Pudesse ter ao menos um momento
De paz em minha vida turbulenta
Nem mesmo um grande amor mais me apascenta
E condenada estou a tal tormento,
E quando se tornara em sofrimento
A noite tantas vezes virulenta
O medo do porvir tornando atenta
Uma alma com destino violento.
Acordo e os meus sentidos afiados
Os dias entre medos e pecados
As noites são silentes, nada além.
Pensando no que fomos nada vejo
Sequer o que sobrou do meu desejo,
Apenas o vazio ainda vem...
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 6 de março de 2010
PROCURO QUEM ME AJUDE
Procuro pelas ruas quem me ajude
E nada encontrarei, disto se sabe
Bem antes do que o resto em mim desabe
Levando o que sobrou da juventude
Espero que este tempo enfim transmude
Sabendo que um amor já não me cabe
Cristã que se envolvera com um árabe
Nos tempos das cruzadas, nunca pude
Viver com plenitude esta emoção
E sei que tanto sonho foi em vão,
A morte se apresenta em fria adaga
E o vento em brisa feito se me afaga
Promete tempestades, temporais
Levando o que sobrou pra nunca mais...
E nada encontrarei, disto se sabe
Bem antes do que o resto em mim desabe
Levando o que sobrou da juventude
Espero que este tempo enfim transmude
Sabendo que um amor já não me cabe
Cristã que se envolvera com um árabe
Nos tempos das cruzadas, nunca pude
Viver com plenitude esta emoção
E sei que tanto sonho foi em vão,
A morte se apresenta em fria adaga
E o vento em brisa feito se me afaga
Promete tempestades, temporais
Levando o que sobrou pra nunca mais...
DOÍDAS FANTASIAS
Doídas fantasias se traduzem
Nos nadas que deveras trago agora
E o medo a cada dia se demora
Enquanto teus olhares reproduzem
Os brilhos tão intensos que seduzem
Levando a tal caminho em que se ancora
O mundo em transição e quando aflora
Transmite teus sinais e me conduzem
Além do mar imenso, do oceano
Levada pela luz de um desengano
Morrendo nesta areia movediça
Que tanto imaginara como um cais
E sinto em teus sorrisos tão banais
Somente um ar cruel, vaga cobiça...
Nos nadas que deveras trago agora
E o medo a cada dia se demora
Enquanto teus olhares reproduzem
Os brilhos tão intensos que seduzem
Levando a tal caminho em que se ancora
O mundo em transição e quando aflora
Transmite teus sinais e me conduzem
Além do mar imenso, do oceano
Levada pela luz de um desengano
Morrendo nesta areia movediça
Que tanto imaginara como um cais
E sinto em teus sorrisos tão banais
Somente um ar cruel, vaga cobiça...
FANTASIAS
Lembrar de um mundo feito em alegrias
Seria muito bom, mas o que faço
Se deste mundo ao menos leve traço
Não resta, pois levaste em noites frias.
As almas entrelaçam fantasias
E delas com certeza surge um passo
Que possa permitir sem ter cansaço
O dia bem diverso em que darias
Além desta impressão vaga e farsante
Momento em que minha alma se agigante
E possa traduzir felicidade.
Mas quando aqui te vejo e estás alheio,
Futuro do teu lado eu já receio
E o medo sem limite ora me invade...
Seria muito bom, mas o que faço
Se deste mundo ao menos leve traço
Não resta, pois levaste em noites frias.
As almas entrelaçam fantasias
E delas com certeza surge um passo
Que possa permitir sem ter cansaço
O dia bem diverso em que darias
Além desta impressão vaga e farsante
Momento em que minha alma se agigante
E possa traduzir felicidade.
Mas quando aqui te vejo e estás alheio,
Futuro do teu lado eu já receio
E o medo sem limite ora me invade...
O BRILHO DA ESPERANÇA
Procuro algum momento em que se possa
Ter sob o olhar o brilho desta frágua
E quando uma esperança em mim deságua
Deixando no passado medo e fossa
A chuva desabando intensa e grossa
A sorte se levando como esta água
Num rastro que ela deixa, triste mágoa
Apenas a ilusão ainda adoça
A vida de uma pobre sonhadora
Que tanto te quisera e sempre fora
Além de uma mulher a companheira
E quando me percebo aqui sozinha
O brilho de uma estrela se avizinha
Será de um novo amor, a mensageira?
Ter sob o olhar o brilho desta frágua
E quando uma esperança em mim deságua
Deixando no passado medo e fossa
A chuva desabando intensa e grossa
A sorte se levando como esta água
Num rastro que ela deixa, triste mágoa
Apenas a ilusão ainda adoça
A vida de uma pobre sonhadora
Que tanto te quisera e sempre fora
Além de uma mulher a companheira
E quando me percebo aqui sozinha
O brilho de uma estrela se avizinha
Será de um novo amor, a mensageira?
MINHA ALMA SEGUE ATENTA
Minha alma segue atenta e busca apenas
Quem possa me trazer uma alegria,
E quando a noite surge em trevas, fria
Distante dos meus olhos não serenas.
Ainda que voltasses não teríamos
A sorte de viver intensamente,
O amor quando deveras já nos mente
Diverso do que tanto em vão queríamos
Promessas abortadas de esperança
E vejo quão inútil caminhar
Na estrada que não tendo mais luar
Somente à escuridão atroz se lança.
E assim ao me entregar morta de sono,
Encontro de teus olhos, o abandono...
Quem possa me trazer uma alegria,
E quando a noite surge em trevas, fria
Distante dos meus olhos não serenas.
Ainda que voltasses não teríamos
A sorte de viver intensamente,
O amor quando deveras já nos mente
Diverso do que tanto em vão queríamos
Promessas abortadas de esperança
E vejo quão inútil caminhar
Na estrada que não tendo mais luar
Somente à escuridão atroz se lança.
E assim ao me entregar morta de sono,
Encontro de teus olhos, o abandono...
CORAÇÃO GAUDÉRIO
Todas as certezas me levando
Aos mais diversos sonhos e percebes
Diversa maravilha nestas sebes
Um solo tão amado em tempo brando.
Do amargo ainda sinto o cheiro e o gosto,
Acordes de uma gaita, um vanerão
Percebo neste tempo a viração
E o frio dentro da alma, ledo agosto.
Preparo o carreteiro pra quem amo
E sei que ao penetrar pelas coxilhas
Levando para longe estas novilhas
Deixando aqui somente um traço, um ramo.
Ciúmes de outras prendas? Que fazer...
Se tenho nos seus braços meu prazer!
Aos mais diversos sonhos e percebes
Diversa maravilha nestas sebes
Um solo tão amado em tempo brando.
Do amargo ainda sinto o cheiro e o gosto,
Acordes de uma gaita, um vanerão
Percebo neste tempo a viração
E o frio dentro da alma, ledo agosto.
Preparo o carreteiro pra quem amo
E sei que ao penetrar pelas coxilhas
Levando para longe estas novilhas
Deixando aqui somente um traço, um ramo.
Ciúmes de outras prendas? Que fazer...
Se tenho nos seus braços meu prazer!
JUNTO A TI
Quando partiste levaste junto a ti
Decerto a melhor parte de uma vida
Deveras tantas vezes tão sofrida
E devo te dizer que assim perdi
O rumo e procurando desde aqui,
Após a tempestade uma saída
Quem ama e não consegue, pois, duvida
E em meio aos pesadelos eu morri
No instante que tu foste, meu amado,
O tempo amanhecendo mais nublado
Manhãs em brumas tantas envolvidas.
E assim ao te saber longe de mim,
A vida vai chegando mesmo ao fim
Meus versos são as minhas despedidas..
Decerto a melhor parte de uma vida
Deveras tantas vezes tão sofrida
E devo te dizer que assim perdi
O rumo e procurando desde aqui,
Após a tempestade uma saída
Quem ama e não consegue, pois, duvida
E em meio aos pesadelos eu morri
No instante que tu foste, meu amado,
O tempo amanhecendo mais nublado
Manhãs em brumas tantas envolvidas.
E assim ao te saber longe de mim,
A vida vai chegando mesmo ao fim
Meus versos são as minhas despedidas..
SAUDADE MALTRATANDO O CORAÇÃO
Princípio traduzido em ledo fim,
Saudade maltratando o coração
Pudesse ter no olhar a solução
Dizendo desta Praia de onde vim.
A sorte se lançando e em meu jardim
Ainda não percebo a floração,
As flores inda mostram-se em botão
E o tempo transcorrendo sempre assim.
Antanho caminhara em bela areia,
E agora um afro sonho já se dista
E vejo tão somente à minha vista
Montanhas das Gerais. Em terra alheia
Mesmo em belo horizonte, um porto alegre
Uma alma que em tristezas não se integre...
Saudade maltratando o coração
Pudesse ter no olhar a solução
Dizendo desta Praia de onde vim.
A sorte se lançando e em meu jardim
Ainda não percebo a floração,
As flores inda mostram-se em botão
E o tempo transcorrendo sempre assim.
Antanho caminhara em bela areia,
E agora um afro sonho já se dista
E vejo tão somente à minha vista
Montanhas das Gerais. Em terra alheia
Mesmo em belo horizonte, um porto alegre
Uma alma que em tristezas não se integre...
SONHAR CONTIGO
Pois és como um Deus para quem sonha
E traz no seu olhar tanta saudade.
No encanto que deveras já me invade
Uma alma tão carente não se oponha
A toda fantasia mais risonha
Bebendo com total tranqüilidade
Deixando no passado a tempestade
Que outrora aqui reinara tão medonha.
Vestígios de teu corpo em minha pele
À fúria do prazer isto compele
E deixando minha alma extasiada...
Mas quando vejo em volta e a solidão
Gritando que jamais será verão
A sorte reconheço e volto ao nada...
E traz no seu olhar tanta saudade.
No encanto que deveras já me invade
Uma alma tão carente não se oponha
A toda fantasia mais risonha
Bebendo com total tranqüilidade
Deixando no passado a tempestade
Que outrora aqui reinara tão medonha.
Vestígios de teu corpo em minha pele
À fúria do prazer isto compele
E deixando minha alma extasiada...
Mas quando vejo em volta e a solidão
Gritando que jamais será verão
A sorte reconheço e volto ao nada...
SONHOS DE UMA NOVA PRIMAVERA
Morrendo em tempestades, temporais
Os sonhos de uma nova primavera
E quando se prepara em bote a fera
Ausente de meus olhos qualquer cais
Perceba quanto amor dói e é demais
O encanto que deveras ele gera,
E assim em dor e medo se tempera
A vida em gozos fartos e fatais.
Morrendo em tempestades? Não me cabe
Bem antes que este sonho em vão se acabe
Ressurjo como fênix e procuro
Num outro corpo másculo esta chance
De reviver com brilho algum romance
Deixando para trás o dia escuro...
Os sonhos de uma nova primavera
E quando se prepara em bote a fera
Ausente de meus olhos qualquer cais
Perceba quanto amor dói e é demais
O encanto que deveras ele gera,
E assim em dor e medo se tempera
A vida em gozos fartos e fatais.
Morrendo em tempestades? Não me cabe
Bem antes que este sonho em vão se acabe
Ressurjo como fênix e procuro
Num outro corpo másculo esta chance
De reviver com brilho algum romance
Deixando para trás o dia escuro...
ALÉM DO HORIZONTE
Pudesse voar mundos e tentar
Além deste horizonte num segundo
Vagando sem destino pelo mundo
Vivendo sem ter medo de chegar
Guiada pelos raios do luar,
De tantas fantasias se eu me inundo
Nas tramas deste sonho me aprofundo
E quero cada vez mais te buscar
Sabendo quão difícil caminhada
De quem se fez vazia em fria estrada
E dela corrigindo cada falha.
Andando sobre pedras e espinheiros
Delírios que pensara verdadeiros
Traduzem frio fio da navalha...
Além deste horizonte num segundo
Vagando sem destino pelo mundo
Vivendo sem ter medo de chegar
Guiada pelos raios do luar,
De tantas fantasias se eu me inundo
Nas tramas deste sonho me aprofundo
E quero cada vez mais te buscar
Sabendo quão difícil caminhada
De quem se fez vazia em fria estrada
E dela corrigindo cada falha.
Andando sobre pedras e espinheiros
Delírios que pensara verdadeiros
Traduzem frio fio da navalha...
RASTROS
Digo que deixaste em cada rastro
Já demarcadas linhas do futuro
E tendo em meu olhar imenso escuro
Uma esperança atroz sem peso e lastro
E quando nos teus sonhos eu me alastro
Adestro o coração e se perduro
É tudo o que desejo e em vão procuro
Da tua vida ser uma haste, um mastro.
E beijo a tua boca calmamente,
Por mais que a solidão inda atormente
Remeto-me ao meu sonho e me sacio.
Aonde poderia te encontrar?
Responda; por favor, em qual lugar
Se tudo o que percebo é tão vazio...
Já demarcadas linhas do futuro
E tendo em meu olhar imenso escuro
Uma esperança atroz sem peso e lastro
E quando nos teus sonhos eu me alastro
Adestro o coração e se perduro
É tudo o que desejo e em vão procuro
Da tua vida ser uma haste, um mastro.
E beijo a tua boca calmamente,
Por mais que a solidão inda atormente
Remeto-me ao meu sonho e me sacio.
Aonde poderia te encontrar?
Responda; por favor, em qual lugar
Se tudo o que percebo é tão vazio...
TE AMO TANTO...
Em ti encontraria o meu descanso
Depois de tantos mares navegar,
Deixando minha vida no além mar,
Um africano sonho, e nele avanço.
Da cachoupada o gosto em leve ranço
Vontade de partir e de ficar,
Aonde poderia imaginar
Um tempo mais feliz e me esperanço.
E quando em mais profundo abismo, em pélago
Distante dos meus olhos o arquipélago
Natal em nostalgia recordado
Falando ainda vivo do que fui
E a cada amanhecer saudade pui
O que carrego em mim do meu passado...
Depois de tantos mares navegar,
Deixando minha vida no além mar,
Um africano sonho, e nele avanço.
Da cachoupada o gosto em leve ranço
Vontade de partir e de ficar,
Aonde poderia imaginar
Um tempo mais feliz e me esperanço.
E quando em mais profundo abismo, em pélago
Distante dos meus olhos o arquipélago
Natal em nostalgia recordado
Falando ainda vivo do que fui
E a cada amanhecer saudade pui
O que carrego em mim do meu passado...
OLHOS ALÉM
Olhos postos no futuro e nas coxilhas
Aprendo a ter os sonhos de uma prenda
Segredo desta vida se desvenda
Querências magistrais por onde trilhas.
Mui guapa, imaginara maravilhas
E tendo tão somente amarga tenda
O pampa desejado em sonho e lenda
A sorte se prepara em armadilhas.
E quando no horizonte vejo a lua
Deitando sobre nós rara beleza
Arroios percorridos com destreza
Uma alma se mostrando plena e nua
Encontra no gaudério uma esperança
Enquanto o minuano ao longe avança...
Aprendo a ter os sonhos de uma prenda
Segredo desta vida se desvenda
Querências magistrais por onde trilhas.
Mui guapa, imaginara maravilhas
E tendo tão somente amarga tenda
O pampa desejado em sonho e lenda
A sorte se prepara em armadilhas.
E quando no horizonte vejo a lua
Deitando sobre nós rara beleza
Arroios percorridos com destreza
Uma alma se mostrando plena e nua
Encontra no gaudério uma esperança
Enquanto o minuano ao longe avança...
VONTADE AUDAZ
Fala em mim a vontade mais audaz
De um tempo que bem sei nunca existiu,
O gozo se mostrando quase vil
Levando o que restara de uma paz.
Deixando uma esperança para trás
Por mais que o sol pareça mais gentil,
O fim da nossa história se previu,
Mas sei que na verdade tanto faz...
O peso do viver enverga as costas
E o corte se mostrando em finas postas
Expondo o que inda resta deste encanto
Matando lentamente quem se fez
No amor na mais completa insensatez
E tendo esta ilusão bem viva eu canto.
De um tempo que bem sei nunca existiu,
O gozo se mostrando quase vil
Levando o que restara de uma paz.
Deixando uma esperança para trás
Por mais que o sol pareça mais gentil,
O fim da nossa história se previu,
Mas sei que na verdade tanto faz...
O peso do viver enverga as costas
E o corte se mostrando em finas postas
Expondo o que inda resta deste encanto
Matando lentamente quem se fez
No amor na mais completa insensatez
E tendo esta ilusão bem viva eu canto.
DIVINA POESIA
Divina poesia a companheira
Das horas mais doridas me consola
E quando a realidade já me imola
Dos deuses a sublime mensageira.
Na triste caminhada vida afora,
Por mais que a dor proíba um novo passo,
No verso enamorado que te faço
Uma alma sofredora já se aflora
E teima em conseguir algum momento
Ao menos de uma paz que não conheço,
E quando me preparo, outro tropeço
Aonde com terror eu me atormento.
Negar a poesia me faria
Matar o que me resta: fantasia...
Das horas mais doridas me consola
E quando a realidade já me imola
Dos deuses a sublime mensageira.
Na triste caminhada vida afora,
Por mais que a dor proíba um novo passo,
No verso enamorado que te faço
Uma alma sofredora já se aflora
E teima em conseguir algum momento
Ao menos de uma paz que não conheço,
E quando me preparo, outro tropeço
Aonde com terror eu me atormento.
Negar a poesia me faria
Matar o que me resta: fantasia...
UM BEIJO
De uma boca sensual um beijo ao menos
É tudo o que desejo, mas não dás
E quando me percebo mais audaz
Os dias destilando tais venenos
Quisera que inda fossem mais amenos,
Mas quanto se percebe em luz mordaz
E todo o sofrimento satisfaz
Os teus anseios tolos e pequenos.
Ainda que eu morresse bastaria
Somente para o teu vago deleite,
Só peço que um carinho meu aceite
E nisto com certeza uma alegria
Maior do que tu pensas, mas que faço
Se não tens de um amor sequer um traço...
É tudo o que desejo, mas não dás
E quando me percebo mais audaz
Os dias destilando tais venenos
Quisera que inda fossem mais amenos,
Mas quanto se percebe em luz mordaz
E todo o sofrimento satisfaz
Os teus anseios tolos e pequenos.
Ainda que eu morresse bastaria
Somente para o teu vago deleite,
Só peço que um carinho meu aceite
E nisto com certeza uma alegria
Maior do que tu pensas, mas que faço
Se não tens de um amor sequer um traço...
DIA TRISTE
Toda a graça se perde quando alguém
Distante de um olhar apaixonado
Traduz em dia triste o seu recado
E sabe que esperança nega o bem
E quando uma alegria ao longe vem
O mundo se transforma em duro enfado
E o sonho que pensara transformado
De uma realidade segue além.
Mudanças tão comuns em nossas vidas
Eu sei que no final as despedidas
Deixando os desencontros tão vulgares.
Mas quando novamente maltratares
Quem tanto te deseja inutilmente
Só peço algum respeito. Ao menos tente...
Distante de um olhar apaixonado
Traduz em dia triste o seu recado
E sabe que esperança nega o bem
E quando uma alegria ao longe vem
O mundo se transforma em duro enfado
E o sonho que pensara transformado
De uma realidade segue além.
Mudanças tão comuns em nossas vidas
Eu sei que no final as despedidas
Deixando os desencontros tão vulgares.
Mas quando novamente maltratares
Quem tanto te deseja inutilmente
Só peço algum respeito. Ao menos tente...
SONHADORA
Isto que talvez tome outro caminho
E mostre a sonhadora um bom jardim
Sonega qualquer canto e diz no fim
Que o mundo meu será sempre sozinho
E quando da esperança eu me avizinho,
A cada vez que tento um raro sim,
Uma ilusão transforma e o medo enfim
Domina meu futuro e faz seu ninho
No peito em dor terrível, fúria imensa
E tendo quem do amor inda convença
Não posso acreditar em falsas luzes.
Ainda que falena suicida
Mergulho totalmente a minha vida
Nas ânsias que, falsário, reproduzes...
E mostre a sonhadora um bom jardim
Sonega qualquer canto e diz no fim
Que o mundo meu será sempre sozinho
E quando da esperança eu me avizinho,
A cada vez que tento um raro sim,
Uma ilusão transforma e o medo enfim
Domina meu futuro e faz seu ninho
No peito em dor terrível, fúria imensa
E tendo quem do amor inda convença
Não posso acreditar em falsas luzes.
Ainda que falena suicida
Mergulho totalmente a minha vida
Nas ânsias que, falsário, reproduzes...
VERSOS BANAIS
Dizem dos meus versos: são banais.
Quem dera se eu pudesse ter nas mãos
Além destes momentos tolos, vãos
Delírios que deveras me tomais.
Em vós ao perceber quão desiguais
Os dias sonegando paz e grãos
Somente escuto os mesmos velhos nãos
Uma esperança eu busco. Mas negais.
Partilhas entre amantes e parceiros.
Momentos divinais e corriqueiros
Que tanto procurara e sempre em vão.
Mas sei que novos dias mostrarão
Caminhos bem diversos. Ilusão.
Em mim granizos fazem seus canteiros.
Quem dera se eu pudesse ter nas mãos
Além destes momentos tolos, vãos
Delírios que deveras me tomais.
Em vós ao perceber quão desiguais
Os dias sonegando paz e grãos
Somente escuto os mesmos velhos nãos
Uma esperança eu busco. Mas negais.
Partilhas entre amantes e parceiros.
Momentos divinais e corriqueiros
Que tanto procurara e sempre em vão.
Mas sei que novos dias mostrarão
Caminhos bem diversos. Ilusão.
Em mim granizos fazem seus canteiros.
IMENSA SOLIDÃO
Quando me perguntam por que sigo
Na imensa solidão que me deixaste
E nisto com tristeza em vão contraste
Teimosa; o meu caminho, enfim. Prossigo.
Pudesse ter ao menos um amigo,
A vida permitindo apoio e uma haste
Diversa do vazio que legaste
À sonhadora tola em desabrigo.
Venenos tão comuns de um abandono,
E quando da ilusão em paz me adono
Percebo ser tão fútil prosseguir.
Houvesse pelo menos uma chance...
Mas quando no horizonte o olhar se lance
Uma esperança vaga é um elixir...
Na imensa solidão que me deixaste
E nisto com tristeza em vão contraste
Teimosa; o meu caminho, enfim. Prossigo.
Pudesse ter ao menos um amigo,
A vida permitindo apoio e uma haste
Diversa do vazio que legaste
À sonhadora tola em desabrigo.
Venenos tão comuns de um abandono,
E quando da ilusão em paz me adono
Percebo ser tão fútil prosseguir.
Houvesse pelo menos uma chance...
Mas quando no horizonte o olhar se lance
Uma esperança vaga é um elixir...
