Tempesta
Ouvindo a voz do mar a nos trazer
Alguma sensação de novo dia,
Ao menos noutro encanto eu poderia
Sonhar com belo tom no amanhecer,
Porém quando me exponho e posso ver
A vida se esvaindo em vã sangria
Desafiando o tom da melodia
O quanto se fez tanto a se perder,
Não mais que mero ocaso em brumas fartas
E vendo este cenário tu te apartas
Partindo o que restara de ilusão,
Nebulosa manhã se aproximando,
O mundo que sonhei se faz nefando
Tempesta se anuncia em um trovão.
Marcos Loures
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 16 de junho de 2012
Degradação
Degradação
Restando muito pouco do que há tanto
Seria mais audaz, a juventude,
O mundo noutra face não me ilude
E encontro finalmente o desencanto,
Restasse o quanto escondo e não garanto,
O preço a se pagar é bem mais rude,
Não sei da solução e nem mais pude
Viver além da dor, do medo e pranto.
Eclodem versos velhos dentro da alma
E quando a noite vem e o sonho acalma
Aplaca a violência da verdade,
E nisto o que se faça em ilusório
Caminho mata o quanto foi notório
E o pouco quando sobre já degrade.
Marcos Loures
Restando muito pouco do que há tanto
Seria mais audaz, a juventude,
O mundo noutra face não me ilude
E encontro finalmente o desencanto,
Restasse o quanto escondo e não garanto,
O preço a se pagar é bem mais rude,
Não sei da solução e nem mais pude
Viver além da dor, do medo e pranto.
Eclodem versos velhos dentro da alma
E quando a noite vem e o sonho acalma
Aplaca a violência da verdade,
E nisto o que se faça em ilusório
Caminho mata o quanto foi notório
E o pouco quando sobre já degrade.
Marcos Loures
Trapaça
Trapaça
Ocasionando a queda do que há dias
Marcasse o meu anseio mais veemente
E sinto quando a vida volve e mente
Matando em tardes turvas e sombrias,
Distante ainda escuto melodias
E o corpo determina inutilmente
O muito mais sublime e até premente
Vagando sem saber em horas frias,
Resulto desta falsa sensação
Guardada no meu mundo, em meu porão,
Restando qualquer coisa que se faça
Diversa da expressão em tom sofrível
E o verso se desenha em dor incrível
Já desnudando inteira esta trapaça.
Marcos Loures
Ocasionando a queda do que há dias
Marcasse o meu anseio mais veemente
E sinto quando a vida volve e mente
Matando em tardes turvas e sombrias,
Distante ainda escuto melodias
E o corpo determina inutilmente
O muito mais sublime e até premente
Vagando sem saber em horas frias,
Resulto desta falsa sensação
Guardada no meu mundo, em meu porão,
Restando qualquer coisa que se faça
Diversa da expressão em tom sofrível
E o verso se desenha em dor incrível
Já desnudando inteira esta trapaça.
Marcos Loures
Descaso
Descaso
Havendo qualquer coisa além do porto
Talvez inda restasse algum descanso,
Mas quando no final o nada alcanço,
O mundo desabando inútil, morto,
Meu verso traduzisse o mesmo aborto
E nisto no vazio onde me lanço,
Espero o que se faça bem mais manso
Remanso desenhado, em desconforto,
Presenciando o fim de nova etapa
O tanto que tentara agora escapa
E veste o quanto investe em curto prazo,
Negando o que se fez felicidade
Tampouco uma ilusão ao fim agrade
E sinto da esperança o seu descaso.
Marcos Loures
Havendo qualquer coisa além do porto
Talvez inda restasse algum descanso,
Mas quando no final o nada alcanço,
O mundo desabando inútil, morto,
Meu verso traduzisse o mesmo aborto
E nisto no vazio onde me lanço,
Espero o que se faça bem mais manso
Remanso desenhado, em desconforto,
Presenciando o fim de nova etapa
O tanto que tentara agora escapa
E veste o quanto investe em curto prazo,
Negando o que se fez felicidade
Tampouco uma ilusão ao fim agrade
E sinto da esperança o seu descaso.
Marcos Loures
Sidéreas Sensações
Sidéreas sensações, ações em vão,
Nas momentâneas farsas que tu trazes
A vida ensandecendo as tantas fases
E nelas velhas celas se verão,
Venéreas noites feitas de paixão,
Ousando acreditar em mais audazes
Enredos onde o tanto que comprazes
Expressa tanta pressa ou mansidão,
Imerso num disperso mundo pálido,
Meu canto; a cada verso, quase esquálido,
Do cálido passado nada resta,
Bisonhamente enfrento os meus moinhos
E os prazos se transformam em daninhos
Fugindo a cada instante, mesma fresta.
Marcos Loures
Nas momentâneas farsas que tu trazes
A vida ensandecendo as tantas fases
E nelas velhas celas se verão,
Venéreas noites feitas de paixão,
Ousando acreditar em mais audazes
Enredos onde o tanto que comprazes
Expressa tanta pressa ou mansidão,
Imerso num disperso mundo pálido,
Meu canto; a cada verso, quase esquálido,
Do cálido passado nada resta,
Bisonhamente enfrento os meus moinhos
E os prazos se transformam em daninhos
Fugindo a cada instante, mesma fresta.
Marcos Loures
Sombras
Sombras
As sombras entre alfombras no salão
Dos sonhos assombrando o malfadado
Momento aonde eu tento em meu sobrado
Marcar os dias claros que virão.
Somando o quase nada vejo o não
E bebo cada gota do passado,
E rota a sensação do desagrado
O fardo se transforma em solução?
Percebo nos alforjes da saudade
O preço mais cruel da liberdade
E disto o que pudesse em penitência,
Servil anseio molda o que se faça
Deixando para trás a liça, a traça,
Sorvendo o que se faz sem mais clemência.
Marcos Loures
As sombras entre alfombras no salão
Dos sonhos assombrando o malfadado
Momento aonde eu tento em meu sobrado
Marcar os dias claros que virão.
Somando o quase nada vejo o não
E bebo cada gota do passado,
E rota a sensação do desagrado
O fardo se transforma em solução?
Percebo nos alforjes da saudade
O preço mais cruel da liberdade
E disto o que pudesse em penitência,
Servil anseio molda o que se faça
Deixando para trás a liça, a traça,
Sorvendo o que se faz sem mais clemência.
Marcos Loures
Ausente
Ausente
Jamais se fez presente quem outrora
Vivesse da esperança e nada mais,
Enquanto novos dias são iguais
A mesma sensação do não devora,
E o preço a se pagar já desancora
O barco que enfrentara vendavais,
Agora mais distante do meu cais,
A luta noutro tom em vão demora,
Respondo aos meus anseios de tal forma
Que o passo sem certeza não me informa
E a velha fúria toma toda a cena,
Transforma o quanto pude em nada além
E o preço inflacionado não convém
A quem aquém do tanto se condena.
Marcos Loures
Jamais se fez presente quem outrora
Vivesse da esperança e nada mais,
Enquanto novos dias são iguais
A mesma sensação do não devora,
E o preço a se pagar já desancora
O barco que enfrentara vendavais,
Agora mais distante do meu cais,
A luta noutro tom em vão demora,
Respondo aos meus anseios de tal forma
Que o passo sem certeza não me informa
E a velha fúria toma toda a cena,
Transforma o quanto pude em nada além
E o preço inflacionado não convém
A quem aquém do tanto se condena.
Marcos Loures
VELHAS FASES
VELHAS FASES
Percorro velhas fases de uma história
Legada ao mais cruel esquecimento
E mesmo quando além do todo eu tento
A sorte se transcorre sem vanglória,
Quem fora simplesmente pária, escória,
Enfrenta o quanto pode em sofrimento
E nisto se buscasse algum alento
O mundo se perdesse em vã memória,
Apressando meu passo sigo em frente
E nada do que possa se apresente
Versões bem diferentes, mesmo fato,
O cândido momento se perdendo,
A luz quando renasce, é mero adendo,
E a turva escuridão; em mim constato...
Marcos Loures
Percorro velhas fases de uma história
Legada ao mais cruel esquecimento
E mesmo quando além do todo eu tento
A sorte se transcorre sem vanglória,
Quem fora simplesmente pária, escória,
Enfrenta o quanto pode em sofrimento
E nisto se buscasse algum alento
O mundo se perdesse em vã memória,
Apressando meu passo sigo em frente
E nada do que possa se apresente
Versões bem diferentes, mesmo fato,
O cândido momento se perdendo,
A luz quando renasce, é mero adendo,
E a turva escuridão; em mim constato...
Marcos Loures
O QUASE OCASO.
O QUASE OCASO.
Percebo após o muito, o quase ocaso,
E o tempo não permite novo rumo,
Seguindo o mesmo instante onde consumo
O tanto quanto além, em tal descaso,
Passando o dia a dia e se me atraso
Expresso em negação o velho prumo
Que apenas decidisse onde me esfumo
Realço o quanto sempre enfim defaso,
Pereço a cada farsa em tenebrosa
Vontade que se faça dolorosa
Da rosa os seus espinhos, cultivara,
E o medo se aproxima e toma tudo,
De fato quando em vão eu já me iludo
Aprofundando na alma a torpe escara.
Marcos Loures
Percebo após o muito, o quase ocaso,
E o tempo não permite novo rumo,
Seguindo o mesmo instante onde consumo
O tanto quanto além, em tal descaso,
Passando o dia a dia e se me atraso
Expresso em negação o velho prumo
Que apenas decidisse onde me esfumo
Realço o quanto sempre enfim defaso,
Pereço a cada farsa em tenebrosa
Vontade que se faça dolorosa
Da rosa os seus espinhos, cultivara,
E o medo se aproxima e toma tudo,
De fato quando em vão eu já me iludo
Aprofundando na alma a torpe escara.
Marcos Loures
Duelo Velhos Trovadores! Marcos Loures & SOL Figueiredo
Duelo Velhos Trovadores! Marcos Loures & SOL Figueiredo
Um velho trovador
Somente um trovador olhando a lua
Que além deste horizonte refletisse
O quanto do meu mundo em vã tolice
E nisto a minha luta continua,
Vagando o quanto perco e além flutua
O tempo que de fato se desdisse,
Na plaga mais distante o que se visse
Servisse de cenário onde se atua,
Não falo quase nada e mesmo assim,
O tanto que resume enquanto eu vim
Tramasse em rimas pobres o que resta,
Do brilho que estrelar domina o céu,
Enquanto um vagabundo segue ao léu,
Porém uma alma solta vive em festa.
Marcos Loures
Minha trova em ti tenta refletir,
Repito cada passo teu, anoitece...
Na trama em que cada rima tece,
Já agito sem compasso esse sentir!
Um grito d’alma desfaço o porvir,
Por te vir, tua calma me enlouquece,
Peço enfim a meu Deus em uma prece...
Minha paz que perdi, desse amor a florir!
Cultivo um jardim com teu jasmim,
Trovo teu nome em versos de cetim,
Por fim, só essa festa é o que me resta...
Ativo o teu cheiro, um alecrim, ó céus!
Revivo um amor verdadeiro, sem véus...
A cobrir assim a tua testa como uma fresta!
© SOL Figueiredo
Um velho trovador
Somente um trovador olhando a lua
Que além deste horizonte refletisse
O quanto do meu mundo em vã tolice
E nisto a minha luta continua,
Vagando o quanto perco e além flutua
O tempo que de fato se desdisse,
Na plaga mais distante o que se visse
Servisse de cenário onde se atua,
Não falo quase nada e mesmo assim,
O tanto que resume enquanto eu vim
Tramasse em rimas pobres o que resta,
Do brilho que estrelar domina o céu,
Enquanto um vagabundo segue ao léu,
Porém uma alma solta vive em festa.
Marcos Loures
Minha trova em ti tenta refletir,
Repito cada passo teu, anoitece...
Na trama em que cada rima tece,
Já agito sem compasso esse sentir!
Um grito d’alma desfaço o porvir,
Por te vir, tua calma me enlouquece,
Peço enfim a meu Deus em uma prece...
Minha paz que perdi, desse amor a florir!
Cultivo um jardim com teu jasmim,
Trovo teu nome em versos de cetim,
Por fim, só essa festa é o que me resta...
Ativo o teu cheiro, um alecrim, ó céus!
Revivo um amor verdadeiro, sem véus...
A cobrir assim a tua testa como uma fresta!
© SOL Figueiredo
SIM/NÃO
SIM/NÃO
Jamais ouvisse o tanto que desenho
Nos mares mais distantes e profundos,
Percorro sem sentir diversos mundos
E neles minha voz em vago empenho,
Preparo o que pudera e não desdenho
E nestes caminhares em segundos,
Apresentando os passos vagabundos
O tanto que desejo agora eu tenho,
E sei do meu momento quando o vejo
Semente que se mostra em novo ensejo
No enxame de esperanças que se vão,
Ocasos entre caos e meros ermos
O fato de sabermos e não termos
Mostrasse o quanto é frágil sim e não.
Marcos Loures
Jamais ouvisse o tanto que desenho
Nos mares mais distantes e profundos,
Percorro sem sentir diversos mundos
E neles minha voz em vago empenho,
Preparo o que pudera e não desdenho
E nestes caminhares em segundos,
Apresentando os passos vagabundos
O tanto que desejo agora eu tenho,
E sei do meu momento quando o vejo
Semente que se mostra em novo ensejo
No enxame de esperanças que se vão,
Ocasos entre caos e meros ermos
O fato de sabermos e não termos
Mostrasse o quanto é frágil sim e não.
Marcos Loures
TANTA DESDITA
TANTA DESDITA
Após tanta desdita, eu sigo em frente
E sei do quanto possa ou mesmo tenha
Na luta que se faça mais ferrenha
E nela o sentimento que atormente,
Invento outro momento mais premente
E tento desvendar o que o contenha,
Não dito esta palavra e nem convenha
Vagar além do nada em rude mente
Entranho o descaminho onde me visse
Vestindo a mesma face em tal mesmice
Que nada se cobice; e a sobrevida
Depositada em caos ou na palavra
Enquanto revestindo o que se lavra
Na farsa sem remédio e sem saída...
Marcos Loures
Após tanta desdita, eu sigo em frente
E sei do quanto possa ou mesmo tenha
Na luta que se faça mais ferrenha
E nela o sentimento que atormente,
Invento outro momento mais premente
E tento desvendar o que o contenha,
Não dito esta palavra e nem convenha
Vagar além do nada em rude mente
Entranho o descaminho onde me visse
Vestindo a mesma face em tal mesmice
Que nada se cobice; e a sobrevida
Depositada em caos ou na palavra
Enquanto revestindo o que se lavra
Na farsa sem remédio e sem saída...
Marcos Loures
O QUE HÁ EM TI
O QUE HÁ EM TI
Jogando minha sorte num anseio
Disperso navegante sem timão
Somente me mostrasse desde então
Quem tanto desejara e nunca veio,
O mar que se fizera em devaneio,
O preço sonegando a solução
No marco mais audaz deste verão
Encanto se perdendo em vão receio,
O quanto em desencanto fora mais
Dos erros costumeiros e banais,
Atrás do que jamais reconheci,
Meu tempo em vagas ondas, mar adentro,
Invalidando o quanto me concentro
Deixando sem sentido o que há em ti.
Marcos Loures
Jogando minha sorte num anseio
Disperso navegante sem timão
Somente me mostrasse desde então
Quem tanto desejara e nunca veio,
O mar que se fizera em devaneio,
O preço sonegando a solução
No marco mais audaz deste verão
Encanto se perdendo em vão receio,
O quanto em desencanto fora mais
Dos erros costumeiros e banais,
Atrás do que jamais reconheci,
Meu tempo em vagas ondas, mar adentro,
Invalidando o quanto me concentro
Deixando sem sentido o que há em ti.
Marcos Loures
Medos
Medos
Fecundas com teus erros o futuro
E tentas relegar a qualquer plano
O tempo enquanto o todo que ora ufano
Expressa o que deveras configuro,
Resplandecente mundo que inseguro,
O caos se mostra em tom bem mais profano,
E nisto navegando em desumano
Caminho, o meu anseio além depuro,
Espúrios dias feitos do abandono,
E quando do vazio enfim me adono,
Restituindo o fardo que me deste.
Vivendo do que sobra deste tanto
O medo se traduz onde garanto
Apenas o que seja dor e peste.
Marcos Loures
Fecundas com teus erros o futuro
E tentas relegar a qualquer plano
O tempo enquanto o todo que ora ufano
Expressa o que deveras configuro,
Resplandecente mundo que inseguro,
O caos se mostra em tom bem mais profano,
E nisto navegando em desumano
Caminho, o meu anseio além depuro,
Espúrios dias feitos do abandono,
E quando do vazio enfim me adono,
Restituindo o fardo que me deste.
Vivendo do que sobra deste tanto
O medo se traduz onde garanto
Apenas o que seja dor e peste.
Marcos Loures
DESVENDANDO ESTRELAS
DESVENDANDO ESTRELAS
Não queira desvendar o que de fato
Transcende ao sentimento mais fugaz,
E nisto outro momento se desfaz
Restando o quanto possa e não resgato,
Ousando perceber em mesa e prato
O tempo em contratempo que não traz
Sequer o meu momento contumaz,
Eu sigo sem sentido ou me maltrato,
Repare cada estrela e veja bem
Na falsa pequenez o que contém
Imensidade além, tanto distante,
Negar o que se creia e ser indócil
Ressurgindo do outrora feito em fóssil,
Num ato ora insensato e provocante...
Marcos Loures
Não queira desvendar o que de fato
Transcende ao sentimento mais fugaz,
E nisto outro momento se desfaz
Restando o quanto possa e não resgato,
Ousando perceber em mesa e prato
O tempo em contratempo que não traz
Sequer o meu momento contumaz,
Eu sigo sem sentido ou me maltrato,
Repare cada estrela e veja bem
Na falsa pequenez o que contém
Imensidade além, tanto distante,
Negar o que se creia e ser indócil
Ressurgindo do outrora feito em fóssil,
Num ato ora insensato e provocante...
Marcos Loures
Pégaso
Pégaso
Sou Pégaso e seguindo além, liberto,
Meu verso sem cabresto não tem freios,
Tampouco segue antigos riscos, veios,
E o tempo se mostrando sempre incerto.
O quanto se pudera e já deserto
Mostrando muito além de tais arreios
Corcel vagando em céus e devaneios,
O longe se tornando bem mais perto.
Desperto e nada mais me conteria
Sequer o renascer em claro dia
De sóis em brilhos tantos, seus matizes,
Resplandecentemente em seu clarão,
Porém prefiro a minha escuridão
Ou mesmo o quanto em vão já contradizes.
Marcos Loures
Sou Pégaso e seguindo além, liberto,
Meu verso sem cabresto não tem freios,
Tampouco segue antigos riscos, veios,
E o tempo se mostrando sempre incerto.
O quanto se pudera e já deserto
Mostrando muito além de tais arreios
Corcel vagando em céus e devaneios,
O longe se tornando bem mais perto.
Desperto e nada mais me conteria
Sequer o renascer em claro dia
De sóis em brilhos tantos, seus matizes,
Resplandecentemente em seu clarão,
Porém prefiro a minha escuridão
Ou mesmo o quanto em vão já contradizes.
Marcos Loures
Cobranças
Cobranças
Não mais suportaria tal cobrança
Nem mesmo entenderia uma razão,
Buscando a mais real libertação
Meu sonho no infinito ora se lança
E a vida sem ter freios sempre avança
Bebendo com total sofreguidão
Os dias que de fato moldarão
Pesando a realidade na balança.
Em toda esta fiança que me cobras,
Apenas restaurando as minhas sobras,
Das sombras do que busco, sou somente,
Nascente que se tenta entre penhascos,
Patuscos delirares, meros frascos,
Do quanto na verdade não se sente.
Marcos Loures
Não mais suportaria tal cobrança
Nem mesmo entenderia uma razão,
Buscando a mais real libertação
Meu sonho no infinito ora se lança
E a vida sem ter freios sempre avança
Bebendo com total sofreguidão
Os dias que de fato moldarão
Pesando a realidade na balança.
Em toda esta fiança que me cobras,
Apenas restaurando as minhas sobras,
Das sombras do que busco, sou somente,
Nascente que se tenta entre penhascos,
Patuscos delirares, meros frascos,
Do quanto na verdade não se sente.
Marcos Loures
CENÁRIOS.
CENÁRIOS.
Esqueço o que passara entre as entranhas
Mais rudes do cenário descartável
De um mundo tanto quanto imaginável
E nele sei que agora tu me estranhas,
As tramas entre enganos, as montanhas,
O preço do viver quase imutável
E o solo que tentara ser arável
Esconde-se em diversas, várias manhas,
Aspirjo o quanto tenho dentro em mim
E tento cultivar qualquer jardim
Sabendo do que possa em primavera,
Mas quando o grão se torna ora obsoleto,
Um erro contumaz enfim cometo,
E a vida noutro tom se degenera...
Marcos Loures
Esqueço o que passara entre as entranhas
Mais rudes do cenário descartável
De um mundo tanto quanto imaginável
E nele sei que agora tu me estranhas,
As tramas entre enganos, as montanhas,
O preço do viver quase imutável
E o solo que tentara ser arável
Esconde-se em diversas, várias manhas,
Aspirjo o quanto tenho dentro em mim
E tento cultivar qualquer jardim
Sabendo do que possa em primavera,
Mas quando o grão se torna ora obsoleto,
Um erro contumaz enfim cometo,
E a vida noutro tom se degenera...
Marcos Loures
Um velho trovador
Um velho trovador
Somente um trovador olhando a lua
Que além deste horizonte refletisse
O quanto do meu mundo em vã tolice
E nisto a minha luta continua,
Vagando o quanto perco e além flutua
O tempo que de fato se desdisse,
Na plaga mais distante o que se visse
Servisse de cenário onde se atua,
Não falo quase nada e mesmo assim,
O tanto que resume enquanto eu vim
Tramasse em rimas pobres o que resta,
Do brilho que estrelar domina o céu,
Enquanto um vagabundo segue ao léu,
Porém uma alma solta vive em festa.
Marcos Loures
Somente um trovador olhando a lua
Que além deste horizonte refletisse
O quanto do meu mundo em vã tolice
E nisto a minha luta continua,
Vagando o quanto perco e além flutua
O tempo que de fato se desdisse,
Na plaga mais distante o que se visse
Servisse de cenário onde se atua,
Não falo quase nada e mesmo assim,
O tanto que resume enquanto eu vim
Tramasse em rimas pobres o que resta,
Do brilho que estrelar domina o céu,
Enquanto um vagabundo segue ao léu,
Porém uma alma solta vive em festa.
Marcos Loures
DESENGANOS...
DESENGANOS...
Maltratas; com palavras, quem um dia,
Ousasse serenar teus desenganos,
E mesmo quando em versos mais profanos
Tentara apascentar a noite fria,
O canto noutro tom se mostraria
E nele os teus anseios mais insanos,
Assim se desenhando meses e anos
O corte a cada farsa viveria,
Na vida se mostrando as intempéries
Os erros se fazendo como em séries,
Defronto com o olhar tanto infeliz
E sei que na verdade o que tramaste
Retrata muito bem qualquer desgaste
E o próprio desenhar te contradiz.
