MEU OLHAR
Meu olhar deveras pasmo,
Entre fúrias e terrores,
Ao seguir por onde fores
Por resposta este sarcasmo,
Vou seguindo e mesmo pasmo,
Nada tendo além das dores
Cultivando em mim as flores,
Recolhendo este marasmo,
Nada vejo e nada sinto
Tanto amor agora extinto
Um velório dentro em mim,
O que pude adivinhar
Sem ter tréguas, nem lugar,
Transcorrendo rumo ao fim...
MARCOS
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