Não poderia mais após a tempestade
Falar nesta bonança ou mesmo ter a paz
Que quando não avança olhasse para trás
E ter noutro sentido a rara qualidade,
Mas bem do que se quer apenas se degrade
E perde o seu sentido, embora mais tenaz,
O verso sem motivo, a noite se desfaz
Nos ermos do que resta; atônita saudade.
Um dia imaginara um tempo mais suave
Sem medos ou tão vis cenários onde agrave
Meu passo sem proveito ou mesmo atemporal.
No quanto resta vivo ousasse novo rumo,
Porém o que perdera expressa o que resumo
No tempo anunciando eterno temporal.
2
Ainda quando muito o tempo não seria
O que mais me afetasse ou mesmo noutro instante
Enquanto num repasse a morte se garante
E nela tão somente o tom em heresia.
Negar o que pudesse e crer na fantasia
Sabendo do que tente ou veja doravante,
Marcando com terror o tempo degradante
Num ermo aonde o corte aos poucos se veria.
Ousando em libertário anseio, cada engano
Produz o que se enceta em todo ser humano
A marca mais cruel e tétrica do tempo
Vestindo a torpe farsa e trazendo ao final
O rústico cenário em tom atroz e mal,
Gerando deste sonho o mero contratempo.
3
As farpas que carrego em servidão e medo,
O verso sem proveito, e as costas já lanhadas,
As velhas ilusões são toscas chibatadas
E o passo que perdi e ainda em vão procedo.
Do tempo mais sutil, um termo sem segredo
As armas que escondi, mas trazendo embainhadas
Transformam cada engano em curvas mais fechadas
E o tempo se desenha além do meu degredo.
Pudera noutro instante apenas declamar
O quanto me inspirasse a imensidão do mar
E nada poderia ousar nem ter no canto
O que se desejara; e nada mais sentira
Apenas o bafejo atroz de uma mentira
E neste vago tom o fim; busco e garanto.
4
Quem possa ser fiel ao Deus que ama e perdoa
Ousando em ter em si, diversa discrepância
Marcando com a fúria o quanto em tal distância
Sendo capaz de crer numa alma rude e boa?
O verso conduzindo ao caos esta canoa
Não deixa que se veja a clara e bela estância
Aonde o que permite um mundo em arrogância
Expressaria o fim e nele amor destoa.
O peso do passado ainda verga o passo
De quem se mostraria além deste cansaço
No tempo que não veio e nunca mais viria.
Ousando sem sentido a sorte que não cabe
Enquanto o meu caminho aos poucos já desabe
Matando o quanto resta em viva poesia.
5
Nas tramas onde um dia o tempo se fez claro
O verso modifica o tom desta conversa
E quando a realidade expressa a voz perversa
O tempo sem ter tempo; agora não declaro,
No espelho enquanto miro o verme onde deparo
A luta sem sentido a sorte em vão imersa
E o peso de uma vida a sorte já dispersa
Vivendo o que teria em tom atroz e amaro.
Meu prazo se extermina e nada consegui
Sequer o quanto tente e vejo em frenesi
O fim se aproximando; e nada mais faria
Senão seguir a pé os ermos de um passado
Já tanto sem sentido e mesmo maltratado
Jogado sobre o porto em leda fantasia.
6
Nos meus acordes tento expressões que não sinto,
Escandaliza a vida o tempo ora perdido,
Nas vagas onde a luta expõe o dolorido
Caminho entre o que possa além do meu instinto,
De todos sigo aquém e sei quanto distinto
O verso que remete ao que ora não lapido
E vivo do que possa, embora sem sentido,
O sonho noutro tanto exclui e segue extinto.
Apresentando o fim de cada nova etapa
Quem tanto amou na vida, aos poucos não escapa
E vive do passado, outrora fui feliz,
O tempo amarelado, o céu agora gris
E o corte se aprofunda e nada mais se vê
A vida sem proveito e o canto em desatino
A morte se aproxima e neste dia D
Apenas o que resta: a sombra de um menino…
7
Não ouso acreditar nas tramas que inventaste
E nelas entranhando o pouco que inda tente
Vestindo a minha mágoa, incrível penitente
Condenado ao que possa em rústico contraste.
Somando o que me resta apenas tal desgaste
Expressa a desventura aonde quer que alente
O vento sem sentido, um velho impertinente
Que traz no seu olhar a sensação do traste,
Jogado no porão e sem sentido algum
Do quanto mais eu fora, agora sou nenhum.
E visto esta mortalha, um belo caimento
Depois do que avassala ao menos outro rumo
Desenha o dia a dia e nisto me acostumo
Bebendo com ternura o mais temível vento.
8
Das velhas ilusões, nada me restaria
Sequer o que pudesse ainda desvendar
Nos ermos de minha alma o canto sem lugar
A noite me entranhando em rústica ironia.
O canto sem saber do quanto poderia
O verso a cada instante ou mesmo o desenhar
Aonde não se espante a sorte a trafegar
Num ermo aonde o sonho expressa esta agonia.
Não tento outro caminho e sei do que me resta
A luta sem sentido, a sorte mais funesta
E o peso de uma vida ao menos tanto cansa
E tendo o que pondera e trama novo dia,
Resulta no que possa em leda fantasia
E nada do que vivo expresse uma esperança.
19
Jogado nalgum canto envolto no passado
O verso que pudera apenas traz no fim
Retalhos de uma vida envolta sempre assim
Num tempo sem proveito, o mundo derrotado.
E quando na verdade eu busco enquanto evado,
O peso me devasta e bebo o resto em mim,
Mortalhas que ora trago e o verso diz enfim
Do quanto sigo o passo, embora lado a lado.
Não quero acreditar e mesmo que viesse
A vida não traduz sequer a menor prece
E visto este frangalho e nele me aquecendo,
Assim como eu me sinto, apenas um remendo
Que o tempo na verdade aos poucos já se esquece.
20
Falar de mais um dia ou mesmo mais um ano,
A vida se perdera e nada me compete
Apenas o que corta, adaga e canivete
Marcando com terror a fúria em desengano.
O verso sem sentido e sei do velho dano
Que na verdade vivo e quanto mais repete
A antiga ladainha e nela o que reflete
Expressa o sem valor ser quase desumano.
Revivo cada passo e vejo quanto fora
Uma alma sem sentido, apenas sonhadora,
Jogada nos mais vis infernos de uma vida
Há muito desprezada e sem qualquer proveito
E quando neste atroz cenário enfim me deito
Imaginando a sorte há tanto em vão perdida.
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 9 de abril de 2011
Vassuncê já mi conhece
Vévo a vida sem temê
O que possa entonce vê
Nas históra qui estremece.
Coração si compadece
E cansado di sofrê
Num traduiz o bem querê
E tumbém nada obedece
Apois véve recramano
Nas lembraça dos engano
Qui conhesse munto bem,
Dos amô qui já perdi
Tanto lá o mermo aqui,
Só sôdade essa arma tem.
2
Nus amô qui já se foi
As lembrança dolorosa
De quem seno munto prosa
Se perdeu nesses comboi
Presunçoso coração
Das pregunta sem saida
Vai de novo e tenta a vida
E não veno soluçao
Faz arribação e tenta
Nas parage mais distante
O que tanto amô garante,
Nas tocaia tão sangrenta.
Repartino verso e canto
Só sobrano disincanto.
3
Tantas veis os ói chorano
Cum sôdade da morena
Meu amô já num tem pena
E dispois im disingano
Muda a vida traiz os prano
Onde a sórte sai de cena,
Numa istrada tão pequena
Vô sofreno e vô cantano.
Isperano um novo dia
Apois tanto sufrimento,
Quano penso e tômbem tento
A vióla mi arripia
Num ponteio mais filiz,
Tanto amô na vida eu quis.
4
Coração causa furdunço
Nesse peito sem juizo,
E somano os prejuizo
Mata mais du qui jagunço,
Num trevesse num repente
Numa trova maginá
O qui possa disvendá
Quanto mais o que se sente
Vai nasceno do meu peito
Cumo fosse um passarim,
Véve sorto dento em mim,
E pércura de seu jeito
Tê no amô agora o nim,
Mais jamais tá sastisfeito.
5
Meus versejo faiz do soim
O qui tanto desejei,
Quano amô virasse lei
Num momento mais medoim,
O que qué que se compoim
Fala do camim qui sei
Quano narma merguiei
Breganhei o qui propoim
Dos querê uma querença
Que fazeno a difença
Num si cansa di sonhá
Tanto tempo pércurano
Quem pudéra noutro prano
Vi comigo aqui ô lá.
6
Nada mais que essa sodade
Martratano quem se feiz
Coração qui duma veiz
Percurano a liberdade
Qui num vê mais de verdade,
Passa dia, passa meis
Das lembrança num disfeiz
Nem sequé nem a metade.
Véve a viva sem sabê
Pruqui foi qui vassuncê
Me dexô na solidão.
Sem tê jeito nem potença
Num há mais quem me convença
Que inda tenho coração.
7
Sodade martrata a gente
E num dexa mais saida,
Vo levano a minha vida
Desse jeito, penitente,
Só quiséra tá contente
E sabê sem dispidida
Da palavra mais quirida
Desse amô que esta arma sente
Um minero quano qué
Um chamego da muié
Faiz quarquer doidera, pois
Num midino consequença
A vontade é mais imensa
Poco importa se há dispois.
8
Lévo a vida desse jeito
Sem pensá, sem tê temô
Nos camim do santo amô
Toda noite im paiz eu deito,
O qui vem de Deus aceito,
Seja lá cunforme fô
Nos pérfume dessa frô
As batida du meu peito.
Já num posso assussegá
Seja aqui seja acolá
Nus riacho da sodade
Acelera o coração,
Pois se amô é troço bão
Traiz pro ói a craridade.
9
Nus momento adonde passo
Tão distante do meu bem,
Quano esta vontade vem
Ocupano seu ispaço,
Me esqueço do cansaço
Coração cabeno um trem
Quero tanto e mais ninguém
Na verdade eu tento e casso.
Nas passada dessa frô
Vicejano o grande amô
Nada poda esse querê;
Minha vida toma prumo,
I dipressa vô i rumo
Diretim pra vassuncê.
10
Numa lua sertaneja
A vontade de cantá
Coração tanto deseja
A morena aqui o lá
Sem sabê cunforme seja
O qui possa me arribá
Se meu peito já lateja
Cum vontade de casá,
Nossas coisa, nossa vida,
Num mais veno outra saída
Num me resta solução
Já te dei minha palavra
Quando amô a gente lavra
Sarva toda a prantação.
Vévo a vida sem temê
O que possa entonce vê
Nas históra qui estremece.
Coração si compadece
E cansado di sofrê
Num traduiz o bem querê
E tumbém nada obedece
Apois véve recramano
Nas lembraça dos engano
Qui conhesse munto bem,
Dos amô qui já perdi
Tanto lá o mermo aqui,
Só sôdade essa arma tem.
2
Nus amô qui já se foi
As lembrança dolorosa
De quem seno munto prosa
Se perdeu nesses comboi
Presunçoso coração
Das pregunta sem saida
Vai de novo e tenta a vida
E não veno soluçao
Faz arribação e tenta
Nas parage mais distante
O que tanto amô garante,
Nas tocaia tão sangrenta.
Repartino verso e canto
Só sobrano disincanto.
3
Tantas veis os ói chorano
Cum sôdade da morena
Meu amô já num tem pena
E dispois im disingano
Muda a vida traiz os prano
Onde a sórte sai de cena,
Numa istrada tão pequena
Vô sofreno e vô cantano.
Isperano um novo dia
Apois tanto sufrimento,
Quano penso e tômbem tento
A vióla mi arripia
Num ponteio mais filiz,
Tanto amô na vida eu quis.
4
Coração causa furdunço
Nesse peito sem juizo,
E somano os prejuizo
Mata mais du qui jagunço,
Num trevesse num repente
Numa trova maginá
O qui possa disvendá
Quanto mais o que se sente
Vai nasceno do meu peito
Cumo fosse um passarim,
Véve sorto dento em mim,
E pércura de seu jeito
Tê no amô agora o nim,
Mais jamais tá sastisfeito.
5
Meus versejo faiz do soim
O qui tanto desejei,
Quano amô virasse lei
Num momento mais medoim,
O que qué que se compoim
Fala do camim qui sei
Quano narma merguiei
Breganhei o qui propoim
Dos querê uma querença
Que fazeno a difença
Num si cansa di sonhá
Tanto tempo pércurano
Quem pudéra noutro prano
Vi comigo aqui ô lá.
6
Nada mais que essa sodade
Martratano quem se feiz
Coração qui duma veiz
Percurano a liberdade
Qui num vê mais de verdade,
Passa dia, passa meis
Das lembrança num disfeiz
Nem sequé nem a metade.
Véve a viva sem sabê
Pruqui foi qui vassuncê
Me dexô na solidão.
Sem tê jeito nem potença
Num há mais quem me convença
Que inda tenho coração.
7
Sodade martrata a gente
E num dexa mais saida,
Vo levano a minha vida
Desse jeito, penitente,
Só quiséra tá contente
E sabê sem dispidida
Da palavra mais quirida
Desse amô que esta arma sente
Um minero quano qué
Um chamego da muié
Faiz quarquer doidera, pois
Num midino consequença
A vontade é mais imensa
Poco importa se há dispois.
8
Lévo a vida desse jeito
Sem pensá, sem tê temô
Nos camim do santo amô
Toda noite im paiz eu deito,
O qui vem de Deus aceito,
Seja lá cunforme fô
Nos pérfume dessa frô
As batida du meu peito.
Já num posso assussegá
Seja aqui seja acolá
Nus riacho da sodade
Acelera o coração,
Pois se amô é troço bão
Traiz pro ói a craridade.
9
Nus momento adonde passo
Tão distante do meu bem,
Quano esta vontade vem
Ocupano seu ispaço,
Me esqueço do cansaço
Coração cabeno um trem
Quero tanto e mais ninguém
Na verdade eu tento e casso.
Nas passada dessa frô
Vicejano o grande amô
Nada poda esse querê;
Minha vida toma prumo,
I dipressa vô i rumo
Diretim pra vassuncê.
10
Numa lua sertaneja
A vontade de cantá
Coração tanto deseja
A morena aqui o lá
Sem sabê cunforme seja
O qui possa me arribá
Se meu peito já lateja
Cum vontade de casá,
Nossas coisa, nossa vida,
Num mais veno outra saída
Num me resta solução
Já te dei minha palavra
Quando amô a gente lavra
Sarva toda a prantação.
81
Nada mais se perdendo aonde o tempo escolta
E traz o sentimento enquanto a voz se expressa
No tom aonde o vento aos poucos recomeça
Causando o que pudesse apenas em revolta,
A lúdica presença ainda em minha volta
No canto mais audaz deveras vai sem pressa
E o verso traz em tom o quanto se endereça
E apenas o que tente em vão a vida solta.
Os ermos mais sutis envoltos no passado
Aonde o que pudesse encontro lado a lado
Errôneo comandante em mundo sem saída,
Depois da madrugada a noite se perdendo
Num tom quase sutil, embora mesmo horrendo
Trazendo ao caminheiro, a luta em rude vida.
82
Enquanto a poesia traz o sonho
E move constelares emoções
Aonde na verdade tu me expões
O tanto quanto possa e mais componho,
Meu verso sem sentido, ou enfadonho,
O tempo entre diversas dimensões,
E nisto sigo tantas direções
Ousando no caminho onde me ponho.
Palavra lavra encanto e gera sóis
E quando novos tempos, tu constróis
Gerando dentro da alma uma esperança.
Meu passo rumo ao tanto que se dera
Tentando florescência em primavera,
O rumo se perdendo, apenas cansa.
83
Levando uma esperança dentro da alma
Que tanto poderia ser diversa
Do tempo aonde o mundo desconversa
E nada do que tive ou tenho, acalma,
A sorte se presume no vazio
Etéreo caminheiro do passado,
Ainda quando vejo embolorado
O canto enquanto nada mais desfio.
Restauro com cuidado cada cena
De um tempo imaginário, mais feliz,
O tanto que pudera e já não fiz,
A luta sem sentido me condena.
Porém nalgum momento poderia
Ousar, embora seja fantasia.
84
Não quero que se veja noutro fato
Apenas o momento sem proveito
E quando no vazio ora me deito,
Somente esta mortalha ora constato,
O beijo se traduz onde o retrato
E mesmo quando o sonho eu quero e aceito,
O vento noutro rumo, deste jeito
Repara cada encanto em desacato,
Tentando argumentar já nada veja
A sorte sem saber desta peleja
Perdida nos momentos mais cruéis,
E vago sem saber da dimensão
Dos erros que cometo desde então
Vagando sem destino, carrosséis.
85
O tempo renega
O quanto desejo
A sorte se entrega
E nada mais vejo
A vida que é cega
Encontra este ensejo
A luta sonega
E traça tal pejo.
Vencido poeta
A noite completa
Em tons mais sombrios,
Olhando p’ra trás
O nada se faz
Em tais desvarios.
86
Jamais poderia
Ousar noutra sorte
E quando traria
O que me comporte
Negando outro dia
E sem tal suporte
Cadê poesia?
Meu sonho reporte.
O vago momento
E quanto ora tento
Em cena sublime
O verso não traça
Além da fumaça
Que em nada redime.
87
Aporto o saveiro
Nos sonhos, meu mar
O tempo, primeiro
O sol a tocar
O vento ligeiro,
Caminho sem par,
E cevo o canteiro
Aonde sonhar
Traduz o que possa
No fato sutil
Da sorte que é nossa
Do amor que se viu
Sem ser o que endossa
O verso servil.
88
Acordo solitário
E vejo em luz suave
O quanto foi falsário
O canto sempre grave
Nem mesmo o temerário
Caminho agora entrave
O passo atroz e vário,
O sonho feito nave.
Meu prazo determina
O fim do jogo quando
A vida em dura sina,
O tempo desabando
A luta nos ensina
Até num tempo brando.
89
Bebendo novo sonho
Aonde houvera luz
O quanto agora ponho
Somente me conduz
Ao todo onde componho
A sorte que seduz
Um mundo tão medonho
E nada reproduz.
O vento não se faz
Diverso da emoção
Aonde o mais audaz
Presume a interação
Moldando este incapaz
Em mares, meu timão.
90
Ouvisse a voz do vento
E vendo o que viria
Bebesse o que ora tento
Em rara fantasia,
Marcando o movimento
Em dor e em agonia
O quanto resta, alento
Ou mato dia a dia.
O vento não trouxera
O tempo que não quis
E sei da dura fera
E não sou mais feliz,
Alimento a quimera
E vivo por um triz.
Nada mais se perdendo aonde o tempo escolta
E traz o sentimento enquanto a voz se expressa
No tom aonde o vento aos poucos recomeça
Causando o que pudesse apenas em revolta,
A lúdica presença ainda em minha volta
No canto mais audaz deveras vai sem pressa
E o verso traz em tom o quanto se endereça
E apenas o que tente em vão a vida solta.
Os ermos mais sutis envoltos no passado
Aonde o que pudesse encontro lado a lado
Errôneo comandante em mundo sem saída,
Depois da madrugada a noite se perdendo
Num tom quase sutil, embora mesmo horrendo
Trazendo ao caminheiro, a luta em rude vida.
82
Enquanto a poesia traz o sonho
E move constelares emoções
Aonde na verdade tu me expões
O tanto quanto possa e mais componho,
Meu verso sem sentido, ou enfadonho,
O tempo entre diversas dimensões,
E nisto sigo tantas direções
Ousando no caminho onde me ponho.
Palavra lavra encanto e gera sóis
E quando novos tempos, tu constróis
Gerando dentro da alma uma esperança.
Meu passo rumo ao tanto que se dera
Tentando florescência em primavera,
O rumo se perdendo, apenas cansa.
83
Levando uma esperança dentro da alma
Que tanto poderia ser diversa
Do tempo aonde o mundo desconversa
E nada do que tive ou tenho, acalma,
A sorte se presume no vazio
Etéreo caminheiro do passado,
Ainda quando vejo embolorado
O canto enquanto nada mais desfio.
Restauro com cuidado cada cena
De um tempo imaginário, mais feliz,
O tanto que pudera e já não fiz,
A luta sem sentido me condena.
Porém nalgum momento poderia
Ousar, embora seja fantasia.
84
Não quero que se veja noutro fato
Apenas o momento sem proveito
E quando no vazio ora me deito,
Somente esta mortalha ora constato,
O beijo se traduz onde o retrato
E mesmo quando o sonho eu quero e aceito,
O vento noutro rumo, deste jeito
Repara cada encanto em desacato,
Tentando argumentar já nada veja
A sorte sem saber desta peleja
Perdida nos momentos mais cruéis,
E vago sem saber da dimensão
Dos erros que cometo desde então
Vagando sem destino, carrosséis.
85
O tempo renega
O quanto desejo
A sorte se entrega
E nada mais vejo
A vida que é cega
Encontra este ensejo
A luta sonega
E traça tal pejo.
Vencido poeta
A noite completa
Em tons mais sombrios,
Olhando p’ra trás
O nada se faz
Em tais desvarios.
86
Jamais poderia
Ousar noutra sorte
E quando traria
O que me comporte
Negando outro dia
E sem tal suporte
Cadê poesia?
Meu sonho reporte.
O vago momento
E quanto ora tento
Em cena sublime
O verso não traça
Além da fumaça
Que em nada redime.
87
Aporto o saveiro
Nos sonhos, meu mar
O tempo, primeiro
O sol a tocar
O vento ligeiro,
Caminho sem par,
E cevo o canteiro
Aonde sonhar
Traduz o que possa
No fato sutil
Da sorte que é nossa
Do amor que se viu
Sem ser o que endossa
O verso servil.
