UM VELHO AMOR
Saudade ressuscita um velho amor
Que há tanto adormecera e não morreu,
Revendo a nossa história, o erro é meu,
Relembro do final desolador,
Matei por falta d’água a bela flor,
Que um dia em minha vida floresceu,
O tosco jardineiro se esqueceu
Não dando a tal roseira o seu valor...
Agora revivendo cada fato,
Renasce todo amor dentro de mim,
Não tendo mais notícias do jardim,
O tempo que esgotou este regato,
Levou minha esperança e a fantasia,
Só restando em meu peito esta agonia...
MARCOS LOURES
PARA TANTOS, PRINCIPALMENTE MARCOS GABRIEL, MARCOS DIMITRI E MARCOS VINÍCIUS. MINHA ESPERANÇA. RITA PACIÊNCIA PELA LUTA.
sábado, 2 de março de 2013
CANTANDO
CANTANDO
Cantando eu espanto esta saudade
Que tanto me maltrata e me alivia,
Não fosse minha amiga poesia,
Difícil encarar a realidade...
Eu sei que não terei a liberdade
De poder desfilar a fantasia
Conforme no passado eu bem queria
E agora não sobrou tranqüilidade
Apenas o vazio que me chama,
Ouvindo a tua voz, nada a fazer
Senão manter acesa a antiga chama
Que queima e suaviza o sofrimento,
Quem dera se eu pudesse te esquecer,
Seria mais feliz por um momento...
MARCOS LOURES
Cantando eu espanto esta saudade
Que tanto me maltrata e me alivia,
Não fosse minha amiga poesia,
Difícil encarar a realidade...
Eu sei que não terei a liberdade
De poder desfilar a fantasia
Conforme no passado eu bem queria
E agora não sobrou tranqüilidade
Apenas o vazio que me chama,
Ouvindo a tua voz, nada a fazer
Senão manter acesa a antiga chama
Que queima e suaviza o sofrimento,
Quem dera se eu pudesse te esquecer,
Seria mais feliz por um momento...
MARCOS LOURES
APARÊNCIAS
APARÊNCIAS
São simples aparências, nada mais,
A voz que sussurrante me chamava,
A ausência de teus olhos sensuais
O frio toma a casa, afasta a lava.
O vento me responde: nunca mais,
Silêncio corta a noite, quem amava
Agora tão distante diz jamais.
O velho coração, a firme trava.
Vagando pela sala, sem respostas,
As velhas esperanças decompostas
Expostas ilusões férrea saudade.
No quanto fui feliz e não podia,
A noite se prepara e mata o dia,
Aonde encontrarei felicidade?
MARCOS LOURES
São simples aparências, nada mais,
A voz que sussurrante me chamava,
A ausência de teus olhos sensuais
O frio toma a casa, afasta a lava.
O vento me responde: nunca mais,
Silêncio corta a noite, quem amava
Agora tão distante diz jamais.
O velho coração, a firme trava.
Vagando pela sala, sem respostas,
As velhas esperanças decompostas
Expostas ilusões férrea saudade.
No quanto fui feliz e não podia,
A noite se prepara e mata o dia,
Aonde encontrarei felicidade?
MARCOS LOURES
SONHEI CONTIGO
Sonhei contigo; velha chaga amiga...
Buscava, em vão, a paz que nunca tive;
Por lares, bares, onde sempre estive.
Na excelsa febre, vida inda periga...
Teus látegos cortando sem fadiga;
Expondo a carne, rasgos, inclusive.
Faziam de meus olhos, um aclive,
Por onde devoravam cada espiga,
Gotejando sanguíneas demências...
Pedia a esmo aos deuses, por clemências,
Restavam-me somente, meus medos...
A velha chaga ria-se de tudo.
Antítese, deixava qual veludo,
Intactos, todos meus grandes segredos...
Buscava, em vão, a paz que nunca tive;
Por lares, bares, onde sempre estive.
Na excelsa febre, vida inda periga...
Teus látegos cortando sem fadiga;
Expondo a carne, rasgos, inclusive.
Faziam de meus olhos, um aclive,
Por onde devoravam cada espiga,
Gotejando sanguíneas demências...
Pedia a esmo aos deuses, por clemências,
Restavam-me somente, meus medos...
A velha chaga ria-se de tudo.
Antítese, deixava qual veludo,
Intactos, todos meus grandes segredos...
SONHEI CONTIGO
Sonhei contigo; velha chaga amiga...
Buscava, em vão, a paz que nunca tive;
Por lares, bares, onde sempre estive.
Na excelsa febre, vida inda periga...
Teus látegos cortando sem fadiga;
Expondo a carne, rasgos, inclusive.
Faziam de meus olhos, um aclive,
Por onde devoravam cada espiga,
Gotejando sanguíneas demências...
Pedia a esmo aos deuses, por clemências,
Restavam-me somente, meus medos...
A velha chaga ria-se de tudo.
Antítese, deixava qual veludo,
Intactos, todos meus grandes segredos...
MARCOS LOURES
Buscava, em vão, a paz que nunca tive;
Por lares, bares, onde sempre estive.
Na excelsa febre, vida inda periga...
