MEU OLHAR
Meu olhar deveras pasmo,
Entre fúrias e terrores,
Ao seguir por onde fores
Por resposta este sarcasmo,
Vou seguindo e mesmo pasmo,
Nada tendo além das dores
Cultivando em mim as flores,
Recolhendo este marasmo,
Nada vejo e nada sinto
Tanto amor agora extinto
Um velório dentro em mim,
O que pude adivinhar
Sem ter tréguas, nem lugar,
Transcorrendo rumo ao fim...
MARCOS
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sexta-feira, 24 de outubro de 2014
O QUE TANTO SE PERDEU
O QUE TANTO SE PERDEU
Quantas vezes tu revelas
O que tanto eu quis ouvir,
Mas falando sem sentir
Feito um barco sem as velas
Ao abrires as janelas
Eu pensando no porvir
E se tento resistir,
Nada apenas inda selas
E se as celas costumeiras
Entre tantas, verdadeiras
Derradeiro dia meu
Enfrentando a dura fera,
O que tanto inda se espera,
Neste nada se perdeu.
MARCOS
Quantas vezes tu revelas
O que tanto eu quis ouvir,
Mas falando sem sentir
Feito um barco sem as velas
Ao abrires as janelas
Eu pensando no porvir
E se tento resistir,
Nada apenas inda selas
E se as celas costumeiras
Entre tantas, verdadeiras
Derradeiro dia meu
Enfrentando a dura fera,
O que tanto inda se espera,
Neste nada se perdeu.
MARCOS
MESMO SEM DIREÇÃO
MESMO SEM DIREÇÃO
Ultrapasso cada muro
Procurando este quintal
Onde amor se divinal
Clareasse o tão escuro
Caminhar em
que perduro,
Entre dores, no degrau
Vejo a queda sempre igual,
Sobre o solo, árido e duro.
Entre dores, no degrau
Vejo a queda sempre igual,
Sobre o solo, árido e duro.
Percebendo o que talvez
Já decerto tu não vês
Encontrei a solidão
E se tanto ainda insisto,
Neste amor, nunca desisto,
Mesmo ausente a direção...
ESTELAR CONFORMAÇÃO
ESTELAR
CONFORMAÇÃO
Estelar conformação
Constelares ilusões
E se tanto ainda opões
Ao caminho e à direção
Estelar conformação
Constelares ilusões
E se tanto ainda opões
Ao caminho e à direção
Sem saber de algum timão
Enfrentando furacões,
Os meus dias turbilhões
Esperança dita o não,
Risco tanto, tanto arisco
E se nada mais confisco
Um corsário em mar deserto,
O meu peito sempre aberto,
Mas amor novo eu arrisco,
Ao te ver, sonho eu desperto...
ANTES QUE O TERROR VENHA
ANTES QUE O
TERROR VENHA
Passo os dias tão confuso
Procurando pela senha
Antes que o terror já venha
E tomando com abuso
Passo os dias tão confuso
Procurando pela senha
Antes que o terror já venha
E tomando com abuso
Cada sonho, mesmo obtuso
Entre a sombra se desdenha
A verdade que contenha
Este amor ora em desuso,
Sendo amargo o meu caminho,
Sendo assim sempre sozinho
Senda nova poderia
Ajudar ao andarilho,
Mas se em nada inda palmilho,
Minha noite é sempre fria...
A RAINHA DOS MEUS SONHOS
A RAINHA DOS MEUS SONHOS
Dos meus sonhos, a rainha
Dos meus passos, a esperança
Mas agora alma se cansa
E já vê: nunca foi minha
A verdade se continha
No vazio desta dança
Ao romper velha aliança
Nova vida se avizinha,
E o que fora só tristeza
Hoje em viva correnteza
Poderá beber na foz,
A alegria de um encanto
E se tanto ainda canto
Quem escuta a minha voz?
MARCOS
Dos meus sonhos, a rainha
Dos meus passos, a esperança
Mas agora alma se cansa
E já vê: nunca foi minha
A verdade se continha
No vazio desta dança
Ao romper velha aliança
Nova vida se avizinha,
E o que fora só tristeza
Hoje em viva correnteza
Poderá beber na foz,
A alegria de um encanto
E se tanto ainda canto
Quem escuta a minha voz?
MARCOS
A DOR QUE TEÇO
A DOR QUE
TEÇO
Pensamento quando ordena
E jamais eu obedeço
Na verdade a dor eu teço
E não mundo nem a cena,
Pensamento quando ordena
E jamais eu obedeço
Na verdade a dor eu teço
E não mundo nem a cena,
Vez em quando sinto pena
E se tanto me enlouqueço,
Vou virando assim do avesso
Nova manhã me serena,
Pude mesmo
acreditar
Na beleza de um luar
Mesmo em noite tão brumosa.
Na beleza de um luar
Mesmo em noite tão brumosa.
A saudade determina
Renascer a velha mina
Que esta vida já não glosa...
