verso sem razão
E perco a direção.

22627

Unindo verso e prosa
A sorte não presume
O canto em ledo ardume
A vida majestosa,

E o todo se antegoza
E nisto chego ao cume
Dos sonhos e me esfume
Em noite caprichosa.

Resumo o meu jardim
Além desta colheita
E quando a sorte aceita

O todo vivo em mim
O mundo quando gira
Expressa a velha mira.


22628

Idôneo sonhador
Bebendo a sorte em paz
O todo que se faz
E nisto é redentor

O canto a se propor
E quanto mais audaz
Pudesse ser tenaz
Caminho em vão louvor.

Resumos do passado
Anseios do presente
E o quanto se apresente

Deveras tento e brado
Alçando o que procuro
Sorvendo o meu futuro.

22629

Orgulhos entre medos
E nada mais se visse
Além desta tolice
Em dias mortos, ledos,

Assim nos desenredos
O todo não revisse
Nem mesmo esta mesmice
Em sonhos e segredos.

Reparo cada engano
E sei quando me dano
Vencido pelo anseio,

O mundo se denota
Além da velha rota
Na qual o sonho veio.


22630



Presumo além do tanto
O pouco que se fez
E o traço em sensatez
Apenas não garanto
Vencendo o medo enquanto
A vida em altivez
Decerto assim não vês
E nisto eu tento e canto.
Restauro cada altar
Aonde pude amar
E ver outro tormento,
E sei do meu cenário
E nada é temerário
Senão quando me invento.

22631


Acordo quando ouvindo
O canto em madrigal
Do sonho em ritual
E nele o cais já findo,

Ascendo o quanto é lindo
Um mundo sem igual,
Aprendo em novo grau,
O tempo se esvaindo.

Esgarça a sorte quando
O todo se mostrando
Desnudo em tom suave,

E o pântano adentrado
Tramita em tal pecado
E nada mais o entrave.

22632

Sondando cada passo
Ainda que pudesse
Sorver desta benesse
Aonde o rumo eu traço.

Encontro o canto escasso
E vejo além da prece
O quanto estabelece
O tanto mais devasso.

Esbarro no vazio
E sei que desafio
O todo sem sentido,

E o manto se apresenta
Vencendo esta tormenta
Aonde em dor me incido.

22633

Depois do quanto pude
Restauro cada engano
E sigo enquanto dano
A vida em plenitude,

Assim não mais ilude
O todo soberano
No passo mais profano
Embora atroz e rude,

Contive a minha senda
E nela se desvenda
O canto em harmonia,

Contendas mais diversas
Enquanto em mares versas
Traçando em ironia.

22634


Fragilizando o sonho
De quem se fez poeta
A vida se completa
E nisto eu me proponho

Pousando em enfadonho
Caminho e não repleta
Uma alma tão dileta
Ou mesmo um par bisonho.

Acordo sem saber
Do rumo e direção
Da sorte eu posso ver

Os dias que virão
Buscasse algum prazer
A vida dita o não.

22635


Gesticulando tento
Vencer o que não traz
A sorte mais audaz
E nisto entregue ao vento,

Apenas sofrimento
E verso tão mordaz,
Aonde quis a paz
Somente alheamento.

Escapo por um triz
Escalpes onde eu quis
Somente este sereno,

O canto sem sentido
O mundo revolvido
E nisto eu me condeno.


22636

Hordas mais temerárias
Errático planeta
Aonde se prometa
As horas adversárias

E sinto as dores várias
Aonde se acometa
A morte me arremeta
Em noites solitárias.

Esgoto o sonho quando
O todo desarmando
O tolo coração,

E sei quando este corvo
Gerando o mero estorvo
Repete este refrão.

22637


Jantar à luz de velas
Em noite majestosa
Amor quando revelas
Buquê sobejo em rosa

A sorte aonde selas
Aos poucos vida goza
E mostra além das telas
A cena maviosa.

Resumo verso e luz
E sei do quanto tenho
E vejo em ledo empenho

O quanto se traduz
Resulto deste inverno
E nele em paz hiberno.

22638

Livrando o sentimento
Do caos mais costumeiro
Aonde o bem invento
Quem dera jardineiro,

O todo num provento
E nele vou inteiro,
Bebendo o imenso vento
Cerzindo este canteiro.

Explode coração
Em rara luz suave
Nos cantos se verão

Apenas o que agrave
As cordas da paixão,
Do sonho, imensa nave.

22639

Criando este cenário
Aonde nada existe
Sequer o que consiste
No velho itinerário,

Amor dita o corsário
E sei que apenas triste
O rumo segue em riste
Além do relicário

Esgoto a plena paz
E sei do quanto traz
O verso em sintonia,

O passo rumo ao farto
E nisto não descarto
O quanto se veria.

22640


Vivendo cada instante
E andando contra o vento
O todo onde atormento
A sorte desgastante,

Vencido não garante
O quanto ainda tento
E sei do pensamento
Em hora degradante,

Vestindo a hipocrisia
O todo se faria
Além do mero cais,

E o barco num naufrágio
A vida noutro estágio
Tramando os temporais.

22641

Bacantes heresias
E nelas não se vendo
Sequer novas orgias
Ou mesmo algum remendo

E o todo onde farias
Aos poucos mais horrendo
Cenário em agonias
O caos se percebendo.

Esbarro sempre em mim
E vejo o que pudesse
Ainda sinto enfim

O amor quando se tece
Fervendo sempre assim,
Matando a velha messe.

22642

Navego contra a fúria
De quem não mais se vê
A vida sem o que
Pudesse além penúria.

