¿Futuro?
Hablar sobre cómo la vida nos trae,
y ninguna otra cosa podría ser la misma que el paso del tiempo y no ha devuelto.
Mi sueño está desvaneciendo donde podría ser la esperanza final,
y la canción se repite en muchos estribillos diferentes,
pero desafortunada.
Cansado de luchar y esperar un mundo
donde la justicia manifiesta algo que nunca será
creo que sólo tienen sentido
si el mundo conocía el verdadera razón por la que estamos aquí.
El mantenimiento de la vida
y las condiciones mínimas para la supervivencia humana.
A veces la tentación es dejar el campo de batalla
y seguir mi propio camino sin mirar
a los lados y no hacia adelante,
y veo la deformidad que se acumula diariamente,
la imagen distorsionada de lo que podría ser
la obra maestra de la naturaleza y se ha convertido en su mayor verdugo.
¿No habrá otro día?
¿Ahora vamos a ir?
Al final ...
Este suicidio sin sentido, marcado por la avaricia y la estupidez.
Marcos Loures
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 10 de dezembro de 2011
SOMOS AITANA PRADO MELLIZO y marcos loures
SOMOS
Somos polvo y arena.
Nos convertimos en cenizas,
pq somos materia organica.
Formamos parte del equilibrio,
del ciclo natural,
somos parte del aire,
las flores,
olores, esencias, etc...
Pensar nos hace diferenciarnos de otras especies,
pero no somos tan diferentes,
nos parecemos en algunas cosas,
aunque nos creamos únicos.
Somos polvo y arena.
Que se esparcen con el viento.
Autora Aitana Prado Mellizo
Somos hechos en la esperanza que trae la poesía,
y hace la canción, la emoción de un día a día,
podemos descubrir lo que existe más allá del tiempo,
en la certeza de que la palabra
predomina más sutil,
lo que permite una expresión
que refleja la manera por la eternidad tan diversa,
la sublime realidad de aquellos
que buscan más allá de la mera existencia tan fugaz,
por la Tierra y por lo tanto,
todos somos soñadores, mi amigo,
la verdad es mucho más allá,
que la persecución de todo.
Utilizando la poesía como una forma de expresión,
tratamos de asumir una aurora bendita.
Somos polvo y arena.
Nos convertimos en cenizas,
pq somos materia organica.
Formamos parte del equilibrio,
del ciclo natural,
somos parte del aire,
las flores,
olores, esencias, etc...
Pensar nos hace diferenciarnos de otras especies,
pero no somos tan diferentes,
nos parecemos en algunas cosas,
aunque nos creamos únicos.
Somos polvo y arena.
Que se esparcen con el viento.
Autora Aitana Prado Mellizo
Somos hechos en la esperanza que trae la poesía,
y hace la canción, la emoción de un día a día,
podemos descubrir lo que existe más allá del tiempo,
en la certeza de que la palabra
predomina más sutil,
lo que permite una expresión
que refleja la manera por la eternidad tan diversa,
la sublime realidad de aquellos
que buscan más allá de la mera existencia tan fugaz,
por la Tierra y por lo tanto,
todos somos soñadores, mi amigo,
la verdad es mucho más allá,
que la persecución de todo.
Utilizando la poesía como una forma de expresión,
tratamos de asumir una aurora bendita.
TROVISCAR
Quem me dera minha amiga,
Sou apenas repentista
Cada trova onde se diga
O que a vida sempre assista,
Nas palavras o caminho
Encontrado para o sonho,
Da roseira cada espinho
Dita o verso que componho,
O meu mundo poderia
Ser melhor? Não sei por que,
Pois eu tenho essa alegria
Ser amigo de você.
Cada noite, cada dia,
Cada tempo que se veja
Vou vivendo a fantasia
Que nesta alma em paz poreja,
Venço os ermos do abandono
Na eremita onde me escondo,
O meu mundo não tem dono,
Nem por ele mais respondo.
Sou da terra das Gerais
Entre vales e montanhas,
Sem ter mar procuro o cais,
Nos meus versos, minhas sanhas...
Ouço além o sabiá
Cantarola o coração,
O meu mundo sempre está
Onde existe uma ilusão...
Sou apenas repentista
Cada trova onde se diga
O que a vida sempre assista,
Nas palavras o caminho
Encontrado para o sonho,
Da roseira cada espinho
Dita o verso que componho,
O meu mundo poderia
Ser melhor? Não sei por que,
Pois eu tenho essa alegria
Ser amigo de você.
Cada noite, cada dia,
Cada tempo que se veja
Vou vivendo a fantasia
Que nesta alma em paz poreja,
Venço os ermos do abandono
Na eremita onde me escondo,
O meu mundo não tem dono,
Nem por ele mais respondo.
Sou da terra das Gerais
Entre vales e montanhas,
Sem ter mar procuro o cais,
Nos meus versos, minhas sanhas...
Ouço além o sabiá
Cantarola o coração,
O meu mundo sempre está
Onde existe uma ilusão...
TROVEJOS
O meu mundo de poeta
Não será tão verdadeiro,
Mas agora se completa
Quando, escuta-te, Sameiro,
Outras vezes tento a sorte
Que pudesse ser inteira
Emoção ditando o norte
Da palavra companheira,
O meu peito se explodindo
De alegria a te escutar
Ouço a voz de um canto lindo
Que se entoa no além-mar
Coração bate feliz,
Nesta força que me dás,
Tendo agora o que mais quis,
Encontrando a minha paz,
O meu verso se transforma
Com total felicidade
Quando agrada, traz a forma,
Do que possa em liberdade,
Num clarão a lua cheia
Invadindo esta certeza
Traz a musa que incendeia,
Vence qualquer correnteza.
Brasileiro sonhador
Com meu sangue lusitano,
Procurando o grande amor
Sem saber qualquer engano.
O meu mundo se aproxima
Do que possa ser além,
Vou ousando em cada rima,
Procurando o imenso bem.
Agradeço cada passo
Que permite nosso Pai,
Meu caminho sempre traço
Sei que o canto não me trai,
Versejando o tempo inteiro
Sem temer o que virá,
Coração, bicho matreiro,
Busca a sorte aqui ou lá.
Nos meus olhos a lembrança
De outros tempos que passei,
Na verdade fui criança
E criança fui um rei.
Jamais pude perceber
A alegria que domina
A vontade de viver
Traduzindo a minha sina.
Onde possa um repentista
Ou quem sabe um trovador,
O meu sonho equilibrista
Entre o medo e o grande amor.
Na palavra que se expressa
No caminho sem receio,
Coração bate depressa
Mergulhando em devaneio...
Não será tão verdadeiro,
Mas agora se completa
Quando, escuta-te, Sameiro,
Outras vezes tento a sorte
Que pudesse ser inteira
Emoção ditando o norte
Da palavra companheira,
O meu peito se explodindo
De alegria a te escutar
Ouço a voz de um canto lindo
Que se entoa no além-mar
Coração bate feliz,
Nesta força que me dás,
Tendo agora o que mais quis,
Encontrando a minha paz,
O meu verso se transforma
Com total felicidade
Quando agrada, traz a forma,
Do que possa em liberdade,
Num clarão a lua cheia
Invadindo esta certeza
Traz a musa que incendeia,
Vence qualquer correnteza.
Brasileiro sonhador
Com meu sangue lusitano,
Procurando o grande amor
Sem saber qualquer engano.
O meu mundo se aproxima
Do que possa ser além,
Vou ousando em cada rima,
Procurando o imenso bem.
Agradeço cada passo
Que permite nosso Pai,
Meu caminho sempre traço
Sei que o canto não me trai,
Versejando o tempo inteiro
Sem temer o que virá,
Coração, bicho matreiro,
Busca a sorte aqui ou lá.
Nos meus olhos a lembrança
De outros tempos que passei,
Na verdade fui criança
E criança fui um rei.
Jamais pude perceber
A alegria que domina
A vontade de viver
Traduzindo a minha sina.
Onde possa um repentista
Ou quem sabe um trovador,
O meu sonho equilibrista
Entre o medo e o grande amor.
Na palavra que se expressa
No caminho sem receio,
Coração bate depressa
Mergulhando em devaneio...
TROVEJAR
coração maltrata tanto
nos traz dor e faz sofrer,
porém se vencer o desencanto
no final nos traz prazer.
só queria ter certeza
deste sonho mais fugaz
ao vencer a correnteza
encontrar em mim a paz,.
o meu verso se aproxima
do que fala esta emoção
tanto amor trazendo a rima
que deságua na ilusão.
se eu pudesse, passarinho,
encontrar o teu regaço,
teu amor seria o ninho
onde esqueço o meu cansaço,
um momento sem temor
noutro rumo mais feliz
vence o sonho e o dissabor
dita o quanto eu sempre quis.
nos traz dor e faz sofrer,
porém se vencer o desencanto
no final nos traz prazer.
só queria ter certeza
deste sonho mais fugaz
ao vencer a correnteza
encontrar em mim a paz,.
o meu verso se aproxima
do que fala esta emoção
tanto amor trazendo a rima
que deságua na ilusão.
se eu pudesse, passarinho,
encontrar o teu regaço,
teu amor seria o ninho
onde esqueço o meu cansaço,
um momento sem temor
noutro rumo mais feliz
vence o sonho e o dissabor
dita o quanto eu sempre quis.
IRISÃO
IRISÃO
Terrível irrisão já se apresenta
E nela se percebe a minha face,
O quanto noutro canto uma alma trace
Diverso do que agora se aparenta,
Apenas semeando mais tormenta,
Gerando a cada não um novo impasse
Por mais que a vida doa e eu sei que passe
Nem mesmo alguma voz suave alenta.
Bebendo deste fel que também crio,
O fardo se divide por igual,
Aborto de esperanças espectral
Regenerando assim todo o vazio
Por onde caminhara há tantos anos,
Devolvo tão somente velhos danos...
Terrível irrisão já se apresenta
E nela se percebe a minha face,
O quanto noutro canto uma alma trace
Diverso do que agora se aparenta,
Apenas semeando mais tormenta,
Gerando a cada não um novo impasse
Por mais que a vida doa e eu sei que passe
Nem mesmo alguma voz suave alenta.
Bebendo deste fel que também crio,
O fardo se divide por igual,
Aborto de esperanças espectral
Regenerando assim todo o vazio
Por onde caminhara há tantos anos,
Devolvo tão somente velhos danos...
UM NINHO DE SERPENTES
UM NINHO DE SERPENTES
Um ninho de serpentes se mostrando
Aonde um dia quis ter mais tranqüilo
O dia em que sereno e em paz desfilo,
Tentando ser ao menos bem mais brando,
Mas desde que percebo, aonde e quando
O tempo não se mostra em tal estilo,
E quando desatino, e enfim destilo
Veneno que recebo, retornando,
Traduzo a realidade deste mundo
Aonde com terror eu me aprofundo
E vejo especular retrato meu.
Porquanto poderia ser sereno
Aos pouco eu também já me enveneno
Bebendo o que decerto a sorte deu.
Um ninho de serpentes se mostrando
Aonde um dia quis ter mais tranqüilo
O dia em que sereno e em paz desfilo,
Tentando ser ao menos bem mais brando,
Mas desde que percebo, aonde e quando
O tempo não se mostra em tal estilo,
E quando desatino, e enfim destilo
Veneno que recebo, retornando,
Traduzo a realidade deste mundo
Aonde com terror eu me aprofundo
E vejo especular retrato meu.
Porquanto poderia ser sereno
Aos pouco eu também já me enveneno
Bebendo o que decerto a sorte deu.
PIEDADE?
PIEDADE?
Não quero e não suporto tal piedade
Nem mesmo poderia ter em mente
Além do que se fez ora descrente
Gerando com terror a sobriedade
Aonde se mergulha insanidade
E tento desvairado plenamente
O que no coração agora ausente
E a cada novo não bem sei me invade.
Resenhas entre fardos, fotos, vãos
Inóspitos deveras tantos chãos
Arguta natureza sobrevive,
Ainda não contenho o que pensara
Matando desde já qualquer seara
Por onde andei ou mesmo nunca estive...
Não quero e não suporto tal piedade
Nem mesmo poderia ter em mente
Além do que se fez ora descrente
Gerando com terror a sobriedade
Aonde se mergulha insanidade
E tento desvairado plenamente
O que no coração agora ausente
E a cada novo não bem sei me invade.
Resenhas entre fardos, fotos, vãos
Inóspitos deveras tantos chãos
Arguta natureza sobrevive,
Ainda não contenho o que pensara
Matando desde já qualquer seara
Por onde andei ou mesmo nunca estive...
NADA TEMA
NADA TEMA
Aonde na verdade nada tema,
O peso do viver pendendo em fúria,
Não posso com temor sequer lamúria
Minha alma não suporta alguma algema
E quando mais feroz já se blasfema
Sabendo tão somente desta incúria
A sorte se demonstra agora espúria
E sabe discernir diversa gema.
Pepitas entre falsas pedrarias
Assim a cada tempo mais adias
Herdades que trouxeste em farto gozo,
Meu mundo não se vê nem mesmo cabe
O quanto dentro em mim já se desabe
Outrora num cenário majestoso...
Aonde na verdade nada tema,
O peso do viver pendendo em fúria,
Não posso com temor sequer lamúria
Minha alma não suporta alguma algema
E quando mais feroz já se blasfema
Sabendo tão somente desta incúria
A sorte se demonstra agora espúria
E sabe discernir diversa gema.
Pepitas entre falsas pedrarias
Assim a cada tempo mais adias
Herdades que trouxeste em farto gozo,
Meu mundo não se vê nem mesmo cabe
O quanto dentro em mim já se desabe
Outrora num cenário majestoso...
ENFASTIADO
ENFASTIADO
Enfastiado tento alguma voz
Que possa transcender à própria vida
E quanto mais quem sabe já duvida
O passo se transcorre em tom feroz,
E nada do que fora outrora algoz
Permite que se veja outra saída
E sendo assim a morte diz transida
A sorte de quem sabe ser atroz.
Ouvisse qualquer hino em tal louvor
E tendo a cada dia mais o horror
Gravado dentro da alma aventureira,
Imerso neste imenso pandemônio,
O fim será deveras patrimônio
Que deixo para quem inda me queira...
Enfastiado tento alguma voz
Que possa transcender à própria vida
E quanto mais quem sabe já duvida
O passo se transcorre em tom feroz,
E nada do que fora outrora algoz
Permite que se veja outra saída
E sendo assim a morte diz transida
A sorte de quem sabe ser atroz.
Ouvisse qualquer hino em tal louvor
E tendo a cada dia mais o horror
Gravado dentro da alma aventureira,
Imerso neste imenso pandemônio,
O fim será deveras patrimônio
Que deixo para quem inda me queira...
O TERROR A CADA OLHAR
O TERROR A CADA OLHAR
Decreta-se o terror a cada olhar
E tento vez em quando algum disfarce
Porquanto a própria vida nos esgarce
Não tendo após tempesta outro luar
O quanto é necessário acostumar-se
Com toda a farsa feita, este lugar
Transcende ao que pudesse imaginar
Enquanto sorrateiro não notar-se
A fúria do que tanto produzira
Ainda com terror e sendo a mira
A morte que procuro a cada instante,
O vândalo fantoche num mergulho
Tocando sem defesa o pedregulho,
Transformo-me em tal fera degradante...
Decreta-se o terror a cada olhar
E tento vez em quando algum disfarce
Porquanto a própria vida nos esgarce
Não tendo após tempesta outro luar
O quanto é necessário acostumar-se
Com toda a farsa feita, este lugar
Transcende ao que pudesse imaginar
Enquanto sorrateiro não notar-se
A fúria do que tanto produzira
Ainda com terror e sendo a mira
A morte que procuro a cada instante,
O vândalo fantoche num mergulho
Tocando sem defesa o pedregulho,
Transformo-me em tal fera degradante...
BESTA FERA
BESTA FERA
Um delicado monstro, besta fera
Que habita dentro em mim e se desnuda
Na sorte desejada e mesmo muda
Transformação que a vida por si gera,
Acoito desde sempre esta pantera
E dela com certeza tanta ajuda
Enquanto se percebe mais miúda
A face que este tempo degenera.
Resido nestes antros, súcias, hordas
E quando novos dias vês e abordas
Não tento disfarçar realidade.
Porquanto cada passo dita o não,
Aonde se pensara em direção,
A cada engodo eu sinto se degrade.
Um delicado monstro, besta fera
Que habita dentro em mim e se desnuda
Na sorte desejada e mesmo muda
Transformação que a vida por si gera,
Acoito desde sempre esta pantera
E dela com certeza tanta ajuda
Enquanto se percebe mais miúda
A face que este tempo degenera.
Resido nestes antros, súcias, hordas
E quando novos dias vês e abordas
Não tento disfarçar realidade.
Porquanto cada passo dita o não,
Aonde se pensara em direção,
A cada engodo eu sinto se degrade.
UM PASSO FORTE
UM PASSO FORTE
É necessária sempre a confiança
Que possa permitir o passo forte,
Mudando num segundo nosso norte
É base para a vida em esperança.
E assim nas mãos suaves da amizade,
Encontro a realidade de um amor,
Baseado nos anseios de igualdade,
Num tempo fabuloso a se compor.
O sonho de uma vida bem melhor,
Trazendo a quem batalha tanta fé
Sabendo desta história já de cor,
Lutando o tempo inteiro, vou até
Poder ter em meus braços rara tília
Que forma-se no amor de uma família...
É necessária sempre a confiança
Que possa permitir o passo forte,
Mudando num segundo nosso norte
É base para a vida em esperança.
E assim nas mãos suaves da amizade,
Encontro a realidade de um amor,
Baseado nos anseios de igualdade,
Num tempo fabuloso a se compor.
O sonho de uma vida bem melhor,
Trazendo a quem batalha tanta fé
Sabendo desta história já de cor,
Lutando o tempo inteiro, vou até
Poder ter em meus braços rara tília
Que forma-se no amor de uma família...
EMPRENHADOS DE TERROR
EMPRENHADOS DE TERROR
Meus olhos emprenhados de terror,
Arcando com tamanho prejuízo,
E sendo muitas vezes mais conciso,
Não posso novo tanto recompor,
Se ainda houvesse em mim além do horror
O que perdi decerto, todo o siso,
Navego contra a força do impreciso
Oceano sem saber o que propor.
Hercúlea força dita este demônio
E tanto quanto pode cada hormônio
Ditando o meu futuro desde então,
Nas sendas do prazer, orgasmos tantos
Depois ao me perder em desencantos,
Hiberno mesmo sendo em mim verão.
Meus olhos emprenhados de terror,
Arcando com tamanho prejuízo,
E sendo muitas vezes mais conciso,
Não posso novo tanto recompor,
Se ainda houvesse em mim além do horror
O que perdi decerto, todo o siso,
Navego contra a força do impreciso
Oceano sem saber o que propor.
Hercúlea força dita este demônio
E tanto quanto pode cada hormônio
Ditando o meu futuro desde então,
Nas sendas do prazer, orgasmos tantos
Depois ao me perder em desencantos,
Hiberno mesmo sendo em mim verão.
ENTREGUE ÀS FERAS
ENTREGUE ÀS FERAS
O mundo entregue às feras e eu aqui,
Tomando o meu sorvete calmamente,
E quanto mais o tempo se faz quente
Maior esta certeza do que vi,
A podre sensação da qual sorvi
O tanto que talvez inda apresente
A morte noutro fato, mais contente,
Trazendo o que talvez não conheci,
Enverga-me o terror e nada sendo,
Apenas do passado algum adendo,
Adentro pelos ermos deste vão,
E tanto poderia ter em mim,
Ainda qualquer flor, pomar, jardim,
Mas como se não vejo irrigação?
O mundo entregue às feras e eu aqui,
Tomando o meu sorvete calmamente,
E quanto mais o tempo se faz quente
Maior esta certeza do que vi,
A podre sensação da qual sorvi
O tanto que talvez inda apresente
A morte noutro fato, mais contente,
Trazendo o que talvez não conheci,
Enverga-me o terror e nada sendo,
Apenas do passado algum adendo,
Adentro pelos ermos deste vão,
E tanto poderia ter em mim,
Ainda qualquer flor, pomar, jardim,
Mas como se não vejo irrigação?
DESPOJOS
DESPOJOS
Despojos que saqueio do passado
Trazendo para mim um novo corte,
Aonde se produz a minha morte,
E deixo apenas isso qual legado,
Cadáver que cultivo com o enfado,
Não tendo quem deveras o comporte,
Transcende com certeza à própria sorte
Decerto o seu caminho, ilimitado.
Pereço quando vejo o meu retrato
E tanto quanto posso eu mesmo trato
Dos erros que costumo cometer,
Se eu trago puro estrago dentro da alma,
Certeza do vazio já me acalma,
A morte ao ultimar seu parecer...
Despojos que saqueio do passado
Trazendo para mim um novo corte,
Aonde se produz a minha morte,
E deixo apenas isso qual legado,
Cadáver que cultivo com o enfado,
Não tendo quem deveras o comporte,
Transcende com certeza à própria sorte
Decerto o seu caminho, ilimitado.
Pereço quando vejo o meu retrato
E tanto quanto posso eu mesmo trato
Dos erros que costumo cometer,
Se eu trago puro estrago dentro da alma,
Certeza do vazio já me acalma,
A morte ao ultimar seu parecer...
CARICATA FACE
CARICATA FACE
Eu vejo caricata face quando
No espelho me envaideço em cada ruga,
E tendo na verdade como fuga
Momento que pensara se fadando
Nas mãos deste demônio demonstrando
Aonde a sorte toma ou mesmo aluga,
Minha alma a cada farsa mais se enruga
Retrato se moldando assim nefando.
E tenho sempre boa companhia,
Jamais andei sozinho e não podia
Saber das heresias se não fosse
A vida companheira de desditas
E quando noutros rumos acreditas
Não vês demônio aonde és agridoce...
Eu vejo caricata face quando
No espelho me envaideço em cada ruga,
E tendo na verdade como fuga
Momento que pensara se fadando
Nas mãos deste demônio demonstrando
Aonde a sorte toma ou mesmo aluga,
Minha alma a cada farsa mais se enruga
Retrato se moldando assim nefando.
E tenho sempre boa companhia,
Jamais andei sozinho e não podia
Saber das heresias se não fosse
A vida companheira de desditas
E quando noutros rumos acreditas
Não vês demônio aonde és agridoce...
INCOERÊNCIAS
INCOERÊNCIAS
Guardadas nesta jaula, incoerências
Medonho olhar tomando este horizonte
Bem antes que meu passo desaponte
Não quero nem preciso mais clemências
Urdidos pelas mãos das inocências
Imensa poluição tomando a fonte,
Não posso e talvez sequer aponte
As mortes que carrego em prepotências.
Acolho os meus fantasmas e me vingo
Embora saiba bem cada domingo
Do peso da semana que virá,
Acréscimos de dores e discórdias
Não quero nem pretendo em tais mixórdias
Colher o que plantei aqui ou lá.
Guardadas nesta jaula, incoerências
Medonho olhar tomando este horizonte
Bem antes que meu passo desaponte
Não quero nem preciso mais clemências
Urdidos pelas mãos das inocências
Imensa poluição tomando a fonte,
Não posso e talvez sequer aponte
As mortes que carrego em prepotências.
