Tucanolândia - capítulo 22 - Negócios? Sim. Negociatas? Nunca!
Uma das coisas mais admiráveis dos governos da Tucanolândia é a honestidade.
Podem comprar qualquer mercadoria que venha de lá que a garantia é absoluta.
Não se compra carro com documentos atrasados, muito menos estatais com problemas de dívidas.
O sistema financeiro do reinado, antes de Dom Fernando Henrique Caudaloso, comportava vários bancos estatais, inclusive bancos das províncias.
Um dos maiores era o Banco de Saint Paul, conhecido como Banespa; uma das mais importantes instituições do reino.
Constava sempre entre os maiores bancos do reinado, tanto em capital quanto em depósitos.
Mas, vítima de tantos e tantos desgovernos, as suas dívidas eram gigantescas.
Quem vai querer comprar um Banco falido e endividado?
Sabiamente, Dom Gerald Aidimin, pensou no assunto e resolveu, num ato inspirado e coerente, sanear as contas do Banco para depois vendê-lo.
Isso, obviamente, era uma saída genial e que manteria, a todo custo, a fama de honestidade do reinado.
Porém, as dívidas do Banco com a União eram gigantescas, e os compradores não poderiam esperar muito tempo.
A brincadeira ficou relativamente barata. Nada que cinco bilhões de reais não resolvessem.
O banco espanhol que fez a compra não reclamou muito não.
Agora, os milhares de subnutridos, analfabetos e desassistidos da província não gostaram muito da idéia.
Mas Dom Gerald Aidimin, codinome “O Gerente”, mais uma vez demonstrou a sua gigantesca capacidade de fazer bons negócios.
Segundo a maléfica oposição, “negociatas”...
MARCOS LOURES
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