terça-feira, 21 de outubro de 2014

RARA FORMOSURA

RARA FORMOSURA


Da rara formosura apenas traço
E nada do que pode merecer
Talvez ainda mostre este prazer
Embora na verdade sem espaço
O quanto meu caminho se faz lasso
E o quando não já pode apetecer
Transcende a qualquer dor dita o cansaço
E assim ao me mostrar quase desnudo
Se eu posso ou se não devo mais acudo
E teimo contra a força desumana
A poesia traz e tão somente
O que deveras quis ser a semente,

Mas sei que no final decerto engana...


MARCOS LOURES

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