TUDO PASSA...
Tudo passa. Ao pensar ser verdadeira
A frase que disseste há tantos anos,
Colecionando amargos desenganos
Tomando a solidão como bandeira.
Dos sonhos a tristeza é mensageira
E neles coletando tantos danos
Mudando vez em quando velhos planos,
A vida pouco a pouco já se esgueira
Acende-se a fogueira do não ser
E dela cada chama posso ver
Matando o que me resta em fantasia
Assim desta menina do passado,
A Fada transformou em duro Fado
E em vão uma alma tola se perdia...
A frase que disseste há tantos anos,
Colecionando amargos desenganos
Tomando a solidão como bandeira.
Dos sonhos a tristeza é mensageira
E neles coletando tantos danos
Mudando vez em quando velhos planos,
A vida pouco a pouco já se esgueira
Acende-se a fogueira do não ser
E dela cada chama posso ver
Matando o que me resta em fantasia
Assim desta menina do passado,
A Fada transformou em duro Fado
E em vão uma alma tola se perdia...
CAMINHOS FRÁGEIS
É frágil o caminho da mulher
Que sempre encontra ao fim pedras e espinhos
E os dias repetidos vão sozinhos
Distantes de um prazer que não me quer.
E ainda quando a noite enfim vier
Tomando com vigor sonhos e ninhos
Os olhos lacrimados, passarinhos
Revoando para onde Deus quiser...
O Amor que tanto eu quis e nunca vinha
A sorte sendo vil é toda minha
E o tempo que perdi já não se conta
Medalhas no meu peito são sinais
Dos dias que pensara triunfais
E agora a vida cobra sua conta...
Que sempre encontra ao fim pedras e espinhos
E os dias repetidos vão sozinhos
Distantes de um prazer que não me quer.
E ainda quando a noite enfim vier
Tomando com vigor sonhos e ninhos
Os olhos lacrimados, passarinhos
Revoando para onde Deus quiser...
O Amor que tanto eu quis e nunca vinha
A sorte sendo vil é toda minha
E o tempo que perdi já não se conta
Medalhas no meu peito são sinais
Dos dias que pensara triunfais
E agora a vida cobra sua conta...
SE A VIDA NÃO NEGASSE
Tudo no mundo eu poderia ter
Se a vida não negasse cada passo,
A moça se perdendo cede espaço
E dela se percebe o desprazer
É duro em solidão envelhecer
E quando um novo rumo eu teimo e traço
Ao mesmo tempo enquanto tento e faço
O mundo me responde: Não vais ser.
E ausente da esperança, aventureira
Percorro dos meus sonhos a ladeira
E a queda preparada se anuncia
Deixando entardecer em luz sombria
E a sorte se mostrando tão vazia
A morte, minha amiga derradeira...
Se a vida não negasse cada passo,
A moça se perdendo cede espaço
E dela se percebe o desprazer
É duro em solidão envelhecer
E quando um novo rumo eu teimo e traço
Ao mesmo tempo enquanto tento e faço
O mundo me responde: Não vais ser.
E ausente da esperança, aventureira
Percorro dos meus sonhos a ladeira
E a queda preparada se anuncia
Deixando entardecer em luz sombria
E a sorte se mostrando tão vazia
A morte, minha amiga derradeira...
A TUA PRESENÇA
Tantas vezes percebera esta presença
Que agora me maltrata e me seduz
E nela se perdendo rumo e luz,
Não tendo quem da sorte me convença
Procuro nos teus braços recompensa,
Somente este vazio se traduz
Por sonho que percebo em contraluz
Deixando esta ternura tão imensa
Alheia aos descaminhos que me deste,
O amor quando demais se torna agreste
E corta lapidando em vil escara
E mesmo solitária ainda tento
Vencer a tempestade ir contra o vento,
Porém a solidão já se escancara...
Que agora me maltrata e me seduz
E nela se perdendo rumo e luz,
Não tendo quem da sorte me convença
Procuro nos teus braços recompensa,
Somente este vazio se traduz
Por sonho que percebo em contraluz
Deixando esta ternura tão imensa
Alheia aos descaminhos que me deste,
O amor quando demais se torna agreste
E corta lapidando em vil escara
E mesmo solitária ainda tento
Vencer a tempestade ir contra o vento,
Porém a solidão já se escancara...
AMOR JÁ SE PERDEU
Do teu ser distante muitas vezes
Procuro por mim mesma e nada sei,
Aonde e em que mistério eu mergulhei
Que encontro tão somente estes reveses?
Amor já se perdeu há tantos meses
Não posso decifrar para qual grei
Aquele que decerto imaginei
Vagando pelos mares portugueses
E agora só restando a dor e o sal,
Distante de meu sonho: Portugal,
Em terras brasileiras sigo só.
Do amado Cabo Verde nem sinal,
A solidão perfaz seu ritual,
Não resta do passado sequer pó...
Procuro por mim mesma e nada sei,
Aonde e em que mistério eu mergulhei
Que encontro tão somente estes reveses?
Amor já se perdeu há tantos meses
Não posso decifrar para qual grei
Aquele que decerto imaginei
Vagando pelos mares portugueses
E agora só restando a dor e o sal,
Distante de meu sonho: Portugal,
Em terras brasileiras sigo só.
Do amado Cabo Verde nem sinal,
A solidão perfaz seu ritual,
Não resta do passado sequer pó...
VIDA
Livro do viver já decifrado
Enigmas e segredos conhecidos,
As sombras do viver em vãos gemidos
Revivem velhas cenas do passado,
O tempo na verdade de bom grado
Percorre outros caminhos recebidos
Do encanto que tramando outros sentidos
Permite um tempo manso e lapidado.
Deixando para trás o sofrimento
Ainda novos passos quero e tento
Na busca de um amor que me complete,
E tendo em minhas mãos esta ilusão
Os dias com certeza me trarão
O amor que com prazer a alma reflete.
Enigmas e segredos conhecidos,
As sombras do viver em vãos gemidos
Revivem velhas cenas do passado,
O tempo na verdade de bom grado
Percorre outros caminhos recebidos
Do encanto que tramando outros sentidos
Permite um tempo manso e lapidado.
Deixando para trás o sofrimento
Ainda novos passos quero e tento
Na busca de um amor que me complete,
E tendo em minhas mãos esta ilusão
Os dias com certeza me trarão
O amor que com prazer a alma reflete.
MISTERIOSOS SONHOS
Misteriosos sonhos que inda trago
Falando de momentos que não tive
Lembrança do que fomos sobrevive
Trazendo a mansidão de um calmo lago,
E quando a fantasia assim afago
O olhar que no passado já detive
Permite esta emoção que ainda vive
Vibrando num delírio quase mago.
E pálida por vezes me percebo,
Quando desta ilusão ainda bebo
Enfronhando planetas tão diversos
Usando o pensamento como nave,
Percebo um toque claro e mais suave
Marcando com ternura, tristes versos...
Falando de momentos que não tive
Lembrança do que fomos sobrevive
Trazendo a mansidão de um calmo lago,
E quando a fantasia assim afago
O olhar que no passado já detive
Permite esta emoção que ainda vive
Vibrando num delírio quase mago.
E pálida por vezes me percebo,
Quando desta ilusão ainda bebo
Enfronhando planetas tão diversos
Usando o pensamento como nave,
Percebo um toque claro e mais suave
Marcando com ternura, tristes versos...
O TEU OLHAR
A ler tantas histórias neste olhar
Que tanto procurara em noite fria
E agora me tocando, fantasia
E neste azul profundo mergulhar.
Vasculho dentro em mim e te encontrar
É como perceber a estrela guia
Desejo que deveras traduzia
Vontade incontrolável de sonhar...
Assim ao te rever cada momento,
E tendo finalmente algum alento
Depois do sofrimento mais constante
Descubro que viver já me permite
Ultrapassar dos sonhos o limite
E ter algum segundo deslumbrante...
Que tanto procurara em noite fria
E agora me tocando, fantasia
E neste azul profundo mergulhar.
Vasculho dentro em mim e te encontrar
É como perceber a estrela guia
Desejo que deveras traduzia
Vontade incontrolável de sonhar...
Assim ao te rever cada momento,
E tendo finalmente algum alento
Depois do sofrimento mais constante
Descubro que viver já me permite
Ultrapassar dos sonhos o limite
E ter algum segundo deslumbrante...
UMA ALMA TRANSTORNADA
Meu Amor que deveras procurara
Em meio aos turbilhões de uma existência
Marcada pela dor, pela inclemência
Nem mesmo a fantasia ainda aclara
Uma alma transtornada que se ampara
No olhar de uma terrível inocência
E quando se esgotando a paciência
A vida uma surpresa me prepara.
O olhar extasiado te encontrando
E vendo finalmente em ar mais brando
Aquele que desejo há tanto tempo...
E agora convencida de outras eras
Bebendo deste sonho que temperas
Na ausência do temor em contratempo...
Em meio aos turbilhões de uma existência
Marcada pela dor, pela inclemência
Nem mesmo a fantasia ainda aclara
Uma alma transtornada que se ampara
No olhar de uma terrível inocência
E quando se esgotando a paciência
A vida uma surpresa me prepara.
O olhar extasiado te encontrando
E vendo finalmente em ar mais brando
Aquele que desejo há tanto tempo...
E agora convencida de outras eras
Bebendo deste sonho que temperas
Na ausência do temor em contratempo...
COMETA
Passo no mundo como se um cometa
Passasse sem sentido e direção,
A vida se transcorre sempre em vão
Por mais que uma ilusão falsa prometa
O brilho; que já sei, não mais verei
Apenas a neblina toma a cena,
E quando a fantasia ao longe acena
Com sonhos de castelo, fada e rei
Menina ressurgindo inebriada,
Volvendo a maltratar quem tanto quis
Depois da tempestade ser feliz
E vê que não sobrando quase nada,
Ainda crê num dia que virá
Co’o sol que nos meus olhos brilhará..
Passasse sem sentido e direção,
A vida se transcorre sempre em vão
Por mais que uma ilusão falsa prometa
O brilho; que já sei, não mais verei
Apenas a neblina toma a cena,
E quando a fantasia ao longe acena
Com sonhos de castelo, fada e rei
Menina ressurgindo inebriada,
Volvendo a maltratar quem tanto quis
Depois da tempestade ser feliz
E vê que não sobrando quase nada,
Ainda crê num dia que virá
Co’o sol que nos meus olhos brilhará..
ENLOUQUECIDA
Assim enlouquecida sem saber
Se um dia poderia ter nas mãos
Além destes momentos tolos, vãos
Algum resquício, ao menos, do prazer.
Cansada de remar contra a maré
Vagando nos naufrágios corriqueiros,
A seca dominando os meus canteiros
Perdendo há muito tempo crença e fé.
Medonhas fantasias que acalento
Estranhas ilusões fomentam dores
Ainda que pudesse em sedutores
Caminhos, o que faço se este vento
Levando para longe quem procuro
Prenunciando um tempo triste e escuro
Se um dia poderia ter nas mãos
Além destes momentos tolos, vãos
Algum resquício, ao menos, do prazer.
Cansada de remar contra a maré
Vagando nos naufrágios corriqueiros,
A seca dominando os meus canteiros
Perdendo há muito tempo crença e fé.
Medonhas fantasias que acalento
Estranhas ilusões fomentam dores
Ainda que pudesse em sedutores
Caminhos, o que faço se este vento
Levando para longe quem procuro
Prenunciando um tempo triste e escuro
ENTARDECER
Não vejo nada além do entardecer
Nublado que domina este sol-pôr
E sigo tão distante de um amor,
Morrera há tanto tempo o meu prazer.
Seguir sem ter ninguém é como ter
Uma ilusão feroz, um tosco andor
E nele com ternura e até louvor
Pensar felicidade merecer.
Mas tudo não passando de cenário,
O vento me maltrata e leva além
Notícias que deveras não convêm
A quem pensou no sonho audaz e vário.
Respostas que procuro? Não as acho,
Farol brilhando ao longe... Simples facho...
Nublado que domina este sol-pôr
E sigo tão distante de um amor,
Morrera há tanto tempo o meu prazer.
Seguir sem ter ninguém é como ter
Uma ilusão feroz, um tosco andor
E nele com ternura e até louvor
Pensar felicidade merecer.
Mas tudo não passando de cenário,
O vento me maltrata e leva além
Notícias que deveras não convêm
A quem pensou no sonho audaz e vário.
Respostas que procuro? Não as acho,
Farol brilhando ao longe... Simples facho...
APENAS RASTROS
A minha vida passa e como sombra
Apenas rastros meus se perdem frágeis
Os passos de um amor que são tão ágeis
Espectro do passado ainda assombra
Quem tanto desejo e não sabia
Que ainda poderia ser feliz,
Do encanto simplesmente um aprendiz
Carrega dentro em si tal fantasia.
Alheia aos desencantos mais constantes,
Prefiro acreditar no amanhecer,
Mas tanto sigo ausente do prazer
Que não consigo crer nos diamantes
Trazidos neste olhar em falso brilho,
E jogada aos teus pés, no fim me humilho...
Apenas rastros meus se perdem frágeis
Os passos de um amor que são tão ágeis
Espectro do passado ainda assombra
Quem tanto desejo e não sabia
Que ainda poderia ser feliz,
Do encanto simplesmente um aprendiz
Carrega dentro em si tal fantasia.
Alheia aos desencantos mais constantes,
Prefiro acreditar no amanhecer,
Mas tanto sigo ausente do prazer
Que não consigo crer nos diamantes
Trazidos neste olhar em falso brilho,
E jogada aos teus pés, no fim me humilho...
TURBILHÕES
Já toda esta esperança se perdendo
Em tantos turbilhões, luzes diversas
E quando em fantasias vão imersas
Paixões; não se percebe um dividendo
É quase como fosse um passo em falso
Mortalha que carrego dentro da alma
Nem mesmo algum sorriso vem e acalma
O coração que em lágrimas descalço.
Vasculho dentro em mim e nada vejo
Somente esta sombria madrugada
A voz de uma esperança vai calada
E restando somente este desejo
Insaciável mundo que perdi,
Distante de teus olhos, morro aqui..
Em tantos turbilhões, luzes diversas
E quando em fantasias vão imersas
Paixões; não se percebe um dividendo
É quase como fosse um passo em falso
Mortalha que carrego dentro da alma
Nem mesmo algum sorriso vem e acalma
O coração que em lágrimas descalço.
Vasculho dentro em mim e nada vejo
Somente esta sombria madrugada
A voz de uma esperança vai calada
E restando somente este desejo
Insaciável mundo que perdi,
Distante de teus olhos, morro aqui..
AMOR QUE NOS GUIA
Que tu és além de um simples caso
Já sei e não precisas repetir,
Vivendo sem pensar e prosseguir
Deixando para trás qualquer ocaso,
No amor que nos guiando já me aprazo
Incerto (não discuto) o meu porvir
Só quero em tua face corrigir
Uma alma que se fez em dor, descaso.
Complexos os caminhos de quem ama,
Às vezes apagando a leve chama
Inundações terríveis se anunciam,
Em outras, ao sentir qualquer sorriso
Nas cores mais sobejas me matizo,
Porém os tons mais grises prenunciam...
Já sei e não precisas repetir,
Vivendo sem pensar e prosseguir
Deixando para trás qualquer ocaso,
No amor que nos guiando já me aprazo
Incerto (não discuto) o meu porvir
Só quero em tua face corrigir
Uma alma que se fez em dor, descaso.
Complexos os caminhos de quem ama,
Às vezes apagando a leve chama
Inundações terríveis se anunciam,
Em outras, ao sentir qualquer sorriso
Nas cores mais sobejas me matizo,
Porém os tons mais grises prenunciam...
O BRILHO DE QUEM AMA
Pois poderia ao menos ter no olhar
O brilho de quem ama ou mesmo quer
E tendo esta certeza, uma mulher
Aprende os seus mistérios decifrar.
Enquanto a poesia não vier
Tomando com furor o seu lugar,
Vontade de sair e de ficar
Que o amor faça comigo o que quiser...
Eu sinto este abandono me tocando
E mesmo se talvez pudesse quando
Beber mais fartamente deste sonho
Já não seria assim tão solitária,
Mas vida se passando em voz contrária
Restando um pesadelo tão medonho...
O brilho de quem ama ou mesmo quer
E tendo esta certeza, uma mulher
Aprende os seus mistérios decifrar.
Enquanto a poesia não vier
Tomando com furor o seu lugar,
Vontade de sair e de ficar
Que o amor faça comigo o que quiser...
Eu sinto este abandono me tocando
E mesmo se talvez pudesse quando
Beber mais fartamente deste sonho
Já não seria assim tão solitária,
Mas vida se passando em voz contrária
Restando um pesadelo tão medonho...
MARCAS TÃO PROFUNDAS
Do meu viver as marcas são profundas
E vejo tatuada em minha face
A dor que a cada tempo mais embace
Enquanto de tristezas tu me inundas.
E quando dentro da alma te aprofundas
Percebes tão somente o mesmo impasse
E mesmo que o caminho me desgrace
Com águas turbulentas ou imundas
Jamais com teus carinhos contaria,
O amor se transformando em utopia
Vasculho e nada encontro: solidão.
Ausente da esperança mais sutil,
Quem sabe ou reconhece descobriu
Somente dos dias frios que virão...
E vejo tatuada em minha face
A dor que a cada tempo mais embace
Enquanto de tristezas tu me inundas.
E quando dentro da alma te aprofundas
Percebes tão somente o mesmo impasse
E mesmo que o caminho me desgrace
Com águas turbulentas ou imundas
Jamais com teus carinhos contaria,
O amor se transformando em utopia
Vasculho e nada encontro: solidão.
Ausente da esperança mais sutil,
Quem sabe ou reconhece descobriu
Somente dos dias frios que virão...
RAZÃO PARA VIVER
Razão para viver? Já não persigo
O mundo desabando e nada vejo
Apenas esta paz que agora almejo,
Mas luto e na verdade não consigo;
O amor jamais se fez um bom abrigo,
Tampouco satisfeito algum desejo
E o fim que a cada dia mais prevejo
E mesmo contra tudo, assim prossigo.
Vencida pela falsa pedraria
Que buscando evitar, mas não podia
Vencer tempestuosa realidade
E tendo o meu olhar envelhecido,
Condeno-me afinal ao vão olvido
E apenas o vazio ora me invade...
O mundo desabando e nada vejo
Apenas esta paz que agora almejo,
Mas luto e na verdade não consigo;
O amor jamais se fez um bom abrigo,
Tampouco satisfeito algum desejo
E o fim que a cada dia mais prevejo
E mesmo contra tudo, assim prossigo.
Vencida pela falsa pedraria
Que buscando evitar, mas não podia
Vencer tempestuosa realidade
E tendo o meu olhar envelhecido,
Condeno-me afinal ao vão olvido
E apenas o vazio ora me invade...
O AMOR NO FIM
Sequer eu poderia imaginar
Que um dia se tornasse tudo assim,
O amor se aproximando já do fim
Sem música, sem sonhos, sem luar...
Depois de tanto tempo procurar
Esta aridez invade o meu jardim,
A solidão tomando tudo e enfim
Não resta nem vontade de chorar...
O peso do passado verga as costas
E sei que na verdade já não gostas
Dos beijos e carinhos que te dou.
E tendo a solidão por companheira
A imagem destroçada é verdadeira
Colando cada parte que restou...
Que um dia se tornasse tudo assim,
O amor se aproximando já do fim
Sem música, sem sonhos, sem luar...
Depois de tanto tempo procurar
Esta aridez invade o meu jardim,
A solidão tomando tudo e enfim
Não resta nem vontade de chorar...
O peso do passado verga as costas
E sei que na verdade já não gostas
Dos beijos e carinhos que te dou.
E tendo a solidão por companheira
A imagem destroçada é verdadeira
Colando cada parte que restou...
O NOSSO CASO
Não és além do quanto poderia
Se fosses tão honesto como dizes,
Legaste aos meus caminhos cicatrizes
Deixando a minha vida mais sombria.
Quem sabe, meu amado, em algum dia
Após os corriqueiros, vãos, deslizes
Com mais cuidado e até carinho bises
Desejo que em meus olhos se irradia.
E assim o nosso caso pode ter
Algum desfecho bom e no prazer
Além de uma vital necessidade
Eu tenho esta ancoragem para o sonho
Que trago em meu olhar e recomponho
A cada sol que o quarto em brilho invade...
Se fosses tão honesto como dizes,
Legaste aos meus caminhos cicatrizes
Deixando a minha vida mais sombria.
Quem sabe, meu amado, em algum dia
Após os corriqueiros, vãos, deslizes
Com mais cuidado e até carinho bises
Desejo que em meus olhos se irradia.
E assim o nosso caso pode ter
Algum desfecho bom e no prazer
Além de uma vital necessidade
Eu tenho esta ancoragem para o sonho
Que trago em meu olhar e recomponho
A cada sol que o quarto em brilho invade...
EM MEIO AOS TEMPORAIS
De te ver em meio aos temporais
Qual fosse uma miragem, um oásis
Vivendo a fantasia que ora trazes
Se refletindo em meus olhos os cristais
Momentos que percebo sem iguais
O mundo decorando em tons audazes
Etérea maravilha, fim das fases
Doridas que não quero nunca mais...
Olhando de soslaio, de viés
Percebo na verdade por quem és
E sinto que jamais serei tão tua.
A face desbotada da verdade
Aos poucos me trazendo à realidade
Apenas a alma sonha e em vão flutua...
Qual fosse uma miragem, um oásis
Vivendo a fantasia que ora trazes
Se refletindo em meus olhos os cristais
Momentos que percebo sem iguais
O mundo decorando em tons audazes
Etérea maravilha, fim das fases
Doridas que não quero nunca mais...
Olhando de soslaio, de viés
Percebo na verdade por quem és
E sinto que jamais serei tão tua.
A face desbotada da verdade
Aos poucos me trazendo à realidade
Apenas a alma sonha e em vão flutua...
BUSCANDO POR ALGUÉM
Cegos caminhares pela vida
Na busca inconseqüente por alguém
E mesmo quando vejo sem ninguém
Uma alma segue pálida e iludida.
Vencida pela sorte e revestida
Das dores que o vazio sempre tem
O mundo desabando e me convém
Saber que ainda resta ao longe a ermida.
E sendo uma eremita, eu sigo só
As marcas dos meus pés por sobre o pó
O vento dissipando e sem um rastro
Quem poderia um dia vir a mim?
Nem mesmo uma lembrança de onde vim,
À deriva, meu barco sem ter lastro...
Na busca inconseqüente por alguém
E mesmo quando vejo sem ninguém
Uma alma segue pálida e iludida.
Vencida pela sorte e revestida
Das dores que o vazio sempre tem
O mundo desabando e me convém
Saber que ainda resta ao longe a ermida.