Acolho os meus fantasmas e me vingo
Embora saiba bem cada domingo
Do peso da semana que virá,
Acréscimos de dores e discórdias
Não quero nem pretendo em tais mixórdias
Colher o que plantei aqui ou lá.
PEÇONHA
PEÇONHA
Escorpiões, aranhas e serpentes,
Medonha face exposta deste que
Falaste tantas vezes e se vê
Diverso do que tanto me apresentes.
Trazendo sempre a faca entre teus dentes
O todo prometido? Não se crê
No fardo de viver tento e cadê?
As sortes nunca foram previdentes...
Herdando qual legado este aracnídeo
Momento desairoso em tal dissídio
Transporta a morte em vida e nada traz
Senão este vazio que me deste,
Gerando dentro em mim terror e peste,
Na face mais atroz, dura e mordaz...
Escorpiões, aranhas e serpentes,
Medonha face exposta deste que
Falaste tantas vezes e se vê
Diverso do que tanto me apresentes.
Trazendo sempre a faca entre teus dentes
O todo prometido? Não se crê
No fardo de viver tento e cadê?
As sortes nunca foram previdentes...
Herdando qual legado este aracnídeo
Momento desairoso em tal dissídio
Transporta a morte em vida e nada traz
Senão este vazio que me deste,
Gerando dentro em mim terror e peste,
Na face mais atroz, dura e mordaz...
TOCAIA
TOCAIA
Entre chacais ferozes, na tocaia
A senda que percorro se mostrara
Na ausência de esperança mais amara,
Enquanto a solidão assim se espraia,
Ainda vejo ao longe, areia e praia,
Durante a vida inteira navegara
Buscando qualquer cais, mas nada ampara
Apenas me pedindo em vão que eu saia.
Reluto ao perceber ainda a chance
E tanto quanto em fúria já se avance
No sôfrego delírio este naufrágio,
Porém a vida cobra e como eu sei,
Assim é que se faz a sua lei,
E imenso com certeza sempre este ágio.
Entre chacais ferozes, na tocaia
A senda que percorro se mostrara
Na ausência de esperança mais amara,
Enquanto a solidão assim se espraia,
Ainda vejo ao longe, areia e praia,
Durante a vida inteira navegara
Buscando qualquer cais, mas nada ampara
Apenas me pedindo em vão que eu saia.
Reluto ao perceber ainda a chance
E tanto quanto em fúria já se avance
No sôfrego delírio este naufrágio,
Porém a vida cobra e como eu sei,
Assim é que se faz a sua lei,
E imenso com certeza sempre este ágio.
ALMA ESTÚPIDA
ALMA ESTÚPIDA
Do canto queda así dunha alma estúpida
A fonte interminable de ilusións
E nela cada día ti me expón
En forma tan sutil e ás veces cúpida.
Porén ao entender ser a crisálida
Que un día libertária se fará,
O canto desvelarlle desde xa
Deixando a miña face agora pálida,
A calma me saber do fin do xogo,
E tanto podo mesmo en tal derrota
Cambiar o que se fóra antiga nota
Xamais ouvindo así pedido e rogo,
Seduz-me o que non puido e podería,
Mais nada vale máis que a fantasía ...
Do canto queda así dunha alma estúpida
A fonte interminable de ilusións
E nela cada día ti me expón
En forma tan sutil e ás veces cúpida.
Porén ao entender ser a crisálida
Que un día libertária se fará,
O canto desvelarlle desde xa
Deixando a miña face agora pálida,
A calma me saber do fin do xogo,
E tanto podo mesmo en tal derrota
Cambiar o que se fóra antiga nota
Xamais ouvindo así pedido e rogo,
Seduz-me o que non puido e podería,
Mais nada vale máis que a fantasía ...
UMA ALMA ESTÚPIDA
UMA ALMA ESTÚPIDA
Do quanto resta assim de uma alma estúpida
A fonte interminável de ilusões
E nela cada dia tu me expões
Em forma tão sutil e às vezes cúpida.
Porém ao perceber ser a crisálida
Que um dia libertária se fará,
O quanto desvendara desde já
Deixando a minha face agora pálida,
Acalma-me saber do fim do jogo,
E tanto posso mesmo em tal derrota
Mudar o que se fora antiga rota,
Jamais ouvindo assim pedido e rogo,
Seduz-me o que não pude e poderia,
Mas nada vale mais que a fantasia...
Do quanto resta assim de uma alma estúpida
A fonte interminável de ilusões
E nela cada dia tu me expões
Em forma tão sutil e às vezes cúpida.
Porém ao perceber ser a crisálida
Que um dia libertária se fará,
O quanto desvendara desde já
Deixando a minha face agora pálida,
Acalma-me saber do fim do jogo,
E tanto posso mesmo em tal derrota
Mudar o que se fora antiga rota,
Jamais ouvindo assim pedido e rogo,
Seduz-me o que não pude e poderia,
Mas nada vale mais que a fantasia...
DESTINO DESAIROSO
DESTINO DESAIROSO
Destino desairoso, o que fazer?
Somente caminhar e nada mais,
Assisto às derrocadas ancestrais
E digo, tenho até certo prazer,
Mas quando mergulhando no meu ser
Anseios e desejos animais,
Arcando com demônios sem jamais
Poder às tais vontades conceder.
Eu sinto ser volúvel coração
E nele se percebe a direção
Insólita que tantas vezes dita
O rumo de quem tenta e por um triz
Já tendo tatuada a cicatriz,
Condena-se decerto em vã desdita...
Destino desairoso, o que fazer?
Somente caminhar e nada mais,
Assisto às derrocadas ancestrais
E digo, tenho até certo prazer,
Mas quando mergulhando no meu ser
Anseios e desejos animais,
Arcando com demônios sem jamais
Poder às tais vontades conceder.
Eu sinto ser volúvel coração
E nele se percebe a direção
Insólita que tantas vezes dita
O rumo de quem tenta e por um triz
Já tendo tatuada a cicatriz,
Condena-se decerto em vã desdita...
UNIDOS PELO AMOR
UNIDOS PELO AMOR
Unidos pelo amor, mesma placenta
Que tanto nos irmana e nos concebe
Presença tão igual, diversa sebe,
E quando em temporais, já nos alenta.
Vencido pela fúria da tormenta
Aonde cada gozo insano bebe
O corpo enaltecendo se percebe
E nem sequer a paz inda o sustenta.
Arcando com meus erros, não prossigo
E tento vez em quando, estou contigo,
Saber de outro momento mais feliz.
Porém ao me perder em senda escusa,
A fúria do vazio me seduza
E faz comigo aquilo que bem quis.
Unidos pelo amor, mesma placenta
Que tanto nos irmana e nos concebe
Presença tão igual, diversa sebe,
E quando em temporais, já nos alenta.
Vencido pela fúria da tormenta
Aonde cada gozo insano bebe
O corpo enaltecendo se percebe
E nem sequer a paz inda o sustenta.
Arcando com meus erros, não prossigo
E tento vez em quando, estou contigo,
Saber de outro momento mais feliz.
Porém ao me perder em senda escusa,
A fúria do vazio me seduza
E faz comigo aquilo que bem quis.
PUNHAIS
PUNHAIS
Punhais cravados todos no meu peito,
Palavras que disseste no passado,
E tanto quanto pude desmembrado
Viver a tepidez de insano leito,
Agora quando em morte enfim me deito,
Arisco tento mesmo novo fado,
Porém o meu caminho demarcado
Não aceitando mais espúrio pleito,
Assaz nefasta a vida de quem tenta
Vencer em mansidão qualquer tormenta
E sabe dissonantes emoções
Assim ao perpetrar este caminho,
Eu sei que na verdade estou sozinho,
E nada, nem perdão agora expões...
Punhais cravados todos no meu peito,
Palavras que disseste no passado,
E tanto quanto pude desmembrado
Viver a tepidez de insano leito,
Agora quando em morte enfim me deito,
Arisco tento mesmo novo fado,
Porém o meu caminho demarcado
Não aceitando mais espúrio pleito,
Assaz nefasta a vida de quem tenta
Vencer em mansidão qualquer tormenta
E sabe dissonantes emoções
Assim ao perpetrar este caminho,
Eu sei que na verdade estou sozinho,
E nada, nem perdão agora expões...
O TEMPO ONDE SE VIA.
Não tendo mais o tempo onde se via
O tanto que a mortalha me trouxera
A vida noutro ponto desespera
E mata em nascedouro a fantasia.
O corte se aproxima em agonia
E tenta uma palavra mais sincera
Regendo o que se pensa e não impera
A morte toma a forma dia a dia.
Não quero a menor chance de futuro,
Somente o que deveras asseguro
Marcando em sortilégio esta incerteza.
O vento se expandindo sem saber
Do quanto poderia em tal prazer
Deixando esta loucura feita em presa.
Não tendo mais o tempo onde se via
O tanto que a mortalha me trouxera
A vida noutro ponto desespera
E mata em nascedouro a fantasia.
O corte se aproxima em agonia
E tenta uma palavra mais sincera
Regendo o que se pensa e não impera
A morte toma a forma dia a dia.
Não quero a menor chance de futuro,
Somente o que deveras asseguro
Marcando em sortilégio esta incerteza.
O vento se expandindo sem saber
Do quanto poderia em tal prazer
Deixando esta loucura feita em presa.
CACHOEIRAS E CASCATAS
CACHOEIRAS E CASCATAS
Descendo cachoeiras e cascatas
Resisto vez em quando ao que pudera
Gerar dentro de mim a imensa fera
E nela descontando tais bravatas
As horas poderiam insensatas
Beberem do que um dia em primavera
Pensara e quando vi se desespera
Enquanto os nossos laços tu desatas.
Resisto ao mais terrível dos momentos,
E sei quantos prováveis sofrimentos
Terei ao me tornar de ti diverso,
E quanto mais eu luto e não consigo,
Cevando a cada não meu desabrigo
No olhar, que sei temido e tão perverso.
Descendo cachoeiras e cascatas
Resisto vez em quando ao que pudera
Gerar dentro de mim a imensa fera
E nela descontando tais bravatas
As horas poderiam insensatas
Beberem do que um dia em primavera
Pensara e quando vi se desespera
Enquanto os nossos laços tu desatas.
Resisto ao mais terrível dos momentos,
E sei quantos prováveis sofrimentos
Terei ao me tornar de ti diverso,
E quanto mais eu luto e não consigo,
Cevando a cada não meu desabrigo
No olhar, que sei temido e tão perverso.
Lo que no tiene precio
Lo que no tiene precio
La propia vida trae en sí muchas esperanzas,
pero el tiempo cambia de dirección,
y cuando, en el egoísmo, nos sentimos.
Perdemos el más hermoso que hay en nosotros.
Y el viento va en otra dirección,
la embarcación, encontrando varias piedras,
y solitaria buscando un puerto del barco,
donde podían descansar.
La respuesta está en nosotros,
pero la arrogancia deforma y rechaza el muelle,
nos trae sufrimiento.
Felicidad nace en ti,
cuando se fertiliza esta esperanza todos los días,
compartiendo lo que no tiene precio,
y lo que realmente es el mayor tesoro.
El amor.
Marcos Loures
La propia vida trae en sí muchas esperanzas,
pero el tiempo cambia de dirección,
y cuando, en el egoísmo, nos sentimos.
Perdemos el más hermoso que hay en nosotros.
Y el viento va en otra dirección,
la embarcación, encontrando varias piedras,
y solitaria buscando un puerto del barco,
donde podían descansar.
La respuesta está en nosotros,
pero la arrogancia deforma y rechaza el muelle,
nos trae sufrimiento.
Felicidad nace en ti,
cuando se fertiliza esta esperanza todos los días,
compartiendo lo que no tiene precio,
y lo que realmente es el mayor tesoro.
El amor.
Marcos Loures
Los naufragios
Los naufragios
Donde los llantos, las liras, los trovadores
creían en el sueño más amable,
Expresando ahora nuevas colores,
las bendiciones de una musa, me he estado pidiendo.
Pero la deidad se perdió,
involucrada en esta oscuridad, dolorosa.
Marcando el sentimiento a cada paso.
Apedreada, veo una esperanza.
La expresión profética, tomando la escena,
haciendo de mí sueño, una gran decepción, y nada más.
En un mar de terribles olas en tormentas,
eso faro sin brillo, traza mis naufragios.
Marcos Loures
Donde los llantos, las liras, los trovadores
creían en el sueño más amable,
Expresando ahora nuevas colores,
las bendiciones de una musa, me he estado pidiendo.
Pero la deidad se perdió,
involucrada en esta oscuridad, dolorosa.
Marcando el sentimiento a cada paso.
Apedreada, veo una esperanza.
La expresión profética, tomando la escena,
haciendo de mí sueño, una gran decepción, y nada más.
En un mar de terribles olas en tormentas,
eso faro sin brillo, traza mis naufragios.
Marcos Loures
Ilusión
La ilusión, mi compañera,
sobrevivió durante las tormentas,
Atrapada entre las cadenas en las mazmorras
de los errores más triviales.
Usando la palabra, sin pensar,
sin dirección, lo intento, entonces.
Jugado sin destino en viento fuerte,
mi muerte se está acercando a vagar.
Emociones espurias dictando intentando
que haya alguna forma.
Yo nunca pude entender cuáles
son las diversas dicotomías, incongruentes.
En la mañana brumosa, me siento más disto,
perdiendo el sueño que estaba por venir.
Marcos Loures
sobrevivió durante las tormentas,
Atrapada entre las cadenas en las mazmorras
de los errores más triviales.
Usando la palabra, sin pensar,
sin dirección, lo intento, entonces.
Jugado sin destino en viento fuerte,
mi muerte se está acercando a vagar.
Emociones espurias dictando intentando
que haya alguna forma.
Yo nunca pude entender cuáles
son las diversas dicotomías, incongruentes.
En la mañana brumosa, me siento más disto,
perdiendo el sueño que estaba por venir.
Marcos Loures
¿La literatura?
¿La literatura?
Debido a su camino más exótico,
pero aun así yo no tenía recuerdos de que,
una vez en la agonía, sin demora, vencería piedra y espino.
Haciendo frente a mis engaños
de poder sentir el dulce aliento de la mañana,
la realidad es cruda, torpe e inútil,
aunque afirme algún placer, la fantasía.
La mediocridad es desenfrenada sobre la tierra
matando a un arte noble,
muriendo poco a poco descubre
al fin la realidad podrida.
De las alturas hasta las trincheras abisales,
la literatura, ¿amigo?
¡Nunca más!
Marcos Loures
Debido a su camino más exótico,
pero aun así yo no tenía recuerdos de que,
una vez en la agonía, sin demora, vencería piedra y espino.
Haciendo frente a mis engaños
de poder sentir el dulce aliento de la mañana,
la realidad es cruda, torpe e inútil,
aunque afirme algún placer, la fantasía.
La mediocridad es desenfrenada sobre la tierra
matando a un arte noble,
muriendo poco a poco descubre
al fin la realidad podrida.
De las alturas hasta las trincheras abisales,
la literatura, ¿amigo?
¡Nunca más!
Marcos Loures
Réalité et imagination.
Réalité et imagination.
Mes yeux cherchent au moins à l'image de qui a été perdue
dans les brumes du passé,
sachant qu'il ne sera jamais trouver
chez tant de tempêtes que le temps apporte.
Le rêve, un espoir à la fois brut et sans la moindre
notion de la réalité apporte encore votre ancienne image
déformée par la mémoire et souriant,
une image enregistrée comme un trésor
dans le tiroir des illusions anciennes.
La vie a passé, le temps est inexorable;
Les cheveux gris la peau ridée,
affiche le miroir, mais nie l'âme.
Dans l'éternité d'une pause la scène
dans l'histoire de qui se déplace de plus en plus loin de la réalité ...
marcos loures
Mes yeux cherchent au moins à l'image de qui a été perdue
dans les brumes du passé,
sachant qu'il ne sera jamais trouver
chez tant de tempêtes que le temps apporte.
Le rêve, un espoir à la fois brut et sans la moindre
notion de la réalité apporte encore votre ancienne image
déformée par la mémoire et souriant,
une image enregistrée comme un trésor
dans le tiroir des illusions anciennes.
La vie a passé, le temps est inexorable;
Les cheveux gris la peau ridée,
affiche le miroir, mais nie l'âme.
Dans l'éternité d'une pause la scène
dans l'histoire de qui se déplace de plus en plus loin de la réalité ...
marcos loures
The Four Seasons...
The Four Seasons...
Walking through the city streets,
in the twilight of life, watching the fading autumn
just around the corner
and coming winter between blizzards
and the wind becomes more and more cold.
The spring is so far away with their noisy and firm steps,
smiling, and anguishing,
in a gang that following a leader,
then summer egoism,
his arrogance and the weight by curving powerful as we do.
But in my autumn the serenity is approaching,
and although occasionally there is an early flowering of hope,
prepare myself progressively for the winter.
Knowing that there are terminate the seasons...
Marcos Loures
Walking through the city streets,
in the twilight of life, watching the fading autumn
just around the corner
and coming winter between blizzards
and the wind becomes more and more cold.
The spring is so far away with their noisy and firm steps,
smiling, and anguishing,
in a gang that following a leader,
then summer egoism,
his arrogance and the weight by curving powerful as we do.
But in my autumn the serenity is approaching,
and although occasionally there is an early flowering of hope,
prepare myself progressively for the winter.
Knowing that there are terminate the seasons...
Marcos Loures
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
AMAR-TE
AMAR-TE
Trazer o gosto amargo dos meus ritos,
Em todas minha mágoas, penitente...
Cortando, livres, carnes e infinitos.
Vultos negros, partícipes, serpente...
Quero a mordaça, laços mais benditos,
A maçã, cortesã, mais veemente,
No gozo mais profundo, mais retintos.
Febre terçã, malária, inconseqüente...
Perambulas pecados e orgias,
Enleios, devaneios, meus veleiros...
Meus pecados urgentes, fantasias.
Falas! Eu não te creio, nem credito,
Teu vulto retorcido, meus janeiros,
Amar-te: poesia, dor e mito...
Trazer o gosto amargo dos meus ritos,
Em todas minha mágoas, penitente...
Cortando, livres, carnes e infinitos.
Vultos negros, partícipes, serpente...
Quero a mordaça, laços mais benditos,
A maçã, cortesã, mais veemente,
No gozo mais profundo, mais retintos.
Febre terçã, malária, inconseqüente...
Perambulas pecados e orgias,
Enleios, devaneios, meus veleiros...
Meus pecados urgentes, fantasias.
Falas! Eu não te creio, nem credito,
Teu vulto retorcido, meus janeiros,
Amar-te: poesia, dor e mito...
SEM AMOR? EDIR PINA DE BARROS E marcos loures
SEM AMOR? EDIR PINA DE BARROS E marcos loures
O mundo sem amor é tão patético
tal qual um mar sem ondas, sem espumas,
calmo e perdido entre as densas brumas,
desencantado, sem fulgor, hermético.
O amor que é amor - grandioso e eclético –
flutua feito as mais suaves plumas
que soltam pelo ares as anhumas,
nos vendavais do amor, que é sempre herético.
Que venham as tempestades, vendavais
Abismos tenebrosos, abissais,
As vagas do prazer sem fim do mar
Profundo do sentir sem medos, pejos,
escumas da volúpia dos desejos
pois eu só quero amar, amar e amar.
Edir Pina de Barros
Arcando com meus erros do passado
Anseios de um futuro proveitoso
Aonde com ternura, sonho e gozo,
Vivesse cada instante do teu lado,
O canto mais feliz se faz ousado
E possa ministrar o majestoso
Caminho aonde o ser maravilhoso
Expressa o quanto queira ser amado,
Não mais temendo as teias desta rede,
Matando em teu prazer a imensa sede
De quem se faz além de meramente,
Ocasos esquecidos; sigo em paz,
Tramando o quanto possa ser audaz
No todo que decerto se pressente...
O mundo sem amor é tão patético
tal qual um mar sem ondas, sem espumas,
calmo e perdido entre as densas brumas,
desencantado, sem fulgor, hermético.
O amor que é amor - grandioso e eclético –
flutua feito as mais suaves plumas
que soltam pelo ares as anhumas,
nos vendavais do amor, que é sempre herético.
Que venham as tempestades, vendavais
Abismos tenebrosos, abissais,
As vagas do prazer sem fim do mar
Profundo do sentir sem medos, pejos,
escumas da volúpia dos desejos
pois eu só quero amar, amar e amar.
Edir Pina de Barros
Arcando com meus erros do passado
Anseios de um futuro proveitoso
Aonde com ternura, sonho e gozo,
Vivesse cada instante do teu lado,
O canto mais feliz se faz ousado
E possa ministrar o majestoso
Caminho aonde o ser maravilhoso
Expressa o quanto queira ser amado,
Não mais temendo as teias desta rede,
Matando em teu prazer a imensa sede
De quem se faz além de meramente,
Ocasos esquecidos; sigo em paz,
Tramando o quanto possa ser audaz
No todo que decerto se pressente...
Amáronse che meu PAI
Amáronse che meu PAI
Un día fun católico apostólico,
E postulava un Deus que fose amigo,
Cordeiro moito máis do que simbólico,
Nos dando a garantía de un abrigo ...
Despois ao ver o mundo tan caótico,
Tentei ver Xesucristo doutra forma,
Abrindo o corazón a un novo pórtico,
Eu abrace sen medos a Reforma ...
Non quero os Teus milagres, meu Señor,
Apenas a palabra que me ensina
A ter en miñas mans o pleno amor,
A morte e mesmo a dor, é miña sina ...
Vencer os disparates dos humanos,
Saber cal a verdade dos Teus Planos ...
Un día fun católico apostólico,
E postulava un Deus que fose amigo,
Cordeiro moito máis do que simbólico,
Nos dando a garantía de un abrigo ...
Despois ao ver o mundo tan caótico,
Tentei ver Xesucristo doutra forma,
Abrindo o corazón a un novo pórtico,
Eu abrace sen medos a Reforma ...
Non quero os Teus milagres, meu Señor,
Apenas a palabra que me ensina
A ter en miñas mans o pleno amor,
A morte e mesmo a dor, é miña sina ...
Vencer os disparates dos humanos,
Saber cal a verdade dos Teus Planos ...
AMARGURA
AMARGURA
Cualquiera que me conoce sabe de la amargura
Tan frecuente en mis días, mía amiga,
La falta de mansedumbre y de ternura,
Las noches oscuras y solitarias…
Si intento enmascarar con la dulzura
Que emana de las toscas melodías,
La cruda realidad me tortura,
Por eso me refugio en la fantasía...
Heredero del vacío, no quiero nada,
Alguna sonrisa aún más austera,
Un verso que traduce perfectamente...
Melancolía engalanando los mis sueños,
Y en vano bebo los claros de la luna
Simplemente en la vida, soy un necio…
Marcos Loures
Cualquiera que me conoce sabe de la amargura
Tan frecuente en mis días, mía amiga,
La falta de mansedumbre y de ternura,
Las noches oscuras y solitarias…
Si intento enmascarar con la dulzura
Que emana de las toscas melodías,
La cruda realidad me tortura,
Por eso me refugio en la fantasía...