Marcos Loures
Maltratas; com palavras, quem um dia,
Ousasse serenar teus desenganos,
E mesmo quando em versos mais profanos
Tentara apascentar a noite fria,
O canto noutro tom se mostraria
E nele os teus anseios mais insanos,
Assim se desenhando meses e anos
O corte a cada farsa viveria,
Na vida se mostrando as intempéries
Os erros se fazendo como em séries,
Defronto com o olhar tanto infeliz
E sei que na verdade o que tramaste
Retrata muito bem qualquer desgaste
E o próprio desenhar te contradiz.
Marcos Loures
NO VAZIO
NO VAZIO
Mergulho cada sonho no vazio
Deixando como rastro o ser medonho
E bebo todo o lastro e me proponho
Naufrágio me levando em mar e rio,
E quantas vezes, mesmo desafio,
O prazo sem sentido mais bisonho,
E o vasto caminhar onde enfadonho,
Encontre ou mesmo busque o rumo, o fio.
Afio meus momentos quais adagas
E sei que no final tanto me alagas
Delegas o que resta dentro em nós,
Alegas as mentiras mais complexas
E mesmo quando em erros tu me anexas,
A vida se perdendo em falsa foz.
Marcos Loures
Mergulho cada sonho no vazio
Deixando como rastro o ser medonho
E bebo todo o lastro e me proponho
Naufrágio me levando em mar e rio,
E quantas vezes, mesmo desafio,
O prazo sem sentido mais bisonho,
E o vasto caminhar onde enfadonho,
Encontre ou mesmo busque o rumo, o fio.
Afio meus momentos quais adagas
E sei que no final tanto me alagas
Delegas o que resta dentro em nós,
Alegas as mentiras mais complexas
E mesmo quando em erros tu me anexas,
A vida se perdendo em falsa foz.
Marcos Loures
Tua Ironia
Tua Ironia
Tua ironia traz algum tormento
E sigo meu momento sem tentar
Tentáculos pudessem alcançar
O quanto eu tento e tanto não fomento,
Somente esta semente leva o vento,
Sem mesmo noutro canto ela aportar,
E mais disperso sinto o quanto alçar
Negando o que se veja em firmamento.
Negociando o caos e nada além
Ocaso transcendendo o quanto vem
No encanto que se fez tão perecível,
Vestígios do que fora poesia
Nas mãos de quem teimasse e não veria
A vida noutro rumo imprevisível.
Marcos Loures
Tua ironia traz algum tormento
E sigo meu momento sem tentar
Tentáculos pudessem alcançar
O quanto eu tento e tanto não fomento,
Somente esta semente leva o vento,
Sem mesmo noutro canto ela aportar,
E mais disperso sinto o quanto alçar
Negando o que se veja em firmamento.
Negociando o caos e nada além
Ocaso transcendendo o quanto vem
No encanto que se fez tão perecível,
Vestígios do que fora poesia
Nas mãos de quem teimasse e não veria
A vida noutro rumo imprevisível.
Marcos Loures
OUTRA VERDADE
OUTRA VERDADE
Enquanto imaginasse outra verdade
Açoda-me a vontade de saber
O quanto poderia amanhecer
E o tempo após o todo já degrade,
Não tendo nem mais voz ou liberdade,
Respiro o quanto possa até perder
O rumo sem certeza do poder
Que trame muito mais tranquilidade.
O mundo se perdendo em ato e passo,
O quanto sem adendo algum eu traço
E faço do meu canto um desabafo,
Não tento acreditar noutra enfadonha
Loucura que minha alma enfim proponha,
Em letras garrafais meu sonho eu grafo.
Marcos Loures
Enquanto imaginasse outra verdade
Açoda-me a vontade de saber
O quanto poderia amanhecer
E o tempo após o todo já degrade,
Não tendo nem mais voz ou liberdade,
Respiro o quanto possa até perder
O rumo sem certeza do poder
Que trame muito mais tranquilidade.
O mundo se perdendo em ato e passo,
O quanto sem adendo algum eu traço
E faço do meu canto um desabafo,
Não tento acreditar noutra enfadonha
Loucura que minha alma enfim proponha,
Em letras garrafais meu sonho eu grafo.
Marcos Loures
ESTRELA
ESTRELA
ESVAINDO...
Estrela que se fez imorredoura
Nos sonhos de um poeta enamorado,
Agora como sombra de um passado
Noutro cenário esvai e não mais doura,
A vida traz o corte, esta tesoura,
Matando o quanto fora anunciado
E o gesto noutro tanto desolado,
Aos poucos sem sentido algum, estoura.
Restauro os meus momentos mais felizes
E sinto quanto possam os deslizes
Em cicatrizes várias e fatais,
Não merecesse apenas o que possa
Tramar a solidão que se faz fossa
Em dias que refletem o jamais.
Marcos Loures
ESVAINDO...
Estrela que se fez imorredoura
Nos sonhos de um poeta enamorado,
Agora como sombra de um passado
Noutro cenário esvai e não mais doura,
A vida traz o corte, esta tesoura,
Matando o quanto fora anunciado
E o gesto noutro tanto desolado,
Aos poucos sem sentido algum, estoura.
Restauro os meus momentos mais felizes
E sinto quanto possam os deslizes
Em cicatrizes várias e fatais,
Não merecesse apenas o que possa
Tramar a solidão que se faz fossa
Em dias que refletem o jamais.
Marcos Loures
Atos Mais Cruéis
Atos Mais Cruéis
Arcando com meus atos mais cruéis
Postando o quanto resta e não consigo
Ousando acreditar no falso abrigo
Ausente de meus céus calmos corcéis
Sementes espalhando, os vãos papéis,
Marcando desde sempre o quanto antigo
Cenário se moldara mais amigo
E os tempos marcam ermos carrosséis,
Navego entre as borrascas que trouxeste
No tanto que se arrisca ao ser agreste
Celeste desenhar se perde aquém,
O mundo se desenha sem motivo,
E nisto o quanto possa não me privo
Desenho o que jamais de fato vem.
Marcos Loures
Arcando com meus atos mais cruéis
Postando o quanto resta e não consigo
Ousando acreditar no falso abrigo
Ausente de meus céus calmos corcéis
Sementes espalhando, os vãos papéis,
Marcando desde sempre o quanto antigo
Cenário se moldara mais amigo
E os tempos marcam ermos carrosséis,
Navego entre as borrascas que trouxeste
No tanto que se arrisca ao ser agreste
Celeste desenhar se perde aquém,
O mundo se desenha sem motivo,
E nisto o quanto possa não me privo
Desenho o que jamais de fato vem.
Marcos Loures
Floradas.
Floradas.
Não merecesse a sorte que me trazes
Em dias tão suaves e gentis,
Podendo acreditar noutro matiz
Deixando o tom mais gris em outras fases,
Sentindo os olhos frágeis e tenazes,
Vivendo o quanto outrora bem mais quis
Sorvendo esta emoção e ser feliz,
Sem ter sequer na manga cartas, ases.
Seguir em tom sublime o que se faça
Além do quanto fora esta fumaça
Que passa e nada deixa além do nada,
Erguendo em meu olhar este sincero
Momento mais perfeito; e nisto eu quero
Vereda sempre clara em tal florada.
Marcos Loures
Não merecesse a sorte que me trazes
Em dias tão suaves e gentis,
Podendo acreditar noutro matiz
Deixando o tom mais gris em outras fases,
Sentindo os olhos frágeis e tenazes,
Vivendo o quanto outrora bem mais quis
Sorvendo esta emoção e ser feliz,
Sem ter sequer na manga cartas, ases.
Seguir em tom sublime o que se faça
Além do quanto fora esta fumaça
Que passa e nada deixa além do nada,
Erguendo em meu olhar este sincero
Momento mais perfeito; e nisto eu quero
Vereda sempre clara em tal florada.
Marcos Loures
VAI PASSAR...
VAI PASSAR...
Não chore que esta tarde vai passar
Embora tão distante dos teus sonhos.
A noite se promete num luar
Que traga estes momentos mais risonhos.
Não chore que esta dor prevê remédio
Nos braços da mulher que logo mais
Virá e matará solidão, tédio
Deixando uma alvorada rica em paz...
Não chore que esta vida é assim mesmo
O corte cicatriza, não se esqueça.
Ao coração vadio, sempre a esmo
Não há sequer juízo que obedeça.
No lastro de esperança, esta verdade
Que mostra esta criança, uma amizade...
MARCOS LOURES
Não chore que esta tarde vai passar
Embora tão distante dos teus sonhos.
A noite se promete num luar
Que traga estes momentos mais risonhos.
Não chore que esta dor prevê remédio
Nos braços da mulher que logo mais
Virá e matará solidão, tédio
Deixando uma alvorada rica em paz...
Não chore que esta vida é assim mesmo
O corte cicatriza, não se esqueça.
Ao coração vadio, sempre a esmo
Não há sequer juízo que obedeça.
No lastro de esperança, esta verdade
Que mostra esta criança, uma amizade...
MARCOS LOURES
MEU PORTO- POESIA
MEU PORTO- POESIA
Nas horas mais difíceis, poesia,
Talvez ainda tenha em ti meu porto,
Porém quando me vejo semimorto
A luta no vazio se faria,
A fúria se transforma em covardia,
Olhando para trás, seguindo absorto,
Meu mundo sem fronteiras, segue torto
E a velha solução se faz sombria,
Negar o quanto sou e não retenha
Além da antiga luta mais ferrenha,
Ou mesmo o medo apenas disfarçado.
Medonha criatura, sou reflexo
Do quanto se pudera mais perplexo
Traçando para o nada este translado.
Marcos Loures
Nas horas mais difíceis, poesia,
Talvez ainda tenha em ti meu porto,
Porém quando me vejo semimorto
A luta no vazio se faria,
A fúria se transforma em covardia,
Olhando para trás, seguindo absorto,
Meu mundo sem fronteiras, segue torto
E a velha solução se faz sombria,
Negar o quanto sou e não retenha
Além da antiga luta mais ferrenha,
Ou mesmo o medo apenas disfarçado.
Medonha criatura, sou reflexo
Do quanto se pudera mais perplexo
Traçando para o nada este translado.
Marcos Loures
Espúria criatura
Espúria criatura
Negar o que jamais se percebera
E mesmo quando a vida traz em volta
O tempo sem descanso ora revolta
Esvai cada momento, frágil cera,
A parte que me toca concebera
O canto quando a luta sem escolta
Porfia tendo a malta que não solta
O quanto conseguira e não vivera,
Sabendo no final tolos acréscimos,
Da imensidão se vendo meros décimos
As sombras do passado, istmos, restingas,
Nos templos que destroças com tal fúria
Apenas o que resta além-lamúria
Espúria criatura; ao fim te vingas.
Marcos Loures
Negar o que jamais se percebera
E mesmo quando a vida traz em volta
O tempo sem descanso ora revolta
Esvai cada momento, frágil cera,
A parte que me toca concebera
O canto quando a luta sem escolta
Porfia tendo a malta que não solta
O quanto conseguira e não vivera,
Sabendo no final tolos acréscimos,
Da imensidão se vendo meros décimos
As sombras do passado, istmos, restingas,
Nos templos que destroças com tal fúria
Apenas o que resta além-lamúria
Espúria criatura; ao fim te vingas.
Marcos Loures
RUMO AO FIM
RUMO AO FIM
Ao despistar meu passo rumo ao fim
Tentara ser somente o que inda creia
Na luta que se faz em voz alheia
E possa transformar velho jardim,
Mas nada do que existe expressa em mim
A sorte quando o prazo em paz se anseia
E sigo percorrendo em cada veia
A tresloucada fúria de onde eu vim,
Nefasta sensação que toma tudo
E quando noutro infausto, incauto, iludo,
Mesclasse minhas dores e meus sonhos,
Nos ecos que transcendem ao que fora
A marca mais audaz e tentadora,
Esbarra nos enganos vis, medonhos.
Marcos Loures
Ao despistar meu passo rumo ao fim
Tentara ser somente o que inda creia
Na luta que se faz em voz alheia
E possa transformar velho jardim,
Mas nada do que existe expressa em mim
A sorte quando o prazo em paz se anseia
E sigo percorrendo em cada veia
A tresloucada fúria de onde eu vim,
Nefasta sensação que toma tudo
E quando noutro infausto, incauto, iludo,
Mesclasse minhas dores e meus sonhos,
Nos ecos que transcendem ao que fora
A marca mais audaz e tentadora,
Esbarra nos enganos vis, medonhos.
Marcos Loures
NADA DE NOVO SOB O SOL
NADA DE NOVO SOB O SOL
Organizadamente a vida segue
É lobo devorando algum cordeiro
E o corte mais profundo e derradeiro
Enquanto o mar em chamas se navegue,
O resto se presume e sendo entregue
Ao lodo mais suave e corriqueiro,
Percorro o que me resta, um garimpeiro,
Sem mesmo o quanto agora me sossegue,
Meu mundo se perdendo a cada curva.
A vida se mostrando sempre turva
E o pendular anseio mata e corta.
Apresentando ao fim a mesma farsa
Quem passa pela rua mal disfarça
Ao ver esta criança/sonho morta.
Marcos Loures
Organizadamente a vida segue
É lobo devorando algum cordeiro
E o corte mais profundo e derradeiro
Enquanto o mar em chamas se navegue,
O resto se presume e sendo entregue
Ao lodo mais suave e corriqueiro,
Percorro o que me resta, um garimpeiro,
Sem mesmo o quanto agora me sossegue,
Meu mundo se perdendo a cada curva.
A vida se mostrando sempre turva
E o pendular anseio mata e corta.
Apresentando ao fim a mesma farsa
Quem passa pela rua mal disfarça
Ao ver esta criança/sonho morta.
Marcos Loures
APODRECER DAS ESPERANÇAS
APODRECER DAS ESPERANÇAS
Respondo por meus atos? Vez em quando.
À sombra do que fomos nada existe
E mesmo sendo a sorte amarga ou triste,
Olhando o quanto resta em contrabando,
E aos poucos no vazio transformando
O preço a se pagar, amor desiste,
E nada que tentara inda persiste
Somente o quanto houvera destroçando,
Resulto deste insulto dito indulto
E busco dentro da alma o ser inculto
Que esculpe e escuta a voz do nada ser,
Refém dos meus tropeços, sigo aquém
Da sólida expressão que nunca vem,
E vejo uma esperança apodrecer...
Marcos Loures
Respondo por meus atos? Vez em quando.
À sombra do que fomos nada existe
E mesmo sendo a sorte amarga ou triste,
Olhando o quanto resta em contrabando,
E aos poucos no vazio transformando
O preço a se pagar, amor desiste,
E nada que tentara inda persiste
Somente o quanto houvera destroçando,
Resulto deste insulto dito indulto
E busco dentro da alma o ser inculto
Que esculpe e escuta a voz do nada ser,
Refém dos meus tropeços, sigo aquém
Da sólida expressão que nunca vem,
E vejo uma esperança apodrecer...
Marcos Loures
Apenas um momento em Luz
Apenas um momento em Luz
Nas mesmas ilusões do quanto outrora
Em farsas, previsões, ou noutro engodo,
O rumo se desenha em pleno lodo
E a tosca solidão já nos devora,
Não tendo mais sequer um sonho agora,
O mundo se desnuda sem denodo,
E parte do princípio, busca o todo,
O marco a cada instante me apavora,
Negar o quanto fomos e seremos,
Os tétricos cenários; merecemos,
E sinto em derradeira cena, o riso,
De quem se fez atroz audaz e louco
Vivendo o quanto possa e sendo pouco,
Apenas um momento; em luz, preciso.
Marcos Loures
Nas mesmas ilusões do quanto outrora
Em farsas, previsões, ou noutro engodo,
O rumo se desenha em pleno lodo
E a tosca solidão já nos devora,
Não tendo mais sequer um sonho agora,
O mundo se desnuda sem denodo,
E parte do princípio, busca o todo,
O marco a cada instante me apavora,
Negar o quanto fomos e seremos,
Os tétricos cenários; merecemos,
E sinto em derradeira cena, o riso,
De quem se fez atroz audaz e louco
Vivendo o quanto possa e sendo pouco,
Apenas um momento; em luz, preciso.
Marcos Loures
CINISMOS...
CINISMOS...
A bela prostituta e o milionário,
As faces mais diversas, do espetáculo,
O templo se desnuda em rude oráculo
Gerando o que grassasse temerário,
Marcando com vigor, noticiário,
Tocando com furor cada tentáculo,
No corte mais profundo o mesmo cálculo
Matando o quanto fora imaginário,
Assim a vida passa na tevê
E o tempo se repleta do que crê
Ser mais rentável. Viva o jornalismo,
A sorte se desenha sempre igual,
O fato rende e vende mais jornal,
Porém sempre se mostra em vil cinismo.
Marcos Loures
A bela prostituta e o milionário,
As faces mais diversas, do espetáculo,
O templo se desnuda em rude oráculo
Gerando o que grassasse temerário,
Marcando com vigor, noticiário,
Tocando com furor cada tentáculo,
No corte mais profundo o mesmo cálculo
Matando o quanto fora imaginário,
Assim a vida passa na tevê
E o tempo se repleta do que crê
Ser mais rentável. Viva o jornalismo,
A sorte se desenha sempre igual,
O fato rende e vende mais jornal,
Porém sempre se mostra em vil cinismo.
Marcos Loures
RIO MAIS DOIS MIL
RIO MAIS DOIS MIL
Mais vinte, mais duzentos, tanto faz,
A fúria de quem tenta além do passo
Destroça o quanto queira e sei que traço
O olhar sem mais sentido, ora mordaz,
A face se esvaece e sigo atrás
Do todo que mudara este compasso,
No fundo o quanto resta, este fracasso,
A humanidade em fogo, o nada traz.
Escravos mais comuns que libertários,
Os dias cobram claros honorários
E os rios morrem cedo, frágeis fontes.
Porquanto a voz se cala dentro da alma,
A velha multidão já não se acalma
Sem luzes ou sem rumos, horizontes...
Marcos Loures
Mais vinte, mais duzentos, tanto faz,
A fúria de quem tenta além do passo
Destroça o quanto queira e sei que traço
O olhar sem mais sentido, ora mordaz,
A face se esvaece e sigo atrás
Do todo que mudara este compasso,
No fundo o quanto resta, este fracasso,
A humanidade em fogo, o nada traz.
Escravos mais comuns que libertários,
Os dias cobram claros honorários
E os rios morrem cedo, frágeis fontes.
Porquanto a voz se cala dentro da alma,
A velha multidão já não se acalma
Sem luzes ou sem rumos, horizontes...
Marcos Loures
DESENGANOS
DESENGANOS
Os velhos desenganos e o que eu possa
Traçar em vão futuro, augúrios rudes,
E sei das tantas farsas e atitudes
Tramando a solidão que sinto nossa,
Uma alma sem sentido se alvoroça
E mesmo quando além do espaço mudes,
As rotas colidindo enquanto iludes
Vestígios do que fomos. Dor se apossa.
Negar qualquer momento que inda trame
As vagas ilusões, um mero enxame
De tolos versos, erros costumeiros,
E o canto sem ter eco, o mesmo enfado,
A luta contra o mundo degradado,
Ressecam do futuro os seus ribeiros.
Marcos Loures
Os velhos desenganos e o que eu possa
Traçar em vão futuro, augúrios rudes,
E sei das tantas farsas e atitudes
Tramando a solidão que sinto nossa,
Uma alma sem sentido se alvoroça
E mesmo quando além do espaço mudes,
As rotas colidindo enquanto iludes
Vestígios do que fomos. Dor se apossa.
Negar qualquer momento que inda trame
As vagas ilusões, um mero enxame
De tolos versos, erros costumeiros,
E o canto sem ter eco, o mesmo enfado,
A luta contra o mundo degradado,
Ressecam do futuro os seus ribeiros.
Marcos Loures
SOLUÇÃO?
SOLUÇÃO?
Apenas penas tantas que cumprira
Quem fosse mais além do mero encanto
Blindando a cada passo o desencanto
Errando sem sentir diversa mira,
E o vento noutro instante ora interfira,
Mudando o que se tente e se quebranto
Mergulho no cenário e me adianto,
Matando o que gerasse a velha pira,
Refiro-me ao passado e na verdade
A história se repete, a dor invade
E o mundo se desnuda sem promessas
De dias mais sublimes ou tranquilos,
Constantes ilusões, imenso silos,
E as mesmas ladainhas recomeças.
Marcos Loures
Apenas penas tantas que cumprira
Quem fosse mais além do mero encanto
Blindando a cada passo o desencanto
Errando sem sentir diversa mira,
E o vento noutro instante ora interfira,
Mudando o que se tente e se quebranto
Mergulho no cenário e me adianto,
Matando o que gerasse a velha pira,
Refiro-me ao passado e na verdade
A história se repete, a dor invade
E o mundo se desnuda sem promessas
De dias mais sublimes ou tranquilos,
Constantes ilusões, imenso silos,
E as mesmas ladainhas recomeças.
Marcos Loures
SUBÚRBIOS DA ALMA
SUBÚRBIOS DA ALMA
Passando nos subúrbios de minha alma
Em frente da estação as casas baixas.
Domingo transcorrendo em plena calma
Fogueira da esperança busca as achas.
A praça e o jardim, vizinhos passam
Sorrisos, boa noite, e durma bem.
Os olhos cabisbaixos mal disfarçam
Desejo assim demais, tamanha trem.
As horas do domingo em marcha lenta,
Segunda recomeça a ladainha
A lua embevecida sem tormenta
Beijando tuas pernas, lua minha.
É tempo de voltar, amor, pra casa,
O trem tomou juízo e não atrasa...
MARCOS LOURES
Passando nos subúrbios de minha alma
Em frente da estação as casas baixas.
Domingo transcorrendo em plena calma
Fogueira da esperança busca as achas.
A praça e o jardim, vizinhos passam
Sorrisos, boa noite, e durma bem.
Os olhos cabisbaixos mal disfarçam
Desejo assim demais, tamanha trem.
As horas do domingo em marcha lenta,
Segunda recomeça a ladainha
A lua embevecida sem tormenta
Beijando tuas pernas, lua minha.
É tempo de voltar, amor, pra casa,
O trem tomou juízo e não atrasa...
MARCOS LOURES
TODO O SUMO
TODO O SUMO
Tomando do lirismo todo o sumo,
Fazendo em cada verso um novo fruto.
Tornado deste pólen nosso rumo
A alegria não cobra algum tributo.
Nos braços deste sonho eu me consumo
Amenizando sempre um mal tão bruto
No corpo de quem amo eu me perfumo,
Supero qualquer dor. Com calma, eu luto.
Pressinto na pureza com que falas
A doce sensação da eternidade.
Criança que se encanta com as balas,
Confeitos de ilusão que a vida traz,
Contigo quero ter felicidade
Do amor que deve ser eterna paz...
MARCOS LOURES
Tomando do lirismo todo o sumo,
Fazendo em cada verso um novo fruto.
Tornado deste pólen nosso rumo
A alegria não cobra algum tributo.
Nos braços deste sonho eu me consumo
Amenizando sempre um mal tão bruto
No corpo de quem amo eu me perfumo,
Supero qualquer dor. Com calma, eu luto.
Pressinto na pureza com que falas
A doce sensação da eternidade.
Criança que se encanta com as balas,
Confeitos de ilusão que a vida traz,
Contigo quero ter felicidade
Do amor que deve ser eterna paz...