E sendo uma eremita, eu sigo só
As marcas dos meus pés por sobre o pó
O vento dissipando e sem um rastro
Quem poderia um dia vir a mim?
Nem mesmo uma lembrança de onde vim,
À deriva, meu barco sem ter lastro...
VÁRIOS SONHOS
Andam sem destino sonhos vários
E deles nada resta nem sinais
Dos dias que eu julgara magistrais
Guardados na memória, vãos armários.
Os passos que hoje dou são temerários
Na busca por talvez ao fim um cais
E quando percebendo o nunca mais
Esqueço quaisquer fozes e estuários...
O tempo vai ditando o meu destino,
E tento disfarçar, mas não consigo,
E quando noutro sonho me fascino
Percebo quão inútil, mesmo vão
Procura em noite fria por abrigo
Apenas encontrando a solidão...
E deles nada resta nem sinais
Dos dias que eu julgara magistrais
Guardados na memória, vãos armários.
Os passos que hoje dou são temerários
Na busca por talvez ao fim um cais
E quando percebendo o nunca mais
Esqueço quaisquer fozes e estuários...
O tempo vai ditando o meu destino,
E tento disfarçar, mas não consigo,
E quando noutro sonho me fascino
Percebo quão inútil, mesmo vão
Procura em noite fria por abrigo
Apenas encontrando a solidão...
CAMINHO SEM NINGUÉM
Meus olhos te procuram, mas não vêm
A vida se transcorre em tanta dor
Pudesse novamente recompor
Caminho que percorro sem ninguém.
Dos sonhos mais audazes sigo aquém
Na ausência de teus braços, sem calor
Restando tão somente este torpor
Adormecido sonho busca alguém
Que possa traduzir felicidade,
E enquanto a solidão mais alto brade
A voz de uma esperança já se cala.
Olhando para longe, no horizonte
Não tendo sequer raio que desponte
Minha alma desta espera em vão: vassala...
A vida se transcorre em tanta dor
Pudesse novamente recompor
Caminho que percorro sem ninguém.
Dos sonhos mais audazes sigo aquém
Na ausência de teus braços, sem calor
Restando tão somente este torpor
Adormecido sonho busca alguém
Que possa traduzir felicidade,
E enquanto a solidão mais alto brade
A voz de uma esperança já se cala.
Olhando para longe, no horizonte
Não tendo sequer raio que desponte
Minha alma desta espera em vão: vassala...
FRÁGIL ESPERANÇA
Perdida e tantas vezes me encontrando
Nos ermos de uma frágil esperança
E quando a fantasia ao vão se lança
Amores que eu sonhara: tolo bando...
Vivesse esta emoção, mas desde quando
Tu foste para nunca esta lembrança
E o gosto tão amargo da vingança
A vida em frialdade dominando.
Servira para ti como se fosse
Domada fera em riso manso e doce,
Mas quando me negaste o teu carinho
Revolta e furiosa me senti
E quando em pensamentos chego a ti
Meu coração prefere andar sozinho...
Nos ermos de uma frágil esperança
E quando a fantasia ao vão se lança
Amores que eu sonhara: tolo bando...
Vivesse esta emoção, mas desde quando
Tu foste para nunca esta lembrança
E o gosto tão amargo da vingança
A vida em frialdade dominando.
Servira para ti como se fosse
Domada fera em riso manso e doce,
Mas quando me negaste o teu carinho
Revolta e furiosa me senti
E quando em pensamentos chego a ti
Meu coração prefere andar sozinho...
SEM DESTINO
Anda pelas ruas sem destino
Uma alma que se fez enamorada,
E quando se percebe sem ter nada,
Restando tão somente o desatino
Amor como se fosse algum menino
Traquinas com a seta preparada
Atinge com mais força e, destroçada
Vazia e sem ninguém eu me alucino.
Pudesse ter de novo quem perdi
Só sei que nada existe e estou aqui
Olhando para longe e sem ninguém.
Apenas o vazio me acompanha
Distante; bem além desta montanha
Somente o frio vento é que inda vem...
Uma alma que se fez enamorada,
E quando se percebe sem ter nada,
Restando tão somente o desatino
Amor como se fosse algum menino
Traquinas com a seta preparada
Atinge com mais força e, destroçada
Vazia e sem ninguém eu me alucino.
Pudesse ter de novo quem perdi
Só sei que nada existe e estou aqui
Olhando para longe e sem ninguém.
Apenas o vazio me acompanha
Distante; bem além desta montanha
Somente o frio vento é que inda vem...
SONHAR-TE POR TODA A MINHA VIDA
De sonhar-te por toda a minha vida
Ainda que distante, nada tendo
O mundo pouco a pouco se perdendo
Andando sem destino, vou perdida...
E quando se prepara a despedida
Momento incomparável e estupendo,
Eu sinto com teus braços me envolvendo
Razão para viver fortalecida...
Eu tento e não consigo segurar
A fúria do desejo me domina,
Deveras aos teus sonhos me entregar.
Mas quando me percebo em manso cais,
A imagem que supunha cristalina
Esvaecendo grita: Nunca mais!
Ainda que distante, nada tendo
O mundo pouco a pouco se perdendo
Andando sem destino, vou perdida...
E quando se prepara a despedida
Momento incomparável e estupendo,
Eu sinto com teus braços me envolvendo
Razão para viver fortalecida...
Eu tento e não consigo segurar
A fúria do desejo me domina,
Deveras aos teus sonhos me entregar.
Mas quando me percebo em manso cais,
A imagem que supunha cristalina
Esvaecendo grita: Nunca mais!
MINHA ALMA TE PROCURA
Min’alma te procura pelas ruas
E segue sem sequer saber notícias,
Revive estes momentos em carícias
Estrelas decorando tantas luas.
E quando nos meus olhos tu flutuas
Ausente de teu corpo, das delícias
Restando tão somente tais sevícias
Da vida expondo as horas frias, cruas.
Pudesse ter nas mãos tua presença
Vontade de tocar (eu sei) imensa
Saudade maltratando tanto, tanto...
Mas quando te percebo indiferente
O fim de todo sonho se pressente,
Restando para mim o desencanto...
E segue sem sequer saber notícias,
Revive estes momentos em carícias
Estrelas decorando tantas luas.
E quando nos meus olhos tu flutuas
Ausente de teu corpo, das delícias
Restando tão somente tais sevícias
Da vida expondo as horas frias, cruas.
Pudesse ter nas mãos tua presença
Vontade de tocar (eu sei) imensa
Saudade maltratando tanto, tanto...
Mas quando te percebo indiferente
O fim de todo sonho se pressente,
Restando para mim o desencanto...
sexta-feira, 5 de março de 2010
TANTA EMOÇÃO
Não lembro quando foi última vez
Que pode desfilar tanta emoção
Os dias do futuro mostrarão
Marcada em tatuagem minha tez
E nela se percebe esta altivez
Gerada pelos rastros da paixão
Vivendo finalmente a sedução
Que agora nos meus braços tu já vês.
Assim ao perceber que a noite é nossa
A dor alheia a tudo não destroça
O quanto consegui após sofrer
E vendo renascida esta esperança
Em glória a minha vida agora avança
No amor eu volto enfim a poder crer...
Que pode desfilar tanta emoção
Os dias do futuro mostrarão
Marcada em tatuagem minha tez
E nela se percebe esta altivez
Gerada pelos rastros da paixão
Vivendo finalmente a sedução
Que agora nos meus braços tu já vês.
Assim ao perceber que a noite é nossa
A dor alheia a tudo não destroça
O quanto consegui após sofrer
E vendo renascida esta esperança
Em glória a minha vida agora avança
No amor eu volto enfim a poder crer...
EU TE AMO
Encontro finalmente o que buscava
Em noite muitas vezes dolorida
E ver a minha história renascida
Após a tempestade dura e brava
É como ressurgir do imenso pó
Selando como fênix o meu futuro
Deixando para trás o mundo escuro
E nunca mais deveras ser tão só.
Assim ao me sentir apaixonada
E tendo o teu amor qual fortaleza
Percebo finalmente esta leveza
Há tanto sem querer, abandonada
E vindo ao teu encontro amado meu
Meu mundo ao te encontrar já se perdeu...
Em noite muitas vezes dolorida
E ver a minha história renascida
Após a tempestade dura e brava
É como ressurgir do imenso pó
Selando como fênix o meu futuro
Deixando para trás o mundo escuro
E nunca mais deveras ser tão só.
Assim ao me sentir apaixonada
E tendo o teu amor qual fortaleza
Percebo finalmente esta leveza
Há tanto sem querer, abandonada
E vindo ao teu encontro amado meu
Meu mundo ao te encontrar já se perdeu...
DESEJO TE FALAR
Atenda ao telefone, por favor
Há tanto que desejo te falar
Do amor que me tomando devagar
Agora se transforma num louvor.
Não deixe meu amado que o rancor
Ainda possa o sonho desmanchar
E saiba que deveras te encontrar
Foi como conhecer mais bela flor.
Permita que esta amarga jardineira
Ao ver esta paixão, a derradeira
Entoe com a voz enternecida
Palavras carinhosas para quem
Depois de tanto tempo chega e vem
Mudando com certeza, a minha vida...
Há tanto que desejo te falar
Do amor que me tomando devagar
Agora se transforma num louvor.
Não deixe meu amado que o rancor
Ainda possa o sonho desmanchar
E saiba que deveras te encontrar
Foi como conhecer mais bela flor.
Permita que esta amarga jardineira
Ao ver esta paixão, a derradeira
Entoe com a voz enternecida
Palavras carinhosas para quem
Depois de tanto tempo chega e vem
Mudando com certeza, a minha vida...
PROFUNDAS EMOÇÕES
Profundas e profanas emoções
Amor já nos promete e sem demora
Uma alma sonhadora agora ancora
No porto que em prazeres tu me expões
São belas e divinas sensações
Que o coração em paz deseja e aflora
Na luz da poesia se decora
Traçando eternidade nos verões
E assim ao perceber sonhos que domem
Encontro finalmente em ti este homem
Que desejara sempre sem saber.
E tanto necessito de teus braços
Contigo pareados nossos passos
Rumando para um belo amanhecer...
Amor já nos promete e sem demora
Uma alma sonhadora agora ancora
No porto que em prazeres tu me expões
São belas e divinas sensações
Que o coração em paz deseja e aflora
Na luz da poesia se decora
Traçando eternidade nos verões
E assim ao perceber sonhos que domem
Encontro finalmente em ti este homem
Que desejara sempre sem saber.
E tanto necessito de teus braços
Contigo pareados nossos passos
Rumando para um belo amanhecer...
PARAÍSO
Tu tens o Paraíso em cada olhar
E sei quanto te quero amado meu,
Se o mundo no teu mundo se perdeu
É nele que eu pretendo me encontrar.
Depois de tantos anos a vagar
Imersa tão somente neste breu
Agora que o prazer se concebeu
É como derramasse sobre o mar
A prata radiante desta lua
Enorme que se mostra inteira e nua
Chamando para danças e ternuras.
Aqui junto comigo em noite clara
O amor sem ter limites se escancara
E traz todo o prazer que tu procuras.
E sei quanto te quero amado meu,
Se o mundo no teu mundo se perdeu
É nele que eu pretendo me encontrar.
Depois de tantos anos a vagar
Imersa tão somente neste breu
Agora que o prazer se concebeu
É como derramasse sobre o mar
A prata radiante desta lua
Enorme que se mostra inteira e nua
Chamando para danças e ternuras.
Aqui junto comigo em noite clara
O amor sem ter limites se escancara
E traz todo o prazer que tu procuras.
CARINHOS
Tracejo com carinho cada face
Do amor que sem gracejo se fez tanto
E quando em voz macia, amado eu canto
Vencendo sem temor qualquer impasse
Por mais que a realidade ainda embace
O passo, ao perceber suave encanto
De ti já não me afasto e nem quebranto
Destruirá o amor. Então me abrace...
E vamos percorrer a bela estrada
Que sendo pelo amor iluminada
Permite algum sossego no final
Depois de tantas vezes, descaminho
Agora que em teu colo eu já me aninho
Perceba o meu sorriso. Triunfal.
Do amor que sem gracejo se fez tanto
E quando em voz macia, amado eu canto
Vencendo sem temor qualquer impasse
Por mais que a realidade ainda embace
O passo, ao perceber suave encanto
De ti já não me afasto e nem quebranto
Destruirá o amor. Então me abrace...
E vamos percorrer a bela estrada
Que sendo pelo amor iluminada
Permite algum sossego no final
Depois de tantas vezes, descaminho
Agora que em teu colo eu já me aninho
Perceba o meu sorriso. Triunfal.
DESEJOS SUTIS
Sutis os meus desejos, disto eu sei
E quanto mais te quero, sofro mais
Emerges entre imensos vendavais
Fazendo da tristeza a nossa lei.
E tanto que deveras desejei
Amor entre sorrisos magistrais
E agora que quebraste tais cristais
Percebo finalmente que eu errei.
Imagem caricata e tão medonha
Diversa do que uma alma tola sonha
Reflete tua face e, sozinha
Vasculho cada espinho desta estrada,
Há tanto pelo amor, sempre ansiada
Que um dia até pensei ser toda minha.
E quanto mais te quero, sofro mais
Emerges entre imensos vendavais
Fazendo da tristeza a nossa lei.
E tanto que deveras desejei
Amor entre sorrisos magistrais
E agora que quebraste tais cristais
Percebo finalmente que eu errei.
Imagem caricata e tão medonha
Diversa do que uma alma tola sonha
Reflete tua face e, sozinha
Vasculho cada espinho desta estrada,
Há tanto pelo amor, sempre ansiada
Que um dia até pensei ser toda minha.
ENCANTOS
Encanto variável traz o amor
E nisto tantas vezes sou feliz,
Ou mesmo vou sofrendo e por um triz
Encontro em meu olhar tédio e rancor.
Pudesse novamente te propor
Um dia mais tranqüilo. Um aprendiz
Por vezes seu caminho já desdiz
E deixa no final sonho e temor.
Ferrenhas ilusões o peito trama
E quando se mantém a mesma chama
A vida prosseguindo calmamente.
Porém quando o silêncio toma a cena
Uma alma que pensara mais serena
Revolta-se e o terror já se pressente...
E nisto tantas vezes sou feliz,
Ou mesmo vou sofrendo e por um triz
Encontro em meu olhar tédio e rancor.
Pudesse novamente te propor
Um dia mais tranqüilo. Um aprendiz
Por vezes seu caminho já desdiz
E deixa no final sonho e temor.
Ferrenhas ilusões o peito trama
E quando se mantém a mesma chama
A vida prosseguindo calmamente.
Porém quando o silêncio toma a cena
Uma alma que pensara mais serena
Revolta-se e o terror já se pressente...
BEBENDO DA EMOÇÃO
Exibes nos teus olhos tanto brilho
E sigo cada raio, um girassol
Que bebe da emoção como um farol
Teus rastros desta forma, amado, eu trilho.
O amor como um moleque, um andarilho
Domando toda força no arrebol
Estende-se infinito e raro sol,
Gerando em paz sobeja este estribilho.
Alinho-me à vontade mais audaz
E sei o quanto em mim se satisfaz
Aquele que desejo há tantos anos,
Não quero mais terrores nem segredo,
Envolta nos carinhos teus, concedo
Deixando no passado os desenganos.
E sigo cada raio, um girassol
Que bebe da emoção como um farol
Teus rastros desta forma, amado, eu trilho.
O amor como um moleque, um andarilho
Domando toda força no arrebol
Estende-se infinito e raro sol,
Gerando em paz sobeja este estribilho.
Alinho-me à vontade mais audaz
E sei o quanto em mim se satisfaz
Aquele que desejo há tantos anos,
Não quero mais terrores nem segredo,
Envolta nos carinhos teus, concedo
Deixando no passado os desenganos.
UM BEIJO
Dos dias enfadonhos que eu tivera
Nem mesmo uma lembrança hoje há em mim,
Extinta esta daninha em meu jardim
Eu posso reviver a primavera
E o beijo deste amado que se espera
Há tanto modifica o ledo fim,
A história recomeça e chego assim
Ao vértice da vida em paz. Quem dera...
Nefastas nuvens vejo no horizonte,
E mesmo que este sol venha e desponte
Decerto a tempestade nunca falha.
Aonde imaginara mansidão
As chuvas encerrando este verão
E nelas vejo o fio da navalha...
Nem mesmo uma lembrança hoje há em mim,
Extinta esta daninha em meu jardim
Eu posso reviver a primavera
E o beijo deste amado que se espera
Há tanto modifica o ledo fim,
A história recomeça e chego assim
Ao vértice da vida em paz. Quem dera...
Nefastas nuvens vejo no horizonte,
E mesmo que este sol venha e desponte
Decerto a tempestade nunca falha.
Aonde imaginara mansidão
As chuvas encerrando este verão
E nelas vejo o fio da navalha...
REVEJO EM TEU OLHAR
Revejo em teu olhar o meu passado,
Sombrias emoções, versos tão fúteis
Os passos foram todos vãos e inúteis
Negando este caminho vislumbrado
E bêbada da luz que ora me guia
Ascendo ao mais sublime patamar
Vivendo sem ter medo, o dom de amar
E nele toda a glória em fantasia
Não quero que se veja em fanatismo
Paixão que agora assola esta aridez,
O mundo qual moinho já desfez
O que pensara outrora em cataclismo,
E quando me percebo junto a ti,
A paz, eu finalmente conheci...
Sombrias emoções, versos tão fúteis
Os passos foram todos vãos e inúteis
Negando este caminho vislumbrado
E bêbada da luz que ora me guia
Ascendo ao mais sublime patamar
Vivendo sem ter medo, o dom de amar
E nele toda a glória em fantasia
Não quero que se veja em fanatismo
Paixão que agora assola esta aridez,
O mundo qual moinho já desfez
O que pensara outrora em cataclismo,
E quando me percebo junto a ti,
A paz, eu finalmente conheci...
FANTASIAS DE AMOR
Singelas fantasias amor traz
A quem deseja tanto ser feliz,
Percorro cada estrada e por um triz
O mundo não se mostra mais mordaz
Deveras tanta luz que ele me traz
E ao mesmo tempo tudo contradiz
No peso do passado, uma infeliz
Esboça a reação, procura a paz
E sabe muito bem que talvez isso
Difere deste todo que cobiço
Mudanças são comuns em nossa vida,
Mas quando uma alma tênue se prepara
E bebe desta fonte bem mais clara
O amor não respeitando uma guarida...
A quem deseja tanto ser feliz,
Percorro cada estrada e por um triz
O mundo não se mostra mais mordaz
Deveras tanta luz que ele me traz
E ao mesmo tempo tudo contradiz
No peso do passado, uma infeliz
Esboça a reação, procura a paz
E sabe muito bem que talvez isso
Difere deste todo que cobiço
Mudanças são comuns em nossa vida,
Mas quando uma alma tênue se prepara
E bebe desta fonte bem mais clara
O amor não respeitando uma guarida...
ESCRAVA DOS DESEJOS
Escrava dos desejos mais audazes
E neles me entregando sem saber
Se um dia poderia ter prazer
Além do que deveras tu me trazes,
Ao perceber quão frágeis minhas bases
Enfrento a tempestade e posso ver
Nas ânsias de um delírio a me mover
Momentos sem temores, mais vorazes.
São ásperos os dias de quem ama
Manter acesa sempre a imensa chama
Tarefa que bem sei tão delicada
E assim ao mergulhar neste infinito
Caminho que bem sei, tento bonito
No olhar mantenho viva a Minha Fada.
E neles me entregando sem saber
Se um dia poderia ter prazer
Além do que deveras tu me trazes,
Ao perceber quão frágeis minhas bases
Enfrento a tempestade e posso ver
Nas ânsias de um delírio a me mover
Momentos sem temores, mais vorazes.
São ásperos os dias de quem ama
Manter acesa sempre a imensa chama
Tarefa que bem sei tão delicada
E assim ao mergulhar neste infinito
Caminho que bem sei, tento bonito
No olhar mantenho viva a Minha Fada.
O BRILHO EM TEU OLHAR
Pudesse ter no olhar o brilho imenso
Da lua que emoldura nossa vida,
E mesmo quando a dor me trama ermida
Na fuga junto a ti, querido, eu penso.
E sei o quanto é vasto e tão intenso
Desejo que sanando uma ferida
Permite a sorte outrora adormecida,
E nesta maravilha recompenso.
Estrela que me guia, amor perfeito,
Olhando para ti quando me deito
Estendo o meu olhar ao bem que eu quis
E sinto que valeu cada pancada,
Depois de ter tão longa esta jornada
Eu finalmente sei que sou feliz!
Da lua que emoldura nossa vida,
E mesmo quando a dor me trama ermida
Na fuga junto a ti, querido, eu penso.
E sei o quanto é vasto e tão intenso
Desejo que sanando uma ferida
Permite a sorte outrora adormecida,
E nesta maravilha recompenso.
Estrela que me guia, amor perfeito,
Olhando para ti quando me deito
Estendo o meu olhar ao bem que eu quis
E sinto que valeu cada pancada,
Depois de ter tão longa esta jornada
Eu finalmente sei que sou feliz!
ROSAS
As rosas não murcharam dentro em mim,
Depois das tempestades eu prossigo
Sabendo que no fim terei abrigo
Cevando com cuidado o meu jardim,
O peso do passado de onde vim
Traçando muitas vezes o perigo,
Mas quando te imagino, amor, consigo
Vencer os dissabores; chego ao fim
Da estrada aonde tantas curvas vejo
E bêbada de luz, farto desejo
No anseio de ser tua companheira
Arando com denodo este canteiro
Ao ver em ti o amor mais verdadeiro
Renasce com mais força esta roseira.
Depois das tempestades eu prossigo
Sabendo que no fim terei abrigo
Cevando com cuidado o meu jardim,
O peso do passado de onde vim
Traçando muitas vezes o perigo,
Mas quando te imagino, amor, consigo
Vencer os dissabores; chego ao fim
Da estrada aonde tantas curvas vejo
E bêbada de luz, farto desejo
No anseio de ser tua companheira
Arando com denodo este canteiro
Ao ver em ti o amor mais verdadeiro
Renasce com mais força esta roseira.
NA LUZ DOS OLHOS TEUS
Na luz dos olhos teus eu vejo os meus
E quando me percebo refletida
No que se fez razão da minha vida
Esqueço o que vivera em cada adeus,
E sinto ser possível novos dias
E neles revogar a dor imensa
Sabendo que terei tal recompensa
Matando as noites vagas e sombrias
Assim ao ter certeza de quem tanto
Mereço ser feliz, não me calara
A sorte que imagino bela e rara
Provocando no fim o farto encanto
E dele possuindo o que mais quero,
Amor que sempre quis, claro e sincero.