REVIVER A PRIMAVERA
REVIVER A PRIMAVERA
Tantos sonhos com intrigas
São por certo enfim perdidos,
Novos sonhos pressentidos
E bem sei que não mais ligas,
As palavras inimigas
E entre rumos desvalidos,
Os meus dias percorridos,
E deveras desabrigas
Quem se fez amante e agora
Quando a noite toma e aflora
Tão somente sabe o fim,
Rara luz onde pudera
Reviver a primavera
Que está morta dentro em mim...
MARCOS
Tantos sonhos com intrigas
São por certo enfim perdidos,
Novos sonhos pressentidos
E bem sei que não mais ligas,
As palavras inimigas
E entre rumos desvalidos,
Os meus dias percorridos,
E deveras desabrigas
Quem se fez amante e agora
Quando a noite toma e aflora
Tão somente sabe o fim,
Rara luz onde pudera
Reviver a primavera
Que está morta dentro em mim...
MARCOS
EM CAMINHOS MAIS DIVERSOS
EM CAMINHOS MAIS DIVERSOS
Tanto quanto procurara
Em caminhos mais diversos,
Tendo apenas os meus versos
Arma frágil se declara,
Mas se quando imaginara
Nos teus braços, meus imersos,
Hoje os rumos são dispersos,
E jamais a noite é clara,
Bebo as sobras do abandono
E me vejo em tanta dor,
Onde pode sedutor,
Tolo amor, não mais adono
E mergulho neste instante
Neste charco degradante...
MARCOS
Tanto quanto procurara
Em caminhos mais diversos,
Tendo apenas os meus versos
Arma frágil se declara,
Mas se quando imaginara
Nos teus braços, meus imersos,
Hoje os rumos são dispersos,
E jamais a noite é clara,
Bebo as sobras do abandono
E me vejo em tanta dor,
Onde pode sedutor,
Tolo amor, não mais adono
E mergulho neste instante
Neste charco degradante...
MARCOS
EM DORES FARTAS
EM DORES FARTAS
A vida desvendando em dores fartas
As tropas entre sonhos e corcéis
Bebesse finalmente além dos féis,
As horas que deveras tu descartas
E sinto sobre a mesa então as cartas
Decifro dos desejos seus papéis
E sendo que vivera mais cruéis
Momentos onde ainda em medos, partas,
Deixando tão somente o que hoje sou
Escombro que decerto ora restou
Sofrível criatura em tez sombria,
A sorte é traiçoeira disso eu sei
E quando invade em fúria a nossa grei,
Felicidade aos poucos se perdia...
SER ATROZ
SER ATROZ
O quanto valeria ser atroz
Se tudo o que talvez mesmo inda queira
Expressa nesta senda a verdadeira
Unindo nossos passos, mesmos nós,
E assim ao me entregar encontro a voz
Mais bela e com certeza a derradeira
Do amor que se mostrara em luz inteira
Deixando no passado ânsia feroz.
Vencendo assim os medos de quem sonha
E sabe ser a sorte ora tristonha
Bebendo finalmente a água tão pura
E nela com desejos saciados,
Vivenciando dias bem amados,
Sedento de prazer, rara ternura...
EM FORMA DE ORAÇÃO
EM FORMA DE ORAÇÃO
O amor que se fizera uma oração
Domina o pensamento e nos redime,
Porquanto tanto sonho raro estime
Traçando nossos passos na amplidão,
Vivendo com ternura este verão,
Passado com terror atroz de um crime,
Agora neste encanto tão sublime
Delírios sem igual se mostrarão
E tantas vezes quis esta promessa
E nela toda a vida já se expressa
Nesta beleza rara em bela senda,
Assim ao me sentir aprisionado
Nas teias deste encanto, enamorado,
Um novo tempo em vida se desvenda...
MARCOS
A CADA INSTANTE
Vou mirando a cada instante
Procurando algum alento,
Mas somente o sofrimento
Aos meus braços se adiante,
No que tange ao diamante,
Não consigo tal provento
E se ainda teimo e tento,
Outro engano torturante.
Ante a face do não ser
Ante o risco do jamais,
Não percorro siderais
Nem mergulho no prazer
Bebo assim da carestia
Onde a taça se esvazia...
MARCOS
CUMPRINDO O MEU PAPEL
Se esta sorte é mais profana
Se este mundo é tão cruel
Vou cumprindo o meu papel
Demarcado por cigana
E a verdade não engana,
Bebo farto e raro fel,
E se pude em carrossel
Nova senda, uma alma ufana
Fora apenas o começo
E se tanto foi tropeço
Bem mereço este final
Vaga sorte em vagos dias,
São mortalhas onde guias
Naufragando qualquer nau.
Se este mundo é tão cruel
Vou cumprindo o meu papel
Demarcado por cigana
E a verdade não engana,
Bebo farto e raro fel,
E se pude em carrossel
Nova senda, uma alma ufana
Fora apenas o começo
E se tanto foi tropeço
Bem mereço este final
Vaga sorte em vagos dias,
São mortalhas onde guias
Naufragando qualquer nau.
MARCOS
LUA RARA
LUA RARA
Prata sobre azul escuro
Lua rara bela senda
E também desejo atenda
Neste quanto já procuro
Novo amor onde me curo
E se tanto fosse lenda,
Outro rumo se desvenda,
Muito além do solo duro,
Risco quando se executa,
Mesmo a sanha da cicuta
Vale a pena sem pensar,
Assim sendo a poesia,
Neste tom mergulharia
Braços pratas do luar...
