HOLOCAUSTO
Um
tolo acreditando na florada
De
um jardim sonhado entre mil cores,
Agora
percebendo mortas flores
Ainda
sonha haver uma alvorada,
Embora
no final restasse o nada,
Vencido
pelos vãos, falsos pudores,
Buscasse
inutilmente por amores
Negados
por essa horda disfarçada.
Respiro,
e mesmo assim, nada valeu,
O
todo que eu desejo se perdeu
Nas
tramas de quem nunca quer que mude,
Vagando
pelas ruas, sem sentido,
O
pé de um sonhador segue ferido,
Distante
do holocausto em plenitude...
MARCOS
LOURES
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