88
Acordo solitário
E vejo em luz suave
O quanto foi falsário
O canto sempre grave
Nem mesmo o temerário
Caminho agora entrave
O passo atroz e vário,
O sonho feito nave.
Meu prazo determina
O fim do jogo quando
A vida em dura sina,
O tempo desabando
A luta nos ensina
Até num tempo brando.
89
Bebendo novo sonho
Aonde houvera luz
O quanto agora ponho
Somente me conduz
Ao todo onde componho
A sorte que seduz
Um mundo tão medonho
E nada reproduz.
O vento não se faz
Diverso da emoção
Aonde o mais audaz
Presume a interação
Moldando este incapaz
Em mares, meu timão.
90
Ouvisse a voz do vento
E vendo o que viria
Bebesse o que ora tento
Em rara fantasia,
Marcando o movimento
Em dor e em agonia
O quanto resta, alento
Ou mato dia a dia.
O vento não trouxera
O tempo que não quis
E sei da dura fera
E não sou mais feliz,
Alimento a quimera
E vivo por um triz.
71
Nada mais pudesse crer
Senão fosse a vida assim,
O momento grita em mim
O diverso parecer
E o caminho a percorrer
Traz no início, o meio e o fim,
A verdade, se ruim
Já não diz qualquer prazer,
O meu verso resumisse
O que tanto foi crendice
E hoje traça novo fato,
O mergulho no vazio
Quando o sonho eu desafio,
Na verdade não constato.
72
O tempo é fugaz
E nada convence
Quem tanto se faz
E mesmo em non sense
O canto mordaz
Presume o que pense
A vida que traz
O rumo onde vence
O prazo denota
A sorte que venha
E sei do que tenha
A sorte em tal rota
No quanto se creia
Adentrando a veia.
73
Beber o que pude
Não tendo saída
A vida se é rude
Transforma em Ferida
O quanto transmude
E trama na lida
A face que mude
Há tanto perdida.
O caos ou o fim,
O verso que em mim
Pudesse trazer
Alguma certeza
Além da surpresa
Do nada prover.
74
Na sorte diversa
A noite se embala
O tiro, outra bala
A porta dispersa,
A vida submersa
Na sorte vassala
O tanto avassala
E já desconversa,
O peso, a fadiga
A luta prossiga
E nada se vendo
Apenas retrato
O mundo em tal fato
Somente um remendo.
75
Amor não salvasse
Quem tanto quisera
A vida insincera
O verso que enlace
E quando em repasse
A porta, a quimera,
A sorte tempera
E mata o que trace,
Não vejo talvez
Sequer o que crês
Nem mesmo tentara
Saber do que vale
E o tempo se exale
Na fonte mais clara.
76
Banhando este sonho
O tempo sem nexo
Olhar sem reflexo
De um canto onde ponho,
O mundo medonho,
O tempo complexo,
O verso que anexo
No tom que proponho,
Vestindo o passado
Meu verso calado
O vento levara
E bebo esta sorte
Que nada comporte
Na frágil seara.
77
Ocasos em caso
Diverso que possa
Enquanto me atraso
A vida destroça
O verso sem prazo,
A luta que é nossa
O tempo eu defaso
E a morte se apossa.
No tanto que vejo,
O amor que desejo
Bendita conversa,
Por onde o vazio
Estrada e desvio,
A vida dispersa.
78
Nos ombros, o peso
Na vida outro não
O canto surpreso
No tempo a emoção,
Resulto do ileso
Cenário que vão
Ousasse coeso
Em tal dimensão.
Restando bem pouco
O quanto sou louco
Resumo num fato,
E bebo da fonte
Antes que desponte
Já nada resgato.
79
Nas tramas sutis
De quem quer bem mais
Poder ser feliz
Ou mesmo em mortais
Caminhos já quis
Outros desiguais
Vencendo o que diz
Palavras venais.
O quanto resumo
O tempo sem planos
E nisto o consumo
Traduz desenganos
E bebo tal sumo
Em sórdidos danos.
80
Bastasse um só verso
E nada pudera
Ousando no imerso
Cenário onde a fera
Traçando o perverso
Caminho que impera
Matando o disperso
Anseio em quimera.
A luta se esgota
E vejo a derrota
Bem perto de mim,
O tempo não traz
O sonho voraz,
Um mar já sem fim...
Nada mais pudesse crer
Senão fosse a vida assim,
O momento grita em mim
O diverso parecer
E o caminho a percorrer
Traz no início, o meio e o fim,
A verdade, se ruim
Já não diz qualquer prazer,
O meu verso resumisse
O que tanto foi crendice
E hoje traça novo fato,
O mergulho no vazio
Quando o sonho eu desafio,
Na verdade não constato.
72
O tempo é fugaz
E nada convence
Quem tanto se faz
E mesmo em non sense
O canto mordaz
Presume o que pense
A vida que traz
O rumo onde vence
O prazo denota
A sorte que venha
E sei do que tenha
A sorte em tal rota
No quanto se creia
Adentrando a veia.
73
Beber o que pude
Não tendo saída
A vida se é rude
Transforma em Ferida
O quanto transmude
E trama na lida
A face que mude
Há tanto perdida.
O caos ou o fim,
O verso que em mim
Pudesse trazer
Alguma certeza
Além da surpresa
Do nada prover.
74
Na sorte diversa
A noite se embala
O tiro, outra bala
A porta dispersa,
A vida submersa
Na sorte vassala
O tanto avassala
E já desconversa,
O peso, a fadiga
A luta prossiga
E nada se vendo
Apenas retrato
O mundo em tal fato
Somente um remendo.
75
Amor não salvasse
Quem tanto quisera
A vida insincera
O verso que enlace
E quando em repasse
A porta, a quimera,
A sorte tempera
E mata o que trace,
Não vejo talvez
Sequer o que crês
Nem mesmo tentara
Saber do que vale
E o tempo se exale
Na fonte mais clara.
76
Banhando este sonho
O tempo sem nexo
Olhar sem reflexo
De um canto onde ponho,
O mundo medonho,
O tempo complexo,
O verso que anexo
No tom que proponho,
Vestindo o passado
Meu verso calado
O vento levara
E bebo esta sorte
Que nada comporte
Na frágil seara.
77
Ocasos em caso
Diverso que possa
Enquanto me atraso
A vida destroça
O verso sem prazo,
A luta que é nossa
O tempo eu defaso
E a morte se apossa.
No tanto que vejo,
O amor que desejo
Bendita conversa,
Por onde o vazio
Estrada e desvio,
A vida dispersa.
78
Nos ombros, o peso
Na vida outro não
O canto surpreso
No tempo a emoção,
Resulto do ileso
Cenário que vão
Ousasse coeso
Em tal dimensão.
Restando bem pouco
O quanto sou louco
Resumo num fato,
E bebo da fonte
Antes que desponte
Já nada resgato.
79
Nas tramas sutis
De quem quer bem mais
Poder ser feliz
Ou mesmo em mortais
Caminhos já quis
Outros desiguais
Vencendo o que diz
Palavras venais.
O quanto resumo
O tempo sem planos
E nisto o consumo
Traduz desenganos
E bebo tal sumo
Em sórdidos danos.
80
Bastasse um só verso
E nada pudera
Ousando no imerso
Cenário onde a fera
Traçando o perverso
Caminho que impera
Matando o disperso
Anseio em quimera.
A luta se esgota
E vejo a derrota
Bem perto de mim,
O tempo não traz
O sonho voraz,
Um mar já sem fim...
61
Na verdade o que se pensa
Não se traz no dia a dia
O meu mundo não teria
No final tal recompensa
Quando a sorte dita imensa
Se transforma em mais sombria
A saudade poderia
Ser alheia ao que convença
Nada mais sendo destarte
O que tanto sei e parte
Procurando algo em paz,
O meu verso se resume
Quando buscando este lume
Deixa o brilho para trás.
62
O meu verso se entranhando
Nas loucuras da emoção
Onde o tempo desde quando
Traz a velha dimensão
Do meu mundo desabando
Sem sequer qualquer timão,
Temporal já desabando
Com certeza; temporão.
Este amor que na verdade
Não consigo mais viver,
Trama a rude imensidade
Quando o nada eu possa ver
Sem saber da realidade,
Pouco a pouco, irei morrer.
63
Neste inconfundível passo
Outro tento e já me acabo
Onde a sorte de um nababo
No vazio ora desfaço
Quando posso e ora desabo
Num momento de cansaço
Desfilando em raro garbo
O meu mundo segue escasso,
Vagamente e mente vaga
E no fim na imensa plaga
Mentes tanto quanto possa,
A verdade em solilóquio
O meu mundo em tal colóquio
Gera apenas velha fossa.
64
Brindo ao quanto poderia
Ser diverso do que tento
Onde a sorte não traria
Nem sequer o manso vento,
Outra noite em alegria
Outro dia em sofrimento
Tantas vezes utopia
Traz ao todo o desalento.
Versejando sobre o fato
Que deveras mal constato
Na inconstância de um carinho,
Muitas vezes vira o prato
Já vazio e hoje constato,
Quanto sigo em vão, sozinho.
65
Trovas, sonhos. Menestrel
Do que pouse noutro encanto
O meu verso quando canto
Procurando um manso céu,
Vaga feito carrossel
E no fim nada garanto
E se possa e já me espanto
Bebo o tom duro e cruel
De quem fora novamente
Mente clara e renovável
Noutro solo mais arável
Quis talvez; ser a semente,
Mas o quanto se presume
Na verdade é falho ardume.
66
Mais um gole de cerveja
Noutro sonho redimido
O que possa e não duvido
Entregando de bandeja,
De tal forma quando seja
Meu caminho resumido
No que possa e até provido
Da palavra malfazeja,
Resta apenas o que um dia
A verdade não traria
E nem mesmo alguma sorte,
O que tanto quis após
Renegasse a minha voz
Num cenário em ledo porte.
67
Ao sentir o que viria
Novamente me perdendo
O meu canto este remendo
Trama apenas agonia
E vencendo a fantasia
Outro rumo, velho adendo.
O final se enaltecendo
Aonde o resto se veria.
Nada mais quero; os venenos
Entranhando sem defesa
Onde a vida sem surpresa
Preparasse tão pequenos
Dias quanto mais os quis,
Tentaria ser feliz...
68
No meu canto a vida passa
E refaz cada momento
Onde o tempo mais atento
Segue o rumo em vã fumaça
A palavra sendo escassa
O meu sonho, um alimento
Neste raro e belo intento
O que prezo nada traça.
Ouso crer na melodia
Ouso ouvir nova vertente
Do que possa noutro dia
Traduzi o que se sente
E tentasse em alegria
Ver o mundo mais contente.
69
Lapidando uma esperança
Nas palavras, lavras, aro.
O meu tempo bem mais claro
No caminho onde se lança
Na verdade não se cansa
E procuro e já declaro
O que vejo e se escancaro
Trama a noite em temperança.
A visão se perpetua
Onde a sorte, minha ou tua
Não traria qualquer fato.
Meu momento mais sutil,
É talvez o que previu
Esta ausência onde a constato.
70
Amar sem medida
Sem nada que impeça
Lutar pela vida,
Unir cada peça
Da sorte que urdida
Por vezes tropeça,
Mas tendo a saída
Ao tanto endereça.
Na pressa, este engano
E quando me dano
Procuro outro rumo.
Porém não me canso
E sei quanto avanço
No amor que consumo.
Na verdade o que se pensa
Não se traz no dia a dia
O meu mundo não teria
No final tal recompensa
Quando a sorte dita imensa
Se transforma em mais sombria
A saudade poderia
Ser alheia ao que convença
Nada mais sendo destarte
O que tanto sei e parte
Procurando algo em paz,
O meu verso se resume
Quando buscando este lume
Deixa o brilho para trás.
62
O meu verso se entranhando
Nas loucuras da emoção
Onde o tempo desde quando
Traz a velha dimensão
Do meu mundo desabando
Sem sequer qualquer timão,
Temporal já desabando
Com certeza; temporão.
Este amor que na verdade
Não consigo mais viver,
Trama a rude imensidade
Quando o nada eu possa ver
Sem saber da realidade,
Pouco a pouco, irei morrer.
63
Neste inconfundível passo
Outro tento e já me acabo
Onde a sorte de um nababo
No vazio ora desfaço
Quando posso e ora desabo
Num momento de cansaço
Desfilando em raro garbo
O meu mundo segue escasso,
Vagamente e mente vaga
E no fim na imensa plaga
Mentes tanto quanto possa,
A verdade em solilóquio
O meu mundo em tal colóquio
Gera apenas velha fossa.
64
Brindo ao quanto poderia
Ser diverso do que tento
Onde a sorte não traria
Nem sequer o manso vento,
Outra noite em alegria
Outro dia em sofrimento
Tantas vezes utopia
Traz ao todo o desalento.
Versejando sobre o fato
Que deveras mal constato
Na inconstância de um carinho,
Muitas vezes vira o prato
Já vazio e hoje constato,
Quanto sigo em vão, sozinho.
65
Trovas, sonhos. Menestrel
Do que pouse noutro encanto
O meu verso quando canto
Procurando um manso céu,
Vaga feito carrossel
E no fim nada garanto
E se possa e já me espanto
Bebo o tom duro e cruel
De quem fora novamente
Mente clara e renovável
Noutro solo mais arável
Quis talvez; ser a semente,
Mas o quanto se presume
Na verdade é falho ardume.
66
Mais um gole de cerveja
Noutro sonho redimido
O que possa e não duvido
Entregando de bandeja,
De tal forma quando seja
Meu caminho resumido
No que possa e até provido
Da palavra malfazeja,
Resta apenas o que um dia
A verdade não traria
E nem mesmo alguma sorte,
O que tanto quis após
Renegasse a minha voz
Num cenário em ledo porte.
67
Ao sentir o que viria
Novamente me perdendo
O meu canto este remendo
Trama apenas agonia
E vencendo a fantasia
Outro rumo, velho adendo.
O final se enaltecendo
Aonde o resto se veria.
Nada mais quero; os venenos
Entranhando sem defesa
Onde a vida sem surpresa
Preparasse tão pequenos
Dias quanto mais os quis,
Tentaria ser feliz...
68
No meu canto a vida passa
E refaz cada momento
Onde o tempo mais atento
Segue o rumo em vã fumaça
A palavra sendo escassa
O meu sonho, um alimento
Neste raro e belo intento
O que prezo nada traça.
Ouso crer na melodia
Ouso ouvir nova vertente
Do que possa noutro dia
Traduzi o que se sente
E tentasse em alegria
Ver o mundo mais contente.
69
Lapidando uma esperança
Nas palavras, lavras, aro.
O meu tempo bem mais claro
No caminho onde se lança
Na verdade não se cansa
E procuro e já declaro
O que vejo e se escancaro
Trama a noite em temperança.
A visão se perpetua
Onde a sorte, minha ou tua
Não traria qualquer fato.
Meu momento mais sutil,
É talvez o que previu
Esta ausência onde a constato.
70
Amar sem medida
Sem nada que impeça
Lutar pela vida,
Unir cada peça
Da sorte que urdida
Por vezes tropeça,
Mas tendo a saída
Ao tanto endereça.
Na pressa, este engano
E quando me dano
Procuro outro rumo.
Porém não me canso
E sei quanto avanço
No amor que consumo.
51
Tanto pude merecer
Desafetos e temores
E onde quer e mesmo fores
Mergulhando em desprazer,
Na verdade eu pude ver
Entre tantos dissabores
Os momentos em fulgores
Onde a sorte a vi perder.
O resumo de uma vida
Sem saber da serventia
Que tampouco poderia
Traduz a despedida
Noutra fonte mais sutil,
Quando o verso a redimiu.
52
Nada mais vejo senão
As estradas mais cumpridas
Onde vejo já compridas
As entranhas da estação
E meus dias me trarão
Em diversas avenidas
As estranhas vãs saídas
Noutra rara dimensão,
Entranhando o que se possa
Já não vejo a vida nossa
Nessa senda mais audaz,
O meu mundo se desenha
Onde quer que não se venha
Nem moldar quanto é capaz.
53
Brava noite em tempestade
Neste mar que nos transporta
E gerando o que conforta
Traz em si a realidade,
Outro tempo quando invade
Trama além da velha porta
O que possa e me comporta
No momento em claridade,
Esquecendo o que pudera
Venço a sorte e nesta espera
O meu tempo traz o caos,
Onde outrora fora manso
Nada mais sequer alcanço
Senão dias ermos; maus.
54
Na palavra que redime
Na tormenta que me tolhe
O que possa já desfolhe
Expressão que nos reprime,
O momento mais sublime,
A verdade não recolhe
Nem sequer o quanto escolhe
Nas visões de um velho crime.
O meu passo sem sustento
O meu canto em harmonia
A palavra não traria
O que agora busco e tento
Na insolência do vazio,
Outra sorte diz do estio.
55
Nas encostas de um passado
Tanto pude me entranhar
E percebo o vão lugar
Onde o verso desolado
Fala sempre deste enfado
E se tenho algum luar
Bebo até já me fartar
Do caminho desenhado,
Entre velhas garatujas
As palavras mesmo sujas
São deveras mais discretas,
E se possam com certeza
Transformar cada surpresa
Onde em nada me completas.
56
Não vestisse a velha farsa
Nem tampouco a valentia
Do que fora este comparsa
Hoje em rude companhia
Na verdade a sorte esparsa
Noutro tom não se veria,
Resta apenas tal carcaça
Na diversa hipocrisia.
Vendo o fim que se aproxima
Vendo o tempo que não veio,
Ouso até no mesmo clima
Procurar em devaneio
O que tanto me restara
Nesta sórdida seara.
57
Dos jargões que tu me dizes
Dos temores mais discretos
Os meus dias em deslizes
Os meus velhos desafetos
Onde possam cicatrizes
Ou caminhos, ledos, retos,
As verdades; contradizes,
Em desejos incompletos,
Entronizo esta verdade
E procuro dentro em mim
O que seja a claridade
Ou talvez menos ruim
O caminho aonde brade
Todo o sonho vivo, enfim.
58
Não pudesse de tal jeito
Transformar o caos em medo,
Onde quer e ora arremedo
O cenário já desfeito,
Procurando ser aceito
Sei que sou mero segredo
E se possa e me concedo
Não termina em vão direito.
Ouso até noutro caminho
E se possa mais daninho
Outro verso em dimensão
Bem diversa do que tenho,
Onde veja em duro empenho
A temível solidão.
59
Marco com palavras rudes
O que tanto quis um dia
Ter no olhar quanto tu mudes
Em diversa sintonia,
O meu passo em atitudes
Onde a sorte não teria
O que queiras, desiludes
Marcas toscas da agonia.
Versejando em tom suave
Nada mais se possa e agrave
O meu tempo de viver.
Onde vejo tal momento
Ao contrário me alimento
Tão somente do sofrer.
60
Nego o passo onde atrevido
Poderia caminhar,
O que possa e até duvido
Não divide céu e mar,
Meu momento o dilapido
Onde pude desenhar
O cenário a ser sentido
Neste rude delirar.
O meu verso se vertendo
Num caminho tosco e horrendo
E sem nexo e sem razão,
Vendo o fim se aproximando,
O meu mundo desabando
Sem ter prazo e dimensão.
Tanto pude merecer
Desafetos e temores
E onde quer e mesmo fores
Mergulhando em desprazer,
Na verdade eu pude ver
Entre tantos dissabores
Os momentos em fulgores
Onde a sorte a vi perder.
O resumo de uma vida
Sem saber da serventia
Que tampouco poderia
Traduz a despedida
Noutra fonte mais sutil,
Quando o verso a redimiu.
52
Nada mais vejo senão
As estradas mais cumpridas
Onde vejo já compridas
As entranhas da estação
E meus dias me trarão
Em diversas avenidas
As estranhas vãs saídas
Noutra rara dimensão,
Entranhando o que se possa
Já não vejo a vida nossa
Nessa senda mais audaz,
O meu mundo se desenha
Onde quer que não se venha
Nem moldar quanto é capaz.
53
Brava noite em tempestade
Neste mar que nos transporta
E gerando o que conforta
Traz em si a realidade,
Outro tempo quando invade
Trama além da velha porta
O que possa e me comporta
No momento em claridade,
Esquecendo o que pudera
Venço a sorte e nesta espera
O meu tempo traz o caos,
Onde outrora fora manso
Nada mais sequer alcanço
Senão dias ermos; maus.
54
Na palavra que redime
Na tormenta que me tolhe
O que possa já desfolhe
Expressão que nos reprime,
O momento mais sublime,
A verdade não recolhe
Nem sequer o quanto escolhe
Nas visões de um velho crime.
O meu passo sem sustento
O meu canto em harmonia
A palavra não traria
O que agora busco e tento
Na insolência do vazio,
Outra sorte diz do estio.
55
Nas encostas de um passado
Tanto pude me entranhar
E percebo o vão lugar
Onde o verso desolado
Fala sempre deste enfado
E se tenho algum luar
Bebo até já me fartar
Do caminho desenhado,
Entre velhas garatujas
As palavras mesmo sujas
São deveras mais discretas,
E se possam com certeza
Transformar cada surpresa
Onde em nada me completas.
56
Não vestisse a velha farsa
Nem tampouco a valentia
Do que fora este comparsa
Hoje em rude companhia
Na verdade a sorte esparsa
Noutro tom não se veria,
Resta apenas tal carcaça
Na diversa hipocrisia.
Vendo o fim que se aproxima
Vendo o tempo que não veio,
Ouso até no mesmo clima
Procurar em devaneio
O que tanto me restara
Nesta sórdida seara.