MARCOS LOURES
Prata sobre azul escuro
Lua rara bela senda
E também desejo atenda
Neste quanto já procuro
Novo amor onde me curo
E se tanto fosse lenda,
Outro rumo se desvenda,
Muito além do solo duro,
Risco quando se executa,
Mesmo a sanha da cicuta
Vale a pena sem pensar,
Assim sendo a poesia,
Neste tom mergulharia
Braços pratas do luar...
MARCOS LOURES
ESSE NOVO VENDAVAL
ESSE NOVO VENDAVAL
Ao sentir em cada pelo
Tanto frio quanto gozo,
O meu mar maravilhoso
Noutros tempos pesadelo,
E percebo que a envolvê-lo
Um luar tão majestoso,
Onde fora prazeroso,
Envolvido em tal novelo
Sem desvelo, zelo tanto
E decerto ainda canto
Procurando outro sinal,
Após tanta calmaria
Enfrentar já não queria
Este novo vendaval...
MARCOS LOURES
Ao sentir em cada pelo
Tanto frio quanto gozo,
O meu mar maravilhoso
Noutros tempos pesadelo,
E percebo que a envolvê-lo
Um luar tão majestoso,
Onde fora prazeroso,
Envolvido em tal novelo
Sem desvelo, zelo tanto
E decerto ainda canto
Procurando outro sinal,
Após tanta calmaria
Enfrentar já não queria
Este novo vendaval...
MARCOS LOURES
VIOLEIRO CORAÇÃO
VIOLEIRO CORAÇÃO
Violeiro coração
Ao tentar outra canção
Vai pesando e assim de banda,
Toda a sorte já desanda
Outros dias não terão
O que fora solução
Noutra voz, nova ciranda
Mergulhando no que fora
Alma nobre encantadora
Dos encantos, mais nenhum,
Todo sonho que pudesse
Já não tendo não se esquece
O que fora ao menos um.
MARCOS LOURES
FACA PRESA NA CINTURA
FACA PRESA NA CINTURA
Coração saltando à tona
A verdade me abandona
Sendo inútil tal procura
E se tanto em vão perdura,
A palavra é minha dona,
Esperança já ressona
E a saudade se amargura,
Bebo o vinho sonegado
Resta a sombra do passado
Onde ainda tento e trilho,
O meu peito se escondendo
Noutro sonho enaltecendo
Da ilusão somente o brilho...
MARCOS LOURES
MEU CORCEL
MEU CORCEL
O corcel ganha horizonte
Entre vales e montanhas
Ao saber das suas sanhas
Novo tempo em que se apronte
Nova mina, mesma fonte,
As partidas, velhas sanhas,
Esperanças em barganhas,
Nada sabem, rota a ponte.
Vasculhando o meu vazio
Outro tanto em tom sombrio
Nada além do que pudera,
Mas a lua; esta cigana,
Sobre todos soberana
Aplacando esta quimera...
MARCOS LOURES
O corcel ganha horizonte
Entre vales e montanhas
Ao saber das suas sanhas
Novo tempo em que se apronte
Nova mina, mesma fonte,
As partidas, velhas sanhas,
Esperanças em barganhas,
Nada sabem, rota a ponte.
Vasculhando o meu vazio
Outro tanto em tom sombrio
Nada além do que pudera,
Mas a lua; esta cigana,
Sobre todos soberana
Aplacando esta quimera...
MARCOS LOURES
SOB O MAR
SOB O MAR
Sob o mar prata da lua
Espalhando poesia,
Mas deveras nada cria
Quem jamais sonha e flutua
Quando a sorte alheia atua
E desvela a fantasia
Ao verter tanta ironia,
Não encontro nem a rua,
E esta nua maravilha
Que decerto tanto brilha
Plena e rara sobre nós,
Mas ausente de esperança
A minha alma não se lança
Nem mais solto a minha voz.
A ESPERANÇA
Dias tantos fartos sóis
E se ainda sem faróis
Na verdade não me chamas,
Quando a vida diz dos dramas
Entre vários contra e prós
Vou cevando caracóis
Imergindo em fúteis lamas,
Bebo a sorte mesmo ingrata
E se tanto se maltrata
Quem decerto te quis bem,
Eu prefiro a solidão
Nada tendo nem o não,
Nem este ermo ainda vem...
MARCOS LOURES
TANTO
TANTO
Tanto que te quero agora
E não queres meu querer
Poderia conhecer
Quem teu sonho ora decora
Nada vejo e vou embora
Procurando amanhecer
Lua enorme pude ver,
Mas a sombra que a devora
Desvalido caminhar
Nada resta sobre o mar,
Nem o sonho dentro em mim,
Poesia fora atroz
E sem ter sequer a voz,
Retornando de onde eu vim...