MARCOS LOURES
POR TANTAS VEZES
POR TANTAS VEZES
Amor por tantas vezes faz chorar...
Quem ama está propenso a sentir dor.
Reconhece a beleza no luar
Mas sabe deste espinho em cada flor...
Amar é ser feliz em sofrimento,
É ter uma certeza em puro sonho.
Beber a tempestade num momento
E noutro se encontrar calmo e risonho...
Porém quem tanta odeia, não sorri,
Morrendo em triste angústia, só deseja
O mal. Por tantas vezes eu sofri
Por quem a noite traz e a boca beija.
Prefiro em tanto amor, sempre chorar,
Do que jamais sorrir por odiar...
MARCOS LOURES
Amor por tantas vezes faz chorar...
Quem ama está propenso a sentir dor.
Reconhece a beleza no luar
Mas sabe deste espinho em cada flor...
Amar é ser feliz em sofrimento,
É ter uma certeza em puro sonho.
Beber a tempestade num momento
E noutro se encontrar calmo e risonho...
Porém quem tanta odeia, não sorri,
Morrendo em triste angústia, só deseja
O mal. Por tantas vezes eu sofri
Por quem a noite traz e a boca beija.
Prefiro em tanto amor, sempre chorar,
Do que jamais sorrir por odiar...
MARCOS LOURES
PROMESSA DE COLHEITA
PROMESSA DE COLHEITA
Belo sol levantando de manhã
Clareando a promessa da colheita
Coroando esta lavra em todo afã
Da alma da terra plena e satisfeita.
Mostrando que a labuta não foi vã
E a sorte tão pedida foi aceita
Passada pelas ruas, procissão,
Em rezas, nas promessas e novenas
Na benção que foi dada, no perdão.
Nas frutas e nos grãos as velhas cenas
Que trazem Nosso Pai em compaixão
Nas peles tão salgadas e morenas
Os olhos estampando uma alegria
Dos rostos tão amigos, cantoria.
MARCOS LOURES
Belo sol levantando de manhã
Clareando a promessa da colheita
Coroando esta lavra em todo afã
Da alma da terra plena e satisfeita.
Mostrando que a labuta não foi vã
E a sorte tão pedida foi aceita
Passada pelas ruas, procissão,
Em rezas, nas promessas e novenas
Na benção que foi dada, no perdão.
Nas frutas e nos grãos as velhas cenas
Que trazem Nosso Pai em compaixão
Nas peles tão salgadas e morenas
Os olhos estampando uma alegria
Dos rostos tão amigos, cantoria.
MARCOS LOURES
PALAVRAS NEBULOSAS
PALAVRAS NEBULOSAS
Palavras nebulosas, vento esparso
Em cinzas desprendendo o que foi belo.
Desamarra da sorte o seu cadarço
Rouba do lavrador, o seu rastelo,
Atira um sentimento em mar revolto,
Jogando uma alegria ao precipício
Atando um pensamento que, antes, solto,
Sabia deste amor, o seu ofício.
Que sabe se o silêncio te tomasse
A vida não teria esta mazela
Nem mesmo necessário tal disfarce
Que impede, nebuloso, ver estrela
Assim, invés da treva em noite fria,
O amor se transbordasse em poesia..
MARCOS LOURES
Palavras nebulosas, vento esparso
Em cinzas desprendendo o que foi belo.
Desamarra da sorte o seu cadarço
Rouba do lavrador, o seu rastelo,
Atira um sentimento em mar revolto,
Jogando uma alegria ao precipício
Atando um pensamento que, antes, solto,
Sabia deste amor, o seu ofício.
Que sabe se o silêncio te tomasse
A vida não teria esta mazela
Nem mesmo necessário tal disfarce
Que impede, nebuloso, ver estrela
Assim, invés da treva em noite fria,
O amor se transbordasse em poesia..
MARCOS LOURES
MATANDO A SEDE
MATANDO A SEDE
A fonte tão distante mata a sede
De quem perde ilusão pela vida.
Desancando esta sorte, resta a rede
Levando o corpo em despedida.
Nem ao menos retrato na parede
Resta desta pobre alma assim perdida...
A seca da esperança mata a fonte
Tornando este deserto traiçoeiro
Sem lua que renasça no horizonte
Sem brilho que se mostre por inteiro
Nem há sorte final que se desconte
Do tempo que jamais foi companheiro.
Para alma que perdeu a virgindade
Só resta um bom remédio; uma amizade!
MARCOS LOURES
A fonte tão distante mata a sede
De quem perde ilusão pela vida.
Desancando esta sorte, resta a rede
Levando o corpo em despedida.
Nem ao menos retrato na parede
Resta desta pobre alma assim perdida...
A seca da esperança mata a fonte
Tornando este deserto traiçoeiro
Sem lua que renasça no horizonte
Sem brilho que se mostre por inteiro
Nem há sorte final que se desconte
Do tempo que jamais foi companheiro.
Para alma que perdeu a virgindade
Só resta um bom remédio; uma amizade!
MARCOS LOURES
RECEBI TUA CARTA
RECEBI TUA CARTA
Recebi tua carta, meu amor;
Falando desta história tão bonita
Que fez meu coração mais sonhador
Garimpeiro que achou rara pepita
Na mina do fastio sofredor
Que a vida, sem saber, logo limita...
Morena que chegou sem quase pressa
Do jeito mais calado e boca aberta
Na espera deste beijo que, depressa
Mostrou que a minha sorte, antes deserta
Agora tão gostosa se confessa,
Mansinha vem chegando sem alerta...
Recebi tua carta logo cedo
E nestas entrelinhas teu segredo...
MARCOS LOURES
Recebi tua carta, meu amor;
Falando desta história tão bonita
Que fez meu coração mais sonhador
Garimpeiro que achou rara pepita
Na mina do fastio sofredor
Que a vida, sem saber, logo limita...
Morena que chegou sem quase pressa
Do jeito mais calado e boca aberta
Na espera deste beijo que, depressa
Mostrou que a minha sorte, antes deserta
Agora tão gostosa se confessa,
Mansinha vem chegando sem alerta...
Recebi tua carta logo cedo
E nestas entrelinhas teu segredo...
MARCOS LOURES
TRAZENDO NA MINHA ALMA
TRAZENDO NA MINHA ALMA
Trazendo na minha alma o gosto seco
Da sorte em desalinho que carrego.
Se caço meu destino, sempre peco
Se faço meu caminho, amor eu nego.
Meus passos esquecidos sem pegadas
Sem rastros que me tragam uma saída.
As noites são por certo as estreladas,
De estrelas que perdi por toda a vida.
O flanco sempre exposto quer tocaia,
Da esperança jagunça do caminho.
No toque do prazer rabo de saia
Um pouco que sobrou deste carinho
Jogado num baú sem serventia.
Tua amizade batendo ventania...
MARCOS LOURES
Trazendo na minha alma o gosto seco
Da sorte em desalinho que carrego.
Se caço meu destino, sempre peco
Se faço meu caminho, amor eu nego.
Meus passos esquecidos sem pegadas
Sem rastros que me tragam uma saída.
As noites são por certo as estreladas,
De estrelas que perdi por toda a vida.
O flanco sempre exposto quer tocaia,
Da esperança jagunça do caminho.
No toque do prazer rabo de saia
Um pouco que sobrou deste carinho
Jogado num baú sem serventia.
Tua amizade batendo ventania...
MARCOS LOURES
DEPOIS DE TANTO TEMPO
DEPOIS DE TANTO TEMPO
Depois de tanto tempo nesta fila
Na espera da morena mais charmosa,
Bebendo tanto gim, tanta tequila;
(Até que a fila, juro, era gostosa)
Olhar que se em veneno me destila;
Perfuma meu canteiro em pura rosa.
Pois quando Deus te fez em rara argila
Deixou-te mais faceira e vaidosa.
Mas nada disso importa ao coração
Depois da beberagem sem limite.
Sou vítima talvez da sedução,
Ou quem sabe, boto a culpa neste gim.
Só sei que não te peço mais palpite
Amor, uma ressaca que é sem fim...
MARCOS LOURES
Depois de tanto tempo nesta fila
Na espera da morena mais charmosa,
Bebendo tanto gim, tanta tequila;
(Até que a fila, juro, era gostosa)
Olhar que se em veneno me destila;
Perfuma meu canteiro em pura rosa.
Pois quando Deus te fez em rara argila
Deixou-te mais faceira e vaidosa.
Mas nada disso importa ao coração
Depois da beberagem sem limite.
Sou vítima talvez da sedução,
Ou quem sabe, boto a culpa neste gim.
Só sei que não te peço mais palpite
Amor, uma ressaca que é sem fim...
MARCOS LOURES
SEGURO A NOITE INTEIRA
SEGURO A NOITE INTEIRA
Seguro a noite inteira em teus quadris
Morena mais gostosa da cidade...
Requebros desejosos... sou feliz
E danço sem parar, felicidade...
A música mal pára peço bis.
Da boca carmesim, beijo e saudade...
Sentindo o leve toque dos teus seios,
Sentindo o teu arfar bem junto a mim.
As mãos vão sem juízo e querem meios
De achar as doces rosas do jardim.
A dança se fazendo mais ousada,
Vestidos, paletó, pra que botão?
Vermelha lingerie despetalada
Abrindo o teu portal da tentação...
MARCOS LOURES
Seguro a noite inteira em teus quadris
Morena mais gostosa da cidade...
Requebros desejosos... sou feliz
E danço sem parar, felicidade...
A música mal pára peço bis.
Da boca carmesim, beijo e saudade...
Sentindo o leve toque dos teus seios,
Sentindo o teu arfar bem junto a mim.
As mãos vão sem juízo e querem meios
De achar as doces rosas do jardim.
A dança se fazendo mais ousada,
Vestidos, paletó, pra que botão?
Vermelha lingerie despetalada
Abrindo o teu portal da tentação...
MARCOS LOURES
BENDITA A LUZ
BENDITA A LUZ
Bendita a tua luz, amada amiga
Que é guia de meus olhos, meu farol.
Permite que eu caminhe e que prossiga
Eterno passageiro rumo ao sol.
Brotando em cada verbo, tal espiga
Que traz toda a semente em arrebol.
Do sonho que construo é firme viga
Por isso te persigo, girassol...
Bendita esta presença soberana
Que traz toda a certeza da vitória,
Bendita a natureza em paz humana
Que mostra teu carinho que não cessa.
Bendita a santidade feita em glória
Sem penitência, clemência e sem promessa!
MARCOS LOURES
Bendita a tua luz, amada amiga
Que é guia de meus olhos, meu farol.
Permite que eu caminhe e que prossiga
Eterno passageiro rumo ao sol.
Brotando em cada verbo, tal espiga
Que traz toda a semente em arrebol.
Do sonho que construo é firme viga
Por isso te persigo, girassol...
Bendita esta presença soberana
Que traz toda a certeza da vitória,
Bendita a natureza em paz humana
Que mostra teu carinho que não cessa.
Bendita a santidade feita em glória
Sem penitência, clemência e sem promessa!
MARCOS LOURES
CERCANIAS
CERCANIAS
Sobram montes e rios, cercanias...
A febre não mais passa, está teimosa.
As mãos que me acarinham mordem frias
Espinhos sobressaem nesta rosa
Que fora cultivada em alegrias
Agora se mostrando pavorosa
Destroça quem trouxera as fantasias.
Num último veneno, boca e beijo,
No derradeiro aceno, chuva e fome.
Pirilampicamente no lampejo
Mal logo tu ressurges, foge e some.
No nada além refém do que não vejo
Somente um vaso aberto já se assome
E sangra na cruel hemorragia
O coração repleto em agonia...
MARCOS LOURES
Sobram montes e rios, cercanias...
A febre não mais passa, está teimosa.
As mãos que me acarinham mordem frias
Espinhos sobressaem nesta rosa
Que fora cultivada em alegrias
Agora se mostrando pavorosa
Destroça quem trouxera as fantasias.
Num último veneno, boca e beijo,
No derradeiro aceno, chuva e fome.
Pirilampicamente no lampejo
Mal logo tu ressurges, foge e some.
No nada além refém do que não vejo
Somente um vaso aberto já se assome
E sangra na cruel hemorragia
O coração repleto em agonia...
MARCOS LOURES
PELAS RUAS DA CIDADE
PELAS RUAS DA CIDADE
Levanta de manhã, toma o café
E sai pelas calçadas da cidade.
Sem marcas de pegadas vai a pé
Em busca de cigarro e claridade.
Igrejas e dementes, turvam fé,
Na banca de jornais, a novidade...
Percebe que anda sempre com atraso,
O tempo não diz nada mas já cobra.
O amor vai terminando em fim de prazo
Contenta-se com resto, com a sobra
A planta vai morrendo seca em vaso
Esquecido na varanda, triste ocaso.
Nem mesmo um conhecido. Sem bom dia,
A vida se repete; e se esvazia...
MARCOS LOURES
Levanta de manhã, toma o café
E sai pelas calçadas da cidade.
Sem marcas de pegadas vai a pé
Em busca de cigarro e claridade.
Igrejas e dementes, turvam fé,
Na banca de jornais, a novidade...
Percebe que anda sempre com atraso,
O tempo não diz nada mas já cobra.
O amor vai terminando em fim de prazo
Contenta-se com resto, com a sobra
A planta vai morrendo seca em vaso
Esquecido na varanda, triste ocaso.
Nem mesmo um conhecido. Sem bom dia,
A vida se repete; e se esvazia...
MARCOS LOURES
PULSO FIRME
PULSO FIRME
No pulso firme vento e vendaval
Fundindo as esperanças numa só,
As roupas vão quarando no varal
Marcadas pela estrada e pelo pó
Guardados na algibeira, no bornal
Misturam as poeiras, cisma e dó.
Minha alma vai quentando em forte sol
Nos rasos destes olhos aboiando.
Enovelado, vivo em caracol
O tempo que me resta ponteando
Amor que se fez nó sem girassol
Nos olhos da mulata rebrilhando...
Bebendo essa água pura lá da fonte
Amor vai renascendo no horizonte.
MARCOS LOURES
No pulso firme vento e vendaval
Fundindo as esperanças numa só,
As roupas vão quarando no varal
Marcadas pela estrada e pelo pó
Guardados na algibeira, no bornal
Misturam as poeiras, cisma e dó.
Minha alma vai quentando em forte sol
Nos rasos destes olhos aboiando.
Enovelado, vivo em caracol
O tempo que me resta ponteando
Amor que se fez nó sem girassol
Nos olhos da mulata rebrilhando...
Bebendo essa água pura lá da fonte
Amor vai renascendo no horizonte.
MARCOS LOURES
ANDANÇAS COSTUMEIRAS
ANDANÇAS COSTUMEIRAS
Assim que o sol mostrou a sua cara
Eu saí nas andanças costumeiras;
Quem anda no sertão e nunca pára
Repara nas estrelas companheiras.
Um coração vadio já dispara
Ao ver essas morenas costumeiras;
Cabelos enfeitados pela flor
Numa brejeirice sem tamanho,
Depois... vai reparar preso no amor,
Num ritual divino e nada estranho
Do jogo que se faz mais sedutor
Aquele em que não perco e jamais ganho.
Depois de tantas léguas tão sozinho,
Voltando, já vem três para o meu ninho...
MARCOS LOURES
Assim que o sol mostrou a sua cara
Eu saí nas andanças costumeiras;
Quem anda no sertão e nunca pára
Repara nas estrelas companheiras.
Um coração vadio já dispara
Ao ver essas morenas costumeiras;
Cabelos enfeitados pela flor
Numa brejeirice sem tamanho,
Depois... vai reparar preso no amor,
Num ritual divino e nada estranho
Do jogo que se faz mais sedutor
Aquele em que não perco e jamais ganho.
Depois de tantas léguas tão sozinho,
Voltando, já vem três para o meu ninho...
MARCOS LOURES
NO PÓ DESTE CAMINHO
NO PÓ DESTE CAMINHO
No pó deste caminho barro e lama
Andança na procura de pousada.
Que mostre num carinho fogo e chama,
Deitando na varanda enluarada
Que a dona desta casa não reclama.
Nem mesmo se afastasse da sacada,
Numa aventura chego no bailão
Na faca que esparrama, carabina,
No meio do forró tal confusão,
Eu seguro nos braços da menina
E vamos sem ter pena nem perdão
Somente a lua cheia me ilumina.
Voltando a tiracolo, uma morena,
Que a vida sem juízo não tem pena...
MARCOS LOURES
No pó deste caminho barro e lama
Andança na procura de pousada.
Que mostre num carinho fogo e chama,
Deitando na varanda enluarada
Que a dona desta casa não reclama.
Nem mesmo se afastasse da sacada,
Numa aventura chego no bailão
Na faca que esparrama, carabina,
No meio do forró tal confusão,
Eu seguro nos braços da menina
E vamos sem ter pena nem perdão
Somente a lua cheia me ilumina.
Voltando a tiracolo, uma morena,
Que a vida sem juízo não tem pena...
MARCOS LOURES
DESTA FRUTA TÃO DOCE
DESTA FRUTA TÃO DOCE
Desta fruta tão doce, coração,
Nascida no pomar de uma esperança
Regado com as mágoas da paixão.
Podado com as dores da lembrança;
Granado com as cores da ilusão
No mel que se faz velho e tão criança.
Desta fruta eu espremo todo o sumo
Experimento goles e mais goles.
Recebo o meu caminho em novo rumo,
Sem dores e sem medos que consoles.
Mergulhos impedindo qualquer prumo
Deixando nossos corpos bem mais moles.
Vem comigo que a festa não demora,
Só come desta fruta quem namora...
MARCOS LOURES
Desta fruta tão doce, coração,
Nascida no pomar de uma esperança
Regado com as mágoas da paixão.
Podado com as dores da lembrança;
Granado com as cores da ilusão
No mel que se faz velho e tão criança.
Desta fruta eu espremo todo o sumo
Experimento goles e mais goles.
Recebo o meu caminho em novo rumo,
Sem dores e sem medos que consoles.
Mergulhos impedindo qualquer prumo
Deixando nossos corpos bem mais moles.
Vem comigo que a festa não demora,
Só come desta fruta quem namora...
MARCOS LOURES
EMBRARAÇOS DOS CAMINHO
EMBRARAÇOS DOS CAMINHO
Nas pedras embaraços do caminho
Os tropeços comuns tão esperados.
Resumos desta vida sem carinho
Nos olhos tão miúdos maltratados
Revoando saudade velho ninho.
Futuros sem final, despedaçados...
Os cacos do que fui não mais juntei.
Na ausência do que fomos manto triste.
Cansado do que nunca visitei
A sorte não conheço e não existe.
O fato é que perdi o que ganhei
Gaiola sem ter água nem alpiste.
Amigo é o que me resta desta história
Resumo de uma vida sem vitória...
MARCOS LOURES
Nas pedras embaraços do caminho
Os tropeços comuns tão esperados.
Resumos desta vida sem carinho
Nos olhos tão miúdos maltratados
Revoando saudade velho ninho.
Futuros sem final, despedaçados...
Os cacos do que fui não mais juntei.
Na ausência do que fomos manto triste.
Cansado do que nunca visitei
A sorte não conheço e não existe.
O fato é que perdi o que ganhei
Gaiola sem ter água nem alpiste.
Amigo é o que me resta desta história
Resumo de uma vida sem vitória...
MARCOS LOURES
sexta-feira, 15 de junho de 2012
VAGANDO ESTRELAS
VAGANDO ESTRELAS
Amor vagando estrelas, que visagem!
Fulgura cavaleiro em seu corcel;
Reflete nosso sonho qual miragem
Girando eternamente em carrossel.
Fazendo das estrelas a tiara
Mais bela e colorida pra te dar.
Na noite deste amor, perfeita e rara
Desfilam tantas luas sobre o mar.
Amor sabendo o rumo desejado
Dos sonhos desta bela adormecida
Que espera pelo príncipe encantado
No beijo salvador que traz a vida
A quem tanto esperou e nada vinha...
Princesa nessa noite serás minha!
MARCOS LOURES
Amor vagando estrelas, que visagem!
Fulgura cavaleiro em seu corcel;
Reflete nosso sonho qual miragem
Girando eternamente em carrossel.
Fazendo das estrelas a tiara
Mais bela e colorida pra te dar.
Na noite deste amor, perfeita e rara
Desfilam tantas luas sobre o mar.
Amor sabendo o rumo desejado
Dos sonhos desta bela adormecida
Que espera pelo príncipe encantado
No beijo salvador que traz a vida
A quem tanto esperou e nada vinha...
Princesa nessa noite serás minha!
MARCOS LOURES
O MANTO MAIS SAGRADO DESTE AMOR
O MANTO MAIS SAGRADO DESTE AMOR
Da flor que nós plantamos no jardim
Em frente à nossa casa, pé da serra,
Monsenhores, crisântemos, jasmim,
Adubos de esperança em nova terra
Sangrada em cada mão mais calejada,
Depois numa aguardente uma resposta
Que sempre foi pedida e nunca dada
Por que essa vida é sempre a mesma bosta?
Só resta fazer filho prá cangalha
Pesada da labuta sem descanso.
No corte mais profundo da navalha,
O rosto embriagado fica manso.
Restando este perfume em triste flor
O manto mais sagrado deste amor...
MARCOS LOURES
Da flor que nós plantamos no jardim
Em frente à nossa casa, pé da serra,
Monsenhores, crisântemos, jasmim,
Adubos de esperança em nova terra
Sangrada em cada mão mais calejada,
Depois numa aguardente uma resposta
Que sempre foi pedida e nunca dada
Por que essa vida é sempre a mesma bosta?
Só resta fazer filho prá cangalha
Pesada da labuta sem descanso.
No corte mais profundo da navalha,
O rosto embriagado fica manso.
Restando este perfume em triste flor
O manto mais sagrado deste amor...
MARCOS LOURES
SORTE DESREGRADA
SORTE DESREGRADA
Cavalo bravo, sorte desregrada,
Viajo um pantanal dentro de mim.
Na mão esquerda eu trago sempre o nada;
Na mão direita a rosa carmesim.
Destino que se fez em vaquejada
Charneca apodrecida foi meu fim,
Minha esperança tola e destroçada
Eterna seca toma meu jardim...
Cavalo bravo, sina sertaneja
Estrias vão tomado o meu futuro,
Não há mais solução que se preveja
Nem gesto que demonstre liberdade.
A sorte vem sem cobre em chão mais duro.
De graça nesta vida? Uma amizade...
MARCOS LOURES
Cavalo bravo, sorte desregrada,
Viajo um pantanal dentro de mim.
Na mão esquerda eu trago sempre o nada;
Na mão direita a rosa carmesim.
Destino que se fez em vaquejada
Charneca apodrecida foi meu fim,
Minha esperança tola e destroçada
Eterna seca toma meu jardim...
Cavalo bravo, sina sertaneja
Estrias vão tomado o meu futuro,
Não há mais solução que se preveja
Nem gesto que demonstre liberdade.
A sorte vem sem cobre em chão mais duro.
De graça nesta vida? Uma amizade...
MARCOS LOURES
O DIA AMANHECENDO
O DIA AMANHECENDO
O dia amanhecendo no horizonte
Trazendo uma aquarela de presente.