57
Dos jargões que tu me dizes
Dos temores mais discretos
Os meus dias em deslizes
Os meus velhos desafetos
Onde possam cicatrizes
Ou caminhos, ledos, retos,
As verdades; contradizes,
Em desejos incompletos,
Entronizo esta verdade
E procuro dentro em mim
O que seja a claridade
Ou talvez menos ruim
O caminho aonde brade
Todo o sonho vivo, enfim.
58
Não pudesse de tal jeito
Transformar o caos em medo,
Onde quer e ora arremedo
O cenário já desfeito,
Procurando ser aceito
Sei que sou mero segredo
E se possa e me concedo
Não termina em vão direito.
Ouso até noutro caminho
E se possa mais daninho
Outro verso em dimensão
Bem diversa do que tenho,
Onde veja em duro empenho
A temível solidão.
59
Marco com palavras rudes
O que tanto quis um dia
Ter no olhar quanto tu mudes
Em diversa sintonia,
O meu passo em atitudes
Onde a sorte não teria
O que queiras, desiludes
Marcas toscas da agonia.
Versejando em tom suave
Nada mais se possa e agrave
O meu tempo de viver.
Onde vejo tal momento
Ao contrário me alimento
Tão somente do sofrer.
60
Nego o passo onde atrevido
Poderia caminhar,
O que possa e até duvido
Não divide céu e mar,
Meu momento o dilapido
Onde pude desenhar
O cenário a ser sentido
Neste rude delirar.
O meu verso se vertendo
Num caminho tosco e horrendo
E sem nexo e sem razão,
Vendo o fim se aproximando,
O meu mundo desabando
Sem ter prazo e dimensão.
41
Na inconstância de meus sonhos
Outros tantos, caldeirão
Entre mitos na explosão
Dos momentos enfadonhos,
Vejo em atos mais bisonhos
A difícil dimensão
Deste todo em negação
Ou anseios vãos, medonhos.
Nada mais do que a verdade
Ou talvez; garanto, quase
O meu passo já se atrase
Noutro tanto e desagrade
Quem vencera ou mesmo tenta
Com sorrisos tal tormenta.
42
Se vertiginosamente
Mergulhei nos teus abismos,
Entre ledos cataclismos
A palavra sempre mente.
O que vejo, de repente
Somam erros, pessimismos
E deveras noutros sismos
Encontrara o som premente.
O meu canto se evadira
Nas entranhas da mentira
Onde tanto repousara
A expressão mais solitária
A verdade temerária
Noutra vida, jamais clara.
43
Navegar onde é preciso
Enfadonhos sentimentos,
E bebesse dos ungüentos
Onde o sonho eu mal matizo,
Vejo o quanto em prejuízo
Aumentasse meus tormentos,
E sem ter discernimentos
Perco aos poucos o juízo.
Vendo a queda em livre tom,
Ecoando longe o som
De quem vive sem saber
O produto deste incauto
Delirar onde me assalto
Sem sequer qualquer prazer.
44
Vivo o quanto poderia
E não posso acreditar
No caminho em novo dia
Na esperança de outro mar,
Onde a sorte se evadia
Sem ter nada em seu lugar,
O meu mundo não teria
Nem sequer onde aportar.
A verdade se envereda
E se tanto traz a queda
Apresento outra versão,
Vendo a sórdida presença
De quem tanto me convença
Outros ermos moldarão.
45
Nada mais eu pude então
E se possa acreditar
Noutra fonte a me tocar,
Perco o sol ou vago em vão,
No meu tempo em solidão,
A certeza de lutar
A vontade de entranhar
Escutando o mesmo não.
Esperando alguma sorte
Que traduza sem suporte
O meu corte na raiz,
Onde pude ter decerto
O meu passo ora deserto
E não vivo o quanto eu quis.
46
Jamais tive uma esperança
E se pude ter em vida
A verdade corroída
Onde o nada ora me lança
Esquecendo esta pujança
Com certeza já puída,
Não encontro uma saída
E meu passo não avança.
Resistindo muito bem
Sei do quanto me contém
E o que tem não bastaria.
A verdade não resulta
Do que possa em tal consulta
Trazer sórdida ironia.
47
A mortalha de presente
O momento mais sutil,
O que tanto se apresente
Na verdade se pediu,
O meu canto mais potente
Ninguém mais, decerto ouviu,
O que veja e mesmo tente,
Noutro espaço decaiu.
O verdejo da esperança
Mentiroso e maltrapilho,
Vaga quando fere em lança
E se tanto ora me pilho,
No caminho em confiança
Vou fiando cada trilho.
48
Arco com meus desenganos
E deveras nada mais
Do que possa em novos planos
Expressar os desiguais
Caminhares entre danos
Ou palavras imorais,
Rotos vejo velhos panos
E o meu mundo diz jamais,
Entranhasse outra verdade
Na versão que tanto dói
O que possa em liberdade
Noutro encanto agora sói
Traduzir realidade
E meu mundo se destrói,
49
Bebo um gole ou mesmo até
O que nunca desejei
O meu canto nesta grei
Vaga ausente, morta a fé,
Mais um gole de café
Onde o tempo desenhei
E se tanto mergulhei
Já nem sei mais por quem é,
O que sinto não produz
O que tanto não reluz
E moldasse esta quimera,
A verdade ou mesmo em jus
O momento não seduz
Nem sequer o quanto espera.
50
Num caminho sem saída
Ou num beco quando a luta
Expressasse o que reluta
E traduz a minha vida.
Noutra senda, dividida,
Noutro canto, a velha escuta
Esta força leda e bruta
Não permite a voz perdida.
E presumo o fim do jogo
Não me expondo ao duro fogo
Nem tampouco ao que inda venha,
Minha sorte sem proveito,
O meu mundo já desfeito,
Esta brasa fora lenha...
Na inconstância de meus sonhos
Outros tantos, caldeirão
Entre mitos na explosão
Dos momentos enfadonhos,
Vejo em atos mais bisonhos
A difícil dimensão
Deste todo em negação
Ou anseios vãos, medonhos.
Nada mais do que a verdade
Ou talvez; garanto, quase
O meu passo já se atrase
Noutro tanto e desagrade
Quem vencera ou mesmo tenta
Com sorrisos tal tormenta.
42
Se vertiginosamente
Mergulhei nos teus abismos,
Entre ledos cataclismos
A palavra sempre mente.
O que vejo, de repente
Somam erros, pessimismos
E deveras noutros sismos
Encontrara o som premente.
O meu canto se evadira
Nas entranhas da mentira
Onde tanto repousara
A expressão mais solitária
A verdade temerária
Noutra vida, jamais clara.
43
Navegar onde é preciso
Enfadonhos sentimentos,
E bebesse dos ungüentos
Onde o sonho eu mal matizo,
Vejo o quanto em prejuízo
Aumentasse meus tormentos,
E sem ter discernimentos
Perco aos poucos o juízo.
Vendo a queda em livre tom,
Ecoando longe o som
De quem vive sem saber
O produto deste incauto
Delirar onde me assalto
Sem sequer qualquer prazer.
44
Vivo o quanto poderia
E não posso acreditar
No caminho em novo dia
Na esperança de outro mar,
Onde a sorte se evadia
Sem ter nada em seu lugar,
O meu mundo não teria
Nem sequer onde aportar.
A verdade se envereda
E se tanto traz a queda
Apresento outra versão,
Vendo a sórdida presença
De quem tanto me convença
Outros ermos moldarão.
45
Nada mais eu pude então
E se possa acreditar
Noutra fonte a me tocar,
Perco o sol ou vago em vão,
No meu tempo em solidão,
A certeza de lutar
A vontade de entranhar
Escutando o mesmo não.
Esperando alguma sorte
Que traduza sem suporte
O meu corte na raiz,
Onde pude ter decerto
O meu passo ora deserto
E não vivo o quanto eu quis.
46
Jamais tive uma esperança
E se pude ter em vida
A verdade corroída
Onde o nada ora me lança
Esquecendo esta pujança
Com certeza já puída,
Não encontro uma saída
E meu passo não avança.
Resistindo muito bem
Sei do quanto me contém
E o que tem não bastaria.
A verdade não resulta
Do que possa em tal consulta
Trazer sórdida ironia.
47
A mortalha de presente
O momento mais sutil,
O que tanto se apresente
Na verdade se pediu,
O meu canto mais potente
Ninguém mais, decerto ouviu,
O que veja e mesmo tente,
Noutro espaço decaiu.
O verdejo da esperança
Mentiroso e maltrapilho,
Vaga quando fere em lança
E se tanto ora me pilho,
No caminho em confiança
Vou fiando cada trilho.
48
Arco com meus desenganos
E deveras nada mais
Do que possa em novos planos
Expressar os desiguais
Caminhares entre danos
Ou palavras imorais,
Rotos vejo velhos panos
E o meu mundo diz jamais,
Entranhasse outra verdade
Na versão que tanto dói
O que possa em liberdade
Noutro encanto agora sói
Traduzir realidade
E meu mundo se destrói,
49
Bebo um gole ou mesmo até
O que nunca desejei
O meu canto nesta grei
Vaga ausente, morta a fé,
Mais um gole de café
Onde o tempo desenhei
E se tanto mergulhei
Já nem sei mais por quem é,
O que sinto não produz
O que tanto não reluz
E moldasse esta quimera,
A verdade ou mesmo em jus
O momento não seduz
Nem sequer o quanto espera.
50
Num caminho sem saída
Ou num beco quando a luta
Expressasse o que reluta
E traduz a minha vida.
Noutra senda, dividida,
Noutro canto, a velha escuta
Esta força leda e bruta
Não permite a voz perdida.
E presumo o fim do jogo
Não me expondo ao duro fogo
Nem tampouco ao que inda venha,
Minha sorte sem proveito,
O meu mundo já desfeito,
Esta brasa fora lenha...
31
Dos erros que me trouxe a juventude
O tempo não redime nem esquece
E o tanto quanto a vida me enlouquece
Trazendo a mesma imagem, velha e rude,
O quanto desejei e nunca pude
É como se na vida inda tivesse
A sensação que o vago sonho tece
E nisto nada mais ora transmude.
O vento sem sentido, a dimensão
Exata do que pude e tenho em mente,
O fardo que deveras se apresente
Marcando os dias turvos que virão,
Audaciosamente eu quero a luz
Aonde o mesmo nada reproduz.
32
A vida prenuncia a cada ausência
O quanto poderia e não viera
A sorte se traduz em tal quimera
E nisto se presume a virulência,
A vida sem sequer tal eloquência
Expressa o quanto tanto destempera
E marca com terror o que se espera
Levando sem defesas à demência
Marcando cada passo com o ocaso,
Apenas sem sentido algum atraso
O passo rumo ao fim que não se vê
Pudesse ter em mente nova rota
Na luta sem proveito esta derrota
Jamais se traduzindo num por que.
33
O mundo que minha alma agora oculta
A luta sem sentido não traduz
Sequer algum realce feito em luz
E a vida ora transcende em medo e multa.
O sonho sem temor algum se ausculta
E o canto se protege e não reluz,
Ousando caminhar encontro a cruz
Anseio se transforma em catapulta.
E apenas mal sepulta o sentimento,
O quanto na verdade ainda tento
Alentos; poderia ter em paz.
A vida levantando esta poeira
A sorte se perdendo tão rasteira
O canto se mostrara mais mordaz.
34
Temendo na verdade novos dias,
Aonde o meu passado fora exposto,
O sol queimando firme no meu rosto
Enquanto no final nada verias.
Apenas entre tantas agonias
O mundo; aos poucos, sinto-o decomposto
E o preço a se pagar qual fora imposto
Traduz as minhas várias fantasias.
Bebendo cada gole desta fúria
Aonde o que se vê dita a penúria
Desta alma iridescente e sem segredos,
Os olhos noutros olhos se perdendo
O amor que se vivesse como adendo
Traduz em descaminhos desenredos.
35
Novos amores, velho coração.
E o tempo não trará felicidade,
Embora o quanto tente e mesmo brade
Expressa outro final, leda estação.
O rumo se perdendo neste chão
Ausente dos olhares, claridade,
O tempo dita o rumo da saudade
E nisto o que soubera segue o não.
Jamais se poderia ter decerto
O quanto mais anseio e já deserto
Nos cantos desta casa, sem descanso.
Meu verso sem sentido e sem proveito,
Aonde com certeza me deleito
Talvez traduza o nada e ali me lanço.
36
Espero o que se possa num instante
Trazer o teu olhar que não mais veio,
E quantas vezes busco neste anseio
A sorte que me fez da vida amante.
O mundo na verdade não garante,
Nem mesmo o quanto pude em devaneio
Ousando quando a vida traz seu veio
E nele cada morte se adiante.
O prazo determina o fim de tudo,
E sei que em tese mesmo eu não me iludo
E vago pelas noites mais sombrias
Tentando acreditar num novo tempo,
Embora saiba cada contratempo
E nisto com certeza não virias.
37
A vida a cada passo mal respeita
O quanto quis e nada me tirara
A sorte tendo estrelas em tiara
No fundo não concebe e nem aceita.
A luta com vontade noutra espreita
No vértice somente se prepara
A venda que em meus olhos se depara
Com toda a solidão que em dor se enfeita.
Jamais acreditei noutra passagem
Nem mesmo coletando esta miragem
Aonde esta verdade não me serve,
O vento assobiando em madrugada
A luta tantas vezes desenhada
Sem nada que em verdade ora preserve.
38
Indignos os caminhos que propões,
Porém o que fazer? A noite traça
A vida que deveras se esfumaça
E nela perco as tolas ilusões.
Os olhos entre medos; decompões
E o quanto se moldara em velha praça
Expressa a realidade aonde escassa
A noite traz em mortes, emoções.
Apenas represento o fim do jogo,
E sem saber sequer de qualquer rogo,
No fogo deste engodo me consumo,
O vértice jamais alcançaria,
A luta se mostrasse mais sombria
E dos meus traços vejo este resumo.
39
Enquanto me antepunha entre dois pólos
Diversos dos caminhos que tentara
A vida se mostrando em tal seara
Ousando demonstrar áridos solos,
Dos tempos feitos sonhos, doces colos,
O mundo na verdade não ampara
E a senda aonde o todo se declara
Agora se inundando em rudes dolos.
Apenas pude crer no que não visse,
E sei que todo amor, mera tolice
Expressa o fim do jogo e tão somente.
O quanto se anuncia num instante
No fato mais atroz e degradante
Reinando sobre o quanto ora nos mente.
40
A vida quando em vida traz repulsa
E gera o fim do sonho, e nada mais,
Aonde se mostrassem vendavais
O tempo deste encanto ora me expulsa.
A luta mesmo quando tão convulsa
Expressa o que pudessem temporais
E sei do que tentasse sem jamais
Traçar palavra calma, mas avulsa.
E quando em avulsão retiras sonho
O quanto do vazio ora componho
Transcende ao que pudera ser feliz,
O verso sem sentido, o verbo roto,
Meu passo se aproxima deste esgoto
E nele o que eu tentara, ora desfiz.
Dos erros que me trouxe a juventude
O tempo não redime nem esquece
E o tanto quanto a vida me enlouquece
Trazendo a mesma imagem, velha e rude,
O quanto desejei e nunca pude
É como se na vida inda tivesse
A sensação que o vago sonho tece
E nisto nada mais ora transmude.
O vento sem sentido, a dimensão
Exata do que pude e tenho em mente,
O fardo que deveras se apresente
Marcando os dias turvos que virão,
Audaciosamente eu quero a luz
Aonde o mesmo nada reproduz.
32
A vida prenuncia a cada ausência
O quanto poderia e não viera
A sorte se traduz em tal quimera
E nisto se presume a virulência,
A vida sem sequer tal eloquência
Expressa o quanto tanto destempera
E marca com terror o que se espera
Levando sem defesas à demência
Marcando cada passo com o ocaso,
Apenas sem sentido algum atraso
O passo rumo ao fim que não se vê
Pudesse ter em mente nova rota
Na luta sem proveito esta derrota
Jamais se traduzindo num por que.
33
O mundo que minha alma agora oculta
A luta sem sentido não traduz
Sequer algum realce feito em luz
E a vida ora transcende em medo e multa.
O sonho sem temor algum se ausculta
E o canto se protege e não reluz,
Ousando caminhar encontro a cruz
Anseio se transforma em catapulta.
E apenas mal sepulta o sentimento,
O quanto na verdade ainda tento
Alentos; poderia ter em paz.
A vida levantando esta poeira
A sorte se perdendo tão rasteira
O canto se mostrara mais mordaz.
34
Temendo na verdade novos dias,
Aonde o meu passado fora exposto,
O sol queimando firme no meu rosto
Enquanto no final nada verias.
Apenas entre tantas agonias
O mundo; aos poucos, sinto-o decomposto
E o preço a se pagar qual fora imposto
Traduz as minhas várias fantasias.
Bebendo cada gole desta fúria
Aonde o que se vê dita a penúria
Desta alma iridescente e sem segredos,
Os olhos noutros olhos se perdendo
O amor que se vivesse como adendo
Traduz em descaminhos desenredos.
35
Novos amores, velho coração.
E o tempo não trará felicidade,
Embora o quanto tente e mesmo brade
Expressa outro final, leda estação.
O rumo se perdendo neste chão
Ausente dos olhares, claridade,
O tempo dita o rumo da saudade
E nisto o que soubera segue o não.
Jamais se poderia ter decerto
O quanto mais anseio e já deserto
Nos cantos desta casa, sem descanso.
Meu verso sem sentido e sem proveito,
Aonde com certeza me deleito
Talvez traduza o nada e ali me lanço.
36
Espero o que se possa num instante
Trazer o teu olhar que não mais veio,
E quantas vezes busco neste anseio
A sorte que me fez da vida amante.
O mundo na verdade não garante,
Nem mesmo o quanto pude em devaneio
Ousando quando a vida traz seu veio
E nele cada morte se adiante.
O prazo determina o fim de tudo,
E sei que em tese mesmo eu não me iludo
E vago pelas noites mais sombrias
Tentando acreditar num novo tempo,
Embora saiba cada contratempo
E nisto com certeza não virias.
37
A vida a cada passo mal respeita
O quanto quis e nada me tirara
A sorte tendo estrelas em tiara
No fundo não concebe e nem aceita.
A luta com vontade noutra espreita
No vértice somente se prepara
A venda que em meus olhos se depara
Com toda a solidão que em dor se enfeita.
Jamais acreditei noutra passagem
Nem mesmo coletando esta miragem
Aonde esta verdade não me serve,
O vento assobiando em madrugada
A luta tantas vezes desenhada
Sem nada que em verdade ora preserve.
38
Indignos os caminhos que propões,
Porém o que fazer? A noite traça
A vida que deveras se esfumaça
E nela perco as tolas ilusões.
Os olhos entre medos; decompões
E o quanto se moldara em velha praça
Expressa a realidade aonde escassa
A noite traz em mortes, emoções.
Apenas represento o fim do jogo,
E sem saber sequer de qualquer rogo,
No fogo deste engodo me consumo,
O vértice jamais alcançaria,
A luta se mostrasse mais sombria
E dos meus traços vejo este resumo.
39
Enquanto me antepunha entre dois pólos
Diversos dos caminhos que tentara
A vida se mostrando em tal seara
Ousando demonstrar áridos solos,
Dos tempos feitos sonhos, doces colos,
O mundo na verdade não ampara
E a senda aonde o todo se declara
Agora se inundando em rudes dolos.
Apenas pude crer no que não visse,
E sei que todo amor, mera tolice
Expressa o fim do jogo e tão somente.
O quanto se anuncia num instante
No fato mais atroz e degradante
Reinando sobre o quanto ora nos mente.
40
A vida quando em vida traz repulsa
E gera o fim do sonho, e nada mais,
Aonde se mostrassem vendavais
O tempo deste encanto ora me expulsa.
A luta mesmo quando tão convulsa
Expressa o que pudessem temporais
E sei do que tentasse sem jamais
Traçar palavra calma, mas avulsa.
E quando em avulsão retiras sonho
O quanto do vazio ora componho
Transcende ao que pudera ser feliz,
O verso sem sentido, o verbo roto,
Meu passo se aproxima deste esgoto
E nele o que eu tentara, ora desfiz.
21
Se quando eternidade tu procuras,
Perdendo o ser etéreo que tu és
É como tirar asas dos teus pés
Na busca pelas noites mais escuras,
E vives tão somente as amarguras
Olhando a própria vida de viés
Ousando ter apenas em tais fés
Os passos que te levem às loucuras.
Eterno ou não eterno, tanto faz.
O quanto se mostrasse mais capaz
De ser feliz já mede a dimensão
Do encanto pelo qual tua existência
Não necessita além desta ciência
De um tempo feito em clara redenção.
22
Não pude desejar sequer talvez
Um riso, alguma luz ou mesmo o toque
De quem se desenhando não provoque
O que deveras teimas, mas não vês.
O mundo se transforma; estupidez.
O rumo desenhando noutro estoque
E o quanto poderia e se desloque
Ainda que no fundo, já não crês.
O risco de viver valendo, a pena
Se a morte num instante me condena
A sorte de saber outro momento
Traduz o quanto pude e desenhara
Na vida com certeza bem mais clara
Que mesmo quando ausente; agora invento.
23
Eu creio em tua voz, doce e suave
E nesta redenção de um novo sonho
Aonde o meu caminho eu te proponho
Usando esta esperança, mansa nave.
O tempo vai seguindo sem entrave
E o canto noutro rumo quando o ponho
Expressa o quanto quero e ora componho,
Usando deste amor, palavra chave.