MARCOS LOURES
Tanto que te quero agora
E não queres meu querer
Poderia conhecer
Quem teu sonho ora decora
Nada vejo e vou embora
Procurando amanhecer
Lua enorme pude ver,
Mas a sombra que a devora
Desvalido caminhar
Nada resta sobre o mar,
Nem o sonho dentro em mim,
Poesia fora atroz
E sem ter sequer a voz,
Retornando de onde eu vim...
MARCOS LOURES
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
COMO E AONDE
COMO E
AONDE
Perguntando como e aonde
Outro tempo se fizesse
Muito mais que mera prece
Não sei tanto o que se esconde
Perguntando como e aonde
Outro tempo se fizesse
Muito mais que mera prece
Não sei tanto o que se esconde
Neste mundo em cada fronde
Do arvoredo que enobrece,
Mas deveras me enlouquece
Perguntar? Ninguém responde.
Hoje fora a minha sorte
Amanhã decerto a tua
E se a morte continua
A ditar
assim o norte,
Vejo apenas o final
Num cenário sempre igual...
Vejo apenas o final
Num cenário sempre igual...
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
CARCOMIDO PEITO
CARCOMIDO
PEITO
Quem virá depois do todo
Aonde o todo diz não
Ao saber sonegação
Resta apenas mero lodo,
Quem virá depois do todo
Aonde o todo diz não
Ao saber sonegação
Resta apenas mero lodo,
E mergulho quando vejo
Do cometa esta fagulha,
Ao sentir quanto se orgulha
Das agruras do desejo,
Carcomido peito exposto
Entre faca, foice e adaga
Este incêndio não se apaga
Vou seguindo; sempre oposto,
Ao que tanto mais se tece
Quando o sonho uma alma esquece...
CAMINHO A PERCORRER
Eriçando em arrepio
Pelos fartos, falta ver
O que nada dá prazer
Mal gerando algum rocio,
E se posso ter no fio
O caminho a percorrer
Acendendo sem saber
Da mortalha este pavio,
Estopins em tiros certos,
Os meus dias são desertos,
Mas abertos tais portais,
Nada vem e nem podia,
Sendo fútil poesia
Onde estão nossos cristais?
DAS VEREDAS DO SENÃO
Vejo a foto sei do monte
Onde tantas vezes fui,
O que ainda não influi
E nem toma este horizonte
Quando em mim já desaponte
Este sonho então se pui
O riacho se polui
E não tendo mais a ponte
Ao vencer a corredeira
A alma pária e parideira
Vai bebendo da ilusão,
Mas se vendo mais sozinha,
Nada cria e se avizinha
Das veredas do senão.
Onde tantas vezes fui,
O que ainda não influi
E nem toma este horizonte
Quando em mim já desaponte
Este sonho então se pui
O riacho se polui
E não tendo mais a ponte
Ao vencer a corredeira
A alma pária e parideira
Vai bebendo da ilusão,
Mas se vendo mais sozinha,
Nada cria e se avizinha
Das veredas do senão.
MARCOS LOURES
FOLHAS SECAS
FOLHAS SECAS
Com as ramas entre tantas
Folhas secas do arvoredo
Neste outono me concedo
Desengano desencantas
Desacatas, tomas mantas
E se o frio diz segredo,
Onde posso e retrocedo,
No vazio te adiantas,
Sendo assim mutável vida
Quando a sorte está perdida
Despedida pouco vale,
Neste inverno mais sombrio,
Ao beber o intenso frio,
Esperança traz o xale...
MARCOS LOURES
Com as ramas entre tantas
Folhas secas do arvoredo
Neste outono me concedo
Desengano desencantas
Desacatas, tomas mantas
E se o frio diz segredo,
Onde posso e retrocedo,
No vazio te adiantas,
Sendo assim mutável vida
Quando a sorte está perdida
Despedida pouco vale,
Neste inverno mais sombrio,
Ao beber o intenso frio,
Esperança traz o xale...
MARCOS LOURES
COM O VENTO
Flutuando com o vento
A saudade diz do quando
Outro tempo se formando
Mesmo agora ainda tento
E se nega este alimento
Esperança em leva e bando,
O caminho desaguando
Noutro tanto sem provento,
Risco assim o nosso nome
E se ainda ao longe some
Alegria num tropel,
A seara se avermelha,
A minha alma sem centelha
Não mais crê no fogaréu...
MARCOS LOURES
A saudade diz do quando
Outro tempo se formando
Mesmo agora ainda tento
E se nega este alimento
Esperança em leva e bando,
O caminho desaguando
Noutro tanto sem provento,
Risco assim o nosso nome
E se ainda ao longe some
Alegria num tropel,
A seara se avermelha,
A minha alma sem centelha
Não mais crê no fogaréu...
MARCOS LOURES
INÉRCIO BATISTA FIGUEIREDO
INÉRCIO
BATISTA FIGUEIREDO
ME LEMBREI
DO FIGUEIREDO,
VENDO A
CENA ASSIM DE NOVO
MELHOR CUIDAR
DE CAVALO
QUE DAR
SAÚDE PRO POVO...
MARCOS
LOURES
FAZ PARTE DA FAMÍLIA SÔ
PRÁ
ABESTADO ESSE SUJEITO
INTÉ É
MUITO INTELIGENTE,
COMO É
PARTE DA FAMÍA
CAVALO
TUMBÉM É GENTE...