Heredero del vacío, no quiero nada,
Alguna sonrisa aún más austera,
Un verso que traduce perfectamente...
Melancolía engalanando los mis sueños,
Y en vano bebo los claros de la luna
Simplemente en la vida, soy un necio…
Marcos Loures
VERSOS DEL SENTIMIENTO
VERSOS DEL SENTIMIENTO
Cantar versos del sentimiento
Que tanto nos bendigan y nos protejan;
Por más que estas palabras no coinciden
Con el día a día, doloroso.
Y ponga en los corazones sufridos,
Alientos tantas veces pronosticados
Y aun cuando errónea o falsa dirección,
Sirven los sueños como mis escudos.
Cantar los versos es una alegría
Que puede cambiar un ser humano,
Después de una vida en graves daños,
Dando más sentido al nuevo día,
Respeto por la naturaleza, el nuestro nido,
Y al Padre que nos ha creado por un amor eterno.
Marcos Loures
Cantar versos del sentimiento
Que tanto nos bendigan y nos protejan;
Por más que estas palabras no coinciden
Con el día a día, doloroso.
Y ponga en los corazones sufridos,
Alientos tantas veces pronosticados
Y aun cuando errónea o falsa dirección,
Sirven los sueños como mis escudos.
Cantar los versos es una alegría
Que puede cambiar un ser humano,
Después de una vida en graves daños,
Dando más sentido al nuevo día,
Respeto por la naturaleza, el nuestro nido,
Y al Padre que nos ha creado por un amor eterno.
Marcos Loures
VAGANDO EM LIBERDADE
Vagando em liberdade, ganho espaços
E tento acreditar noutro momento
Enquanto a vida traça em desalento
Os dias mais terríveis, sonhos lassos.
Os pendulares sonhos ditam passos
E nisto com certeza me atormento
Bebendo a sordidez do rude vento
Sabendo dos enganos, turvos crassos.
Respondo ao que viria noutro fato,
E sei do quanto pude e mal constato
Avesso caminhar em noite escura,
A luta se transforma e nada leva
Senão este momento feito em treva
Que tanto me atormenta e enfim tortura.
E tento acreditar noutro momento
Enquanto a vida traça em desalento
Os dias mais terríveis, sonhos lassos.
Os pendulares sonhos ditam passos
E nisto com certeza me atormento
Bebendo a sordidez do rude vento
Sabendo dos enganos, turvos crassos.
Respondo ao que viria noutro fato,
E sei do quanto pude e mal constato
Avesso caminhar em noite escura,
A luta se transforma e nada leva
Senão este momento feito em treva
Que tanto me atormenta e enfim tortura.
Poder transformador
Poder transformador
El amor con su poder transformador,
De repente invade nuestras vidas,
Buscando algún consuelo, en un deslumbramiento,
Reunión de nuestras fuerzas mucho allá en la subida,
En cualquier sentido, el seductor,
Ayudando hacer frente a la dura batalla
En los combates; sin conocer la derrota o la victoria,
Demuestra con frecuencia la salida.
Mi saldo, por supuesto positivo,
Permítanme una sonrisa que me sostiene,
Si a veces la ilusión, lo me priva,
Temiendo el amanecer tan solo,
Amor con su perfil más atractivo,
Se demuestra, en fin el mí apoyo.
Marcos Loures
El amor con su poder transformador,
De repente invade nuestras vidas,
Buscando algún consuelo, en un deslumbramiento,
Reunión de nuestras fuerzas mucho allá en la subida,
En cualquier sentido, el seductor,
Ayudando hacer frente a la dura batalla
En los combates; sin conocer la derrota o la victoria,
Demuestra con frecuencia la salida.
Mi saldo, por supuesto positivo,
Permítanme una sonrisa que me sostiene,
Si a veces la ilusión, lo me priva,
Temiendo el amanecer tan solo,
Amor con su perfil más atractivo,
Se demuestra, en fin el mí apoyo.
Marcos Loures
Lágrimas
Lágrimas
Contenidas, mis lágrimas no caen.
Sólo cállense, abortadas;
Pero escondidas; profundamente traicionan
a aquello que siempre ha querido vivir los albores...
En mi alma, esperanzas surgen siempre,
pero mis ojos no veían eso resplandor,
dónde podría haber la luz.
Resurge el viejo dolor que se escondía en la madrugada.
Aun en la amargura se retuvieran
Las lágrimas que he tratado de ocultar,
Una sonrisa de ironía sobrevive,
engañando todo el sufrimiento;
Mi prisión, aún veo la convirtiendo
en una canción donde trato
de disfrazar o al menos me engaño.
Marcos loures
Contenidas, mis lágrimas no caen.
Sólo cállense, abortadas;
Pero escondidas; profundamente traicionan
a aquello que siempre ha querido vivir los albores...
En mi alma, esperanzas surgen siempre,
pero mis ojos no veían eso resplandor,
dónde podría haber la luz.
Resurge el viejo dolor que se escondía en la madrugada.
Aun en la amargura se retuvieran
Las lágrimas que he tratado de ocultar,
Una sonrisa de ironía sobrevive,
engañando todo el sufrimiento;
Mi prisión, aún veo la convirtiendo
en una canción donde trato
de disfrazar o al menos me engaño.
Marcos loures
L'amour parfait.
L'amour parfait.
Penser autant de jours
où je puisse croire à perfection
dans l'amour qui obtient la déception
si communs dans qui s'est donné
totalement sans componction.
La vie est meilleure lorsque vous oubliez
les tristesses auxquels nous sommes confrontés; cascades.
Juste comme un immense fleuve sur la trajectoire accidenté,
pour nombreuses courbes.
Espérant d'avoir, après tous ces problèmes,
quelques remous, où je puisse me reposer.
Et donc j'essaye la perfection
jamais savoir où trouver.
Marcos Loures
Penser autant de jours
où je puisse croire à perfection
dans l'amour qui obtient la déception
si communs dans qui s'est donné
totalement sans componction.
La vie est meilleure lorsque vous oubliez
les tristesses auxquels nous sommes confrontés; cascades.
Juste comme un immense fleuve sur la trajectoire accidenté,
pour nombreuses courbes.
Espérant d'avoir, après tous ces problèmes,
quelques remous, où je puisse me reposer.
Et donc j'essaye la perfection
jamais savoir où trouver.
Marcos Loures
Perfect love.
Perfect love.
Thinking about so many days
where I can believe in perfection
in the love that wins the disappointment
so common in who gave herself
totally without compunction.
Life is better when you forget
the sorrows we face; waterfalls.
Just like an immense river on rugged path,
so many curves.
Hoping of having after all these troubles,
some backwater where I can rest.
And so I try for perfection
never know where to find it.
Marcos Loures
Thinking about so many days
where I can believe in perfection
in the love that wins the disappointment
so common in who gave herself
totally without compunction.
Life is better when you forget
the sorrows we face; waterfalls.
Just like an immense river on rugged path,
so many curves.
Hoping of having after all these troubles,
some backwater where I can rest.
And so I try for perfection
never know where to find it.
Marcos Loures
DESGASTE
DESGASTE
A morte se adentrando em mim traçando
A cada novo dia outro desgaste,
E tanto sem poder contar com a haste
O mundo pouco a pouco desabando,
E sei que meu futuro é tão nefando
Durante o que vivera fora um traste,
E agora com a merda que legaste,
O pouco que me resta destroçando.
Fagulhas não permitem farta frágua
Aonde a labareda enfim deságua
Ardência sonegada, fim imundo,
Nas tramas do que tanto desfiara
A vida se transcorre tão amara,
E nesta insânia imensa eu me aprofundo...
A morte se adentrando em mim traçando
A cada novo dia outro desgaste,
E tanto sem poder contar com a haste
O mundo pouco a pouco desabando,
E sei que meu futuro é tão nefando
Durante o que vivera fora um traste,
E agora com a merda que legaste,
O pouco que me resta destroçando.
Fagulhas não permitem farta frágua
Aonde a labareda enfim deságua
Ardência sonegada, fim imundo,
Nas tramas do que tanto desfiara
A vida se transcorre tão amara,
E nesta insânia imensa eu me aprofundo...
LOUVOR
LOUVOR
Bulindo em minha pele tais anseios
Gerindo cada passo rumo ao cardo,
E quanto se percebe imenso fardo,
Relembro tuas pernas, coxas, seios,
E deixo para trás velhos receios,
Qual fora algum poeta, mesmo um bardo,
A vida penetrando feito um dardo
Matando o que pensara em vãos recreios.
Negar o descaminho por onde adentro,
E tendo esta figura como centro
De todo pensamento que se tenha,
Viver ensandecido, forma vã
De poder num louvor clamar Satã
Por mais que uma alma tola se contenha...
Bulindo em minha pele tais anseios
Gerindo cada passo rumo ao cardo,
E quanto se percebe imenso fardo,
Relembro tuas pernas, coxas, seios,
E deixo para trás velhos receios,
Qual fora algum poeta, mesmo um bardo,
A vida penetrando feito um dardo
Matando o que pensara em vãos recreios.
Negar o descaminho por onde adentro,
E tendo esta figura como centro
De todo pensamento que se tenha,
Viver ensandecido, forma vã
De poder num louvor clamar Satã
Por mais que uma alma tola se contenha...
PARASITAS
PARASITAS
Helmínticos momentos, parasitas
Aonde o que talvez não percebesse
Mudasse na verdade qualquer messe
Verdade conhecida, mas evitas,
E tentas disfarçar horas malditas
E delas cada cena que se tece
Fazendo do vazio, tosca prece
Enquanto ainda insana; teimas, gritas.
E tanto poderia acreditar
No quase que decerto já nos guia,
A porta ao esconder a fantasia
Transcende ao que seria lupanar,
Prostíbulos que tanto freqüentei
Conhecem dos prazeres cada lei.
Helmínticos momentos, parasitas
Aonde o que talvez não percebesse
Mudasse na verdade qualquer messe
Verdade conhecida, mas evitas,
E tentas disfarçar horas malditas
E delas cada cena que se tece
Fazendo do vazio, tosca prece
Enquanto ainda insana; teimas, gritas.
E tanto poderia acreditar
No quase que decerto já nos guia,
A porta ao esconder a fantasia
Transcende ao que seria lupanar,
Prostíbulos que tanto freqüentei
Conhecem dos prazeres cada lei.
EXTASIADO
EXTASIADO
O quanto se roubando deste sumo
No qual ao se mostrar extasiado,
Talvez já te pareça algum pecado,
O gozo que eu desejo e sempre assumo,
No quanto ser feliz eu me acostumo,
E sei que tantas vezes desvairado,
O mundo sonegando algum recado,
Dos ermos mais profanos me perfumo.
Aonde se pudesse e sei quem mude,
Não tendo mais pudor, sequer virtude,
Anseio pelo orgasmo e nada além,
A fúria das tempestas? Passageira,
A mão que te abençoa, traiçoeira
Demônios, na verdade ela contém.
O quanto se roubando deste sumo
No qual ao se mostrar extasiado,
Talvez já te pareça algum pecado,
O gozo que eu desejo e sempre assumo,
No quanto ser feliz eu me acostumo,
E sei que tantas vezes desvairado,
O mundo sonegando algum recado,
Dos ermos mais profanos me perfumo.
Aonde se pudesse e sei quem mude,
Não tendo mais pudor, sequer virtude,
Anseio pelo orgasmo e nada além,
A fúria das tempestas? Passageira,
A mão que te abençoa, traiçoeira
Demônios, na verdade ela contém.
PRAZERES
PRAZERES
Prazeres que conduzem ao vazio
Entregues em momentos triunfais,
Percebo tão somente dos umbrais
O tempo se tornando bem mais frio.
E quando este fantasma enfim recrio,
Tocado pelos gozos dos cristais,
Aonde se mostrasse em magistrais
Momentos, o que tanto desafio.
Relendo cada página da vida,
A estrada que percebo já perdida,
Conduz ao mais terrível desatino,
Mas como posso ser assim diverso,
Se neste mundo escroto andando imerso,
Um tosco viajante, um clandestino...
Prazeres que conduzem ao vazio
Entregues em momentos triunfais,
Percebo tão somente dos umbrais
O tempo se tornando bem mais frio.
E quando este fantasma enfim recrio,
Tocado pelos gozos dos cristais,
Aonde se mostrasse em magistrais
Momentos, o que tanto desafio.
Relendo cada página da vida,
A estrada que percebo já perdida,
Conduz ao mais terrível desatino,
Mas como posso ser assim diverso,
Se neste mundo escroto andando imerso,
Um tosco viajante, um clandestino...
FULGORES
FULGORES
A prostituta, o velho, este menino,
As somas dos vazios entre tantos
E quando se cobrissem com tais mantos
Invés do que pensavas desatino
Vivenciando assim um diamantino
Delírio entre fulgores, mais encantos,
E quanto mais sobejos os quebrantos,
Mais alto deste inferno eu ouço um hino.
Dos pélagos dos sonhos, nada existe
Senão este cenário que de triste
Não tem a menor sombra, mas diverso,
E vejo entre desejos, nuas musas
E quanto mais anseios, mais abusas,
Orgástico momento, e nele imerso.
A prostituta, o velho, este menino,
As somas dos vazios entre tantos
E quando se cobrissem com tais mantos
Invés do que pensavas desatino
Vivenciando assim um diamantino
Delírio entre fulgores, mais encantos,
E quanto mais sobejos os quebrantos,
Mais alto deste inferno eu ouço um hino.
Dos pélagos dos sonhos, nada existe
Senão este cenário que de triste
Não tem a menor sombra, mas diverso,
E vejo entre desejos, nuas musas
E quanto mais anseios, mais abusas,
Orgástico momento, e nele imerso.
LIBERTINO
LIBERTINO
Apenas nesta vida um libertino
Que tanto se entregou sem ter medida,
E agora quando finda a sua vida,
Deveras procurando outro destino?
No quanto em tal cenário me alucino
Do labirinto ausente uma saída,
Porquanto quem adentra não duvida,
O quanto se faz turvo o cristalino.
Assaz diverso o rumo aonde encontro
E nele a cada passo o desencontro
Forjando novos dias, mesmas eras,
Não vês o quão soberba esta emoção
E segues sem pensar na direção
Aonde em mansa espreitas vejo as feras...
Apenas nesta vida um libertino
Que tanto se entregou sem ter medida,
E agora quando finda a sua vida,
Deveras procurando outro destino?
No quanto em tal cenário me alucino
Do labirinto ausente uma saída,
Porquanto quem adentra não duvida,
O quanto se faz turvo o cristalino.
Assaz diverso o rumo aonde encontro
E nele a cada passo o desencontro
Forjando novos dias, mesmas eras,
Não vês o quão soberba esta emoção
E segues sem pensar na direção
Aonde em mansa espreitas vejo as feras...
TREVAS TENTADORAS
TREVAS TENTADORAS
Através destas trevas tentadoras
Adentro pouco a pouco o ledo inferno
E quanto mais nos ermos eu me interno,
As horas com certeza redentoras,
Ainda que diversa tu já foras
Verás no verso agora o que externo
Um mundo que é decerto duro e terno,
Em sendas mais doridas, promissoras.
Eu sei o quanto é vário o seu caminho
E fácil te garanto, prosseguir,
Assim ao se embeber neste elixir
Jamais terás um dia em vão, sozinho,
Das chamas entre lodos, pantanais
Cenários com certeza magistrais...
Através destas trevas tentadoras
Adentro pouco a pouco o ledo inferno
E quanto mais nos ermos eu me interno,
As horas com certeza redentoras,
Ainda que diversa tu já foras
Verás no verso agora o que externo
Um mundo que é decerto duro e terno,
Em sendas mais doridas, promissoras.
Eu sei o quanto é vário o seu caminho
E fácil te garanto, prosseguir,
Assim ao se embeber neste elixir
Jamais terás um dia em vão, sozinho,
Das chamas entre lodos, pantanais
Cenários com certeza magistrais...
HERDEIRO
HERDEIRO
Herdeiro deste Reino demoníaco
Satã, um soberano em gozo e festa,
Assim ao se pensar quanto funesta
Deveras noutra face afrodisíaco,
E tendo esta verdade em ser maníaco
Aonde se pensara em qualquer fresta
Adentra o coração e assim se empresta
Hedônico portal, paradisíaco.
Enquanto rege o Império do sentido,
Tomado pelas ânsias da libido,
Eclético senhor, dita o poder,
E assim ao se mostrar desnudo ser
Edênica serpente? Ledo engano
É belo e tentador tal soberano.
Herdeiro deste Reino demoníaco
Satã, um soberano em gozo e festa,
Assim ao se pensar quanto funesta
Deveras noutra face afrodisíaco,
E tendo esta verdade em ser maníaco
Aonde se pensara em qualquer fresta
Adentra o coração e assim se empresta
Hedônico portal, paradisíaco.
Enquanto rege o Império do sentido,
Tomado pelas ânsias da libido,
Eclético senhor, dita o poder,
E assim ao se mostrar desnudo ser
Edênica serpente? Ledo engano
É belo e tentador tal soberano.
APOCALÍPTICO
APOCALÍPTICO
Encontro no que tanto te traz pejo
O gozo mais sublime e tão perfeito
E quando em trevas tantas eu me deito,
O fim maravilhoso ora prevejo,
Nas sanhas mais sublimes um lampejo
Transcorre furioso e me deleito,
Agora por Satã se sou aceito,
O mundo em glórias fartas, mais sobejo,
Alívio aos meus tormentos, minhas dores,
Espinhos derrotando podres flores
E todo este cenário decomposto,
A pútrida visão, mera carniça
Poder que enfim se emana da cobiça
E Jeová enfim será deposto!
Encontro no que tanto te traz pejo
O gozo mais sublime e tão perfeito
E quando em trevas tantas eu me deito,
O fim maravilhoso ora prevejo,
Nas sanhas mais sublimes um lampejo
Transcorre furioso e me deleito,
Agora por Satã se sou aceito,
O mundo em glórias fartas, mais sobejo,
Alívio aos meus tormentos, minhas dores,
Espinhos derrotando podres flores
E todo este cenário decomposto,
A pútrida visão, mera carniça
Poder que enfim se emana da cobiça
E Jeová enfim será deposto!
AS ÂNSIAS DO DEMÔNIO
AS ÂNSIAS DO DEMÔNIO
Marcado pelas ânsias do demônio
Não pude mais seguir tal procissão,
Nos círios e nas lágrimas de então
Agora dentro em mim tal pandemônio,
Ao ser deste Satã um patrimônio,
Não quero mais a dura solidão
Tampouco este silêncio e me ouvirão
Do grande aristocrata ao vil campônio.
Servindo ao grande pai, o majestoso,
Herdando a terra inteira após o fim,
Medonho caricato um querubim,
Andando pelas ruas, pegajoso,
Verá depois de tudo o grande Império
Aonde o despudor dita o critério.
Marcado pelas ânsias do demônio
Não pude mais seguir tal procissão,
Nos círios e nas lágrimas de então
Agora dentro em mim tal pandemônio,
Ao ser deste Satã um patrimônio,
Não quero mais a dura solidão
Tampouco este silêncio e me ouvirão
Do grande aristocrata ao vil campônio.
Servindo ao grande pai, o majestoso,
Herdando a terra inteira após o fim,
Medonho caricato um querubim,
Andando pelas ruas, pegajoso,
Verá depois de tudo o grande Império
Aonde o despudor dita o critério.
NAS HORDAS DE SATÃ
NAS HORDAS DE SATÃ
Sentindo-me deveras no vapor
Aonde se esfumaça a liberdade,
Vencendo com furor a tempestade,
Gozando deste imenso dissabor,
O preço que se paga pelo amor,
Enquanto o tempo tudo em vão degrade,
Rompendo dos pudores qualquer grade,
Não vejo mais a cena a se compor,
Fagulhas incendeiam os infernos
E deles novamente ricos ternos,
E tantas maravilhas prometidas,
Infaustos nesta vida? Nunca mais,
Auríferos caminhos magistrais,
Nas hordas de Satã enternecidas...
Sentindo-me deveras no vapor
Aonde se esfumaça a liberdade,
Vencendo com furor a tempestade,
Gozando deste imenso dissabor,
O preço que se paga pelo amor,
Enquanto o tempo tudo em vão degrade,
Rompendo dos pudores qualquer grade,
Não vejo mais a cena a se compor,
Fagulhas incendeiam os infernos
E deles novamente ricos ternos,
E tantas maravilhas prometidas,
Infaustos nesta vida? Nunca mais,
Auríferos caminhos magistrais,
Nas hordas de Satã enternecidas...
ALTARES
ALTARES
Poder que nos seduz, dinheiro e gozo,
Assim ao mais sublime dos altares
E quando com certeza tu tocares
Verás o quanto é belo e majestoso,
Ainda quando agora, este andrajoso
Demônio nos diversos lupanares
Caminhos mais sutis tu profanares,
Após a tempestade o prazeroso
Cenário se mostrando em ouro e fêmeas
Diversas almas sendo quase gêmeas
E nelas se desnuda este delírio,
Deixando para trás a virulência
Da espúria e sem proveitos inocência
Matando o que restara em ti, martírio...
Poder que nos seduz, dinheiro e gozo,
Assim ao mais sublime dos altares
E quando com certeza tu tocares
Verás o quanto é belo e majestoso,
Ainda quando agora, este andrajoso
Demônio nos diversos lupanares
Caminhos mais sutis tu profanares,
Após a tempestade o prazeroso
Cenário se mostrando em ouro e fêmeas
Diversas almas sendo quase gêmeas
E nelas se desnuda este delírio,
Deixando para trás a virulência
Da espúria e sem proveitos inocência
Matando o que restara em ti, martírio...
ESPÍRITO SATÂNICO
ESPÍRITO SATÂNICO
Espírito satânico domina
O verso mais audaz que poderia,
E tanta vida feita em tez sombria
Negando desde sempre alguma mina,
Aonde se emanara podre sina
E tanto quanto pude em agonia
Dizer do meu fantasma que se cria
Enquanto este terror tanto fascina,
A sorte desvendada neste enredo
E quanto mais ao demo me concedo
Percebo enfim a tal felicidade,
Assim ao retratar a humanidade
Nas sendas de Satã eu me enveredo
Minha alma pouco a pouco se degrade...
Espírito satânico domina
O verso mais audaz que poderia,
E tanta vida feita em tez sombria
Negando desde sempre alguma mina,
Aonde se emanara podre sina
E tanto quanto pude em agonia
Dizer do meu fantasma que se cria
Enquanto este terror tanto fascina,
A sorte desvendada neste enredo
E quanto mais ao demo me concedo
Percebo enfim a tal felicidade,
Assim ao retratar a humanidade
Nas sendas de Satã eu me enveredo
Minha alma pouco a pouco se degrade...
DEITADO SOBRE AS SOMBRAS
DEITADO SOBRE AS SOMBRAS
Deitado sobre as sombras do que fui
Encontro esta satânica figura,
E quando se percebe assim ternura,
A morte em minhas veias, segue e flui.
