NAUFRÁGIO
Uma
palavra solta nada diz
Enquanto
a tempestade ainda expressa,
A
vida segue atroz e tendo pressa
O
velho descartasse um aprendiz,
O
verso mais ousado em céu tão gris
Negasse
o quanto houvesse em vã promessa,
A
farsa se entranhando a dor professa
E
bebo novamente a cicatriz,
Errático
durante toda a vida,
Não
vejo no final qualquer saída,
Os
crápulas cobrando este pedágio,
Quem
fora marinheiro, ora sem mar,
Não
tendo nem sequer onde buscar
Espera,
mas reluta, o seu naufrágio...
MARCOS
LOURES
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