Enfastiadamente a vida traz
O dia mais dorido, ausente paz
E a fúria desdenhosa de quem ama,
Navego contra todas estas ondas
E nada do que possa me respondas
Negando qualquer verso em leda chama…
24
Havia muito mais do que pensara
Atrás destas coxias, bastidores,
E sei por onde mesmo ainda fores
A noite não será jamais tão clara,
A luta se anuncia e desprepara
A queda se moldando em tais horrores
Aonde desenhassem minhas flores
Medonha madrugada desampara.
O frio que invadisse cada fato
O tempo noutro engodo ora constato
E vejo sem sentido algum meu canto,
Ainda quando muito me fiz roto,
E vago em habitat, feito em esgoto,
E ao fim já nada vejo nem garanto.
25
Negar o que jamais eu conheci,
O medo de viver e de sonhar,
O tempo se moldando devagar
O tanto que roubei e sei de ti,
O verso sem sentido onde vivi,
O mundo procurando algum lugar
E deste mais diversos caminhar,
O nada se apressando e me perdi.
Liberto pensamento traz a mágoa
E quando esta esperança em vão deságua
Apenas se prepara a derrocada.
O vento na janela anunciando,
O dia que pudera desde quando
Não sobra deste sonho quase nada.
26
E quando eu resolvi minha partida
Envolto nestas brumas, noite vaga
A sorte se desenha noutra plaga
E já não vejo mais qualquer saída,
A luta que reluta traduzida
Na fúria que pudesse e sei que paga
A vida com terror e nada apaga
O quanto se mostrara em despedida.
Ousando acreditar noutro momento
Eu luto na inconstância enquanto tento
Vencer dentro de mim os meus enganos.
Acumulando os erros do passado,
O tempo noutro tempo já degradado
Envolto nos demônios, velhos danos.
27
Numa morada outrora bem mais grata
A farta desventura me persegue
E nada do que possa se consegue
Aonde a solidão já se constata.
A rústica vontade me arrebata
E mesmo quando o verso em vão prossegue
A senda imaginária onde trafegue
Não traz senão a marca da bravata.
O tempo, a temporada, o temporal,
O riso sem juízo, o vento tal
Que tanto permitira novo encanto.
Meu verso se perdendo sem talvez
O canto que deveras hoje vês
Marcando pelo medo e pelo espanto.
28
Nesta incerteza rara que me agita
A fúria não traduz qualquer alento,
E quando acreditar, mesmo que invento
Caminho mais diverso, nada fita.
E sei do quanto pesa esta desdita
E nada me alivia o sofrimento
Nem mesmo quando toco o manso vento
Momento aonde a morte enfim me fita.
Já não comportaria nova chance
Nem mesmo o que deveras já me alcance
Ou tanto quanto luto sem proveito.
Reaproveito os restos do que fora,
A vida tão diversa e sonhadora,
Jogada nesta estrada em rude leito.
29
O quanto me envergonha cada verso
Jogado sem sentido ao mesmo não
Enquanto vejo a imensa solidão
Vagando sem sentido no universo,
Aos poucos outro tanto desconverso
E bebo da terrível ilusão,
Marcando com meu medo desde então
Nos tétricos cenários, vou imerso.
Cansado desta luta sem respaldo,
E quando vejo a luz onde me esbaldo
Encontro a solução; fantasiosa?
E nem que seja só por um momento
Um novo amanhecer; decerto eu tento,
Porém a noite segue caprichosa.
30
Apenas novo estorvo e nada mais,
Inumeráveis erros de uma vida
Já tanto maltratada e resumida
Em erros tão diversos e banais.
Presumo que inda possa ver do cais
A nova dimensão nova saída
E a luta sem disfarces, assumida
E o medo me trazendo este jamais.
Não quero qualquer sombra do que um dia
Pudesse adivinhar e mais queria,
A vida fervilhando dentro em mim,
O tempo sem saber do quanto pude
Levara o que restasse em juventude,
Deixando a solidão até o fim.
Se quando eternidade tu procuras,
Perdendo o ser etéreo que tu és
É como tirar asas dos teus pés
Na busca pelas noites mais escuras,
E vives tão somente as amarguras
Olhando a própria vida de viés
Ousando ter apenas em tais fés
Os passos que te levem às loucuras.
Eterno ou não eterno, tanto faz.
O quanto se mostrasse mais capaz
De ser feliz já mede a dimensão
Do encanto pelo qual tua existência
Não necessita além desta ciência
De um tempo feito em clara redenção.
22
Não pude desejar sequer talvez
Um riso, alguma luz ou mesmo o toque
De quem se desenhando não provoque
O que deveras teimas, mas não vês.
O mundo se transforma; estupidez.
O rumo desenhando noutro estoque
E o quanto poderia e se desloque
Ainda que no fundo, já não crês.
O risco de viver valendo, a pena
Se a morte num instante me condena
A sorte de saber outro momento
Traduz o quanto pude e desenhara
Na vida com certeza bem mais clara
Que mesmo quando ausente; agora invento.
23
Eu creio em tua voz, doce e suave
E nesta redenção de um novo sonho
Aonde o meu caminho eu te proponho
Usando esta esperança, mansa nave.
O tempo vai seguindo sem entrave
E o canto noutro rumo quando o ponho
Expressa o quanto quero e ora componho,
Usando deste amor, palavra chave.
Enfastiadamente a vida traz
O dia mais dorido, ausente paz
E a fúria desdenhosa de quem ama,
Navego contra todas estas ondas
E nada do que possa me respondas
Negando qualquer verso em leda chama…
24
Havia muito mais do que pensara
Atrás destas coxias, bastidores,
E sei por onde mesmo ainda fores
A noite não será jamais tão clara,
A luta se anuncia e desprepara
A queda se moldando em tais horrores
Aonde desenhassem minhas flores
Medonha madrugada desampara.
O frio que invadisse cada fato
O tempo noutro engodo ora constato
E vejo sem sentido algum meu canto,
Ainda quando muito me fiz roto,
E vago em habitat, feito em esgoto,
E ao fim já nada vejo nem garanto.
25
Negar o que jamais eu conheci,
O medo de viver e de sonhar,
O tempo se moldando devagar
O tanto que roubei e sei de ti,
O verso sem sentido onde vivi,
O mundo procurando algum lugar
E deste mais diversos caminhar,
O nada se apressando e me perdi.
Liberto pensamento traz a mágoa
E quando esta esperança em vão deságua
Apenas se prepara a derrocada.
O vento na janela anunciando,
O dia que pudera desde quando
Não sobra deste sonho quase nada.
26
E quando eu resolvi minha partida
Envolto nestas brumas, noite vaga
A sorte se desenha noutra plaga
E já não vejo mais qualquer saída,
A luta que reluta traduzida
Na fúria que pudesse e sei que paga
A vida com terror e nada apaga
O quanto se mostrara em despedida.
Ousando acreditar noutro momento
Eu luto na inconstância enquanto tento
Vencer dentro de mim os meus enganos.
Acumulando os erros do passado,
O tempo noutro tempo já degradado
Envolto nos demônios, velhos danos.
27
Numa morada outrora bem mais grata
A farta desventura me persegue
E nada do que possa se consegue
Aonde a solidão já se constata.
A rústica vontade me arrebata
E mesmo quando o verso em vão prossegue
A senda imaginária onde trafegue
Não traz senão a marca da bravata.
O tempo, a temporada, o temporal,
O riso sem juízo, o vento tal
Que tanto permitira novo encanto.
Meu verso se perdendo sem talvez
O canto que deveras hoje vês
Marcando pelo medo e pelo espanto.
28
Nesta incerteza rara que me agita
A fúria não traduz qualquer alento,
E quando acreditar, mesmo que invento
Caminho mais diverso, nada fita.
E sei do quanto pesa esta desdita
E nada me alivia o sofrimento
Nem mesmo quando toco o manso vento
Momento aonde a morte enfim me fita.
Já não comportaria nova chance
Nem mesmo o que deveras já me alcance
Ou tanto quanto luto sem proveito.
Reaproveito os restos do que fora,
A vida tão diversa e sonhadora,
Jogada nesta estrada em rude leito.
29
O quanto me envergonha cada verso
Jogado sem sentido ao mesmo não
Enquanto vejo a imensa solidão
Vagando sem sentido no universo,
Aos poucos outro tanto desconverso
E bebo da terrível ilusão,
Marcando com meu medo desde então
Nos tétricos cenários, vou imerso.
Cansado desta luta sem respaldo,
E quando vejo a luz onde me esbaldo
Encontro a solução; fantasiosa?
E nem que seja só por um momento
Um novo amanhecer; decerto eu tento,
Porém a noite segue caprichosa.
30
Apenas novo estorvo e nada mais,
Inumeráveis erros de uma vida
Já tanto maltratada e resumida
Em erros tão diversos e banais.
Presumo que inda possa ver do cais
A nova dimensão nova saída
E a luta sem disfarces, assumida
E o medo me trazendo este jamais.
Não quero qualquer sombra do que um dia
Pudesse adivinhar e mais queria,
A vida fervilhando dentro em mim,
O tempo sem saber do quanto pude
Levara o que restasse em juventude,
Deixando a solidão até o fim.
11
Quando entrara, não sei como
E tampouco poderia
Traduzir em novo dia
O que agora já não domo,
Onde quer e não mais somo
Outro caso em ironia
A verdade afloraria
Falo sério e não embromo,
Quero apenas maciez
Deste colo amorenado
Com o gosto onde se faz
Prazeroso este pecado,
E se resta lucidez,
Mundo insano e desejado...
12
Marco o tempo de tal sorte
Que jamais pude viver
Outro tempo que conforte
Sem amor e sem saber
O caminho que comporte
O delírio de um prazer,
Onde pode ser tão forte
A ventura do querer.
Sei dos tantos dias quando
A verdade se moldando
Traz em si a imensidão,
Meus anseios teus carinhos
Nossos corpos, nossos ninhos,
Nosso amor, a direção.
13
Neste verso mais singelo
Poderia ser soneto?
O que possa e te revelo
Quando muito o comprometo
Traz o sonho aonde selo
O caminho onde arremeto
O meu mundo em que ora atrelo
Todo o bem que te prometo.
Vivo por saber do quanto
Meu amor não poderia
Noutro tempo, sem encanto
Desenhar em rebeldia
O que tento e mais garanto
Provocando dia a dia.
14
Aonde bem pudera ter a vida
Em raros, bons fulgores, esperança.
O passo mansamente além se lança
E sabe ou mesmo tenta outra saída,
A luta tantas vezes repartida,
Palavra penetrante, fina lança
E o verso sem limites ora avança
Deixando a minha luta desvalida.
Resumos de outras eras onde pude
Acreditar num tempo bem mais rude
E ilude-se quem pensa em mansidão.
A cada novo engano, sigo em frente
Embora na verdade me apresente
A sórdida vontade em explosão.
15
Não pude e nem teria qualquer chance
De ter algum momento mais tranquilo
E quanto mais distante o sonho alcance,
Maior o descaminho onde desfilo,
O verso sem saber de algum estilo,
A vida se desenha em tal nuance,
E o quanto poderia sem vacilo,
Num ato sem sentido ora me lance.
Bebendo em fartos goles esta sorte,
De ter a poesia como alento,
O quanto cada verso me conforte
Marcando em tom profundo o pensamento,
Ferrando e dominando cada corte,
Aonde sem certeza, o sol eu tento,
16
Encontro os meus pedaços por aí,
Jogados nas sarjetas, nestes bares
E quando perceberes e notares
O pouco que me resta eu já perdi.
O vago caminhar trazendo em ti
O tempo feito em noites e luares,
As sortes tão distantes, noutros ares,
Os medos onde tanto me escondi.
Do sórdido momento em tom vulgar,
A luta pouco a pouco a dominar
O que me resta crer, mero passado.
O verso sem sentido e o tempo atroz,
Calando num instante a minha voz,
E o vento noutro tempo amargurado.
17
Brindasse com palavras ou com sonho
O todo que no fundo não permite
O mundo que faça num limite
Aonde o meu caminho em paz, componho.
E resolutamente, o quanto ponho
Da fúria noutra incúria e me acredite
O verso se transforma e necessite
Apenas de um momento mais risonho.
Jamais acreditei no que se fez
O canto da sereia, a lucidez
E o vento ronda assim minha janela,
O tempo sem proveito, o leito exposto,
O rio no rigor de um vão desgosto,
A sorte sem sentido me revela.
18
Bastasse tão somente algum momento
E nada mais no fim se poderia,
O tempo se traduz enquanto eu tento
Atento conviver no dia a dia,
A déia que eu queria; em ledo vento
Perdendo o quanto resta em harmonia,
O verso sem poder, o sofrimento
E a noite sempre vaga, amarga e fria.
Poética impressão que não se faz
Aonde o mundo perde a sua paz
Na face mais cruel, realidade.
O sonho se permite, mas nem tanto,
Apenas o que possa e te garanto
Aos poucos sem sentido algum já brade.
19
Nas velhas carcomidas noites vãs
A vida nos porões e o sofrimento,
O tanto quanto possa e sigo atento
Ousando acreditar noutras manhãs,
Vivesse sem sentido as temporãs
Vontades onde tendo o forte vento
Tocando firmemente em desalento
As horas mais doridas e malsãs.
Restauro como fosse pedraria
O sonho que jamais eu poderia
Tentar em tal nuance perceber,
E vejo o quanto resta disto tudo,
Sabendo que no fim enquanto iludo
Aumenta a minha chance de sofrer.
20
Nas tramas que talvez inda pudesse
Viver o que se sabe e não se crê
O tempo quando a vida se adormece
Nas tramas do jamais saber por que,
E mesmo que outro sonho em vão professe,
O rumo noutro rumo, ninguém vê
E aproximando então meu dia D
A vida não traria nem mais prece.
Apenas o final e deste tanto
O rústico momento e te garanto
Somente a velha queda e nada mais,
Os dias entre sonhos e tormentas,
Aonde outro caminho tu inventas
E enfrentas os diversos temporais.
Quando entrara, não sei como
E tampouco poderia
Traduzir em novo dia
O que agora já não domo,
Onde quer e não mais somo
Outro caso em ironia
A verdade afloraria
Falo sério e não embromo,
Quero apenas maciez
Deste colo amorenado
Com o gosto onde se faz
Prazeroso este pecado,
E se resta lucidez,
Mundo insano e desejado...
12
Marco o tempo de tal sorte
Que jamais pude viver
Outro tempo que conforte
Sem amor e sem saber
O caminho que comporte
O delírio de um prazer,
Onde pode ser tão forte
A ventura do querer.
Sei dos tantos dias quando
A verdade se moldando
Traz em si a imensidão,
Meus anseios teus carinhos
Nossos corpos, nossos ninhos,
Nosso amor, a direção.
13
Neste verso mais singelo
Poderia ser soneto?
O que possa e te revelo
Quando muito o comprometo
Traz o sonho aonde selo
O caminho onde arremeto
O meu mundo em que ora atrelo
Todo o bem que te prometo.
Vivo por saber do quanto
Meu amor não poderia
Noutro tempo, sem encanto
Desenhar em rebeldia
O que tento e mais garanto
Provocando dia a dia.
14
Aonde bem pudera ter a vida
Em raros, bons fulgores, esperança.
O passo mansamente além se lança
E sabe ou mesmo tenta outra saída,
A luta tantas vezes repartida,
Palavra penetrante, fina lança
E o verso sem limites ora avança
Deixando a minha luta desvalida.
Resumos de outras eras onde pude
Acreditar num tempo bem mais rude
E ilude-se quem pensa em mansidão.
A cada novo engano, sigo em frente
Embora na verdade me apresente
A sórdida vontade em explosão.
15
Não pude e nem teria qualquer chance
De ter algum momento mais tranquilo
E quanto mais distante o sonho alcance,
Maior o descaminho onde desfilo,
O verso sem saber de algum estilo,
A vida se desenha em tal nuance,
E o quanto poderia sem vacilo,
Num ato sem sentido ora me lance.
Bebendo em fartos goles esta sorte,
De ter a poesia como alento,
O quanto cada verso me conforte
Marcando em tom profundo o pensamento,
Ferrando e dominando cada corte,
Aonde sem certeza, o sol eu tento,
16
Encontro os meus pedaços por aí,
Jogados nas sarjetas, nestes bares
E quando perceberes e notares
O pouco que me resta eu já perdi.
O vago caminhar trazendo em ti
O tempo feito em noites e luares,
As sortes tão distantes, noutros ares,
Os medos onde tanto me escondi.
Do sórdido momento em tom vulgar,
A luta pouco a pouco a dominar
O que me resta crer, mero passado.
O verso sem sentido e o tempo atroz,
Calando num instante a minha voz,
E o vento noutro tempo amargurado.
17
Brindasse com palavras ou com sonho
O todo que no fundo não permite
O mundo que faça num limite
Aonde o meu caminho em paz, componho.
E resolutamente, o quanto ponho
Da fúria noutra incúria e me acredite
O verso se transforma e necessite
Apenas de um momento mais risonho.
Jamais acreditei no que se fez
O canto da sereia, a lucidez
E o vento ronda assim minha janela,
O tempo sem proveito, o leito exposto,
O rio no rigor de um vão desgosto,
A sorte sem sentido me revela.
18
Bastasse tão somente algum momento
E nada mais no fim se poderia,
O tempo se traduz enquanto eu tento
Atento conviver no dia a dia,
A déia que eu queria; em ledo vento
Perdendo o quanto resta em harmonia,
O verso sem poder, o sofrimento
E a noite sempre vaga, amarga e fria.
Poética impressão que não se faz
Aonde o mundo perde a sua paz
Na face mais cruel, realidade.
O sonho se permite, mas nem tanto,
Apenas o que possa e te garanto
Aos poucos sem sentido algum já brade.
19
Nas velhas carcomidas noites vãs
A vida nos porões e o sofrimento,
O tanto quanto possa e sigo atento
Ousando acreditar noutras manhãs,
Vivesse sem sentido as temporãs
Vontades onde tendo o forte vento
Tocando firmemente em desalento
As horas mais doridas e malsãs.
Restauro como fosse pedraria
O sonho que jamais eu poderia
Tentar em tal nuance perceber,
E vejo o quanto resta disto tudo,
Sabendo que no fim enquanto iludo
Aumenta a minha chance de sofrer.
20
Nas tramas que talvez inda pudesse
Viver o que se sabe e não se crê
O tempo quando a vida se adormece
Nas tramas do jamais saber por que,
E mesmo que outro sonho em vão professe,
O rumo noutro rumo, ninguém vê
E aproximando então meu dia D
A vida não traria nem mais prece.
Apenas o final e deste tanto
O rústico momento e te garanto
Somente a velha queda e nada mais,
Os dias entre sonhos e tormentas,
Aonde outro caminho tu inventas
E enfrentas os diversos temporais.
No meio da jornada, eu vi o fim
Aproximando célere e temível
Ainda que pudesse no implausível
Tentar uma saída, nada em mim.
O tempo se desenha e sei que assim
O mundo se mostrando ora impassível
Gerasse tão somente o medo incrível
De quem já sabe aceso este estopim.
Mas que se dane a vida de tal forma,
O quanto o dia a dia nos deforma
Rompendo tais barreiras, proteções.
Na nua exposição de quem sou eu
O quanto imaginara e se perdeu
Ensinando a viver tais negações.
2
Noctívago movido à cafeína,
Durante a minha vida quis apenas
Viver o quanto possa e se serenas
Deveras outra sorte me domina.
Porém quando a verdade é cristalina
E gera dela mesma em velhas cenas
As dores tão comuns onde envenenas
E o passo num tropeço desatina.
Eu vivo do que pude e mesmo após
A luta desenhando vagos nós
Desnuda os descaminhos, variantes.
O tempo já perdido não retorna,
A vida transcorrendo calma e morna,
Sem ter momentos raros e brilhantes.
3
A vida tenebrosa em brumas feita,
Durante meus anseios nada traz,
E a sede de viver, tanto mordaz
Porquanto no final já nada aceita.
O verso se expressando numa espreita
Ao mesmo tempo rústica e tenaz,
Aonde se pudera ter na paz
A força aonde a sorte se deleita.
Jogado sobre as rocas, o navio,
O tempo sem ter cais eu desafio
E morro no abandono de quem sonha,
Ainda quando a luta, esta enfadonha
Vertente do que nada mais nos guia
Trouxesse em desalento a poesia.
4
Estrada da esperança já perdida,
Jogada pelos ermos de um caminho
Aonde fiz meu sonho, campo e ninho
Marcando com terror a podre vida.
Não pude desvendar qualquer saída
E neste delirar eu me avizinho
Do fim deveras duro e tão mesquinho
Sabendo desde já tal despedida.
Resplandecente sol que não me veja,
A vida se desnuda em tal peleja
E molda o sentimento amortalhado,
O verso sem proveito, os meus lençóis
Encantos que de fato tu destróis
E o tempo noutro canto, abandonado.
5
A sorte tantas vezes tão penosa
De quem se procurara e nada vira,
As sendas mais doridas da mentira
O tempo sem sentido as antegoza.
O medo que pudera noutra prosa
O canto aonde o sonho se retira,
E o fogo se aplacando, rude mira,
Saber quanto esta vida é caprichosa.
Açoda-me o não ser e o nada ter,
O mundo noutro passo a recolher
Os cacos do que fomos; num passado.
Ouvindo a voz do vento a nos clamar,
Aonde se pudesse imaginar
Quem sabe, sem razão alguma um brado?
6
Na dura asperidade de um caminho
Envolto em tantas pedras e lombadas,
Aonde procurara algum carinho
As rudes e diversas madrugadas,
E quando no vazio ora me alinho
Seguindo sem sentido tais pegadas,
O preço que se cobra, tão daninho
As horas noutras tantas deflagradas;
Restando o que realço, mas não faço
O tanto se perdendo a cada traço
O escasso desejar de um novo dia.