E quando me percebo refletida
No que se fez razão da minha vida
Esqueço o que vivera em cada adeus,
E sinto ser possível novos dias
E neles revogar a dor imensa
Sabendo que terei tal recompensa
Matando as noites vagas e sombrias
Assim ao ter certeza de quem tanto
Mereço ser feliz, não me calara
A sorte que imagino bela e rara
Provocando no fim o farto encanto
E dele possuindo o que mais quero,
Amor que sempre quis, claro e sincero.
TRAÇOS QUE CARREGO
São traços que carrego dentro em mim
De dias onde vira luz constante
E mesmo solitária, é deslumbrante
A sombra do que fora meu jardim.
Um homem, meu arcanjo e querubim,
Vivendo a fantasia de um instante
Num toque mais audaz e penetrante
Sabendo decifrar o não e o sim.
Astuto qual posseiro me entranhando
E às vezes tão gentil, ou mesmo brando,
Mas quando enfurecido me pegava
O corpo se esvaindo em densa lava
Gerando uma explosão e ensandecida
Eu pude conhecer, enfim, a vida...
De dias onde vira luz constante
E mesmo solitária, é deslumbrante
A sombra do que fora meu jardim.
Um homem, meu arcanjo e querubim,
Vivendo a fantasia de um instante
Num toque mais audaz e penetrante
Sabendo decifrar o não e o sim.
Astuto qual posseiro me entranhando
E às vezes tão gentil, ou mesmo brando,
Mas quando enfurecido me pegava
O corpo se esvaindo em densa lava
Gerando uma explosão e ensandecida
Eu pude conhecer, enfim, a vida...
RECORDAÇÕES
Recordações de dias mais felizes
Aonde imaginara ser eterna,
No olhar como se fosse uma lanterna
Deixando para trás falsos, deslizes.
E agora só restando cicatrizes
A voz que imaginara sendo terna
Medonha fantasia tão superna,
Negando cada sonho, o amor desdizes.
E sinto terminada esta jornada
E volto tão silente ao mesmo nada
Urgido de uma tola adolescência
Restando a quem sonhara em mocidade
Ausente de carinho e claridade
Tomada pelo infausto da demência...
Aonde imaginara ser eterna,
No olhar como se fosse uma lanterna
Deixando para trás falsos, deslizes.
E agora só restando cicatrizes
A voz que imaginara sendo terna
Medonha fantasia tão superna,
Negando cada sonho, o amor desdizes.
E sinto terminada esta jornada
E volto tão silente ao mesmo nada
Urgido de uma tola adolescência
Restando a quem sonhara em mocidade
Ausente de carinho e claridade
Tomada pelo infausto da demência...
Martírios? Nunca mais
Martírios? Nunca mais, pois consegui
Ao fim da tarde ver que amanhecer
Será todo florido em teu prazer,
Mergulho neste sonho e chego a ti.
Depois das derrocadas que vivi
Dos medos que deveras pude ver
No espelho retratando todo o ser,
Sedenta de emoção, te conheci.
E agora que vencemos nossos traumas
E unidas com certeza, duas almas
Que sendo gemelares sabem bem
Do todo anunciado num momento
E quando nos teus braços me acalento
Eu sinto o sol imenso que já vem...
Ao fim da tarde ver que amanhecer
Será todo florido em teu prazer,
Mergulho neste sonho e chego a ti.
Depois das derrocadas que vivi
Dos medos que deveras pude ver
No espelho retratando todo o ser,
Sedenta de emoção, te conheci.
E agora que vencemos nossos traumas
E unidas com certeza, duas almas
Que sendo gemelares sabem bem
Do todo anunciado num momento
E quando nos teus braços me acalento
Eu sinto o sol imenso que já vem...
DESEJO EM FÚRIA
Meu homem que desejo em fúria tanta
Amigo e companheiro me permite
A vida sem saber qualquer limite
Enquanto me seduz e assim me encanta
Uma alma enamorada agora canta
E não percebe ainda ou mais admite
Já não comportaria outro palpite,
Pois sabe quem em teus braços se agiganta.
Beijando a tua boca meu amado,
Caminho para o Céu tão estrelado
E eu sendo a tua lua nesta entrega
Encontro o meu destino e sou feliz
Vivendo tudo aquilo que mais quis
Na imensidão do mar a alma navega...
Amigo e companheiro me permite
A vida sem saber qualquer limite
Enquanto me seduz e assim me encanta
Uma alma enamorada agora canta
E não percebe ainda ou mais admite
Já não comportaria outro palpite,
Pois sabe quem em teus braços se agiganta.
Beijando a tua boca meu amado,
Caminho para o Céu tão estrelado
E eu sendo a tua lua nesta entrega
Encontro o meu destino e sou feliz
Vivendo tudo aquilo que mais quis
Na imensidão do mar a alma navega...
AMANTES
Amantes desde quando sei de mim,
Vivendo nosso caso sem pudores
E sigo meu amado aonde fores
Traçando em raras flores meu jardim.
Num imortal desejo sigo assim
E quando em teus carinhos tentadores
Encontro o meu prazer em multicores
Delírios, tua rosa, meu jasmim...
Emaranhando pernas e desejos
Momentos delicados e sobejos
Numa explosão fantástica me levas
Deixando para trás antigas trevas
Amanhecendo em paz, a fantasia
Que em meio aos dissabores já nos guia...
Vivendo nosso caso sem pudores
E sigo meu amado aonde fores
Traçando em raras flores meu jardim.
Num imortal desejo sigo assim
E quando em teus carinhos tentadores
Encontro o meu prazer em multicores
Delírios, tua rosa, meu jasmim...
Emaranhando pernas e desejos
Momentos delicados e sobejos
Numa explosão fantástica me levas
Deixando para trás antigas trevas
Amanhecendo em paz, a fantasia
Que em meio aos dissabores já nos guia...
MARAVILHOSA NOITE
Maravilhosa noite nos teus braços
E nela percebendo a claridade
Lunar a pratear felicidade
Trazendo com firmeza nossos laços
Os olhos no passado, ausentes, baços
E agora quando o amor em paz invade
Encontro finalmente a saciedade
Que tanto procurara noutros passos.
Esgoto-me deveras no prazer
Aonde tanto dar e receber
São lados confluentes da moeda
E neste amor imenso, sendo tua
Bebendo cada raio desta lua
Tristeza entorpecida, a vida seda...
E nela percebendo a claridade
Lunar a pratear felicidade
Trazendo com firmeza nossos laços
Os olhos no passado, ausentes, baços
E agora quando o amor em paz invade
Encontro finalmente a saciedade
Que tanto procurara noutros passos.
Esgoto-me deveras no prazer
Aonde tanto dar e receber
São lados confluentes da moeda
E neste amor imenso, sendo tua
Bebendo cada raio desta lua
Tristeza entorpecida, a vida seda...
DOGMAS
Há dogmas que talvez inda respeite,
Mas sei que na verdade a poesia
Não tendo quem cerceia, vai vadia
E neste vadiar o meu deleite.
Por mais que o que me dize não aceite
Teimosa; vou bebendo a fantasia
E quanto mais voraz, mais inebria
O amor: quimera sonsa que me espreite.
Acaso se vieres deixe a porta
Aberta, pois a mim pouco me importa
A vinda ou a partida desde quando
A luz que percebera se apagando
Não deixa mais sequer algum resquício
Gerando tão somente o precipício...
Mas sei que na verdade a poesia
Não tendo quem cerceia, vai vadia
E neste vadiar o meu deleite.
Por mais que o que me dize não aceite
Teimosa; vou bebendo a fantasia
E quanto mais voraz, mais inebria
O amor: quimera sonsa que me espreite.
Acaso se vieres deixe a porta
Aberta, pois a mim pouco me importa
A vinda ou a partida desde quando
A luz que percebera se apagando
Não deixa mais sequer algum resquício
Gerando tão somente o precipício...
ROTINA
Estéticas diversas, bem ou mal,
O caso é que talvez não haja mais
Realizável sonho se banais
Os dias neste mesmo ritual,
Rotina vem trazendo o gosto igual
E nele se percebe que jamais
Eu vencerei em mim os vendavais
Num canto que pensara sensual.
O sexo nos redime ou nos maltrata
Reações que percebo qual cascata
Gerando novos rumos ou desvios.
E assim ao me entregar pra que defesa
Seguindo como for tal correnteza
Vencendo ou me entregando aos desafios...
O caso é que talvez não haja mais
Realizável sonho se banais
Os dias neste mesmo ritual,
Rotina vem trazendo o gosto igual
E nele se percebe que jamais
Eu vencerei em mim os vendavais
Num canto que pensara sensual.
O sexo nos redime ou nos maltrata
Reações que percebo qual cascata
Gerando novos rumos ou desvios.
E assim ao me entregar pra que defesa
Seguindo como for tal correnteza
Vencendo ou me entregando aos desafios...
LÍRICAS CANÇÕES
As líricas canções de um tempo bom
Aonde se pensava em romantismo
E quando agora vejo o cataclismo
Tomando com certeza o antigo tom
A lua se escondendo do neon,
Galgando o meu passado ainda cismo
E nisto se percebe a cada sismo
O quanto desabou do amor, o dom.
Escavo dentro em mim nova cratera
E tudo o que perdi não regenera
A morte é solução? Creio que não.
O dia que nascendo mais suave
Impede que esta cena em dor se agrave
Enquanto ao longe escuto uma canção...
Aonde se pensava em romantismo
E quando agora vejo o cataclismo
Tomando com certeza o antigo tom
A lua se escondendo do neon,
Galgando o meu passado ainda cismo
E nisto se percebe a cada sismo
O quanto desabou do amor, o dom.
Escavo dentro em mim nova cratera
E tudo o que perdi não regenera
A morte é solução? Creio que não.
O dia que nascendo mais suave
Impede que esta cena em dor se agrave
Enquanto ao longe escuto uma canção...
NAS TRAMAS MAIS AUDAZES
Não quero descansar um só segundo
Vagando sem limites por aí
Vencendo os meus temores percebi
O quão maravilhoso e belo mundo
E quando dos prazeres eu me inundo
Chegando de repente e vendo em ti
A sorte desejada; eu concebi
Bebendo fartamente me aprofundo
Nas tramas mais audazes deste que
Já sabe conhecer e logo vê
O quanto é necessário ter prazeres
E deles em delírios ao beberes
Verás que também logo eu me sacio
Numa explosão fantástica em rocio...
Vagando sem limites por aí
Vencendo os meus temores percebi
O quão maravilhoso e belo mundo
E quando dos prazeres eu me inundo
Chegando de repente e vendo em ti
A sorte desejada; eu concebi
Bebendo fartamente me aprofundo
Nas tramas mais audazes deste que
Já sabe conhecer e logo vê
O quanto é necessário ter prazeres
E deles em delírios ao beberes
Verás que também logo eu me sacio
Numa explosão fantástica em rocio...
AS ÂNSIAS VORAZES DO DESEJO
As mãos não ficarão só abanando
Nas ânsias mais vorazes de um desejo
O quanto de futuro em ti eu vejo
Demonstra um novo tempo em fúria, brando.
Contrastes desejados desde quando
Percebo o dom de ser e num lampejo
Enquanto solitária me negrejo
Contigo sei que vou me azulejando...
Esgarçam-se estas roupas do passado,
E o tempo com carinhos decorado
Entranha maravilhas dentro em mim,
Em solilóquio sei e não pergunto
Contigo meu amado, e sempre junto
Petúnias colherei no meu jardim...
Nas ânsias mais vorazes de um desejo
O quanto de futuro em ti eu vejo
Demonstra um novo tempo em fúria, brando.
Contrastes desejados desde quando
Percebo o dom de ser e num lampejo
Enquanto solitária me negrejo
Contigo sei que vou me azulejando...
Esgarçam-se estas roupas do passado,
E o tempo com carinhos decorado
Entranha maravilhas dentro em mim,
Em solilóquio sei e não pergunto
Contigo meu amado, e sempre junto
Petúnias colherei no meu jardim...
AMOR PROFANO
Nas vastas dimensões do amor profano
Andando sobre brasas me maltrato
E quando te percebo quieto e ingrato
Na noite solitária então me dano
E bebo deste gozo desumano
E nele se prepara o desacato
Mudando com certeza rumo e fato,
A vida sonegando qualquer plano.
Apaixonadamente uma mulher
Sabendo desde cedo o que bem quer
Jamais admitiria estar sozinha
E tendo a sedução em cada olhar
Nos veios deste amor vou navegar,
Minha alma sem destino, em ti, caminha...
Andando sobre brasas me maltrato
E quando te percebo quieto e ingrato
Na noite solitária então me dano
E bebo deste gozo desumano
E nele se prepara o desacato
Mudando com certeza rumo e fato,
A vida sonegando qualquer plano.
Apaixonadamente uma mulher
Sabendo desde cedo o que bem quer
Jamais admitiria estar sozinha
E tendo a sedução em cada olhar
Nos veios deste amor vou navegar,
Minha alma sem destino, em ti, caminha...
MOSAICO
As mãos que se procuram e enternecem
A vida desta amarga sonhadora
Por mais que noutros rumos também fora
O sonho e a poesia se conhecem
E quando num conjunto em paz se expressam
Traduzem a alegria mais profana
Enquanto esta deseja ou ele engana
Histórias se destroem ou recomeçam.
E vejo num mosaico multicor
O multifacetário bem do amor
Em múltiplos momentos multiplica
Diversas multidões ele contém
E quando em poesia e sonho, além
Numa explosão sobeja, bela e rica...
A vida desta amarga sonhadora
Por mais que noutros rumos também fora
O sonho e a poesia se conhecem
E quando num conjunto em paz se expressam
Traduzem a alegria mais profana
Enquanto esta deseja ou ele engana
Histórias se destroem ou recomeçam.
E vejo num mosaico multicor
O multifacetário bem do amor
Em múltiplos momentos multiplica
Diversas multidões ele contém
E quando em poesia e sonho, além
Numa explosão sobeja, bela e rica...
LUZ E TEMPESTADE
Semelhança entre luz e tempestade?
Deveras reconheço e vejo bem
Assim também amor cedo contém
Em si e para si, diversidade.
E quando este moleque vem e invade
Não reconhece nada nem ninguém
Por vezes diz encanto ou nada vem
Somente o desencanto que degrade.
Assim entre esta cruz e a bela espada
Vagando muita vez abandonada
A cena se percebe e perpetua
Na insânia desta louca gratidão
Vergasta protegendo ou sonho vão
Uma alma sendo exposta inteira e nua...
Deveras reconheço e vejo bem
Assim também amor cedo contém
Em si e para si, diversidade.
E quando este moleque vem e invade
Não reconhece nada nem ninguém
Por vezes diz encanto ou nada vem
Somente o desencanto que degrade.
Assim entre esta cruz e a bela espada
Vagando muita vez abandonada
A cena se percebe e perpetua
Na insânia desta louca gratidão
Vergasta protegendo ou sonho vão
Uma alma sendo exposta inteira e nua...
DELÍRIO
Provavelmente em ondas mais bravias
Não poderia crer noutro momento
Aonde num delírio me atormento
Enquanto mil prazeres propicias.
E tantas as verdades e heresias
Ao fundo do cenário este lamento
No qual por vezes sofro ou me apascento
E violento os sonhos, fantasias...
Ecléticas vontades, luz e enfado
Traçando este retrato do passado
Vislumbro o amanhecer bem diferente.
Mas quando a paz enfim já se pressente
O tempo ressurgindo revoltado
De novo ao coração sofrido mente...
Não poderia crer noutro momento
Aonde num delírio me atormento
Enquanto mil prazeres propicias.
E tantas as verdades e heresias
Ao fundo do cenário este lamento
No qual por vezes sofro ou me apascento
E violento os sonhos, fantasias...
Ecléticas vontades, luz e enfado
Traçando este retrato do passado
Vislumbro o amanhecer bem diferente.
Mas quando a paz enfim já se pressente
O tempo ressurgindo revoltado
De novo ao coração sofrido mente...
AMORES TANTOS
O pranto que rolando em minha face
Traduz amores tantos, medos vários
Os dias muitas vezes solitários
E a vida neste tosco e vão impasse,
Por mais que a realidade ainda trace
A dor, amor rebenta os meus armários
E em passos sem sentido, temerários
Sem crer ou mesmo ter um desenlace
Avança entre diversos espinheiros
Sejam farsantes sonhos, verdadeiros
Pouco importa a quem tanto se entregou
E assim entre lascívia ou imprudência
Gerando redenção, dor, penitência
O amor traduz um pouco do que sou.
Traduz amores tantos, medos vários
Os dias muitas vezes solitários
E a vida neste tosco e vão impasse,
Por mais que a realidade ainda trace
A dor, amor rebenta os meus armários
E em passos sem sentido, temerários
Sem crer ou mesmo ter um desenlace
Avança entre diversos espinheiros
Sejam farsantes sonhos, verdadeiros
Pouco importa a quem tanto se entregou
E assim entre lascívia ou imprudência
Gerando redenção, dor, penitência
O amor traduz um pouco do que sou.
NOITES DE BRUMA
Brumosas noites negam qualquer sol,
Mas quando nos teus braços eu me entrego
Por mares tão diversos já navego
E tendo o teu olhar como farol
Iluminando em paz todo o arrebol
Ansiosamente, amado, não sossego
E o passo que ora dou mesmo que cego
Transforma em arquipélago um atol.
Escusas madrugadas solitárias
Delícias inconstantes, temporárias
Mergulhos num abismo? Não mais quero.
Desejo tão somente o teu desejo
E nele o amanhecer solar que vejo
Permite um dia manso e mais sincero...
Mas quando nos teus braços eu me entrego
Por mares tão diversos já navego
E tendo o teu olhar como farol
Iluminando em paz todo o arrebol
Ansiosamente, amado, não sossego
E o passo que ora dou mesmo que cego
Transforma em arquipélago um atol.
Escusas madrugadas solitárias
Delícias inconstantes, temporárias
Mergulhos num abismo? Não mais quero.
Desejo tão somente o teu desejo
E nele o amanhecer solar que vejo
Permite um dia manso e mais sincero...
NOSSAS BOCAS UNIDAS
Nossas bocas unidas em delírios
Expressam maravilhas incontidas
E nelas misturando nossas vidas
Promessas de delícias e martírios
Arcando com delitos e pecados
A salvadora glória feita em anjo
Trazendo para o sonho um raro arranjo
E nele meus caminhos desvendados
Permitem a complexa interação
De corpos em volúpia, fogo e brasa
E quando em farto amor o passo embasa
Anunciando a luz nesta amplidão
Percorro os infinitos num só ato
Deidade neste encanto ora retrato...
Expressam maravilhas incontidas
E nelas misturando nossas vidas
Promessas de delícias e martírios
Arcando com delitos e pecados
A salvadora glória feita em anjo
Trazendo para o sonho um raro arranjo
E nele meus caminhos desvendados
Permitem a complexa interação
De corpos em volúpia, fogo e brasa
E quando em farto amor o passo embasa
Anunciando a luz nesta amplidão
Percorro os infinitos num só ato
Deidade neste encanto ora retrato...
TU ME INUNDAS
Espalmadas mãos por sobre a pele
E nelas as respostas mais profundas
E quando com prazeres tu me inundas
Ao furioso sonho me compele
O amor que a cada dia mais se enrede
E toma os meus sentidos, me domina
Profusa e radiante rara mina
Enquanto me absorvendo me concede
Momento de fantástica emoção
E traduz sem palavra eternidade
E quando este delírio em gozo invade
Expressa as maravilhas que virão
Em ondas tão sobejas, preamar
Divina transgressão a me tomar..
E nelas as respostas mais profundas
E quando com prazeres tu me inundas
Ao furioso sonho me compele
O amor que a cada dia mais se enrede
E toma os meus sentidos, me domina
Profusa e radiante rara mina
Enquanto me absorvendo me concede
Momento de fantástica emoção
E traduz sem palavra eternidade
E quando este delírio em gozo invade
Expressa as maravilhas que virão
Em ondas tão sobejas, preamar
Divina transgressão a me tomar..
AMOR ENTRE AS PAREDES
Amor entre as paredes diz loucuras
E nelas realizo cada sonho
E quando os meus caminhos eu componho
Nas ânsias que deveras mais procuras
Encontro pros meus males fartas curas
Nas tramas mais audazes já me enfronho
Futuro pode ser triste ou risonho
E as noites bem mais claras ou escuras
Tampouco me importando qualquer sorte
Eu quero este carinho que comporte
Necessidades tantas da mulher
Delírios de uma fêmea em pleno cio
Tu és meu estopim, chama e pavio
Incendiando tudo o que vier...
E nelas realizo cada sonho
E quando os meus caminhos eu componho
Nas ânsias que deveras mais procuras
Encontro pros meus males fartas curas
Nas tramas mais audazes já me enfronho
Futuro pode ser triste ou risonho
E as noites bem mais claras ou escuras
Tampouco me importando qualquer sorte
Eu quero este carinho que comporte
Necessidades tantas da mulher
Delírios de uma fêmea em pleno cio
Tu és meu estopim, chama e pavio
Incendiando tudo o que vier...
CALMARIA
O vento que se fez da calmaria
Assola todo o campo dito peito
E mesmo quando o sonho é satisfeito
Teimoso coração já se recria
E bebe cada gota em fantasia
Fazendo da ilusão amargo pleito
Enquanto nos teus lábios me deleito
O amor sonha diversa poesia.
Assim ao prosseguir em luz e treva
No estio de minha alma quando neva
A ceva prometida se perdendo
E amor com seus tentáculos tocando,
Gerando tempestade em tempo brando
Amortalhando gozos, estupendo!
Assola todo o campo dito peito
E mesmo quando o sonho é satisfeito
Teimoso coração já se recria
E bebe cada gota em fantasia
Fazendo da ilusão amargo pleito
Enquanto nos teus lábios me deleito
O amor sonha diversa poesia.
Assim ao prosseguir em luz e treva
No estio de minha alma quando neva
A ceva prometida se perdendo
E amor com seus tentáculos tocando,
Gerando tempestade em tempo brando
Amortalhando gozos, estupendo!
AMOR E PAZ
Do drama de viver, amor e paz
Quedando-se em meus olhos o vazio
Sozinha sem parceiro ora desfio
No passo que professo; tão tenaz.
Assisto à derrocada que se traz
Nas ânsias de um momento em pleno estio
Depois quando hibernando não recrio
O mundo outrora feito em tom mordaz.
Se acendendo ilusões, dura fornalha
Incêndio que deveras já se espalha
Tomando toda lavra que cultivo.
E assim não poderei crer na colheita
Imagem dos meus sonhos vai desfeita
E amor fugindo ao largo, amargo e esquivo.
