Vivesse como outrora em sonho raro
E nele mergulhasse o meu futuro
E quando a minha imagem eu procuro
Na insânia que me toca e aqui declaro
Percebo que o amor perdendo o faro
Distante deste solo árido e duro
Enquanto noutros cantos me amarguro
Encontro tão somente o desamparo.
Nesta inclemência farta e transparente
O amor ao permitir que assim se ausente
Dos olhos horizonte mais bonito
Arranca do meu peito a sensação
De um mundo sem ter rumo ou direção
Diverso do que, tola, eu acredito.
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