A morte numa espreita, a vida teima,
E o quanto desta fúria ora me queima,
Apenas o meu mundo saberia.
7
Cuidando da memória de quem tanto
Ousara acreditar numa saída
Da mais complexa rota, sem encanto
Sabendo desta senda ora perdida.
E quanto mais se brada, mais duvida
Do que deveras tento e até garanto,
No prazo aonde a velha despedida
Gerasse sem saber um raro espanto.
O preço a se pagar, o corte na alma,
O vento sem sentido, nada acalma
Meu acalanto perde a direção.
E o vértice dos sonhos, num instante
Ao auge dos meus sonhos se garante
E molda a mais complexa dimensão.
8
Acerba companheira de viagem,
O tempo não pudera ser diverso
E quando se percebe tal miragem,
O meu olhar; a ti, procuro e verso.
Galgando com ternura esta paragem
Ainda que pudesse desconverso
E traço o que se possa em tal aragem
Vivendo o meu caminho mais disperso.
Não poupo nem sequer o que inda tenha
E vejo transformada em rude penha
A louca fantasia que não vem,
O jogo não termina e nem procuro
Num tempo mais atroz e mesmo escuro,
Saber do quanto é vida sem ninguém.
9
Ao ter me deparado com as cenas
Temíveis onde a sorte se previra.
A bala acerta sempre a sua mira
E também ao final tu me condenas,
E quando com certeza me envenenas
E nisto cada passo se retira,
Marcando o que pudesse quando gira
Procura talvez luzes, mais amenas.
O rústico caminho feito em medos,
Os dias se aproximam bem mais ledos,
Segredos do passado sem proveito.
E quanto deste pouco ou quase nada
Trouxesse ao perceber que a velha estrada
Perdera a direção em triste leito.
10
Apenas a verdade nos liberta,
Mas sei quanto é difícil tal franqueza
Expondo as rotas cartas sobre a mesa
A porta que trancara, agora aberta,
O medo já nos serve qual alerta
E sigo sem sentido a correnteza,
Marcando cada passo com surpresa
E tendo a minha fronte descoberta.
Não vejo o que viria, nem talvez
O quanto inda me resta e não mais vês
Expressa outro caminho e sendo assim,
O tempo diz do tempo que não veio,
E sigo sem sentido, mesmo alheio
Ao quanto resta vivo dentro em mim.
Aproximando célere e temível
Ainda que pudesse no implausível
Tentar uma saída, nada em mim.
O tempo se desenha e sei que assim
O mundo se mostrando ora impassível
Gerasse tão somente o medo incrível
De quem já sabe aceso este estopim.
Mas que se dane a vida de tal forma,
O quanto o dia a dia nos deforma
Rompendo tais barreiras, proteções.
Na nua exposição de quem sou eu
O quanto imaginara e se perdeu
Ensinando a viver tais negações.
2
Noctívago movido à cafeína,
Durante a minha vida quis apenas
Viver o quanto possa e se serenas
Deveras outra sorte me domina.
Porém quando a verdade é cristalina
E gera dela mesma em velhas cenas
As dores tão comuns onde envenenas
E o passo num tropeço desatina.
Eu vivo do que pude e mesmo após
A luta desenhando vagos nós
Desnuda os descaminhos, variantes.
O tempo já perdido não retorna,
A vida transcorrendo calma e morna,
Sem ter momentos raros e brilhantes.
3
A vida tenebrosa em brumas feita,
Durante meus anseios nada traz,
E a sede de viver, tanto mordaz
Porquanto no final já nada aceita.
O verso se expressando numa espreita
Ao mesmo tempo rústica e tenaz,
Aonde se pudera ter na paz
A força aonde a sorte se deleita.
Jogado sobre as rocas, o navio,
O tempo sem ter cais eu desafio
E morro no abandono de quem sonha,
Ainda quando a luta, esta enfadonha
Vertente do que nada mais nos guia
Trouxesse em desalento a poesia.
4
Estrada da esperança já perdida,
Jogada pelos ermos de um caminho
Aonde fiz meu sonho, campo e ninho
Marcando com terror a podre vida.
Não pude desvendar qualquer saída
E neste delirar eu me avizinho
Do fim deveras duro e tão mesquinho
Sabendo desde já tal despedida.
Resplandecente sol que não me veja,
A vida se desnuda em tal peleja
E molda o sentimento amortalhado,
O verso sem proveito, os meus lençóis
Encantos que de fato tu destróis
E o tempo noutro canto, abandonado.
5
A sorte tantas vezes tão penosa
De quem se procurara e nada vira,
As sendas mais doridas da mentira
O tempo sem sentido as antegoza.
O medo que pudera noutra prosa
O canto aonde o sonho se retira,
E o fogo se aplacando, rude mira,
Saber quanto esta vida é caprichosa.
Açoda-me o não ser e o nada ter,
O mundo noutro passo a recolher
Os cacos do que fomos; num passado.
Ouvindo a voz do vento a nos clamar,
Aonde se pudesse imaginar
Quem sabe, sem razão alguma um brado?
6
Na dura asperidade de um caminho
Envolto em tantas pedras e lombadas,
Aonde procurara algum carinho
As rudes e diversas madrugadas,
E quando no vazio ora me alinho
Seguindo sem sentido tais pegadas,
O preço que se cobra, tão daninho
As horas noutras tantas deflagradas;
Restando o que realço, mas não faço
O tanto se perdendo a cada traço
O escasso desejar de um novo dia.
A morte numa espreita, a vida teima,
E o quanto desta fúria ora me queima,
Apenas o meu mundo saberia.
7
Cuidando da memória de quem tanto
Ousara acreditar numa saída
Da mais complexa rota, sem encanto
Sabendo desta senda ora perdida.
E quanto mais se brada, mais duvida
Do que deveras tento e até garanto,
No prazo aonde a velha despedida
Gerasse sem saber um raro espanto.
O preço a se pagar, o corte na alma,
O vento sem sentido, nada acalma
Meu acalanto perde a direção.
E o vértice dos sonhos, num instante
Ao auge dos meus sonhos se garante
E molda a mais complexa dimensão.
8
Acerba companheira de viagem,
O tempo não pudera ser diverso
E quando se percebe tal miragem,
O meu olhar; a ti, procuro e verso.
Galgando com ternura esta paragem
Ainda que pudesse desconverso
E traço o que se possa em tal aragem
Vivendo o meu caminho mais disperso.
Não poupo nem sequer o que inda tenha
E vejo transformada em rude penha
A louca fantasia que não vem,
O jogo não termina e nem procuro
Num tempo mais atroz e mesmo escuro,
Saber do quanto é vida sem ninguém.
9
Ao ter me deparado com as cenas
Temíveis onde a sorte se previra.
A bala acerta sempre a sua mira
E também ao final tu me condenas,
E quando com certeza me envenenas
E nisto cada passo se retira,
Marcando o que pudesse quando gira
Procura talvez luzes, mais amenas.
O rústico caminho feito em medos,
Os dias se aproximam bem mais ledos,
Segredos do passado sem proveito.
E quanto deste pouco ou quase nada
Trouxesse ao perceber que a velha estrada
Perdera a direção em triste leito.
10
Apenas a verdade nos liberta,
Mas sei quanto é difícil tal franqueza
Expondo as rotas cartas sobre a mesa
A porta que trancara, agora aberta,
O medo já nos serve qual alerta
E sigo sem sentido a correnteza,
Marcando cada passo com surpresa
E tendo a minha fronte descoberta.
Não vejo o que viria, nem talvez
O quanto inda me resta e não mais vês
Expressa outro caminho e sendo assim,
O tempo diz do tempo que não veio,
E sigo sem sentido, mesmo alheio
Ao quanto resta vivo dentro em mim.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
41
Chegando ao quanto pude ver em queda
Depois da tanta luta sem sucesso,
Ao ponto de partida ora regresso
E nada mais da vida se segreda.
Presumo o que se trama e não se veda
Pousando aonde outrora mal confesso
Tentando acreditar no quanto expresso
Sem ter a mesma sorte enveredada.
Um sentimento atroz, um rude engodo
O prazo se derrama em lama e lodo
E todo o meu cansaço se dilui,
O mundo sem certeza e sem proveito
Enquanto no final eu me deleito
No corte que deveras tanto pui.
42
Fundando da esperança a filial
No peito sem temor e sem juízo
O quanto deste medo ora impreciso
Traduz o mesmo engano em ritual,
Pudesse adivinhar o quanto em mal
Momento a vida colhe o prejuízo
E sei que de tal forma ora matizo
Expresso outro caminho desigual.
Marcando com terror o dia a dia
O mundo noutro tom desabaria
E nada mais restara sobre a terra,
Sementes que este solo agora acolhe
O tétrico cenário não recolhe
Somente o que a vontade em vão descerra.
43
Ainda que se vissem os vestígios
De todos os meus erros do passado
A vida se propondo em tais litígios
E neles outros erros, novo enfado,
Os olhos procurando por prestígios
Diversos do que pude e constatado
E vejo como tente e mesmo exige-os
Momentos entre tantos, lado a lado.
O verso não produz satisfatório
Momento tantas vezes merencório
Pousando sobre os restos do que um dia
Perdera a dimensão e poderia
Ousar na mesma face em que se veja
Desenrolar atroz de uma peleja.
44
A vida se traduz a cada ausência
Do tempo aonde pude desvendar
Buscando da esperança a coerência
Que tanto pode mesmo maltratar
O ledo caminhar em vã ciência
A sorte sem ter nada a se mostrar
O canto não procura a providência
Tampouco se anuncia a demarcar
Rumasse sem destino vida afora
E nisto o que se quer e me apavora
Ancora tão somente no vazio.
E bebo em tom mais cáustico o venal
Instante que pudera desigual
Enquanto o próprio sonho desafio.
45
Temendo tão somente por meus dias
O verso não traria novo rumo,
E quando mergulhasse em ironias
O mundo não teria qualquer prumo,
E vejo o quanto possa e mesmo assumo
As mais doridas rudes confrarias
E sei do que pudera e me acostumo
Nas sórdidas loucuras onde guias
Meus passos sem sentido e sem razão
Os ermos do que possa o coração
Jogados nestas ilhas de um passado
Há tanto sem sentido e sem provento
E quando novo mundo busco e tento
O tempo se anuncia desolado.
46
Espero tantas vezes a abusada amante
Que nunca mais se dera e não viria,
O tempo noutro sonho, uma utopia
O verso não prossegue e não garante
O quanto se apodera num instante
Da velha e sem sentido fantasia
O mundo se traduz onde o queria
E nada do que eu veja agora espante.
A corda no pescoço, o rosto ausente
O terminal cenário onde se sente
Este acalento feito em dor e medo,
O meu caminho dita o fim de tudo
E sei do quanto possa e se inda mudo
Apenas ao que tente eu me concedo.
47
A própria sensação que a vida aceita
Expressaria um tom bem mais suave
E quando se imagina o sonho, esta ave
Aonde o que se pensa ora respeita.
Amar é nas mãos a velha seita
E ser mais insensato aonde agrave
O passo desenhado em cada trave
E nisto o já não ser tanto deleita
Ocasionando a queda sem defesa
A sorte não respeita a fortaleza
E tanta noite expressa o que não veio,
Depositando o verso no vazio
O canto aonde o tanto desafio
Expressa tão somente este receio.
48
Dos erros mais comuns, me arrependendo
Aonde nada possa e nem devia
A luta se mostrando em agonia
A vida não trará qualquer adendo,
O verso no vazio se perdendo
A senda mais atroz refaz o dia
E gera tão somente esta ironia
Num dia sem igual, atroz e horrendo.
Pudesse acreditar no que não veio
E mesmo quando bebo o velho anseio
Encontro os meus cadáveres e sinto,
O tanto quanto possa sem provento
O mundo se anuncia contra o vento
E amor que já pudera vejo instinto.
49
Aonde o que pudera e já nem ouso
Expresso o solitário caminhar
E sei do quanto tente desejar
Apenas com certeza um mero pouso,
E tanto que se espreita em tal momento
Proveito de uma vida a se perder
E neste mais diverso conceber
Outro caminho aonde eu tento
Vestir os meus anseios mais sutis
E bebo cada gole da esperança
Aonde o que jamais tanto se quis
Transforma o meu passado onde se lança.
50
Não quero acreditar
No tempo que perdi
O tempo diz em ti
O quanto imaginar
E sei do caminhar
E nada mais senti
Senão quanto vivi
Diverso navegar
O caos entremeando
O dia outrora brando
Agora em tempestade
O verso não redime
Tampouco o que suprime
Expressa a realidade.
Chegando ao quanto pude ver em queda
Depois da tanta luta sem sucesso,
Ao ponto de partida ora regresso
E nada mais da vida se segreda.
Presumo o que se trama e não se veda
Pousando aonde outrora mal confesso
Tentando acreditar no quanto expresso
Sem ter a mesma sorte enveredada.
Um sentimento atroz, um rude engodo
O prazo se derrama em lama e lodo
E todo o meu cansaço se dilui,
O mundo sem certeza e sem proveito
Enquanto no final eu me deleito
No corte que deveras tanto pui.
42
Fundando da esperança a filial
No peito sem temor e sem juízo
O quanto deste medo ora impreciso
Traduz o mesmo engano em ritual,
Pudesse adivinhar o quanto em mal
Momento a vida colhe o prejuízo
E sei que de tal forma ora matizo
Expresso outro caminho desigual.
Marcando com terror o dia a dia
O mundo noutro tom desabaria
E nada mais restara sobre a terra,
Sementes que este solo agora acolhe
O tétrico cenário não recolhe
Somente o que a vontade em vão descerra.
43
Ainda que se vissem os vestígios
De todos os meus erros do passado
A vida se propondo em tais litígios
E neles outros erros, novo enfado,
Os olhos procurando por prestígios
Diversos do que pude e constatado
E vejo como tente e mesmo exige-os
Momentos entre tantos, lado a lado.
O verso não produz satisfatório
Momento tantas vezes merencório
Pousando sobre os restos do que um dia
Perdera a dimensão e poderia
Ousar na mesma face em que se veja
Desenrolar atroz de uma peleja.
44
A vida se traduz a cada ausência
Do tempo aonde pude desvendar
Buscando da esperança a coerência
Que tanto pode mesmo maltratar
O ledo caminhar em vã ciência
A sorte sem ter nada a se mostrar
O canto não procura a providência
Tampouco se anuncia a demarcar
Rumasse sem destino vida afora
E nisto o que se quer e me apavora
Ancora tão somente no vazio.
E bebo em tom mais cáustico o venal
Instante que pudera desigual
Enquanto o próprio sonho desafio.
45
Temendo tão somente por meus dias
O verso não traria novo rumo,
E quando mergulhasse em ironias
O mundo não teria qualquer prumo,
E vejo o quanto possa e mesmo assumo
As mais doridas rudes confrarias
E sei do que pudera e me acostumo
Nas sórdidas loucuras onde guias
Meus passos sem sentido e sem razão
Os ermos do que possa o coração
Jogados nestas ilhas de um passado
Há tanto sem sentido e sem provento
E quando novo mundo busco e tento
O tempo se anuncia desolado.
46
Espero tantas vezes a abusada amante
Que nunca mais se dera e não viria,
O tempo noutro sonho, uma utopia
O verso não prossegue e não garante
O quanto se apodera num instante
Da velha e sem sentido fantasia
O mundo se traduz onde o queria
E nada do que eu veja agora espante.
A corda no pescoço, o rosto ausente
O terminal cenário onde se sente
Este acalento feito em dor e medo,
O meu caminho dita o fim de tudo
E sei do quanto possa e se inda mudo
Apenas ao que tente eu me concedo.
47
A própria sensação que a vida aceita
Expressaria um tom bem mais suave
E quando se imagina o sonho, esta ave
Aonde o que se pensa ora respeita.
Amar é nas mãos a velha seita
E ser mais insensato aonde agrave
O passo desenhado em cada trave
E nisto o já não ser tanto deleita
Ocasionando a queda sem defesa
A sorte não respeita a fortaleza
E tanta noite expressa o que não veio,
Depositando o verso no vazio
O canto aonde o tanto desafio
Expressa tão somente este receio.
48
Dos erros mais comuns, me arrependendo
Aonde nada possa e nem devia
A luta se mostrando em agonia
A vida não trará qualquer adendo,
O verso no vazio se perdendo
A senda mais atroz refaz o dia
E gera tão somente esta ironia
Num dia sem igual, atroz e horrendo.
Pudesse acreditar no que não veio
E mesmo quando bebo o velho anseio
Encontro os meus cadáveres e sinto,
O tanto quanto possa sem provento
O mundo se anuncia contra o vento
E amor que já pudera vejo instinto.
49
Aonde o que pudera e já nem ouso
Expresso o solitário caminhar
E sei do quanto tente desejar
Apenas com certeza um mero pouso,
E tanto que se espreita em tal momento
Proveito de uma vida a se perder
E neste mais diverso conceber
Outro caminho aonde eu tento
Vestir os meus anseios mais sutis
E bebo cada gole da esperança
Aonde o que jamais tanto se quis
Transforma o meu passado onde se lança.
50
Não quero acreditar
No tempo que perdi
O tempo diz em ti
O quanto imaginar
E sei do caminhar
E nada mais senti
Senão quanto vivi
Diverso navegar
O caos entremeando
O dia outrora brando
Agora em tempestade
O verso não redime
Tampouco o que suprime
Expressa a realidade.
31
E resolutamente quando parto
Após sentir bafejo da esperança
Que tanto quanto impeça já me lança
Ao mundo que pretendo em sonho farto,
O dia noutro tempo já comparto
Na credibilidade em confiança
Tentando ser fiel desta balança
Enquanto o que me resta ora reparto.
Versando sobro o quanto poderia
Ousar e ter nas mãos a fantasia
Diversa da que agora me condena,
O tempo sem proveito, a luta insana
Mudando o que pousara e se me dana
Traduz em turbulência a velha cena.
32
Deixando para trás minha morada
Não vejo após o quanto acreditei
Sequer o que tentara nesta grei
Já tanto pelo tempo, desolada.
O verso no final não me diz nada,
E o tempo enquanto rude mergulhei
Fazendo do cenário a velha lei
Por vezes sem sentido abandonada.
Restando tão somente o que inda possa
Tramar realidade mesmo nossa
E transmitir a paz que tanto quis.
O rústico momento se aproxima
E vejo o desairoso e ledo clima
Marcando minha história em cicatriz.
33
Nesta tétrica presença que me agita
De um tempo sem saber da serventia
O verso noutro tom mal poderia
Tramar o quanto a vida ora me fita,
E sendo tão comum qualquer desdita
A sorte se produz em agonia
E nisto o quanto possa moldaria.
Vestindo o meu momento mais feliz
E o tempo se anuncia em cicatriz
E a força sem sentido ou mesmo rude,
Do quanto poderia geratriz
Do verso que me aponte e desilude,
Matando em tom precoce a juventude.
34
O tempo, quando pude envergonhar-me
Dos erros costumeiros de quem trama
Vencer a solidão, diverso drama
E nisto imaginar qualquer alarme,
Ainda quando a sorte me desarme
Ouvindo o que lamento e nada clama
Senão a solidão que se derrama
Tentando acreditar ser quase um charme.
O caos se desenhando aonde há pouco
O mundo se reflete e feito um louco
O vértice anuncia o turbilhão
Dos vórtices comuns, mais um, portanto
E quando inutilmente tento e canto
A sorte perde rumo e dimensão.
35
Separam-se caminhos tantos meses
Os olhos procurando no horizonte
E nada do que possa ora desponte
Ausentes dos cenários minhas reses,
Os cantos se perdendo noutras vezes
Os sonhos sem ter nada quando aponte
Tentando acreditar na velha ponte
Os mares não são meus sequer ingleses
Apenas de quem tenta navegar,
E o preço que se possa até pagar
Presume a pescaria da esperança
O vento mansamente dita a sorte
E tendo o que deveras nos conforte
Aos poucos sem temor algum avança.
36
O quanto do que fomos se eu ignoro
Não diz realidade, traz o sonho,
E quanto mais audaz, rude e medonho,
Maior o destemor e nada imploro,
Meu mundo com certeza revigoro
E bebo o que pudera e decomponho,
Ousando acreditar enquanto ponho
O tempo no fastio e o revigoro.
Expectativas várias rumo vago
E o tanto quanto possa já me afago
E sei do meu cenário em tom diverso.
O prazo determina o fim do encanto
E possa desejar em cada canto
O tempo mais suave ou mais perverso.
37
Aonde poderia estar oculto
O verso sem sentido e sem proveito
O amor que na verdade fosse um culto
Expressa o que deveras sempre aceito,
E vejo noutro passo o velho vulto
E sei deste cenário onde aproveito
E sem saber sequer de algum tumulto
Encontro o meu caminho em tom desfeito,
Realces entre enganos e terrores
Ainda quando muito se inda fores
Pousando mansamente no infinito
O tempo sem saber do que viria
Presume novo tempo em harmonia
E nisto sem temor decerto eu grito.
38
O mundo onde pudera enfim buscá-lo
Expressa o que não pude mais tramar
E quando na verdade este vassalo
Sonhasse tão somente em navegar
O canto noutro tom já não mais calo
E o verso se anuncia a divagar
Morrendo pouco a pouco, devagar
Presumo o que pudesse e o sonho escalo.
Jamais eu visse a sorte de tal forma
Que nada mais seria tão sutil,
O medo na verdade nos deforma
E vibra o que jamais o tempo viu.
E apenas o que possa nos informa
Do todo que a certeza não remiu.
39
Aonde satisfaça os vãos temores
Em ondas divergentes, explosões
E quanto mais decerto tu me expões
Maiores os momentos onde fores,
Sem nada nem sentir o quanto opores
Revejo aonde houvera dimensões
Diversas destas vãs exposições
E nelas o canteiro sem as flores.
