quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

NOITE

NOITE

Noite em ruas
Negras cruas
Mansas sendas
Amor lendas
Risos francos
Dias brancos
Tempestades...

Tempo a mais
Velho cais
Risos frágeis
Dedos ágeis,
Manhas calmas
Mas nas almas
Tempestades...

Lua cheia
Toma a veia
Na clareira
Chega inteira
Rastro em luz
Corpos nus
Tempestades...

Medos tantos
Canto, encantos
Ouro em pós,
Não mais sós
Sombra e sóis
Nos anzóis
Tempestades.

Amor ermo
Sem ter termo
Beijo e riso
Paraíso
Prometido
Num gemido
Tempestades.

Tarde e noite
Sanha açoite
Boca e beijo
Faca e queijo
Nossos nós
Vibra em nós
Tempestades...


MARCOS LOURES

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