Antes que a vida vá e o sol desponte
Maria me convida de repente
Beber água tão pura desta fonte
Abrindo o paraíso totalmente.
Romance que se faz noite no dia,
Não teme sequer seca, sede ou fome,
Vagando nos caminhos de Maria
A vida num segundo se consome
E traz a tempestade em arrelia
O caçador sem jeito em gruta some
E volta empapuçado da caçada.
De novo a lua quer, de madrugada...
MARCOS LOURES
O dia amanhecendo no horizonte
Trazendo uma aquarela de presente.
Antes que a vida vá e o sol desponte
Maria me convida de repente
Beber água tão pura desta fonte
Abrindo o paraíso totalmente.
Romance que se faz noite no dia,
Não teme sequer seca, sede ou fome,
Vagando nos caminhos de Maria
A vida num segundo se consome
E traz a tempestade em arrelia
O caçador sem jeito em gruta some
E volta empapuçado da caçada.
De novo a lua quer, de madrugada...
MARCOS LOURES
ASAS ABERTAS
ASAS ABERTAS
Estrelas percorridas nos espaços
Montado em meu cavalo, abertas asas...
O vento carregando versos, passos,
Nos olhos da mulher amada, brasas...
No brilho das estrelas pratas, aços
Fazendo constelares nossas casas...
O vento da mudança vem soprando
Por sobre essas queimadas da ilusão.
O monte dos meus sonhos escalando
Sem medo de vingança ou traição;
O sonho não pergunta como e quando
Apenas vai singrando na amplidão...
E sou o que queria além da vida,
Numa alegria o pórtico, a saída...
MARCOS LOURES
Estrelas percorridas nos espaços
Montado em meu cavalo, abertas asas...
O vento carregando versos, passos,
Nos olhos da mulher amada, brasas...
No brilho das estrelas pratas, aços
Fazendo constelares nossas casas...
O vento da mudança vem soprando
Por sobre essas queimadas da ilusão.
O monte dos meus sonhos escalando
Sem medo de vingança ou traição;
O sonho não pergunta como e quando
Apenas vai singrando na amplidão...
E sou o que queria além da vida,
Numa alegria o pórtico, a saída...
MARCOS LOURES
quinta-feira, 14 de junho de 2012
SONETOS DE AUTO-AJUDA 10
OURO!!!?
Malandro que é malandro faz promessa
E mostra com a voz sempre macia,
Segredo da fortuna e com magia
A cada novo golpe recomeça,
E, se possível, bota Deus na peça,
E nisto roda tanto e surrupia,
Vendendo em caradura o dia a dia,
Passado na miséria, enfim confessa.
Agora com seu terno em elegância
Atiça do imbecil tanta ganância
E assim armada está sua armadilha,
Dourado sonho vai para a latrina,
O que era outrora de ouro vira “ourina”
E no olhar do guloso também brilha.
Marcos Loures
Malandro que é malandro faz promessa
E mostra com a voz sempre macia,
Segredo da fortuna e com magia
A cada novo golpe recomeça,
E, se possível, bota Deus na peça,
E nisto roda tanto e surrupia,
Vendendo em caradura o dia a dia,
Passado na miséria, enfim confessa.
Agora com seu terno em elegância
Atiça do imbecil tanta ganância
E assim armada está sua armadilha,
Dourado sonho vai para a latrina,
O que era outrora de ouro vira “ourina”
E no olhar do guloso também brilha.
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 09
Cevando Porco gordo.
O mundo se divide de tal forma
Que a cada cem otários um esperto,
E vendo este portal do inferno aberto,
A face do imbecil já se transforma,
Gananciosamente dita a norma
Avança com o rabo descoberto,
E mesmo quando o rumo é mais incerto,
Até o sulforoso odor reforma,
“Conheço muita gente, com certeza,
Que fez tanta fortuna e da pobreza,
Agora tem até imenso iate.”
É sempre a velha e tola ladainha,
Qual galo sem juízo numa rinha,
Em quem discorda o otário avança e bate.
Marcos Loures
O mundo se divide de tal forma
Que a cada cem otários um esperto,
E vendo este portal do inferno aberto,
A face do imbecil já se transforma,
Gananciosamente dita a norma
Avança com o rabo descoberto,
E mesmo quando o rumo é mais incerto,
Até o sulforoso odor reforma,
“Conheço muita gente, com certeza,
Que fez tanta fortuna e da pobreza,
Agora tem até imenso iate.”
É sempre a velha e tola ladainha,
Qual galo sem juízo numa rinha,
Em quem discorda o otário avança e bate.
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 08
ALQUIMIA MODERNA.
É fácil ficar rico, meu amigo,
Somente basta ter uma manada
Mugindo em harmonia, organizada,
O resto com certeza agora eu digo,
Vender qualquer besteira, isso é antigo,
A turma tem que estar bem orquestrada,
Não quer salário ou mesmo quase nada,
Até peido em garrafa é bom artigo.
Com lábia e com ganância já se adestra
Na base da falácia e da palestra
O povo segue e bota a cara à tapa,
Da fome de riqueza e idiotia,
Unidas com um tom de hipocrisia,
Otário algum, decerto disto escapa.
Marcos Loures
É fácil ficar rico, meu amigo,
Somente basta ter uma manada
Mugindo em harmonia, organizada,
O resto com certeza agora eu digo,
Vender qualquer besteira, isso é antigo,
A turma tem que estar bem orquestrada,
Não quer salário ou mesmo quase nada,
Até peido em garrafa é bom artigo.
Com lábia e com ganância já se adestra
Na base da falácia e da palestra
O povo segue e bota a cara à tapa,
Da fome de riqueza e idiotia,
Unidas com um tom de hipocrisia,
Otário algum, decerto disto escapa.
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 07
Se a canoa não virar? Já virou...
Atrás de um milionário sempre tem
Um monte de imbecis, tenha a certeza,
É gente com vontade de grandeza
Que ao fim de certo tempo é zé-ninguém,
Se cada dez reais transforme em cem,
Melhor levar a vida na pobreza
A alma ficando atrás, cartas na mesa,
Quem bate quer os bens jamais o bem.
Palestras, mais palestras, mesmo papo,
Depois no pé do ouvido outro sopapo,
E o riso desta hiena disfarçada,
Ambicioso fica a ver navio,
Não adiantam mais nem ressabio,
Canoa já faz tempo está furada...
Marcos Loures
Atrás de um milionário sempre tem
Um monte de imbecis, tenha a certeza,
É gente com vontade de grandeza
Que ao fim de certo tempo é zé-ninguém,
Se cada dez reais transforme em cem,
Melhor levar a vida na pobreza
A alma ficando atrás, cartas na mesa,
Quem bate quer os bens jamais o bem.
Palestras, mais palestras, mesmo papo,
Depois no pé do ouvido outro sopapo,
E o riso desta hiena disfarçada,
Ambicioso fica a ver navio,
Não adiantam mais nem ressabio,
Canoa já faz tempo está furada...
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 06
ENCANTADOR DE aprendizes de Naja
A velha adaga sempre traz no corte
A face da magia mais audaz,
E o velho salafrário é bem capaz
Enquanto encontra o tolo que o comporte,
Trabalhe sustentando o mesmo aporte
Que molda em cada esquina um Satanás,
Uma alma é baratinha e tanto faz
Se é grande ou se é pequeno ou médio porte.
Hipnotizado segue esse rebanho
Atrás do comandante que tacanho
Explora a mesma gula do idiota,
A rês seguindo o passo do pilantra,
Fazendo da riqueza um velho mantra,
No fundo outro motivo p’ra anedota...
Marcos Loures
A velha adaga sempre traz no corte
A face da magia mais audaz,
E o velho salafrário é bem capaz
Enquanto encontra o tolo que o comporte,
Trabalhe sustentando o mesmo aporte
Que molda em cada esquina um Satanás,
Uma alma é baratinha e tanto faz
Se é grande ou se é pequeno ou médio porte.
Hipnotizado segue esse rebanho
Atrás do comandante que tacanho
Explora a mesma gula do idiota,
A rês seguindo o passo do pilantra,
Fazendo da riqueza um velho mantra,
No fundo outro motivo p’ra anedota...
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 05
Negócio da China...
- Grande negócio? Amigo vê se manca,
Não tem almoço grátis nem o prato,
Apenas o que vejo: estelionato,
O otário sempre ao fim pagando a banca,
Sangria desatada não se estanca,
Da farsa é conhecido o seu retrato,
Dinheiro não nasceu em meio ao mato,
A mão que te alicia: a que te espanca.
Apenas um ratinho e tanta cobra,
Otário vira massa de manobra
E o fim é sempre o mesmo: inimizades.
Esperto vira trouxa e se arrebenta,
Depois vem a pancada violeta,
E ninguém mais te ouvirá mesmo que brades.
Marcos Loures
- Grande negócio? Amigo vê se manca,
Não tem almoço grátis nem o prato,
Apenas o que vejo: estelionato,
O otário sempre ao fim pagando a banca,
Sangria desatada não se estanca,
Da farsa é conhecido o seu retrato,
Dinheiro não nasceu em meio ao mato,
A mão que te alicia: a que te espanca.
Apenas um ratinho e tanta cobra,
Otário vira massa de manobra
E o fim é sempre o mesmo: inimizades.
Esperto vira trouxa e se arrebenta,
Depois vem a pancada violeta,
E ninguém mais te ouvirá mesmo que brades.
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 04
VENDEDOR DE SONHOS.
A mesma face em farsa, o mesmo otário,
A vida se repete e sei bem disso,
E quanto mais de fato além cobiço,
Encontro no caminho outro vigário
Apenas é questão de itinerário,
O solo sempre fora movediço,
Mas tendo certo encanto, um raro viço,
Afagam o malandro imaginário,
Depois de certo tempo é que percebe
O quanto era lodosa a velha sebe
E o fim é sempre o mesmo. Caia fora.
Esmola se é demais vira vinagre
Do vinho que compraste qual milagre,
E o vendedor de sonhos? Comemora!
Marcos Loures
A mesma face em farsa, o mesmo otário,
A vida se repete e sei bem disso,
E quanto mais de fato além cobiço,
Encontro no caminho outro vigário
Apenas é questão de itinerário,
O solo sempre fora movediço,
Mas tendo certo encanto, um raro viço,
Afagam o malandro imaginário,
Depois de certo tempo é que percebe
O quanto era lodosa a velha sebe
E o fim é sempre o mesmo. Caia fora.
Esmola se é demais vira vinagre
Do vinho que compraste qual milagre,
E o vendedor de sonhos? Comemora!
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 03
TU ÉS O MAIOR... ou me engana que eu gosto.
A quem se imaginasse outrora só,
Apresentamos logo a novidade,
No fundo sei que tens capacidade,
E deixarás aos outros; mero pó,
Repare bem meu caro paletó,
Não há mais nesse mundo quem degrade
O quanto desenhei em realidade,
De fracassado algum teremos dó,
Tu és o vencedor, tenha a certeza,
No fim serás um rei, mesmo princesa,
Aos outros, no banquete, restam ossos,
Um importado carro na garagem...
(Abutres decorando a paisagem
Disputam, deste otário os seus destroços.)
Marcos Loures
A quem se imaginasse outrora só,
Apresentamos logo a novidade,
No fundo sei que tens capacidade,
E deixarás aos outros; mero pó,
Repare bem meu caro paletó,
Não há mais nesse mundo quem degrade
O quanto desenhei em realidade,
De fracassado algum teremos dó,
Tu és o vencedor, tenha a certeza,
No fim serás um rei, mesmo princesa,
Aos outros, no banquete, restam ossos,
Um importado carro na garagem...
(Abutres decorando a paisagem
Disputam, deste otário os seus destroços.)
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 02
JÁ DIZIA CHAPÉUZINHO...
Ao ver o velho lobo disfarçando
A voz como se fosse um ser tão manso,
A face desta farsa quando alcanço
Eu vejo este retrato mais nefando,
Ao infinito sigo em vão buscando,
E sei do mesmo engodo e já me canso
Apenas desejando algum remanso,
Porém as rapineiras vêm em bando.
“Tu és o bem maior feito por Deus”
Palavras sempre ditas por ateus
Vestidos de meiguice ou otimismo,
Depois o teu dinheiro, um fácil alvo,
E não conheço exceção, isso eu ressalvo,
Amigo: o teu final? Restara o abismo...
Marcos Loures
Ao ver o velho lobo disfarçando
A voz como se fosse um ser tão manso,
A face desta farsa quando alcanço
Eu vejo este retrato mais nefando,
Ao infinito sigo em vão buscando,
E sei do mesmo engodo e já me canso
Apenas desejando algum remanso,
Porém as rapineiras vêm em bando.
“Tu és o bem maior feito por Deus”
Palavras sempre ditas por ateus
Vestidos de meiguice ou otimismo,
Depois o teu dinheiro, um fácil alvo,
E não conheço exceção, isso eu ressalvo,
Amigo: o teu final? Restara o abismo...
Marcos Loures
SONETOS DE AUTO-AJUDA 01
DEPOIS DE INSISTENTES E REPETIDOS PEDIDOS (todos da minha esposa) RESOLVI FAZER SONETOS DE AUTO-AJUDA.
ESPERO QUE GOSTEM, VAMOS ENTÃO AO PRIMEIRO
Vamos nos auto-ajudar?
“Ora, direis” jamais sou derrotado
Se tenho a fé naquilo que proponho,
A vida se transforma em mais risonho
Cenário noutro tom elaborado.
Somente o que se faça abençoado
Pudesse superar este medonho
Momento que se mostra ora enfadonho
Na voz de quem se faça hipnotizado.
Pastores e senhores da verdade,
Quão longe se percebe a realidade
Da antiga ladainha e a proclamais,
Traçando uma vertente sempre igual,
Fazendo o coletivo um ser boçal,
Vendendo estas mentiras rituais.
Marcos Loures
ESPERO QUE GOSTEM, VAMOS ENTÃO AO PRIMEIRO
Vamos nos auto-ajudar?
“Ora, direis” jamais sou derrotado
Se tenho a fé naquilo que proponho,
A vida se transforma em mais risonho
Cenário noutro tom elaborado.
Somente o que se faça abençoado
Pudesse superar este medonho
Momento que se mostra ora enfadonho
Na voz de quem se faça hipnotizado.
Pastores e senhores da verdade,
Quão longe se percebe a realidade
Da antiga ladainha e a proclamais,
Traçando uma vertente sempre igual,
Fazendo o coletivo um ser boçal,
Vendendo estas mentiras rituais.
Marcos Loures
NEM TANTO NEM TÃO POUCO
NEM TANTO NEM TÃO POUCO
Nem tanto nem tão pouco, sigo em frente,
Temente ao que se faça mais disperso
E quando inutilmente tento um verso,
Apenas ilusão inda fomente,
Não merecesse o todo plenamente
E visto o quanto trace enquanto imerso
Nos erros mais comuns, meu universo
Alheio ao que se faça mais premente.
No ocaso apenas dias sem sentido,
O muito se apresenta dividido
E o quase sobrepuja sobre o fato,
Medonha escara nasce dentro da alma
E mesmo a solidão decerto acalma
Enquanto a noite vem e o fim; constato.
Marcos Loures
Nem tanto nem tão pouco, sigo em frente,
Temente ao que se faça mais disperso
E quando inutilmente tento um verso,
Apenas ilusão inda fomente,
Não merecesse o todo plenamente
E visto o quanto trace enquanto imerso
Nos erros mais comuns, meu universo
Alheio ao que se faça mais premente.
No ocaso apenas dias sem sentido,
O muito se apresenta dividido
E o quase sobrepuja sobre o fato,
Medonha escara nasce dentro da alma
E mesmo a solidão decerto acalma
Enquanto a noite vem e o fim; constato.
Marcos Loures
NADA MAIS QUE EU FAÇO
NADA MAIS QUE EU FAÇO
Já nada mais que eu faço traz o quanto
Desenho em garatujas ou me entranho
Vociferando o que ora sei estranho
Entrego o coração, mero acalanto,
E bebo a imensidão do desencanto
Restando muito pouco enquanto ganho
Meu tempo se moldara desde antanho
No rastro do que pude em dor e pranto,
Rastejo sobre as pedras, velho cardo,
E o mundo quando o quis, hoje retardo,
Nas vastas ilusões de algum canalha,
A faca que tu trazes na cintura,
A luta sem limites já perdura,
Uma alma ora perdida inda batalha.
Marcos Loures
Já nada mais que eu faço traz o quanto
Desenho em garatujas ou me entranho
Vociferando o que ora sei estranho
Entrego o coração, mero acalanto,
E bebo a imensidão do desencanto
Restando muito pouco enquanto ganho
Meu tempo se moldara desde antanho
No rastro do que pude em dor e pranto,
Rastejo sobre as pedras, velho cardo,
E o mundo quando o quis, hoje retardo,
Nas vastas ilusões de algum canalha,
A faca que tu trazes na cintura,
A luta sem limites já perdura,
Uma alma ora perdida inda batalha.
Marcos Loures
SEM MÉRITO
SEM MÉRITO
Respondo por meus atos? Vez em quando,
O mérito se esvai noutro segundo
E quantas vezes tento e me aprofundo
Ou mesmo me desenho desdenhando
O rumo noutro tom se demonstrando,
O vago caminhar de um vagabundo
Serena o que pudesse e se me inundo
Apenas resta o passo mais infando,
Mesquinhos olhos traçam no horizonte
A luta sem sentido que me aponte
O tempo que se fez inutilmente,
E quantas vezes sendo intuitivo,
Somente e por um triz eu sobrevivo,
Na farsa que este sonho ora alimente.
Marcos Loures
Respondo por meus atos? Vez em quando,
O mérito se esvai noutro segundo
E quantas vezes tento e me aprofundo
Ou mesmo me desenho desdenhando
O rumo noutro tom se demonstrando,
O vago caminhar de um vagabundo
Serena o que pudesse e se me inundo
Apenas resta o passo mais infando,
Mesquinhos olhos traçam no horizonte
A luta sem sentido que me aponte
O tempo que se fez inutilmente,
E quantas vezes sendo intuitivo,
Somente e por um triz eu sobrevivo,
Na farsa que este sonho ora alimente.
Marcos Loures
O QUE JAMAIS SE FEZ REAL
O QUE JAMAIS SE FEZ REAL
Negar o que jamais se fez real
Seguir em passo lento o quanto havia
Da sorte mais audaz e dia a dia
Navego sem saber de cais ou nau,
Ouvindo desde sempre o temporal
Desaba dentro da alma em galhardia
A farsa que talvez traga agonia
Ou vindo contra o todo bem ou mal,
Restasse dentro em nós qualquer pedaço
Do tanto que deveras já desfaço
E moldo este resumo em verso frágil,
O salto sobre a morte, a manta, o corte,
Não tendo nada mais que me conforte,
Eu sei que a solidão se faz mais ágil.
Marcos Loures
Negar o que jamais se fez real
Seguir em passo lento o quanto havia
Da sorte mais audaz e dia a dia
Navego sem saber de cais ou nau,
Ouvindo desde sempre o temporal
Desaba dentro da alma em galhardia
A farsa que talvez traga agonia
Ou vindo contra o todo bem ou mal,
Restasse dentro em nós qualquer pedaço
Do tanto que deveras já desfaço
E moldo este resumo em verso frágil,
O salto sobre a morte, a manta, o corte,
Não tendo nada mais que me conforte,
Eu sei que a solidão se faz mais ágil.
Marcos Loures
DESALENTO
DESALENTO
Não quero e nem tentasse ser algum alento
Enquanto o que me resta não bastasse
Vencido pela luta em vago impasse,
Outro cenário embalde ainda tento,
Restando pouco além do sentimento
Oferecendo à morte a minha face,
O todo se desnuda e demonstrasse
O passo sem destino e mesmo lento,
Arcando com enganos e falácias
Acreditando ainda em perspicácias
Que nada mais seriam senão erros,
Meu prazo terminando pouco a pouco,
Restando o quanto fora amargo e louco
Encontro sem sentido os vãos desterros.
Marcos Loures
Não quero e nem tentasse ser algum alento
Enquanto o que me resta não bastasse
Vencido pela luta em vago impasse,
Outro cenário embalde ainda tento,
Restando pouco além do sentimento
Oferecendo à morte a minha face,
O todo se desnuda e demonstrasse
O passo sem destino e mesmo lento,
Arcando com enganos e falácias
Acreditando ainda em perspicácias
Que nada mais seriam senão erros,
Meu prazo terminando pouco a pouco,
Restando o quanto fora amargo e louco
Encontro sem sentido os vãos desterros.
Marcos Loures
O MEU FIM
O MEU FIM
Enquanto em vã clausura o peito tenta
Vencer as mais diversas ironias
Bem sei quanto de fato mostrarias
Apaziguando enfim qualquer tormenta,
E nada do que eu possa violenta
A sorte mais atroz que moldarias
E nela refletindo em turvos dias
O nada tão somente me orienta,
A boca se prepara para o bote
Somente o quanto pude não denote
O tanto que devesse e mesmo assim
Vasculho dentro da alma algum resquício
Que possa me livrar do precipício,
Porém sinto mais próximo o meu fim...
Marcos Loures
Enquanto em vã clausura o peito tenta
Vencer as mais diversas ironias
Bem sei quanto de fato mostrarias
Apaziguando enfim qualquer tormenta,
E nada do que eu possa violenta
A sorte mais atroz que moldarias
E nela refletindo em turvos dias
O nada tão somente me orienta,
A boca se prepara para o bote
Somente o quanto pude não denote
O tanto que devesse e mesmo assim
Vasculho dentro da alma algum resquício
Que possa me livrar do precipício,
Porém sinto mais próximo o meu fim...
Marcos Loures
FERRO E FOGO
FERRO E FOGO
Nas ânsias mais frementes tantas vezes
Dilaceramos mesmo quem nos ama.
Sangrados nossos sonhos como reses
Marcados, ferro e fogo, brasa e chama...
Angústias palpitantes nos dominam
E matam esperanças, num só tempo.
Rebanhos, sentimentos, desatinam
Tomados pelo triste contratempo.
Ferindo quem nos quer,somos venais;
Errantes turbilhões, como diabos,
Morremos tão distantes de um bom cais
Num barco naufragando em duros Cabos...
Amiga, não permita que isto ocorra
Bem antes que o amor, contigo, morra..
MARCOS LOURES
Nas ânsias mais frementes tantas vezes
Dilaceramos mesmo quem nos ama.
Sangrados nossos sonhos como reses
Marcados, ferro e fogo, brasa e chama...
Angústias palpitantes nos dominam
E matam esperanças, num só tempo.
Rebanhos, sentimentos, desatinam
Tomados pelo triste contratempo.
Ferindo quem nos quer,somos venais;
Errantes turbilhões, como diabos,
Morremos tão distantes de um bom cais
Num barco naufragando em duros Cabos...
Amiga, não permita que isto ocorra
Bem antes que o amor, contigo, morra..
MARCOS LOURES
DE TANTO AMOR QUE TENHO
DE TANTO AMOR QUE TENHO
De tanto amor que tenho, o que fazer?
Se às vezes eu me perco e vou aflito.
A dor se misturando com prazer
Deixando quase a esmo todo grito
Inoculando vírus do sofrer
Num sonho que a princípio, eu sei bendito.
De tanto amor que trago, nada sei.
Em flóreo sentimento me envolvi.