Restando muito pouco ou quase nada
Inundo-me da leda companhia
E bebo da palavra abandonada
Aonde o que se faz e não teria
Seria mera sombra de um passado
Num canto desta sala abandonado
40
O rio que deveras serras; corta
E gera nas cascatas a beleza
Que vem desta afluência em correnteza
Arromba num instante qualquer porta,
E pouco na verdade, ou nada importa,
Somente o que se sente e com destreza
Supera a mais temível fortaleza
E sabe do que possa e não comporta
Ultrapassando o quanto fora em cota
Não respeitando mais qualquer compota
Explode numa rara inundação,
Também num ato atroz e sem igual
Não vejo mais barreira que afinal
Contenha os rumos loucos da paixão.
E resolutamente quando parto
Após sentir bafejo da esperança
Que tanto quanto impeça já me lança
Ao mundo que pretendo em sonho farto,
O dia noutro tempo já comparto
Na credibilidade em confiança
Tentando ser fiel desta balança
Enquanto o que me resta ora reparto.
Versando sobro o quanto poderia
Ousar e ter nas mãos a fantasia
Diversa da que agora me condena,
O tempo sem proveito, a luta insana
Mudando o que pousara e se me dana
Traduz em turbulência a velha cena.
32
Deixando para trás minha morada
Não vejo após o quanto acreditei
Sequer o que tentara nesta grei
Já tanto pelo tempo, desolada.
O verso no final não me diz nada,
E o tempo enquanto rude mergulhei
Fazendo do cenário a velha lei
Por vezes sem sentido abandonada.
Restando tão somente o que inda possa
Tramar realidade mesmo nossa
E transmitir a paz que tanto quis.
O rústico momento se aproxima
E vejo o desairoso e ledo clima
Marcando minha história em cicatriz.
33
Nesta tétrica presença que me agita
De um tempo sem saber da serventia
O verso noutro tom mal poderia
Tramar o quanto a vida ora me fita,
E sendo tão comum qualquer desdita
A sorte se produz em agonia
E nisto o quanto possa moldaria.
Vestindo o meu momento mais feliz
E o tempo se anuncia em cicatriz
E a força sem sentido ou mesmo rude,
Do quanto poderia geratriz
Do verso que me aponte e desilude,
Matando em tom precoce a juventude.
34
O tempo, quando pude envergonhar-me
Dos erros costumeiros de quem trama
Vencer a solidão, diverso drama
E nisto imaginar qualquer alarme,
Ainda quando a sorte me desarme
Ouvindo o que lamento e nada clama
Senão a solidão que se derrama
Tentando acreditar ser quase um charme.
O caos se desenhando aonde há pouco
O mundo se reflete e feito um louco
O vértice anuncia o turbilhão
Dos vórtices comuns, mais um, portanto
E quando inutilmente tento e canto
A sorte perde rumo e dimensão.
35
Separam-se caminhos tantos meses
Os olhos procurando no horizonte
E nada do que possa ora desponte
Ausentes dos cenários minhas reses,
Os cantos se perdendo noutras vezes
Os sonhos sem ter nada quando aponte
Tentando acreditar na velha ponte
Os mares não são meus sequer ingleses
Apenas de quem tenta navegar,
E o preço que se possa até pagar
Presume a pescaria da esperança
O vento mansamente dita a sorte
E tendo o que deveras nos conforte
Aos poucos sem temor algum avança.
36
O quanto do que fomos se eu ignoro
Não diz realidade, traz o sonho,
E quanto mais audaz, rude e medonho,
Maior o destemor e nada imploro,
Meu mundo com certeza revigoro
E bebo o que pudera e decomponho,
Ousando acreditar enquanto ponho
O tempo no fastio e o revigoro.
Expectativas várias rumo vago
E o tanto quanto possa já me afago
E sei do meu cenário em tom diverso.
O prazo determina o fim do encanto
E possa desejar em cada canto
O tempo mais suave ou mais perverso.
37
Aonde poderia estar oculto
O verso sem sentido e sem proveito
O amor que na verdade fosse um culto
Expressa o que deveras sempre aceito,
E vejo noutro passo o velho vulto
E sei deste cenário onde aproveito
E sem saber sequer de algum tumulto
Encontro o meu caminho em tom desfeito,
Realces entre enganos e terrores
Ainda quando muito se inda fores
Pousando mansamente no infinito
O tempo sem saber do que viria
Presume novo tempo em harmonia
E nisto sem temor decerto eu grito.
38
O mundo onde pudera enfim buscá-lo
Expressa o que não pude mais tramar
E quando na verdade este vassalo
Sonhasse tão somente em navegar
O canto noutro tom já não mais calo
E o verso se anuncia a divagar
Morrendo pouco a pouco, devagar
Presumo o que pudesse e o sonho escalo.
Jamais eu visse a sorte de tal forma
Que nada mais seria tão sutil,
O medo na verdade nos deforma
E vibra o que jamais o tempo viu.
E apenas o que possa nos informa
Do todo que a certeza não remiu.
39
Aonde satisfaça os vãos temores
Em ondas divergentes, explosões
E quanto mais decerto tu me expões
Maiores os momentos onde fores,
Sem nada nem sentir o quanto opores
Revejo aonde houvera dimensões
Diversas destas vãs exposições
E nelas o canteiro sem as flores.
Restando muito pouco ou quase nada
Inundo-me da leda companhia
E bebo da palavra abandonada
Aonde o que se faz e não teria
Seria mera sombra de um passado
Num canto desta sala abandonado
40
O rio que deveras serras; corta
E gera nas cascatas a beleza
Que vem desta afluência em correnteza
Arromba num instante qualquer porta,
E pouco na verdade, ou nada importa,
Somente o que se sente e com destreza
Supera a mais temível fortaleza
E sabe do que possa e não comporta
Ultrapassando o quanto fora em cota
Não respeitando mais qualquer compota
Explode numa rara inundação,
Também num ato atroz e sem igual
Não vejo mais barreira que afinal
Contenha os rumos loucos da paixão.
21
O tempo firmando
O sol renascendo
O dia mais brando
Enquanto recendo
Ao todo negando
O quanto prevendo
Pudesse moldando
O tempo em adendo,
Navego cansaço
E bebo este mar
E quando me traço
Pudesse sonhar,
Num frágil pedaço
Aonde encontrar.
22
Meu tempo sem nexo
O rumo desfeito
Amar sem reflexo
Apenas me deito
E bebo o complexo
Cenário desfeito
E sei deste anexo
Momento onde aceito
O caos dentro da alma
A luta sem par
O nada me acalma
Sem nada aportar
E vejo este trauma
Tocando este mar.
23
Não posso e não quero
Tentar nova sorte
E sendo sincero
Quem tanto conforte
No fim traz o fero
Sentido da morte
E o quanto te espero
Traz ledo meu norte,
O verso se prende
Ao quanto podia
A vida depende
Da farta alegria
E nada me atende,
Mera fantasia.
24
Jogado no chão
O tempo se traz
No verso em versão
Deveras audaz,
E sei da ilusão
Que possa mordaz
Vencendo o meu não
Deixando sem paz
O que não pudesse
Nem mesmo tentasse
O quanto da prece
Produz outro impasse
E o verso que esquece
Aos poucos renasce.
25
Não vejo ao que veio
O verso sutil
E quando o receio
Jamais se previu
O tempo em recreio
O corte mais vil,
Amar devaneio
Num toque sutil.
Escuto o vazio
E nada mais trago
Somente este frio
E sei deste estrago
E vou por um fio,
Jamais em afago.
26
Procuro somente
A paz que não vem
O tempo desmente
E seguindo aquém
Do quanto se tente
E nada provém
Do mundo contente
Ou de outro ninguém,
O verso condiz
Com todo o passado
O quanto não quis
O sonho marcado
Sempre por um triz.
27
Beber sem temor
O quanto pudera
Viver este amor
E ter noutra esfera
A sorte e o pudor
Que agora só gera
O verso sem rumo
O tempo sem paz
E o quanto resumo
Já não satisfaz
O sonho onde esfumo
E o fim só me apraz.
28
Bravatas diversas
Mentiras e medo,
Aonde dispersas
O tom em segredo
As horas conversas
E bebes do enredo
Enquanto ora versas
No tom de degredo.
Vencido sem ter
Sequer um momento
E todo o viver
Traduz o que tento
Vestindo o saber
Em vil desalento.
29
O quanto eu poderia acreditar
Nas tramas mais diversas, novo instante
A sorte sem temor nada garante
Apenas entranhando em ledo mar,
O quanto desta fonte a desdenhar
O mundo se presume doravante
Marcando o quanto possa e me adiante
Sem nada que pudesse desejar.
O rústico cenário em tom agreste
O pouco que em verdade tu me deste
A morte garantida após a queda
E sei do quanto tenho e nada pude
Depois do meu caminho atroz e rude
A vida sem promessa tudo veda.
30
Jamais conceberia melhor sorte
E nem que a própria vida me trouxesse
O tempo aonde o todo já se tece
E nada mais conforme me conforte,
O mundo se anuncia e não suporte
O tanto que se queira em rude messe
O verso na verdade ora se esquece
Do que já poderia ser um norte.
O rumo sem proveito do vazio
O vento muito embora desafio
Não tento conquistar além do cais,
O mar entranha em ondas minha areia
E o verbo noutro canto me incendeia
Moldando dias rudes, desiguais.
O tempo firmando
O sol renascendo
O dia mais brando
Enquanto recendo
Ao todo negando
O quanto prevendo
Pudesse moldando
O tempo em adendo,
Navego cansaço
E bebo este mar
E quando me traço
Pudesse sonhar,
Num frágil pedaço
Aonde encontrar.
22
Meu tempo sem nexo
O rumo desfeito
Amar sem reflexo
Apenas me deito
E bebo o complexo
Cenário desfeito
E sei deste anexo
Momento onde aceito
O caos dentro da alma
A luta sem par
O nada me acalma
Sem nada aportar
E vejo este trauma
Tocando este mar.
23
Não posso e não quero
Tentar nova sorte
E sendo sincero
Quem tanto conforte
No fim traz o fero
Sentido da morte
E o quanto te espero
Traz ledo meu norte,
O verso se prende
Ao quanto podia
A vida depende
Da farta alegria
E nada me atende,
Mera fantasia.
24
Jogado no chão
O tempo se traz
No verso em versão
Deveras audaz,
E sei da ilusão
Que possa mordaz
Vencendo o meu não
Deixando sem paz
O que não pudesse
Nem mesmo tentasse
O quanto da prece
Produz outro impasse
E o verso que esquece
Aos poucos renasce.
25
Não vejo ao que veio
O verso sutil
E quando o receio
Jamais se previu
O tempo em recreio
O corte mais vil,
Amar devaneio
Num toque sutil.
Escuto o vazio
E nada mais trago
Somente este frio
E sei deste estrago
E vou por um fio,
Jamais em afago.
26
Procuro somente
A paz que não vem
O tempo desmente
E seguindo aquém
Do quanto se tente
E nada provém
Do mundo contente
Ou de outro ninguém,
O verso condiz
Com todo o passado
O quanto não quis
O sonho marcado
Sempre por um triz.
27
Beber sem temor
O quanto pudera
Viver este amor
E ter noutra esfera
A sorte e o pudor
Que agora só gera
O verso sem rumo
O tempo sem paz
E o quanto resumo
Já não satisfaz
O sonho onde esfumo
E o fim só me apraz.
28
Bravatas diversas
Mentiras e medo,
Aonde dispersas
O tom em segredo
As horas conversas
E bebes do enredo
Enquanto ora versas
No tom de degredo.
Vencido sem ter
Sequer um momento
E todo o viver
Traduz o que tento
Vestindo o saber
Em vil desalento.
29
O quanto eu poderia acreditar
Nas tramas mais diversas, novo instante
A sorte sem temor nada garante
Apenas entranhando em ledo mar,
O quanto desta fonte a desdenhar
O mundo se presume doravante
Marcando o quanto possa e me adiante
Sem nada que pudesse desejar.
O rústico cenário em tom agreste
O pouco que em verdade tu me deste
A morte garantida após a queda
E sei do quanto tenho e nada pude
Depois do meu caminho atroz e rude
A vida sem promessa tudo veda.
30
Jamais conceberia melhor sorte
E nem que a própria vida me trouxesse
O tempo aonde o todo já se tece
E nada mais conforme me conforte,
O mundo se anuncia e não suporte
O tanto que se queira em rude messe
O verso na verdade ora se esquece
Do que já poderia ser um norte.
O rumo sem proveito do vazio
O vento muito embora desafio
Não tento conquistar além do cais,
O mar entranha em ondas minha areia
E o verbo noutro canto me incendeia
Moldando dias rudes, desiguais.
Ávida da vida sem miséria
Aonde o que pudesse e mesmo tento
Não possa acreditar em tal tormento
E a vida se traduz e degenere-a
Apenas o que possa acreditar
E nada do meu mundo se desenha
Ousando ter nas mãos o quanto venha
Vestindo o quanto pude desejar,
Somente o que alimente o chão, um grão
Que morto se renasce em planta e fruto,
O tempo aonde tanto; em vão, reluto
Expressa a mais dorida dimensão
Do caos que se anuncia em noite escusa,
Enquanto o meu passado ao nada cruza.
2
Apenas social coincidência
Do quanto em existência acreditara
A luta noutro ponto da seara
Expressa a mais dorida imprevidência
E o sangue se transforma em penitência
Aonde o que pudera não prepara
A vida para o tempo onde se ampara
A luta sem saber qualquer ciência
Adentra o quanto tento e não viera
Marcando a vida quando em primavera
Trazendo neste outono a queda e o medo,
Ainda quando possa eu me concedo
E tento acreditar no que se espera
Embora saiba ao fim o meu degredo.
3
Trazendo em minhas mãos o quanto pude
E mesmo sem sentido algum eu tento
Vencer o quanto pude em sentimento
Diverso do caminho amargo e rude.
O verso aonde tente e me amiúde
No crivo de emoções seguindo ao vento
Aonde sem sentido o que fomento
Não toma com certeza uma atitude.
O tempo mais diverso do que outrora
Tramasse o descaminho mais feroz,
A vida não podendo ter após
O tanto quanto queira, mesmo sendo
A sorte de tão forma desditosa
Que mesmo quando a luta se antegoza
O fim traduz a morte em dividendo.
4
A face dolorosa e mais passiva
Transcende ao quanto pude no passado
E o verso noutro tolo emaranhado
Expressa a minha luta mais altiva,
E quando o dia a dia enfim me priva
Do quanto poderia imaginado
O pranto noutro canto desenhado
Vontade mais atroz, decerto criva
O vento que ora adentra em meu canteiro
O tempo agora audaz e verdadeiro
Expressa a solidão e nela resta
Apenas o que pude desejar
Depois de tanto tempo caminhar
A vida que tentei já não mais presta…
5
Na solidariedade o que se tenta
Vencer os mais diversos desafetos
E os rumos entre tantos incompletos
Marcando com terror cada tormenta,
A vida na verdade me atormenta
E sei dos meus anseios já repletos
Dos mesmos medos onde os mais diletos
Cenários trazem tez dura e sangrenta.
Não pude adivinhar o que viria
E sei da minha noite amarga e fria
Na solitária senda sem proveito,
E quanto mais se vendo este cenário
O tempo noutro rumo e itinerário
Mudando deste rio, sorte e leito.
6
As sofredoras noites; de quem ama
Sagacidade, esquecem, vão aquém
Do quanto na verdade nada tem
E o tempo não presume qualquer chama,
A luta se desenha em vago drama
E o mundo se anuncia sem ninguém
O verso se presume e quando vem
A vida não traria nova trama.
Resumo o meu momento em dor e tédio
E quanto mais pudesse em ledo assédio
Meu mundo não traria qualquer tom
Diverso do que pude imaginar,
E o pouco que inda reste a se mostrar
Não traz sequer um brilho de neon.
7
A vida em cada voz cotidiana
Expressa o que se tenta além do cais
E sei dos dias tolos quando esvais
E nada mais se molda enquanto engana,
A sorte tantas vezes soberana
O tempo feito em rotos dias tais
Aonde o que pudera ser bem mais
No fundo sem saber somente dana
O passo sem proveito, a morte em vida
E quando mais profunda esta ferida
A luta se anuncia sem saber
Do quanto valeria uma vitória
A vida se perdendo sem memória
Não traz sequer quem sabe algum prazer…
8
A podre Natureza humana dita
O quanto sem sentido traz e mata
Ainda quando o verso em voz ingrata
Expressa o que inda possa em tez maldita
A luta aonde o tanto se acredita
No caos gerando apenas em cascata
O efeito que deveras nos maltrata
Gerando após o caos o nada além
Do mundo sem sentido em tal desdém
Ansiosamente vivo no não ser
E o canto sem proveito e o verso rude
Aonde se mostrara em plenitude
Vontade tão somente de morrer.
9
A pútrida noção de um deus já morto
Aonde quis apenas ter a sorte
De ter o quanto quieto não aporte
Marcando com terror o velho porto,
A luta se desenha e nisto o fim
Gerado sem sentir o quanto venha,
A vida noutro passo não se ordenha
Matando o quanto resta dentro em mim,
O ocaso sem sentido, o medo rude
E o verso sem poder saber do fato
Aonde o que se fez não mais constato
Deixando sem proveito a juventude,
Meu mundo num vazio interminável
O tempo noutro tanto descartável.
10
Os evangelhos feitos sangue e pus
O marco de uma vida sem sucesso
E quando do vazio ora regresso
O meu caminho vive em leda cruz,
E o prazo determina o que propus
E nada mais deveras eu confesso
Somente o que pudesse em retrocesso
Tentando acreditar e em vão conduz.
O medo sem sentido e sem razão
A luta se anuncia e mesmo o vão
Exprime o que resume o descaminho,
Meu cálice quebrado, o vinho entorna
A sorte que julgasse mais que morna
Agora traz o tempo atroz, daninho.
11
Encontro de minha alma o velho esterco
Jogado nalgum canto sem valia,
E quando a solidão aumenta o cerco
O peso no final não me traria
E quantas vezes tento e se me perco
Não possa acreditar no que vivia
A morte noutro rumo pode mais
Que apenas os enganos costumeiros
E os versos entre tantos desiguais
Os olhos vagam rudes e certeiros,
Apenas bebo os dias em fatais
Momentos sem certeza, derradeiros.
Somente o que inda possa me transcende
E ao risco de sonhar amor desprende.
12
A vida em tais momentos progredira
Deixando a solidão tomando conta
E quanto mais a vida agora apronta
A luta sem sentido me retira
Do tempo sem cenário e quando gira
A vida noutra face não desconta
E marca com terror o que se aponta
E vivo o quanto possa ou interfira.
Ousando na mortalha sem ter norte
Apenas devorando a própria morte
Acode-me a incerteza e nada mais,
O verso se destoa do que pude
Vencido caminheiro em tempo rude
Ousando contra tantos vendavais.
13
Mereço qualquer tosca punhalada
Ao menos acredito nisto quando
O tempo noutra face desdenhando
Não deixa que se veja quase nada
A morte a cada passo desenhada,
Meu mundo num instante mais nefando
O prazo que percebo ora findando
A vida não trouxesse outra alvorada.
A mão que acalentara na verdade
Apenas desvendando o que se evade
Nos poros mais diversos, medo e morte
Esqueço do meu mundo sem proveito
E quando no final mais nada aceito
Nem mesmo a redenção inda comporte.
14
Não mais pudesse mesmo desejar
A sorte desdenhosa de quem tenta
Vencer a solidão, velha tormenta
Ousando noutro rumo caminhar
Meu verso se desenha e a divagar
Presumo o que pudera e já me alenta
Na fonte que se mostre mais sangrenta
Cansado de buscar algum lugar,
Lutando sem saber do que viria
Somente a mesma voz em agonia
E o tempo se presume de tal forma
Marcando o que pudesse sem saber
O quanto deste sonho vá trazer
Do todo já perdido uma reforma.
15
Não mais pudesse ter além do nada
E a voz há tanto rude ou sem proveito
Aonde o meu caminho não aceito
A noite adentra atroz a madrugada
O verso se anuncia e nesta estada
O canto se presume e já rejeito
O mundo aonde o tempo ora desfeito
Expressa a mesma face abandonada,
Resulto deste insulto, vida em vão
E bebo a mais amarga sensação
Que pude imaginar, torpe presença
De quem se fez além de meramente
O tempo sem ter paz já se apresente
E o nada noutra forma me convença.
16
O verso sem sentido e sem proveito
O vento adivinhando o velho rumo
Do quanto poderia e se consumo
Traduz este cenário onde me deito,
O mundo se anuncia e de tal jeito
A queda se aprofunda e sei que assumo
Meu tempo aonde o nada onde me aprumo
Trouxesse o dia a dia ora desfeito.
Não quero nem sequer alguma paz,
O mundo se moldara mais mordaz
E o contumaz veneno me entranhasse
O tempo sem ter nada por fazer
A vida que pudera a se perder
E o fim em solidão, meu desenlace.
17
O tempo sem saber do que viria
Pisando sobre o quanto não viera
E marca o que se mostra em voz sincera
Matando lentamente, dia a dia,
O verso aonde o nada me traria
A fúria que decerto desespera
E gesta o quanto possa e destempera
Marcando a minha luta mais sombria,
O medo de sentir o que se faça
A sorte noutro rumo, esta fumaça
Jogada sobre os olhos de quem ama,
Não deixa que se veja quase nada
Somente a mesma sorte debelada
Traçada sobre o velho e rude drama…
18
Navego contra a fúria das marés
E vejo tão somente o que se tente
Ao menos o que possa impertinente
Sabendo bem no fundo quem tu és,
O verso se percebe de viés
E o marco com terror quase inclemente
Traduz o que pudesse e já se ausente
Nos olhos sem saber de vagas fés.