Marcando em nova incúria
O todo onde se crê
No passo sem cadê
Na morte em tal lamúria

As ondas deste mar
Os mantos consagrados,
Olhando a caminhar

Além dos meus pecados,
A vida a se mostrar
Em dias mal traçados.

22643

Martirizando o sonho
Aonde o todo eu quis
Bem mais do que eu proponho
Seguisse por um triz

Resumo o quanto oponho
Na sorte meretriz
E vejo este enfadonho
Caminho onde o desfiz,

Regendo o passo aquém
Do quanto pude outrora
A vida não mais vem

E sei quanto devora
Amor sem ter alguém
Enquanto a dor se aflora.


22644


O quanto poderia vir a mais
Do lodo costumeiro onde a sorte
Deveras no final nada comporte
E beba sem saber dos dias tais

Resumos de outros erros tão banais
Sem ter o que deveras me conforte
Vagando sem saber do rumo norte
Invado os mais difíceis vendavais.

Vestígios do passado inda carrego
E sei do meu caminho ledo e cego
Seguindo em turbilhão cada momento,

E o tanto quanto pude e não sabia
Matando em nascedouro a poesia,
E jazo aonde agora me atormento.

22645

Espero qualquer dia mais tranquilo
Embora saiba bem desta razão
E nela outros momentos moldarão
O quanto na verdade mal desfilo,

O todo se presume em tal estilo
Marcando cada passo a indecisão,
Mortalha do passado desde então
Enquanto os meus enganos; mal perfilo.

Escassa realidade em tanto sonho,
Perdido num momento eu decomponho
Audaciosamente a vida trama,

Esbarro nos enganos costumeiros
E sei dos dias vagos, meus luzeiros
Aonde a solidão ditasse a chama.


22646

Vestígios e litígios do passado,
A morte se aproxime em cada bruma,
Minha alma no vazio enquanto apruma
Esbarra no que tento e sei que invado,

O rústico desenho; mal traçado
O passo sem sentido se acostuma
Ao quanto na verdade ora se esfuma
Dourando o que pudera noutro brado;

Resgato cada fúnebre emoção
E sei da mais completa sensação
Algoz de um dia vago e sem futuro,

E assim quando deveras me asseguro,
O tempo se mostrando sempre escuro
Ditame de outros erros que virão.

22647

Tentasse pelo menos um descanso
Enquanto a vida traz outro caminho,
E sei do quanto pude ser mesquinho
Sabendo tão somente o quanto avanço.

O corte se mostrasse enquanto alcanço
O farto desenhar onde me alinho
E bebo sem sentir cada cadinho
Alquímico cenário onde me lanço.

Descasos são comuns a quem se faz
Alheio ao passo rude mais audaz
Tenazes dias tramam o futuro,

O prazo sem sentido e sem razão
As horas mais ferozes mostrarão
O quanto sem certeza configuro.

22648

Resumo cada verso em tom gentil
E tento contornar a curva quando
A sorte noutro tanto desenhando
O quanto na verdade não se viu.

Audaciosamente o sonho vil
Destrói cada momento estraçalhando
O todo que pudesse mais nefando
E nisto novo passo resumiu;

Quimeras tão diversas, sina e tédio
E apenas sem saber qualquer remédio
Adentro este infinito sem depois

E bebo com fartura o quanto pude
Vivendo nosso caso em plenitude
Na força incomparável de nós dois.

22649

Ao desodorizar este caminho
Tramando a cada instante outro perfume
No todo aonde possa e me acostume
O rumo se mostrara mais mesquinho,

Audácia se moldando enquanto aninho
O passo sem sentido e sem costume,
Vestindo a hipocrisia não mais rume
Vencendo esta incerteza em desalinho.

Equilibrando a vida este funâmbulo,
O todo que pudesse se noctâmbulo
Versando sobre a glória a se sentir

No tanto que pudera ser diverso
Vagando sem sentido no universo
Bebendo o quanto quero no porvir.

22650


Nascendo dentro da alma, a poesia
Expressa o verso enquanto dita o prumo
E quando no vazio eu me acostumo
A sorte no final, nada traria,

E vejo tão somente a fantasia
E nisto se desenha o quanto esfumo
Chegando sem certeza ao vero sumo
Do tanto que pudesse em agonia.

Esbarro nos meus erros, sigo além
Do quanto na verdade não convém
A quem se fez dolente e nada traz

Senão a mesma face em dor e medo
E quando novo rumo em paz eu cedo
O mundo se mostrasse mais audaz.


22651


Em descontrole sigo sem saber
O quanto poderia e nada sinto
O rumo noutro passo sigo extinto
Marcando com terror o desprazer,

E o pranto a cada passo recolher
Vestindo o que deveras não mais minto
Dos olhos cada lágrima um instinto
E tudo se desenha noutro ser.

Explode num cinzel a mão do artista
E quanto mais decerto em vão se invista
Avisto a terra além do quanto eu quis.

Amortalhando o passo na tormenta
O todo noutro prumo se alimenta
Gerando este cenário atroz e gris.

22652

Bebendo cada gole aonde não sabia
A sorte que console e nisto se permite
Viver o que pudera até mero palpite
De quem se fez audaz em torpe poesia,

O todo se desenha e nada mais viria
Ainda quando eu posso ou mesmo se limite
A vida no caminho enquanto se acredite
No todo como um erro e nisto em heresia,

A sorte se desenha em modo sempre ultriz
E o tanto quanto quero, e sei que nada fiz
Expressa a solidão e nisto sei mais um

Momento sem sentido exposto ao vandalismo
Gerando a cada engano ao fim imenso abismo
Do sonho onde se faz não resta mais nenhum…