Quando me perguntam por que sigo
Na imensa solidão que me deixaste
E nisto com tristeza em vão contraste
Teimosa; o meu caminho, enfim. Prossigo.
Pudesse ter ao menos um amigo,
A vida permitindo apoio e uma haste
Diversa do vazio que legaste
À sonhadora tola em desabrigo.
Venenos tão comuns de um abandono,
E quando da ilusão em paz me adono
Percebo ser tão fútil prosseguir.
Houvesse pelo menos uma chance...
Mas quando no horizonte o olhar se lance
Uma esperança vaga é um elixir...
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