O caos se desenhando aonde um dia
O verso noutro tom ecoaria
Marcando o meu caminho em medo e fúria
E nada do que possa resumir
O canto que deveras há de vir
Envolto nestas tramas da penúria.
19
O verso sem sentido e sem razão
A sorte sem saber ao quanto veio
O barco segue além e sem timão
O tempo noutro rumo em devaneio,
O medo desenhando o que receio
O prazo determina a solidão
E sei dos meus enganos neste vão
Caminho sem tentar um novo meio.,
Escuto o que pudera me clamar
E tento adentro imenso e ledo mar
Pulsando em minhas veias o temor
De quem já não tem porto nem farol,
E o dia se perdendo ema arrebol
Gerando tão somente o dissabor.
20
Um tempo sem saber o que se faz
O verso mais dorido em tom temido
O corte na raiz, o mais tenaz
E o vento noutro curso presumido,
O marco aonde o mundo se desfaz
E o verso num momento dividido
A morte seduzindo satisfaz
Meu mundo tantas vezes desvalido
E bebo do que pude ou mais pudera
E sei da leda face desta espera
Em desmedida sorte, sem proveito
E quando no vazio desta sorte
Apenas esperando a minha morte
No quanto sem saber do quarto, deito.
Aonde o que pudesse e mesmo tento
Não possa acreditar em tal tormento
E a vida se traduz e degenere-a
Apenas o que possa acreditar
E nada do meu mundo se desenha
Ousando ter nas mãos o quanto venha
Vestindo o quanto pude desejar,
Somente o que alimente o chão, um grão
Que morto se renasce em planta e fruto,
O tempo aonde tanto; em vão, reluto
Expressa a mais dorida dimensão
Do caos que se anuncia em noite escusa,
Enquanto o meu passado ao nada cruza.
2
Apenas social coincidência
Do quanto em existência acreditara
A luta noutro ponto da seara
Expressa a mais dorida imprevidência
E o sangue se transforma em penitência
Aonde o que pudera não prepara
A vida para o tempo onde se ampara
A luta sem saber qualquer ciência
Adentra o quanto tento e não viera
Marcando a vida quando em primavera
Trazendo neste outono a queda e o medo,
Ainda quando possa eu me concedo
E tento acreditar no que se espera
Embora saiba ao fim o meu degredo.
3
Trazendo em minhas mãos o quanto pude
E mesmo sem sentido algum eu tento
Vencer o quanto pude em sentimento
Diverso do caminho amargo e rude.
O verso aonde tente e me amiúde
No crivo de emoções seguindo ao vento
Aonde sem sentido o que fomento
Não toma com certeza uma atitude.
O tempo mais diverso do que outrora
Tramasse o descaminho mais feroz,
A vida não podendo ter após
O tanto quanto queira, mesmo sendo
A sorte de tão forma desditosa
Que mesmo quando a luta se antegoza
O fim traduz a morte em dividendo.
4
A face dolorosa e mais passiva
Transcende ao quanto pude no passado
E o verso noutro tolo emaranhado
Expressa a minha luta mais altiva,
E quando o dia a dia enfim me priva
Do quanto poderia imaginado
O pranto noutro canto desenhado
Vontade mais atroz, decerto criva
O vento que ora adentra em meu canteiro
O tempo agora audaz e verdadeiro
Expressa a solidão e nela resta
Apenas o que pude desejar
Depois de tanto tempo caminhar
A vida que tentei já não mais presta…
5
Na solidariedade o que se tenta
Vencer os mais diversos desafetos
E os rumos entre tantos incompletos
Marcando com terror cada tormenta,
A vida na verdade me atormenta
E sei dos meus anseios já repletos
Dos mesmos medos onde os mais diletos
Cenários trazem tez dura e sangrenta.
Não pude adivinhar o que viria
E sei da minha noite amarga e fria
Na solitária senda sem proveito,
E quanto mais se vendo este cenário
O tempo noutro rumo e itinerário
Mudando deste rio, sorte e leito.
6
As sofredoras noites; de quem ama
Sagacidade, esquecem, vão aquém
Do quanto na verdade nada tem
E o tempo não presume qualquer chama,
A luta se desenha em vago drama
E o mundo se anuncia sem ninguém
O verso se presume e quando vem
A vida não traria nova trama.
Resumo o meu momento em dor e tédio
E quanto mais pudesse em ledo assédio
Meu mundo não traria qualquer tom
Diverso do que pude imaginar,
E o pouco que inda reste a se mostrar
Não traz sequer um brilho de neon.
7
A vida em cada voz cotidiana
Expressa o que se tenta além do cais
E sei dos dias tolos quando esvais
E nada mais se molda enquanto engana,
A sorte tantas vezes soberana
O tempo feito em rotos dias tais
Aonde o que pudera ser bem mais
No fundo sem saber somente dana
O passo sem proveito, a morte em vida
E quando mais profunda esta ferida
A luta se anuncia sem saber
Do quanto valeria uma vitória
A vida se perdendo sem memória
Não traz sequer quem sabe algum prazer…
8
A podre Natureza humana dita
O quanto sem sentido traz e mata
Ainda quando o verso em voz ingrata
Expressa o que inda possa em tez maldita
A luta aonde o tanto se acredita
No caos gerando apenas em cascata
O efeito que deveras nos maltrata
Gerando após o caos o nada além
Do mundo sem sentido em tal desdém
Ansiosamente vivo no não ser
E o canto sem proveito e o verso rude
Aonde se mostrara em plenitude
Vontade tão somente de morrer.
9
A pútrida noção de um deus já morto
Aonde quis apenas ter a sorte
De ter o quanto quieto não aporte
Marcando com terror o velho porto,
A luta se desenha e nisto o fim
Gerado sem sentir o quanto venha,
A vida noutro passo não se ordenha
Matando o quanto resta dentro em mim,
O ocaso sem sentido, o medo rude
E o verso sem poder saber do fato
Aonde o que se fez não mais constato
Deixando sem proveito a juventude,
Meu mundo num vazio interminável
O tempo noutro tanto descartável.
10
Os evangelhos feitos sangue e pus
O marco de uma vida sem sucesso
E quando do vazio ora regresso
O meu caminho vive em leda cruz,
E o prazo determina o que propus
E nada mais deveras eu confesso
Somente o que pudesse em retrocesso
Tentando acreditar e em vão conduz.
O medo sem sentido e sem razão
A luta se anuncia e mesmo o vão
Exprime o que resume o descaminho,
Meu cálice quebrado, o vinho entorna
A sorte que julgasse mais que morna
Agora traz o tempo atroz, daninho.
11
Encontro de minha alma o velho esterco
Jogado nalgum canto sem valia,
E quando a solidão aumenta o cerco
O peso no final não me traria
E quantas vezes tento e se me perco
Não possa acreditar no que vivia
A morte noutro rumo pode mais
Que apenas os enganos costumeiros
E os versos entre tantos desiguais
Os olhos vagam rudes e certeiros,
Apenas bebo os dias em fatais
Momentos sem certeza, derradeiros.
Somente o que inda possa me transcende
E ao risco de sonhar amor desprende.
12
A vida em tais momentos progredira
Deixando a solidão tomando conta
E quanto mais a vida agora apronta
A luta sem sentido me retira
Do tempo sem cenário e quando gira
A vida noutra face não desconta
E marca com terror o que se aponta
E vivo o quanto possa ou interfira.
Ousando na mortalha sem ter norte
Apenas devorando a própria morte
Acode-me a incerteza e nada mais,
O verso se destoa do que pude
Vencido caminheiro em tempo rude
Ousando contra tantos vendavais.
13
Mereço qualquer tosca punhalada
Ao menos acredito nisto quando
O tempo noutra face desdenhando
Não deixa que se veja quase nada
A morte a cada passo desenhada,
Meu mundo num instante mais nefando
O prazo que percebo ora findando
A vida não trouxesse outra alvorada.
A mão que acalentara na verdade
Apenas desvendando o que se evade
Nos poros mais diversos, medo e morte
Esqueço do meu mundo sem proveito
E quando no final mais nada aceito
Nem mesmo a redenção inda comporte.
14
Não mais pudesse mesmo desejar
A sorte desdenhosa de quem tenta
Vencer a solidão, velha tormenta
Ousando noutro rumo caminhar
Meu verso se desenha e a divagar
Presumo o que pudera e já me alenta
Na fonte que se mostre mais sangrenta
Cansado de buscar algum lugar,
Lutando sem saber do que viria
Somente a mesma voz em agonia
E o tempo se presume de tal forma
Marcando o que pudesse sem saber
O quanto deste sonho vá trazer
Do todo já perdido uma reforma.
15
Não mais pudesse ter além do nada
E a voz há tanto rude ou sem proveito
Aonde o meu caminho não aceito
A noite adentra atroz a madrugada
O verso se anuncia e nesta estada
O canto se presume e já rejeito
O mundo aonde o tempo ora desfeito
Expressa a mesma face abandonada,
Resulto deste insulto, vida em vão
E bebo a mais amarga sensação
Que pude imaginar, torpe presença
De quem se fez além de meramente
O tempo sem ter paz já se apresente
E o nada noutra forma me convença.
16
O verso sem sentido e sem proveito
O vento adivinhando o velho rumo
Do quanto poderia e se consumo
Traduz este cenário onde me deito,
O mundo se anuncia e de tal jeito
A queda se aprofunda e sei que assumo
Meu tempo aonde o nada onde me aprumo
Trouxesse o dia a dia ora desfeito.
Não quero nem sequer alguma paz,
O mundo se moldara mais mordaz
E o contumaz veneno me entranhasse
O tempo sem ter nada por fazer
A vida que pudera a se perder
E o fim em solidão, meu desenlace.
17
O tempo sem saber do que viria
Pisando sobre o quanto não viera
E marca o que se mostra em voz sincera
Matando lentamente, dia a dia,
O verso aonde o nada me traria
A fúria que decerto desespera
E gesta o quanto possa e destempera
Marcando a minha luta mais sombria,
O medo de sentir o que se faça
A sorte noutro rumo, esta fumaça
Jogada sobre os olhos de quem ama,
Não deixa que se veja quase nada
Somente a mesma sorte debelada
Traçada sobre o velho e rude drama…
18
Navego contra a fúria das marés
E vejo tão somente o que se tente
Ao menos o que possa impertinente
Sabendo bem no fundo quem tu és,
O verso se percebe de viés
E o marco com terror quase inclemente
Traduz o que pudesse e já se ausente
Nos olhos sem saber de vagas fés.
O caos se desenhando aonde um dia
O verso noutro tom ecoaria
Marcando o meu caminho em medo e fúria
E nada do que possa resumir
O canto que deveras há de vir
Envolto nestas tramas da penúria.
19
O verso sem sentido e sem razão
A sorte sem saber ao quanto veio
O barco segue além e sem timão
O tempo noutro rumo em devaneio,
O medo desenhando o que receio
O prazo determina a solidão
E sei dos meus enganos neste vão
Caminho sem tentar um novo meio.,
Escuto o que pudera me clamar
E tento adentro imenso e ledo mar
Pulsando em minhas veias o temor
De quem já não tem porto nem farol,
E o dia se perdendo ema arrebol
Gerando tão somente o dissabor.
20
Um tempo sem saber o que se faz
O verso mais dorido em tom temido
O corte na raiz, o mais tenaz
E o vento noutro curso presumido,
O marco aonde o mundo se desfaz
E o verso num momento dividido
A morte seduzindo satisfaz
Meu mundo tantas vezes desvalido
E bebo do que pude ou mais pudera
E sei da leda face desta espera
Em desmedida sorte, sem proveito
E quando no vazio desta sorte
Apenas esperando a minha morte
No quanto sem saber do quarto, deito.
1
A vida se desenha aonde ignota
Mal possa discernir qualquer caminho
E quando no vazio ora me alinho
Sentindo este sabor de vã derrota.
O quanto poderia e se denota
Vagando sem sentido em vago espinho
Presumo o quanto pude ser mesquinho
Enquanto não soubera a velha rota,
E o verso se perdendo sem sentido
O tempo no passado resumido
Expressa a dimensão sem mais detalhes,
E quando se anuncia o fim do jogo
A vida se perdendo sem tal rogo
Aonde qualquer tom tu já retalhes.
2
Em tantos movimentos rotatórios
O mundo em carrossel já se perdendo
Aonde poderia haver adendo
Os dias não são nada meritórios,
E os passos quanto mais contraditórios
Os templos noutros tons, o sonho horrendo
E o preço a se cobrar onde desvendo
O tempo entre os cenários merencórios.
As sendas mais diversas e distantes
O quanto do que possa e não garantes
O manto apodrecido em ilusões
Apenas a mortalha inda me resta
E sei do quanto a vida fora honesta
Tramando com firmeza tais grilhões.
3
Em simultaneidade, queda e sonho
O verso se aproxima do non sense
E mesmo que deveras me compense
No fundo nada mais quero ou componho.
O tempo sem sentido não me oponho
E sei do que deveras sempre vence
O rústico cenário aonde pense
No mundo sem ternura, mais bisonho.
Apesar de viver o que me reste,
Adentro este momento em rude veste
E o temporal se molda noutro instante,
O que pudera crer e não tivesse
Resume o que se possa e não se esquece
Nem mesmo novo tempo hoje garante.
4
Dos vagos subterrâneos emergindo
Os vermes que fomentam toda a vida,
Agora se aproxima esta partida
E o tempo se demonstra manso e findo.
Reparo cada víscera emergindo
Na sorte de tal forma consumida,
E vejo da esperança em despedida
O que jamais pensara se esvaindo.
O canto sem proveito, o verso morto,
O sonho como fora algum aborto
O porto mais distante, o barco e o tédio;
Das tantas derrocadas costumeiras,
Ainda que outras sendas buscas, queiras
Já não encontrarás qualquer remédio.
5
A mórbida presença do que um dia
Pudesse traduzir além da morte
O tempo que deveras reconforte
Ou mesmo novo encanto me traria,
A luta sem proveito se anuncia
E o mundo sem saber de algum aporte
Não tendo o que pudesse nem conforte
Expressa a noite amarga e mais sombria.
O caos gerando a vida novamente,
E o tempo se mostrara impertinente,
Mas vejo quanto atento a tais mudanças
E sigo sem sentir qualquer temor,
Ainda quando possa decompor
Meu corpo noutro tom decerto lanças.
6
O mundo sob o teto mais contido
Cerzisse novo rumo após a queda
E o quanto da verdade se envereda
Traduz o dia tanto apodrecido,
O verso que tentara empedernido,
O passo sem proveito o tempo veda
A vida sem saber o que segreda
Encontra a cada passo o quanto olvido.
E o quanto se moldara em abandono
Apenas quando em vão seleciono
Esbarro nos alentos mais atrozes,
E vivo sem saber da dimensão
Dos dias que deveras me trarão
Os sonhos entre tantos, meus algozes.
7
Acidentando o passo neste caos
Aonde se pudesse ver além
Dos dias que a verdade não contém
E marca com terror velhos degraus,
Os dias se repetem sendo maus
E os olhos já cansados de um desdém
O manto desfiando o quanto tem
Não deixa que se vejam novos graus.
O canto se assumindo em tanto tédio,
A luta se anuncia em velho assédio
E o déspota sensório dita o nada,
O mundo se perdendo desde então
Tentando acreditar noutra razão
Enquanto a minha morre: desolada.
8
A vida como fosse a sanguessuga
Inexoravelmente em fúria tanta
O quanto se desenha e desencanta
Ainda se anuncia em cada ruga,
Ousando acreditar no quanto em fuga
A luta se anuncia e se garanta
A morte não pudera e quando espanta
Traduz o que perdera e o sonho suga,
Apenas apresento o fim de tudo
E bebo do que tanto ora me iludo,
Vestindo a fantasia mais sutil,
O mundo sem sentir qualquer alento,
O quanto do vazio ainda tento
Expressa o que jamais meu sonho viu.
9
Dispendiosamente a vida traz
Aquém do quanto eu quis, este cenário
Que sinto ser somente solitário
E nele nada mais se mostra audaz,
Deixando qualquer sonho para trás
Seguindo este falível tom fadário
O corte se anuncia em temporário
Desenho aonde o quis bem mais tenaz;
Presumo o que viria e não consigo
Traçar o quanto possa em novo abrigo
E sei do meu momento mais dorido,
O verso apenas dita o fim de tudo
E quando mais deveras desiludo
Meu mundo se concebe desvalido.
10
Retrato na gaveta amarelado,
O tempo não perdoa, e nada resta
Senão imagem turva e desonesta
Do que tanto brilhara no passado,
Portanto deste nada quando evado
E vejo a sorte apenas pela fresta,
O bêbado cenário em clara festa,
Agora noutro tom, morre sedado.
E vendo o que pudera ser diverso
Ousando acreditar em cada verso
No tom aonde a vida poderia
Traçar novo momento mais sutil,
O mundo noutro mundo repetiu
O tom voraz e duro em agonia.
A vida se desenha aonde ignota
Mal possa discernir qualquer caminho
E quando no vazio ora me alinho
Sentindo este sabor de vã derrota.
O quanto poderia e se denota
Vagando sem sentido em vago espinho
Presumo o quanto pude ser mesquinho
Enquanto não soubera a velha rota,
E o verso se perdendo sem sentido
O tempo no passado resumido
Expressa a dimensão sem mais detalhes,
E quando se anuncia o fim do jogo
A vida se perdendo sem tal rogo
Aonde qualquer tom tu já retalhes.
2
Em tantos movimentos rotatórios
O mundo em carrossel já se perdendo
Aonde poderia haver adendo
Os dias não são nada meritórios,
E os passos quanto mais contraditórios
Os templos noutros tons, o sonho horrendo
E o preço a se cobrar onde desvendo
O tempo entre os cenários merencórios.
As sendas mais diversas e distantes
O quanto do que possa e não garantes
O manto apodrecido em ilusões
Apenas a mortalha inda me resta
E sei do quanto a vida fora honesta
Tramando com firmeza tais grilhões.
3
Em simultaneidade, queda e sonho
O verso se aproxima do non sense
E mesmo que deveras me compense
No fundo nada mais quero ou componho.
O tempo sem sentido não me oponho
E sei do que deveras sempre vence
O rústico cenário aonde pense
No mundo sem ternura, mais bisonho.
Apesar de viver o que me reste,
Adentro este momento em rude veste
E o temporal se molda noutro instante,
O que pudera crer e não tivesse
Resume o que se possa e não se esquece
Nem mesmo novo tempo hoje garante.
4
Dos vagos subterrâneos emergindo
Os vermes que fomentam toda a vida,
Agora se aproxima esta partida
E o tempo se demonstra manso e findo.
Reparo cada víscera emergindo
Na sorte de tal forma consumida,
E vejo da esperança em despedida
O que jamais pensara se esvaindo.
O canto sem proveito, o verso morto,
O sonho como fora algum aborto
O porto mais distante, o barco e o tédio;
Das tantas derrocadas costumeiras,
Ainda que outras sendas buscas, queiras
Já não encontrarás qualquer remédio.
5
A mórbida presença do que um dia
Pudesse traduzir além da morte
O tempo que deveras reconforte
Ou mesmo novo encanto me traria,
A luta sem proveito se anuncia
E o mundo sem saber de algum aporte
Não tendo o que pudesse nem conforte
Expressa a noite amarga e mais sombria.
O caos gerando a vida novamente,
E o tempo se mostrara impertinente,
Mas vejo quanto atento a tais mudanças
E sigo sem sentir qualquer temor,
Ainda quando possa decompor
Meu corpo noutro tom decerto lanças.
6
O mundo sob o teto mais contido
Cerzisse novo rumo após a queda
E o quanto da verdade se envereda
Traduz o dia tanto apodrecido,
O verso que tentara empedernido,
O passo sem proveito o tempo veda
A vida sem saber o que segreda
Encontra a cada passo o quanto olvido.
E o quanto se moldara em abandono
Apenas quando em vão seleciono
Esbarro nos alentos mais atrozes,
E vivo sem saber da dimensão
Dos dias que deveras me trarão
Os sonhos entre tantos, meus algozes.
7
Acidentando o passo neste caos
Aonde se pudesse ver além
Dos dias que a verdade não contém
E marca com terror velhos degraus,
Os dias se repetem sendo maus
E os olhos já cansados de um desdém
O manto desfiando o quanto tem
Não deixa que se vejam novos graus.
O canto se assumindo em tanto tédio,
A luta se anuncia em velho assédio
E o déspota sensório dita o nada,
O mundo se perdendo desde então
Tentando acreditar noutra razão
Enquanto a minha morre: desolada.
8
A vida como fosse a sanguessuga
Inexoravelmente em fúria tanta
O quanto se desenha e desencanta
Ainda se anuncia em cada ruga,
Ousando acreditar no quanto em fuga
A luta se anuncia e se garanta
A morte não pudera e quando espanta
Traduz o que perdera e o sonho suga,
Apenas apresento o fim de tudo
E bebo do que tanto ora me iludo,
Vestindo a fantasia mais sutil,
O mundo sem sentir qualquer alento,
O quanto do vazio ainda tento
Expressa o que jamais meu sonho viu.
9
Dispendiosamente a vida traz
Aquém do quanto eu quis, este cenário
Que sinto ser somente solitário
E nele nada mais se mostra audaz,
Deixando qualquer sonho para trás
Seguindo este falível tom fadário
O corte se anuncia em temporário
Desenho aonde o quis bem mais tenaz;
Presumo o que viria e não consigo
Traçar o quanto possa em novo abrigo
E sei do meu momento mais dorido,
O verso apenas dita o fim de tudo
E quando mais deveras desiludo
Meu mundo se concebe desvalido.