De toda essa agonia que passei
A solução de tudo estava em ti,
Mulher que me fez nobre como um rei
Sem cobre, vou revendo tudo aqui...
De tanto amor, por isso, penitente,
As cicatrizes trago, e vou em frente....
MARCOS LOURES
De tanto amor que tenho, o que fazer?
Se às vezes eu me perco e vou aflito.
A dor se misturando com prazer
Deixando quase a esmo todo grito
Inoculando vírus do sofrer
Num sonho que a princípio, eu sei bendito.
De tanto amor que trago, nada sei.
Em flóreo sentimento me envolvi.
De toda essa agonia que passei
A solução de tudo estava em ti,
Mulher que me fez nobre como um rei
Sem cobre, vou revendo tudo aqui...
De tanto amor, por isso, penitente,
As cicatrizes trago, e vou em frente....
MARCOS LOURES
Arremedo
Arremedo
No tempo aonde o tempo se fez medo
Num arremedo apenas, nada mais,
Os sonhos sempre vagam e banais
Transformam cada passo onde concedo
O todo que de fato se procedo
Encontra os meus pedaços. São reais?
E neles outros tantos sem jamais
Saber do que pudera em vão segredo.
Nos ermos de minha alma, esta andrajosa,
Bebendo cada passo em verso e prosa
Ousando acrescentar mais um senão
E sinto a liberdade se esvaindo
No tempo que de fato fosse lindo
Marcando os dias torpes que virão.
Marcos Loures
No tempo aonde o tempo se fez medo
Num arremedo apenas, nada mais,
Os sonhos sempre vagam e banais
Transformam cada passo onde concedo
O todo que de fato se procedo
Encontra os meus pedaços. São reais?
E neles outros tantos sem jamais
Saber do que pudera em vão segredo.
Nos ermos de minha alma, esta andrajosa,
Bebendo cada passo em verso e prosa
Ousando acrescentar mais um senão
E sinto a liberdade se esvaindo
No tempo que de fato fosse lindo
Marcando os dias torpes que virão.
Marcos Loures
Sequer uma saída
Sequer uma saída
Ainda que de fato eu não tivesse
Sequer uma saída, mesmo assim,
A lida desenhando dentro em mim
O quanto se traduza em vaga messe,
O tempo que se tanto em tons se tece
O verso quando expresso início e fim
No vício carcomendo outro jardim,
Na sensação audaz que ora se esquece,
Restando muito pouco ou quase nada,
A noite entre os vacilos desenhada,
Engalanada farsa desdenhosa,
Nas síncopes frequentes ou fugazes
A luta descabida que me trazes
A farsa destroçando o que antegoza.
Marcos Loures
Ainda que de fato eu não tivesse
Sequer uma saída, mesmo assim,
A lida desenhando dentro em mim
O quanto se traduza em vaga messe,
O tempo que se tanto em tons se tece
O verso quando expresso início e fim
No vício carcomendo outro jardim,
Na sensação audaz que ora se esquece,
Restando muito pouco ou quase nada,
A noite entre os vacilos desenhada,
Engalanada farsa desdenhosa,
Nas síncopes frequentes ou fugazes
A luta descabida que me trazes
A farsa destroçando o que antegoza.
Marcos Loures
GRITO DE ESPERANÇA
GRITO DE ESPERANÇA
Meu grito de esperança está contido,
Atado pela dor de uma injustiça.
Quem pensa que adormece em um olvido
A fome que decorre da cobiça
Num canto desta casa, adormecido,
Espera reviver em nova liça.
Não posso ser feliz se impera a dor,
Se vejo em meu irmão, o sofrimento.
O mundo em novo rumo recompor
A glória que se foi sem sentimento.
Talvez um novo dia, em pleno amor
Mostrando assim tenaz ressarcimento.
A vida se mostrando de repente,
Num mundo em que esperança seja urgente...
MARCOS LOURES
Meu grito de esperança está contido,
Atado pela dor de uma injustiça.
Quem pensa que adormece em um olvido
A fome que decorre da cobiça
Num canto desta casa, adormecido,
Espera reviver em nova liça.
Não posso ser feliz se impera a dor,
Se vejo em meu irmão, o sofrimento.
O mundo em novo rumo recompor
A glória que se foi sem sentimento.
Talvez um novo dia, em pleno amor
Mostrando assim tenaz ressarcimento.
A vida se mostrando de repente,
Num mundo em que esperança seja urgente...
MARCOS LOURES
PAZ E GOZO
PAZ E GOZO
Felicidade mostra-se em sorrisos,
Em gestos e palavras, paz e gozo.
Transcendendo os momentos imprecisos
Num ato mais gentil e generoso.
Jamais se prende em passos imprecisos,
É feita em atos simples, fabulosos.
Felicidade é ser além do medo,
Viver cada momento de amizade.
Trazendo novamente em cada enredo
O gesto em que se faz a liberdade.
Não cabe, na verdade um só segredo
Para se conquistar felicidade...
Amar e ter bem perto o que se quis,
Sabendo de antemão que sou feliz.
MARCOS LOURES
Felicidade mostra-se em sorrisos,
Em gestos e palavras, paz e gozo.
Transcendendo os momentos imprecisos
Num ato mais gentil e generoso.
Jamais se prende em passos imprecisos,
É feita em atos simples, fabulosos.
Felicidade é ser além do medo,
Viver cada momento de amizade.
Trazendo novamente em cada enredo
O gesto em que se faz a liberdade.
Não cabe, na verdade um só segredo
Para se conquistar felicidade...
Amar e ter bem perto o que se quis,
Sabendo de antemão que sou feliz.
MARCOS LOURES
SEM MARTÍRIOS
SEM MARTÍRIOS
Que a vida não nos trame mais martírios
Nem mesmo a solidão, triste quimera.
Que o amor seja repleto de delírios
Numa felicidade em primavera.
Que o tempo seja farto na bonança
Que a lua seja sempre plena e farta.
Sorriso tão gostoso de criança
Sem dor que já não vive e se descarta.
Que a flor da liberdade seja tanta
Brotando num canteiro feito em paz.
Que a casa iluminada seja santa
Num mar tão delicado, a vida traz
A sorte que se quer. E que consiga,
Na vida, o que quiser; querida amiga!
MARCOS LOURES
Que a vida não nos trame mais martírios
Nem mesmo a solidão, triste quimera.
Que o amor seja repleto de delírios
Numa felicidade em primavera.
Que o tempo seja farto na bonança
Que a lua seja sempre plena e farta.
Sorriso tão gostoso de criança
Sem dor que já não vive e se descarta.
Que a flor da liberdade seja tanta
Brotando num canteiro feito em paz.
Que a casa iluminada seja santa
Num mar tão delicado, a vida traz
A sorte que se quer. E que consiga,
Na vida, o que quiser; querida amiga!
MARCOS LOURES
MÃOS DADAS
MÃOS DADAS
Mãos dadas; caminhamos pela vida,
Unidos em tristezas, alegrias.
Tua presença é sempre tão querida
Trazendo uma certeza em duros dias.
Por mais que esteja longe uma saída,
Terás toda a presteza que dizias...
Não deixas meu caminho sem ter rumo,
Não cobras o que dás de coração.
Ajudas com teus braços a dar prumo
E confiança em cada direção
Que for a mais sensata onde me aprumo
Achando sempre assim, a solução.
Por mais que a dor se faça de verdade,
Tu sempre estás comigo em amizade....
MARCOS LOURES
Mãos dadas; caminhamos pela vida,
Unidos em tristezas, alegrias.
Tua presença é sempre tão querida
Trazendo uma certeza em duros dias.
Por mais que esteja longe uma saída,
Terás toda a presteza que dizias...
Não deixas meu caminho sem ter rumo,
Não cobras o que dás de coração.
Ajudas com teus braços a dar prumo
E confiança em cada direção
Que for a mais sensata onde me aprumo
Achando sempre assim, a solução.
Por mais que a dor se faça de verdade,
Tu sempre estás comigo em amizade....
MARCOS LOURES
PURO AFETO
PURO AFETO
Meu verso que se fez em puro afeto
Buscando nos seus olhos, minha luz.
No sonho mais bonito, predileto,
O raio que me leva e reproduz
Em um caleidoscópio belo aspecto
Da vida que me cerca e me conduz
Ao corpo encantador de uma morena,
Ao jeito tão faceiro da menina.
À glória benfazeja que me acena,
Aurora que me cerca e me domina.
Nesta delicadeza de verbena
A jóia, em raridade, diamantina...
No mundo mais airoso em que se crê,
Mil versos que dedico p’ra você...
MARCOS LOURES
Meu verso que se fez em puro afeto
Buscando nos seus olhos, minha luz.
No sonho mais bonito, predileto,
O raio que me leva e reproduz
Em um caleidoscópio belo aspecto
Da vida que me cerca e me conduz
Ao corpo encantador de uma morena,
Ao jeito tão faceiro da menina.
À glória benfazeja que me acena,
Aurora que me cerca e me domina.
Nesta delicadeza de verbena
A jóia, em raridade, diamantina...
No mundo mais airoso em que se crê,
Mil versos que dedico p’ra você...
MARCOS LOURES
Restos mortais.
Restos mortais.
Da morta poesia, nem carcaça
Sobrando sobre a terra em aridez,
Do quanto poderia e já se fez,
A imensidão se fez decerto escassa,
E quando se prepara outra devassa
Restasse em meu olhar a insensatez
Matando pouco a pouco o que ora vês
Nas farsas mais comuns, e o mundo passa.
Quando monetizando o pensamento
Vendido numa esquina ou num boteco,
Tentáculo da morte, eu sei que peco,
Especulando apenas o que tento
Vencido pela fúria em capital,
Meu verso soa sempre mais banal.
Marcos Loures
Da morta poesia, nem carcaça
Sobrando sobre a terra em aridez,
Do quanto poderia e já se fez,
A imensidão se fez decerto escassa,
E quando se prepara outra devassa
Restasse em meu olhar a insensatez
Matando pouco a pouco o que ora vês
Nas farsas mais comuns, e o mundo passa.
Quando monetizando o pensamento
Vendido numa esquina ou num boteco,
Tentáculo da morte, eu sei que peco,
Especulando apenas o que tento
Vencido pela fúria em capital,
Meu verso soa sempre mais banal.
Marcos Loures
NOVO DESENLACE?
NOVO DESENLACE?
Já não mais bastaria outro momento
Depois da velha face do passado,
Não trago outra saída e, desolado,
Do mesmo que não veio eu me alimento,
Restando quase apenas sofrimento
E o medo noutro instante desenhado,
Aguardo o que pudera e quando eu brado
Somente um dia além do morto eu tento,
Escuto as mesmas velhas negativas
E os cantos; entre espantos, reavivas.
Gerando o que talvez nos degradasse,
No imprevisível mundo que hoje tramas,
As horas se perdendo em toscas chamas
Clamando por um novo desenlace.
Marcos Loures
Já não mais bastaria outro momento
Depois da velha face do passado,
Não trago outra saída e, desolado,
Do mesmo que não veio eu me alimento,
Restando quase apenas sofrimento
E o medo noutro instante desenhado,
Aguardo o que pudera e quando eu brado
Somente um dia além do morto eu tento,
Escuto as mesmas velhas negativas
E os cantos; entre espantos, reavivas.
Gerando o que talvez nos degradasse,
No imprevisível mundo que hoje tramas,
As horas se perdendo em toscas chamas
Clamando por um novo desenlace.
Marcos Loures
DESEJOS
DESEJOS
A face mais audaz e mais temida
Expressaria o quanto ainda vejo
Da farsa desenhada no desejo
Do nada um labirinto sem saída,
Uma esperança falsa crisalida
O mundo que pudesse noutro ensejo,
Mas quando me retrato e assim prevejo
Desabo no que seja despedida,
Aonde houvera tempo, desperdício,
Aonde se quis vale, precipício,
Premissas de uma estúpida verdade
Que assola o quanto resta do planeta
E mesmo que outro instante se prometa,
A realidade sempre nos degrade.
Marcos Loures
A face mais audaz e mais temida
Expressaria o quanto ainda vejo
Da farsa desenhada no desejo
Do nada um labirinto sem saída,
Uma esperança falsa crisalida
O mundo que pudesse noutro ensejo,
Mas quando me retrato e assim prevejo
Desabo no que seja despedida,
Aonde houvera tempo, desperdício,
Aonde se quis vale, precipício,
Premissas de uma estúpida verdade
Que assola o quanto resta do planeta
E mesmo que outro instante se prometa,
A realidade sempre nos degrade.
Marcos Loures
IMAGEM E SEMELHANÇA?
IMAGEM E SEMELHANÇA?
Desnuda-se o planeta em suicídio
E o quanto se demonstra a cada dia
Traçando outra verdade mais sombria,
Quem pensa, por ganância apenas; agride-o.
Destroça no que possa e configura
A morte paulatina e sem defesas
Fazendo gerações futuras, presas,
Enquanto molda a vida em amargura,
Não posso e nem devesse crer no fato
De um dia se acordar e ver o nada,
Somente a imensidão já degradada
No quanto sem retorno ora constato,
Imagem, semelhança? Faz-me rir.
Um Deus destruidor? Ledo porvir...
Marcos Loures
Desnuda-se o planeta em suicídio
E o quanto se demonstra a cada dia
Traçando outra verdade mais sombria,
Quem pensa, por ganância apenas; agride-o.
Destroça no que possa e configura
A morte paulatina e sem defesas
Fazendo gerações futuras, presas,
Enquanto molda a vida em amargura,
Não posso e nem devesse crer no fato
De um dia se acordar e ver o nada,
Somente a imensidão já degradada
No quanto sem retorno ora constato,
Imagem, semelhança? Faz-me rir.
Um Deus destruidor? Ledo porvir...
Marcos Loures
SÓRDIDA EXPRESSÃO
SÓRDIDA EXPRESSÃO
A sórdida expressão que nos transporta
Além da fantasia ao mero ocaso
Transcende ao resumir em rude caso
O quanto se veria atrás da porta,
A face sem retoques, semimorta,
Assim quando possível se me atraso,
Ousando acreditar já me defaso
E bebo o quanto resta e não me importa,
Não viverei deveras nem tampouco
O fato que se faça muito pouco
Tentando acreditar no que não veio,
Não sigo sequer rastros do que um dia
Teimasse imaginar e não veria,
Seguindo a cada instante mais alheio.
Marcos Loures
A sórdida expressão que nos transporta
Além da fantasia ao mero ocaso
Transcende ao resumir em rude caso
O quanto se veria atrás da porta,
A face sem retoques, semimorta,
Assim quando possível se me atraso,
Ousando acreditar já me defaso
E bebo o quanto resta e não me importa,
Não viverei deveras nem tampouco
O fato que se faça muito pouco
Tentando acreditar no que não veio,
Não sigo sequer rastros do que um dia
Teimasse imaginar e não veria,
Seguindo a cada instante mais alheio.
Marcos Loures
QUEM TRAZ UM MAL IMENSO
QUEM TRAZ UM MAL IMENSO
Quem traz um mal terrível, se concreto,
Não sabe da esperança um só pavio.
O mundo se derrama no concreto
Que nos deforma, duro, triste e frio.
Talvez se houvesse assim, algum afeto,
Viver já não seria tão vazio...
Colhendo no canteiro, belas rosas,
Um riso sem disfarce estamparia
O rosto noutras formas mais vaidosas
Esta tristeza imensa não teria.
As mãos jamais seriam belicosas
A vida permitindo a poesia...
Amigo; não se esqueça que um abraço,
Adoça esse amargor de alga e sargaço...
MARCOS LOURES
Quem traz um mal terrível, se concreto,
Não sabe da esperança um só pavio.
O mundo se derrama no concreto
Que nos deforma, duro, triste e frio.
Talvez se houvesse assim, algum afeto,
Viver já não seria tão vazio...
Colhendo no canteiro, belas rosas,
Um riso sem disfarce estamparia
O rosto noutras formas mais vaidosas
Esta tristeza imensa não teria.
As mãos jamais seriam belicosas
A vida permitindo a poesia...
Amigo; não se esqueça que um abraço,
Adoça esse amargor de alga e sargaço...
MARCOS LOURES
TRAZENDO A RECOMPENSA
TRAZENDO A RECOMPENSA
Quando abriste teu corpo em gesto e cena,
Penetraram-te sonhos e vontades.
A triste solidão morria plena
Em duros vergalhões e tempestades.
Quem cura, muitas vezes envenena
Mentiras superpostas em verdades.
A boca tão carnuda quanto exótica
Os olhos anelados, carne dura...
Na tua carnadura tão erótica
A noite se profana na ternura.
Entrando no teu mar, aberto o porto,
Um barco se encontrando em chuva intensa,
Nestas águas tão quentes o conforto
Trazendo para nós a recompensa...
MARCOS LOURES
Quando abriste teu corpo em gesto e cena,
Penetraram-te sonhos e vontades.
A triste solidão morria plena
Em duros vergalhões e tempestades.
Quem cura, muitas vezes envenena
Mentiras superpostas em verdades.
A boca tão carnuda quanto exótica
Os olhos anelados, carne dura...
Na tua carnadura tão erótica
A noite se profana na ternura.
Entrando no teu mar, aberto o porto,
Um barco se encontrando em chuva intensa,
Nestas águas tão quentes o conforto
Trazendo para nós a recompensa...
MARCOS LOURES
RENASCENDO
RENASCENDO
As brumas nos tomando os sentimentos
Fazendo da esperança algo distante.
As tempestades surgem por momentos
Nublando o nosso céu mais radiante
Porém quando, enfim cessam os tormentos
Uma esperança surge num rompante...
Ouvindo o belo som de violinos
Em meio à sinfonias divinais,
Ressurgem velhos sonhos de meninos
Dos tempos mais antigos, ancestrais
Mostrando novos rumos nos destinos
Com formas e contornos magistrais.
Assim como promessa em esplendor,
A vida renasceu em nosso amor...
MARCOS LOURES
As brumas nos tomando os sentimentos
Fazendo da esperança algo distante.
As tempestades surgem por momentos
Nublando o nosso céu mais radiante
Porém quando, enfim cessam os tormentos
Uma esperança surge num rompante...
Ouvindo o belo som de violinos
Em meio à sinfonias divinais,
Ressurgem velhos sonhos de meninos
Dos tempos mais antigos, ancestrais
Mostrando novos rumos nos destinos
Com formas e contornos magistrais.
Assim como promessa em esplendor,
A vida renasceu em nosso amor...
MARCOS LOURES
ESPARSOS SENTIMENTOS
ESPARSOS SENTIMENTOS
Esparsos sentimentos tão confusos
Pelos caminhos todos que segui.
Suores e prazeres mais profusos
Encontro tão somente, amor, em ti.
Horários se misturam, vários fusos,
Mas tudo que esperei estava aqui.
Na paz mais desejada sem desdita
Neste carinho manso que me dás.
A lua em nossos olhos, infinita
No mar em calmaria, tanta paz.
Minha alma tão feliz te cerca e grita
Na luz e na alegria, mais capaz.
Aos Céus elevo preces e louvores
Na glória destes dias redentores...
MARCOS LOURES
Esparsos sentimentos tão confusos
Pelos caminhos todos que segui.
Suores e prazeres mais profusos
Encontro tão somente, amor, em ti.
Horários se misturam, vários fusos,
Mas tudo que esperei estava aqui.
Na paz mais desejada sem desdita
Neste carinho manso que me dás.
A lua em nossos olhos, infinita
No mar em calmaria, tanta paz.
Minha alma tão feliz te cerca e grita
Na luz e na alegria, mais capaz.
Aos Céus elevo preces e louvores
Na glória destes dias redentores...
MARCOS LOURES
EM ILUSÃO
EM ILUSÃO
Menina nunca mates a princesa
Que dorme no teu peito em ilusão.
Pois nela se encontrando tal beleza
Que assim perfumará teu coração.
Por mais que a vida traga uma incerteza
Por mais que tantas vezes ouça o não;
Não deixe que se morra esta esperança
De um dia ser feliz, pois tu mereces.
A vida carregada de lembranças
Nos sonhos mais divinos que tu teces
Revive em alegrias, as crianças
Refeitas nos carinhos e nas preces...
Não mates a princesa; por favor.
Pois traz nesta pureza o vero amor.
MARCOS LOURES
Menina nunca mates a princesa
Que dorme no teu peito em ilusão.
Pois nela se encontrando tal beleza
Que assim perfumará teu coração.
Por mais que a vida traga uma incerteza
Por mais que tantas vezes ouça o não;
Não deixe que se morra esta esperança
De um dia ser feliz, pois tu mereces.
A vida carregada de lembranças
Nos sonhos mais divinos que tu teces
Revive em alegrias, as crianças
Refeitas nos carinhos e nas preces...
Não mates a princesa; por favor.
Pois traz nesta pureza o vero amor.
MARCOS LOURES
NUNCA MAIS
NUNCA MAIS
Se tanto magoaram a menina
Roubando seus sapatos de cristal,
Se a noite dolorida descortina
Matando uma esperança matinal,
Restando em seus cabelos, purpurina,
Lembrando de uma história sem igual.
Do beijo que escondido foi pecado,
Do desejo subindo pelas pernas.
Sorriso tão ingênuo mais safado
Nas mãos tão delicadas e tão ternas.
No carinho sorrateiro, no recado
Guardado nos cadernos. São eternas
As horas esquecidas nos quintais...
Que pena que não voltam nunca mais...
MARCOS LOURES
Se tanto magoaram a menina
Roubando seus sapatos de cristal,
Se a noite dolorida descortina
Matando uma esperança matinal,
Restando em seus cabelos, purpurina,
Lembrando de uma história sem igual.
Do beijo que escondido foi pecado,
Do desejo subindo pelas pernas.
Sorriso tão ingênuo mais safado
Nas mãos tão delicadas e tão ternas.
No carinho sorrateiro, no recado
Guardado nos cadernos. São eternas
As horas esquecidas nos quintais...
Que pena que não voltam nunca mais...
MARCOS LOURES
NÃO SOU O QUE PENSAVAS
NÃO SOU O QUE PENSAVAS
Amor, não sou o resto que pensavas,
Apenas me enganei, te amei demais.
Rompeste, sem querer todas as travas
Que sempre protegiam o meu cais.
Vieste e bagunçaste toda a casa,
Fizeste uma total revolução,
Do gelo tu forjaste louca brasa,
Depois desperdiçaste tal vulcão...
Agora que senti que fui usado,
Incrível, não me sinto simples presa,
Valeu a pena, amor, ter encontrado
Mesmo que por segundos, tal certeza:
Depois deste teu barco sem destino,
Voltei de novo a ser, como um menino...
MARCOS LOURES
Amor, não sou o resto que pensavas,
Apenas me enganei, te amei demais.
Rompeste, sem querer todas as travas
Que sempre protegiam o meu cais.
Vieste e bagunçaste toda a casa,
Fizeste uma total revolução,
Do gelo tu forjaste louca brasa,
Depois desperdiçaste tal vulcão...
Agora que senti que fui usado,
Incrível, não me sinto simples presa,
Valeu a pena, amor, ter encontrado
Mesmo que por segundos, tal certeza:
Depois deste teu barco sem destino,
Voltei de novo a ser, como um menino...
MARCOS LOURES
BRIGAS
BRIGAS
Cansei de tanta briga em nossas vidas,
Qualquer motivo, agora, discutimos,
As pedras que se mudam, vão perdidas,
Sem rumo pois jamais criaram limos...