O quanto deste demo sempre influi
No passo que deveras transfigura
Embora te pareça uma loucura,
Revela o que decerto pressinto e rui.
Não pude contra a força mais insana
E tantas vezes alma tão profana
Hedônico demônio me tocara,
Assim ao se sanar a solidão
Nos ermos deste inferno a solução
Cicatrizando o não, dorida escara...
Deitado sobre as sombras do que fui
Encontro esta satânica figura,
E quando se percebe assim ternura,
A morte em minhas veias, segue e flui.
O quanto deste demo sempre influi
No passo que deveras transfigura
Embora te pareça uma loucura,
Revela o que decerto pressinto e rui.
Não pude contra a força mais insana
E tantas vezes alma tão profana
Hedônico demônio me tocara,
Assim ao se sanar a solidão
Nos ermos deste inferno a solução
Cicatrizando o não, dorida escara...
LAVANDO OS MEUS PECADOS
LAVANDO OS MEUS PECADOS
Lavando os meus pecados com as lástimas
Que tanto surtem ledo e triste efeito,
Já não seria assim tão satisfeito
O mundo feito em pulhas, vagas lágrimas,
E tantas vezes traço em tom atroz
O quadro que tecera a mansidão
Se eu quero e mesmo adoro a danação
É nela que se torna firme a voz,
Augúrios entre sonhos, senda vis,
Resenhas costumeiras, e as jornadas
Deveras entre tantas malfadadas,
Assim talvez me faça mais feliz.
Reparo a sombra escusa desta bruma,
E toda esta esperança em vão se esfuma...
Lavando os meus pecados com as lástimas
Que tanto surtem ledo e triste efeito,
Já não seria assim tão satisfeito
O mundo feito em pulhas, vagas lágrimas,
E tantas vezes traço em tom atroz
O quadro que tecera a mansidão
Se eu quero e mesmo adoro a danação
É nela que se torna firme a voz,
Augúrios entre sonhos, senda vis,
Resenhas costumeiras, e as jornadas
Deveras entre tantas malfadadas,
Assim talvez me faça mais feliz.
Reparo a sombra escusa desta bruma,
E toda esta esperança em vão se esfuma...
VERSO SATÂNICO
VERSO SATÂNICO
Adentro felizmente este caminho
Que leva ao meu querido Satanás
E tenho nesta fúria, a imensa paz,
Da qual e pela qual me fiz daninho,
Erguendo um brinde ao Demo, vou sozinho
E embora na verdade tanto faz,
O quanto me fiz rude e até mordaz,
Sangrando a cada verso, traço o ninho.
Não quero o teu perdão nem mais preciso,
Se a vida sempre traça um prejuízo
De que me vale assim, misericórdia,
O passo mais feroz que inda se dê
Transforma qualquer coisa sem por que
No anseio mais sublime da discórdia...
Adentro felizmente este caminho
Que leva ao meu querido Satanás
E tenho nesta fúria, a imensa paz,
Da qual e pela qual me fiz daninho,
Erguendo um brinde ao Demo, vou sozinho
E embora na verdade tanto faz,
O quanto me fiz rude e até mordaz,
Sangrando a cada verso, traço o ninho.
Não quero o teu perdão nem mais preciso,
Se a vida sempre traça um prejuízo
De que me vale assim, misericórdia,
O passo mais feroz que inda se dê
Transforma qualquer coisa sem por que
No anseio mais sublime da discórdia...
SIGO EM FRENTE
SIGO EM FRENTE
Já não me arrependendo sigo em frente
E tento vez em quando um novo engodo,
A vida me levando ao mesmo lodo
E nisto cada dia se apresente,
Aonde poderia ser o todo,
Deveras nem metade se pressente,
Da sorte se decerto fui ausente
O sonho a cada não sombrio eu podo,
E enredo-me nas tramas desta pútrida
Visão que tanto pude enquanto cúpida
Vivenciar o torpe descaminho,
Agora em cena tétrica desvio
A direção fugaz de um velho rio
Nas margens deste inferno já me aninho...
Já não me arrependendo sigo em frente
E tento vez em quando um novo engodo,
A vida me levando ao mesmo lodo
E nisto cada dia se apresente,
Aonde poderia ser o todo,
Deveras nem metade se pressente,
Da sorte se decerto fui ausente
O sonho a cada não sombrio eu podo,
E enredo-me nas tramas desta pútrida
Visão que tanto pude enquanto cúpida
Vivenciar o torpe descaminho,
Agora em cena tétrica desvio
A direção fugaz de um velho rio
Nas margens deste inferno já me aninho...
MENDICÂNCIA
MENDICÂNCIA
Não quero um misantropo, a mendicância
Gerada pela insânia de quem sabe
O quanto a cada dia mais desabe
O mundo sem ternura em tal vacância
Marcado pelas garras da ganância
Bem antes já vivera o que não cabe,
E parto do princípio que se acabe
Aquilo que transcorra em discrepância.
Velhusco coração de um ser otário
Sabendo quanto o fim é necessário
Um pária se envolvendo em qualquer trama,
Eu sinto ser deveras mais urgente
O quanto necessito e penitente
A voz deste demônio já me clama.
Não quero um misantropo, a mendicância
Gerada pela insânia de quem sabe
O quanto a cada dia mais desabe
O mundo sem ternura em tal vacância
Marcado pelas garras da ganância
Bem antes já vivera o que não cabe,
E parto do princípio que se acabe
Aquilo que transcorra em discrepância.
Velhusco coração de um ser otário
Sabendo quanto o fim é necessário
Um pária se envolvendo em qualquer trama,
Eu sinto ser deveras mais urgente
O quanto necessito e penitente
A voz deste demônio já me clama.
FÚRIA
FÚRIA
Alimento os meus demônios com a fúria
Que tantas vezes dita o dia a dia,
E quando ainda assim se lamuria
A sorte se percebe em tal incúria,
Resisto o quanto posso e nesta escura
Seara não desvendo qualquer luz,
A morte, eu sou sincero, me seduz,
E nada além do fim, a alma procura.
Nefasta realidade diz de quem
Vivera sempre à sombra e nada fora,
Na fétida ilusão tão tentadora,
Meu enlutado riso se contém,
Convenha qualquer ópio que entorpeça
A quem interessasse: a vida avessa...
Alimento os meus demônios com a fúria
Que tantas vezes dita o dia a dia,
E quando ainda assim se lamuria
A sorte se percebe em tal incúria,
Resisto o quanto posso e nesta escura
Seara não desvendo qualquer luz,
A morte, eu sou sincero, me seduz,
E nada além do fim, a alma procura.
Nefasta realidade diz de quem
Vivera sempre à sombra e nada fora,
Na fétida ilusão tão tentadora,
Meu enlutado riso se contém,
Convenha qualquer ópio que entorpeça
A quem interessasse: a vida avessa...
MEU PARCO ESPÍRITO
MEU PARCO ESPÍRITO
Ocupa-se da dor meu parco espírito
E tanto navegando em água imunda,
A sorte no vazio se aprofunda
Errático e satânico eis o empírico
Caminho que perfaço em tom etílico
E vago pelas hordas mais temíveis,
Os sonhos se os tivesse; imprescindíveis
Famélica figura, um ser idílico
Não posso prescindir desta quimera,
Pois dela ao absorver cada respiro,
No quanto em tal abismo já me atiro
Somente a solidão ainda espera
Quem tanto desejara alguma paz,
E apenas a mortalha satisfaz...
Ocupa-se da dor meu parco espírito
E tanto navegando em água imunda,
A sorte no vazio se aprofunda
Errático e satânico eis o empírico
Caminho que perfaço em tom etílico
E vago pelas hordas mais temíveis,
Os sonhos se os tivesse; imprescindíveis
Famélica figura, um ser idílico
Não posso prescindir desta quimera,
Pois dela ao absorver cada respiro,
No quanto em tal abismo já me atiro
Somente a solidão ainda espera
Quem tanto desejara alguma paz,
E apenas a mortalha satisfaz...
VÃ NECESSIDADE
VÃ NECESSIDADE
Gerido pela vã necessidade
O tempo em vilania se percebe
E quando mergulhando escusa sebe
O temporal deveras nos degrade
E gera com terror esta ansiedade
Aonde a paz jamais viva concebe
E tudo o que decerto se recebe
Não traça senão dor e falsidade.
Errôneos dias vago sem sentido
E tudo se perdendo em fome e tédio,
Sabendo tão distante algum remédio
Até da própria vida já duvido
E sendo assim pecado em voz sombria
Recado demoníaco eu prevejo,
Regrando cada nota de um desejo
Traçando em torpe esgoto a poesia...
Gerido pela vã necessidade
O tempo em vilania se percebe
E quando mergulhando escusa sebe
O temporal deveras nos degrade
E gera com terror esta ansiedade
Aonde a paz jamais viva concebe
E tudo o que decerto se recebe
Não traça senão dor e falsidade.
Errôneos dias vago sem sentido
E tudo se perdendo em fome e tédio,
Sabendo tão distante algum remédio
Até da própria vida já duvido
E sendo assim pecado em voz sombria
Recado demoníaco eu prevejo,
Regrando cada nota de um desejo
Traçando em torpe esgoto a poesia...
ABISSAL
ABISSAL
Aonde se pudesse ter o píncaro
Apenas um terrível abissal,
O amor que tanto quis fenomenal,
Traduz a realidade de um novo Ícaro,
Cincada após cincada sigo assim,
Jogado contra as pedras, nada valho,
O quanto este danado dá trabalho
Depois de certo tempo chega o fim,
E volto novamente à solidão,
Qual onda em praia nunca deixo a areia
A movediça sorte me incendeia,
Porém o tempo dita a viração,
As asas derretidas, nova queda,
Porém eu pagarei: mesma moeda.
Aonde se pudesse ter o píncaro
Apenas um terrível abissal,
O amor que tanto quis fenomenal,
Traduz a realidade de um novo Ícaro,
Cincada após cincada sigo assim,
Jogado contra as pedras, nada valho,
O quanto este danado dá trabalho
Depois de certo tempo chega o fim,
E volto novamente à solidão,
Qual onda em praia nunca deixo a areia
A movediça sorte me incendeia,
Porém o tempo dita a viração,
As asas derretidas, nova queda,
Porém eu pagarei: mesma moeda.
A CADA PASSO
A CADA PASSO
Moldando a cada passo um novo prédio
Aonde poderia ter sossego,
Verdade é que pedindo sempre arrego,
Não vejo qualquer sonho, e morro em tédio,
Amor fazendo sempre um tolo assédio,
Não quero e não mereço mais apego,
Já não suporto mais este morcego
Anêmico delírio quer remédio.
Mas quando esta morena se apresenta,
A boca se mostrando mais sedenta,
E tudo novamente recomeça,
Na fresta que se abriu amor já vem,
Depois de certo tempo sem ninguém,
E este idiota aqui sempre tropeça...
Moldando a cada passo um novo prédio
Aonde poderia ter sossego,
Verdade é que pedindo sempre arrego,
Não vejo qualquer sonho, e morro em tédio,
Amor fazendo sempre um tolo assédio,
Não quero e não mereço mais apego,
Já não suporto mais este morcego
Anêmico delírio quer remédio.
Mas quando esta morena se apresenta,
A boca se mostrando mais sedenta,
E tudo novamente recomeça,
Na fresta que se abriu amor já vem,
Depois de certo tempo sem ninguém,
E este idiota aqui sempre tropeça...
FELICIDADE?
FELICIDADE?
Quem diz felicidade não conhece
Da vida nem sequer mínima parte,
E quando se fizesse assim descarte
O todo não merece qualquer prece,
Aos poucos esperança já fenece
E deixa no lugar um Malasarte
Teimoso cavaleiro que reparte
Colheita que deveras não merece.
Pergunto e sem respostas sigo em frente
Por mais que na verdade ainda tente
Fugir do meu espelho, sou assim,
Medonha face exposta no presente,
O quanto do passado ainda ausente
Não dita a primavera e nem jardim...
Quem diz felicidade não conhece
Da vida nem sequer mínima parte,
E quando se fizesse assim descarte
O todo não merece qualquer prece,
Aos poucos esperança já fenece
E deixa no lugar um Malasarte
Teimoso cavaleiro que reparte
Colheita que deveras não merece.
Pergunto e sem respostas sigo em frente
Por mais que na verdade ainda tente
Fugir do meu espelho, sou assim,
Medonha face exposta no presente,
O quanto do passado ainda ausente
Não dita a primavera e nem jardim...
UM DÉBIL CORAÇÃO
UM DÉBIL CORAÇÃO
Já não escuto mais o que me dita
O débil coração que tanto teima
E quando esta verdade doma e queima
A sorte se transforma em tez maldita,
Pudesse até sonhar com tal desdita
E nada do que cismo é guloseima,
Amor vira do avesso e vira teima
Enquanto não conserto e a morte pita.
Esfumaçada cena noite em branco,
Às vezes é melhor que eu seja franco,
E aos trancos e barrancos levo a vida,
Caindo vez em quando me levanto,
E quando me machuco, sem espanto,
Encontro em solidão, uma saída...
Já não escuto mais o que me dita
O débil coração que tanto teima
E quando esta verdade doma e queima
A sorte se transforma em tez maldita,
Pudesse até sonhar com tal desdita
E nada do que cismo é guloseima,
Amor vira do avesso e vira teima
Enquanto não conserto e a morte pita.
Esfumaçada cena noite em branco,
Às vezes é melhor que eu seja franco,
E aos trancos e barrancos levo a vida,
Caindo vez em quando me levanto,
E quando me machuco, sem espanto,
Encontro em solidão, uma saída...
UMA SAÍDA
UMA SAÍDA
Procuro uma saída e não percebo
Sequer qualquer momento que me acolha,
O amor numa outonal e tosca folha
A cada novo dia em vão concebo,
E sendo assim da vida este placebo
Que cada sonho então já se recolha
E trancafie o canto em tola bolha
Do quanto poderia e nem bebo.
Erguendo a velha taça de cristal,
Aonde quis um copo de tomate,
O amor por ser assim velho arremate
Não deixa depois disso algum sinal,
E tanto se desvenda este mistério
Na falta de juízo ou de critério...
Procuro uma saída e não percebo
Sequer qualquer momento que me acolha,
O amor numa outonal e tosca folha
A cada novo dia em vão concebo,
E sendo assim da vida este placebo
Que cada sonho então já se recolha
E trancafie o canto em tola bolha
Do quanto poderia e nem bebo.
Erguendo a velha taça de cristal,
Aonde quis um copo de tomate,
O amor por ser assim velho arremate
Não deixa depois disso algum sinal,
E tanto se desvenda este mistério
Na falta de juízo ou de critério...
NÃO FOSSE A VIDA TRAIÇOEIRA
NÃO FOSSE A VIDA TRAIÇOEIRA
Teria o que talvez inda quisesse
Não fosse a vida assim tão traiçoeira
Se eu faço da ilusão minha bandeira,
Jamais terei da sorte esta benesse,
O quanto do vazio se obedece
Na fonte aonde a seca é verdadeira,
Não posso contra a vida em derradeira
Medonha face, tudo não mais tece
O parto sonegado, ledo aborto,
Navio sem destino busca o porto
Na ausência de caminho, norte ou rumo,
E tanto quanto pude até navego,
Mas sendo eternamente tolo e cego,
Naufrágio da esperança eu sempre assumo...
Teria o que talvez inda quisesse
Não fosse a vida assim tão traiçoeira
Se eu faço da ilusão minha bandeira,
Jamais terei da sorte esta benesse,
O quanto do vazio se obedece
Na fonte aonde a seca é verdadeira,
Não posso contra a vida em derradeira
Medonha face, tudo não mais tece
O parto sonegado, ledo aborto,
Navio sem destino busca o porto
Na ausência de caminho, norte ou rumo,
E tanto quanto pude até navego,
Mas sendo eternamente tolo e cego,
Naufrágio da esperança eu sempre assumo...
SONHAR É PERMITIDO
SONHAR É PERMITIDO
Sonhar é permitido, mas que vale
O sonho se com fé não realizo,
O tanto que inda ganho é prejuízo
Porquanto tão somente inda resvale
No todo que imagino, e não se fale
A sorte me remete ao vil granizo
E quando noutras cores me matizo
Mimetizada vida nega o xale,
E o frio dominando o dia a dia,
Esboço reações, mas não podia
Saber do quanto resta em luz e dor,
Abrindo esta janela, num convite
Mergulho no vazio e sem limite,
Sobrevoando a vida em tal torpor...
Sonhar é permitido, mas que vale
O sonho se com fé não realizo,
O tanto que inda ganho é prejuízo
Porquanto tão somente inda resvale
No todo que imagino, e não se fale
A sorte me remete ao vil granizo
E quando noutras cores me matizo
Mimetizada vida nega o xale,
E o frio dominando o dia a dia,
Esboço reações, mas não podia
Saber do quanto resta em luz e dor,
Abrindo esta janela, num convite
Mergulho no vazio e sem limite,
Sobrevoando a vida em tal torpor...
PURA DISCREPÂNCIA
PURA DISCREPÂNCIA
Do quanto vejo em pura discrepância
Atendo aos meus instintos e não mais,
Esgoto a minha força, mas jamais
Concebo noutro rumo, esta elegância
Aonde não se vê torpe ganância
Que é tudo o quanto move em rituais
Momentos onde sinto tão banais
Vontades em diversas vis, estâncias.
Resido no que posso acreditar
E teimo contra a fúria mais cruel,
O mundo não se mostra em carrossel
E quando vejo as fases do luar
Pressinto em espiral o dia a dia
E perco desde sempre a montaria...
Do quanto vejo em pura discrepância
Atendo aos meus instintos e não mais,
Esgoto a minha força, mas jamais
Concebo noutro rumo, esta elegância
Aonde não se vê torpe ganância
Que é tudo o quanto move em rituais
Momentos onde sinto tão banais
Vontades em diversas vis, estâncias.
Resido no que posso acreditar
E teimo contra a fúria mais cruel,
O mundo não se mostra em carrossel
E quando vejo as fases do luar
Pressinto em espiral o dia a dia
E perco desde sempre a montaria...
DIVERSIDADE
DIVERSIDADE
Aonde a poesia se fez senda
Diversidade dita o que não traço
E sei do quanto perco a cada espaço
Sem ter sequer a luz que ainda atenda
O gozo se mostrando sob a venda
E nela não se vê ainda um traço
Do quanto poderia e já desfaço,
O amor se transformara em tola lenda,
Realço com meus versos o sentido
Do pendular momento em que vivido
Angustiadamente nada resta,
E tento disfarçar, ledo sorriso,
Meu passo rumo ao quanto se indeciso
Transcende ao que seria mera fresta.
Aonde a poesia se fez senda
Diversidade dita o que não traço
E sei do quanto perco a cada espaço
Sem ter sequer a luz que ainda atenda
O gozo se mostrando sob a venda
E nela não se vê ainda um traço
Do quanto poderia e já desfaço,
O amor se transformara em tola lenda,
Realço com meus versos o sentido
Do pendular momento em que vivido
Angustiadamente nada resta,
E tento disfarçar, ledo sorriso,
Meu passo rumo ao quanto se indeciso
Transcende ao que seria mera fresta.
MANSIDÃO?
MANSIDÃO?
Tentando enfim seguir com mansidão
Aonde tantas vezes não resisto
E sinto que deveras se inda insisto
Apenas os vazios tomarão
O mundo sem sentido ou mesmo em vão
Amor se transformando em torpe cisto
E quando ainda resto e não desisto,
Medonha face eu vejo: exposição
Dos erros mais comuns que tanto fiz,
E sei que sou decerto um infeliz
Procura por momento que inda possa
Saber do lenitivo que não vem,
A cada dia o sonho, mas ninguém,
O encanto que vivera? Simples troça...
Tentando enfim seguir com mansidão
Aonde tantas vezes não resisto
E sinto que deveras se inda insisto
Apenas os vazios tomarão
O mundo sem sentido ou mesmo em vão
Amor se transformando em torpe cisto
E quando ainda resto e não desisto,
Medonha face eu vejo: exposição
Dos erros mais comuns que tanto fiz,
E sei que sou decerto um infeliz
Procura por momento que inda possa
Saber do lenitivo que não vem,
A cada dia o sonho, mas ninguém,
O encanto que vivera? Simples troça...
MOMENTOS DE ALEGRIA
MOMENTOS DE ALEGRIA
Convivo com momentos de alegria,
Embora seja sempre um ledo engano
E quando novo tempo ainda ufano
Mortalha novamente se recria,
E tanto posso mesmo ou poderia
Viver qualquer sentido sem o dano
De quem se fez deveras soberano,
Mas teme com razão seu dia a dia,
Nefasta imagem trago a cada não,
E tento mesmo quando em viração
Vencer os vendavais, mas não consigo,
E tanto poderia acreditar
Na sorte desairosa a me guiar,
Porém somente o nada, inda persigo...
Convivo com momentos de alegria,
Embora seja sempre um ledo engano
E quando novo tempo ainda ufano
Mortalha novamente se recria,
E tanto posso mesmo ou poderia
Viver qualquer sentido sem o dano
De quem se fez deveras soberano,
Mas teme com razão seu dia a dia,
Nefasta imagem trago a cada não,
E tento mesmo quando em viração
Vencer os vendavais, mas não consigo,
E tanto poderia acreditar
Na sorte desairosa a me guiar,
Porém somente o nada, inda persigo...
UM SONHADOR.
UM SONHADOR.
Aonde um sonhador há tanto houvera
Agora nem a sombra de quem tanto
Sofrendo a cada passo desencanto
Renasce dentro em si, soberba fera,
E quando imaginara nova espera
A morte se transborda e em turvo manto
Gerando a quem me vê, total espanto,
A sorte num terror já degenera.
As garras afiadas, minhas presas,
Aonde se mostrasse com surpresas
Suprimo qualquer forma mais humana,
Entre neblinas tantas, tez espessa
A fronte destroçada e na cabeça
A fúria sem sentido, soberana...
Aonde um sonhador há tanto houvera
Agora nem a sombra de quem tanto
Sofrendo a cada passo desencanto
Renasce dentro em si, soberba fera,
E quando imaginara nova espera
A morte se transborda e em turvo manto
Gerando a quem me vê, total espanto,
A sorte num terror já degenera.
As garras afiadas, minhas presas,
Aonde se mostrasse com surpresas
Suprimo qualquer forma mais humana,
Entre neblinas tantas, tez espessa
A fronte destroçada e na cabeça
A fúria sem sentido, soberana...
SABEDORIA
SABEDORIA
O tempo ao nos trazer sabedoria
Impede a derrocada da esperança,
Mas quando no vazio a vida avança
O que deveras inda em dor me guia
Apenas tempestade e ventania
Ausente do meu peito a temperança
A sensação feroz desta vingança
Que a cada novo não a vida urdia,
Percebo ser inútil cada sonho
E tanto quanto posso até me oponho
Ao vândalo fantasma da ilusão
E morto antes do tempo nada vejo,
E quando alguma luz inda desejo,
O peito mais silente grita: não!