Quedando-se em meus olhos o vazio
Sozinha sem parceiro ora desfio
No passo que professo; tão tenaz.
Assisto à derrocada que se traz
Nas ânsias de um momento em pleno estio
Depois quando hibernando não recrio
O mundo outrora feito em tom mordaz.
Se acendendo ilusões, dura fornalha
Incêndio que deveras já se espalha
Tomando toda lavra que cultivo.
E assim não poderei crer na colheita
Imagem dos meus sonhos vai desfeita
E amor fugindo ao largo, amargo e esquivo.
PERDENDO A JUVENTUDE
Desfeita última chance de poder
Vivenciar intensa plenitude
Por mais que se perdera a juventude
Futuro ainda, ao longe eu posso ver.
Tomando sem perguntas todo o ser
E mesmo que este passo, o tempo mude,
A glória de sonhar como um açude
Transborda em ânsias belas, o querer...
Ecoa dentro em mim versos que um dia
Traduzindo este amor que bendizia
Dos sonhos de uma moça tão comum
E agora que me perco dos meus guias
Restando tão somente as fantasias,
Procuro algum sinal, vejo nenhum...
Vivenciar intensa plenitude
Por mais que se perdera a juventude
Futuro ainda, ao longe eu posso ver.
Tomando sem perguntas todo o ser
E mesmo que este passo, o tempo mude,
A glória de sonhar como um açude
Transborda em ânsias belas, o querer...
Ecoa dentro em mim versos que um dia
Traduzindo este amor que bendizia
Dos sonhos de uma moça tão comum
E agora que me perco dos meus guias
Restando tão somente as fantasias,
Procuro algum sinal, vejo nenhum...
ÚLTIMA CHAMA
Última chama feita em luz sombria
Dizendo deste encanto que não tenho
E quando foi maior o meu empenho
Maior foi na verdade, esta agonia
O vento se transborda e a ventania
Desdiz esta esperança de onde venho
Quando em furnas sublimes eu me embrenho
O amor se mostra em falsa pedraria.
Um exitoso dia? Nada além
Do fato que decerto me convém
De ter uma esperança, pelo menos.
Mas sei que os dias passam sempre iguais
E os sonhos que bebi; fenomenais,
Rotina a traduzir dias amenos.
Dizendo deste encanto que não tenho
E quando foi maior o meu empenho
Maior foi na verdade, esta agonia
O vento se transborda e a ventania
Desdiz esta esperança de onde venho
Quando em furnas sublimes eu me embrenho
O amor se mostra em falsa pedraria.
Um exitoso dia? Nada além
Do fato que decerto me convém
De ter uma esperança, pelo menos.
Mas sei que os dias passam sempre iguais
E os sonhos que bebi; fenomenais,
Rotina a traduzir dias amenos.
MOMENTOS DELICADOS
Pressentimentos vários entre medos
Diversos e comuns a quem procura
Amenas claridades, noite escura
Momentos delicados, dias ledos.
E quando me entranhando em tais enredos
Percebo quão divina formosura
Estampa-se no olhar que assim perdura
Ao desvendar do amor os seus segredos.
E sendo costumeiras ilusões
Ainda que a verdade tu me exponha
Renovam-se terríveis decepções
Na pálida expressão, mera e tristonha
Mas quando novos dias tu me expões
Minha alma tão voraz, de novo sonha...
Diversos e comuns a quem procura
Amenas claridades, noite escura
Momentos delicados, dias ledos.
E quando me entranhando em tais enredos
Percebo quão divina formosura
Estampa-se no olhar que assim perdura
Ao desvendar do amor os seus segredos.
E sendo costumeiras ilusões
Ainda que a verdade tu me exponha
Renovam-se terríveis decepções
Na pálida expressão, mera e tristonha
Mas quando novos dias tu me expões
Minha alma tão voraz, de novo sonha...
LUZ BRILHANTE
O que se fez outrora amargo e triste
Agora se tomando em luz brilhante
Tomando este cenário num instante
Mostrando um raro sonho que persiste
Enquanto a solidão enfim desiste
Na força que deveras me agigante
Eu vejo em meu caminho o diamante
Sinônimo de um Deus que, sei, existe.
Do que fora amizade; agora eu vejo
O olhar inebriante de um desejo
Causando um turbilhão na calmaria
Aonde a vida fosse rotineira
Uma avalanche em fúria me inteira
Do amor que entre nós dois, sinto, nascia...
Agora se tomando em luz brilhante
Tomando este cenário num instante
Mostrando um raro sonho que persiste
Enquanto a solidão enfim desiste
Na força que deveras me agigante
Eu vejo em meu caminho o diamante
Sinônimo de um Deus que, sei, existe.
Do que fora amizade; agora eu vejo
O olhar inebriante de um desejo
Causando um turbilhão na calmaria
Aonde a vida fosse rotineira
Uma avalanche em fúria me inteira
Do amor que entre nós dois, sinto, nascia...
PAIXÃO
De todos os meus dramas corriqueiros
Usando da paixão que me devora
O barco que procura um porto e ancora
As flores enfeitando os meus canteiros,
Os medos muitas vezes verdadeiros
A sorte de quem fica ou vai embora
A dor que no meu peito em vão demora
Os sonhos são dos anjos, mensageiros.
O corte dentro da alma, a chaga, a escara
A solução que amor nos escancara
E o tanto que perdi e não sabia.
Assim ao perceber esta quimera
Enquanto o meu caminho destempera
Suporta cada passo, fantasia...
Usando da paixão que me devora
O barco que procura um porto e ancora
As flores enfeitando os meus canteiros,
Os medos muitas vezes verdadeiros
A sorte de quem fica ou vai embora
A dor que no meu peito em vão demora
Os sonhos são dos anjos, mensageiros.
O corte dentro da alma, a chaga, a escara
A solução que amor nos escancara
E o tanto que perdi e não sabia.
Assim ao perceber esta quimera
Enquanto o meu caminho destempera
Suporta cada passo, fantasia...
ANGÚSTIAS
Da calma costumeira, uma procela
Surgindo sem perguntas nem respostas
As faces já desnudas ou expostas
Transformam enquanto a vida se revela
Das ânsias mais sobejas, rara tela
Terror que bem no fundo sei que gostas
E vence sem pensar tantas apostas
Liberta e nos prepara dor e cela.
Angustiadamente traz saída
E ao mesmo tempo é luz e despedida
E nela mil facetas mostrarão
Deidade muitas vezes vil, satânica
E transbordante; uma erupção vulcânica
Intraduzível fúria, eis a paixão.
Surgindo sem perguntas nem respostas
As faces já desnudas ou expostas
Transformam enquanto a vida se revela
Das ânsias mais sobejas, rara tela
Terror que bem no fundo sei que gostas
E vence sem pensar tantas apostas
Liberta e nos prepara dor e cela.
Angustiadamente traz saída
E ao mesmo tempo é luz e despedida
E nela mil facetas mostrarão
Deidade muitas vezes vil, satânica
E transbordante; uma erupção vulcânica
Intraduzível fúria, eis a paixão.
AVENTURA ERRANTE
Uma “aventura errante” e nada mais
O amor entranha noite bebe dias
E nele vês a luz que ora te guias
Em meio aos seus delírios magistrais
Às vezes bancarrota, noutras cais
É pai das ilusões e fantasias
Invade sem pergunta as cercanias
Expressa maravilhas rituais
E traz o sofrimento prazeroso,
Que embora nos permita riso e gozo
Também nos dilacera e nos maltrata.
A força incomparável de um amor,
Este anjo que é maldito e sedutor
Pois ele; um Deus satânico retrata..
O amor entranha noite bebe dias
E nele vês a luz que ora te guias
Em meio aos seus delírios magistrais
Às vezes bancarrota, noutras cais
É pai das ilusões e fantasias
Invade sem pergunta as cercanias
Expressa maravilhas rituais
E traz o sofrimento prazeroso,
Que embora nos permita riso e gozo
Também nos dilacera e nos maltrata.
A força incomparável de um amor,
Este anjo que é maldito e sedutor
Pois ele; um Deus satânico retrata..
quinta-feira, 4 de março de 2010
PAISAGEM SOMBRIA
Ao menos um momento eu poderia
Ter além dos mais céticos caminhos
E neles os meus dias tão sozinhos
Tramando esta paisagem tão sombria
E quanto à poesia, nada faço
Senão seguir os passos de quem ama
Condeno-me ao vigor da tensa chama
Que toma a cada instante mais espaço.
Especiarias trouxe lá do Cabo,
De Praia uma saudade que não cessa,
Do amor que imaginara, vã promessa
E aos poucos solitária ora desabo.
Desarvorada mente se transtorna
Vivendo por viver em luz tão morna...
Ter além dos mais céticos caminhos
E neles os meus dias tão sozinhos
Tramando esta paisagem tão sombria
E quanto à poesia, nada faço
Senão seguir os passos de quem ama
Condeno-me ao vigor da tensa chama
Que toma a cada instante mais espaço.
Especiarias trouxe lá do Cabo,
De Praia uma saudade que não cessa,
Do amor que imaginara, vã promessa
E aos poucos solitária ora desabo.
Desarvorada mente se transtorna
Vivendo por viver em luz tão morna...
MENINA SONHADORA
Não posso me calar perante o fato
De tanto me entregar e nada ter
A vida transcorrendo sem saber
Aonde e em que momento eu me retrato.
Menina sonhadora em cardo e sombra
Espículas diversas encontrara,
E a vida sendo assim cruel e amara
Ainda em noite tétrica me assombra
E beijo a tua imagem cavaleiro
Guardada dentro em mim há tantos anos,
Colecionando medos, desenganos
O tempo vai além do costumeiro
E traz velhos castelos em ruínas,
Mas mesmo assim, Amor, tu me dominas...
De tanto me entregar e nada ter
A vida transcorrendo sem saber
Aonde e em que momento eu me retrato.
Menina sonhadora em cardo e sombra
Espículas diversas encontrara,
E a vida sendo assim cruel e amara
Ainda em noite tétrica me assombra
E beijo a tua imagem cavaleiro
Guardada dentro em mim há tantos anos,
Colecionando medos, desenganos
O tempo vai além do costumeiro
E traz velhos castelos em ruínas,
Mas mesmo assim, Amor, tu me dominas...
SACIADO
Aonde saciar a minha fome
Se amor não mais resiste ao dia a dia,
E quanto mais a gente fantasia
A imagem se dilui até que some...
E a fúria do não ser e nem poder
Vencido pelos medos do passado,
Resisto ao vento forte e demarcado
Na ausência do que fora algum prazer
Mesquinharias dizem deste todo
Que tanto me iludiu e maltratou
E agora percebendo o que legou
Amor se retratando em lama e lodo.
Vencida há tanto tempo nada vejo
Sequer a sombra atroz do meu desejo...
Se amor não mais resiste ao dia a dia,
E quanto mais a gente fantasia
A imagem se dilui até que some...
E a fúria do não ser e nem poder
Vencido pelos medos do passado,
Resisto ao vento forte e demarcado
Na ausência do que fora algum prazer
Mesquinharias dizem deste todo
Que tanto me iludiu e maltratou
E agora percebendo o que legou
Amor se retratando em lama e lodo.
Vencida há tanto tempo nada vejo
Sequer a sombra atroz do meu desejo...
OUTRO TROPEÇO
Não posso permitir outro tropeço
De quem se fez amante e bem sabia
Que amor ao se tornar farta agonia
Trazendo a voz sombria, e me escureço.
Aonde poderia ter a sorte
De crer noutro momento mais tranqüilo,
Destino tão difícil de cumpri-lo
Sem ter sequer o gozo que conforte.
A paz tão necessária já não vejo,
E tudo o recendendo ao vão receio
Desdenha este caminho de onde veio
O medo transformado num desejo.
E o peso do futuro não sustento,
Sabendo quanto o amor é virulento.
De quem se fez amante e bem sabia
Que amor ao se tornar farta agonia
Trazendo a voz sombria, e me escureço.
Aonde poderia ter a sorte
De crer noutro momento mais tranqüilo,
Destino tão difícil de cumpri-lo
Sem ter sequer o gozo que conforte.
A paz tão necessária já não vejo,
E tudo o recendendo ao vão receio
Desdenha este caminho de onde veio
O medo transformado num desejo.
E o peso do futuro não sustento,
Sabendo quanto o amor é virulento.
FAZER DO SENTIMENTO UMA BANDEIRA
São áridos os dias de quem ama
E faz do sentimento uma bandeira
A sorte se transforma e corriqueira
Senzala destroçando qualquer chama
Chafurda-se emoção envolta em lama
E quando a realidade ali se esgueira
A morte se aproxima e derradeira
Ultima ao mesmo tempo em que reclama.
Diversas variantes dizem cardo
O passo novamente, se eu retardo
Talvez seja por ter apenas isso,
E o pranto inconsolável não sossega
O corte se permite que alma cega
Traduza o que deveras mais cobiço.
E faz do sentimento uma bandeira
A sorte se transforma e corriqueira
Senzala destroçando qualquer chama
Chafurda-se emoção envolta em lama
E quando a realidade ali se esgueira
A morte se aproxima e derradeira
Ultima ao mesmo tempo em que reclama.
Diversas variantes dizem cardo
O passo novamente, se eu retardo
Talvez seja por ter apenas isso,
E o pranto inconsolável não sossega
O corte se permite que alma cega
Traduza o que deveras mais cobiço.
EMOÇÃO
Os raios da emoção nos atingindo
Enquanto nós dormíamos absortos
Tramando com certeza novos portos
E neles com prazeres vai tingindo
Caminho onde pensara ser infindo,
Mas quando vejo os sonhos todos mortos
Resumem no passado meus abortos
E deles novos dias ressurgindo.
Escuto a voz da morte me clamando
E o peso de minha alma em contrabando
Alheia aos vendavais não poderia
Singrar mares diversos nem tampouco
O que me restaria se treslouco
O verso que destrói toda alegria.
Enquanto nós dormíamos absortos
Tramando com certeza novos portos
E neles com prazeres vai tingindo
Caminho onde pensara ser infindo,
Mas quando vejo os sonhos todos mortos
Resumem no passado meus abortos
E deles novos dias ressurgindo.
Escuto a voz da morte me clamando
E o peso de minha alma em contrabando
Alheia aos vendavais não poderia
Singrar mares diversos nem tampouco
O que me restaria se treslouco
O verso que destrói toda alegria.
SUDÁRIOS
Sudários que ora visto representam
Os dias onde farpas entranhavam
E os medos com certeza misturavam
Delírios com vontades que apascentam,
E as luzes do futuro violentam
Os sonhos que nos sonhos se lavavam
E novas fantasias redundavam
Dos quadros mais sombrios que se inventam.
Tecendo com sanguíneas ilusões
Os mundos que deveras decompões
Deixando quase um rastro, vão resquício...
E tudo se transcorre desta forma,
Realidade tosca me deforma
Gerando tão somente um precipício...
Os dias onde farpas entranhavam
E os medos com certeza misturavam
Delírios com vontades que apascentam,
E as luzes do futuro violentam
Os sonhos que nos sonhos se lavavam
E novas fantasias redundavam
Dos quadros mais sombrios que se inventam.
Tecendo com sanguíneas ilusões
Os mundos que deveras decompões
Deixando quase um rastro, vão resquício...
E tudo se transcorre desta forma,
Realidade tosca me deforma
Gerando tão somente um precipício...
CANDENTES EMOÇÕES
Candentes emoções traduzem medo
E quando me enfronhara em falsas luzes,
Percebo que deveras reproduzes
O farto desencanto que concedo.
Estranho o meu caminho, amargo e ledo
Carrego mansamente minhas cruzes
Pisando em espinheiros, velhas urzes
Desnuda não concebo mais segredo.
E o peso do passado em minhas costas
Diverso do futuro que ora apostas
Estraçalhando em mim o que restara
Do tempo onde talvez pudesse crer
Que o mundo me trouxesse o bem querer,
E agora sei que a jóia se fez rara..
E quando me enfronhara em falsas luzes,
Percebo que deveras reproduzes
O farto desencanto que concedo.
Estranho o meu caminho, amargo e ledo
Carrego mansamente minhas cruzes
Pisando em espinheiros, velhas urzes
Desnuda não concebo mais segredo.
E o peso do passado em minhas costas
Diverso do futuro que ora apostas
Estraçalhando em mim o que restara
Do tempo onde talvez pudesse crer
Que o mundo me trouxesse o bem querer,
E agora sei que a jóia se fez rara..
O BARCO SE PERDENDO
Um dia imaginara bem mais bela
Do que eu poderia mesmo crer
E nisto não senti nenhum prazer
O barco se perdendo, rumo e vela,
Apenas a saudada já se atrela
Ao quanto mesmo insana pude ver
A vida neste instante a desdizer
O que o meu pensamento não revela.
Apago da lembrança este momento,
Pois quando ele ressurge me atormento
E volto a crer possível a mudança.
Tenazes e eloqüentes fantasias
Diversas do que outrora me dizias
Uma alma sofredora, a dor alcança.
Do que eu poderia mesmo crer
E nisto não senti nenhum prazer
O barco se perdendo, rumo e vela,
Apenas a saudada já se atrela
Ao quanto mesmo insana pude ver
A vida neste instante a desdizer
O que o meu pensamento não revela.
Apago da lembrança este momento,
Pois quando ele ressurge me atormento
E volto a crer possível a mudança.
Tenazes e eloqüentes fantasias
Diversas do que outrora me dizias
Uma alma sofredora, a dor alcança.
FARTA ESPERANÇA
Belezas que espalhaste em minhas sendas
E nelas cultivei farta esperança
O amor quando deveras nos alcança
Retira dos meus olhos turvas vendas,
Enquanto esta vontade mais acendas
O mundo aos meus prazeres já se lança
E tendo este carinho por vingança
Atrozes ilusões virando lendas.
Liberta pelas mãos de um grande amor,
Um tempo bem mais belo a se propor
Depois deste verão tempestuoso,
O outono se aproxima mais suave
Retiro dos meus olhos qualquer trave
E bebo a fantasia em fino gozo.
E nelas cultivei farta esperança
O amor quando deveras nos alcança
Retira dos meus olhos turvas vendas,
Enquanto esta vontade mais acendas
O mundo aos meus prazeres já se lança
E tendo este carinho por vingança
Atrozes ilusões virando lendas.
Liberta pelas mãos de um grande amor,
Um tempo bem mais belo a se propor
Depois deste verão tempestuoso,
O outono se aproxima mais suave
Retiro dos meus olhos qualquer trave
E bebo a fantasia em fino gozo.
ENAMORADA
Noiva de uma ilusão, enamorada,
Escuto a tua voz mesmo distante
E quando a fantasia se adiante
Depois de certo tempo sem ter nada
Ungida pela sorte demonstrada
No olhar que se mostrasse mais brilhante
Fulgura em minhas sendas, diamante
Iluminando assim a minha estrada.
Esqueço cada faca e cada gume
Porquanto a fantasia já se esfume
Realidade toma em maestria
As rédeas destas ânsias do viver
E molda com ternura e com prazer
A luz que nos meus sonhos construía.
Escuto a tua voz mesmo distante
E quando a fantasia se adiante
Depois de certo tempo sem ter nada
Ungida pela sorte demonstrada
No olhar que se mostrasse mais brilhante
Fulgura em minhas sendas, diamante
Iluminando assim a minha estrada.
Esqueço cada faca e cada gume
Porquanto a fantasia já se esfume
Realidade toma em maestria
As rédeas destas ânsias do viver
E molda com ternura e com prazer
A luz que nos meus sonhos construía.
COM PRAZER
Descrevo cada verso com prazer
Pois nele se resume a minha vida
Às vezes tão benquista ou vã, sofrida,
Mas tudo o que deveras posso ver
Permite a minha estrada conhecer
E nela cada curva está tecida
Na poesia, encontro e despedida
Vontade caprichosa a se verter
Em frases e palavras guizos falsos,
Estúpidas quimeras, cadafalsos
Vida espalhafatosa, mas real
E tudo se coleta num compêndio
Às vezes sou bombeiro ou mesmo incêndio
E enquanto sou mortalha, sou fatal.
Pois nele se resume a minha vida
Às vezes tão benquista ou vã, sofrida,
Mas tudo o que deveras posso ver
Permite a minha estrada conhecer
E nela cada curva está tecida
Na poesia, encontro e despedida
Vontade caprichosa a se verter
Em frases e palavras guizos falsos,
Estúpidas quimeras, cadafalsos
Vida espalhafatosa, mas real
E tudo se coleta num compêndio
Às vezes sou bombeiro ou mesmo incêndio
E enquanto sou mortalha, sou fatal.
O FLORESCER DO AMOR
Floresce mesmo em solo mais agreste
O amor que tanto cevo e necessito,
O dia se tornando mais bonito
Conforme a poesia que me deste,
E quando a fantasia nos reveste
O termo se tornando enfim bendito
Deixando já suspenso qualquer grito
Na sorte do porvir amor investe.
E o fato de poder ter ao meu lado
O amor há tanto tempo desejado
Permite que eu entranhe este segredo
E vândalos de outrora, solidões,
Diversas do que agora tu me expões
Enquanto os meus carinhos te concedo.
O amor que tanto cevo e necessito,
O dia se tornando mais bonito
Conforme a poesia que me deste,
E quando a fantasia nos reveste
O termo se tornando enfim bendito
Deixando já suspenso qualquer grito
Na sorte do porvir amor investe.
E o fato de poder ter ao meu lado
O amor há tanto tempo desejado
Permite que eu entranhe este segredo
E vândalos de outrora, solidões,
Diversas do que agora tu me expões
Enquanto os meus carinhos te concedo.
TEUS BEIJOS
Coroas com teus beijos o romance
Que tanto eu alentara a vida inteira
E sendo tua amante e companheira
Permito que este sonho nos alcance,
E vendo da esperança este nuance
Mergulho sem temer e lisonjeira
Encontro a poesia verdadeira
Por mais que a vida ainda me balance.
Vibrando em consonância sigo agora
E tendo a fantasia, revigora
O sonho feito em luzes mais benignas
Por mais que estas tristezas tu consignas
A vida ainda tem resquício tanto
Dos dias que passara em desencanto.
Que tanto eu alentara a vida inteira
E sendo tua amante e companheira
Permito que este sonho nos alcance,
E vendo da esperança este nuance
Mergulho sem temer e lisonjeira
Encontro a poesia verdadeira
Por mais que a vida ainda me balance.
Vibrando em consonância sigo agora
E tendo a fantasia, revigora
O sonho feito em luzes mais benignas
Por mais que estas tristezas tu consignas
A vida ainda tem resquício tanto
Dos dias que passara em desencanto.