SÓIS IMENSOS
SÓIS IMENSOS
Na alvorada abrem caminhos
Sóis imensos e em seus clarões,
Novos sonhos e verões
Novos dias, velhos ninhos,
Já não somos mais sozinhos
Nem tampouco em divisões
As heranças que tu pões
Os melhores, nobres vinhos
São apenas momentâneos
Caminhares instantâneos,
Mas lavando assim minha alma,
Pelo menos num segundo
Noutro mundo me aprofundo
E esta cena enfim me acalma.
MARCOS LOURES
Na alvorada abrem caminhos
Sóis imensos e em seus clarões,
Novos sonhos e verões
Novos dias, velhos ninhos,
Já não somos mais sozinhos
Nem tampouco em divisões
As heranças que tu pões
Os melhores, nobres vinhos
São apenas momentâneos
Caminhares instantâneos,
Mas lavando assim minha alma,
Pelo menos num segundo
Noutro mundo me aprofundo
E esta cena enfim me acalma.
MARCOS LOURES
MENTIROSO
MENTIROSO
MENTIROSO
CANDIDATO
JÁ NEM SABE
O QUE MAIS DIZ,
POIS A
PARTE QUE MAIS USA,
DA CABEÇA É O SEU NARIZ...
MILAGRE TUCANO
O SAFADO
SENADOR
CUM FUCIM
DI SACRIPANTA
CONSEGUIU,
ISSO É MILAGRE
SORTÁ O
RABO D’UMA ANTA.
OUTRO RUMO
OUTRO RUMO
Onde a sorte em sombras dita
O que tanto quis diverso
Sinto inútil cada verso
Outro rumo em tez aflita,
Onde a sorte em sombras dita
O que tanto quis diverso
Sinto inútil cada verso
Outro rumo em tez aflita,
E a verdade ora maldita
Traduzindo este universo
Em cenário tão perverso,
A minha alma ainda grita
E se é vago o caminhar,
Nada tendo céu e mar,
Lua morta há tantos anos,
Onde pus o meu cavalo,
No vazio me avassalo,
Recolhendo os desenganos...
FEITO EM ESTRELAS
FEITO EM ESTRELAS
Neste céu feito em estrelas
Sem as nuvens num clarão
Tão sobeja exposição
Como é bom poder revê-las
E se quando em envolvê-las
O meu canto é de emoção
Já não quero outra versão,
Quero ao menos recebê-las
E bebendo a claridade
Onde o sonho ora me invade
Vias tantas céu imenso,
Mas depois nada se vê,
Outro mundo sem por que,
Da miragem me convenço...
MARCOS LOURES
Neste céu feito em estrelas
Sem as nuvens num clarão
Tão sobeja exposição
Como é bom poder revê-las
E se quando em envolvê-las
O meu canto é de emoção
Já não quero outra versão,
Quero ao menos recebê-las
E bebendo a claridade
Onde o sonho ora me invade
Vias tantas céu imenso,
Mas depois nada se vê,
Outro mundo sem por que,
Da miragem me convenço...
MARCOS LOURES
ESCRITO A GIZ
Já não posso nem olhar
O que tantas vezes quis
E se agora um infeliz
Vê da terra este luar,
Onde posso mergulhar
Se o meu mar é sempre gris
O teu nome escrito a giz
Outra senda a se mostrar
Sobre os sonhos entre cantos
E se agora são quebrantos
Noutros dias ilusões,
Quando vejo esta vereda
Farta luz que se conceda
Ao contrário do que expões.
MARCOS LOURES
O que tantas vezes quis
E se agora um infeliz
Vê da terra este luar,
Onde posso mergulhar
Se o meu mar é sempre gris
O teu nome escrito a giz
Outra senda a se mostrar
Sobre os sonhos entre cantos
E se agora são quebrantos
Noutros dias ilusões,
Quando vejo esta vereda
Farta luz que se conceda
Ao contrário do que expões.
MARCOS LOURES
PROCURANDO ALGUMA ESTIMA
Dos sonetos que inda faço
Procurando alguma estima,
Na verdade nada rima
E não cedo um só espaço
Procurando alguma estima,
Na verdade nada rima
E não cedo um só espaço
Quando a sorte atroz eu traço
Com palavra que se prima
Pela insânia mudo o clima
E me encontro amargo e lasso,
Fosse assim outro momento
Onde após qualquer tormento
Vicejasse em claro sol,
Mas medonho o meu caminho,
E se tanto vou sozinho,
Não desvendo um só farol.
MARCOS LOURES
EM NOITE IMENSA
EM NOITE IMENSA
Caminhando em noite imensa
Sem temor, sigo outra vez
Bem diverso do que vês
Novo amor que me convença
A minha alma quer e pensa
Nisto encontro a lucidez
Meus enganos, meus porquês
Desconhecem recompensa
Se eu polvilho em lua e prata
A saudade me arrebata
E domina este cenário,
Tanto amor ditando o rumo
Neste encanto não me aprumo,
Mas é mal que é necessário...
terça-feira, 21 de outubro de 2014
BAGACEIRA
BAGACEIRA
Os vinhos nesta orgia
mais banal,
São quase bagaceiras,
nada valem,
Bem antes que estes
tolos já me calem,
Eu falo e me transtorno,
não faz mal,
Pagando o mesmo preço, é
tudo igual,
Porquanto as almas
toscas se avassalem,
Não tendo mais os colos
que me embalem,
Procuro noutra face o
ritual,
Sem louros de vitória,
sem a glória
Refaço a cada mês a
mesma história
Pagando este aluguel
para viver,
Se o verso não tem pé
nem tem cabeça
Já serve para aquela que
endereça
O resta nem precisa me
entender...
MARCOS LOURES
ALERTA ÀS PESSOAS DO BEM
ALERTA ÀS PESSOAS DO BEM
Além de rapineira, uma
ave escusa,
Infiltra noutros ninhos,
sorrateira,
Cuidado minha gente
brasileira,
A velha canalhice volta
e abusa,
Vez em quando o bicho de
tocaia,
Esconde o bico atroz e o
rabo preso,
Porém não sendo tolo ou
indefeso,
Jamais pertenceria à
podre laia,
O desespero bate na
canalha
E mostra em artimanha
esta guerrilha,
A corja vem sozinha ou
na matilha,
Com cuidado que aí, o
golpe falha.
A tucanalha veste várias
cores,
Escorpião se esconde atrás
das flores...
MARCOS LOURES
CAMINHO ORIGINAL
CAMINHO ORIGINAL
Original caminho
desengana
Quem tenta procurar
alguma senda
Aonde na verdade se
desvenda
A face muitas vezes
soberana
Daquela que se diz tola
e profana
No fundo aos meus
desejos não atenda
E pode-se dizer que
estando à venda
Não Vale sequer mês,
talvez semana.
Peçonha se demais,
matando a cobra,
E quando do que nada às
vezes sobra
Não serve como alento a
quem picara
Assim ao se trazer pura
verdade
Nem tudo que se fala
aqui te agrade
Diverso caminhar, mesma
seara?
MARCOS LOURES
A FACE DO DEMÔNIO
A FACE DO DEMÔNIO
A fome tem a cara do demônio,
Gerado por canalhas disfarçados
Em corpos sempre bem
alimentados
Bebendo o sangue simples
do campônio,
A fome tem a face do
covarde
Que mente, ilude e vende
o que é de outrem
Falacioso crápula “do
bem”
Uma esperança mata,
esmagando arde;
Estúpido farsante
liquidando
Quem passa e que
discorde de tal corja
Um paraíso em vida, o
demo forja,
E um Cristo a cada
esquina, destroçando.
O velho sociólogo boçal
Fabrica outro Pinóquio
sem moral.
MARCOS LOURES
RARA FORMOSURA
RARA FORMOSURA
Da rara formosura apenas
traço
E nada do que pode
merecer
Talvez ainda mostre este
prazer
Embora na verdade sem
espaço
O quanto meu caminho se
faz lasso
E o quando não já pode
apetecer
Transcende a qualquer
dor dita o cansaço
E assim ao me mostrar
quase desnudo
Se eu posso ou se não
devo mais acudo
E teimo contra a força
desumana
A poesia traz e tão
somente
O que deveras quis ser a
semente,
Mas sei que no final
decerto engana...
MARCOS LOURES
UNICAMENTE
UNICAMENTE
Unicamente sendo por
talvez
Expressar o quanto pude
e não refaço
Se o magistral
permanecer diz passo
O que a verdade poderá
não vês
Se eu sou medonho e no
disfarce crês
O meu caminho em
podridão eu traço
E no poder que da
senzala espaço
Ocupa alcanço a procurar
porquês
Não mais liberto ou
tentaria ser
O que decerto sonegou
prazer
Não vale a pena nem se
Deus quisesse
Assim se mudo ou
transmudo em prece
O quanto valho e na
verdade vejo
Não merecendo nem sequer
desejo.
MARCOS LOURES
UM NOVO AMANHECER
UM NOVO AMANHECER
Um novo amanhecer traz
tanto brilho
E as trevas do passado
ainda buscam
Espaços nebulosos; não
ofuscam,
Nem negarão jamais o
manso trilho
Seguido pela estrela
fulgurante
Brilhando neste céu em
claros tons,
E os dias que ora vejo,
belos, bons,
E o povo se transforma
num gigante.
A fome da canalha outrora
impune
Agora renascendo, velha
farsa,
Procurando o morto Sam,
tosco comparsa,
Porém Latino-América
enfim imune
Unida por um belo
amanhecer
Percebe a sordidez
apodrecer...
MARCOS LOURES
A VIDA SEM MISTÉRIOS
A VIDA SEM MISTÉRIOS
A vida sem mistérios não teria
Sequer esta beleza em que se tenta
Vencer qualquer discórdia, uma tormenta
Que quando não tem fim jamais se adia,
E vendo assim a imensa fantasia
Na qual e pela qual a dor se aumenta
E quanta vez eu vejo e me atormenta
Enquanto traz o medo ou a alegria,
Imensurável tempo em carrossel
Girando eternamente dita o léu
E o véu que assim decerto nos recobre
E trama o que não sendo passa a ser,
Gerando a fonte imensa do prazer
Somente ao existir se faz mais nobre.