Teus látegos cortando sem fadiga;
Expondo a carne, rasgos, inclusive.
Faziam de meus olhos, um aclive,
Por onde devoravam cada espiga,
Gotejando sanguíneas demências...
Pedia a esmo aos deuses, por clemências,
Restavam-me somente, meus medos...
A velha chaga ria-se de tudo.
Antítese, deixava qual veludo,
Intactos, todos meus grandes segredos...
MARCOS LOURES
QUEM DERA
QUEM DERA
A dor de uma saudade tão cruel,
A vida se tornando puro fel,
Em cores tão escuras eu pressinto
Que o céu jamais trará de novo o sol,
Nublando uma existência sem valia.
Dos olhos de quem amo; um girassol,
Mostrando que eu também sonhei um dia,
Agora, quando eu olho neste espelho
E vejo-te detrás do meu olhar,
Incrível como a ti já me assemelho
De tanto, inutilmente procurar.
A sorte simplesmente um arremedo,
Às tramas da saudade, sempre cedo...
MARCOS LOURES
SAUDADES
SAUDADES
Abençoado o solo que ora piso
Bebendo da saudade, sigo em frente
E quando me pensara penitente
Nos olhos da esperança me matizo.
O tempo não tem tempo nem aviso
E segue seu caminho indiferente,
E quando um claro dia se pressente
À noite se congela em vão granizo.
Carpindo cada sorte que não veio,
Vestindo esta ilusão, supremo veio
Por onde navegasse em mar tranqüilo.
Esqueço cada dor e reagindo
Pressinto amanhecer audaz e lindo,
Mudando minha forma, em novo estilo...
MARCOS LOURES
Abençoado o solo que ora piso
Bebendo da saudade, sigo em frente
E quando me pensara penitente
Nos olhos da esperança me matizo.
O tempo não tem tempo nem aviso
E segue seu caminho indiferente,
E quando um claro dia se pressente
À noite se congela em vão granizo.
Carpindo cada sorte que não veio,
Vestindo esta ilusão, supremo veio
Por onde navegasse em mar tranqüilo.
Esqueço cada dor e reagindo
Pressinto amanhecer audaz e lindo,
Mudando minha forma, em novo estilo...
MARCOS LOURES
BELEZAS MULTICORES
Belezas multicores entre tantas
Formatações diversas que anuncio
No verso a cada dia um desafio
E nele com terror me desencantas.
O quanto desta vida tu quebrantas
E fazes retornar somente o frio,
Perdendo sutilmente trilha e fio
Cobrindo minhas costas, turvas mantas.
Esgarço-me deveras ao tentar
Vencer estas quimeras e encontrar
Após a tempestade uma bonança
Procelas costumeiras ditam vida
Que matando este sonho ainda agrida
E aos ermos do meu ser quer e se lança.
Formatações diversas que anuncio
No verso a cada dia um desafio
E nele com terror me desencantas.
O quanto desta vida tu quebrantas
E fazes retornar somente o frio,
Perdendo sutilmente trilha e fio
Cobrindo minhas costas, turvas mantas.
Esgarço-me deveras ao tentar
Vencer estas quimeras e encontrar
Após a tempestade uma bonança
Procelas costumeiras ditam vida
Que matando este sonho ainda agrida
E aos ermos do meu ser quer e se lança.
NARCOTIZADA
NARCOTIZADA
Narcoses
poderiam dirimir
Tetânica
expressão da desvalida
Noção
do que pudera outrora vida,
E acida
o quanto espera do porvir,
Ao soliloquizar
me permitir
Ao fim
de todo caos uma saída,
Ainda
numa fúria desabrida,
A lida
amortalhada a redimir.
Apenas,
tão somente uma excrescência,
Jogada
sem sentido, esta existência
Inútil,
futilmente desenhada,
A farsa
se mostrando ora execrável,
Somente
o que me resta, a lamentável
Face
de uma visão narcotizada...
MARCOS
LOURES
LIBERDADE?
LIBERDADE?
Atado
por correntes e grilhões,
Eterna
galé; busco a liberdade
Enquanto
a cada instante ela se evade,
Invernando
o que foram meus verões,
Desnudas
e de fato quando expões
A face
mais real, insanidade,
O tempo
se apresenta como grade,
Grassando
sobre loucos furacões,
Porém
ainda que reste alguma luz,
Ao néctar
desejado me conduz
O gosto
libertário, mesmo falso,
A cada
novo passo, a velha queda,
O muro
gigantesco, o passo, veda,
E resta
tão somente um cadafalso...
MARCOS
LOURES
EXPOSTO
EXPOSTO.
O corpo
esfacelado diz do quanto
Pudesse
ser apenas mera farsa,
A luta
se desenha e não disfarça,
Apenas
o vazio ora adianto,
E quando
sem pudor algum me espanto,
A morte
sendo enfim fiel comparsa,
Envolta
em toda fúria que me esgarça
Beijando
a podridão do desencanto,
Os pés
já tão cansados, vão inermes,
Tocando
minha pele, doces vermes,
A fétida
expressão fere quem passa,
E segue
em louca busca pela paz,
E o
féretro ora exposto satisfaz
A quem
se fez em vida, uma carcaça...
MARCOS
LOURES
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