O tempo ao nos trazer sabedoria
Impede a derrocada da esperança,
Mas quando no vazio a vida avança
O que deveras inda em dor me guia
Apenas tempestade e ventania
Ausente do meu peito a temperança
A sensação feroz desta vingança
Que a cada novo não a vida urdia,
Percebo ser inútil cada sonho
E tanto quanto posso até me oponho
Ao vândalo fantasma da ilusão
E morto antes do tempo nada vejo,
E quando alguma luz inda desejo,
O peito mais silente grita: não!
GEOGRAFIA DO PRAZER
GEOGRAFIA DO PRAZER
Na tua pele há caminhos tantos,
Atalhos, mil veredas com seus becos,
Úmidos uns e outros quentes, secos,
Mil armadilhas! Prenhes de quebrantos!
Há tantos rios nesta tua pele!
Canais e leitos com lençóis de areia,
Pepitas de prazer que o amor anseia,
Promessas que, quiçá, meu ser desvele!
Na tua pele, húmus de teu ser,
Ingás, ipês floridos, perfumados,
Viçando em cada vão, cada fissura!
Aveludada pele! Que loucura!
Todos os dados postos, bem traçados...
Geografia pura do prazer!"
Edir Pina de Barros
Amor traz sem fronteiras nem limites
O quanto em invasões se faz a paz,
No passo mais sereno ou mais audaz,
O tanto que tu queres e acredites,
Só peço; meu amor, jamais evites
Confrontos delicados, e assim se traz
O privilégio raro que é capaz
De moldar novo mundo, se o permites.
Nas tramas e entrelaces, sem discórdia,
Na mesma voz uníssona concórdia
E acorde a sensação que nos resume,
Num ato tão sutil e generoso,
Do amor que nos permite em raro gozo
Embates fabulosos, de costume...
Marcos loures
Na tua pele há caminhos tantos,
Atalhos, mil veredas com seus becos,
Úmidos uns e outros quentes, secos,
Mil armadilhas! Prenhes de quebrantos!
Há tantos rios nesta tua pele!
Canais e leitos com lençóis de areia,
Pepitas de prazer que o amor anseia,
Promessas que, quiçá, meu ser desvele!
Na tua pele, húmus de teu ser,
Ingás, ipês floridos, perfumados,
Viçando em cada vão, cada fissura!
Aveludada pele! Que loucura!
Todos os dados postos, bem traçados...
Geografia pura do prazer!"
Edir Pina de Barros
Amor traz sem fronteiras nem limites
O quanto em invasões se faz a paz,
No passo mais sereno ou mais audaz,
O tanto que tu queres e acredites,
Só peço; meu amor, jamais evites
Confrontos delicados, e assim se traz
O privilégio raro que é capaz
De moldar novo mundo, se o permites.
Nas tramas e entrelaces, sem discórdia,
Na mesma voz uníssona concórdia
E acorde a sensação que nos resume,
Num ato tão sutil e generoso,
Do amor que nos permite em raro gozo
Embates fabulosos, de costume...
Marcos loures
BONS MOMENTOS
BONS MOMENTOS
O quanto poderia em bons momentos
Fazer dos versos traços de alegria,
Mas sei quando em mim fotografia
Transmite tão somente desalentos,
Procuro da ilusão velhos sustentos
E quanto mais feroz, maior sangria
E todo este delírio se porfia
Enfrento com temor, diversos ventos,
E ainda creio ter nesta senzala
A voz que não se ouvindo, não mais fala
E deixa que se leve a correnteza,
Aonde quis cenário mais suave
A vida se tornando duro entrave,
Restando para mim tanta incerteza...
O quanto poderia em bons momentos
Fazer dos versos traços de alegria,
Mas sei quando em mim fotografia
Transmite tão somente desalentos,
Procuro da ilusão velhos sustentos
E quanto mais feroz, maior sangria
E todo este delírio se porfia
Enfrento com temor, diversos ventos,
E ainda creio ter nesta senzala
A voz que não se ouvindo, não mais fala
E deixa que se leve a correnteza,
Aonde quis cenário mais suave
A vida se tornando duro entrave,
Restando para mim tanta incerteza...
GEOGRAFIA DO PRAZER EDIR PINA DE BARROS - marcos loures
GEOGRAFIA DO PRAZER
Na tua pele há caminhos tantos,
Atalhos, mil veredas com seus becos,
Úmidos uns e outros quentes, secos,
Mil armadilhas! Prenhes de quebrantos!
Há tantos rios nesta tua pele!
Canais e leitos com lençóis de areia,
Pepitas de prazer que o amor anseia,
Promessas que, quiçá, meu ser desvele!
Na tua pele, húmus de teu ser,
Ingás, ipês floridos, perfumados,
Viçando em cada vão, cada fissura!
Aveludada pele! Que loucura!
Todos os dados postos, bem traçados...
Geografia pura do prazer!"
Edir Pina de Barros
Amor traz sem fronteiras nem limites
O quanto em invasões se faz a paz,
No passo mais sereno ou mais audaz,
O tanto que tu queres e acredites,
Só peço; meu amor, jamais evites
Confrontos delicados, e assim se traz
O privilégio raro que é capaz
De moldar novo mundo, se o permites.
Nas tramas e entrelaces, sem discórdia,
Na mesma voz uníssona concórdia
E acorde a sensação que nos resume,
Num ato tão sutil e generoso,
Do amor que nos permite em raro gozo
Embates fabulosos, de costume...
Marcos loures
Na tua pele há caminhos tantos,
Atalhos, mil veredas com seus becos,
Úmidos uns e outros quentes, secos,
Mil armadilhas! Prenhes de quebrantos!
Há tantos rios nesta tua pele!
Canais e leitos com lençóis de areia,
Pepitas de prazer que o amor anseia,
Promessas que, quiçá, meu ser desvele!
Na tua pele, húmus de teu ser,
Ingás, ipês floridos, perfumados,
Viçando em cada vão, cada fissura!
Aveludada pele! Que loucura!
Todos os dados postos, bem traçados...
Geografia pura do prazer!"
Edir Pina de Barros
Amor traz sem fronteiras nem limites
O quanto em invasões se faz a paz,
No passo mais sereno ou mais audaz,
O tanto que tu queres e acredites,
Só peço; meu amor, jamais evites
Confrontos delicados, e assim se traz
O privilégio raro que é capaz
De moldar novo mundo, se o permites.
Nas tramas e entrelaces, sem discórdia,
Na mesma voz uníssona concórdia
E acorde a sensação que nos resume,
Num ato tão sutil e generoso,
Do amor que nos permite em raro gozo
Embates fabulosos, de costume...
Marcos loures
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
NOUTRA EMOÇÃO
NOUTRA EMOÇÃO
Pudesse acreditar noutra emoção
Que tanto me trouxesse paz enquanto
O mundo se transforma em desencanto
E perco totalmente esta noção
Do quanto poderia ser em vão
A vida se tornando em dor e em pranto,
O peso de viver, gerando espanto
E quando vejo falta a direção,
Negar a fantasia é ter a morte
E dela se fazendo a cada corte
Maior a expectativa de vingança,
Assim o fim do jogo se aproxima,
E quando ainda vejo o mesmo clima,
Ao nada, sempre ao nada a vida lança...
Pudesse acreditar noutra emoção
Que tanto me trouxesse paz enquanto
O mundo se transforma em desencanto
E perco totalmente esta noção
Do quanto poderia ser em vão
A vida se tornando em dor e em pranto,
O peso de viver, gerando espanto
E quando vejo falta a direção,
Negar a fantasia é ter a morte
E dela se fazendo a cada corte
Maior a expectativa de vingança,
Assim o fim do jogo se aproxima,
E quando ainda vejo o mesmo clima,
Ao nada, sempre ao nada a vida lança...
O PLENO AMOR
O PLENO AMOR
Se a vida permitisse o pleno amor
A quem se deu demais e nunca vira
Sequer de uma emoção, um rastro e a mira
Desanda sem talvez nada propor,
E tudo o que pensara a decompor,
O encanto cada vez mais se retira,
E embora novo tempo se prefira,
A morte é o que me resta, qual favor.
E tanto poderia ser diverso
Não fosse tão doído cada verso
Que tento em voz cansada e sem futuro,
Mergulho dentro em mim e não desvendo
Sequer qualquer delírio e nada tendo,
O tempo de viver, somente escuro...
Se a vida permitisse o pleno amor
A quem se deu demais e nunca vira
Sequer de uma emoção, um rastro e a mira
Desanda sem talvez nada propor,
E tudo o que pensara a decompor,
O encanto cada vez mais se retira,
E embora novo tempo se prefira,
A morte é o que me resta, qual favor.
E tanto poderia ser diverso
Não fosse tão doído cada verso
Que tento em voz cansada e sem futuro,
Mergulho dentro em mim e não desvendo
Sequer qualquer delírio e nada tendo,
O tempo de viver, somente escuro...
SEM ENGANOS
SEM ENGANOS
Amor que sem enganos imagino
Não existindo aqui nem haverá
E sei desta verdade e desde já
Apenas num delírio perco o tino,
Cansado desta luta, meu destino
Jamais em novas luzes brilhará
E todo o meu anseio mostrará
O quanto vivo só, e não domino
Sequer o meu caminho e até por isto,
Deveras não concebo mais, desisto
E tudo o que pensara ser tão certo
Agora não se vê nem se adivinha
A sorte não se fez jamais, pois, minha
Uma esperança assim eu já deserto...
Amor que sem enganos imagino
Não existindo aqui nem haverá
E sei desta verdade e desde já
Apenas num delírio perco o tino,
Cansado desta luta, meu destino
Jamais em novas luzes brilhará
E todo o meu anseio mostrará
O quanto vivo só, e não domino
Sequer o meu caminho e até por isto,
Deveras não concebo mais, desisto
E tudo o que pensara ser tão certo
Agora não se vê nem se adivinha
A sorte não se fez jamais, pois, minha
Uma esperança assim eu já deserto...
AS SOMBRAS DO PASSADO
AS SOMBRAS DO PASSADO
Envolto pelas sombras do passado,
Não tenho mais saída e embora tente
Um tempo tão amargo é o que se sente,
A morte ecoa forte em alto brado,
Reside dentro em mim um duro fado,
E quando outro caminho se apresente
A dor revolve o peito e tão freqüente
Não vejo qualquer rastro iluminado.
Pudesse ver nos olhos deste sol,
A clara sensação, raro farol,
Mas tudo sonegando a fantasia,
Apenas a mortalha inda me resta,
A cena que se vê, dura e funesta
Felicidade nunca mais se via...
Envolto pelas sombras do passado,
Não tenho mais saída e embora tente
Um tempo tão amargo é o que se sente,
A morte ecoa forte em alto brado,
Reside dentro em mim um duro fado,
E quando outro caminho se apresente
A dor revolve o peito e tão freqüente
Não vejo qualquer rastro iluminado.
Pudesse ver nos olhos deste sol,
A clara sensação, raro farol,
Mas tudo sonegando a fantasia,
Apenas a mortalha inda me resta,
A cena que se vê, dura e funesta
Felicidade nunca mais se via...
UM ALIBI
UM ALIBI
Quisera ter um álibi qualquer
Justificando a volta à nossa casa,
Mas quando a vida muda e se defasa
Não tendo mais sentido o que vier
Apenas o vazio e se puder
Talvez resida ainda frágil brasa,
A frágua sem sentido não abrasa,
O quanto se propõe já não me quer.
E tudo foi assim, um mero engano,
Aonde quis a messe resta o dano
E dele não consigo me livrar,
Pudesse novo dia, mas agora,
A imensa solidão que se demora,
E nada está de volta em seu lugar.
Quisera ter um álibi qualquer
Justificando a volta à nossa casa,
Mas quando a vida muda e se defasa
Não tendo mais sentido o que vier
Apenas o vazio e se puder
Talvez resida ainda frágil brasa,
A frágua sem sentido não abrasa,
O quanto se propõe já não me quer.
E tudo foi assim, um mero engano,
Aonde quis a messe resta o dano
E dele não consigo me livrar,
Pudesse novo dia, mas agora,
A imensa solidão que se demora,
E nada está de volta em seu lugar.
AS ALEGRIAS
AS ALEGRIAS
Deténs em tuas mãos as alegrias
Que tanto procurara inutilmente
Porquanto novo rumo se apresente
E nele com certeza tu me guias
Levando para longe as agonias
Tomando o coração, domina a mente
E tudo o que sonhara ultimamente
Agora se transforma em claros dias.
Um sonho e nada mais, eis o que fora,
A sorte muitas vezes tentadora
Não deixa que se faça realidade
E a cada passo em falso, nova dor,
Assim errando sempre, aonde eu for,
Somente a solidão dita a verdade...
Deténs em tuas mãos as alegrias
Que tanto procurara inutilmente
Porquanto novo rumo se apresente
E nele com certeza tu me guias
Levando para longe as agonias
Tomando o coração, domina a mente
E tudo o que sonhara ultimamente
Agora se transforma em claros dias.
Um sonho e nada mais, eis o que fora,
A sorte muitas vezes tentadora
Não deixa que se faça realidade
E a cada passo em falso, nova dor,
Assim errando sempre, aonde eu for,
Somente a solidão dita a verdade...
MEU ERRO
MEU ERRO
Não posso condenar meu erro quando
Pensara tão somente em te encontrar
E quando tantas vezes divagar,
A vida sem destino me fartando.
No caminhar diverso de um nefando
E tímido bufão, qualquer luar
Expressa muito além; podes notar
O todo dentro em mim já se emanando.
Eu poderia apenas ter te dito
Do quanto se tornara mais bendito
O mundo desde quando eu te encontrei,
Mas quando fui além e quis até
Tocar-te mansamente, tola fé,
Aí talvez deveras eu errei...
Não posso condenar meu erro quando
Pensara tão somente em te encontrar
E quando tantas vezes divagar,
A vida sem destino me fartando.
No caminhar diverso de um nefando
E tímido bufão, qualquer luar
Expressa muito além; podes notar
O todo dentro em mim já se emanando.
Eu poderia apenas ter te dito
Do quanto se tornara mais bendito
O mundo desde quando eu te encontrei,
Mas quando fui além e quis até
Tocar-te mansamente, tola fé,
Aí talvez deveras eu errei...
CAMINHO DEMARCADO
CAMINHO DEMARCADO
Por onde passas deixas demarcado
Caminho que persigo a cada instante
O mundo sendo assim tão fascinante
Aonde se mostrara este recado
Deixado em cada passo, lado a lado
O quanto poderia deslumbrante
Cenário que pra ti é degradante,
Porém me deixa sempre extasiado.
Não pude conhecer felicidade,
Apenas qualquer sonho satisfaz
E deixa que adormeça em fim em paz,
Porquanto esta ilusão enquanto invade
Inunda o coração de um vão poeta,
A vida mesmo em não já se repleta...
Por onde passas deixas demarcado
Caminho que persigo a cada instante
O mundo sendo assim tão fascinante
Aonde se mostrara este recado
Deixado em cada passo, lado a lado
O quanto poderia deslumbrante
Cenário que pra ti é degradante,
Porém me deixa sempre extasiado.
Não pude conhecer felicidade,
Apenas qualquer sonho satisfaz
E deixa que adormeça em fim em paz,
Porquanto esta ilusão enquanto invade
Inunda o coração de um vão poeta,
A vida mesmo em não já se repleta...
NADA MAIS - COM ESTRAMBOTE
NADA MAIS - COM ESTRAMBOTE
Da vida um helianto e nada mais,
Procuro a cada instante a estrela guia,
E quanto mais a vida não traria
Mais forte estes desejos rituais,
Talvez se inda fossem triunfais
O mundo não teria esta magia,
Sonhar e tão somente dia a dia,
Permite anseios fartos, desiguais.
E tento transformar a cada instante
O que se fora atroz em deslumbrante
A vida vale mesmo pelo quanto
(Possível se tentar, embora em vão,
O olhar ao encontrar a direção,)
Sabendo ser alheio a mim tal porto,
Prazer talvez insólito e assim torto,
Imerso em fantasias, tento e canto.
Da vida um helianto e nada mais,
Procuro a cada instante a estrela guia,
E quanto mais a vida não traria
Mais forte estes desejos rituais,
Talvez se inda fossem triunfais
O mundo não teria esta magia,
Sonhar e tão somente dia a dia,
Permite anseios fartos, desiguais.
E tento transformar a cada instante
O que se fora atroz em deslumbrante
A vida vale mesmo pelo quanto
(Possível se tentar, embora em vão,
O olhar ao encontrar a direção,)
Sabendo ser alheio a mim tal porto,
Prazer talvez insólito e assim torto,
Imerso em fantasias, tento e canto.
RASTROS
RASTROS
Os rastros que deixaste enfim persigo
E tento conceber tua presença,
Vontade se tornando tão intensa,
Embora se pressinta algum perigo,
O quanto desejara estar contigo,
E sei que em teu olhar a indiferença
Ditando a dolorida e vã sentença,
E dela me condeno ao desabrigo.
Mas mesmo assim, não temo mais a sorte,
E quando se aproxima enfim a morte,
Terei esta certeza de um momento
Aonde fui feliz e conheci
O raro amanhecer que vem de ti
E neste instante ao menos, solto ao vento...
Os rastros que deixaste enfim persigo
E tento conceber tua presença,
Vontade se tornando tão intensa,
Embora se pressinta algum perigo,
O quanto desejara estar contigo,
E sei que em teu olhar a indiferença
Ditando a dolorida e vã sentença,
E dela me condeno ao desabrigo.
Mas mesmo assim, não temo mais a sorte,
E quando se aproxima enfim a morte,
Terei esta certeza de um momento
Aonde fui feliz e conheci
O raro amanhecer que vem de ti
E neste instante ao menos, solto ao vento...
TUA BELEZA
TUA BELEZA
Tua beleza dita este cenário
E quando me percebo hipnotizado,
Relembro cada engodo do passado
E tento prosseguir; sei temerário
Caminho que me leve a tal templário
E sinto como fosse iluminado
Num átimo, de novo enamorado,
O quanto em sofrimento é necessário?
Não posso mais conter este desejo
A queda a cada instante, pois, prevejo;
Mas sei que não consigo mais calar
O quanto se é possível ter em mente,
E mesmo que decerto o sonho ausente,
Valeu apenas mesmo por te olhar...
Tua beleza dita este cenário
E quando me percebo hipnotizado,
Relembro cada engodo do passado
E tento prosseguir; sei temerário
Caminho que me leve a tal templário
E sinto como fosse iluminado
Num átimo, de novo enamorado,
O quanto em sofrimento é necessário?
Não posso mais conter este desejo
A queda a cada instante, pois, prevejo;
Mas sei que não consigo mais calar
O quanto se é possível ter em mente,
E mesmo que decerto o sonho ausente,
Valeu apenas mesmo por te olhar...
DAS ESPERANÇAS
DAS ESPERANÇAS
Das esperanças todas que inda espalhas
Tomando cada cena onde imagino
Um novo tempo claro e cristalino,
Vencendo as mais doridas, vãs batalhas,
E quanto mais deveras amealhas
Momentos divinais, eu me alucino
E perco a cada instante mais o tino,
Rendido aos teus carinhos, doces malhas,
Mergulho insanamente neste fogo
E nada nem sequer lamúria ou rogo
Escutas, e dominas plenamente,
E assim escravizado em doce algema,
A vida dita o lúbrico poema
E tudo se transforma de repente...
Das esperanças todas que inda espalhas
Tomando cada cena onde imagino
Um novo tempo claro e cristalino,
Vencendo as mais doridas, vãs batalhas,
E quanto mais deveras amealhas
Momentos divinais, eu me alucino
E perco a cada instante mais o tino,
Rendido aos teus carinhos, doces malhas,
Mergulho insanamente neste fogo
E nada nem sequer lamúria ou rogo
Escutas, e dominas plenamente,
E assim escravizado em doce algema,
A vida dita o lúbrico poema
E tudo se transforma de repente...
PLENILÚNIO
PLENILÚNIO
Qual fosse um belo sol, a lua cheia
Domina a noite imersa em solidão,
E tendo assim deveras a impressão
Da vida que em loucuras devaneia
O quanto se percebe em voz alheia
Beleza mais distante, negação
E novos dias sempre me trarão
O canto mais audaz desta sereia
Aonde me imbuindo de vontades,
Perdendo logo o rumo e liberdades,
Não pude mais seguir a vida em paz,
E quando a lua invade imenso mar,
Vontade de também já mergulhar,
Mas nada, nem o tédio, uma onda traz...
Qual fosse um belo sol, a lua cheia
Domina a noite imersa em solidão,
E tendo assim deveras a impressão
Da vida que em loucuras devaneia
O quanto se percebe em voz alheia
Beleza mais distante, negação
E novos dias sempre me trarão
O canto mais audaz desta sereia
Aonde me imbuindo de vontades,
Perdendo logo o rumo e liberdades,
Não pude mais seguir a vida em paz,
E quando a lua invade imenso mar,
Vontade de também já mergulhar,
Mas nada, nem o tédio, uma onda traz...
RASTROS CLAROS
RASTROS CLAROS
A lua banha o turvo mar com prata
E tento em rastros claros ver o quanto
A vida poderia ter o encanto,
Mas sei que a cada instante se desata
Caminho ainda atroz, a cena ingrata
Reveste mesmo em claro e argênteo manto
Traçando tão somente medo e espanto,
Aonde desejara mais sensata
A sorte que deveras desconheço
E sendo assim comum novo tropeço
Não resta enfim mais nada, morro em vida.
Ainda procurando alguma paz,
Nem mesmo este vazio satisfaz
Preparo tão somente a despedida...
A lua banha o turvo mar com prata
E tento em rastros claros ver o quanto
A vida poderia ter o encanto,
Mas sei que a cada instante se desata
Caminho ainda atroz, a cena ingrata
Reveste mesmo em claro e argênteo manto
Traçando tão somente medo e espanto,
Aonde desejara mais sensata
A sorte que deveras desconheço
E sendo assim comum novo tropeço
Não resta enfim mais nada, morro em vida.
Ainda procurando alguma paz,
Nem mesmo este vazio satisfaz
Preparo tão somente a despedida...
FAROL
FAROL
Aonde em claridade quis farol
Apenas outra noite em tempestade,
E quando a realidade se degrade
Aonde poderia haver um sol?
Se ainda sou somente um girassol
Durante a noite o medo sempre invade
E tudo que deveras desagrade
Permite toda a fúria do arrebol,
A timidez dos óculos, meu medo,
E mesmo tão calado inda procedo
E tento novo rumo, mas mentiras...
Qualquer nuance novo de vitória
Tu vens e repetindo a velha história
Esta esperança logo, pois, retiras...
Aonde em claridade quis farol
Apenas outra noite em tempestade,
E quando a realidade se degrade
Aonde poderia haver um sol?
Se ainda sou somente um girassol
Durante a noite o medo sempre invade
E tudo que deveras desagrade
Permite toda a fúria do arrebol,
A timidez dos óculos, meu medo,
E mesmo tão calado inda procedo
E tento novo rumo, mas mentiras...
Qualquer nuance novo de vitória
Tu vens e repetindo a velha história
Esta esperança logo, pois, retiras...
