Andam sem destino sonhos vários
E deles nada resta nem sinais
Dos dias que eu julgara magistrais
Guardados na memória, vãos armários.
Os passos que hoje dou são temerários
Na busca por talvez ao fim um cais
E quando percebendo o nunca mais
Esqueço quaisquer fozes e estuários...
O tempo vai ditando o meu destino,
E tento disfarçar, mas não consigo,
E quando noutro sonho me fascino
Percebo quão inútil, mesmo vão
Procura em noite fria por abrigo
Apenas encontrando a solidão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário