O TERROR A CADA OLHAR
Decreta-se o terror a cada olhar
E tento vez em quando algum disfarce
Porquanto a própria vida nos esgarce
Não tendo após tempesta outro luar
O quanto é necessário acostumar-se
Com toda a farsa feita, este lugar
Transcende ao que pudesse imaginar
Enquanto sorrateiro não notar-se
A fúria do que tanto produzira
Ainda com terror e sendo a mira
A morte que procuro a cada instante,
O vândalo fantoche num mergulho
Tocando sem defesa o pedregulho,
Transformo-me em tal fera degradante...
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