TUA PELE
TUA PELE
Pudesse algum caminho ao paraíso
Quem sabe nos teus olhos, tua pele
E quando à tal loucura me compele
O passo mais audaz, mesmo impreciso,
O quanto se perdendo de algum siso
Ainda que deveras tente e apele,
O fardo se pesando me atropele,
E no final das contas: prejuízo...
Assim a vida dita suas normas
E quando vez por outra tu me informas
De sonhos mais felizes? Só bravatas...
O mundo me ensinou a cada não
Que nunca se sabendo a direção
As ondas com certeza são ingratas...
Pudesse algum caminho ao paraíso
Quem sabe nos teus olhos, tua pele
E quando à tal loucura me compele
O passo mais audaz, mesmo impreciso,
O quanto se perdendo de algum siso
Ainda que deveras tente e apele,
O fardo se pesando me atropele,
E no final das contas: prejuízo...
Assim a vida dita suas normas
E quando vez por outra tu me informas
De sonhos mais felizes? Só bravatas...
O mundo me ensinou a cada não
Que nunca se sabendo a direção
As ondas com certeza são ingratas...
CAMINHOS MAIS DITOSOS
CAMINHOS MAIS DITOSOS
Imerso nos caminhos mais ditosos
Os dias que passara junto a ti
Falando deste sonho que vivi,
Momentos tantas vezes prazerosos,
Porém são meus caminhos caprichosos
E tudo o que tivera enfim perdi,
E nada do que quis mantenho aqui,
Meus olhos seguem rotos e andrajosos,
Ansiosamente espero nova chance,
Mas nada do que tanto quero alcance
O passo sem sentido, rumo e nexo,
O amor se fez ausente e sendo assim,
O quanto poderia dita o fim,
O fato de viver, duro e complexo...
Imerso nos caminhos mais ditosos
Os dias que passara junto a ti
Falando deste sonho que vivi,
Momentos tantas vezes prazerosos,
Porém são meus caminhos caprichosos
E tudo o que tivera enfim perdi,
E nada do que quis mantenho aqui,
Meus olhos seguem rotos e andrajosos,
Ansiosamente espero nova chance,
Mas nada do que tanto quero alcance
O passo sem sentido, rumo e nexo,
O amor se fez ausente e sendo assim,
O quanto poderia dita o fim,
O fato de viver, duro e complexo...
SEM RUMO
SEM RUMO
Meu rumo se perdera entre os penhascos
Escarpas e falésias, cordilheiras,
As sortes se mostrando traiçoeiras
Amores são dos sonhos vis carrascos,
E quando se percebem noutros frascos
Venturas que julgara verdadeiras
Aos poucos dos meus olhos tu te esgueiras
E sinto o teu terror, temores, ascos.
Não pude ser feliz e isto já basta,
Ingrata realidade se contrasta
Com todo o sonho imenso em que vivi,
E quando me percebo em tanta dor,
Porquanto pude ser um sonhador,
Apenas um fantasma eu vejo aqui...
Meu rumo se perdera entre os penhascos
Escarpas e falésias, cordilheiras,
As sortes se mostrando traiçoeiras
Amores são dos sonhos vis carrascos,
E quando se percebem noutros frascos
Venturas que julgara verdadeiras
Aos poucos dos meus olhos tu te esgueiras
E sinto o teu terror, temores, ascos.
Não pude ser feliz e isto já basta,
Ingrata realidade se contrasta
Com todo o sonho imenso em que vivi,
E quando me percebo em tanta dor,
Porquanto pude ser um sonhador,
Apenas um fantasma eu vejo aqui...
RARA ESTRELA
RARA ESTRELA
Fulgindo neste céu a rara estrela
Que tanto procurara e não soubera
Exposto a cada dia, tosca fera,
Agora finalmente posso vê-la,
E quando me proponho a recebê-la
Já dista dos meus olhos primavera,
No outono a frialdade é o que se espera,
E assim jamais poder em mim contê-la.
A temporã estrela dita a sorte
De quem se imaginara bem mais forte,
E sente-se esvair em frágeis luzes,
Luzerna do passo, pirilampo
E quando nos meus sonhos eu acampo,
Apenas brilhos foscos reproduzes...
Fulgindo neste céu a rara estrela
Que tanto procurara e não soubera
Exposto a cada dia, tosca fera,
Agora finalmente posso vê-la,
E quando me proponho a recebê-la
Já dista dos meus olhos primavera,
No outono a frialdade é o que se espera,
E assim jamais poder em mim contê-la.
A temporã estrela dita a sorte
De quem se imaginara bem mais forte,
E sente-se esvair em frágeis luzes,
Luzerna do passo, pirilampo
E quando nos meus sonhos eu acampo,
Apenas brilhos foscos reproduzes...
ESTOU NO FIM
ESTOU NO FIM
Quisesse ter no olhar este otimismo
Que tantas vezes traça alguma luz,
Ferrenha caminhada ora conduz
À beira deste enorme vão, abismo.
E quando ainda teimo e insano cismo
Vencer qualquer momento ao qual me opus,
Restando dentro da alma a lama e o pus,
Sentindo em quem me abraça este cinismo.
Esbarro nos meus erros do passado
E tento ainda mesmo respirar,
Percorro cada estrada a divagar
E apenas o terror segue ao meu lado,
Pudesse ter pujante sol em mim,
Mas quando me percebo, estou no fim...
Quisesse ter no olhar este otimismo
Que tantas vezes traça alguma luz,
Ferrenha caminhada ora conduz
À beira deste enorme vão, abismo.
E quando ainda teimo e insano cismo
Vencer qualquer momento ao qual me opus,
Restando dentro da alma a lama e o pus,
Sentindo em quem me abraça este cinismo.
Esbarro nos meus erros do passado
E tento ainda mesmo respirar,
Percorro cada estrada a divagar
E apenas o terror segue ao meu lado,
Pudesse ter pujante sol em mim,
Mas quando me percebo, estou no fim...
LUTA INGLÓRIA
LUTA INGLÓRIA
Meus versos traduzindo a luta inglória
Da qual a minha vida se fez nada
E tanto se pudesse ter atada
Em mim a sorte imensa da vitória,
Mas quando me percebo pária, escória
Preparo o caminhar vazio em cada
Momento aonde a sorte já traçada
Exprime a realidade merencória.
Perdido entre espinheiros, dia a dia,
Nem mais qualquer lanterna enfim me guia,
Vagando sem destino vida afora,
E quando me percebo solitário,
Apenas o vazio é solidário
Enquanto a morte aos poucos me devora...
Meus versos traduzindo a luta inglória
Da qual a minha vida se fez nada
E tanto se pudesse ter atada
Em mim a sorte imensa da vitória,
Mas quando me percebo pária, escória
Preparo o caminhar vazio em cada
Momento aonde a sorte já traçada
Exprime a realidade merencória.
Perdido entre espinheiros, dia a dia,
Nem mais qualquer lanterna enfim me guia,
Vagando sem destino vida afora,
E quando me percebo solitário,
Apenas o vazio é solidário
Enquanto a morte aos poucos me devora...
MÓRBIDOS CAMINHOS
MÓRBIDOS CAMINHOS
São mórbidos caminhos que percorro,
Na ausência de qualquer luz que inda trace
De um mundo bem melhor, imagem, face
Apenas no poema eu me socorro,
E quando se percebe em cada morro
A luta se transforma em novo impasse,
Porquanto cada passo enfim trespasse
Aos poucos, solitário, cedo e morro.
Vazia vida dita a minha sorte,
E quando só restando agora a morte,
Não tendo solução, o que fazer?
Seguir a correnteza e ser mais um,
Olhando em volta e vejo, então nenhum
Momento que inda possa dar prazer...
São mórbidos caminhos que percorro,
Na ausência de qualquer luz que inda trace
De um mundo bem melhor, imagem, face
Apenas no poema eu me socorro,
E quando se percebe em cada morro
A luta se transforma em novo impasse,
Porquanto cada passo enfim trespasse
Aos poucos, solitário, cedo e morro.
Vazia vida dita a minha sorte,
E quando só restando agora a morte,
Não tendo solução, o que fazer?
Seguir a correnteza e ser mais um,
Olhando em volta e vejo, então nenhum
Momento que inda possa dar prazer...
DISPERSO
DISPERSO
Jamais me imaginasse de tal forma
Dispersa do que agora se apresenta
Enfrento a cada instante outra tormenta
E a vida com firmeza me deforma,
No verso que pudesse sem ter norma
No mundo aonde a paz sanguinolenta
Expressa a vida rude e virulenta
O corte se anuncia e me transforma,
Arcaicas vozes dizem do que fomos,
A luta se expressando nestes tomos
E o rústico caminho, entregue às traças,
E vendo a decadência dos meus versos,
Sorrisos entre irônicos, perversos,
Ao largo do meu mundo vais e passas...
Jamais me imaginasse de tal forma
Dispersa do que agora se apresenta
Enfrento a cada instante outra tormenta
E a vida com firmeza me deforma,
No verso que pudesse sem ter norma
No mundo aonde a paz sanguinolenta
Expressa a vida rude e virulenta
O corte se anuncia e me transforma,
Arcaicas vozes dizem do que fomos,
A luta se expressando nestes tomos
E o rústico caminho, entregue às traças,
E vendo a decadência dos meus versos,
Sorrisos entre irônicos, perversos,
Ao largo do meu mundo vais e passas...
NÃO QUERO ACREDITAR
NÃO QUERO ACREDITAR
Não quero acreditar no que viesse
Tramando além do medo este vazio,
E quando algum momento, em paz, recrio,
Qual fosse a sensação de mansa prece
O velho coração já se entorpece
E deixa para trás o imenso frio,
E o passo noutro rumo, em desafio,
O sonho novo encanto toma e tece,
Amortecendo a queda logo após
Ouvindo o canto brusco e mesmo atroz
Vagando sem ter rumo vida afora,
O preço já cobrado não se paga,
A vida qual diversa e rude draga
Apenas sem defesas me devora.
Não quero acreditar no que viesse
Tramando além do medo este vazio,
E quando algum momento, em paz, recrio,
Qual fosse a sensação de mansa prece
O velho coração já se entorpece
E deixa para trás o imenso frio,
E o passo noutro rumo, em desafio,
O sonho novo encanto toma e tece,
Amortecendo a queda logo após
Ouvindo o canto brusco e mesmo atroz
Vagando sem ter rumo vida afora,
O preço já cobrado não se paga,
A vida qual diversa e rude draga
Apenas sem defesas me devora.
DIAS COMUNS
DIAS COMUNS
Sem tempo que pudesse transformar
Os dias tão comuns em novos passos,
Seguindo os velhos rumos, hoje escassos,
Sem ter onde tentasse descansar,
Ousando tanto quanto imaginar
Meus dias refletindo meus cansaços,
Ausente de meus braços teus abraços
A noite se apresenta sem luar.
Mas vendo além do quanto no horizonte
Novo cenário em sol imenso aponte,
Presumo alguma sorte mais suave,
Ainda que se tenha algum percalço
As redes da esperança, em claro encalço,
Impedem que esta fúria, ora se agrave.
Sem tempo que pudesse transformar
Os dias tão comuns em novos passos,
Seguindo os velhos rumos, hoje escassos,
Sem ter onde tentasse descansar,
Ousando tanto quanto imaginar
Meus dias refletindo meus cansaços,
Ausente de meus braços teus abraços
A noite se apresenta sem luar.
Mas vendo além do quanto no horizonte
Novo cenário em sol imenso aponte,
Presumo alguma sorte mais suave,
Ainda que se tenha algum percalço
As redes da esperança, em claro encalço,
Impedem que esta fúria, ora se agrave.
JAMAIS.
JAMAIS
Disperso caminhar traduz o quanto
Eu tento perceber tua presença
E quando tua ausência me convença
A vida se perdendo sem encanto,
Porquanto ainda busco em qualquer canto,
Saudade se tornando tão imensa,
Jamais terei decerto a recompensa,
Apenas o vazio, turvo manto,
Negando a própria essência do existir
Não tendo mais sequer qualquer porvir,
Resisto tão somente e nada mais,
Aonde te escondeste estrela guia?
A noite se tornando dura e fria,
O mundo me repete enfim: JAMAIS!
Disperso caminhar traduz o quanto
Eu tento perceber tua presença
E quando tua ausência me convença
A vida se perdendo sem encanto,
Porquanto ainda busco em qualquer canto,
Saudade se tornando tão imensa,
Jamais terei decerto a recompensa,
Apenas o vazio, turvo manto,
Negando a própria essência do existir
Não tendo mais sequer qualquer porvir,
Resisto tão somente e nada mais,
Aonde te escondeste estrela guia?
A noite se tornando dura e fria,
O mundo me repete enfim: JAMAIS!
AMOR QUE SE PERMITE
AMOR QUE SE PERMITE
Amor que se permite ser além
Da própria vida trama o meu futuro
Embora saiba ser o solo escuro,
A noite dentro da alma me convém.
Já não me caberia o que inda tem
No olhar enquanto o tempo eu amarguro
Vivendo tão somente cada apuro,
A sorte não valesse mais vintém.
Revendo meus conceitos, nada tenho
Senão a mesma sorte sem sentido,
O verso se apresenta e não duvido,
O sonho não passara de um desenho
Jogado sobre as pedras deste cais,
Dizendo tão somente o nunca mais.
Amor que se permite ser além
Da própria vida trama o meu futuro
Embora saiba ser o solo escuro,
A noite dentro da alma me convém.
Já não me caberia o que inda tem
No olhar enquanto o tempo eu amarguro
Vivendo tão somente cada apuro,
A sorte não valesse mais vintém.
Revendo meus conceitos, nada tenho
Senão a mesma sorte sem sentido,
O verso se apresenta e não duvido,
O sonho não passara de um desenho
Jogado sobre as pedras deste cais,
Dizendo tão somente o nunca mais.
DEPURAÇÃO
DEPURAÇÃO
O sofrimento tanto nos depura
E traz no olhar de quem assim padece
A sensação que trace outra benesse
E nisto se supere esta amargura,
No crescimento em crise se procura
Vencer o quanto a vida em dor nos tece,
E de tal forma a dor que me engrandece
Mesmo às avessas dita uma brandura.
E sinto que de fato não seria
Sequer o quanto possa imaginar
Vertendo o meu caminho sem notar
A imensa sensação de uma agonia,
E quando se desfeita em própria lise
Um novo ser além já se divise.
MARCOS LOURES
O sofrimento tanto nos depura
E traz no olhar de quem assim padece
A sensação que trace outra benesse
E nisto se supere esta amargura,
No crescimento em crise se procura
Vencer o quanto a vida em dor nos tece,
E de tal forma a dor que me engrandece
Mesmo às avessas dita uma brandura.
E sinto que de fato não seria
Sequer o quanto possa imaginar
Vertendo o meu caminho sem notar
A imensa sensação de uma agonia,
E quando se desfeita em própria lise
Um novo ser além já se divise.
MARCOS LOURES
Amarte más que yo puedo.
Amarte más que yo puedo.
Los ecos del pasado en mí, sin embargo,
la voz sublime y un deseo,
mayor sea la distancia, aún la veo.
Pero comprendo que este encanto ha acabado...
unirse en vano, y así seguir el pensamiento,
para navegar por los mares
y aún anhelan vehementemente el puerto tranquilo,
donde preveo, el viaje a traer el mundo a mí,
una ilusión, usted no regresa
y nunca voy a descansar en paz plena.
La vida es un torbellino sin fin...
Mirando las fotos,
me di cuenta de lo mucho que necesito, amor,...
Más allá de lo que pensaba, mucho más...
Marcos Loures
Los ecos del pasado en mí, sin embargo,
la voz sublime y un deseo,
mayor sea la distancia, aún la veo.
Pero comprendo que este encanto ha acabado...
unirse en vano, y así seguir el pensamiento,
para navegar por los mares
y aún anhelan vehementemente el puerto tranquilo,
donde preveo, el viaje a traer el mundo a mí,
una ilusión, usted no regresa
y nunca voy a descansar en paz plena.
La vida es un torbellino sin fin...
Mirando las fotos,
me di cuenta de lo mucho que necesito, amor,...
Más allá de lo que pensaba, mucho más...
Marcos Loures
AMOR...
AMOR...
Usando las trampas de la ilusión,
He estado forjando sueños más audaces,
Sólo que, por respuesta, la negación,
En los pasos mordaces y dolorosos,
En cada una poesía que me has traído
Yo veo el mismo tema: la soledad,
El ayuno día siguiente, rápido,
Ni siquiera cambiando la dirección.
Seríamos felices... Ojalá.
Escuchando el hermoso canto de la esperanza
La vida nos devora, la bestia amarga.
Y nada me hace y lleva todo,
Los escombros que tengo en la memoria,
Son lo que me pareció felicidad...
Marcos Loures
Usando las trampas de la ilusión,
He estado forjando sueños más audaces,
Sólo que, por respuesta, la negación,
En los pasos mordaces y dolorosos,
En cada una poesía que me has traído
Yo veo el mismo tema: la soledad,
El ayuno día siguiente, rápido,
Ni siquiera cambiando la dirección.
Seríamos felices... Ojalá.
Escuchando el hermoso canto de la esperanza
La vida nos devora, la bestia amarga.
Y nada me hace y lleva todo,
Los escombros que tengo en la memoria,
Son lo que me pareció felicidad...
Marcos Loures
Te amo
Te amo
Te amo más allá de todos los límites
La eternidad hecha mil caricias,
Las horas a su lado, definitivas,
Bebiendo vinos raros en nuestras bocas...
Voluntades tan comunes, habituales;
Hacer nuestro nido de estos espacios,
Liberto en el pensamiento como quieras
Se haciendo de esperanza, nuestras rutas...
Sin temor de sufrir, sin amargura,
El mismo sentimiento que sana; a un instante me embriaga.
Escuchar a la ventana, la voz del viento y,
Envuelto en el calor del sentimiento,
Encuentro, en tus pasos, la poesía...
Marcos Loures
Te amo más allá de todos los límites
La eternidad hecha mil caricias,
Las horas a su lado, definitivas,
Bebiendo vinos raros en nuestras bocas...
Voluntades tan comunes, habituales;
Hacer nuestro nido de estos espacios,
Liberto en el pensamiento como quieras
Se haciendo de esperanza, nuestras rutas...
Sin temor de sufrir, sin amargura,
El mismo sentimiento que sana; a un instante me embriaga.
Escuchar a la ventana, la voz del viento y,
Envuelto en el calor del sentimiento,
Encuentro, en tus pasos, la poesía...
Marcos Loures
La vieille poésie.
La vieille poésie.
La vieille poésie, au milieu de agonie
dans le temps diverses,
transformée en vide et sans signification,
tombaient comme un vieux château abandonné.
Je ne vois pas la vie à reboiser
aux yeux de ceux qui ont rêvé ainsi,
le pragmatisme domine ce scénario,
et la mort de qui peuvent encore
apporter une illusion,
rend le sol devient plus dur,
presque déserte.
La belle Musa, la lire, la nymphe ...
L'anorexie s'endort en mon âme,
et connaître la fin des rêves.
Marcos Loures
La vieille poésie, au milieu de agonie
dans le temps diverses,
transformée en vide et sans signification,
tombaient comme un vieux château abandonné.
Je ne vois pas la vie à reboiser
aux yeux de ceux qui ont rêvé ainsi,
le pragmatisme domine ce scénario,
et la mort de qui peuvent encore
apporter une illusion,
rend le sol devient plus dur,
presque déserte.
La belle Musa, la lire, la nymphe ...
L'anorexie s'endort en mon âme,
et connaître la fin des rêves.
Marcos Loures
The greatest power.
The greatest power.
In the language of pleasure that is universal;
the skin saying more than thousand words,
reward becomes mutual and the harvest
is abundant, when divided.
The look traitor, touch, fragrance and the exchange
invading without defenses, or by annihilating it fast.
Vortex which dominates and brings
the same time sorrow and ecstasy.
Love. Does not have mind, it is indomitable,
translating the prison and freedom,
reigning over all, inevitably.
For more than there is violence, it is,
the love, the greatest power there is.
Marcos Loures
In the language of pleasure that is universal;
the skin saying more than thousand words,
reward becomes mutual and the harvest
is abundant, when divided.
The look traitor, touch, fragrance and the exchange
invading without defenses, or by annihilating it fast.
Vortex which dominates and brings
the same time sorrow and ecstasy.
Love. Does not have mind, it is indomitable,
translating the prison and freedom,
reigning over all, inevitably.
For more than there is violence, it is,
the love, the greatest power there is.
Marcos Loures
EDÊNICOS CAMINHOS
EDÊNICOS CAMINHOS
Edênicos caminhos percorri
Durante tanto tempo, mas eu sinto
Que tudo o que vivera agora extinto
Já não encontra nada, mesmo aqui.
O quanto necessito enfim de ti,
Bebendo da ilusão, deveras minto
E tanto do passado em que me pinto
Falando do que outrora em paz, vivi,
Mas nada do que sou mais interessa,
A vida com certeza já se engessa
E tudo o que pudesse vira pó,
Saudade diz do quanto pude um dia,
E agora quando a casa esta vazia,
Apenas meu silêncio amargo e só...
Edênicos caminhos percorri
Durante tanto tempo, mas eu sinto
Que tudo o que vivera agora extinto
Já não encontra nada, mesmo aqui.
O quanto necessito enfim de ti,
Bebendo da ilusão, deveras minto
E tanto do passado em que me pinto
Falando do que outrora em paz, vivi,
Mas nada do que sou mais interessa,
A vida com certeza já se engessa
E tudo o que pudesse vira pó,
Saudade diz do quanto pude um dia,
E agora quando a casa esta vazia,
Apenas meu silêncio amargo e só...
FERRENHA TEMPESTADE
FERRENHA TEMPESTADE
Dos cânticos que uma alma traduzisse
A voz de quem se foi e não retorna
Ferrenha tempestade já se entorna
E a vida volta a ter esta mesmice,
Falar que tanto amor fora crendice,
A sorte furiosa agora é morna
Somente esta lembrança atroz adorna,
A vida que deveras se desdisse,
E fosse assim; quem sabe, em novo dia
O encanto que decerto se perdia
Enquanto tu saíste pela porta.
A vida revivida a cada noite,
Realidade corta feito açoite,
Uma esperança há tanto semimorta...
Dos cânticos que uma alma traduzisse
A voz de quem se foi e não retorna
Ferrenha tempestade já se entorna
E a vida volta a ter esta mesmice,
Falar que tanto amor fora crendice,
A sorte furiosa agora é morna
Somente esta lembrança atroz adorna,
A vida que deveras se desdisse,
E fosse assim; quem sabe, em novo dia
O encanto que decerto se perdia
Enquanto tu saíste pela porta.
A vida revivida a cada noite,
Realidade corta feito açoite,
Uma esperança há tanto semimorta...
VAPOROSA
VAPOROSA
Porquanto vaporosa seja a vida,
São poucos lastros firmes que nós temos
E quanto mais deveras envolvemos
A sorte com inglória senda urdida
A cada nova queda ou despedida,
Se na amizade encontro lemes, remos,
Viagem mais segura enfim teremos
Sabendo desde o início uma saída.