SOB O SOL
A fronte descoberta sob o sol
Bronzeia o coração de quem se entrega
A vida quando em luzes fartas cega
E torna luminoso este arrebol,
Das ânsias de um amor sou girassol,
A força se transforma em quase mega
E todo o meu passado se renega
Quebrando a velha casca o caracol.
Esboço algum sorriso e sigo enfim
Buscando cada passo de onde vim
Transtornos esquecidos; leva o vento
E quando nos teus braços eu me alento
A vida renascendo dentro em mim,
Floresce com belezas meu jardim.
Bronzeia o coração de quem se entrega
A vida quando em luzes fartas cega
E torna luminoso este arrebol,
Das ânsias de um amor sou girassol,
A força se transforma em quase mega
E todo o meu passado se renega
Quebrando a velha casca o caracol.
Esboço algum sorriso e sigo enfim
Buscando cada passo de onde vim
Transtornos esquecidos; leva o vento
E quando nos teus braços eu me alento
A vida renascendo dentro em mim,
Floresce com belezas meu jardim.
A FONTE DOS DESEJOS
A fonte dos desejos nunca seca
E manda em minha vida. Vez em quando
O mundo vejo em ti se transformando
E sou a tua escrava, esta boneca
Aonde com capricho o amor disseca
E traz momento audaz me alvoroçando
Percebo quando estás me dominando
Uma alma muitas vezes tão moleca.
E aguardo este desfecho tão sublime,
No amor que me bendiz e me redime
Deixando-me um sorriso mais tranqüilo.
Na estrada em que me levas, companheiro,
No amor que tanto sinto verdadeiro,
As dores do passado enfim destilo.
E manda em minha vida. Vez em quando
O mundo vejo em ti se transformando
E sou a tua escrava, esta boneca
Aonde com capricho o amor disseca
E traz momento audaz me alvoroçando
Percebo quando estás me dominando
Uma alma muitas vezes tão moleca.
E aguardo este desfecho tão sublime,
No amor que me bendiz e me redime
Deixando-me um sorriso mais tranqüilo.
Na estrada em que me levas, companheiro,
No amor que tanto sinto verdadeiro,
As dores do passado enfim destilo.
MANHÃ RADIOSA
Floresce na manhã mais radiosa
O encanto de um amor belo e sutil,
E sendo muito além do que se viu
Jardim vai se tomando em festa e rosa.
E quando em minhas mãos, tu vens e goza
Percebo quanto, amor tu és gentil
E mesmo sendo insano, este viril
Amante me fazendo gloriosa.
Arrastam-me desejos mais vulgares
Por onde prosseguires e tocares
Num êxtase supremo denuncio
O quanto em tanto amor se faz presente,
E vivo esta alegria que se sente
Ao derramar em ti o meu rocio...
O encanto de um amor belo e sutil,
E sendo muito além do que se viu
Jardim vai se tomando em festa e rosa.
E quando em minhas mãos, tu vens e goza
Percebo quanto, amor tu és gentil
E mesmo sendo insano, este viril
Amante me fazendo gloriosa.
Arrastam-me desejos mais vulgares
Por onde prosseguires e tocares
Num êxtase supremo denuncio
O quanto em tanto amor se faz presente,
E vivo esta alegria que se sente
Ao derramar em ti o meu rocio...
LÁBIOS SEDUTORES
Coras com teus lábios sedutores
A vida de uma frágil navegante,
Por quanto cristalino e mais brilhante
Caminho desenhando em raras flores
Diversos os momentos dos amores
Aonde se demonstre degradante
Figura que se toma num rompante
Rompendo velhos laços protetores.
Acerto os meus ponteiros com a vida
Ainda que decerto tanto agrida
Numa árida expressão de frio e corte,
Ao crer possível ver amanhecer
Refaço-me depois de te perder,
Ao crer no amor que dá força e suporte.
A vida de uma frágil navegante,
Por quanto cristalino e mais brilhante
Caminho desenhando em raras flores
Diversos os momentos dos amores
Aonde se demonstre degradante
Figura que se toma num rompante
Rompendo velhos laços protetores.
Acerto os meus ponteiros com a vida
Ainda que decerto tanto agrida
Numa árida expressão de frio e corte,
Ao crer possível ver amanhecer
Refaço-me depois de te perder,
Ao crer no amor que dá força e suporte.
PLENO AMOR
Num himeneu diverso do que tanto
Deseja quem se faz em pleno amor,
A vida me deixando o dissabor
E nele tão somente o medo e o pranto
Se quando na distância me quebranto
Permito novamente recompor
Aonde se fizera algum andor
A sorte caprichosa não mais canto.
Eu quero a liberdade nos meus dias
E neles retomadas fantasias
No renascer suave, mocidade.
Mas quando se percebe a realidade
As noites com certeza são mais frias
E o medo sem desculpas, toma e invade...
Deseja quem se faz em pleno amor,
A vida me deixando o dissabor
E nele tão somente o medo e o pranto
Se quando na distância me quebranto
Permito novamente recompor
Aonde se fizera algum andor
A sorte caprichosa não mais canto.
Eu quero a liberdade nos meus dias
E neles retomadas fantasias
No renascer suave, mocidade.
Mas quando se percebe a realidade
As noites com certeza são mais frias
E o medo sem desculpas, toma e invade...
BELEZAS MULTICORES
Belezas multicores entre tantas
Formatações diversas que anuncio
No verso a cada dia um desafio
E nele com terror me desencantas.
O quanto desta vida tu quebrantas
E fazes retornar somente o frio,
Perdendo sutilmente trilha e fio
Cobrindo minhas costas, turvas mantas.
Esgarço-me deveras ao tentar
Vencer estas quimeras e encontrar
Após a tempestade uma bonança
Procelas costumeiras ditam vida
Que matando este sonho ainda agrida
E aos ermos do meu ser quer e se lança.
Formatações diversas que anuncio
No verso a cada dia um desafio
E nele com terror me desencantas.
O quanto desta vida tu quebrantas
E fazes retornar somente o frio,
Perdendo sutilmente trilha e fio
Cobrindo minhas costas, turvas mantas.
Esgarço-me deveras ao tentar
Vencer estas quimeras e encontrar
Após a tempestade uma bonança
Procelas costumeiras ditam vida
Que matando este sonho ainda agrida
E aos ermos do meu ser quer e se lança.
NOITES DIVERSAS
Noites tão diversas das que um dia
Pensara com carinho e com cuidado
O amor há tanto tempo vislumbrado
Jamais se aproximou e não me guia.
O peso do passado me arrepia
E gera em meu futuro amargo fado
E nele retratando o meu passado
Num mote que, perpétuo, se recria.
Esdrúxulas manhãs, sombrias tardes,
E quanto mais demoras e retardes
O fim já se aproxima em falsidade.
E apenas coletando dentro da alma,
A sorte que se fez terror e trauma,
Temor do nunca ter, de novo invade.
Pensara com carinho e com cuidado
O amor há tanto tempo vislumbrado
Jamais se aproximou e não me guia.
O peso do passado me arrepia
E gera em meu futuro amargo fado
E nele retratando o meu passado
Num mote que, perpétuo, se recria.
Esdrúxulas manhãs, sombrias tardes,
E quanto mais demoras e retardes
O fim já se aproxima em falsidade.
E apenas coletando dentro da alma,
A sorte que se fez terror e trauma,
Temor do nunca ter, de novo invade.
VAGANDO EM SONHOS
As pálpebras fechadas, sonhos vago
E neles encontrando quem outrora
Ainda na lembrança se demora
Gerando como fosse um frio afago.
E quando à realidade enfim me trago
Apenas solidão inda decora
Uma alma cuja luz já não aflora
Aonde te encontrar; à toa indago,
À parte dos meus sonhos prosseguindo
Sabendo que este mundo sendo infindo
Permite uma surpresa após tempestas.
E quando junto a mim em sonho restas
Eu bebo da alegria mais fugaz,
Mas nela encontro imensa e rara paz.
E neles encontrando quem outrora
Ainda na lembrança se demora
Gerando como fosse um frio afago.
E quando à realidade enfim me trago
Apenas solidão inda decora
Uma alma cuja luz já não aflora
Aonde te encontrar; à toa indago,
À parte dos meus sonhos prosseguindo
Sabendo que este mundo sendo infindo
Permite uma surpresa após tempestas.
E quando junto a mim em sonho restas
Eu bebo da alegria mais fugaz,
Mas nela encontro imensa e rara paz.
TEMPORAIS
Furiosa madrugada em temporais
Descarta uma manhã bem mais tranqüila
E quando me faltara então argila
O medo noutros tantos transformais
E sendo vossa serva, quero mais
Que simplesmente a sorte ora destila
E quando a poesia dita a fila
Os ermos dos meus sonhos provocais.
E tento renegar o meu passado,
O sonho muitas vezes violado
Impede que se veja claramente
A face desnudada num espelho
Na insânia do vazio me aconselho
E a vida sem remédios, inda mente...
Descarta uma manhã bem mais tranqüila
E quando me faltara então argila
O medo noutros tantos transformais
E sendo vossa serva, quero mais
Que simplesmente a sorte ora destila
E quando a poesia dita a fila
Os ermos dos meus sonhos provocais.
E tento renegar o meu passado,
O sonho muitas vezes violado
Impede que se veja claramente
A face desnudada num espelho
Na insânia do vazio me aconselho
E a vida sem remédios, inda mente...
MANHÃS
Brumosas as manhãs em que pensava
Poder encontrar luzes, mas bem sei
O quão se torna escura a minha grei
Deixando para trás vulcão e lava
Dos sonhos mais felizes, uma escrava
A liberdade em ti eu procurei
E nada percebendo não achei
Sequer a fantasia em que amor lava
Os olhos tão sofridos de quem tanto
Vivera a solidão que agora canto
Em versos delicados, mas cruéis.
Quem sabe entre as neblinas veja o sol
E nele com certeza este farol
Tornando mais visíveis os teus méis...
Poder encontrar luzes, mas bem sei
O quão se torna escura a minha grei
Deixando para trás vulcão e lava
Dos sonhos mais felizes, uma escrava
A liberdade em ti eu procurei
E nada percebendo não achei
Sequer a fantasia em que amor lava
Os olhos tão sofridos de quem tanto
Vivera a solidão que agora canto
Em versos delicados, mas cruéis.
Quem sabe entre as neblinas veja o sol
E nele com certeza este farol
Tornando mais visíveis os teus méis...
DITAMES DO AMOR
Artifícios diversos se mostrando
Em tantas heresias, dita o amor
E nisto percebendo o decompor
Do quanto se fizera outrora brando
Momento sobre mim se desabando
E nisto não concebo luz e cor
O gosto do vazio a se propor
E o rumo que pensara capotando.
Estranho cada leito em que hoje durmo
Por mais que ainda tente não me enturmo
Enfurno-me nos antros do não ser
E quando me percebo solitária
Qual fora simplesmente simples pária
Nas ruas vejo o sol amanhecer...
Em tantas heresias, dita o amor
E nisto percebendo o decompor
Do quanto se fizera outrora brando
Momento sobre mim se desabando
E nisto não concebo luz e cor
O gosto do vazio a se propor
E o rumo que pensara capotando.
Estranho cada leito em que hoje durmo
Por mais que ainda tente não me enturmo
Enfurno-me nos antros do não ser
E quando me percebo solitária
Qual fora simplesmente simples pária
Nas ruas vejo o sol amanhecer...
CADA SONHO...
Andaimes da esperança hoje tropeço
E a queda se transforma em desafio
Saudade ao acender o seu pavio
Acerta novamente este endereço
E quando a minha sina reconheço
Imagem do passado que recrio
E nela cada sonho diz desvio
Voltando finalmente ao vão começo.
Curvando as minhas ânsias tão banais
Enquanto em vossos olhos demonstrais
O quão se faz dorida esta lembrança.
Porém ao perceber nova saída
O amor que tantas vezes não duvida
Sem ter a proteção devida, lança...
E a queda se transforma em desafio
Saudade ao acender o seu pavio
Acerta novamente este endereço
E quando a minha sina reconheço
Imagem do passado que recrio
E nela cada sonho diz desvio
Voltando finalmente ao vão começo.
Curvando as minhas ânsias tão banais
Enquanto em vossos olhos demonstrais
O quão se faz dorida esta lembrança.
Porém ao perceber nova saída
O amor que tantas vezes não duvida
Sem ter a proteção devida, lança...
TEU OLHAR
Enriquecendo o verso com a dor
Que tantas vezes traz em seu olhar
O brilho onde deveras pude achar
Os traços de um momento redentor
E sei quanto iludida por quem for
Apenas nos meus dias macular
Comprazo-me decerto por achar
Ao fim da madrugada, a rara flor.
E teimo em mergulhar neste momento
Aonde com certeza me atormento,
Mas sei ter finalmente nele a chance
De beber a emoção vaga insensata
E quando se fizesse tal bravata
Distando do que a vida não alcance...
Que tantas vezes traz em seu olhar
O brilho onde deveras pude achar
Os traços de um momento redentor
E sei quanto iludida por quem for
Apenas nos meus dias macular
Comprazo-me decerto por achar
Ao fim da madrugada, a rara flor.
E teimo em mergulhar neste momento
Aonde com certeza me atormento,
Mas sei ter finalmente nele a chance
De beber a emoção vaga insensata
E quando se fizesse tal bravata
Distando do que a vida não alcance...
NUM CÁLIDO PERFUME
Num cálido perfume eu percebera
O encanto de viver amor intenso
E quando no passado ainda penso
Distante duma eterna primavera
O quanto de vazio concebera
Quem tanto se entregou ao sonho imenso
E nele seu futuro se fez tenso,
Inebriadamente te bebera.
E o caso é que no ocaso me fiz farta
E nele quando a sorte já se aparta
Estúpida quimera posso ver
Desnaturada mãe, a poesia
Por vezes novos rumos fantasia,
Mas deixa como herança o desprazer.
O encanto de viver amor intenso
E quando no passado ainda penso
Distante duma eterna primavera
O quanto de vazio concebera
Quem tanto se entregou ao sonho imenso
E nele seu futuro se fez tenso,
Inebriadamente te bebera.
E o caso é que no ocaso me fiz farta
E nele quando a sorte já se aparta
Estúpida quimera posso ver
Desnaturada mãe, a poesia
Por vezes novos rumos fantasia,
Mas deixa como herança o desprazer.
UM SONHO RARO
Vivesse como outrora em sonho raro
E nele mergulhasse o meu futuro
E quando a minha imagem eu procuro
Na insânia que me toca e aqui declaro
Percebo que o amor perdendo o faro
Distante deste solo árido e duro
Enquanto noutros cantos me amarguro
Encontro tão somente o desamparo.
Nesta inclemência farta e transparente
O amor ao permitir que assim se ausente
Dos olhos horizonte mais bonito
Arranca do meu peito a sensação
De um mundo sem ter rumo ou direção
Diverso do que, tola, eu acredito.
E nele mergulhasse o meu futuro
E quando a minha imagem eu procuro
Na insânia que me toca e aqui declaro
Percebo que o amor perdendo o faro
Distante deste solo árido e duro
Enquanto noutros cantos me amarguro
Encontro tão somente o desamparo.
Nesta inclemência farta e transparente
O amor ao permitir que assim se ausente
Dos olhos horizonte mais bonito
Arranca do meu peito a sensação
De um mundo sem ter rumo ou direção
Diverso do que, tola, eu acredito.
CHEGANDO A TI
Não deixo qualquer sombra nos caminhos
Aonde tantas vezes me perdi
Chegando novamente agora a ti
Percebo quão distantes e sozinhos
Decerto em noites frias, os meus ninhos
Que outrora imaginara ver aqui
Decerto não consigo e me esqueci
Dos rumos que me tragam teus carinhos.
Inválida esperança há tanto tempo
Apenas traduzindo contratempo
Esgota cada passo no vazio.
E mesmo sendo inútil prosseguir
Ainda creio ter em meu porvir
Momento de prazer que ora desfio...
Aonde tantas vezes me perdi
Chegando novamente agora a ti
Percebo quão distantes e sozinhos
Decerto em noites frias, os meus ninhos
Que outrora imaginara ver aqui
Decerto não consigo e me esqueci
Dos rumos que me tragam teus carinhos.
Inválida esperança há tanto tempo
Apenas traduzindo contratempo
Esgota cada passo no vazio.
E mesmo sendo inútil prosseguir
Ainda creio ter em meu porvir
Momento de prazer que ora desfio...
CORAÇÃO ENTRISTECIDO
Coração entristecido de quem ama
E sabe que jamais se fez amada,
A sorte nestas tramas maculada
Apaga o que restara de uma chama
E quando esta emoção volve e reclama
Depois de tanto amar e não ter nada,
O peso vai vergando a velha escada
E a vida nesta cena abandonada.
Venturas são momentos nada mais
E quando os meus caminhos são venais
Augúrios disfarçados em tormentos
Estranho o que talvez pudesse ser
Aviso de um amor feito em prazer
Sabendo que ao final restam lamentos.
E sabe que jamais se fez amada,
A sorte nestas tramas maculada
Apaga o que restara de uma chama
E quando esta emoção volve e reclama
Depois de tanto amar e não ter nada,
O peso vai vergando a velha escada
E a vida nesta cena abandonada.
Venturas são momentos nada mais
E quando os meus caminhos são venais
Augúrios disfarçados em tormentos
Estranho o que talvez pudesse ser
Aviso de um amor feito em prazer
Sabendo que ao final restam lamentos.
VISIONÁRIA
A visionária ao ter em suas mãos
A sorte de poder ser mais feliz
Ao mesmo tempo finge o que não quis
Enquanto semeasse fartos grãos
E quando se percebe novamente
Nas tramas de um delírio que inconstante
Permite que deveras se agigante
Por mais que a realidade me desmente.
Assusto-me deveras ao saber
Que nada poderia dar prazer
Não fosse costumeira a fantasia
E o mundo feito em sonhos se desfaz
Num gesto muitas vezes mais audaz
Enquanto uma emoção assim se cria...
A sorte de poder ser mais feliz
Ao mesmo tempo finge o que não quis
Enquanto semeasse fartos grãos
E quando se percebe novamente
Nas tramas de um delírio que inconstante
Permite que deveras se agigante
Por mais que a realidade me desmente.
Assusto-me deveras ao saber
Que nada poderia dar prazer
Não fosse costumeira a fantasia
E o mundo feito em sonhos se desfaz
Num gesto muitas vezes mais audaz
Enquanto uma emoção assim se cria...
NOITE BRILHANTE
Leitosa noite em brilhos desenhada
Vistosa madrugada se aproxima
E quanto mais em ti maior estima
Promessa deste sol numa alvorada.
A sorte sobre a mesa está lançada
E o medo não faz parte desta rima
O amor insuperável sempre prima
Por ter uma alma pura e iluminada.
Expresso com palavras mais gentis
O todo que em verdade uma alma quis
Deixando para trás pântano e charco,
E quando em tuas águas me envolvendo
Num dia feito em luz, tão estupendo
Nesta delicia, farta enfim me encharco.
Vistosa madrugada se aproxima
E quanto mais em ti maior estima
Promessa deste sol numa alvorada.
A sorte sobre a mesa está lançada
E o medo não faz parte desta rima
O amor insuperável sempre prima
Por ter uma alma pura e iluminada.
Expresso com palavras mais gentis
O todo que em verdade uma alma quis
Deixando para trás pântano e charco,
E quando em tuas águas me envolvendo
Num dia feito em luz, tão estupendo
Nesta delicia, farta enfim me encharco.
DIREITO DE AMAR
O direito de amar é sacrossanto
Jamais se poderia sonegá-lo
E quando mais distante mais eu falo
Por mais que não me escutes, volto e canto.
Ausente de meus olhos, desencanto
Não deixa que se tenha algum regalo,
Mas quando se aproxima não me calo
E bebo a fantasia e seco o pranto.
Nas ânsias me agiganto e te procuro,
O tempo se nublara e fora escuro
E agora se apresenta em brilho imenso
E quanto mais bonito o alvorecer
Maior e indescritível o prazer
No qual a cada instante busco e penso...
Jamais se poderia sonegá-lo
E quando mais distante mais eu falo
Por mais que não me escutes, volto e canto.
Ausente de meus olhos, desencanto
Não deixa que se tenha algum regalo,
Mas quando se aproxima não me calo
E bebo a fantasia e seco o pranto.
Nas ânsias me agiganto e te procuro,
O tempo se nublara e fora escuro
E agora se apresenta em brilho imenso
E quanto mais bonito o alvorecer
Maior e indescritível o prazer
No qual a cada instante busco e penso...
0 AMOR VEM...
Escuto a voz do vento me chamando
Batendo na janela do meu quarto
E quando a fantasia enfim descarto
O amor vem ressurgindo e se mostrando
Desnudo se tramando em contrabando
Vagando pelo anseio mesmo farto
E toma plenamente; não me aparto
Do sonho que percebo me encantando.
Às vezes é melhor seguir sozinha
Uma alma transparente, uma avezinha
Que busca num umbral sua pousada,
Mas vejo tão distante do meu ninho
O amor que desejara em vão carinho,
E agora volta em mágica lufada.
Batendo na janela do meu quarto
E quando a fantasia enfim descarto
O amor vem ressurgindo e se mostrando
Desnudo se tramando em contrabando
Vagando pelo anseio mesmo farto
E toma plenamente; não me aparto
Do sonho que percebo me encantando.
Às vezes é melhor seguir sozinha
Uma alma transparente, uma avezinha
Que busca num umbral sua pousada,
Mas vejo tão distante do meu ninho
O amor que desejara em vão carinho,
E agora volta em mágica lufada.
A VIDA SE TRANSFORMA
Tremia quando tu chegavas, mas
A vida se transforma em reticências
E aonde se espalharam inclemências,
O mundo se tornara mais mordaz.
A sorte mesmo sendo tão tenaz
Permite ainda rotas inocências
Vencidas por terríveis virulências
Das quais o desamor é tão capaz.
Esvaio em poesia o sentimento
E nele muitas vezes me atormento
Bebendo a crudelíssima saudade.
E o barco sem destino segue o mar
Assim como é difícil reamar
Que tanto nos magoa e nos degrade...
A vida se transforma em reticências
E aonde se espalharam inclemências,
O mundo se tornara mais mordaz.
A sorte mesmo sendo tão tenaz
Permite ainda rotas inocências
Vencidas por terríveis virulências
Das quais o desamor é tão capaz.
Esvaio em poesia o sentimento
E nele muitas vezes me atormento
Bebendo a crudelíssima saudade.
E o barco sem destino segue o mar
Assim como é difícil reamar
Que tanto nos magoa e nos degrade...
SAUDOSA DOS TEUS BRAÇOS
Abrindo-se os caminhos onde outrora
Apenas espinheiros encontrara
A vida quando em dor nos desampara
Promete uma esperança e revigora
O passo que se deu sem medo ou hora
Segredo costumeiro dita a clara
E bela fantasia e mesmo amara
A senda de um amor se rememora.