Pressinto esse perigo que vivemos
Embora, meu amor ainda é grande
Depois de tantas coisas que tivemos,
Não quero que este caso, assim, desande.
Saudades do começo tão feliz,
Trazia-te até água na peneira.
Feridas em terrível cicatriz;
A casa está ruindo por inteira…
Parece que esquecemos nossas juras,
Eu não te aturo e quase não me aturas...
MARCOS LOURES
Cansei de tanta briga em nossas vidas,
Qualquer motivo, agora, discutimos,
As pedras que se mudam, vão perdidas,
Sem rumo pois jamais criaram limos...
Pressinto esse perigo que vivemos
Embora, meu amor ainda é grande
Depois de tantas coisas que tivemos,
Não quero que este caso, assim, desande.
Saudades do começo tão feliz,
Trazia-te até água na peneira.
Feridas em terrível cicatriz;
A casa está ruindo por inteira…
Parece que esquecemos nossas juras,
Eu não te aturo e quase não me aturas...
MARCOS LOURES
INDEFESO
INDEFESO
Às vezes, indefeso, nem percebo;
Que o amor ao se mostrar silencioso,
Num vento dolorido que recebo,
Disfarça-se em vontades, cama e gozo.
Bem mais do que imagino, eu não concebo
A força tão sutil do venenoso
Sentimento que mata enquanto bebo
Cada gota. Eu bem sei quão perigoso
O jogo ao qual amor já se propôs.
Calado, quase manso, devagar;
Mostrando suas garras, o vão compôs
Silenciosamente me tomando,
Não deixa quase mesmo, eu respirar.
Amor, santo prazer me envenenando...
MARCOS LOURES
Às vezes, indefeso, nem percebo;
Que o amor ao se mostrar silencioso,
Num vento dolorido que recebo,
Disfarça-se em vontades, cama e gozo.
Bem mais do que imagino, eu não concebo
A força tão sutil do venenoso
Sentimento que mata enquanto bebo
Cada gota. Eu bem sei quão perigoso
O jogo ao qual amor já se propôs.
Calado, quase manso, devagar;
Mostrando suas garras, o vão compôs
Silenciosamente me tomando,
Não deixa quase mesmo, eu respirar.
Amor, santo prazer me envenenando...
MARCOS LOURES
À REVELIA
À REVELIA
Estupidando o dia que se emana
Das trevas sem saber de algum futuro,
Adentro o quanto resta e mesmo escuro,
A face se moldara em farsa insana,
Necessitando apenas do que engana
O mundo mais diverso eu configuro,
E sei do meu caminho, salto o muro,
Nesta aridez que tanto nos profana,
Por vezes sou somente um mentecapto,
Em outras; vãos sinais enfim eu capto,
Mas sei que nada disso salvaria
O torpe caminhar quase senil
Prevendo o quanto a vida permitiu
Vivendo quase sempre à revelia.
Marcos Loures
Estupidando o dia que se emana
Das trevas sem saber de algum futuro,
Adentro o quanto resta e mesmo escuro,
A face se moldara em farsa insana,
Necessitando apenas do que engana
O mundo mais diverso eu configuro,
E sei do meu caminho, salto o muro,
Nesta aridez que tanto nos profana,
Por vezes sou somente um mentecapto,
Em outras; vãos sinais enfim eu capto,
Mas sei que nada disso salvaria
O torpe caminhar quase senil
Prevendo o quanto a vida permitiu
Vivendo quase sempre à revelia.
Marcos Loures
IMBECILMENTE.
IMBECILMENTE.
Não quero acreditar nos meus receios
Tampouco eu poderia estar além
Do quanto pouco a pouco sei que vem
E trago noutro tempo os meus anseios,
Seguindo em solidão diversos veios,
Eu sinto o que virá, vejo ninguém,
E tanto desejasse qualquer bem
Olhando os dias rudes, mesmo alheios.
Talvez se me calasse... mas nem isso,
Apenas vejo o solo movediço
E tento disfarçar de qualquer modo,
Porém já não pudera ser assim,
Olhando de soslaio sinto o fim,
Teimoso, um imbecil, não me acomodo.
Marcos Loures
Não quero acreditar nos meus receios
Tampouco eu poderia estar além
Do quanto pouco a pouco sei que vem
E trago noutro tempo os meus anseios,
Seguindo em solidão diversos veios,
Eu sinto o que virá, vejo ninguém,
E tanto desejasse qualquer bem
Olhando os dias rudes, mesmo alheios.
Talvez se me calasse... mas nem isso,
Apenas vejo o solo movediço
E tento disfarçar de qualquer modo,
Porém já não pudera ser assim,
Olhando de soslaio sinto o fim,
Teimoso, um imbecil, não me acomodo.
Marcos Loures
HERANÇAS
HERANÇAS
Determinando o passo, a negação,
Expressa o quanto pude e não mais tive,
O manto que em ruptura inda retive
O preço na boçal liquidação,
Os erros se repetem e virão
Moldar o quanto possa e sobrevive
Na ogiva feita em fúria a vida prive
Futuro do que trame algum verão,
Dobrando os velhos sinos do passado,
O tempo se desdenha e desenhado
Nas mesmas garatujas que conheço,
Escravidão persiste e mais atroz,
A fome, a morte, o rio em podre foz,
Quem pagará no fim o imenso preço?
Marcos Loures
Determinando o passo, a negação,
Expressa o quanto pude e não mais tive,
O manto que em ruptura inda retive
O preço na boçal liquidação,
Os erros se repetem e virão
Moldar o quanto possa e sobrevive
Na ogiva feita em fúria a vida prive
Futuro do que trame algum verão,
Dobrando os velhos sinos do passado,
O tempo se desdenha e desenhado
Nas mesmas garatujas que conheço,
Escravidão persiste e mais atroz,
A fome, a morte, o rio em podre foz,
Quem pagará no fim o imenso preço?
Marcos Loures
DARK
DARK
Pudesse até falar suavemente
E ter no meu olhar um horizonte,
Porém a cada dia desaponte
O mundo se mostre tão demente,
E nisto apenas dor ora fomente
Negando o que pudesse já na fonte
E o verso de um poeta enfrenta o monte,
Mas sabe o quanto segue inutilmente.
Carcaça do que um dia desenhasse
Vencendo a qualquer preço algum impasse
Num desenlace atroz e mesmo rude,
Não vejo outra saída, e nem pudera,
Na curva do caminho a velha fera
Gargalha enquanto o sonho nos ilude.
Marcos Loures
Pudesse até falar suavemente
E ter no meu olhar um horizonte,
Porém a cada dia desaponte
O mundo se mostre tão demente,
E nisto apenas dor ora fomente
Negando o que pudesse já na fonte
E o verso de um poeta enfrenta o monte,
Mas sabe o quanto segue inutilmente.
Carcaça do que um dia desenhasse
Vencendo a qualquer preço algum impasse
Num desenlace atroz e mesmo rude,
Não vejo outra saída, e nem pudera,
Na curva do caminho a velha fera
Gargalha enquanto o sonho nos ilude.
Marcos Loures
O QUANTO E PARA ONDE VAMOS?
O QUANTO E PARA ONDE VAMOS?
Não merecesse além da queda e caos
Os ossos destroçados pela escassa
Vontade que deveras quando traça
Esquece a podridão destes degraus,
Andasse sem descanso em dias maus,
A cada novo engano a mesma traça
Sem fogo o quanto resta da fumaça
Sem porto perco as minhas velhas naus.
Senzalas atuais, fome e miséria,
A mesma santidade da matéria
E a fúria do que fora, foi, será.
O tempo se contempla num errôneo
Cenário alimentando este demônio
Que vive eternamente aqui ou lá.
Marcos Loures
Não merecesse além da queda e caos
Os ossos destroçados pela escassa
Vontade que deveras quando traça
Esquece a podridão destes degraus,
Andasse sem descanso em dias maus,
A cada novo engano a mesma traça
Sem fogo o quanto resta da fumaça
Sem porto perco as minhas velhas naus.
Senzalas atuais, fome e miséria,
A mesma santidade da matéria
E a fúria do que fora, foi, será.
O tempo se contempla num errôneo
Cenário alimentando este demônio
Que vive eternamente aqui ou lá.
Marcos Loures
QUEM SABE AMANHÃ?
QUEM SABE AMANHÃ?
Caminho; o conhecemos? Na verdade
O dia se repete sob o sol
E a luta se desenha e do arrebol
Apenas esperança ainda invade,
A cada novo tempo se degrade
E rompe do futuro, o seu farol,
Quem dera continente, hoje é atol,
Distando do que seja liberdade.
Não quero relegar, último plano,
O quanto se fizesse mais humano
E tento mesmo insano, acreditar.
Embora o que se veja dia a dia,
Traduza o quanto exista em voz sombria
O barco-humanidade a naufragar.
Marcos Loures
Caminho; o conhecemos? Na verdade
O dia se repete sob o sol
E a luta se desenha e do arrebol
Apenas esperança ainda invade,
A cada novo tempo se degrade
E rompe do futuro, o seu farol,
Quem dera continente, hoje é atol,
Distando do que seja liberdade.
Não quero relegar, último plano,
O quanto se fizesse mais humano
E tento mesmo insano, acreditar.
Embora o que se veja dia a dia,
Traduza o quanto exista em voz sombria
O barco-humanidade a naufragar.
Marcos Loures
AMBIÇÃO
AMBIÇÃO
Tenha cuidado; amigo. Uma ambição
Nos cega totalmente. Depois disso
Não há nada que livre o coração,
Matando da esperança qualquer viço.
Não se deixe cegar pelo desejo,
É tão cruel saber que isto acontece.
Às vezes eu não creio no que vejo;
Peço que se ilumine numa prece
E veja quanto dói saber que um dia
Alguém que nós amamos se perdeu
Em meio a uma estúpida alegria
Trazendo para alguém um negro breu...
Amigo; só te peço: não se esqueça,
E que ao teu coração, sempre obedeça!
MARCOS LOURES
Tenha cuidado; amigo. Uma ambição
Nos cega totalmente. Depois disso
Não há nada que livre o coração,
Matando da esperança qualquer viço.
Não se deixe cegar pelo desejo,
É tão cruel saber que isto acontece.
Às vezes eu não creio no que vejo;
Peço que se ilumine numa prece
E veja quanto dói saber que um dia
Alguém que nós amamos se perdeu
Em meio a uma estúpida alegria
Trazendo para alguém um negro breu...
Amigo; só te peço: não se esqueça,
E que ao teu coração, sempre obedeça!
MARCOS LOURES
PRIVILÉGIOS.
PRIVILÉGIOS.
Amor não se discute privilégio,
Não há ninguém isento aos seus encantos.
Preparando armadilhas, sortilégio,
Nos toma e nos cobre com seus mantos.
Amor nunca se aprende no colégio,
Do riso se transforma logo em prantos.
Amor olha de banda, enviesado,
Depois, dando seu bote, nos afeta.
Amor velho-menino que encantado
Nos toma tão certeiro em sua seta.
Às vezes, bem matreiro, olha de lado
E, tocaiando, atinge sua meta...
Só sei que meu amor brigou comigo,
Eu quero perdoar, mas não consigo...
MARCOS LOURES
Amor não se discute privilégio,
Não há ninguém isento aos seus encantos.
Preparando armadilhas, sortilégio,
Nos toma e nos cobre com seus mantos.
Amor nunca se aprende no colégio,
Do riso se transforma logo em prantos.
Amor olha de banda, enviesado,
Depois, dando seu bote, nos afeta.
Amor velho-menino que encantado
Nos toma tão certeiro em sua seta.
Às vezes, bem matreiro, olha de lado
E, tocaiando, atinge sua meta...
Só sei que meu amor brigou comigo,
Eu quero perdoar, mas não consigo...
MARCOS LOURES
O TEU CHAMADO
O TEU CHAMADO
Escuto o teu chamado e te procuro
Em meio a campos, fontes, ilusões.
O fruto da esperança tão maduro
Morreu em forte seca de emoções...
O chão em que plantei, deveras duro,
Não teve nem sequer adubações...
Mas restam os meus olhos te buscando
Nesta procura inútil e desdenhada.
O tempo da colheita vai chegando
E no jardim da vida colhi nada.
O dia que nasceu, amargo e brando
Mostrando cada curva desta estrada
Que leva, simplesmente à tal loucura,
Do amor que; sem remédio, busca a cura...
MARCOS LOURES
Escuto o teu chamado e te procuro
Em meio a campos, fontes, ilusões.
O fruto da esperança tão maduro
Morreu em forte seca de emoções...
O chão em que plantei, deveras duro,
Não teve nem sequer adubações...
Mas restam os meus olhos te buscando
Nesta procura inútil e desdenhada.
O tempo da colheita vai chegando
E no jardim da vida colhi nada.
O dia que nasceu, amargo e brando
Mostrando cada curva desta estrada
Que leva, simplesmente à tal loucura,
Do amor que; sem remédio, busca a cura...
MARCOS LOURES
SEM ADEUS
SEM ADEUS
A porta que fechaste, sem adeus,
Jamais alguém abriu, está trancada...
No mundo perseguindo os sonhos meus,
Depois de tanto tempo, nada, nada...
Meus olhos procurando por um Deus
Que possa me dizer de ti, amada,
Aos poucos se tornando mais ateus,
Se perdem sem ter lume, nesta estrada...
É duro este vazio que restou,
Depois de tanto tempo de ilusão,
Meu mundo sem sentidos se acabou,
Na porta que trancaste, sem por que,
Também aprisionaste o coração,
Que te procura sempre... Mas, cadê?
MARCOS LOURES
A porta que fechaste, sem adeus,
Jamais alguém abriu, está trancada...
No mundo perseguindo os sonhos meus,
Depois de tanto tempo, nada, nada...
Meus olhos procurando por um Deus
Que possa me dizer de ti, amada,
Aos poucos se tornando mais ateus,
Se perdem sem ter lume, nesta estrada...
É duro este vazio que restou,
Depois de tanto tempo de ilusão,
Meu mundo sem sentidos se acabou,
Na porta que trancaste, sem por que,
Também aprisionaste o coração,
Que te procura sempre... Mas, cadê?
MARCOS LOURES
AMOR E MEDO?
AMOR E MEDO?
Amor jamais combina com o medo,
É força que nos move sem parar.
Vibrando em nosso amor que desde cedo
Nos trouxe uma promessa de luar,
Quem sabe nunca teme que este enredo
Um dia possa em vão de desmanchar.
Amar é ter certeza em cada passo
Sabendo a hora exata, sem temor.
Não deixe que este amor morra no espaço,
Aguarde o renascer da bela flor
Que traz todo o perfume em que refaço
O sonho mais feliz de um lavrador
Sabendo da colheita em tempo certo,
Senão é qual pregar em um deserto...
MARCOS LOURES
Amor jamais combina com o medo,
É força que nos move sem parar.
Vibrando em nosso amor que desde cedo
Nos trouxe uma promessa de luar,
Quem sabe nunca teme que este enredo
Um dia possa em vão de desmanchar.
Amar é ter certeza em cada passo
Sabendo a hora exata, sem temor.
Não deixe que este amor morra no espaço,
Aguarde o renascer da bela flor
Que traz todo o perfume em que refaço
O sonho mais feliz de um lavrador
Sabendo da colheita em tempo certo,
Senão é qual pregar em um deserto...
MARCOS LOURES
SENTINDO...
SENTINDO...
Sentindo tuas pernas sobre mim,
Sentada no meu colo, doce prenda
Que a vida vem trazendo no meu fim,
Beleza em lingerie bela de renda.
Vermelha como a boca carmesim.
Peço-te: meus desejos; logo, atenda...
Seguro-te bem firme em minhas mãos,
Sussurro mil segredos, teus ouvidos...
Os dedos se procuram, montes, vãos....
Os lábios te tocando, decididos...
Depois de tantos erros, tantos nãos,
caminhos mais suaves percorridos.
Depressa me enlouqueço e ficas louca...
Estrelas vão riscando o céu da boca...
MARCOS LOURES
Sentindo tuas pernas sobre mim,
Sentada no meu colo, doce prenda
Que a vida vem trazendo no meu fim,
Beleza em lingerie bela de renda.
Vermelha como a boca carmesim.
Peço-te: meus desejos; logo, atenda...
Seguro-te bem firme em minhas mãos,
Sussurro mil segredos, teus ouvidos...
Os dedos se procuram, montes, vãos....
Os lábios te tocando, decididos...
Depois de tantos erros, tantos nãos,
caminhos mais suaves percorridos.
Depressa me enlouqueço e ficas louca...
Estrelas vão riscando o céu da boca...
MARCOS LOURES
ENVOLVENDO-ME
ENVOLVENDO-ME
Teus braços envolvendo-me, querida,
Na pura maciez da pele rara,
Ao jogo dos sentidos me convida
Fazendo nossa noite qual sonhara
Tornando maravilha a nossa vida,
Do jeito que eu quisera, imaginara...
Desabrochando nua em minha alcova,
Iluminando o quarto, a sala, a casa..
A lua transbordante cheia, nova,
Nos raios argentinos já me abrasa
E tudo, simplesmente se renova.
A sorte me promete e não se atrasa...
Agora, desregrada, bela e nua,
Amante radiosa e plena lua....
MARCOS LOURES
Teus braços envolvendo-me, querida,
Na pura maciez da pele rara,
Ao jogo dos sentidos me convida
Fazendo nossa noite qual sonhara
Tornando maravilha a nossa vida,
Do jeito que eu quisera, imaginara...
Desabrochando nua em minha alcova,
Iluminando o quarto, a sala, a casa..
A lua transbordante cheia, nova,
Nos raios argentinos já me abrasa
E tudo, simplesmente se renova.
A sorte me promete e não se atrasa...
Agora, desregrada, bela e nua,
Amante radiosa e plena lua....
MARCOS LOURES
TUA MACIEZ
TUA MACIEZ
Minhas mãos passeando tuas pernas,
Sentindo a maciez da carne dura,
Prometes novas noites densas, ternas
Nesta umidade repleta de ternura.
Quem dera fossem sempre assim, eternas
Teria qualquer mal, por certo, cura...
Soltando os meus desejos sobre ti,
Percebo os teus gemidos mal contidos,
Sentindo o teu perfume que bebi
Nossos momentos são bem resolvidos
E tudo que mais quero encontro aqui,
Contigo, travesseiros revolvidos...
Sabor tão delicado, é bom provar,
No gosto refinado de teu mar...
MARCOS LOURES
Minhas mãos passeando tuas pernas,
Sentindo a maciez da carne dura,
Prometes novas noites densas, ternas
Nesta umidade repleta de ternura.
Quem dera fossem sempre assim, eternas
Teria qualquer mal, por certo, cura...
Soltando os meus desejos sobre ti,
Percebo os teus gemidos mal contidos,
Sentindo o teu perfume que bebi
Nossos momentos são bem resolvidos
E tudo que mais quero encontro aqui,
Contigo, travesseiros revolvidos...
Sabor tão delicado, é bom provar,
No gosto refinado de teu mar...
MARCOS LOURES
quarta-feira, 13 de junho de 2012
LUTAS E GUERRILHAS
LUTAS E GUERRILHAS
Nas lutas que tramamos nos lençóis
A seta quer a meta delicada,
Deitando em nossa cama teus faróis
Na noite que se faz iluminada
Prazeres nos entornam tantos sóis
Durante a mais escura madrugada...
Espaços vão libertos das amarras,
Desnudas tuas sendas mais risonhas,
E manso, me tomando logo agarras
Os dentes vão mordendo colchas, fronhas...
Nos cortes mil adagas, cimitarras
Percebo que parece que tu sonhas
E sinto teu limite superado,
Teu corpo, como o meu, tão ensopado...
MARCOS LOURES
Nas lutas que tramamos nos lençóis
A seta quer a meta delicada,
Deitando em nossa cama teus faróis
Na noite que se faz iluminada
Prazeres nos entornam tantos sóis
Durante a mais escura madrugada...
Espaços vão libertos das amarras,
Desnudas tuas sendas mais risonhas,
E manso, me tomando logo agarras
Os dentes vão mordendo colchas, fronhas...
Nos cortes mil adagas, cimitarras
Percebo que parece que tu sonhas
E sinto teu limite superado,
Teu corpo, como o meu, tão ensopado...
MARCOS LOURES
SE A VIDA FOI CRUEL...
SE A VIDA FOI CRUEL...
Amiga, muitas vezes me pergunto
Se a vida foi cruel ou se eu errei.
A sorte se perdendo num conjunto
Mostrando que por vezes, vacilei.
Mergulho tantas vezes noutro assunto
Já que de amor, por certo, nada sei.
Sou ermo, vou sem rumo, perco o norte
Se escapo,não sei nunca refazer
Caminho que talvez mudando a sorte
Me mostre um bom destino onde vou ter
O canto que julgara sempre forte
E agora já pôs tudo a se perder...
Teu braço, minha amiga, a salvação
De quem amou demais, em perdição...
MARCOS LOURES
Amiga, muitas vezes me pergunto
Se a vida foi cruel ou se eu errei.
A sorte se perdendo num conjunto
Mostrando que por vezes, vacilei.
Mergulho tantas vezes noutro assunto
Já que de amor, por certo, nada sei.
Sou ermo, vou sem rumo, perco o norte
Se escapo,não sei nunca refazer
Caminho que talvez mudando a sorte
Me mostre um bom destino onde vou ter
O canto que julgara sempre forte
E agora já pôs tudo a se perder...
Teu braço, minha amiga, a salvação
De quem amou demais, em perdição...
MARCOS LOURES
DIAS EMBOTADOS
DIAS EMBOTADOS
Meus dias embotados; silencio.
Nas pétalas doridas da saudade.
Um medo me turbando, estou vazio,
Vagando pelas ruas da cidade...
Às vezes- sem amor – penitencio
E calo qualquer forma de verdade.
Fantasmas, fantasias... Logo crio
Fugindo do que fosse liberdade.
Só resta uma esperança nisto tudo,
De um canto que renove o meu viver.
E quase novamente assim me iludo
Fazendo da amizade um novo canto
Que possa renovar o meu querer
Trazendo ao que me resta algum encanto..
MARCOS LOURES
Meus dias embotados; silencio.
Nas pétalas doridas da saudade.
Um medo me turbando, estou vazio,
Vagando pelas ruas da cidade...
Às vezes- sem amor – penitencio
E calo qualquer forma de verdade.
Fantasmas, fantasias... Logo crio
Fugindo do que fosse liberdade.
Só resta uma esperança nisto tudo,
De um canto que renove o meu viver.
E quase novamente assim me iludo
Fazendo da amizade um novo canto
Que possa renovar o meu querer
Trazendo ao que me resta algum encanto..
MARCOS LOURES
TRAÇANDO MEU FUTURO
TRAÇANDO MEU FUTURO
Traçando meu futuro em cada verso
Vivendo uma ilusão que não termina.
Sabendo que o deslumbre do universo
Em cada estrela guia se ilumina
O mundo não seria tão diverso
Se não houvesse luz em cada sina...
Nas tranças da menina, em seu olhar,
No rosto envelhecido de quem chora.
Vontade de viver e de lutar
Pra sempre e tão depressa não demora.
