sábado, 13 de julho de 2013

SUCIAS MANOS



SUCIAS MANOS

Las manos sucias dicen de los días
Atroces que vivimos, pero veo
La muerte de eso encanto que deseo
Envuelta por diversas tonterías,
Los ojos se mojando lagrimando
Tocados por insanas tempestades,
Corrientes del pasado, viejas grades,
Matando lo que tanto busco blando,
Las golondrinas vuelan, pero sé
Que volverán después de eso momento,
El inverno mostrando en desaliento,
Pero antes de su vuelta moriré,
Aunque la amargura se presienta
La dulzura que he vivido me alimenta…

MARCOS LOURES

AMOR EM PLENILÚNIO



AMOR EM PLENILÚNIO

Amor em plenilúnio poderia
Traçar outro cenário, mesmo tendo
A imagem de um futuro quase horrendo
Matando em nascedouro a fantasia,

A orgástica loucura amarga e fria
Aos poucos o castelo corroendo
E os corpos entre tantos, mero adendo
Que a sorte degenera em agonia.

A farsa da burguesa face escrota,
Deixando uma bandeira aos poucos rota
Trazendo então à tona a caradura

Dos tolos e insensatos se alimenta,
Matando a placidez, tosca tormenta,
Ditando a face atroz, audaz e escura...

MARCOS LOURES

CANTOS ABISMALES



CANTOS ABISMALES


Cenizas donde otrora fuera un sueño,
Lapidando con terror una esperanza
La muerte se trasciendo en contradanza
Haciendo del canalla, viejo dueño,
Mercancías diversas, ilusiones,
Vendidas como fuesen de oro puro
Marcando en sus anhelos lo inseguro
Camino de torturas, maldiciones,
El águila volando, una rapaz
Imagen de lo cuanto se presienta
Envuelta en la palabra que violenta
El pueblo que pudiera tener paz.
Así en las tocayas los chacales,
Reviven viejos cantos abismales…

MARCOS LOURES

NAUFRÁGIO



NAUFRÁGIO

Uma palavra solta nada diz
Enquanto a tempestade ainda expressa,
A vida segue atroz e tendo pressa
O velho descartasse um aprendiz,

O verso mais ousado em céu tão gris
Negasse o quanto houvesse em vã promessa,
A farsa se entranhando a dor professa
E bebo novamente a cicatriz,

Errático durante toda a vida,
Não vejo no final qualquer saída,
Os crápulas cobrando este pedágio,

Quem fora marinheiro, ora sem mar,
Não tendo nem sequer onde buscar
Espera, mas reluta, o seu naufrágio...

MARCOS LOURES

DESVARIO



DESVARIO

Vivendo outro momento quando pude
Sentir a voz do vento me tocando
E nisto a solidão em contrabando
Encontra o quanto eu quis, embora rude,

Apenas quando busco em atitude
Tramar o que pudera desabando
E tanto sem sossego ora versando
Marcasse o quanto engana e nos ilude.

Escassas horas dizem do vazio
E nelas o que possa e desafio
Em desvario acendo outra esperança,

Porém atocaiada fera espreita
Ao ver a imagem tosca e mesmo estreita
Deleita-se enquanto a morte avança...

MARCOS LOURES