MEUS TORMENTOS
Muitas vezes vencendo meus tormentos
Adormeço nos jardins dessa casa;
Sem saber mergulhando numa brasa.
Não permite esquecer dos velhos ventos,
As vagas vozes volvendo, vão lentos
Todos os totens, tolo tempo atrasa.
Soube sentir, sem sonhos; só me embasa
O jasmim nos jardins dos sofrimentos...
Em mim nada assim, símio sinto o fim;
E cravo meu agravo tudo enfim;
Nos galhos da roseira. Sou espinhos...
Nas dálias risos, falhas fiz enredo,
Desses lírios, delírios, sem segredo...
Hibiscos, passarinhos... Cadê ninhos?
MARCOS LOURES
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