Os raios de esperança sobre o mar
Prometem a mudança que se aflora
No braço benfazejo da amizade
Tomando nossa vida na verdade...
MARCOS LOURES
Traçando meu futuro em cada verso
Vivendo uma ilusão que não termina.
Sabendo que o deslumbre do universo
Em cada estrela guia se ilumina
O mundo não seria tão diverso
Se não houvesse luz em cada sina...
Nas tranças da menina, em seu olhar,
No rosto envelhecido de quem chora.
Vontade de viver e de lutar
Pra sempre e tão depressa não demora.
Os raios de esperança sobre o mar
Prometem a mudança que se aflora
No braço benfazejo da amizade
Tomando nossa vida na verdade...
MARCOS LOURES
HIPÓCRITA
HIPÓCRITA
A velha hipocrisia é dominante
Na face mais safada e mais venal
De quem se mostraria qual degrau
Apodrecido a cada novo instante,
E sei do que deveras se adiante
Marcando a cena em rude farsa e qual
Satânica moldura canibal
Devora e alguma renda além garante.
O quanto custa? Vale a pena? Veja
A imagem refletida em cada espelho
Reflexo do vazio e te aconselho:
“Navegues noutro mar; podre espetáculo,
Afasta dos meus passos tal tentáculo,
Maldita então, tua alma sempre seja!”
Marcos Loures
A velha hipocrisia é dominante
Na face mais safada e mais venal
De quem se mostraria qual degrau
Apodrecido a cada novo instante,
E sei do que deveras se adiante
Marcando a cena em rude farsa e qual
Satânica moldura canibal
Devora e alguma renda além garante.
O quanto custa? Vale a pena? Veja
A imagem refletida em cada espelho
Reflexo do vazio e te aconselho:
“Navegues noutro mar; podre espetáculo,
Afasta dos meus passos tal tentáculo,
Maldita então, tua alma sempre seja!”
Marcos Loures
In-Fausta.
In-Fausta.
Quando vendes tua alma sem saber
Nas farsas que conheces e renegas,
Somente ao iludir ovelhas cegas,
Traduzes do demônio, o seu poder,
O pouco que em teus olhos posso ver
Transcorre de tal forma quando entregas
A podre sensação agora esfregas
No tosco caminhar buscando o ter.
Depois entre disfarces, segue em missas,
E queres minhas mãos de fato omissas?
Não coaduno e máscaras; arranco.
Depositando em ti o antes benquisto,
Revelas tua face, e qual Mefisto,
Engordas tuas dívidas num Banco...
Marcos Loures
em homenagem à algumas estelionatárias que conheço.
Quando vendes tua alma sem saber
Nas farsas que conheces e renegas,
Somente ao iludir ovelhas cegas,
Traduzes do demônio, o seu poder,
O pouco que em teus olhos posso ver
Transcorre de tal forma quando entregas
A podre sensação agora esfregas
No tosco caminhar buscando o ter.
Depois entre disfarces, segue em missas,
E queres minhas mãos de fato omissas?
Não coaduno e máscaras; arranco.
Depositando em ti o antes benquisto,
Revelas tua face, e qual Mefisto,
Engordas tuas dívidas num Banco...
Marcos Loures
em homenagem à algumas estelionatárias que conheço.
Amigo?
Amigo?
Já não me caberia algum discurso
Diverso do que tanto me trouxeste
Aonde se fizera além, celeste,
A vida perde logo rumo e curso,
Amigo, na verdade sei que és urso,
E o preço a se pagar em vão reveste
O tempo mais audaz e mesmo agreste,
Não deixa mais sequer algum recurso,
Escuso caminheiro do passado,
O verso noutro tom elaborado,
E o fado se desdenha a cada engodo,
Na farpa que deixaste no caminho,
O vento destroçando o ledo ninho,
Deixando em seu lugar somente o lodo...
Marcos Loures
Já não me caberia algum discurso
Diverso do que tanto me trouxeste
Aonde se fizera além, celeste,
A vida perde logo rumo e curso,
Amigo, na verdade sei que és urso,
E o preço a se pagar em vão reveste
O tempo mais audaz e mesmo agreste,
Não deixa mais sequer algum recurso,
Escuso caminheiro do passado,
O verso noutro tom elaborado,
E o fado se desdenha a cada engodo,
Na farpa que deixaste no caminho,
O vento destroçando o ledo ninho,
Deixando em seu lugar somente o lodo...
Marcos Loures
Cárceres
Cárceres
O preço a se pagar não mais compensa
A vida sem sentido que me trazes
E mesmo quando busco novas fases
A solidão desnuda, amarga e intensa,
Apresentando o fim e nada vença
A sorte mais atroz em tons mordazes
E quantas vezes sei serem tenazes
As velhas ilusões em noite tensa,
Acolho cada parte do que um dia
Apenas noutro tom se mostraria
Resumos de mentiras entranhadas,
Depositando os olhos no que há meses
Eclode sem sentido e molda em reses
As almas que pudessem libertadas.
Marcos Loures
O preço a se pagar não mais compensa
A vida sem sentido que me trazes
E mesmo quando busco novas fases
A solidão desnuda, amarga e intensa,
Apresentando o fim e nada vença
A sorte mais atroz em tons mordazes
E quantas vezes sei serem tenazes
As velhas ilusões em noite tensa,
Acolho cada parte do que um dia
Apenas noutro tom se mostraria
Resumos de mentiras entranhadas,
Depositando os olhos no que há meses
Eclode sem sentido e molda em reses
As almas que pudessem libertadas.
Marcos Loures
FARSAS
FARSAS
Nas tantas e diversas farsas versas
E vogas entre vagas e vergastas,
As sombras assomando quando afastas
As outras ilusões e desconversas,
Apresentando em ondas quase imersas
As tramas que se fazem faces castas
Das falsas falas famas que ora bastas
Imaginando cenas vãs dispersas,
Não quero neste clímax a expressão
Além do quanto houvera em sim e não
Pudera apresentar outro cenário,
Mas sinto que me esvaio lentamente
E o vasto desgastar que ora apresente
Fomenta o tempo rude e temerário...
Marcos Loures
Nas tantas e diversas farsas versas
E vogas entre vagas e vergastas,
As sombras assomando quando afastas
As outras ilusões e desconversas,
Apresentando em ondas quase imersas
As tramas que se fazem faces castas
Das falsas falas famas que ora bastas
Imaginando cenas vãs dispersas,
Não quero neste clímax a expressão
Além do quanto houvera em sim e não
Pudera apresentar outro cenário,
Mas sinto que me esvaio lentamente
E o vasto desgastar que ora apresente
Fomenta o tempo rude e temerário...
Marcos Loures
O QUANTO ME RESTA
O QUANTO ME RESTA
Mergulho nos meus próprios desenganos
E sinto quantas vezes me entranhara
A fúria que deveras se escancara
Moldando novamente rotos planos,
E sei que vão passando dias e anos,
Mereço sorte amarga e nunca clara
Enquanto a luta atroz de certo encara
Os passos mais temíveis, rudes danos.
E sinto o quanto pude e não viera
Tentando apascentar a imensa fera
Que habita o coração deste demônio
Traçado desde sempre no meu peito,
No quanto me repleto e não me aceito,
Uma esperança é frágil patrimônio...
Marcos Loures
Mergulho nos meus próprios desenganos
E sinto quantas vezes me entranhara
A fúria que deveras se escancara
Moldando novamente rotos planos,
E sei que vão passando dias e anos,
Mereço sorte amarga e nunca clara
Enquanto a luta atroz de certo encara
Os passos mais temíveis, rudes danos.
E sinto o quanto pude e não viera
Tentando apascentar a imensa fera
Que habita o coração deste demônio
Traçado desde sempre no meu peito,
No quanto me repleto e não me aceito,
Uma esperança é frágil patrimônio...
Marcos Loures
QUIMERAS DESTA VIDA
QUIMERAS DESTA VIDA
Distante das quimeras desta vida
Meus braços encontraram seu valor
Nesta presença amada e tão querida
Que trouxe minha amiga em tanto amor.
Se a sorte parecia já perdida,
Se o dia foi perdendo o seu calor,
Na força da amizade uma saída
Que traz para o destino um esplendor.
Eu agradeço a Deus a todo instante
Por ter te colocado em meu caminho.
Iluminando o rumo em deslumbrante
Farol que se demonstra a cada dia.
Cada palavra tua de carinho
Trazendo para mim, tanta alegria!
MARCOS LOURES
Distante das quimeras desta vida
Meus braços encontraram seu valor
Nesta presença amada e tão querida
Que trouxe minha amiga em tanto amor.
Se a sorte parecia já perdida,
Se o dia foi perdendo o seu calor,
Na força da amizade uma saída
Que traz para o destino um esplendor.
Eu agradeço a Deus a todo instante
Por ter te colocado em meu caminho.
Iluminando o rumo em deslumbrante
Farol que se demonstra a cada dia.
Cada palavra tua de carinho
Trazendo para mim, tanta alegria!
MARCOS LOURES
EM PLENO SOL
EM PLENO SOL
Falando deste amor em amizade
Que há muito nos domina e nos conduz.
Trazendo um novo sonho: liberdade,
É feito resplendor em plena luz.
Abrindo meus caminhos, vens comigo
Querida companheira predileta.
Em versos tão simplórios já te digo;
Minha alma vai contigo e se repleta
No sonho de alegria que virá
Depois de tanta dor que assim passamos.
Caminho de esperança, um Xangrilá
Sem cruzes, sem escravos e sem amos;
Num facho, minha amiga, de um farol,
O dia nascerá em pleno sol...
MARCOS LOURES
Falando deste amor em amizade
Que há muito nos domina e nos conduz.
Trazendo um novo sonho: liberdade,
É feito resplendor em plena luz.
Abrindo meus caminhos, vens comigo
Querida companheira predileta.
Em versos tão simplórios já te digo;
Minha alma vai contigo e se repleta
No sonho de alegria que virá
Depois de tanta dor que assim passamos.
Caminho de esperança, um Xangrilá
Sem cruzes, sem escravos e sem amos;
Num facho, minha amiga, de um farol,
O dia nascerá em pleno sol...
MARCOS LOURES
EM CIMA DO FATO? Ou de quatro no ato?
EM CIMA DO FATO? Ou de quatro no ato?
Depois de ter sido convidado a fazer parte de um grupo de Jornalistas e ter sido literalmente enxotado deste por compor poesias, fico a imaginar a forma com que as escolas de jornalismo têm formado seus profissionais.
Sou médico, por isso devo falar alguma asneira já que não tenho formação em jornalismo, mas pelo que me consta, a poesia começou como uma maneira de se guardar recados, notícias, etc. Além do cordel que representa um método popular para divulgação de fatos e histórias reais ou mesmo fantasiosas, sendo uma forma de transmissão de ocorrências utilizada ainda nos sertões brasileiros, e é feito em forma poética.
Talvez esteja equivocado e, realmente a função do jornalista seja outra.
Porém o que vejo hoje na internet é a profusão de “pirâmides”, correntes, que vendem deste o vazio até estadias em hotéis, com grupos basicamente “fantasmas” gerados pelos modernos contos do vigário onde um estelionatário maior ludibria outros estelionatários de menor calibre com a promessa de ganhos irreais.
Vez em quando sou abordado por um destes “espertinhos”, na maior parte das vezes “malandros-agulha”, que serão inevitavelmente enganados e enforcados pela própria ânsia de ganhar dinheiro fácil, em cima da ganância de outros tantos.
Estas “empresas” costumam não ter sede própria ou, quando as têm são somente de fachada, uma das quais que vende “estadias em hotéis”, tem sede na Suíça e, por incrível que pareça nem é citada em nenhum lugar daquele país e tem outra sede em Londres numa caixa postal de uma agência de correios.
Com relação a estes crimes contra a economia popular os “jornalistas” se omitem, preferindo discriminar quem tenta fazer literatura, sem fins lucrativos, como se fossemos marginais, mas quando se obtém algum sucesso, os escritores passam a ter páginas fixas em jornais de grande circulação e em sites jornalísticos.
Alguém poderia me esclarecer isso? Ficaria muito contente em ter alguma resposta sobre o caso...
Marcos Loures.
Depois de ter sido convidado a fazer parte de um grupo de Jornalistas e ter sido literalmente enxotado deste por compor poesias, fico a imaginar a forma com que as escolas de jornalismo têm formado seus profissionais.
Sou médico, por isso devo falar alguma asneira já que não tenho formação em jornalismo, mas pelo que me consta, a poesia começou como uma maneira de se guardar recados, notícias, etc. Além do cordel que representa um método popular para divulgação de fatos e histórias reais ou mesmo fantasiosas, sendo uma forma de transmissão de ocorrências utilizada ainda nos sertões brasileiros, e é feito em forma poética.
Talvez esteja equivocado e, realmente a função do jornalista seja outra.
Porém o que vejo hoje na internet é a profusão de “pirâmides”, correntes, que vendem deste o vazio até estadias em hotéis, com grupos basicamente “fantasmas” gerados pelos modernos contos do vigário onde um estelionatário maior ludibria outros estelionatários de menor calibre com a promessa de ganhos irreais.
Vez em quando sou abordado por um destes “espertinhos”, na maior parte das vezes “malandros-agulha”, que serão inevitavelmente enganados e enforcados pela própria ânsia de ganhar dinheiro fácil, em cima da ganância de outros tantos.
Estas “empresas” costumam não ter sede própria ou, quando as têm são somente de fachada, uma das quais que vende “estadias em hotéis”, tem sede na Suíça e, por incrível que pareça nem é citada em nenhum lugar daquele país e tem outra sede em Londres numa caixa postal de uma agência de correios.
Com relação a estes crimes contra a economia popular os “jornalistas” se omitem, preferindo discriminar quem tenta fazer literatura, sem fins lucrativos, como se fossemos marginais, mas quando se obtém algum sucesso, os escritores passam a ter páginas fixas em jornais de grande circulação e em sites jornalísticos.
Alguém poderia me esclarecer isso? Ficaria muito contente em ter alguma resposta sobre o caso...
Marcos Loures.
NÃO ME OLHE ASSIM...
NÃO ME OLHE ASSIM...
Peço-te, por favor, não olhe assim
Quem sempre foi a ti tão dedicado.
O mundo desfilando dentro em mim
As dores que carrego do passado
Sentindo uma agonia que, sem fim,
Aos poucos tem meu mundo, dominado...
Não quero o teu olhar de piedade
Tampouco este sorriso complacente.
Pois quem tanto te amou sabe a verdade
Que traz para o futuro uma semente
Guardada em belos cofres da amizade
Mudando logo assim, sua vertente...
Aceito o teu olhar de paz amiga.
A amante que tu foste já não liga...
MARCOS LOURES
Peço-te, por favor, não olhe assim
Quem sempre foi a ti tão dedicado.
O mundo desfilando dentro em mim
As dores que carrego do passado
Sentindo uma agonia que, sem fim,
Aos poucos tem meu mundo, dominado...
Não quero o teu olhar de piedade
Tampouco este sorriso complacente.
Pois quem tanto te amou sabe a verdade
Que traz para o futuro uma semente
Guardada em belos cofres da amizade
Mudando logo assim, sua vertente...
Aceito o teu olhar de paz amiga.
A amante que tu foste já não liga...
MARCOS LOURES
DELICIOSAMENTE
DELICIOSAMENTE
Sentir a minha mão sobre teus seios,
Deliciosamente, a tarde passa
Vibrante nos desejos, nos anseios
Misturas nossas carnes, doce caça
Percorro tantos rios, belos veios,
E a vida se perdendo em tonta graça.
As línguas reunidas num só beijo,
Entranha meu olhar tua nudez.
Escalo teus caminhos que eu almejo
Faz tempo que perdi a lucidez.
E lúbrico, recebo o que desejo
E sinto que chegou a nossa vez
De seguirmos unidos sem disfarce,
Sentindo o nosso gozo misturar-se...
MARCOS LOURES
Sentir a minha mão sobre teus seios,
Deliciosamente, a tarde passa
Vibrante nos desejos, nos anseios
Misturas nossas carnes, doce caça
Percorro tantos rios, belos veios,
E a vida se perdendo em tonta graça.
As línguas reunidas num só beijo,
Entranha meu olhar tua nudez.
Escalo teus caminhos que eu almejo
Faz tempo que perdi a lucidez.
E lúbrico, recebo o que desejo
E sinto que chegou a nossa vez
De seguirmos unidos sem disfarce,
Sentindo o nosso gozo misturar-se...
MARCOS LOURES
EU NÃO SOU CACHORRO NÃO!
EU NÃO SOU CACHORRO NÃO!
Não passo, nesta vida, de um coitado
A quem já se negou uma esperança.
Saudade vem deixando o seu recado
Nas dores que restaram na lembrança.
Sou nada, nada quero. Esse é meu fado.
Perdi qualquer sentido de aliança.
Depois de ver amor sem ter mais nexo,
Depois da noite escura sem estrelas...
Sobrando tão somente esse complexo.
As dores? Não consigo revertê-las.
O coração passou a ser anexo
As luzes de um amor, jamais revê-las!
Mas digo; meu amor, minha paixão...
Mesmo assim: EU NÃO SOU CACHORRO NÃO!
MARCOS LOURES
Não passo, nesta vida, de um coitado
A quem já se negou uma esperança.
Saudade vem deixando o seu recado
Nas dores que restaram na lembrança.
Sou nada, nada quero. Esse é meu fado.
Perdi qualquer sentido de aliança.
Depois de ver amor sem ter mais nexo,
Depois da noite escura sem estrelas...
Sobrando tão somente esse complexo.
As dores? Não consigo revertê-las.
O coração passou a ser anexo
As luzes de um amor, jamais revê-las!
Mas digo; meu amor, minha paixão...
Mesmo assim: EU NÃO SOU CACHORRO NÃO!
MARCOS LOURES
ESCURIDÃO
ESCURIDÃO
Desse ser que me invade, escuridão,
As horas se passando nas gargantas,
Tomando todo o gosto em arranhão,
Ao ver o meu olhar, tu logo espantas
E busca do que fora a solução
Não vejo nem mais dias, fomes tantas....
Inverno vem chegando de mansinho
Menino quis pião, caiu rodando,
O velho engaiolar de passarinho
Minha alma estilingada no desando
Do que faz esperança ser um vinho
Que tomo sem saber, me embriagando...
Nem mais um novo tempo em que disfarce
A marca desferida em minha face...
MARCOS LOURES
Desse ser que me invade, escuridão,
As horas se passando nas gargantas,
Tomando todo o gosto em arranhão,
Ao ver o meu olhar, tu logo espantas
E busca do que fora a solução
Não vejo nem mais dias, fomes tantas....
Inverno vem chegando de mansinho
Menino quis pião, caiu rodando,
O velho engaiolar de passarinho
Minha alma estilingada no desando
Do que faz esperança ser um vinho
Que tomo sem saber, me embriagando...
Nem mais um novo tempo em que disfarce
A marca desferida em minha face...
MARCOS LOURES
"BONS AMIGOS"
"BONS AMIGOS"
Agora que se acaba nosso amor,
Não quero mais contigo discutir,
Nem venho mais tolices te propor,
Outro caminho, espero, eu vou seguir...
Distante de teus olhos, bem distante...
Não quero hipocrisia nem mentiras,
Jamais vou esquecer: fui teu amante,
A corda se arrebenta em várias tiras.
O vaso que se quebra não se cola,
O passo que já demos noutro rumo,
Não quero esta palavra que consola
Sozinho é bem melhor, eu me acostumo...
Espero que não aches mais abrigos:
Não quero que sejamos “bons amigos”!
MARCOS LOURES
Agora que se acaba nosso amor,
Não quero mais contigo discutir,
Nem venho mais tolices te propor,
Outro caminho, espero, eu vou seguir...
Distante de teus olhos, bem distante...
Não quero hipocrisia nem mentiras,
Jamais vou esquecer: fui teu amante,
A corda se arrebenta em várias tiras.
O vaso que se quebra não se cola,
O passo que já demos noutro rumo,
Não quero esta palavra que consola
Sozinho é bem melhor, eu me acostumo...
Espero que não aches mais abrigos:
Não quero que sejamos “bons amigos”!
MARCOS LOURES
TEIMOSO
TEIMOSO
Quem manda o coração ser tão teimoso?
Às vezes nada pode, mas insiste.
Amiga, com meu canto mais sestroso,
Depois de certo tempo, fico triste...
O céu que se promete nebuloso
À chuva em tempestade não resiste
A sorte é que amanhece bem mais claro
E livre destas nuvens traiçoeiras.
Correndo pelas ruas, me disparo
E caio noutras quedas, corredeiras,
Parece que perdi, não tenho faro,
Repito novamente estas besteiras..
Amiga, por favor, me dê a mão,
Quem sabe está contigo a solução?
MARCOS LOURES
Quem manda o coração ser tão teimoso?
Às vezes nada pode, mas insiste.
Amiga, com meu canto mais sestroso,
Depois de certo tempo, fico triste...
O céu que se promete nebuloso
À chuva em tempestade não resiste
A sorte é que amanhece bem mais claro
E livre destas nuvens traiçoeiras.
Correndo pelas ruas, me disparo
E caio noutras quedas, corredeiras,
Parece que perdi, não tenho faro,
Repito novamente estas besteiras..
Amiga, por favor, me dê a mão,
Quem sabe está contigo a solução?
MARCOS LOURES
NAS MÃOS TÃO DELICADAS...
NAS MÃOS TÃO DELICADAS...
Nas mãos tão dedicadas de uma amiga
Fiel, em sentimentos mais vivazes
A permissão perene que prossiga
Os sonhos mais difíceis e tenazes.
Que a vida assim serene e que consiga
A sorte nos mostrar bem mais capazes.
Floresce uma amizade num rosal,
Distante dos espinhos e mazelas.
Iluminado sempre pelo astral
Tomado nas tiaras das estrelas.
Trazendo uma esperança sem igual
Em noite que virá sempre a contê-las.
Um sentimento raro que enobrece
Não pode ser assim, somente prece...
MARCOS LOURES
Nas mãos tão dedicadas de uma amiga
Fiel, em sentimentos mais vivazes
A permissão perene que prossiga
Os sonhos mais difíceis e tenazes.
Que a vida assim serene e que consiga
A sorte nos mostrar bem mais capazes.
Floresce uma amizade num rosal,
Distante dos espinhos e mazelas.
Iluminado sempre pelo astral
Tomado nas tiaras das estrelas.
Trazendo uma esperança sem igual
Em noite que virá sempre a contê-las.
Um sentimento raro que enobrece
Não pode ser assim, somente prece...
MARCOS LOURES
SEQUIOSO
SEQUIOSO
Tocando tua boca, sequioso,
De toda essa promessa que cumpria
Amor tão delicado e tão gostoso
Fazendo renascer a fantasia
Que vive neste fruto saboroso
Que traz a luz intensa, eterno dia...
No gesto que jamais renega a fome
Dos corpos mais unidos, tesas praias....
Amor que toda noite se consome
No vento que levanta tantas saias,
Recebo teu carinho, tatuagem
Nas cores em que sempre me decoro,
Embrenho em teu corpo esta viagem
Da fome em que me perco e te devoro....
MARCOS LOURES
Tocando tua boca, sequioso,
De toda essa promessa que cumpria
Amor tão delicado e tão gostoso
Fazendo renascer a fantasia
Que vive neste fruto saboroso
Que traz a luz intensa, eterno dia...