Ao ter esta certeza navegando
Com teu braço, decerto, timoneiro
O encanto se mostrando bem mais brando
E assim o mundo tece em segurança,
Do quanto ser feliz eu já me inteiro,
Ao ver nesta amizade uma esperança.
Porquanto vaporosa seja a vida,
São poucos lastros firmes que nós temos
E quanto mais deveras envolvemos
A sorte com inglória senda urdida
A cada nova queda ou despedida,
Se na amizade encontro lemes, remos,
Viagem mais segura enfim teremos
Sabendo desde o início uma saída.
Ao ter esta certeza navegando
Com teu braço, decerto, timoneiro
O encanto se mostrando bem mais brando
E assim o mundo tece em segurança,
Do quanto ser feliz eu já me inteiro,
Ao ver nesta amizade uma esperança.
HARMONIA
HARMONIA
Encontro em harmonia, pareados
Os passos que permitem horizonte,
E quando o sol maior, raro desponte,
Belezas embebendo nossos prados,
Os dias sendo assim iluminados,
A vida encontra então sobeja fonte
E dela num relance, firme fronte,
Trazendo estes momentos desejados.
Nos laços que nos unem a amizade
Traduz da própria vida a qualidade
E dando a segurança a quem caminha,
Expressa o sol enorme que se emana,
Imagem sobre tantas, soberana,
Aonde a divindade mor se aninha.
Encontro em harmonia, pareados
Os passos que permitem horizonte,
E quando o sol maior, raro desponte,
Belezas embebendo nossos prados,
Os dias sendo assim iluminados,
A vida encontra então sobeja fonte
E dela num relance, firme fronte,
Trazendo estes momentos desejados.
Nos laços que nos unem a amizade
Traduz da própria vida a qualidade
E dando a segurança a quem caminha,
Expressa o sol enorme que se emana,
Imagem sobre tantas, soberana,
Aonde a divindade mor se aninha.
SUPREMA MELODIA
SUPREMA MELODIA
Suprema melodia diz da amiga
Que tantas vezes dando o seu apoio
Transforma a corredeira em manso arroio
E a cada novo engodo tanto abriga,
A vida muitas vezes se periga
De suas mãos eu vejo alheio o joio,
Estrelas se desfilam num comboio
Enquanto a boa sorte se consiga,
Viver esta amizade em plenitude
E assim todo o caminho ora transmude
Gerando a imensidade feita em paz,
No quanto já me tem ao lado seu,
Meu mundo finalmente conheceu
O quanto este poder se faz capaz.
Suprema melodia diz da amiga
Que tantas vezes dando o seu apoio
Transforma a corredeira em manso arroio
E a cada novo engodo tanto abriga,
A vida muitas vezes se periga
De suas mãos eu vejo alheio o joio,
Estrelas se desfilam num comboio
Enquanto a boa sorte se consiga,
Viver esta amizade em plenitude
E assim todo o caminho ora transmude
Gerando a imensidade feita em paz,
No quanto já me tem ao lado seu,
Meu mundo finalmente conheceu
O quanto este poder se faz capaz.
VONTADES DISCREPANTES
VONTADES DISCREPANTES
Desejos que ora sinto indefiníveis
Vontades discrepantes, dor e gozo,
O tempo em lua imensa, esplendoroso,
Momentos de carinho inesquecíveis
Os sons das liras sendo assim audíveis
O encanto que se mostra majestoso,
A noite em raro tom mais prazeroso,
O amor adentra em mim, todos os níveis.
Mas quando penso agora no amanhã
A vida retornando ao velho afã,
Vontade de talvez eternizar
Pudesse ter nas mãos este cinzel,
Eu pararia estrelas, vida e céu,
O tempo neste instante enfim, parar...
Desejos que ora sinto indefiníveis
Vontades discrepantes, dor e gozo,
O tempo em lua imensa, esplendoroso,
Momentos de carinho inesquecíveis
Os sons das liras sendo assim audíveis
O encanto que se mostra majestoso,
A noite em raro tom mais prazeroso,
O amor adentra em mim, todos os níveis.
Mas quando penso agora no amanhã
A vida retornando ao velho afã,
Vontade de talvez eternizar
Pudesse ter nas mãos este cinzel,
Eu pararia estrelas, vida e céu,
O tempo neste instante enfim, parar...
ERRANTES
ERRANTES
Errantes quais cometas, noite afora,
Os brilhos de teus olhos meus faróis
Quais fossem, pois noturnos belos sóis
Vontade de te ter, tanto devora
E quando a poesia assim se aflora
Domina a rispidez dos arrebóis
Dois corpos isolados, dois atóis
Unidos num só corpo, sem demora.
A lua enternecida tudo vê
O mar em seus marulhos canta um hino
E quando em tal cenário eu me fascino,
A vida passa a ter algum por que,
Depois de tanto amor, tanto prazer,
Desnudos vendo o dia amanhecer...
Errantes quais cometas, noite afora,
Os brilhos de teus olhos meus faróis
Quais fossem, pois noturnos belos sóis
Vontade de te ter, tanto devora
E quando a poesia assim se aflora
Domina a rispidez dos arrebóis
Dois corpos isolados, dois atóis
Unidos num só corpo, sem demora.
A lua enternecida tudo vê
O mar em seus marulhos canta um hino
E quando em tal cenário eu me fascino,
A vida passa a ter algum por que,
Depois de tanto amor, tanto prazer,
Desnudos vendo o dia amanhecer...
PAIXÃO
PAIXÃO
Formas que tanto dizem dos anseios
Delírios de um poeta simplesmente?
Desejo dominando corpo e mente,
Lembrança de teus belos, rijos seios.
Falando sem frescuras e rodeios,
O quanto que te quero? Imensamente
E todo este prazer que ora se sente,
Envolve o pensamento em devaneios.
Assim ao seres minha, pois quem sabe
Sofreguidão imensa, enfim acabe
Ou revigore a fúria e desde então,
Sabendo ter decerto uma alma escrava,
Entregue sem defesas, medo ou trava
Às sanhas sem limites da paixão!
Formas que tanto dizem dos anseios
Delírios de um poeta simplesmente?
Desejo dominando corpo e mente,
Lembrança de teus belos, rijos seios.
Falando sem frescuras e rodeios,
O quanto que te quero? Imensamente
E todo este prazer que ora se sente,
Envolve o pensamento em devaneios.
Assim ao seres minha, pois quem sabe
Sofreguidão imensa, enfim acabe
Ou revigore a fúria e desde então,
Sabendo ter decerto uma alma escrava,
Entregue sem defesas, medo ou trava
Às sanhas sem limites da paixão!
AO FIM
AO FIM
Medonha carruagem leva ao fim
E traça com seus passos os meus dias,
Arcando com diversas ironias
Apenas o vazio tenho enfim,
Pudesse ser diverso, mas assim,
Ao menos ao beber das ironias,
Descrevo com meus versos poesias
Amordaçando a sorte que há em mim,
Finalizando assim cada poema,
Apenas não suporto alguma algema
A morte me liberta deste inferno
Que a vida pouco a pouco me deixara,
E quando se percebe tal escara
Até o fim se mostra bem mais terno...
Medonha carruagem leva ao fim
E traça com seus passos os meus dias,
Arcando com diversas ironias
Apenas o vazio tenho enfim,
Pudesse ser diverso, mas assim,
Ao menos ao beber das ironias,
Descrevo com meus versos poesias
Amordaçando a sorte que há em mim,
Finalizando assim cada poema,
Apenas não suporto alguma algema
A morte me liberta deste inferno
Que a vida pouco a pouco me deixara,
E quando se percebe tal escara
Até o fim se mostra bem mais terno...
FATAIS ACORDES
FATAIS ACORDES
Fatais acordes trazem melodias
Aonde não se ouvindo algum alento,
O peso do viver vira tormento,
As noites solitárias e sombrias
Diverso do que tanto prometias,
Ainda não resta sequer vento,
Enquanto respirasse ainda tento
Vencer as mãos terríveis onde guias
Erráticos caminhos pelo nada,
E tanto quanto pude imaginar
Jamais eu poderia me encontrar
Sabendo tão diversa assim a estrada
E na estalagem feita em ilusão
Somente meus espectros se verão.
Fatais acordes trazem melodias
Aonde não se ouvindo algum alento,
O peso do viver vira tormento,
As noites solitárias e sombrias
Diverso do que tanto prometias,
Ainda não resta sequer vento,
Enquanto respirasse ainda tento
Vencer as mãos terríveis onde guias
Erráticos caminhos pelo nada,
E tanto quanto pude imaginar
Jamais eu poderia me encontrar
Sabendo tão diversa assim a estrada
E na estalagem feita em ilusão
Somente meus espectros se verão.
SOMBRIAS NOITES
SOMBRIAS NOITES
Sombrias noites trazem o silêncio
E nele me entranhando totalmente,
Sem ter qualquer alívio em minha mente
O dia a cada treva que inda adense-o
Permite que se creia no vazio
E neste nada ter a minha herança
Aonde se pudesse em esperança
Apenas o não ser eu principio
E tento vez em quando algum sorriso,
Embora mais nefasto que pudera,
Aguarda-me com fúria a torpe fera
E assim o meu caminho sem juízo
Amortalhando o passo rumo ao vão
Traçado pela imensa solidão...
Sombrias noites trazem o silêncio
E nele me entranhando totalmente,
Sem ter qualquer alívio em minha mente
O dia a cada treva que inda adense-o
Permite que se creia no vazio
E neste nada ter a minha herança
Aonde se pudesse em esperança
Apenas o não ser eu principio
E tento vez em quando algum sorriso,
Embora mais nefasto que pudera,
Aguarda-me com fúria a torpe fera
E assim o meu caminho sem juízo
Amortalhando o passo rumo ao vão
Traçado pela imensa solidão...
RUÍNAS
RUÍNAS
Ruínas do que fomos vejo agora,
E tento disfarçar qualquer enredo
E quando algum sorriso inda concedo,
Vontade de partir já me devora,
E tanto poderia sem ter hora
Saber da vida cada vão segredo
E tendo o meu caminho amargo e ledo,
O fim já se aproxima e nada ancora
Saveiro que se fez em temporais
E sabe tão distante qualquer cais
Além desta mortalha em verdes tons,
Os dias transcorrendo em dor e mágoa
Somente o frio imenso em mim deságua
Da morte ouvindo os sinos, belos sons...
Ruínas do que fomos vejo agora,
E tento disfarçar qualquer enredo
E quando algum sorriso inda concedo,
Vontade de partir já me devora,
E tanto poderia sem ter hora
Saber da vida cada vão segredo
E tendo o meu caminho amargo e ledo,
O fim já se aproxima e nada ancora
Saveiro que se fez em temporais
E sabe tão distante qualquer cais
Além desta mortalha em verdes tons,
Os dias transcorrendo em dor e mágoa
Somente o frio imenso em mim deságua
Da morte ouvindo os sinos, belos sons...
MELANCOLICAMENTE
MELANCOLICAMENTE
Melancolicamente a noite trama
O fim de cada sonho e por ventura
A vida se transforma e me amargura
Enquanto a dor mantendo viva a chama
Que traz a inglória luta, tolo drama
E quando alguma chance se procura,
O medo a cada instante mais perdura
E nada do que quero ainda exclama
Uma alma solitária em vão, demente,
E tudo o que sabe e o que se sente
Traduz o nada ser e não podendo
Viver um só momento de esperança
A noite em solidão, atroz avança
Quem a sabe a morte um bem tão estupendo?
Melancolicamente a noite trama
O fim de cada sonho e por ventura
A vida se transforma e me amargura
Enquanto a dor mantendo viva a chama
Que traz a inglória luta, tolo drama
E quando alguma chance se procura,
O medo a cada instante mais perdura
E nada do que quero ainda exclama
Uma alma solitária em vão, demente,
E tudo o que sabe e o que se sente
Traduz o nada ser e não podendo
Viver um só momento de esperança
A noite em solidão, atroz avança
Quem a sabe a morte um bem tão estupendo?
SACRIFÍCIOS
SACRIFÍCIOS
Aonde nigromantes, sacrifícios
Ditavam os meus dias em quebranto,
Ainda se procura a cada canto,
Diversos e medonhos vãos ofícios
Entregue à profusão de vários vícios
E deles sei deveras quando e quanto
Mereço cada queda e se levanto,
Os ossos são beirais de precipícios
Mecânica da vida se traduz
Na falta terminal de qualquer luz,
A terra recobrindo a dura ossada,
E tanto que sonhei, fiz versos, cri,
E agora o que restara vês aqui
Medonho e caricato, vago, nada...
Aonde nigromantes, sacrifícios
Ditavam os meus dias em quebranto,
Ainda se procura a cada canto,
Diversos e medonhos vãos ofícios
Entregue à profusão de vários vícios
E deles sei deveras quando e quanto
Mereço cada queda e se levanto,
Os ossos são beirais de precipícios
Mecânica da vida se traduz
Na falta terminal de qualquer luz,
A terra recobrindo a dura ossada,
E tanto que sonhei, fiz versos, cri,
E agora o que restara vês aqui
Medonho e caricato, vago, nada...
DISSONÂNCIAS
DISSONÂNCIAS
Ao expirar num último momento,
Eu vejo as dissonâncias de uma vida
Que há tanto se fizera mais perdida
Gerada pelo infausto em desalento,
Não quero da esperança mais o vento,
Nem mesmo perpetrar qualquer saída
Se tudo o que pensei traz despedida
E na verdade nada mais agüento.
Pereço a cada não que tu me deste,
E o quanto sou medonho e mesmo agreste
Espelhos de minha alma em água fétida
Apenas esta face que enrugada
Traduz e tão somente mostra o nada,
Figura sempre apática jaz gélida...
Ao expirar num último momento,
Eu vejo as dissonâncias de uma vida
Que há tanto se fizera mais perdida
Gerada pelo infausto em desalento,
Não quero da esperança mais o vento,
Nem mesmo perpetrar qualquer saída
Se tudo o que pensei traz despedida
E na verdade nada mais agüento.
Pereço a cada não que tu me deste,
E o quanto sou medonho e mesmo agreste
Espelhos de minha alma em água fétida
Apenas esta face que enrugada
Traduz e tão somente mostra o nada,
Figura sempre apática jaz gélida...
EXAUSTO
EXAUSTO
Meu corpo estando exausto da batalha
Assaz desnecessária e tanto inglória
Pudesse reverter a minha história
E nela entranhar firme esta navalha,
O corte a cada dia mais retalha
O corpo em tal imagem merencória,
E nada do que trago na memória
Ainda qualquer coisa mesmo valha.
Sou nada e deste nada reproduzo
Um passo rumo ao fim, tosco e confuso,
Apenas velho traste em tez imunda,
Ouvindo o mesmo não, velha resposta
A face já deveras decomposta
A morte abençoada enfim me inunda...
MVML
Meu corpo estando exausto da batalha
Assaz desnecessária e tanto inglória
Pudesse reverter a minha história
E nela entranhar firme esta navalha,
O corte a cada dia mais retalha
O corpo em tal imagem merencória,
E nada do que trago na memória
Ainda qualquer coisa mesmo valha.
Sou nada e deste nada reproduzo
Um passo rumo ao fim, tosco e confuso,
Apenas velho traste em tez imunda,
Ouvindo o mesmo não, velha resposta
A face já deveras decomposta
A morte abençoada enfim me inunda...
MVML
A FACE ENSANGUENTADA DA VERDADE
A FACE ENSANGUENTADA DA VERDADE
A face ensangüentada da verdade
Resiste ao que pudesse ser um sonho,
E quando novo tempo a mim proponho
Decerto cada fato desagrade,
E sei do quanto diz a realidade
Diversa deste mundo vão risonho
E tanto que deveras não reponho
Caminho sem sentido, ou liberdade.
Morrer é ter deveras o meu cais
Cansado destes tantos temporais
Pudesse descansar eternamente,
Mas quando a dor refaz a velha estada
Eu tento seduzir a madrugada
Porém esta mortalha apenas mente...
MVML
A face ensangüentada da verdade
Resiste ao que pudesse ser um sonho,
E quando novo tempo a mim proponho
Decerto cada fato desagrade,
E sei do quanto diz a realidade
Diversa deste mundo vão risonho
E tanto que deveras não reponho
Caminho sem sentido, ou liberdade.
Morrer é ter deveras o meu cais
Cansado destes tantos temporais
Pudesse descansar eternamente,
Mas quando a dor refaz a velha estada
Eu tento seduzir a madrugada
Porém esta mortalha apenas mente...
MVML
ÀS HORAS MORTAS
ÀS HORAS MORTAS
Às horas mortas vejo esta figura
Decrépito fantasma que persigo
E quando no meu peito faz abrigo,
A noite se mostrando sempre escura
Enquanto se traduz leda loucura
Eu vejo a cada passo outro perigo
E tanto ou quase insano assim prossigo
Traçando nova senda em amargura,
Herméticos caminhos me levando
Ao quadro mais atroz, duro e nefando
Nevando dentro da alma solitária,
Aonde quis a paz e não soubera
Revive esta tristeza douta fera
E a sorte se vier, é temporária.
MVML
Às horas mortas vejo esta figura
Decrépito fantasma que persigo
E quando no meu peito faz abrigo,
A noite se mostrando sempre escura
Enquanto se traduz leda loucura
Eu vejo a cada passo outro perigo
E tanto ou quase insano assim prossigo
Traçando nova senda em amargura,
Herméticos caminhos me levando
Ao quadro mais atroz, duro e nefando
Nevando dentro da alma solitária,
Aonde quis a paz e não soubera
Revive esta tristeza douta fera
E a sorte se vier, é temporária.
MVML
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
ESPESSA RONDA
ESPESSA RONDA
Espessa sombra ronda a minha cama,
E traz o doce alento feito em morte,
Cansado de viver sem ter suporte,
Aonde a solidão teima e reclama
Realça-se esta cena e tanto clama
Quem nunca mais soubera de algum norte,
Apenas aumentando cada corte,
Entranho sem defesas nesta lama,
E o pântano que deste de presente
Porquanto a cada dia mais aumente
A fúria deste charco dentro da alma,
Jogado sobre as pedras, mar imenso,
No quanto nada sou eu sempre penso,
E apenas o não ser decerto acalma.
Espessa sombra ronda a minha cama,
E traz o doce alento feito em morte,
Cansado de viver sem ter suporte,
Aonde a solidão teima e reclama
Realça-se esta cena e tanto clama
Quem nunca mais soubera de algum norte,
Apenas aumentando cada corte,
Entranho sem defesas nesta lama,
E o pântano que deste de presente
Porquanto a cada dia mais aumente
A fúria deste charco dentro da alma,
Jogado sobre as pedras, mar imenso,
No quanto nada sou eu sempre penso,
E apenas o não ser decerto acalma.
NEM MARTÍRIOS NEM TORMENTAS
NEM MARTÍRIOS NEM TORMENTAS
Não quero mais martírios nem tormentas
Delírios são comuns a quem anseia,
Mas quando a lua morre e nunca é cheia,
Somente tão diversos dias ventas
E beijo o que deveras desalentas
Enquanto a solidão volta e rodeia,
Perdendo todo sangue em minha veia,
Anêmica loucura e me apascentas;
Servindo de retalho a quem tecesse
A colcha feita em morte, novos panos,
Não tendo além dos erros velhos danos,
A morte talvez venha qual benesse,
Riscando assim do mapa qualquer sombra
Daquele que odiaste e já te assombra.
Não quero mais martírios nem tormentas
Delírios são comuns a quem anseia,
Mas quando a lua morre e nunca é cheia,
Somente tão diversos dias ventas
E beijo o que deveras desalentas
Enquanto a solidão volta e rodeia,
Perdendo todo sangue em minha veia,
Anêmica loucura e me apascentas;
Servindo de retalho a quem tecesse
A colcha feita em morte, novos panos,
Não tendo além dos erros velhos danos,
A morte talvez venha qual benesse,
Riscando assim do mapa qualquer sombra
Daquele que odiaste e já te assombra.
APLACAR A DOR
APLACAR A DOR
A morte como fosse um sono extenso,
Talvez aplaque a dor do amanhecer
E quando se percebe o fenecer
É nele que deveras recompenso
Os erros mais comuns enquanto penso
Em formas de poder fugir ou ver
Somente novo tempo a se tecer,
Mas sei que o céu será decerto tenso.
E quando não encontre outra saída,
A perda do que dizem ser a vida,
Permitirá viver, pois, finalmente.
Mortalha como terno sob medida
E tudo se fazendo mais premente
Talvez a solução que ainda eu tente...
A morte como fosse um sono extenso,
Talvez aplaque a dor do amanhecer
E quando se percebe o fenecer
É nele que deveras recompenso
Os erros mais comuns enquanto penso
Em formas de poder fugir ou ver
Somente novo tempo a se tecer,
Mas sei que o céu será decerto tenso.
E quando não encontre outra saída,
A perda do que dizem ser a vida,
Permitirá viver, pois, finalmente.
Mortalha como terno sob medida
E tudo se fazendo mais premente
Talvez a solução que ainda eu tente...
TONS AMORTALHADOS
TONS AMORTALHADOS
Cerzida nestes tons amortalhados
A alfombra que me deste nada traz
Senão a mesma cena onde mordaz
Vivemos vis momentos, mil enfados,
E quando se mostrassem derrotados
Caminhos que trouxessem canto em paz,
O quanto deste sonho se desfaz
E neles velhos sóis já tão nublados.
Partindo do princípio que não tenho
Sequer da melhor sorte um desempenho
Que possa pelo menos me alentar,
Só resta a quem se entrega este final,
E nele algum velório é ritual,
Talvez consiga assim comemorar...
Cerzida nestes tons amortalhados
A alfombra que me deste nada traz
Senão a mesma cena onde mordaz
Vivemos vis momentos, mil enfados,
E quando se mostrassem derrotados
Caminhos que trouxessem canto em paz,
O quanto deste sonho se desfaz
E neles velhos sóis já tão nublados.
Partindo do princípio que não tenho
Sequer da melhor sorte um desempenho
Que possa pelo menos me alentar,
Só resta a quem se entrega este final,
E nele algum velório é ritual,
Talvez consiga assim comemorar...
REPASTO
REPASTO
Repousa este cadáver sob o templo
Aonde se erigira a falsidade
E quando percebera a divindade
Da podre realidade que contemplo,
Não tendo para tal qualquer exemplo
Não sigo esta maré que agora invade
Portanto quando a vida me degrade
No quanto poderia eu já me exemplo,
Servindo de repasto às tais rapinas,
Enquanto noutro lado te fascinas
Eu vejo o meu final em podre face.
E sendo assim a sorte traiçoeira
Do quarto mais escuro já se esgueira
Aquela em cuja boca eu me desgrace.
Repousa este cadáver sob o templo
Aonde se erigira a falsidade
E quando percebera a divindade
Da podre realidade que contemplo,
Não tendo para tal qualquer exemplo
Não sigo esta maré que agora invade
Portanto quando a vida me degrade
No quanto poderia eu já me exemplo,
Servindo de repasto às tais rapinas,
Enquanto noutro lado te fascinas
Eu vejo o meu final em podre face.