MARCOS LOURES
A vida sem mistérios não teria
Sequer esta beleza em que se tenta
Vencer qualquer discórdia, uma tormenta
Que quando não tem fim jamais se adia,
E vendo assim a imensa fantasia
Na qual e pela qual a dor se aumenta
E quanta vez eu vejo e me atormenta
Enquanto traz o medo ou a alegria,
Imensurável tempo em carrossel
Girando eternamente dita o léu
E o véu que assim decerto nos recobre
E trama o que não sendo passa a ser,
Gerando a fonte imensa do prazer
Somente ao existir se faz mais nobre.
MARCOS LOURES
A IMAGEM DO "BOM MOÇO"
A IMAGEM DO “BOM MOÇO”
A verdadeira face do canalha
Se esconde na mentira descarada,
Quem nesta vida fosse sempre o nada,
Vomita sobre o pobre, a “vil gentalha”,
A faca feita em farsa, qual navalha,
Demonstra a imagem crua, desnudada,
Da pútrida expressão desmascarada,
Burguês inútil, enfim já se atrapalha,
E tenta imaginar olhando o espelho
Que o povo tem a mesma imagem sua
E rindo em ironia, se cultua,
Apenas de imbecis, ouve o conselho,
Desfilando ignorância bebe o veneno
Que destila o seu cérebro pequeno...
MARCOS LOURES
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
USEMOS A FOCINHEIRA
USEMOS A FOCINHEIRA
O canto que se espalha pelo vento
Trazendo a imensidão de uma verdade
Que possa construir a liberdade,
Vencendo com brandura algum tormento.
Porém é necessário estar atento,
Vigiando em cada canto da cidade
Pois quando alguém à fera desagrade
O verme se extrapola violento,
De frotas e espancadores, construída,
A corja pela mídia enaltecida
Demonstra a face espúria e verdadeira,
Votando com fervor, festa e alegria,
O povo que deveras renascia,
Usará como uma arma a focinheira.
VENCENDO AS AVES DE RAPINA
VENCENDO AS AVES DE RAPINA
A rapineira sorte adormecida,
Acorda com acordos imorais,
E traz entre seus bicos infernais
A negação do amor que se fez vida,
A luta tantas vezes tão renhida,
Embate contra fúria de animais
Que negam qualquer luz, sem ter jamais,
A força da manhã enaltecida.
Os velhos vermes voltam do passado
E vociferam, toscos imbecis,
Da facínora face da canalha,
A ponta que se afia da navalha,
Encontrará um povo, ora acordado...
MARCOS LOURES
O TIMÃO DE MINHA VIDA COM ESTRAMBOTE
O TIMÃO DE MINHA VIDA
Se eu pudesse ter nas mãos
O timão de minha vida
Nova sorte decidida
Ao plantar de amores grãos
Os meus dias não mais vãos
Nem percebo a despedida
A beleza sendo urdida
Já não sabe mais dos nãos
Onde tudo terminara
Numa angústia sem final,
Mas amor se magistral
Não permite este abandono
E se dele enfim me adono
Eu concebo a maravilha
Sem a dor que tanto humilha.
MARCOS LOURES
Se eu pudesse ter nas mãos
O timão de minha vida
Nova sorte decidida
Ao plantar de amores grãos
Os meus dias não mais vãos
Nem percebo a despedida
A beleza sendo urdida
Já não sabe mais dos nãos
Onde tudo terminara
Numa angústia sem final,
Mas amor se magistral
Não permite este abandono
E se dele enfim me adono
Eu concebo a maravilha
Sem a dor que tanto humilha.
MARCOS LOURES
VERMELHO, SOL ESTRELAR
VERMELHO, SOL ESTRELAR
Fazendo da união nossa bandeira,
Jamais permitiremos novo golpe,
A fúria desenvolve o contragolpe,
Não roubarão a terra brasileira,
A escravidão, nefasta imagem viva,
Comprada pela impressa, podridão,
Vendendo nosso povo, sem ter pão,
Encontrará, afinal a voz ativa,
De um povo que da morte renascido,
De um povo acorrentado no passado,
O sonho libertário, hoje acordado,
A cada novo dia, decidido,
Vermelho o sangue outrora se esvaindo,
Trazendo um sol imenso, novo e lindo...
SEM SER VIL
SEM SER VIL
Servil, mas sem ser vil nada teria
Quem eviscera a sorte em dor, punhal
O rito se tornando mais banal
A morte doma a fera? Fantasia...
Gestando o que pudesse ainda ter
Sementes onde agora vejo apenas
A morte se entornando em toscas cenas
Parindo a cada instante o desprazer.
Vestido do terror onde talvez
Pudesse acreditar num novo alento,
E quando outro caminho anseio ou tento
Errático cometa se desfez
E tanto poderia haver a estrada,
Mas como se minha alma atormentada?