Saudosa dos teus braços e teus lábios
Os dias sem timões ou astrolábios
Vagando pelos mares mais bravios
Não deixam que se veja o porto e o cais
E quando a realidade diz jamais
Sobreviver? Vencer os desafios...
Apenas espinheiros encontrara
A vida quando em dor nos desampara
Promete uma esperança e revigora
O passo que se deu sem medo ou hora
Segredo costumeiro dita a clara
E bela fantasia e mesmo amara
A senda de um amor se rememora.
Saudosa dos teus braços e teus lábios
Os dias sem timões ou astrolábios
Vagando pelos mares mais bravios
Não deixam que se veja o porto e o cais
E quando a realidade diz jamais
Sobreviver? Vencer os desafios...
NOCTÍVAGO
Noctívaga figura que de antanho
Desnuda a realidade em que hoje vivo,
O amor ao se mostrar bem mais altivo
Permite que se creia em algum ganho,
Mas quando suas sendas eu entranho
Percebo que somente sobrevivo
Aonde em aridez teimo e cultivo
Nas águas da tristeza em vão me banho.
E cerco-me de luzes mais vorazes
E nelas o destino que me trazes
Permite tão somente a negritude
Da noite em meio às fartas tempestades
E quanto mais o sonho tu degrades
Ainda queres mesmo que isso mude?
Desnuda a realidade em que hoje vivo,
O amor ao se mostrar bem mais altivo
Permite que se creia em algum ganho,
Mas quando suas sendas eu entranho
Percebo que somente sobrevivo
Aonde em aridez teimo e cultivo
Nas águas da tristeza em vão me banho.
E cerco-me de luzes mais vorazes
E nelas o destino que me trazes
Permite tão somente a negritude
Da noite em meio às fartas tempestades
E quanto mais o sonho tu degrades
Ainda queres mesmo que isso mude?
VERSOS FRÁGEIS
Qual fora sequiosa viandante
Em meio aos mais desérticos sonhares
Bebendo desta fonte transbordante
Além do que deveras não notares
O encanto me servindo de turbante
Amor se transformando em meus altares
E quando se percebe num instante
Ausente de meus olhos, velhos mares.
Ansiosamente escrevo em versos frágeis
Os dedos no teclado correm ágeis
Os ágios desta vida me maltratam
E quando novas luzes adivinho
Procuro em minha adega o verde vinho
E os restos do que fomos nos reatam.
Em meio aos mais desérticos sonhares
Bebendo desta fonte transbordante
Além do que deveras não notares
O encanto me servindo de turbante
Amor se transformando em meus altares
E quando se percebe num instante
Ausente de meus olhos, velhos mares.
Ansiosamente escrevo em versos frágeis
Os dedos no teclado correm ágeis
Os ágios desta vida me maltratam
E quando novas luzes adivinho
Procuro em minha adega o verde vinho
E os restos do que fomos nos reatam.
VIAGENS DO CORAÇÃO
Aonde se pensara bem ou mal
Além do mar azul tanta milhagem
O coração permite uma viagem
E leva a sonhadora pra Bissau.
E o medo de seguir, consensual
Adentra firmemente esta paisagem
E nela o pensamento sem roupagem
Desnuda-se em momento, vira nau.
E o quanto se perdera no caminho,
Jamais da realidade me avizinho
Uma avezinha solta ganha o espaço
Agora brasileira em adoção
Os dias que ficaram e virão
Com emoção igual pretendo e traço.
Além do mar azul tanta milhagem
O coração permite uma viagem
E leva a sonhadora pra Bissau.
E o medo de seguir, consensual
Adentra firmemente esta paisagem
E nela o pensamento sem roupagem
Desnuda-se em momento, vira nau.
E o quanto se perdera no caminho,
Jamais da realidade me avizinho
Uma avezinha solta ganha o espaço
Agora brasileira em adoção
Os dias que ficaram e virão
Com emoção igual pretendo e traço.
POESIA
Aonde a poesia mostra a face
Mais pura se transforma em calmaria
O que deveras fosse ventania
Sabor tão variado que se trace
Mundanas emoções ditam o embace
E vejo ter nas mãos a garantia
Do sonho que em meus versos se recria
Gerando qualquer novo desenlace.
Espreitando palavras com cuidado,
Assaz maravilhada ou sofredora,
Por onde em qual atalho uma alma fora
Segredo muitas vezes tão velado
Exposto sem temores nestes versos
Contendo tantos vários universos.
Mais pura se transforma em calmaria
O que deveras fosse ventania
Sabor tão variado que se trace
Mundanas emoções ditam o embace
E vejo ter nas mãos a garantia
Do sonho que em meus versos se recria
Gerando qualquer novo desenlace.
Espreitando palavras com cuidado,
Assaz maravilhada ou sofredora,
Por onde em qual atalho uma alma fora
Segredo muitas vezes tão velado
Exposto sem temores nestes versos
Contendo tantos vários universos.
MINHA HISTÓRIA
São ínfimas as chances de poder
Ter reconstituída minha história
E quando estou distante da vitória
O gosto se amargando posso ver,
A sede me tomando e sem beber
Sequer a poesia merencória
Por onde o coração se fez escória
Traduzo o dia a dia por sofrer...
Amanhecendo assim, tempo nublado,
Vestígios maculares do passado
Ainda me rondando, cicatrizes
Nas quais ao perceber meu sofrimento
O teu olhar disperso fica atento
E o que pudera sorte; contradizes...
Ter reconstituída minha história
E quando estou distante da vitória
O gosto se amargando posso ver,
A sede me tomando e sem beber
Sequer a poesia merencória
Por onde o coração se fez escória
Traduzo o dia a dia por sofrer...
Amanhecendo assim, tempo nublado,
Vestígios maculares do passado
Ainda me rondando, cicatrizes
Nas quais ao perceber meu sofrimento
O teu olhar disperso fica atento
E o que pudera sorte; contradizes...
DESVENTURA
Ao ler a desventura neste olhar
Que fixo não percebe este horizonte
E mesmo quando a lua em vão desponte
Não cansa de outro tempo navegar.
As tramas do que fora um belo amar
Perdendo desde já seguro e ponte,
Condena o coração a tal desmonte
E nisso só consigo naufragar.
Bravatas e mentiras costumeiras,
E quando te percebo tu te esgueiras
Vagando pelas linhas mais fugazes,
E sendo companheira de teus sonhos,
Agora percebendo quão bisonhos
Os ritos que em delírios tu me trazes.
Que fixo não percebe este horizonte
E mesmo quando a lua em vão desponte
Não cansa de outro tempo navegar.
As tramas do que fora um belo amar
Perdendo desde já seguro e ponte,
Condena o coração a tal desmonte
E nisso só consigo naufragar.
Bravatas e mentiras costumeiras,
E quando te percebo tu te esgueiras
Vagando pelas linhas mais fugazes,
E sendo companheira de teus sonhos,
Agora percebendo quão bisonhos
Os ritos que em delírios tu me trazes.
MOMENTOS DOLOROSOS
Angustiadamente a vida traz
Momentos dolorosos entre as luzes
Às quais de vez em quando me conduzes
Numa ironia atroz e tão mordaz,
Ausente dos meus olhos, onde a paz
Pudesse me informar o que traduzes
Por fúria semeando tantas urzes
Além do que pensara ser capaz
Quem tanto se fingira em doce amante,
Falsário me dissesse diamante
Aquilo que em verdade vidro fora,
Assoma-me o vazio do não ser
Aonde se tentara algum prazer
Esta alma continua: a sofredora!
Momentos dolorosos entre as luzes
Às quais de vez em quando me conduzes
Numa ironia atroz e tão mordaz,
Ausente dos meus olhos, onde a paz
Pudesse me informar o que traduzes
Por fúria semeando tantas urzes
Além do que pensara ser capaz
Quem tanto se fingira em doce amante,
Falsário me dissesse diamante
Aquilo que em verdade vidro fora,
Assoma-me o vazio do não ser
Aonde se tentara algum prazer
Esta alma continua: a sofredora!
TE AGUARDANDO
Meu seio te aguardando há tantos anos
Amor que poderia me trazer
Além de sofrimento e desprazer,
Comuns em quem coleta desenganos
Os dias mais felizes sem os danos
Freqüentes de quem busca conhecer
A entranha do que tanto quis saber
Ao vislumbrar momentos soberanos.
Aonde se escondera a primavera?
Restando nos meus olhos a quimera
Que tanto me induzira ao fútil medo
Vagando a sonhadora pela rua
Exposta com sua alma agora nua,
Às ânsias de um amor ledo, me cedo...
Amor que poderia me trazer
Além de sofrimento e desprazer,
Comuns em quem coleta desenganos
Os dias mais felizes sem os danos
Freqüentes de quem busca conhecer
A entranha do que tanto quis saber
Ao vislumbrar momentos soberanos.
Aonde se escondera a primavera?
Restando nos meus olhos a quimera
Que tanto me induzira ao fútil medo
Vagando a sonhadora pela rua
Exposta com sua alma agora nua,
Às ânsias de um amor ledo, me cedo...
PERCEBO EM TI
Ao perceber em ti fartos refolhos
Mestiços sentimentos sonho e medo
E quanto mais audaz eu me concedo
Maiores sofrimentos vêm aos molhos.
A lágrima rolando dos meus olhos
Traduz a sensação de tosco enredo
E tramo novamente o meu degredo
Em meio ao teu canteiro, vãos abrolhos.
Assisto à derrocada do meu sonho,
Mas quando mais depressa recomponho
O passo que pensara mais constante
Distante do que seja tão real,
O amor destrói o sonho banal
Fazendo com que o medo se agigante...
Mestiços sentimentos sonho e medo
E quanto mais audaz eu me concedo
Maiores sofrimentos vêm aos molhos.
A lágrima rolando dos meus olhos
Traduz a sensação de tosco enredo
E tramo novamente o meu degredo
Em meio ao teu canteiro, vãos abrolhos.
Assisto à derrocada do meu sonho,
Mas quando mais depressa recomponho
O passo que pensara mais constante
Distante do que seja tão real,
O amor destrói o sonho banal
Fazendo com que o medo se agigante...
AS FEIÇÕES DO AMOR
Feitiços que as feições do amor me trazem
Em meio aos mais audazes descaminhos
Os dias do passado tão sozinhos
Por mais que as alegrias se desfazem
Escrevem com saudades se refazem
Momentos envolvidos por carinhos
Descubro no meu peito os passarinhos
Que ninhos mais felizes inda fazem.
Parece que foi ontem, mas bem sei
Longínqua caminhada em bela grei
Distanciando então o olhar da sorte
Mesquinhos sentimentos de hoje em dia
Diversos do que outrora conhecia
Nos braços deste amor que me conforte.
Em meio aos mais audazes descaminhos
Os dias do passado tão sozinhos
Por mais que as alegrias se desfazem
Escrevem com saudades se refazem
Momentos envolvidos por carinhos
Descubro no meu peito os passarinhos
Que ninhos mais felizes inda fazem.
Parece que foi ontem, mas bem sei
Longínqua caminhada em bela grei
Distanciando então o olhar da sorte
Mesquinhos sentimentos de hoje em dia
Diversos do que outrora conhecia
Nos braços deste amor que me conforte.
RESSUSCITANDO OS DIAS
Ressuscitando os dias onde outrora
Sabia ser feliz e não pensava
Que a vida ao mesmo tempo me ninava
Enquanto uma saudade se decora,
E quando novamente vem e aflora
É como se um vulcão em plena lava
Ou tsunami com onda em fúria e brava
Aos poucos nos domina e já devora
O caos que vejo agora me permite
Pensar noutro momento em vão limite
Diverso do que em dores encontrei.
Vasculho nas gavetas do viver
E tendo no que fui algum prazer
Revivo em nostalgia a velha grei.
Sabia ser feliz e não pensava
Que a vida ao mesmo tempo me ninava
Enquanto uma saudade se decora,
E quando novamente vem e aflora
É como se um vulcão em plena lava
Ou tsunami com onda em fúria e brava
Aos poucos nos domina e já devora
O caos que vejo agora me permite
Pensar noutro momento em vão limite
Diverso do que em dores encontrei.
Vasculho nas gavetas do viver
E tendo no que fui algum prazer
Revivo em nostalgia a velha grei.
MOMENTOS DE PRAZER
Vivesse pelo menos mais um pouco
Talvez inda pudesse ter nos olhos
Além desta fartura em visa abrolhos
Momento de prazer insano e louco
Durante tantos anos, solitária
Vestindo este meu luto tão precoce
Por mais que a fantasia ainda adoce
Já não suporto mais ser a alimária
E sinto ser possível nova chance
Além das costumeiras desventuras
E quando novas luzes tu procuras
Estou querido, sempre ao teu alcance
Nuances de um amor que me maltrata
Retratos de uma vida tão ingrata...
Talvez inda pudesse ter nos olhos
Além desta fartura em visa abrolhos
Momento de prazer insano e louco
Durante tantos anos, solitária
Vestindo este meu luto tão precoce
Por mais que a fantasia ainda adoce
Já não suporto mais ser a alimária
E sinto ser possível nova chance
Além das costumeiras desventuras
E quando novas luzes tu procuras
Estou querido, sempre ao teu alcance
Nuances de um amor que me maltrata
Retratos de uma vida tão ingrata...
FEITIÇO
Enfeitiçada pelo teu olhar
Entregue aos devaneios mais freqüentes
Rondando pelos bares que freqüentes
Amado, como posso te encontrar?
Ausente de teus braços, meus carentes
Momentos; não consigo suportar
A dor que se transforma em duro altar
Meus olhos vão vazios quais dementes.
Escrevo cada verso e penso em ti,
O rumo se, deveras já perdi
Aonde me encontrar após a chuva?
Apenas solidão toma meu leito
Embora vá calada eu não aceito
Com o marido vivo ser viúva...
Entregue aos devaneios mais freqüentes
Rondando pelos bares que freqüentes
Amado, como posso te encontrar?
Ausente de teus braços, meus carentes
Momentos; não consigo suportar
A dor que se transforma em duro altar
Meus olhos vão vazios quais dementes.
Escrevo cada verso e penso em ti,
O rumo se, deveras já perdi
Aonde me encontrar após a chuva?
Apenas solidão toma meu leito
Embora vá calada eu não aceito
Com o marido vivo ser viúva...
TUA PRESENÇA
Sonhava em poder ter tua presença
Após inundações que tanto afligem
E quanto a ti meus olhos se dirigem
Planície bela e calma, sendo extensa
Transcende à realidade em luz intensa
Passado se tornando então fuligem
Retorno o pensamento à minha origem
Vertigens têm a paz por recompensa.
Lembrar de Cabo Verde tão distante
Atlânticos caminhos percorridos
E em todos eles dias desabridos
Num desabrigo duro e mais constante
Saudades deste tempo dolorido?
Sofrido sentimento em doce olvido...
Após inundações que tanto afligem
E quanto a ti meus olhos se dirigem
Planície bela e calma, sendo extensa
Transcende à realidade em luz intensa
Passado se tornando então fuligem
Retorno o pensamento à minha origem
Vertigens têm a paz por recompensa.
Lembrar de Cabo Verde tão distante
Atlânticos caminhos percorridos
E em todos eles dias desabridos
Num desabrigo duro e mais constante
Saudades deste tempo dolorido?
Sofrido sentimento em doce olvido...
quarta-feira, 3 de março de 2010
O TEU RETRATO
Ao ver o teu retrato dentro em mim
Percebo que mudei tons e matizes,
Além desta emoção que tu desdizes
O tempo recomeça já no fim,
E o quanto se demonstra mesmo assim
Nefasta fantasia em vis deslizes
Seremos deste amor dois aprendizes
Matando pouco a pouco, flor, jardim.
Não creio num desejo mais servil,
E quando a nossa sorte se anteviu
Diversa do que agora se mostrara
O termo decompõe a realidade
E mesmo que este sonho se degrade,
Ainda nele uma alma vã se ampara...
Percebo que mudei tons e matizes,
Além desta emoção que tu desdizes
O tempo recomeça já no fim,
E o quanto se demonstra mesmo assim
Nefasta fantasia em vis deslizes
Seremos deste amor dois aprendizes
Matando pouco a pouco, flor, jardim.
Não creio num desejo mais servil,
E quando a nossa sorte se anteviu
Diversa do que agora se mostrara
O termo decompõe a realidade
E mesmo que este sonho se degrade,
Ainda nele uma alma vã se ampara...
SEGREDOS
Acordos desvendados, meu segredo
E nele se percebe muito bem
Que toda esta emoção que nos contém
Traduz a caminhada a quem concedo
Além deste carinho mesmo ledo
O tempo que deveras mostra além
Do quanto demonstrara estar aquém
Aonde perfilaste tanto medo
E vejo o que talvez já não mais visse
Quem pensa ser o amor quase tolice
E mente se omitindo ou renegando,
O peso que carrego feito cruz
Ao tão maravilhoso amor conduz
Tornando o meu viver decerto brando...
E nele se percebe muito bem
Que toda esta emoção que nos contém
Traduz a caminhada a quem concedo
Além deste carinho mesmo ledo
O tempo que deveras mostra além
Do quanto demonstrara estar aquém
Aonde perfilaste tanto medo
E vejo o que talvez já não mais visse
Quem pensa ser o amor quase tolice
E mente se omitindo ou renegando,
O peso que carrego feito cruz
Ao tão maravilhoso amor conduz
Tornando o meu viver decerto brando...
ILUSÕES
Adentrando ilusões que agora espalhas
Por onde caminhara em luz fortuita
A sorte se mostrara vã, gratuita
Incendiando em fúria tantas palhas
E quando em minhas costas pesos tantos
Diziam dos momentos torturantes
Trazias nos teus olhos diamantes
E neles alegrias dizem cantos
E encantos tão sobejos que espalhaste
Após a tempestade esta bonança
À qual a fantasia ora me lança
Servindo ao caminhar qual fora uma haste
E nela se percebe esta emoção
Do amor a mais perfeita tradução....
Por onde caminhara em luz fortuita
A sorte se mostrara vã, gratuita
Incendiando em fúria tantas palhas
E quando em minhas costas pesos tantos
Diziam dos momentos torturantes
Trazias nos teus olhos diamantes
E neles alegrias dizem cantos
E encantos tão sobejos que espalhaste
Após a tempestade esta bonança
À qual a fantasia ora me lança
Servindo ao caminhar qual fora uma haste
E nela se percebe esta emoção
Do amor a mais perfeita tradução....
PROCUTO-TE
Procuro-te deveras quando sonho
E beijo tua boca. Ensandecida
Paixão que nos conduz e abre a guarida
Enquanto novo mundo ergue risonho
Caminho aonde o tempo recomponho
E vivo sem temor diversa vida
Daquela que pensara decidida
No passo mais audaz, amado, enfronho.
Delírios tão comuns ditando normas
Às quais por vezes sei que não conformas,
Mas segues assim mesmo em luzes fartas.
E quando em descaminhos tu te apartas
Deixando como rastro um forte brilho
No qual feito noctâmbula em paz, trilho...
E beijo tua boca. Ensandecida
Paixão que nos conduz e abre a guarida
Enquanto novo mundo ergue risonho
Caminho aonde o tempo recomponho
E vivo sem temor diversa vida
Daquela que pensara decidida
No passo mais audaz, amado, enfronho.
Delírios tão comuns ditando normas
Às quais por vezes sei que não conformas,
Mas segues assim mesmo em luzes fartas.
E quando em descaminhos tu te apartas
Deixando como rastro um forte brilho
No qual feito noctâmbula em paz, trilho...
ANSIOSAS NOITES
Pensando neste encanto que me envolve
Acendo esta fogueira dentro em mim
E faço que se entoe este clarim
Enquanto este desejo já revolve
O brilho que à manhã sonho devolve
Após o pesadelo sei assim
O quanto se demonstra em carmesim
O brilho que seduz e se dissolve
Nas ansiosas noites mais vorazes
E nelas com delírios tu me trazes
Prazeres inauditos, desejosos.
E sendo tua dama, escrava e puta
O amor quando nos vê, quieto reluta
Mas sabe discernir diversos gozos...
Acendo esta fogueira dentro em mim
E faço que se entoe este clarim
Enquanto este desejo já revolve
O brilho que à manhã sonho devolve
Após o pesadelo sei assim
O quanto se demonstra em carmesim
O brilho que seduz e se dissolve
Nas ansiosas noites mais vorazes
E nelas com delírios tu me trazes
Prazeres inauditos, desejosos.
E sendo tua dama, escrava e puta
O amor quando nos vê, quieto reluta
Mas sabe discernir diversos gozos...
PASSOS...
Incoerentes passos; dita o amor
E neles eu me perco enquanto creio
Ter descoberto enfim o raro veio
Aonde se perceba este esplendor
No quanto dele bebo com vigor
O raio mais soberbo e sem rodeio,
Das tramas mais vorazes me incendeio
Tenacidade imensa a se propor.
Astuciosamente me sonegas
E sigo muitas vezes, quase às cegas
Seguindo cada rastro que deixaste
Amado não destrua esta esperança,
Pois nela toda a glória o amor alcança
Sem ela o que me resta? Vão desgaste...
E neles eu me perco enquanto creio
Ter descoberto enfim o raro veio
Aonde se perceba este esplendor
No quanto dele bebo com vigor
O raio mais soberbo e sem rodeio,
Das tramas mais vorazes me incendeio
Tenacidade imensa a se propor.
Astuciosamente me sonegas
E sigo muitas vezes, quase às cegas
Seguindo cada rastro que deixaste
Amado não destrua esta esperança,
Pois nela toda a glória o amor alcança
Sem ela o que me resta? Vão desgaste...
TEUS OLHOS
Percebo nos teus olhos meu amado
O brilho que deveras seduzira
Qual fora em minha vida eterna pira
Deixando o meu caminho iluminado
E tendo esta emoção já se aflorado
Enquanto a sorte atroz não interfira
A Terra na verdade sei que gira,
Porém amor comigo pareado
Permite que se veja o amanhecer
Envolta pelos raios do prazer
A lua transformada em raro sol,
Bebendo em tua boca, meu desejo,
O amor que tanto quis e ora prevejo
Estende-se infinito ao arrebol.
O brilho que deveras seduzira
Qual fora em minha vida eterna pira
Deixando o meu caminho iluminado
E tendo esta emoção já se aflorado
Enquanto a sorte atroz não interfira
A Terra na verdade sei que gira,
Porém amor comigo pareado
Permite que se veja o amanhecer
Envolta pelos raios do prazer
A lua transformada em raro sol,
Bebendo em tua boca, meu desejo,
O amor que tanto quis e ora prevejo
Estende-se infinito ao arrebol.
