INCOERÊNCIAS
Guardadas nesta jaula, incoerências
Medonho olhar tomando este horizonte
Bem antes que meu passo desaponte
Não quero nem preciso mais clemências
Urdidos pelas mãos das inocências
Imensa poluição tomando a fonte,
Não posso e talvez sequer aponte
As mortes que carrego em prepotências.
Acolho os meus fantasmas e me vingo
Embora saiba bem cada domingo
Do peso da semana que virá,
Acréscimos de dores e discórdias
Não quero nem pretendo em tais mixórdias
Colher o que plantei aqui ou lá.
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