No gesto que jamais renega a fome
Dos corpos mais unidos, tesas praias....
Amor que toda noite se consome
No vento que levanta tantas saias,
Recebo teu carinho, tatuagem
Nas cores em que sempre me decoro,
Embrenho em teu corpo esta viagem
Da fome em que me perco e te devoro....
MARCOS LOURES
ALÉM DO QUE EU QUERIA
ALÉM DO QUE EU QUERIA
Eu te amo bem além do que queria,
Com toda uma volúpia quase insana.
Ouvindo em tua voz a melodia
Mais bela, divinal e soberana.
Tu trazes a doçura da alegria
Que a cada novo dia, tanto ufana...
Quem veio de passado em pesadelos,
Quem trouxe; vida a fora, desamores,
Sentindo este perfume em teus cabelos
Percebe que no céu há outras cores.
Os medos, tão difíceis resolvê-los,
Já morrem na manhã, em seus pendores...
Eu te amo, simplesmente e nada mais.
Com força e resoluto, encontro a paz...
MARCOS LOURES
Eu te amo bem além do que queria,
Com toda uma volúpia quase insana.
Ouvindo em tua voz a melodia
Mais bela, divinal e soberana.
Tu trazes a doçura da alegria
Que a cada novo dia, tanto ufana...
Quem veio de passado em pesadelos,
Quem trouxe; vida a fora, desamores,
Sentindo este perfume em teus cabelos
Percebe que no céu há outras cores.
Os medos, tão difíceis resolvê-los,
Já morrem na manhã, em seus pendores...
Eu te amo, simplesmente e nada mais.
Com força e resoluto, encontro a paz...
MARCOS LOURES
MARAVILHOSAMENTE
MARAVILHOSAMENTE
Maravilhosamente aqui comigo,
Despida de qualquer ingenuidade
Menina, nosso amor é um perigo,
Que falem desse caso na cidade!
No fundo tanto quero que nem ligo,
O que quero é viver felicidade!
Se vemos mil cometas que se danem
Aqueles que não sabem das estrelas.
Que as dores que passamos não espanem
As luas que queremos; são tão belas.
Que aqueles que não amam já nos banem,
Não sabem de alegrias, nem vivê-las.
Quando rolamos mares, cordilheiras,
Atropelamos ervas tão rasteiras...
MARCOS LOURES
Maravilhosamente aqui comigo,
Despida de qualquer ingenuidade
Menina, nosso amor é um perigo,
Que falem desse caso na cidade!
No fundo tanto quero que nem ligo,
O que quero é viver felicidade!
Se vemos mil cometas que se danem
Aqueles que não sabem das estrelas.
Que as dores que passamos não espanem
As luas que queremos; são tão belas.
Que aqueles que não amam já nos banem,
Não sabem de alegrias, nem vivê-las.
Quando rolamos mares, cordilheiras,
Atropelamos ervas tão rasteiras...
MARCOS LOURES
CORTANDO EM POSTAS
CORTANDO EM POSTAS
Amor cortando em postas faz cratera,
Se espera o que não vem, jamais virá;
Menina quase ingênua vira fera
As garras vão expostas.. chega já
Mostrando mais espinho em primavera
Do que perfume. Novo patuá.
Retoca a maquiagem mostra os dentes,
Prepara para a caça em arco e flecha,
Hormônios vão à toda, são prementes.
A porta da esperança que abre e fecha
Entregue aos seus desejos bem mais quentes;
Cabelos coloridos, mecha a mecha...
Assim a noite passa, a boca roda,
De boca em boca, bote, ronda e moda...
MARCOS LOURES
Amor cortando em postas faz cratera,
Se espera o que não vem, jamais virá;
Menina quase ingênua vira fera
As garras vão expostas.. chega já
Mostrando mais espinho em primavera
Do que perfume. Novo patuá.
Retoca a maquiagem mostra os dentes,
Prepara para a caça em arco e flecha,
Hormônios vão à toda, são prementes.
A porta da esperança que abre e fecha
Entregue aos seus desejos bem mais quentes;
Cabelos coloridos, mecha a mecha...
Assim a noite passa, a boca roda,
De boca em boca, bote, ronda e moda...
MARCOS LOURES
OS MEUS OLHOS TE PROCURAM...
OS MEUS OLHOS TE PROCURAM...
Os meus olhos molhados te procuram
Nas noites, tantas rondas pelos bares.
Aqueles que conhecem asseguram
Que estás em meio às pedras, lupanares.
Que faço se meus olhos não aturam
Verdades que me impeçam meus sonhares...
Tu foste minha glória e meu degredo,
Dezembros se passaram sem te ver.
Mas guardo dentro em mim este segredo
Que faz a minha vida renascer;
Embora reconheça desde cedo,
Sem ter tua presença irei morrer...
Meus versos se tornando tão banais
Permita que eu descanse, amor, em paz...
MARCOS LOURES
Os meus olhos molhados te procuram
Nas noites, tantas rondas pelos bares.
Aqueles que conhecem asseguram
Que estás em meio às pedras, lupanares.
Que faço se meus olhos não aturam
Verdades que me impeçam meus sonhares...
Tu foste minha glória e meu degredo,
Dezembros se passaram sem te ver.
Mas guardo dentro em mim este segredo
Que faz a minha vida renascer;
Embora reconheça desde cedo,
Sem ter tua presença irei morrer...
Meus versos se tornando tão banais
Permita que eu descanse, amor, em paz...
MARCOS LOURES
AMOR FAZENDO O MEL
AMOR FAZENDO O MEL
Amor fazendo o mel, feliz abelha
Que voa sem destino, flor em flor,
Bebendo desta luz, cada centelha,
Com fome e com desejo sedutor.
A rosa que te dei; amor, vermelha,
Demonstra o nosso fogo, tentador..
Todo o suor derramas nessa cama,
Que é nosso templo vivo da paixão.
Viver eternamente em plena chama
Que sempre determina uma explosão.
Remansos e caminhos, toda a gama
Extensa de um amor/revelação.
Destino se cumprindo soberano,
Nas adivinhas todas de um cigano...
MARCOS LOURES
Amor fazendo o mel, feliz abelha
Que voa sem destino, flor em flor,
Bebendo desta luz, cada centelha,
Com fome e com desejo sedutor.
A rosa que te dei; amor, vermelha,
Demonstra o nosso fogo, tentador..
Todo o suor derramas nessa cama,
Que é nosso templo vivo da paixão.
Viver eternamente em plena chama
Que sempre determina uma explosão.
Remansos e caminhos, toda a gama
Extensa de um amor/revelação.
Destino se cumprindo soberano,
Nas adivinhas todas de um cigano...
MARCOS LOURES
ENQUANTO A CHAMA ARDER
ENQUANTO A CHAMA ARDER
Enquanto a chama arder, estou contigo,
No fogo delicado da paixão.
Ao mesmo tempo traz um novo abrigo
E deixa no relento, o coração.
Seguindo estas pegadas, eu prossigo,
E morro todo dia sem perdão...
Teus olhos/esperança me fuzilam
Meus olhos se renderam já faz tempo.
No mel que doces lábios me destilam
Encontro fantasia e contratempo.
Teus braços toda noite quando asilam
Meus sonhos; não se mostram passatempo.
Mas vivo insensatez do amor que acampo,
No brilho tão sutil de um pirilampo...
MARCOS LOURES
Enquanto a chama arder, estou contigo,
No fogo delicado da paixão.
Ao mesmo tempo traz um novo abrigo
E deixa no relento, o coração.
Seguindo estas pegadas, eu prossigo,
E morro todo dia sem perdão...
Teus olhos/esperança me fuzilam
Meus olhos se renderam já faz tempo.
No mel que doces lábios me destilam
Encontro fantasia e contratempo.
Teus braços toda noite quando asilam
Meus sonhos; não se mostram passatempo.
Mas vivo insensatez do amor que acampo,
No brilho tão sutil de um pirilampo...
MARCOS LOURES
TUA IMAGEM REFLETIDA
TUA IMAGEM REFLETIDA
Quando apaguei a luz aqui do quarto,
Eu vi a tua imagem refletida
Como se fosse assim o teu retrato
Guardado dentro em mim por toda a vida.
Depois de me deixar exposto e farto,
Agora o que fazer; qual a saída?
Não posso retirar mais do meu peito
Senão não sobrevivo, estás em mim.
Será que já perdi o meu direito
De ter minha existência até o fim?
Mas ver-te sempre deixa satisfeito
Um coração que morre bem assim...
Ao ver querida, aqui, teu belo rosto...
A faca penetrando; o peito exposto...
MARCOS LOURES
Quando apaguei a luz aqui do quarto,
Eu vi a tua imagem refletida
Como se fosse assim o teu retrato
Guardado dentro em mim por toda a vida.
Depois de me deixar exposto e farto,
Agora o que fazer; qual a saída?
Não posso retirar mais do meu peito
Senão não sobrevivo, estás em mim.
Será que já perdi o meu direito
De ter minha existência até o fim?
Mas ver-te sempre deixa satisfeito
Um coração que morre bem assim...
Ao ver querida, aqui, teu belo rosto...
A faca penetrando; o peito exposto...
MARCOS LOURES
TECENDO CLARIDADE
TECENDO CLARIDADE
Meu verso te proclama em amizade,
Pois trazes no teu canto sossegado
O gesto de quem tece claridade
Respeita cada dor de meu passado,
Usando de total sinceridade,
Caminhas noite e dia, lado a lado
Comigo na certeza de encontrar
Um mundo bem melhor de se viver.
Não teme nem sequer a luz solar
Nem teme nova vida conhecer.
Por isso minha amiga, o meu cantar
É feito simplesmente pra dizer
Que tenho uma certeza que me abriga,
A de que tu és sempre minha amiga...
MARCOS LOURES
Meu verso te proclama em amizade,
Pois trazes no teu canto sossegado
O gesto de quem tece claridade
Respeita cada dor de meu passado,
Usando de total sinceridade,
Caminhas noite e dia, lado a lado
Comigo na certeza de encontrar
Um mundo bem melhor de se viver.
Não teme nem sequer a luz solar
Nem teme nova vida conhecer.
Por isso minha amiga, o meu cantar
É feito simplesmente pra dizer
Que tenho uma certeza que me abriga,
A de que tu és sempre minha amiga...
MARCOS LOURES
FOGO/ZA
FOGO/ZA
A loba tão fogosa em minha cama,
Chamando para a festa do prazer,
Ovelha desgarrada logo inflama
A cama que se faz enternecer
De novo recomeça a velha trama
Da boca em tuas sendas, se perder...
Devoras cada gota de saliva,
Na sede que não cessa e que enlouquece
A carne devorada, aberta, viva,
Neste delírio insano que apetece
E faz além de toda expectativa,
Gerando um maremoto, riso e prece
A pele tão suada, o teu sorriso
A noite agradecendo o paraíso...
MARCOS LOURES
A loba tão fogosa em minha cama,
Chamando para a festa do prazer,
Ovelha desgarrada logo inflama
A cama que se faz enternecer
De novo recomeça a velha trama
Da boca em tuas sendas, se perder...
Devoras cada gota de saliva,
Na sede que não cessa e que enlouquece
A carne devorada, aberta, viva,
Neste delírio insano que apetece
E faz além de toda expectativa,
Gerando um maremoto, riso e prece
A pele tão suada, o teu sorriso
A noite agradecendo o paraíso...
MARCOS LOURES
DEITADA SOBRE A AREIA
DEITADA SOBRE A AREIA
A lua que se fez em duas peles
Deitada sobre a areia, nua, exposta.
Naquela que permite que te atreles
As mãos, a língua quente, carne em posta
Enlaças mansamente uma sereia
Em trocas de salivas e prazeres.
A noite mergulhando viva e cheia,
Nas lutas e procuras dos quereres...
A sede tão ardente que se mata
Na lua que irmanaste em paraíso,
A chuva se transforma na cascata
Mistura dos humores num sorriso...
Nas ânsias delicadas destas luas,
Eu vejo o lume intenso em vocês duas...
MARCOS LOURES
A lua que se fez em duas peles
Deitada sobre a areia, nua, exposta.
Naquela que permite que te atreles
As mãos, a língua quente, carne em posta
Enlaças mansamente uma sereia
Em trocas de salivas e prazeres.
A noite mergulhando viva e cheia,
Nas lutas e procuras dos quereres...
A sede tão ardente que se mata
Na lua que irmanaste em paraíso,
A chuva se transforma na cascata
Mistura dos humores num sorriso...
Nas ânsias delicadas destas luas,
Eu vejo o lume intenso em vocês duas...
MARCOS LOURES
MACIEZ
MACIEZ
Ao ver os teus decotes generosos
Percebo a maciez destas romãs
Divinas. Meus olhares mais gulosos
Recebem tantos raios das manhãs
Em sol e fantasia belas rosas,
Desabrochando em brilho divinal.
Maçãs tão delicadas, perfumosas
Qual sonho que se fez tão magistral...
Ao ver teus seios belos de soslaio
Por sob a blusa aberta, estou feliz...
Na luz maravilhosa deste maio
Quem dera a vida inteira... flor de lis...
E tu ris um sorriso mais maroto,
Olhando para os olhos de um garoto...
MARCOS LOURES
Ao ver os teus decotes generosos
Percebo a maciez destas romãs
Divinas. Meus olhares mais gulosos
Recebem tantos raios das manhãs
Em sol e fantasia belas rosas,
Desabrochando em brilho divinal.
Maçãs tão delicadas, perfumosas
Qual sonho que se fez tão magistral...
Ao ver teus seios belos de soslaio
Por sob a blusa aberta, estou feliz...
Na luz maravilhosa deste maio
Quem dera a vida inteira... flor de lis...
E tu ris um sorriso mais maroto,
Olhando para os olhos de um garoto...
MARCOS LOURES
TANTOS AMORES
TANTOS AMORES
Tantos amores tive em minha vida...
Amores que trouxeram dor, prazer.
Amores que se foram, despedida,
Amores que desejo conhecer.
Embora seja tempo de partida
Meu sonho não me impede conceber
Aquela que virá ao fim da tarde,
Fechando estes meus olhos sonhadores.
Que a noite já não tarda e sem maldade
A morte sonoriza os estertores
De quem só se entregou quando a verdade
Chamava para a dança dos amores...
O tempo que me resta de esperança
No baile derradeiro, última dança...
MARCOS LOURES
Tantos amores tive em minha vida...
Amores que trouxeram dor, prazer.
Amores que se foram, despedida,
Amores que desejo conhecer.
Embora seja tempo de partida
Meu sonho não me impede conceber
Aquela que virá ao fim da tarde,
Fechando estes meus olhos sonhadores.
Que a noite já não tarda e sem maldade
A morte sonoriza os estertores
De quem só se entregou quando a verdade
Chamava para a dança dos amores...
O tempo que me resta de esperança
No baile derradeiro, última dança...
MARCOS LOURES
O SONHO DA AMIZADE
O SONHO DA AMIZADE
Que o sonho da amizade não refaça
Os erros cometidos no passado,
Do gosto desleixado vire farsa
Do tempo destruindo em triste fado
Aquilo que jamais a luz disfarça:
O vaso da amizade já quebrado.
A base em que se faz, a confiança,
É tudo o que um amigo necessita.
Se a sorte não se vê, e não se alcança
Se perde sem valor, esta pepita.
Ajuda a destruir uma esperança,
E mata ao mesmo tempo em que conflita...
Não deixe que o caminho em desconcerto
Afogue um sentimento no deserto...
MARCOS LOURES
Que o sonho da amizade não refaça
Os erros cometidos no passado,
Do gosto desleixado vire farsa
Do tempo destruindo em triste fado
Aquilo que jamais a luz disfarça:
O vaso da amizade já quebrado.
A base em que se faz, a confiança,
É tudo o que um amigo necessita.
Se a sorte não se vê, e não se alcança
Se perde sem valor, esta pepita.
Ajuda a destruir uma esperança,
E mata ao mesmo tempo em que conflita...
Não deixe que o caminho em desconcerto
Afogue um sentimento no deserto...
MARCOS LOURES
LUZES PLENAS
LUZES PLENAS
Teus olhos, minha amiga, luzes plenas
Trazendo tanta sorte pra quem guiam,
Jamais as noites mansas e serenas
Se perdem quando neles fantasiam
Canteiros e jardins, tílias, verbenas.
Caminhos mais divinos já desfiam...
Seguindo cada rastro luminoso,
Dos olhos mais bonitos que já vi,
Prenúncio verdadeiro e mavioso
De, num dia, encontrar o que perdi.
Amiga, não descanso um só segundo
De a Deus agradecer tua amizade,
Na força tão gigante me aprofundo
E vejo, finalmente, a claridade...
MARCOS LOURES
Teus olhos, minha amiga, luzes plenas
Trazendo tanta sorte pra quem guiam,
Jamais as noites mansas e serenas
Se perdem quando neles fantasiam
Canteiros e jardins, tílias, verbenas.
Caminhos mais divinos já desfiam...
Seguindo cada rastro luminoso,
Dos olhos mais bonitos que já vi,
Prenúncio verdadeiro e mavioso
De, num dia, encontrar o que perdi.
Amiga, não descanso um só segundo
De a Deus agradecer tua amizade,
Na força tão gigante me aprofundo
E vejo, finalmente, a claridade...
MARCOS LOURES
A CORRENTEZA DA ESPERANÇA
A CORRENTEZA DA ESPERANÇA
Descendo a correnteza da esperança
Uma amizade mostra-se potente.
Um sonho mais divino sempre alcança
Alçando um bom sorriso faz contente
Quem fora sofrimento sem remanso,
Quem fora só tristeza em agonia.
Um coração perdido sem descanso
Espera o renascer de um novo dia...
Por isso, meu amigo, esteja certo
Que todos nós aqui comemoramos.
Que bom que estejas sempre aqui por perto
Assim mais uma vez nós celebramos
O dia em que completas mais um ano
Conosco, com prazer tão soberano...
MARCOS LOURES
Descendo a correnteza da esperança
Uma amizade mostra-se potente.
Um sonho mais divino sempre alcança
Alçando um bom sorriso faz contente
Quem fora sofrimento sem remanso,
Quem fora só tristeza em agonia.
Um coração perdido sem descanso
Espera o renascer de um novo dia...
Por isso, meu amigo, esteja certo
Que todos nós aqui comemoramos.
Que bom que estejas sempre aqui por perto
Assim mais uma vez nós celebramos
O dia em que completas mais um ano
Conosco, com prazer tão soberano...
MARCOS LOURES
GENTIS E CARINHOSOS
GENTIS E CARINHOSOS
Teus seios tão lascivos, belos montes
Gentis e carinhosos, doces méis...
Declino um olhar por estas fontes
E verto meus desejos carrosséis...
Te peço, minha amada, nada contes
Dos sonhos e delícias dos corcéis
Que somos noite afora, sem paragem,
Suprema devoção do amor insano.
Singrando sem parara nossa viagem
Além deste limite, sem engano,
Teu porto que é promessa de ancoragem
Nos mares navegados, soberano...
Serenamente; límpida beleza,
Rainha, mãe, irmã, minha princesa...
MARCOS LOURES
Teus seios tão lascivos, belos montes
Gentis e carinhosos, doces méis...
Declino um olhar por estas fontes
E verto meus desejos carrosséis...
Te peço, minha amada, nada contes
Dos sonhos e delícias dos corcéis
Que somos noite afora, sem paragem,
Suprema devoção do amor insano.
Singrando sem parara nossa viagem
Além deste limite, sem engano,
Teu porto que é promessa de ancoragem
Nos mares navegados, soberano...
Serenamente; límpida beleza,
Rainha, mãe, irmã, minha princesa...
MARCOS LOURES
UM SOL
UM SOL
Um sol que renasceu dentro de mim
Depois da tempestade que passei,
Um raio luminoso vem assim
No qual um novo amor eu mergulhei
Trazendo tanto brilho, que por fim
Renova uma esperança, antiga lei.
Quem sabe com carinho e paciência
Talvez eu possa, agora, ser feliz.
O tempo se passando na inclemência
Matando um coração que é aprendiz
Fazendo do prazer a penitência
Distante do sempre eu tanto quis.
Esse sol ressurgindo no meu peito
Me diz: estar contente é seu direito!
MARCOS LOURES
Um sol que renasceu dentro de mim
Depois da tempestade que passei,
Um raio luminoso vem assim
No qual um novo amor eu mergulhei
Trazendo tanto brilho, que por fim
Renova uma esperança, antiga lei.
Quem sabe com carinho e paciência
Talvez eu possa, agora, ser feliz.
O tempo se passando na inclemência
Matando um coração que é aprendiz
Fazendo do prazer a penitência
Distante do sempre eu tanto quis.
Esse sol ressurgindo no meu peito
Me diz: estar contente é seu direito!
MARCOS LOURES
TRISTEZAS INFINDÁVEIS
Quem veio de tristezas infindáveis
Vivendo só tormentos e amarguras.
Sentindo tuas mãos tão adoráveis
Sentindo teus carinhos e ternuras.
Palavras que me dizes, mansas, hábeis,
Já sabe que com isso, amor, me curas...
Antigas indolências e revoltas
Turvavam os meus olhos sonhadores.
Das amarras da vida, as almas soltas
Procuram nos teus olhos refletores
A garantia eterna das escoltas
Que matam e diluem minhas dores...
Contigo; estas tristezas vão-se embora
Alegrias renascem! Hoje e agora!
MARCOS LOURES
Quem veio de tristezas infindáveis
Vivendo só tormentos e amarguras.
Sentindo tuas mãos tão adoráveis
Sentindo teus carinhos e ternuras.
Palavras que me dizes, mansas, hábeis,
Já sabe que com isso, amor, me curas...
Antigas indolências e revoltas
Turvavam os meus olhos sonhadores.
Das amarras da vida, as almas soltas
Procuram nos teus olhos refletores
A garantia eterna das escoltas
Que matam e diluem minhas dores...
Contigo; estas tristezas vão-se embora
Alegrias renascem! Hoje e agora!
MARCOS LOURES
UM GESTO DESCUIDADO
UM GESTO DESCUIDADO
Nos olhos mais bonitos que já vi,
Um gesto parecendo descuidado
Trazendo uma esperança para aqui,
Depois desta agonia do passado.
Destino meu amor somente a ti,
Farol que faz meu mar iluminado...
Não mais te procurar? Será possível?
Se sabes meus segredos, minhas manhas.
Ao toque mais ameno, sou sensível,
Nas horas mais felizes, tu me ganhas,
E sinto que este caso é mesmo incrível
Suplanta cordilheiras e montanhas...
Que faço se entreguei meu coração
Às hordas tresloucadas da paixão?
MARCOS LOURES
Nos olhos mais bonitos que já vi,
Um gesto parecendo descuidado
Trazendo uma esperança para aqui,
Depois desta agonia do passado.
Destino meu amor somente a ti,
Farol que faz meu mar iluminado...
Não mais te procurar? Será possível?
Se sabes meus segredos, minhas manhas.
Ao toque mais ameno, sou sensível,
Nas horas mais felizes, tu me ganhas,
E sinto que este caso é mesmo incrível
Suplanta cordilheiras e montanhas...
Que faço se entreguei meu coração
Às hordas tresloucadas da paixão?
MARCOS LOURES
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