PERPETUANDO A LUZ
Ouvindo este chamado vejo a fonte
Aonde poderia ter mais farto
O gozo pelo qual quando me aparto
Aguardo novamente que desponte
E sendo mais azul meu horizonte,
Nas ânsias divinais de um manso parto
Deitada sob a lua no meu quarto
Espreito o que nos liga, bela ponte
Perpetuando a luz que me incendeia
A lua se mostrando clara e cheia
Permite em cada frágua se tentar
Vencer os dissabores mais vulgares
E quando me entranhassem tais luares
Faria de mim mesma outro luar.
Aonde poderia ter mais farto
O gozo pelo qual quando me aparto
Aguardo novamente que desponte
E sendo mais azul meu horizonte,
Nas ânsias divinais de um manso parto
Deitada sob a lua no meu quarto
Espreito o que nos liga, bela ponte
Perpetuando a luz que me incendeia
A lua se mostrando clara e cheia
Permite em cada frágua se tentar
Vencer os dissabores mais vulgares
E quando me entranhassem tais luares
Faria de mim mesma outro luar.
NOITES VÃS
Estranhas madrugadas, noites vãs
E assim ao perceber que nada resta
Somente imagem torpe ou tão funesta
Deixando no passado os meus afãs
Descreves mais soturnas as manhãs
E nelas emoção ainda empresta
Quem tanto desejou e a vida atesta
Em almas quase gêmeas ou irmãs.
Primando pelo amor que ora nos guia
Eu vejo bem mais próxima a alegria
Embora verdejante, às vezes traz
O quadro desairoso onde se expressa
O brilho variável da promessa
Às vezes guerra espalha ao fim, a paz.
E assim ao perceber que nada resta
Somente imagem torpe ou tão funesta
Deixando no passado os meus afãs
Descreves mais soturnas as manhãs
E nelas emoção ainda empresta
Quem tanto desejou e a vida atesta
Em almas quase gêmeas ou irmãs.
Primando pelo amor que ora nos guia
Eu vejo bem mais próxima a alegria
Embora verdejante, às vezes traz
O quadro desairoso onde se expressa
O brilho variável da promessa
Às vezes guerra espalha ao fim, a paz.
A DOR EM TEU PRAZER
Querido, quantas vezes eu tentei
Falar aos teus ouvidos os segredos
Distante dos vazios, dias ledos,
Aonde amor não fora nossa lei,
E quando nos teus braços me entranhei
Deveras estranhei os teus enredos
Sobrepujando ao fim diversos medos
A dor em teu prazer eu suplantei.
Mas quando se percebe ao fim de tudo
O trágico momento, não me iludo
E sinto ser banal qualquer temor,
Espraio-me em teu corpo, doce amado
E vivo cada sonho emoldurado
Nas tramas mais sublimes de um amor.
Falar aos teus ouvidos os segredos
Distante dos vazios, dias ledos,
Aonde amor não fora nossa lei,
E quando nos teus braços me entranhei
Deveras estranhei os teus enredos
Sobrepujando ao fim diversos medos
A dor em teu prazer eu suplantei.
Mas quando se percebe ao fim de tudo
O trágico momento, não me iludo
E sinto ser banal qualquer temor,
Espraio-me em teu corpo, doce amado
E vivo cada sonho emoldurado
Nas tramas mais sublimes de um amor.
NOVAMENTE ESTOU AQUI
Amado, novamente estou aqui
E sei que também queres outro dia
Aonde se pudesse em poesia
Dizer do amor que encontro agora em ti,
Vivendo cada instante eu percebi
Que o tempo muitas vezes permitia
Alheio caminhar em noite fria
Até que em sol imenso eu conheci
Aquele que me aquece e me protege,
Diverso deste mundo tão herege
Regido pelo medo ou abandono
E tendo esta certeza mais sutil,
O amor que em grande amor se produziu
Permite um mundo bom do qual me adono.
E sei que também queres outro dia
Aonde se pudesse em poesia
Dizer do amor que encontro agora em ti,
Vivendo cada instante eu percebi
Que o tempo muitas vezes permitia
Alheio caminhar em noite fria
Até que em sol imenso eu conheci
Aquele que me aquece e me protege,
Diverso deste mundo tão herege
Regido pelo medo ou abandono
E tendo esta certeza mais sutil,
O amor que em grande amor se produziu
Permite um mundo bom do qual me adono.
PROCURANDO POR ESTRELAS
Meus olhos muitas vezes dispersivos
Procuram pela estrela que não veio
E quando se propaga algum receio
Desvios decifrados, mortos-vivos
E tento mergulhar, mas não consigo
Vencido pelos medos mais vulgares
Até talvez quem saiba me notares
E ser o meu amante amado e amigo
As cruzes do passado sepultadas
As horas desfilando em cores tantas,
E quando as fantasias; belas, cantas
Vagando por diversas madrugadas
E nelas salpicando cada passo
Com sonhos onde o amor quero e refaço.
Procuram pela estrela que não veio
E quando se propaga algum receio
Desvios decifrados, mortos-vivos
E tento mergulhar, mas não consigo
Vencido pelos medos mais vulgares
Até talvez quem saiba me notares
E ser o meu amante amado e amigo
As cruzes do passado sepultadas
As horas desfilando em cores tantas,
E quando as fantasias; belas, cantas
Vagando por diversas madrugadas
E nelas salpicando cada passo
Com sonhos onde o amor quero e refaço.
VERSEJANDO SOBRE O AMOR
Versejo sobre o amor embora saiba
O quão é doloroso o caminhar
De quem procura sempre o dom de amar
Por mais que a fantasia não lhe caiba.
Descrevo com ternura em verso pobre
O amor que tantas vezes foi feroz
E vendo este retrato sei os nós
Nos quais uma emoção já se redobre.
E o beijo necessita de um impulso
E dele se propaga este desejo
Bem mais do que talvez sonhe; eu prevejo
O mal que quando exposto, tento e expulso
Seguindo vez por outra até saber
O porto aonde ancore o meu prazer.
O quão é doloroso o caminhar
De quem procura sempre o dom de amar
Por mais que a fantasia não lhe caiba.
Descrevo com ternura em verso pobre
O amor que tantas vezes foi feroz
E vendo este retrato sei os nós
Nos quais uma emoção já se redobre.
E o beijo necessita de um impulso
E dele se propaga este desejo
Bem mais do que talvez sonhe; eu prevejo
O mal que quando exposto, tento e expulso
Seguindo vez por outra até saber
O porto aonde ancore o meu prazer.
O OLHAR QUE ME DIRIGES
Dispersivo este olhar que me diriges
E pensas seduzir com tal esgar
E nisso como fosse algum luar
Ao qual um monumento em vão; eriges
Não sabes quanto em mim ainda reges
Por mais que te pareça uma loucura,
Às vezes a emoção inda perdura
No meio destes vagos tons hereges.
O amor de uma plebéia por um rei
Não pode terminar numa outra forma
O belo quando nu já se deforma
E nisto sem defesas mergulhei
Herdando deste amor a hipocrisia
Que enquanto não maltrata não sacia...
E pensas seduzir com tal esgar
E nisso como fosse algum luar
Ao qual um monumento em vão; eriges
Não sabes quanto em mim ainda reges
Por mais que te pareça uma loucura,
Às vezes a emoção inda perdura
No meio destes vagos tons hereges.
O amor de uma plebéia por um rei
Não pode terminar numa outra forma
O belo quando nu já se deforma
E nisto sem defesas mergulhei
Herdando deste amor a hipocrisia
Que enquanto não maltrata não sacia...
ACASALAMENTO
Bailando sobre nós loucas falenas
Neste acasalamento, o ritual
Mostrando ser deveras tão normal
O amor que em mansas horas tu me acenas.
E beijo tua boca sensual
Revejo a cada noite as mesmas cenas
E sei quanto me entrego. Mas, apenas,
Recebo um tratamento desigual.
A lâmpada se acende e seduzindo
Falena neste encontro atroz e lindo
Promessas se desfazem no vazio.
Assim também me vejo quando em ti
O brilho pelo qual me conduzi
Expressa tão somente um toque. Frio..
Neste acasalamento, o ritual
Mostrando ser deveras tão normal
O amor que em mansas horas tu me acenas.
E beijo tua boca sensual
Revejo a cada noite as mesmas cenas
E sei quanto me entrego. Mas, apenas,
Recebo um tratamento desigual.
A lâmpada se acende e seduzindo
Falena neste encontro atroz e lindo
Promessas se desfazem no vazio.
Assim também me vejo quando em ti
O brilho pelo qual me conduzi
Expressa tão somente um toque. Frio..
MEL
Entorno em meus caminhos este mel
Que tantas vezes guia, mas maltrata
A sorte na verdade nunca é grata
A quem se entrega e segue sempre ao léu.
Profanas ilusões; retiro o véu
E deixo exposta a face que insensata
Expressa a realidade e me arrebata
Levando à fantasia mais cruel.
Espúrias noites dizem solidão
E delas novos dias nascerão
Iguais numa sutil herança atroz,
Pudesse adivinhar os meus anseios
E percorrer do amor supernos veios
Ouvindo finalmente a minha voz.
Que tantas vezes guia, mas maltrata
A sorte na verdade nunca é grata
A quem se entrega e segue sempre ao léu.
Profanas ilusões; retiro o véu
E deixo exposta a face que insensata
Expressa a realidade e me arrebata
Levando à fantasia mais cruel.
Espúrias noites dizem solidão
E delas novos dias nascerão
Iguais numa sutil herança atroz,
Pudesse adivinhar os meus anseios
E percorrer do amor supernos veios
Ouvindo finalmente a minha voz.
MARES BRAVIOS
Vagando pelos mares mais bravios
Durante a minha vida percebi
Que tudo me levando, amor, a ti
Traçando com furor os desafios
E quando me entregando vejo os fios
Que uniram nossos passos, e colhi
Momento divinal que conheci
Gerando sucessivos, bons estios.
A amante que querias; tu me tens
Em atos mais vorazes, nossos bens
Entranham-se na pele quais agulhas
Caminho que percorres me permite
Saber que vou além de algum limite
Enquanto no meu corpo tu mergulhas.
Durante a minha vida percebi
Que tudo me levando, amor, a ti
Traçando com furor os desafios
E quando me entregando vejo os fios
Que uniram nossos passos, e colhi
Momento divinal que conheci
Gerando sucessivos, bons estios.
A amante que querias; tu me tens
Em atos mais vorazes, nossos bens
Entranham-se na pele quais agulhas
Caminho que percorres me permite
Saber que vou além de algum limite
Enquanto no meu corpo tu mergulhas.
UM BARCO PROCURANDO ANCORADOURO
Qual barco que procura ancoradouro
Durante os mais terríveis temporais,
Enquanto noutras sendas habitais
Em vós procuro enfim raro tesouro
E quando em vosso sol; amado, douro
Esta esperança além não permitais
Que todas as venturas quais cristais
Abortem esperança em nascedouro.
Aguçando os sentidos sendo vossa
O encanto que nos toma e nos adoça
Adota como forma mais correta
A luminosidade mais sobeja
E traduzindo enfim o que deseja
Uma alma que no amor já se completa.
Durante os mais terríveis temporais,
Enquanto noutras sendas habitais
Em vós procuro enfim raro tesouro
E quando em vosso sol; amado, douro
Esta esperança além não permitais
Que todas as venturas quais cristais
Abortem esperança em nascedouro.
Aguçando os sentidos sendo vossa
O encanto que nos toma e nos adoça
Adota como forma mais correta
A luminosidade mais sobeja
E traduzindo enfim o que deseja
Uma alma que no amor já se completa.
TEUS VERSOS
Magia que me trazes em teus versos
E deles vou bebendo com prazer
Vivendo o que me resta por viver
Sentidos mais audazes e diversos,
Ainda que pensasse em universos
Aonde não podendo me conter
Espreito com razões o amanhecer
Porém os sentimentos são dispersos
Nas tramas que se tecem pelo anseio
E dele cada brilho banqueteio
Vivenciando a glória em primavera
Na alquímica loucura gozo e riso,
Dicotomia trama o Paraíso
E deixa escancarada a dura fera.
E deles vou bebendo com prazer
Vivendo o que me resta por viver
Sentidos mais audazes e diversos,
Ainda que pensasse em universos
Aonde não podendo me conter
Espreito com razões o amanhecer
Porém os sentimentos são dispersos
Nas tramas que se tecem pelo anseio
E dele cada brilho banqueteio
Vivenciando a glória em primavera
Na alquímica loucura gozo e riso,
Dicotomia trama o Paraíso
E deixa escancarada a dura fera.
ENCANTAMENTOS...
Encantamentos tolos de quem fora
Apenas nesta vida num relance
Diversa da que a sorte ainda alcance
Por vezes uma luz mais redentora
À parte do viver, a sonhadora
Entranha qualquer brilho num nuance
E bebe do talvez, tosco romance
Imagem tenebrosa e duradora.
Refletes qual espelho esta vontade
E bebo deste amor à saciedade
Portanto sou feliz, mas sofro tanto
E sendo assim martírio em luz imensa,
Aonde poderia a recompensa
Aos poucos no temor, me desencanto.
Apenas nesta vida num relance
Diversa da que a sorte ainda alcance
Por vezes uma luz mais redentora
À parte do viver, a sonhadora
Entranha qualquer brilho num nuance
E bebe do talvez, tosco romance
Imagem tenebrosa e duradora.
Refletes qual espelho esta vontade
E bebo deste amor à saciedade
Portanto sou feliz, mas sofro tanto
E sendo assim martírio em luz imensa,
Aonde poderia a recompensa
Aos poucos no temor, me desencanto.
UM NOVO TEMPO
Sabendo desde quando eu poderia
Viver um novo tempo aonde o brilho
De um sonho sem terror ou empecilho
Traduza o amanhecer em belo dia
Assisto à derrocada da alegria
E quando em sendas outras, bebo e trilho
O término precoce trama o filho
Que há tanto desejara, mas temia.
E agora ao fim da tarde percebi
O sol aonde um dia, amor te vi
Em meio às tantas nuvens, negra cena.
A noite se prepara em temporal,
E o sonho que pensara sensual
Mergulha neste vão que a vida encena.
Viver um novo tempo aonde o brilho
De um sonho sem terror ou empecilho
Traduza o amanhecer em belo dia
Assisto à derrocada da alegria
E quando em sendas outras, bebo e trilho
O término precoce trama o filho
Que há tanto desejara, mas temia.
E agora ao fim da tarde percebi
O sol aonde um dia, amor te vi
Em meio às tantas nuvens, negra cena.
A noite se prepara em temporal,
E o sonho que pensara sensual
Mergulha neste vão que a vida encena.
TE AMO... DEMAIS
Encontro com prazer e euforia
Os meus momentos vários de ilusão
E deles novos rumos surgirão
Enquanto a minha vida se recria
Horrores, crudelíssimos desvios
Infaustos e terrores corriqueiros,
Aonde cultivasse outros canteiros
Adubando o prazer com meus rocios.
Escrava que se fez serva do encanto
E dele traduzindo uma esperança,
E quando a fantasia enfim se alcança
Vestida de emoção, querido, eu canto
E sinto neste amor farto progresso,
E mesmo quando caio; eu recomeço.
Os meus momentos vários de ilusão
E deles novos rumos surgirão
Enquanto a minha vida se recria
Horrores, crudelíssimos desvios
Infaustos e terrores corriqueiros,
Aonde cultivasse outros canteiros
Adubando o prazer com meus rocios.
Escrava que se fez serva do encanto
E dele traduzindo uma esperança,
E quando a fantasia enfim se alcança
Vestida de emoção, querido, eu canto
E sinto neste amor farto progresso,
E mesmo quando caio; eu recomeço.
ERRÁTICO
Sanguinários caminhos e entrepostos,
Saber das barricadas costumeiras
Aquém do que talvez já não mais queiras
A vida sempre cobra seus impostos
E quando se percebe novamente
Errático cometa traduzindo
O que se sabe trágico, pois findo,
Tramando este final enquanto ausente
Dos olhos a verdade mais feliz
E nela encarceradas esperanças
Vazio pelo qual ainda lanças
Bem mais do que tenta e se desdiz
Num átimo mergulho no vazio
E neste mergulhar eu rodopio...
Saber das barricadas costumeiras
Aquém do que talvez já não mais queiras
A vida sempre cobra seus impostos
E quando se percebe novamente
Errático cometa traduzindo
O que se sabe trágico, pois findo,
Tramando este final enquanto ausente
Dos olhos a verdade mais feliz
E nela encarceradas esperanças
Vazio pelo qual ainda lanças
Bem mais do que tenta e se desdiz
Num átimo mergulho no vazio
E neste mergulhar eu rodopio...
SAUDADES
Saudades vão ditando a minha vida
Aonde não podia mergulhei
E tudo o que deveras encontrei
Traduz a dor imensa em despedida.
Imagem do passado retorcida
No encanto que se fez a velha grei
Com o tempo esta face eu deturpei
E em novas dimensões se fez urdida.
Acasos entre casos e temores
Desfaço-me nos braços deste a quem
Ao dedicar os sonhos, sei que vem
Trazendo em suas mãos diversas cores
E delas os matizes florescentes
Dos dias que hoje vivo, eram nascentes...
Aonde não podia mergulhei
E tudo o que deveras encontrei
Traduz a dor imensa em despedida.
Imagem do passado retorcida
No encanto que se fez a velha grei
Com o tempo esta face eu deturpei
E em novas dimensões se fez urdida.
Acasos entre casos e temores
Desfaço-me nos braços deste a quem
Ao dedicar os sonhos, sei que vem
Trazendo em suas mãos diversas cores
E delas os matizes florescentes
Dos dias que hoje vivo, eram nascentes...
OS TEMPORAIS
Soluços prenunciam temporais
E deles não pretendo mais fugir
Sabendo desairoso o meu porvir
Na ausência de viver seguro cais
Enquanto em vossas mãos já transformais
O mundo que conheço e ao permitir
Um passo mais audaz e prosseguir
Buscando redenções tão magistrais
Recônditos deveras conhecidos,
Os medos se entregando e os meus sentidos
Tocados pela urgência de um delírio
Eu sinto ser possível novamente
O amor que em vossos lábios se pressente
Deixando à solidão, feroz martírio...
E deles não pretendo mais fugir
Sabendo desairoso o meu porvir
Na ausência de viver seguro cais
Enquanto em vossas mãos já transformais
O mundo que conheço e ao permitir
Um passo mais audaz e prosseguir
Buscando redenções tão magistrais
Recônditos deveras conhecidos,
Os medos se entregando e os meus sentidos
Tocados pela urgência de um delírio
Eu sinto ser possível novamente
O amor que em vossos lábios se pressente
Deixando à solidão, feroz martírio...
FURIOSO ARDOR
Aonde mataria minha fome
Se tudo não passou de um leve sonho,
Futuro se afigura mais medonho
Enquanto uma esperança, aos poucos, some
Tão furioso ardor já me consome
Renovada esperança em que componho
Um mundo tão diverso onde reponho
O encanto em que paixão enfim se dome.
Negando a própria sorte desconexa
A vida se tornara tão complexa
E agora simplifica-se em amor
Nas artimanhas deste, enquanto ilude
Revejo renascida a juventude
Num belo amanhecer a se compor.
Se tudo não passou de um leve sonho,
Futuro se afigura mais medonho
Enquanto uma esperança, aos poucos, some
Tão furioso ardor já me consome
Renovada esperança em que componho
Um mundo tão diverso onde reponho
O encanto em que paixão enfim se dome.
Negando a própria sorte desconexa
A vida se tornara tão complexa
E agora simplifica-se em amor
Nas artimanhas deste, enquanto ilude
Revejo renascida a juventude
Num belo amanhecer a se compor.
CADENCIANDO OS PASSOS
Cadenciando os passos pela vida
Às vezes num tropeço, mas me erguendo
Num átimo um momento que estupendo
Refaz uma vontade adormecida
E quanto mais feroz a minha lida
O dia com mais força renascendo,
Usando a experiência e removendo
Espinhos; não concebo a despedida
E a sorte transformando a caminhada,
Adentra com certeza esta alvorada
E traz a flórea senda que eu buscara
Mulher que tantas vezes se maltrata
Ao ver esta esperança agora grata
Percebe a vida enfim, muito mais clara.
Às vezes num tropeço, mas me erguendo
Num átimo um momento que estupendo
Refaz uma vontade adormecida
E quanto mais feroz a minha lida
O dia com mais força renascendo,
Usando a experiência e removendo
Espinhos; não concebo a despedida
E a sorte transformando a caminhada,
Adentra com certeza esta alvorada
E traz a flórea senda que eu buscara
Mulher que tantas vezes se maltrata
Ao ver esta esperança agora grata
Percebe a vida enfim, muito mais clara.
ALMA FEMININA
Os segredos de uma alma feminina
Jamais descobrirás querido amado,
E quando as sombras seguem do meu lado
Desejo sem igual já me domina
Enquanto a fantasia me alucina
Momento muitas vezes delicado
No amor que, prazeroso, saciado
Transformando o meu corpo em fonte, em mina.
Emana-se a vontade que percebes,
Mas nunca percorrendo as mesmas sebes
Angústias me provocas sem saber
Eu te vejo desnudo e não consigo
Além do que talvez fosse um amigo
O amante desejado conceber.
Jamais descobrirás querido amado,
E quando as sombras seguem do meu lado
Desejo sem igual já me domina
Enquanto a fantasia me alucina
Momento muitas vezes delicado
No amor que, prazeroso, saciado
Transformando o meu corpo em fonte, em mina.
Emana-se a vontade que percebes,
Mas nunca percorrendo as mesmas sebes
Angústias me provocas sem saber
Eu te vejo desnudo e não consigo
Além do que talvez fosse um amigo
O amante desejado conceber.
MANHÃS DELICIOSAS
Impudicas manhãs deliciosas
Aonde se permite além do cais
E nelas quanto mais queres e gozas
Transformas em delitos magistrais
Anseios de crisântemos e rosas
Nas dálias que com fúrias rituais
Adornas as estradas belicosas
E nelas tantas luzes dão sinais
De um tempo ensolarado em luz perfeita
Tecendo divinal teia que enfeita
A vida de uma etérea sonhadora,
E nele se decifram meus delírios
Em flores fascinantes; magos círios
Na senda turbulência tentadora...
Aonde se permite além do cais
E nelas quanto mais queres e gozas
Transformas em delitos magistrais
Anseios de crisântemos e rosas
Nas dálias que com fúrias rituais
Adornas as estradas belicosas
E nelas tantas luzes dão sinais
De um tempo ensolarado em luz perfeita
Tecendo divinal teia que enfeita
A vida de uma etérea sonhadora,
E nele se decifram meus delírios
Em flores fascinantes; magos círios
Na senda turbulência tentadora...
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