Servil, mas sem ser vil nada teria
Quem eviscera a sorte em dor, punhal
O rito se tornando mais banal
A morte doma a fera? Fantasia...
Gestando o que pudesse ainda ter
Sementes onde agora vejo apenas
A morte se entornando em toscas cenas
Parindo a cada instante o desprazer.
Vestido do terror onde talvez
Pudesse acreditar num novo alento,
E quando outro caminho anseio ou tento
Errático cometa se desfez
E tanto poderia haver a estrada,
Mas como se minha alma atormentada?
MARCOS LOURES
MINEIRO COM ORGULHO E VERGONHA NA CARA
MINEIRO COM ORGULHO
E VERGONHA NA CARA
Liberdade traduz bem mais que mitos,
Um povo que se orgulha da verdade
Eclode em tantos votos, tantos gritos,
Bebendo dias
calmos mais bonitos,
Na luta sem
temor pela igualdade,
Usando dentro da
alma a liberdade
Consola o
sofrimento dos aflitos.
Ainda que
tardia, não se cala
O quanto dentro
da alma, o encanto fala,
Embora vil canalha,
tanto atreves,
Um coração
aberto e verdadeiro,
No orgulho bem
maior de ser mineiro,
Jamais te
aceitaria Aécio Neves...
SOLILÓQUIO
SOLILÓQUIO
Jogado em algum canto imerso em solilóquio
Aprendo com a vida a não seguir conselhos
Pois neles não se vê além dos meus espelhos
E a cada novo passo um outro que provoque-o;
Assim a vida traça o medo do não ser
Insuperável erro aonde se sacia
O tétrico caminho em torno da agonia
Gerando a cada engodo um novo anoitecer.
Estradas onde um dia ainda imaginara
A sorte mais sobeja e mesmo até mais bela
O verso noutro tanto exposto se revela
Por tanto que inda seja a vida tão amara.
Medonho este fantasma em luz tão vária e rude
Lutar contra mim mesmo, o que deveras pude
MARCOS LOURES
Jogado em algum canto imerso em solilóquio
Aprendo com a vida a não seguir conselhos
Pois neles não se vê além dos meus espelhos
E a cada novo passo um outro que provoque-o;
Assim a vida traça o medo do não ser
Insuperável erro aonde se sacia
O tétrico caminho em torno da agonia
Gerando a cada engodo um novo anoitecer.
Estradas onde um dia ainda imaginara
A sorte mais sobeja e mesmo até mais bela
O verso noutro tanto exposto se revela
Por tanto que inda seja a vida tão amara.
Medonho este fantasma em luz tão vária e rude
Lutar contra mim mesmo, o que deveras pude
MARCOS LOURES
O RESTO DO QUE FUI
O RESTO DO QUE FUI
Ainda se mostrando em tom tão agressivo
O resto do que fui entranha a sala e toma
Cenário mais atroz e quando vejo a soma
Do pendular espelho ainda sobrevivo,
Ainda se mostrando em tom tão agressivo
O resto do que fui entranha a sala e toma
Cenário mais atroz e quando vejo a soma
Do pendular espelho ainda sobrevivo,
Mortalha que tecera a vida desde quando
O tempo transformado em treva e ventania
Gerara este demônio e nele se recria
A sorte desairosa; e a noite se entornando...
Ouvisse qualquer som em noite solitária
O mundo não teria a face desdenhosa
De quem sem ter saída ainda teima e glosa
Achando ser a morte espúria necessária.
Ecléticos, sutis, os dias são falazes
Diversos deste tanto; aonde, o sonho, trazes.
A CADA CORTE
A CADA CORTE
E tendo a solução bem mais distante
Arrastam-se correntes; delirante
Caminho me levando para a morte,
Do todo se vertendo o mesmo nada
E quando vi a sorte noutra senda
Sem ter cada alegria que se atenda
Dos meus anseios; tosca debandada.
Esgarçam-se as já rotas ilusões
E morto em vida resta tão somente
A lúdica esperança que apascente
Diversa do que em dor venal me expões
E tendo esta certeza do jamais
Cultivo dentro em mim, meus temporais.
MARCOS LOURES
ALENTO
ALENTO
Pecado é não saber da direção
Dos erros mais comuns, fonte e final
Engodo nunca fora sensual
Tampouco nos enredos da paixão
Somente o transgredir em travas feito
Aonde poderia satisfeito
A vida se transcorre em dor e não,
E sei que tantas vezes mergulhava
Em água poluída ou mesmo em chamas
E quando em realidade tu reclamas
Uma onda bem maior, ou tanto brava
Rescende ao meu terrível dia a dia,
Alento? Só encontro em poesia!
MARCOS LOURES
Pecado é não saber da direção
Dos erros mais comuns, fonte e final
Engodo nunca fora sensual
Tampouco nos enredos da paixão
Somente o transgredir em travas feito
Aonde poderia satisfeito
A vida se transcorre em dor e não,
E sei que tantas vezes mergulhava
Em água poluída ou mesmo em chamas
E quando em realidade tu reclamas
Uma onda bem maior, ou tanto brava
Rescende ao meu terrível dia a dia,
Alento? Só encontro em poesia!
MARCOS LOURES
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