sábado, 13 de julho de 2013

HOLOCAUSTO



HOLOCAUSTO

Um tolo acreditando na florada
De um jardim sonhado entre mil cores,
Agora percebendo mortas flores
Ainda sonha haver uma alvorada,

Embora no final restasse o nada,
Vencido pelos vãos, falsos pudores,
Buscasse inutilmente por amores
Negados por essa horda disfarçada.

Respiro, e mesmo assim, nada valeu,
O todo que eu desejo se perdeu
Nas tramas de quem nunca quer que mude,

Vagando pelas ruas, sem sentido,
O pé de um sonhador segue ferido,
Distante do holocausto em plenitude...

MARCOS LOURES

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