sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

AMAR-TE

AMAR-TE

Trazer o gosto amargo dos meus ritos,
Em todas minha mágoas, penitente...
Cortando, livres, carnes e infinitos.
Vultos negros, partícipes, serpente...

Quero a mordaça, laços mais benditos,
A maçã, cortesã, mais veemente,
No gozo mais profundo, mais retintos.
Febre terçã, malária, inconseqüente...

Perambulas pecados e orgias,
Enleios, devaneios, meus veleiros...
Meus pecados urgentes, fantasias.

Falas! Eu não te creio, nem credito,
Teu vulto retorcido, meus janeiros,
Amar-te: poesia, dor e mito...

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