10
Retrato na gaveta amarelado,
O tempo não perdoa, e nada resta
Senão imagem turva e desonesta
Do que tanto brilhara no passado,
Portanto deste nada quando evado
E vejo a sorte apenas pela fresta,
O bêbado cenário em clara festa,
Agora noutro tom, morre sedado.
E vendo o que pudera ser diverso
Ousando acreditar em cada verso
No tom aonde a vida poderia
Traçar novo momento mais sutil,
O mundo noutro mundo repetiu
O tom voraz e duro em agonia.
Presumo após a queda o quanto pude
Vestir a mesma face: hipocrisia
E nada do que sonhe moldaria
Momento mais atroz, porquanto rude,
E sei do quanto a vida me saúde
Ou mesmo desenhando em ironia
O verso sem saber da sincronia
Aonde se deseja uma atitude.
Acordo e nada mais se vendo após
O mundo sem certeza e sei que a voz
Já silencia o sonho que decerto
Expressaria alguma luz ao fundo,
E quando de ilusões ora me inundo,
Apenas o meu mundo ora deserto.
2
Saudade destes dias latejando,
Marcando com terror o quanto possa
Trazer a solidão mesmo que nossa
Selando o dia amargo em contrabando,
O verso noutro rumo caminhando,
A luta a cada passo nos destroça
E vejo o que pudera além da troça
Num ato sem sentido desabando.
Abrando cada sonho com a sorte
Que tanto poderia e me conforte,
Mas sei do quanto é duro o ter no olhar
Apenas o vazio e nada mais
Exposto aos mais diversos vendavais
Buscasse no infinito céu e mar.
3
Pergunto sem respostas: quanto eu possa?
A vida se anuncia no vazio
E quanto mais o passo eu desafio
A sorte não seria jamais nossa,
E o verso que em verdade já se apossa
Do quanto poderia e ora desfio
Tentando acreditar que este pavio
Traduza o quanto o sonho em paz endossa.
O verso se desenha sem proveito
E o tempo se moldando aonde o pleito
Não traga sequer medo e dor e tédio,
O tempo se presume sem olhar
O quanto poderia imaginar,
E nada traduzindo algum remédio.
4
Qual sombra de um passado mais remoto
Apenas desenhando o quanto fui,
O tempo sem sossego segue e flui
E o quando nada valho já denoto,
O corte se aproxima e quando o noto
Somente o quanto resta ainda influi
E o mundo que eu sonhara agora rui
E toda esta esperança agora esgoto.
Realço com palavras a sombria
Verdade que me toma e não traria
Sequer a menor chance de vitória
Aonde o que se veja não constasse
Na luta aonde o mundo em ledo impasse
Já não trouxera nada de memória.
5
Cosmopolita sonho, o ser feliz
Esbarra nos caminhos mais diversos
E sei dos dias ledos e perversos
Aonde o que pudera se desdiz,
O verso traz nesta alma a cicatriz
E bebo dos meus sonhos já submersos
Nos tempos mais audazes e dispersos
Tentando acreditar no que não fiz.
Resumos de outras eras sem sentido
O corpo há tanto tempo apodrecido
Nos ermos de uma vida sem valia,
O quanto se traduz em noite vã
Retarda o que pudesse noutro afã
E a luta se desenha em covardia.
6
Recônditos caminhos onde outrora
Pudesse desejar qualquer alento,
A vida onde se queira; amor que tento
O tempo sem ter porto me devora.
Não posso desejar e sigo agora
O que pudesse mesmo além do vento
Traçar o meu caminho em tal intento
Enquanto a solidão tanto apavora.
Respaldos de uma vida sem proveito,
O quanto deste sonho agora aceito
E vivo sem saber o que seria.
Resumo num momento o que se quer
E sei dos olhos vagos da mulher
Sereia feita em dor e em agonia.
7
Telúricas imagens de um passado
Aonde o que pudesse não teria
Sequer a mesma imagem mais sombria
De um tempo noutro tanto desenhado,
Podendo adivinhar o que ora agrado
Ou mesmo se não resta outra alegria
O verso se desenha em utopia
E o corte a cada engano aprofundado.
Os dados já rolando sobre a mesa,
A vida se desenha na incerteza
De quem jamais pudera ser diverso,
Ainda que se queira uma razão
A sorte noutra rude dimensão
Renega este cenário aonde eu verso.
8
Da escuridão que tanto me segredas
As mesmas faces turvas do que um dia
Tentei acreditar e não podia,
E sei das mais diversas, duras quedas.
Porquanto no vazio onde enveredas
A luta se transforma e mais sombria
Matando o quanto possa e fantasia
Prepara as noites turvas quando sedas.
Os dias sem proveito, o fim de tudo
E sei que quanto mais audaz me iludo
E venço os desafetos e temores,
Seguindo sem saber o quanto venha
A vida quando muito já convenha
Traçando cada passo aonde fores.
9
Substâncias que transformam e deveras
Expressam o que pude acreditar
Nas tramas deste tanto desejar
Expondo o coração em rudes feras,
E quando num segundo destemperas
Matando o quanto pude imaginar
A luta se moldara a divagar
Pousando sobre casas e taperas.
Restando do que tente alguma luz,
O medo noutro tanto reproduz
Somente o que se queira e não se visse,
O amor sem ter por certo quem o alente
O tempo se mostrando impertinente
Repete quase sempre uma crendice.
10
O quanto me equilibra em união
Os dias mais doridos, tempestades
E sei que quando volvem claridades
O mundo traz em si nova emoção,
Assim em tal vital composição
Ainda quando o todo já degrades
Encontro as mais sutis realidades
E nelas outros ermos moldarão.
O verso ou mesmo o canto aonde tento
Vencer o que pudera em sofrimento
Atento desvendar em bote e rastro,
Meu mundo se ancorando no teu mar,
Porém não posso mais ora aportar
Faltando para tal somente o lastro.
Vestir a mesma face: hipocrisia
E nada do que sonhe moldaria
Momento mais atroz, porquanto rude,
E sei do quanto a vida me saúde
Ou mesmo desenhando em ironia
O verso sem saber da sincronia
Aonde se deseja uma atitude.
Acordo e nada mais se vendo após
O mundo sem certeza e sei que a voz
Já silencia o sonho que decerto
Expressaria alguma luz ao fundo,
E quando de ilusões ora me inundo,
Apenas o meu mundo ora deserto.
2
Saudade destes dias latejando,
Marcando com terror o quanto possa
Trazer a solidão mesmo que nossa
Selando o dia amargo em contrabando,
O verso noutro rumo caminhando,
A luta a cada passo nos destroça
E vejo o que pudera além da troça
Num ato sem sentido desabando.
Abrando cada sonho com a sorte
Que tanto poderia e me conforte,
Mas sei do quanto é duro o ter no olhar
Apenas o vazio e nada mais
Exposto aos mais diversos vendavais
Buscasse no infinito céu e mar.
3
Pergunto sem respostas: quanto eu possa?
A vida se anuncia no vazio
E quanto mais o passo eu desafio
A sorte não seria jamais nossa,
E o verso que em verdade já se apossa
Do quanto poderia e ora desfio
Tentando acreditar que este pavio
Traduza o quanto o sonho em paz endossa.
O verso se desenha sem proveito
E o tempo se moldando aonde o pleito
Não traga sequer medo e dor e tédio,
O tempo se presume sem olhar
O quanto poderia imaginar,
E nada traduzindo algum remédio.
4
Qual sombra de um passado mais remoto
Apenas desenhando o quanto fui,
O tempo sem sossego segue e flui
E o quando nada valho já denoto,
O corte se aproxima e quando o noto
Somente o quanto resta ainda influi
E o mundo que eu sonhara agora rui
E toda esta esperança agora esgoto.
Realço com palavras a sombria
Verdade que me toma e não traria
Sequer a menor chance de vitória
Aonde o que se veja não constasse
Na luta aonde o mundo em ledo impasse
Já não trouxera nada de memória.
5
Cosmopolita sonho, o ser feliz
Esbarra nos caminhos mais diversos
E sei dos dias ledos e perversos
Aonde o que pudera se desdiz,
O verso traz nesta alma a cicatriz
E bebo dos meus sonhos já submersos
Nos tempos mais audazes e dispersos
Tentando acreditar no que não fiz.
Resumos de outras eras sem sentido
O corpo há tanto tempo apodrecido
Nos ermos de uma vida sem valia,
O quanto se traduz em noite vã
Retarda o que pudesse noutro afã
E a luta se desenha em covardia.
6
Recônditos caminhos onde outrora
Pudesse desejar qualquer alento,
A vida onde se queira; amor que tento
O tempo sem ter porto me devora.
Não posso desejar e sigo agora
O que pudesse mesmo além do vento
Traçar o meu caminho em tal intento
Enquanto a solidão tanto apavora.
Respaldos de uma vida sem proveito,
O quanto deste sonho agora aceito
E vivo sem saber o que seria.
Resumo num momento o que se quer
E sei dos olhos vagos da mulher
Sereia feita em dor e em agonia.
7
Telúricas imagens de um passado
Aonde o que pudesse não teria
Sequer a mesma imagem mais sombria
De um tempo noutro tanto desenhado,
Podendo adivinhar o que ora agrado
Ou mesmo se não resta outra alegria
O verso se desenha em utopia
E o corte a cada engano aprofundado.
Os dados já rolando sobre a mesa,
A vida se desenha na incerteza
De quem jamais pudera ser diverso,
Ainda que se queira uma razão
A sorte noutra rude dimensão
Renega este cenário aonde eu verso.
8
Da escuridão que tanto me segredas
As mesmas faces turvas do que um dia
Tentei acreditar e não podia,
E sei das mais diversas, duras quedas.
Porquanto no vazio onde enveredas
A luta se transforma e mais sombria
Matando o quanto possa e fantasia
Prepara as noites turvas quando sedas.
Os dias sem proveito, o fim de tudo
E sei que quanto mais audaz me iludo
E venço os desafetos e temores,
Seguindo sem saber o quanto venha
A vida quando muito já convenha
Traçando cada passo aonde fores.
9
Substâncias que transformam e deveras
Expressam o que pude acreditar
Nas tramas deste tanto desejar
Expondo o coração em rudes feras,
E quando num segundo destemperas
Matando o quanto pude imaginar
A luta se moldara a divagar
Pousando sobre casas e taperas.
Restando do que tente alguma luz,
O medo noutro tanto reproduz
Somente o que se queira e não se visse,
O amor sem ter por certo quem o alente
O tempo se mostrando impertinente
Repete quase sempre uma crendice.
10
O quanto me equilibra em união
Os dias mais doridos, tempestades
E sei que quando volvem claridades
O mundo traz em si nova emoção,
Assim em tal vital composição
Ainda quando o todo já degrades
Encontro as mais sutis realidades
E nelas outros ermos moldarão.
O verso ou mesmo o canto aonde tento
Vencer o que pudera em sofrimento
Atento desvendar em bote e rastro,
Meu mundo se ancorando no teu mar,
Porém não posso mais ora aportar
Faltando para tal somente o lastro.
1
Exposto a tais espinhos, pela vida,
O tempo não pudera ser diverso
Do quanto quero e teimo e me disperso
Tentando amenizar a despedida,
O verso sem sentido e sem saída
O rústico cenário mais perverso
E quando me aproximo e desconverso
Eu vejo a mesma história já perdida.
Durante muito tempo até tentei
Ousar ser mais discreto ou mesmo rude,
O tempo se traduz onde se ilude
E faz desta mortalha a sua lei,
Não quero que se possa ver somente
O que jamais deixou de ser semente.
2
Da solidão, saudade do que um dia
Pensei que fosse minha e nunca mais
Marcasse com temor o quanto iria
Exposto aos mais diversos temporais
E sei da luta amarga e não veria
Os olhos mais sofridos, ancestrais,
Na sórdida expressão em poesia
Rompendo o quanto restam dos cristais
Os brindes, o vazio sem sentido,
O corte noutro tempo resumido,
O frio se apresenta em pleno outono,
E quando se anuncia a noite mansa
A sorte sem sentido algum avança
E nem do meu caminho em paz me adono.
3
O Nosso Pai criou a expectativa
De um mundo aonde a vida se faria
Diversa da que tanto poderia
Marcar o quanto tem e o quanto priva,
A voz sendo venal enquanto criva
O mundo de terrível agonia
Encontra no vazio o que teria
A luta sem sentido e perspectiva.
Despeço-me afinal e nada vejo
Somente o que semeio e quando almejo
Algum descanso nada mais se vendo
Senão a face aguda em corte e lança
E quando sem paragem tudo cansa
O vértice no vago se perdendo...
4
Que mata a solidão e a saudade
Num salto sem proveito em desventura
A luta sem a qual nada assegura
A morte traduzindo qualidade,
O verso sem proveito ou liberdade
A manta que pudera e configura
O quanto do passado me tortura
No tempo aonde o mundo desagrade,
Evado do que fora meu caminho
E sei do meu anseio onde daninho
Jamais pudera mesmo ser feliz,
Assinalando o verso sem saber
O que inda mais tivera em vão prazer
O tempo na verdade me desdiz.
5
Supera o desengano da paixão,
O tempo mais agudo e mesmo rude,
O quanto traz em nova dimensão
Mudando a cada passo em atitude,
Diversa do que possa e tanto ilude,
O mundo sem saber satisfação,
O verso aonde o tempo se amiúde
Tramando o quanto possa em geração.
O caos após a queda me ensinando
O centro de atenções, o verso brando
E o temporal que agora se anuncia.
Não pude desvendar o que se quis
E sei que no final o ser feliz
É mera ocasião em fantasia.
6
Protege nosso frágil caminhar,
Os velhos alambrados do passado,
E o tempo noutro tom engabelado
O mundo se moldando a divagar,
O quanto poderia em seu lugar
O tanto sem proveito e destroçado,
Ainda poderia em meu roçado
Uma esperança tola cultivar.
Não mais queria apenas ter nos olhos
As flores esquecendo dos abrolhos,
Queria muito mais: o ser feliz,
E nada do que possa em tom atroz
Resiste ao caminhar rude e feroz
Que nem a mesma luz já contradiz…
7
A força alentadora que nos une
Pousando mansamente nos teus braços,
Os dias sem te ter seguem escassos
E a vida sem proveito tanto pune,
Do sofrimento; um dia, o ser imune
Vencendo os meus terrores velhos passos
Aonde os desenhares, rudes, lassos
Não deixem que esta senda coadune.
O mundo se desenha em tom atroz
E nada mais se esconde aonde a voz
Expressa a realidade sem sentido.
O verso se aproxima do passado
E o canto tantas vezes enganado
Encontra no que resta um mero olvido.
8
Amigos que encontrei em meu caminho
Já sei que não voltaram, ou veria
De novo o quanto possa em alegria
Trazer aonde encontre tal carinho,
O dia solitário em tom mesquinho
O mundo se transcorre em agonia
E o medo noutro rumo não teria
Sequer o quanto quero e não me alinho.
Meu verso se presume sem saber
O quanto possa mesmo merecer
Depois de tanto tempo em solidão.
Mantendo a mesma cena que deveras
Trouxera ao dia a dia tantas feras
Os ermos de minha alma volverão.
9
Que o tempo dispersou pelas estradas
Sem mesmo perguntar algum motivo,
E vejo as noites rudes, desenhadas
No quanto poderia em lenitivo.
Apenas tão somente eu sobrevivo
As costas pela vida já lanhadas,
E o morto caminhar se faz altivo
As fontes sem sentido desoladas.
Somente o quanto quis e não soubera
Expressa o dia a dia em leda espera
E marca com terror o quanto eu quero,
O verso sem proveito e sem sentido,
O dia noutro tanto resumido
Num passo mais dorido e tão austero.
10
Vestido de esperanças; carnavais
Aonde o que tento nada vale
A sorte se anuncia aonde avassale
Desejos sem igual, tolos, carnais,
E o tempo se anuncia aonde o mais
Da cordilheira esmaga qualquer vale
E mesmo que algum sonho ainda abale,
Encontro os mais diversos temporais.
Não pude e não tentasse novo rumo,
E sei que pouco a pouco se me esfumo
Resisto no que possa ao mais dorido
E sórdido caminho em tom audaz
A voz se desenhando onde desfaz
Do todo qualquer tom, mero sentido.
Exposto a tais espinhos, pela vida,
O tempo não pudera ser diverso
Do quanto quero e teimo e me disperso
Tentando amenizar a despedida,
O verso sem sentido e sem saída
O rústico cenário mais perverso
E quando me aproximo e desconverso
Eu vejo a mesma história já perdida.
Durante muito tempo até tentei
Ousar ser mais discreto ou mesmo rude,
O tempo se traduz onde se ilude
E faz desta mortalha a sua lei,
Não quero que se possa ver somente
O que jamais deixou de ser semente.
2
Da solidão, saudade do que um dia
Pensei que fosse minha e nunca mais
Marcasse com temor o quanto iria
Exposto aos mais diversos temporais
E sei da luta amarga e não veria
Os olhos mais sofridos, ancestrais,
Na sórdida expressão em poesia
Rompendo o quanto restam dos cristais
Os brindes, o vazio sem sentido,
O corte noutro tempo resumido,
O frio se apresenta em pleno outono,
E quando se anuncia a noite mansa
A sorte sem sentido algum avança
E nem do meu caminho em paz me adono.
3
O Nosso Pai criou a expectativa
De um mundo aonde a vida se faria
Diversa da que tanto poderia
Marcar o quanto tem e o quanto priva,
A voz sendo venal enquanto criva
O mundo de terrível agonia
Encontra no vazio o que teria
A luta sem sentido e perspectiva.
Despeço-me afinal e nada vejo
Somente o que semeio e quando almejo
Algum descanso nada mais se vendo
Senão a face aguda em corte e lança
E quando sem paragem tudo cansa
O vértice no vago se perdendo...
4
Que mata a solidão e a saudade
Num salto sem proveito em desventura
A luta sem a qual nada assegura
A morte traduzindo qualidade,
O verso sem proveito ou liberdade
A manta que pudera e configura
O quanto do passado me tortura
No tempo aonde o mundo desagrade,
Evado do que fora meu caminho
E sei do meu anseio onde daninho
Jamais pudera mesmo ser feliz,
Assinalando o verso sem saber
O que inda mais tivera em vão prazer
O tempo na verdade me desdiz.
5
Supera o desengano da paixão,
O tempo mais agudo e mesmo rude,
O quanto traz em nova dimensão
Mudando a cada passo em atitude,
Diversa do que possa e tanto ilude,
O mundo sem saber satisfação,
O verso aonde o tempo se amiúde
Tramando o quanto possa em geração.
O caos após a queda me ensinando
O centro de atenções, o verso brando
E o temporal que agora se anuncia.
Não pude desvendar o que se quis
E sei que no final o ser feliz
É mera ocasião em fantasia.
6
Protege nosso frágil caminhar,
Os velhos alambrados do passado,
E o tempo noutro tom engabelado
O mundo se moldando a divagar,
O quanto poderia em seu lugar
O tanto sem proveito e destroçado,
Ainda poderia em meu roçado
Uma esperança tola cultivar.
Não mais queria apenas ter nos olhos
As flores esquecendo dos abrolhos,
Queria muito mais: o ser feliz,
E nada do que possa em tom atroz
Resiste ao caminhar rude e feroz
Que nem a mesma luz já contradiz…
7
A força alentadora que nos une
Pousando mansamente nos teus braços,
Os dias sem te ter seguem escassos
E a vida sem proveito tanto pune,
Do sofrimento; um dia, o ser imune
Vencendo os meus terrores velhos passos
Aonde os desenhares, rudes, lassos
Não deixem que esta senda coadune.
O mundo se desenha em tom atroz
E nada mais se esconde aonde a voz
Expressa a realidade sem sentido.
O verso se aproxima do passado
E o canto tantas vezes enganado
Encontra no que resta um mero olvido.
8
Amigos que encontrei em meu caminho
Já sei que não voltaram, ou veria
De novo o quanto possa em alegria
Trazer aonde encontre tal carinho,
O dia solitário em tom mesquinho
O mundo se transcorre em agonia
E o medo noutro rumo não teria
Sequer o quanto quero e não me alinho.
Meu verso se presume sem saber
O quanto possa mesmo merecer
Depois de tanto tempo em solidão.
Mantendo a mesma cena que deveras
Trouxera ao dia a dia tantas feras
Os ermos de minha alma volverão.
9
Que o tempo dispersou pelas estradas
Sem mesmo perguntar algum motivo,
E vejo as noites rudes, desenhadas
No quanto poderia em lenitivo.
Apenas tão somente eu sobrevivo
As costas pela vida já lanhadas,
E o morto caminhar se faz altivo
As fontes sem sentido desoladas.
Somente o quanto quis e não soubera
Expressa o dia a dia em leda espera
E marca com terror o quanto eu quero,
O verso sem proveito e sem sentido,
O dia noutro tanto resumido
Num passo mais dorido e tão austero.
10
Vestido de esperanças; carnavais
Aonde o que tento nada vale
A sorte se anuncia aonde avassale
Desejos sem igual, tolos, carnais,
E o tempo se anuncia aonde o mais
Da cordilheira esmaga qualquer vale
E mesmo que algum sonho ainda abale,
Encontro os mais diversos temporais.
Não pude e não tentasse novo rumo,
E sei que pouco a pouco se me esfumo
Resisto no que possa ao mais dorido
E sórdido caminho em tom audaz
A voz se desenhando onde desfaz
Do todo qualquer tom, mero sentido.
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