E sendo assim a sorte traiçoeira
Do quarto mais escuro já se esgueira
Aquela em cuja boca eu me desgrace.
RAPINEIRA
RAPINEIRA
Fechando os olhos posso adivinhar
O que talvez se visse não sabia,
O peso da finada fantasia
Costuma normalmente me envergar,
O parto a cada dia sonegar
O quanto na verdade se esvazia
E gera nova senda em nova cria,
Refaz o mesmo nada, par a par.
Partícipe da festa rapineira,
A vida não se mostra por inteira
E não desejo mesmo o lixo e o vão,
Mas como me negar a ver o claro?
Apuro com terror visão e faro
E sinto dentro em mim a podridão...
Fechando os olhos posso adivinhar
O que talvez se visse não sabia,
O peso da finada fantasia
Costuma normalmente me envergar,
O parto a cada dia sonegar
O quanto na verdade se esvazia
E gera nova senda em nova cria,
Refaz o mesmo nada, par a par.
Partícipe da festa rapineira,
A vida não se mostra por inteira
E não desejo mesmo o lixo e o vão,
Mas como me negar a ver o claro?
Apuro com terror visão e faro
E sinto dentro em mim a podridão...
TATEANDO
TATEANDO
Tateio procurando alguma agulha
E tento no palheiro encontrar trigo,
Mas joio tão somente o que consigo,
A luz que imaginara? Só fagulha,
O estômago deveras já se embrulha
E tento consolar-me; mas nem ligo,
O quanto posso ainda ora desligo,
Somente sendo pária não sou pulha.
E cada entulho feito em vil carcaça
Não deixa que se veja o que se passa
Além dos olhos mortos da criança,
A noite apresentando prostitutas,
Travecos e vadias mais astutas,
Reduzem vestimentas e esperança.
Tateio procurando alguma agulha
E tento no palheiro encontrar trigo,
Mas joio tão somente o que consigo,
A luz que imaginara? Só fagulha,
O estômago deveras já se embrulha
E tento consolar-me; mas nem ligo,
O quanto posso ainda ora desligo,
Somente sendo pária não sou pulha.
E cada entulho feito em vil carcaça
Não deixa que se veja o que se passa
Além dos olhos mortos da criança,
A noite apresentando prostitutas,
Travecos e vadias mais astutas,
Reduzem vestimentas e esperança.
CEVANDO VIOLÊNCIA
CEVANDO VIOLÊNCIA
As mágoas corriqueiras dos casais
Cevando violência em noite fria,
E quando se percebe esta heresia
Estrelas sobre a terra, magistrais,
E quando se preparam funerais,
Velório se fazendo dia a dia,
A morte sustentando a hipocrisia
Abutres em delírios mais carnais,
Existo ou simplesmente ainda resto?
Não posso ser deveras mais funesto
E vivo em solilóquio qual demente,
Depois de algum calmante, uma aguardente
O fim de uma esperança quando atesto
O meu também se vê, claro e premente.
As mágoas corriqueiras dos casais
Cevando violência em noite fria,
E quando se percebe esta heresia
Estrelas sobre a terra, magistrais,
E quando se preparam funerais,
Velório se fazendo dia a dia,
A morte sustentando a hipocrisia
Abutres em delírios mais carnais,
Existo ou simplesmente ainda resto?
Não posso ser deveras mais funesto
E vivo em solilóquio qual demente,
Depois de algum calmante, uma aguardente
O fim de uma esperança quando atesto
O meu também se vê, claro e premente.
NOITE AMORTALHADA
NOITE AMORTALHADA
Descendo sobre a terra a lua traça
Detalhes desta noite amortalhada,
E quando desnudando esta calçada
Enquanto a podridão em vida passa,
Eu vejo a mesma cena, esta fumaça
Erguida dos cachimbos, nova fada
Gerando fantasias, molecada
Entregue aos mesmos vícios, mesma praça.
Assim ao se sentir normalidade
Na noite em lua cheia e treva farta
Um carro de polícia já se aparta
Reparta esta propina, volta e meia,
A morte não perdoa este cenário,
E o mundo neste podre itinerário,
Apenas esta pedra se incendeia...
Descendo sobre a terra a lua traça
Detalhes desta noite amortalhada,
E quando desnudando esta calçada
Enquanto a podridão em vida passa,
Eu vejo a mesma cena, esta fumaça
Erguida dos cachimbos, nova fada
Gerando fantasias, molecada
Entregue aos mesmos vícios, mesma praça.
Assim ao se sentir normalidade
Na noite em lua cheia e treva farta
Um carro de polícia já se aparta
Reparta esta propina, volta e meia,
A morte não perdoa este cenário,
E o mundo neste podre itinerário,
Apenas esta pedra se incendeia...
ESFAIMADAS
ESFAIMADAS
Esfaimadas as bocas dos meninos
Em cada esquina vejo a mesma cena,
E ainda quando a noite é mais amena,
Os mesmos e terríveis desatinos,
Assim ao se dobrarem tantos sinos,
Nem mesmo esta mortalha me serena,
A fome se mostrando imensa e plena,
Enquanto outros caminham vis, ladinos.
Assisto ao mesmo enredo há tantos anos,
E penso serem fatos desumanos
Aqueles que se mostram corriqueiros,
Abutres de nós mesmos, fera em fera
A morte nos decora e nos tempera,
É dela que renascem os canteiros.
Esfaimadas as bocas dos meninos
Em cada esquina vejo a mesma cena,
E ainda quando a noite é mais amena,
Os mesmos e terríveis desatinos,
Assim ao se dobrarem tantos sinos,
Nem mesmo esta mortalha me serena,
A fome se mostrando imensa e plena,
Enquanto outros caminham vis, ladinos.
Assisto ao mesmo enredo há tantos anos,
E penso serem fatos desumanos
Aqueles que se mostram corriqueiros,
Abutres de nós mesmos, fera em fera
A morte nos decora e nos tempera,
É dela que renascem os canteiros.
NOITES BRUMOSAS
NOITES BRUMOSAS
As noites são brumosas, sem a lua
A sorte não percebe qualquer chance
E quando de algum brilho este nuance
Ainda que distante em vão atua,
A morte se aproxima e continua
Enquanto a solidão bem mais se avance
Do quanto poderia e não se lance
A vida numa imagem nua e crua.
Restando talvez mesmo o precipício,
Abissais estas fossas, reconheço,
E quando do terror sei o endereço,
Pudesse retornar e desde o início
Soubesse caminhar entre espinheiros,
Os dias não seriam traiçoeiros...
As noites são brumosas, sem a lua
A sorte não percebe qualquer chance
E quando de algum brilho este nuance
Ainda que distante em vão atua,
A morte se aproxima e continua
Enquanto a solidão bem mais se avance
Do quanto poderia e não se lance
A vida numa imagem nua e crua.
Restando talvez mesmo o precipício,
Abissais estas fossas, reconheço,
E quando do terror sei o endereço,
Pudesse retornar e desde o início
Soubesse caminhar entre espinheiros,
Os dias não seriam traiçoeiros...
MINHA ALMA ENLOUQUECIDA
MINHA ALMA ENLOUQUECIDA
Minha alma enlouquecida nada vê
E sabe tão somente do vazio,
E quando a cada passo mais desfio
O que deveras nada e ninguém crê
O quanto poderia e sem por que
Apenas resta em mim, ledo pavio,
E a morte se aproxima, desafio,
Mas cada face escusa se revê
E nela mergulhando em vão espelho,
O olhar por vezes vejo assim vermelho
E as lágrimas tentando disfarçar,
Somente este sorriso de sarcasmo,
Enquanto sobrevém um novo espasmo,
A fonte pouco a pouco a se secar.
Minha alma enlouquecida nada vê
E sabe tão somente do vazio,
E quando a cada passo mais desfio
O que deveras nada e ninguém crê
O quanto poderia e sem por que
Apenas resta em mim, ledo pavio,
E a morte se aproxima, desafio,
Mas cada face escusa se revê
E nela mergulhando em vão espelho,
O olhar por vezes vejo assim vermelho
E as lágrimas tentando disfarçar,
Somente este sorriso de sarcasmo,
Enquanto sobrevém um novo espasmo,
A fonte pouco a pouco a se secar.
SOMENTE AS SOMBRAS
SOMENTE AS SOMBRAS
Somente as sombras restam do que antanho
Já fora um homem forte, um sonhador,
E agora apodrecido a decompor,
Deveras quase mesmo um ser estranho,
E aonde se pensara em algum lanho
Imensa escara vejo a se compor
Tomado por insânia e num torpor,
As sendas infernais agora entranho.
E sigo cada rastro rumo ao fim,
Fracasso após fracasso o que me resta
Seara dolorosa e tão funesta,
Recende ao mesmo nada de onde vim
E assim retornarei de peito aberto,
Enquanto esta batalha em vão, deserto.
Somente as sombras restam do que antanho
Já fora um homem forte, um sonhador,
E agora apodrecido a decompor,
Deveras quase mesmo um ser estranho,
E aonde se pensara em algum lanho
Imensa escara vejo a se compor
Tomado por insânia e num torpor,
As sendas infernais agora entranho.
E sigo cada rastro rumo ao fim,
Fracasso após fracasso o que me resta
Seara dolorosa e tão funesta,
Recende ao mesmo nada de onde vim
E assim retornarei de peito aberto,
Enquanto esta batalha em vão, deserto.
MINHA HERANÇA
MINHA HERANÇA
Partindo brevemente deixarei
Apenas os meus versos como herança
Aonde houvera paz e temperança
A morte transtornando toda a grei,
E quando no vazio mergulhei
Traçando com terror a imensa lança
A sombra do não ser agora avança
E todo este cenário desvendei.
Outrora fui poeta e sonhador,
Agora só resta em mim a dor
Da qual já não consigo me livrar,
Morfina após morfina, o câncer come
E o quanto do que fui, aos poucos some
A sombra vai tomando o meu lugar...
Partindo brevemente deixarei
Apenas os meus versos como herança
Aonde houvera paz e temperança
A morte transtornando toda a grei,
E quando no vazio mergulhei
Traçando com terror a imensa lança
A sombra do não ser agora avança
E todo este cenário desvendei.
Outrora fui poeta e sonhador,
Agora só resta em mim a dor
Da qual já não consigo me livrar,
Morfina após morfina, o câncer come
E o quanto do que fui, aos poucos some
A sombra vai tomando o meu lugar...
SONHOS TANTOS
SONHOS TANTOS
Diante dos altares sonhos tantos
E neles desvendando cada engano,
O quanto se fez duro em pleno dano
Somando os mais diversos desencantos
Os tempos modificam todo plano
E tecem com terror nefastos mantos,
E posso garantir em meus quebrantos
Inútil conhecer o ser humano.
Assim mesquinhos dias são freqüentes
E mesmo quando aqui tu já te ausentes
O teu perfume toma todo o quarto,
Porquanto poderia ser liberto,
Mas quanto mais o sonho enfim deserto,
De ti já não consigo nem me aparto.
Diante dos altares sonhos tantos
E neles desvendando cada engano,
O quanto se fez duro em pleno dano
Somando os mais diversos desencantos
Os tempos modificam todo plano
E tecem com terror nefastos mantos,
E posso garantir em meus quebrantos
Inútil conhecer o ser humano.
Assim mesquinhos dias são freqüentes
E mesmo quando aqui tu já te ausentes
O teu perfume toma todo o quarto,
Porquanto poderia ser liberto,
Mas quanto mais o sonho enfim deserto,
De ti já não consigo nem me aparto.
Printemps
Printemps
Vivre dans la liberté comme il peut,
apporter dans tous les regards, la grande paix,
où la fraternité de tous les peuples, même utopique, il est idéal à atteindre.
La libération est souvent sanglantes,
mais l'oppression est si nocif pour justifier le sang
au nom d'une nouvelle journée où on peut marchez avec tête elevée
et fière d'appartenir à la race humaine.
Attitudes douloureuses, sont inévitables moments
qui apportent beaucoup de souffrance,
mais pour permettre à un nouveau soleil sur l'horizon.
Evidemment l'idéal est qu'il n'y avait pas besoin pour cela,
que l'homme était le frère de l'homme, sans distinction,
et la faim et les inégalités entre les êtres humains n'était pas aussi immense que
qu'elle est aujourd'hui, et malheureusement,
dès le début de l'histoire humaine .
Qu'est-ce que l'amour surpasse tous les autres sentiments,
créant une société nouvelle, plus juste et plus parfait.
Je peut-être un rêveur, mais c'est ce qui me fait vivre,
est l'engrais qui permet ma poésie s'épanouir,
dans l'espoir d'un printemps éternel.
Marcos Loures
Vivre dans la liberté comme il peut,
apporter dans tous les regards, la grande paix,
où la fraternité de tous les peuples, même utopique, il est idéal à atteindre.
La libération est souvent sanglantes,
mais l'oppression est si nocif pour justifier le sang
au nom d'une nouvelle journée où on peut marchez avec tête elevée
et fière d'appartenir à la race humaine.
Attitudes douloureuses, sont inévitables moments
qui apportent beaucoup de souffrance,
mais pour permettre à un nouveau soleil sur l'horizon.
Evidemment l'idéal est qu'il n'y avait pas besoin pour cela,
que l'homme était le frère de l'homme, sans distinction,
et la faim et les inégalités entre les êtres humains n'était pas aussi immense que
qu'elle est aujourd'hui, et malheureusement,
dès le début de l'histoire humaine .
Qu'est-ce que l'amour surpasse tous les autres sentiments,
créant une société nouvelle, plus juste et plus parfait.
Je peut-être un rêveur, mais c'est ce qui me fait vivre,
est l'engrais qui permet ma poésie s'épanouir,
dans l'espoir d'un printemps éternel.
Marcos Loures
Spring
Spring
Living in freedom as it can, bringing in every eye,
the immense peace, where the brotherhood of all peoples,
even utopian, it is ideal to be achieved.
The liberation is many times bloody,
but oppression is just as disastrous that justify the blood
in the name of another day where we can
walk with head held high and pride in belong to the human race.
Painful time, are inevitable moments
who bring so much suffering,
but to enable a new sun on the horizon.
Of course the ideal is that there was need for this,
that the man was the brother of man,
without distinction, and the famine and the inequality
between human beings was not so enormous
how much is these days, and unfortunately
since the beginning of history of humanity .
What is love surpasses over all other feelings,
creating a new society more just and more perfect.
I can be a dreamer, but it is that keeps me alive,
is the fertilizer that makes my verse flourishes,
in the hope of an eternal spring.
Marcos Loures
Living in freedom as it can, bringing in every eye,
the immense peace, where the brotherhood of all peoples,
even utopian, it is ideal to be achieved.
The liberation is many times bloody,
but oppression is just as disastrous that justify the blood
in the name of another day where we can
walk with head held high and pride in belong to the human race.
Painful time, are inevitable moments
who bring so much suffering,
but to enable a new sun on the horizon.
Of course the ideal is that there was need for this,
that the man was the brother of man,
without distinction, and the famine and the inequality
between human beings was not so enormous
how much is these days, and unfortunately
since the beginning of history of humanity .
What is love surpasses over all other feelings,
creating a new society more just and more perfect.
I can be a dreamer, but it is that keeps me alive,
is the fertilizer that makes my verse flourishes,
in the hope of an eternal spring.
Marcos Loures
AO INFINITO
AO INFINITO
Elevando este olhar ao infinito,
Pudesse até quem sabe adivinhar
Diversidades tantas e encontrar
Quem sabe da verdade rota e rito,
Mas quando inutilmente eu tento e grito,
Ao menos me perdendo devagar
Cansado de tentar e de lutar
Ao próprio suicídio enfim me incito.
E tanto poderia ser diverso
Não fosse assim meu passo mais disperso
Tampouco tão inglória a minha vida,
Mas tanto se batalha e nada vem,
Apenas o vazio e sigo aquém
Do quanto imaginei; luta perdida...
Elevando este olhar ao infinito,
Pudesse até quem sabe adivinhar
Diversidades tantas e encontrar
Quem sabe da verdade rota e rito,
Mas quando inutilmente eu tento e grito,
Ao menos me perdendo devagar
Cansado de tentar e de lutar
Ao próprio suicídio enfim me incito.
E tanto poderia ser diverso
Não fosse assim meu passo mais disperso
Tampouco tão inglória a minha vida,
Mas tanto se batalha e nada vem,
Apenas o vazio e sigo aquém
Do quanto imaginei; luta perdida...
FELIZ NATAL - UMA MENSAGEM PARA TODOS OS MEUS AMIGOS
Jesus Verbo No Sustantivo
Ricardo Arjona
Ayer, Jesus afino mi guitarra y agudizo mis sentidos, meinspiro
Papel y lapiz en mano apunto la cancion y me negue a escribir
Porque hablar y escribir sobre Jesus es redundar, seria mejor actuar
Luego, algo me dijo que la unica forma de no redundar es decir la verdad
Decir que a Jesus le gusta que actuemos no que hablemos
Decir que Jesus es mas que cinco letras formando un nombre
Decir que Jesus es verbo no sustantivo
Jesus es mas que una simple y llana teoria
¿Que haces hermano leyendo la Biblia todo el dia?
Lo que alli esta escrito se resume en amor vamos, ve y practicalo
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus es mas que un templo de lujo con tendencia barroca
El sabe que total a la larga esto no es mas que roca
La iglesia se lleva en el alma y en los actos no se te olvide
Que Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus es mas que un grupo de señoras de muy negra conciencia
Que pretenden ganarse el cielo con club de beneficencia
Si quieres tu ser miembro activa, tendras que presentar a la directiva
Tu cuenta de ahorros en Suiza y vinculos oficiales
Jesus es mas que persignarse, hincarse y hacer de esto alarde
El sabe que quiza por dentro la conciencia les arde
Jesus es mas que una flor en el altar salvadora de pecados
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus convertia en hechos todos sus sermones
Que si tomas cafe es pecado dicen los Mormones
Tienen tan poco que hacer que andan inventando cada cosa
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus no entiende por que en el culto le aplauden
Hablan de honestidad sabiendo que el diezmo es un fraude
A Jesus le da asco el pastor que se hace rico con la fe
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
De mi barrio la mas religiosa era doña Carlota
Hablaba de amor al projimo y me poncho cien pelotas
Desde niño fui aprendiendo que la religion no es mas que unmetodo
Con el titulo prohibido pensar que ya todo esta escrito
Me bautizaron cuando tenia dos meses y a mi no me avisaron
Hubo fiesta piñata y a mi ni me preguntaron
Bautizame tu Jesus por favor asi entre amigos
Se que odias el protocolo hermano mio
Señores no dividan la fe las fronteras son para los paises
En este mundo hay mas religiones que niños felices
Jesus penso "me hare invisible para que todos mis hermanos
Dejen de estar hablando tanto de mi y se tiendan la mano"
Jesus eres el mejor testigo del amor que te profeso
Tengo la conciencia tranquila por eso no me confieso
Rezando dos padres nuestros el asesino no revive a su muerto
Jesus hermanos mios es verbo no sustantivo
Jesus no bajes a la tierra quedate alla arriba
Todos los que han pensado como tu ya estan boca arriba
Olvidados en algun cementerio, de equipaje sus ideales
Murieron con la sonrisa en los labios porque fueron
Verbo y no sustantivo
feliz NATAL PARA TODOS.
Ricardo Arjona
Ayer, Jesus afino mi guitarra y agudizo mis sentidos, meinspiro
Papel y lapiz en mano apunto la cancion y me negue a escribir
Porque hablar y escribir sobre Jesus es redundar, seria mejor actuar
Luego, algo me dijo que la unica forma de no redundar es decir la verdad
Decir que a Jesus le gusta que actuemos no que hablemos
Decir que Jesus es mas que cinco letras formando un nombre
Decir que Jesus es verbo no sustantivo
Jesus es mas que una simple y llana teoria
¿Que haces hermano leyendo la Biblia todo el dia?
Lo que alli esta escrito se resume en amor vamos, ve y practicalo
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus es mas que un templo de lujo con tendencia barroca
El sabe que total a la larga esto no es mas que roca
La iglesia se lleva en el alma y en los actos no se te olvide
Que Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus es mas que un grupo de señoras de muy negra conciencia
Que pretenden ganarse el cielo con club de beneficencia
Si quieres tu ser miembro activa, tendras que presentar a la directiva
Tu cuenta de ahorros en Suiza y vinculos oficiales
Jesus es mas que persignarse, hincarse y hacer de esto alarde
El sabe que quiza por dentro la conciencia les arde
Jesus es mas que una flor en el altar salvadora de pecados
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus convertia en hechos todos sus sermones
Que si tomas cafe es pecado dicen los Mormones
Tienen tan poco que hacer que andan inventando cada cosa
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
Jesus no entiende por que en el culto le aplauden
Hablan de honestidad sabiendo que el diezmo es un fraude
A Jesus le da asco el pastor que se hace rico con la fe
Jesus hermanos mios es verbo, no sustantivo
De mi barrio la mas religiosa era doña Carlota
Hablaba de amor al projimo y me poncho cien pelotas
Desde niño fui aprendiendo que la religion no es mas que unmetodo
Con el titulo prohibido pensar que ya todo esta escrito
Me bautizaron cuando tenia dos meses y a mi no me avisaron
Hubo fiesta piñata y a mi ni me preguntaron
Bautizame tu Jesus por favor asi entre amigos
Se que odias el protocolo hermano mio
Señores no dividan la fe las fronteras son para los paises
En este mundo hay mas religiones que niños felices
Jesus penso "me hare invisible para que todos mis hermanos
Dejen de estar hablando tanto de mi y se tiendan la mano"
Jesus eres el mejor testigo del amor que te profeso
Tengo la conciencia tranquila por eso no me confieso
Rezando dos padres nuestros el asesino no revive a su muerto
Jesus hermanos mios es verbo no sustantivo
Jesus no bajes a la tierra quedate alla arriba
Todos los que han pensado como tu ya estan boca arriba
Olvidados en algun cementerio, de equipaje sus ideales
Murieron con la sonrisa en los labios porque fueron
Verbo y no sustantivo
feliz NATAL PARA TODOS.
FRIO INVERNO
FRIO INVERNO
Deixando no passado um frio inverno
Que tanto procurei e não viera
Matando com certeza a primavera
Aonde sem sentido algum me interno.
Reparo os desenganos e me hiberno
Tentando acreditar além da espera
Na sorte desenhada, vã quimera
E apenas sofrimento é quase eterno.
Restando muito pouco do que um dia
Pensara e mesmo apenas poderia
Vencer em tempestades tal bonança.
O passo sem saber da providência
Gerando com terror esta abstinência
Que tanto nos maltrata enquanto cansa.
Deixando no passado um frio inverno
Que tanto procurei e não viera
Matando com certeza a primavera
Aonde sem sentido algum me interno.
Reparo os desenganos e me hiberno
Tentando acreditar além da espera
Na sorte desenhada, vã quimera
E apenas sofrimento é quase eterno.
Restando muito pouco do que um dia
Pensara e mesmo apenas poderia
Vencer em tempestades tal bonança.
O passo sem saber da providência
Gerando com terror esta abstinência
Que tanto nos maltrata enquanto cansa.
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